Relatório revela
O tabaco, o álcool e a obesidade são alguns dos principais fatores de risco da doença que é considerada a "epidemia"...

O número de casos de cancro está a aumentar, não há margem para dúvidas. Deve-se, sobretudo, ao incremento da esperança média de vida da população, aos métodos de deteção precoce e aos hábitos de vida.

Apesar deste aumento, é importante frisar que um em cada três cancros é provocado por causas evitáveis. Os dados constam da conclusão do relatório "Cancro em Espanha 2016", da Sociedade Espanhola de Oncologia Médica (SEOM), apresentado em Madrid na véspera do Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, que se realiza todos os anos a 4 de fevereiro.

Por dia, em Portugal, 70 pessoas morrem com tumores malignos, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE). É o número mais elevado de sempre, escreve o Sapo.

Segundo dados do Eurostat, em Portugal, uma em cada quatro mortes em 2013 foram provocadas por cancro, proporção que chega a mais de duas em cada três (40%) nas pessoas com menos de 65 anos.

Em 2012 (últimos dados sistematizados disponíveis), 25.758 portugueses morreram de cancro. Os tumores malignos são a segunda causa de morte em Portugal - depois das doenças do aparelho circulatório (como o AVC) - e representam quase um quarto (24%) do total de óbitos registados no país. Há 20 anos, por exemplo, não chegavam a um quinto (19%).

Deixar de fumar, abandonar o álcool, fazer exercício físico e combater a obesidade continuam a ser as recomendações-chave para diminuir o risco de tumores malignos.

O envelhecimento da população é uma das principais explicações para o aumento da incidência do cancro. Os tumores malignos da laringe, traqueia, brônquios e pulmão são os que mais matam, com 4012 óbitos registados em 2012 (mais de dez por dia). O tabaco é a principal causa.

Todos os anos, cerca de 8 milhões de pessoas morrem de cancro em todo o mundo. Muitas destas mortes podem ser evitadas com maior apoio governamental e financiamento para programas de deteção, prevenção e tratamento. Estima-se que o número de casos de cancro e mortes relacionadas a nível mundial venha a duplicar nos próximos 20-40 anos, especialmente nos países em desenvolvimento, os menos equipados para lidar com o impacto social e económico da doença.

Governo
O despacho do governo, que estabelece as regras para os projetos-piloto, é hoje assinado. Vão ser criadas vagas para...

O governo apresenta esta segunda-feira as regras para a criação das primeiras experiências-piloto, da rede de cuidados continuados integrados de saúde mental.

Vão ser financiadas 25 iniciativas para jovens e adultos, com diversas tipologias, escreve a TSF.

Na infância e adolescência, o governo financia quatro projetos, repartidos entre unidades residenciais e unidades sócio ocupacionais.

Para adultos, serão apoiadas 13 unidades de internamento, de tipo residencial, cinco de reabilitação sócio ocupacional e ainda, três equipas de apoio domiciliário.

Em todos estes projetos, o objetivo é reabilitar e dar autonomia a quem é diagnosticada alguma incapacidade, tanto ao nível social como familiar, em termos de saúde mental.

A aposta é também, na inclusão das famílias e de outros cuidadores, no processo de integração na vida social.

O despacho é conjunto dos secretários de estado do Orçamento, Saúde e Segurança Social.

25 contratos
As instituições que vão ajudar o estado a criar a rede de cuidados continuados integrados de saúde mental, nesta fase piloto, já são parceiras do estado nesta área.

No total, são criados mais de 350 lugares, em instituições avaliadas a partir de experiências anteriores.

Por exemplo, no Norte, o Hospital Conde Ferreira, da Santa Casa da Misericórdia do Porto, é o principal, com 24 lugares para adultos e 15 para jovens.

No Centro, são disponibilizados 30 lugares residenciais pela Associação de Solidariedade Social de Lafões, no distrito de Viseu.

Na região de Lisboa, a Associação para o Estudo e Integração Psicossocial, garante uma resposta de 40 lugares.

No Alentejo, o Hospital S. João de Deus, em Montemor-o-Novo, com 16 lugares, e no Algarve, a Associação para a Saúde Mental do Algarve, em Loulé, com 20 vagas, garantem a restante cobertura do território continental.

O despacho conjunto dos três ministérios não refere os prazos de duração destes projetos-piloto, nem o momento do alargamento a outras instituições.

Coordenação Nacional da Transplantação
O número de órgãos colhidos para transplante em 2016 foi o maior de sempre, tendo-se registado pela primeira vez transplantes...

Os dados da doação e transplantação de órgãos em 2016, que serão hoje apresentadas pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), em Lisboa, apontam para um aumento de órgãos colhidos de dador falecido, que subiram de 896 em 2015 para 936 no ano passado.

Destes, foram transplantados 784 órgãos, o que reflete uma taxa de utilização de 84% (79% no ano anterior).

O número de órgãos (provenientes de dador falecido, vivo e sequencial) transplantados também aumentou: de 824 para 864.

Destes 864 órgãos transplantados, o maior número ocorreu na transplantação renal (499), seguindo-se a hepática (272), a cardíaca (42), a pulmonar (26) e a pancreática (25).

Segundo a Coordenação Nacional da Transplantação, estes dados representam o “maior número de transplantes hepáticos e pulmonares de sempre” e refletem um “aumento da transplantação renal para valores superiores aos dos últimos quatro anos (2012-2016)”.

Em relação aos dadores, o maior número (327) continua a ser de dadores em morte cerebral, ou seja, dadores falecidos a quem foi declarada a morte com base em critérios neurológicos, verificando-se a cessação irreversível das funções do tronco cerebral.

Os dadores vivos (pessoas que doam em vida um órgão, neste caso um rim ou porção de fígado) foram 65 no ano passado.

Nesse período registaram-se transplantes oriundos de 16 dadores sequenciais, os quais são recetores de um transplante de órgão (fígado), cujo órgão nativo pode ser considerado para transplantação noutro doente.

Pela primeira vez registaram-se transplantes de dadores em paragem circulatória, conhecidos como dadores de coração parado, num total de dez.

Estes dadores são pessoas falecidas a quem foi declarada a morte com base em critérios circulatórios, verificando-se a cessação irreversível das funções cardiocirculatórias. Os primeiros transplantes em paragem cardiocirculatória ocorreram em janeiro de 2016, no Hospital de São João (Porto).

Os dadores falecidos, os que se encontram em morte cerebral na altura da colheita do órgão continuam a representar a esmagadora maioria: 327, sendo 10 os dadores em paragem circulatória.

Em relação às causas de morte dos dadores, estas foram maioritariamente médicas (78%), sendo 22% traumáticas.

Os Acidentes Cerebrais Vasculares (AVC) foram responsáveis pela morte de 232 dadores, os Traumatismos Crânio Encefálicos (TEC) por 56, outras causas médicas estiveram na origem de 30 mortes e os TEC com origem em acidentes de viação de 19.

Segundo especialista
A perturbação obsessivo-compulsiva é uma doença tão frequente como a asma ou a diabetes, sendo mesmo mais prevalente que a...

Os estudos sobre esta doença psiquiátrica mostram atualmente que a prevalência é bastante maior do que se pensava há poucas décadas, estimando-se que se situe entre um a dois por cento da população geral.

António Ferreira de Macedo, psiquiatra do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, lembra que a perturbação obsessivo-compulsiva surge em quarto lugar em termos de prevalência entre as doenças psiquiátricas, à frente de “doenças mais conhecidas, como a esquizofrenia”.

O lugar da perturbação obsessiva compulsiva tem sofrido algumas transformações, na medida em que até há pouco tempo era considerada uma perturbação da ansiedade. Mas em 2013 a classificação das doenças mentais sofreu uma evolução e a perturbação obsessiva autonomizou-se.

Sendo muito prevalente é, contudo, uma doença silenciosa e pouco conhecida, apesar de ser até retratada em vários filmes como “Melhor é Impossível” ou “O Aviador”, como recorda o livro “Perturbação Obsessivo-Compulsiva, o insustentável peso da dúvida”.

A obra é dirigida essencialmente aos profissionais de saúde que lidam com questões de saúde mental e tenta compilar os dados mais importantes da doença.

António Ferreira de Macedo, um dos coordenadores do livro, admite que uma das razões para a doença ser silenciosa e pouco conhecida é a perceção que o próprio doente tem da sua patologia.

Enquanto que na esquizofrenia (protótipo da doença mental grave) há sintomas psicóticos que determinam que a pessoa não tem consciência de que está doente, quem sofre de perturbação obsessivo-compulsiva tem “uma crítica muito nítida dos seus sintomas”.

Encaram os sintomas muitas vezes como absurdos e têm vergonha da sua doença, de a comunicar e de pedir ajuda.

“Têm receio que as pessoas os vejam como loucos ou como pessoas perturbadas. Há esse secretismo. O que determina que possa correr um período muito grande, de cinco ou sete anos, entre o início dos sintomas e o pedido de ajuda”, explicou o especialista à agência Lusa.

Caracterizada pela presença de obsessões e/ou compulsões, a doença interfere significativamente no bem-estar e quotidiano do doente.

As obsessões são pensamentos, imagens ou medos de caráter recorrente e que geram grandes níveis de ansiedade, enquanto as compulsões são comportamentos repetitivos e estereotipados, praticados com o intuito de reduzir a ansiedade ou prevenir acontecimentos indesejados.

Podem envolver vários temas mas tipicamente estão relacionados com a sujidade e contaminação e também com a verificação ou contagem. A simetria e a precisão surgem igualmente como compulsões frequentes.

“Quando uma pessoa está 10 horas por dia a tomar banho, pode inclusivamente não conseguir trabalhar. E a compulsão da verificação também pode ser incapacitante”, refere António Ferreira Macedo, dando o exemplo de doentes que verificam continuamente em círculo vicioso as torneiras da água, os interruptores da luz ou os bicos do fogão.

Nos casos mais extremos, as compulsões podem mesmo determinar uma completa incapacidade do doente.

O início da perturbação obsessivo-compulsiva surge geralmente na adolescência ou início da idade adulta e tem uma evolução gradual, que tende a caminhar para uma sobreposição de sintomas.

António Ferreira Macedo explica que o tratamento farmacológico conjugado com psicoterapia específica é eficaz na maior parte dos casos, havendo outros tratamentos de segunda linha para as situações mais resistentes: a estimulação magnética e a cirurgia que realiza uma estimulação cerebral profunda.

A obra com o subtítulo “Insustentável peso da dúvida” pretende sublinhar um aspeto central da doença: a carga do sofrimento que tem a ver com dúvidas e medos, o que levou alguns autores clássicos a apelidarem a perturbação obsessivo-compulsiva como “a loucura da dúvida”.

União Humanitária dos Doentes com Cancro
O número insuficiente de unidades de cuidados paliativos e continuados para acolher doentes oncológicos é uma das situações que...

"Está a ser um fantasma ainda maior do que o próprio cancro, porque os cuidados continuados e paliativos não existem em Portugal em quantidade suficiente", afirmou Raquelinda Magalhães, porta-voz da União Humanitária dos Doentes com Cancro (UHDC), a propósito do Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, que se comemorou no sabádo.

Segundo Raquelinda Magalhães, "cada vez há mais casos de cancro em Portugal" e a UHDC "cada vez tem mais pedidos de ajuda" dos doentes e das suas famílias.

"Estamos de portas abertas para ajudar. Todos os dias temos muitas chamadas, mas não conseguimos dar resposta a muitas delas porque têm a ver com cuidados paliativos e continuados", contou, sublinhando a importância de ser dado "um final de vida digno" aos doentes.

A UHDC - que vive de donativos - dá apoio psicológico, médico e domiciliário aos doentes com cancro e seus familiares, gratuitamente e em regime de voluntariado.

"Infelizmente, só temos uma carrinha, precisávamos de mais. Gostaríamos de ajudar ainda mais os doentes, mas às vezes somos impotentes perante as situações, porque não temos os meios suficientes", lamentou.

Raquelinda Magalhães contou que os voluntários se deparam com situações como doentes que passam fome, maridos ou esposas que não sabem ultrapassar o drama do cancro e crianças que "ficam um bocadinho perdidas" e começam a ter dificuldades na escola.

"Eu só sei dar este testemunho porque estou a passar por isto desde 2002, daí conseguir perceber que esta entreajuda é muito necessária", frisou.

Dando resposta ao aumento de pedidos de ajuda dos doentes e seus familiares, a UHDC abriu um novo espaço em São Pedro de Penaferrim, Sintra, onde estará uma psicóloga à segunda-feira.

Um estudo publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre doenças oncológicas refere que os tumores malignos estiveram na origem de 26.640 mortes em Portugal no ano de 2015.

Raquelinda Magalhães referiu que se estima que, em 2030, a incidência do cancro aumente em mais de 20%.

Serviço Nacional de Saúde
As farmácias portuguesas vão reforçar os serviços de saúde pública, em articulação com o Serviço Nacional de Saúde, como no...

Um comunicado da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (INFARMED) refere que o reforço resulta de um acordo assinado na sexta-feira entre o Estado português e as associações de farmácias, Associação Nacional de Farmácias e Associação de Farmácias de Portugal, para o biénio 2017-18.

O acordo “prevê que as farmácias contribuam para a prestação de serviços que sejam enquadráveis nas prioridades para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e, em particular, para as necessidades regionais e locais”, explica-se no comunicado, que exemplifica com os programas de troca de seringas ou o projeto-piloto de dispensa de medicamentos para infeção VIH/sida nas farmácias comunitárias.

Pretende-se também, entre outras medidas, a redução da despesa dos utentes com medicamentos, nomeadamente através do aumento da utilização dos medicamentos genéricos.

O acordo prevê ainda a criação “de programas experimentais integrados” que contribuam “para a referenciação correta dos utentes, otimizando a articulação com os cuidados de saúde primários”.

Na cerimónia, na qual esteve presente o ministro e o secretário de Estado da Saúde, foi também assinado um acordo com a Indústria Farmacêutica (APIFARMA) sobre princípios e metas dos encargos públicos com medicamentos, reafirmando-se o compromisso de sustentabilidade do SNS.

O acordo assinado com a APIFARMA é um aditamento ao acordo para o triénio 2016-2018 já assinado e define termos de colaboração para este ano.

“Serão desenvolvidas as condições para o acesso à inovação na continuidade dos resultados alcançados em 2016, ano em que foram aprovados 51 medicamentos inovadores e, em simultâneo, se alcançou uma quota de mercado (até novembro) de 47,4% de medicamentos genéricos, cuja utilização se pretende aumentar”, refere o comunicado.

A indústria farmacêutica compromete-se a disponibilizar ao SNS uma contribuição mínima de 200 milhões de euros, paga trimestralmente e ajustada em função da evolução da despesa com medicamentos.

Dia Mundial do Cancro
Para assinalar o Dia Mundial do Cancro, o oncologista Daniel Romeira escreve sobre a importância da

As doenças oncológicas perfilam-se como a segunda causa de morte mais frequente em Portugal, colocando-se imediatamente a seguir às doenças do aparelho circulatório. Em 2013, o Instituto Nacional de Estatística, constatou que a mortalidade por cancro corresponde a cerca de 113 408 potenciais anos de vida perdidos.

O diagnóstico de uma doença oncológica é um momento crítico na vida de uma pessoa. Constitui um confronto com a fragilidade da vida e invulnerabilidade perante a sua finitude. Tem um impacto físico, psicológico e social na vida de qualquer ser humano.

Nestes últimos anos, a evolução das novas tecnologias, possibilitou um acesso mais facilitado à informação por parte do doente. Este contacto estabelece-se através das redes sociais, dos motores de pesquisa, dos blogs e de inúmeros sites portugueses e estrangeiros.

A informação disponível, por vezes importante como complemento para a compreensão, para a troca de experiências e para o processo de aceitação da doença, nem sempre surge com a devida credibilidade, não sendo benéfica para o doente. Ainda existe uma certa tendênciapara a generalização da doença oncológica e da abordagem terapêutica.

Vivemos num período em que a investigação favorece a descoberta de novas tecnologias e terapêuticas inovadoras, o que permite uma personalização cada vez mais significativa da terapêutica oncológica.

A investigação científica e o surgimento de novas tecnologias ao serviço da ciência, nomeadamente da oncologia médica, têm possibilitado, na última década, a descoberta de novas alterações genómicas e moleculares, pondo a descoberto a complexidade biológica da célula tumoral. Esta (r)evolução trouxe-nos nos últimos anos a noção de heterogeneidade tumoral em que cada tipo de tumor é único.

Assim, os diferentes tipos de cancro são cada vez mais divididos em vários subtipos, tendo cada subtipo uma abordagem terapêutica diferente consoante a caracterização molecular.

Deste modo, é fundamental que o doente oncológico tenha confiança e acredite na equipa que o acompanha, partilhando regularmente as suas dúvidas, as suas preocupações, os seus medos e as suas vivências, de modo a receber toda a informação e apoio necessários, para gerir a sua doença e as expectativas associadas, mantendo-se informado a partir de fontes credíveis e adequadas. 

Neste Dia Mundial do Cancro reforço a importância da comunicação informada e cientificamente apoiada, que contribui para a tranquilidade do doente oncológico e dos que o rodeiam. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Entidade Reguladora da Saúde
Os hospitais privados que realizem tratamentos oncológicos devem informar os utentes dos seus custos, de forma a estes...

A recomendação da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), consta de um parecer que esta emitiu a pedido do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa sobre o acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) de “doentes oncológicos com percurso terapêutico já iniciado noutra instituição de saúde”.

A questão colocada por este IPO refere-se exclusivamente a doentes com origem em unidades privadas, tendo em conta que “as transferências de doentes entre unidades do SNS são prática bem estabelecida há muitos anos, não ocasionando qualquer problema de princípio”.

Nos últimos anos têm sido muitos os doentes que, seguidos em instituições privadas, através de seguros de saúde de que são beneficiários, tiveram de interromper os tratamentos por o “plafond” da seguradora ser ultrapassado.

No parecer da ERS constam várias exposições de doentes que solicitaram ao IPO de Lisboa para serem seguidas, após iniciarem tratamento em instituições privadas.

Entre março e novembro de 2016 foram registadas pelo menos oito pedidos destes.

Segundo o IPO, numa exposição que consta do parecer da ERS, “o grande aumento de oferta de tratamento oncológico em instituições privadas, nos últimos anos, faz com que este caso não se possa considerar como um caso isolado, passível de solução extraordinária, mas um novo padrão de referenciação, que não está especificamente previsto na legislação em vigor”.

“Estes casos podem causar graves problemas nos centros oncológicos se não forem devidamente acautelados, por se poderem estabelecer como método sistemático de acesso prioritário e violação do ordenamento de lista de espera, contrariando todos os princípios éticos e de equidade no acesso ao tratamento”, prossegue a instituição.

O IPO de Lisboa “tem que tratar no tempo adequado os doentes já seguidos na instituição e com os quais se comprometeu com um plano terapêutico”.

“Acresce que, quando se trabalha no limite da capacidade de produção”, como é o caso deste IPO, “a gestão antecipada é essencial, havendo menor capacidade de acomodar casos não previstos”.

À ERS coube “identificar o âmbito de informação que deve ser prestada aos utentes que recorrem a estabelecimentos do setor privado ou social, e que é determinante para a fundamentação e legalidade do consentimento para a prestação de cuidados de saúde” e “determinar a forma como o SNS deve lidar com o acesso de utentes que já iniciaram um qualquer tipo de tratamento num estabelecimento do setor privado ou social e que pretendem ser transferidos para um estabelecimento do setor público”.

Nesse sentido, o regulador considera que “o utente deve saber, com o maior rigor e aproximação possível, qual o custo total do tratamento e da intervenção que lhe é proposta, por forma a poder confirmar se tem capacidade para suportar tais custos, por si próprio ou através de um qualquer subsistema ou contrato de seguro de que seja titular”.

Aos prestadores de cuidados de saúde que celebraram um contrato com uma entidade terceira, como subsistemas de saúde ou companhias de seguros, compete “prestar todas as informações necessárias e relevantes, designadamente sobre os preços dos serviços acordados, para que os utentes beneficiários possam tomar uma decisão quanto aos cuidados de saúde propostos”.

“Em especial, cumpre à entidade prestadora de cuidados de saúde informar os utentes sobre os cuidados de saúde que estão abrangidos pelo contrato celebrado com o subsistema ou companhia de seguros”.

A informação deve ainda contemplar “as responsabilidades financeiras destas entidades e dos próprios utentes, no que diz respeito ao pagamento do preço devido pelos cuidados prestados, ou ainda sobre os documentos, requisitos administrativos a preencher, autorizações ou outros procedimentos que se revelem necessários cumprir no âmbito do referido contrato”.

 

A ERS defende que o utente seja informado “que a transferência para outra unidade de saúde pode não implicar que o tratamento ou intervenção interrompida seja imediatamente retomada, nos tempos clinicamente desejáveis, quer porque a dita unidade pode ter a sua capacidade de resposta temporariamente esgotada e, assim, não reunir condições para receber o utente”.

PSP deteta
A PSP anunciou hoje que detetou 23 infrações ambientais, seis das quais graves, numa operação de fiscalização realizada em...

Numa nota, a PSP revelou que o montante total mínimo das infrações detetadas ascende a 42 mil euros.

Durante a denominada “Operação Tribal”, as Brigadas de Proteção Ambiental (BriPA) fiscalizaram a atividade das lojas de tatuagens e ‘piercings’ da área do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, dando especial atenção à forma como os resíduos hospitalares usados nestas lojas são tratados.

“Com efeito, ainda que por negligência, o deficiente armazenamento, gestão e encaminhamento destes resíduos poderá ter consequências bastante nefastas para a saúde humana”, destacou a PSP.

As autoridades salientaram ainda que a operação pretendeu “o despertar de consciência dos cidadãos e dos proprietários dos espaços que se dedicam a esta atividade para a problemática da proteção ambiental e para os riscos associados à incorreta gestão de resíduos”.

4 de Fevereiro - Dia Mundial contra o Cancro
Todos os anos 8,8 milhões de pessoas em todo o mundo morrem de cancro, com os carcinomas do aparelho respiratório a provocarem...

Os novos dados baseiam-se em números de 2015, os mais recentes disponíveis, e revelam um aumento de 8,1 milhões de mortes anuais em 2010 para 8,8 milhões.

Segundo estes dados, atrás dos tumores do aparelho respiratório (cancro da traqueia, brônquios e pulmão), que causaram 1.695.000 mortes, situam-se os do fígado (788 mil mortes), do colon e reto (774 mil), do estômago (753.600) e da mama (571 mil).

Os seguintes cancros mais mortíferos no mundo são os do esófago (415 mil mortos), do pâncreas (358 mil), da próstata (343.800), dos linfomas (343.500) e da boca e faringe (319 mil).

Em relação às diferenças de género, dos 8,8 milhões de mortos, quase cinco milhões correspondem a homens e 3,8 milhões a mulheres.

Concretamente, das 8.764.318 mortes em 2015, 4.982.423 corresponderam a homens e 3.780.895 a mulheres.

Os tumores mais mortíferos nos homens foram os do aparelho respiratório (1.174.000 mortes), seguidos dos do fígado: 554 mil óbitos.

Para as mulheres, o tipo mais mortal de cancro foi o da mama (570 mil mortes), seguido dos tumores no aparelho respiratório (521 mil).

Relativamente às regiões do mundo divididas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), aquela que regista mais casos de cancro é o Pacífico ocidental (onde se situa a China), com 3.074 mil óbitos anuais.

Destes, 785 mil eram tumores do aparelho respiratório e outros 488 mil cancros do fígado.

Segue-se a região do sudeste asiático, onde se registaram 1.310 mil mortes em 2015: 178 mil no aparelho respiratório, seguidos dos da boca e faringe: 134 mil.

Na região das Américas registaram-se em 2015 cerca de 1.298 mil mortes ligadas ao cancro, dos quais 257.400 tumores do aparelho respiratório e 124.575 do cólon e reto.

Na Europa, os cancros mais letais também são os do aparelho respiratório, com 413 mil óbitos, seguidos dos do colon e reto (261 mil), de um total de 2.101.000 de mortes.

Em África, 530 mil pessoas morreram de cancro em 2015, das quais 60.600 devido ao carcinoma do útero e 55.120 de cancro da mama.

O facto de os tumores mais letais em África serem os que apenas afetam as mulheres, faz com que o número de mulheres falecidas por cancro (283.500) seja maior que o dos homens (246.700), o que só acontece nesta região.

Na região do Mediterrânio oriental registaram-se 393 mil mortes em 2015 por cancro, sendo os mais mortíferos os da mama (45 mil) e os do aparelho respiratório (31.800).

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde afirmou hoje esperar que o reforço da produção de medicamentos pelo Laboratório Militar possa funcionar...

"Nós desejamos ir muito mais além noutras áreas, mesmo em medicamentos que possam estar em ambiente de mercado e relativamente aos quais esta regulação ativa do próprio Laboratório Militar possa servir também para melhorar as condições de mercado", afirmou.

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, falava aos jornalistas em conferência de imprensa conjunta com o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, no final de uma visita ao Laboratório Militar, Lisboa.

O ministro sublinhou que noutros países "mais ricos" do que Portugal as forças armadas e outras entidades, como a Cruz Vermelha, intervém no mercado do medicamento, "regulam e normalizam".

"O interesse do cidadão e do doente não pode estar dependente do mercado", considerou, acrescentando que na área do medicamento "muitas vezes as relações de equilíbrio o Estado pagador-financiador e a indústria que produz e comercializa não são as mais equilibradas e mais justas".

"A ideia é ter mecanismos de compensação, de válvulas de segurança. O que nós pretendemos com este acordo é ter válvulas de segurança em muitas áreas que permitam ser corretivas destas situações", disse Adalberto Campos Fernandes.

Os dois governantes assinaram em janeiro um despacho conjunto, hoje publicado, determinando a criação de um grupo de trabalho que visa avaliar as "condições técnico-científicas, infraestruturais e de rentabilidade" do Laboratório Militar para "o eventual tratamento industrial do plasma português, com vista à produção de medicamentos derivados do plasma".

O grupo de trabalho, que deverá apresentar um relatório no prazo de 90 dias, prorrogáveis por mais 30, irá "identificar os medicamentos que podem ser produzidos", designadamente "os que deixaram de ser produzidos" pela indústria farmacêutica.

O grupo deverá ainda "identificar as condições necessárias" para o Laboratório "constituir e gerir reservas estratégicas".

O ministro da Saúde sublinhou que a constituição do grupo de trabalho "é apenas um princípio" e que existe vontade "para ir mais além" do que está estabelecido no protocolo, destacando que o Serviço Nacional de Saúde será "um grande comprador".

O ministro da Defesa Nacional destacou ainda que o reforço das atribuições do Laboratório Militar, uma "instituição que assegura aquilo que já ninguém quer assegurar", evitou "a extinção" de uma estrutura considerada fundamental para o Estado.

Atualmente, o Laboratório Militar é responsável pelo circuito de produção e distribuição da metadona destinada ao programa nacional de substituição narcótica.

O Laboratório Militar produz também soluções orais pediátricas, e pequenos lotes dos chamados "medicamentos órfãos", destinados ao tratamento de doenças raras.

Com um total de 92 efetivos, o Laboratório Militar é uma estrutura do Exército português que presta apoio ao sistema de saúde militar, Forças Armadas e Forças Nacionais Destacadas, além de cuidados farmacêuticos em sete sucursais no país.

Investigação
O exemplo da aspirina na prevenção do cancro colorretal será um dos temas a abordar na conferência “O apoio da Liga Portuguesa...

Nos últimos anos, a aluna de Doutoramento Carina Pereira tem desenvolvido trabalhos no Grupo de Oncologia Molecular do Instituto Português de Oncologia do Porto, para compreender de que forma “o background genético poderá auxiliar na identificação de indivíduos com risco aumentado para o desenvolvimento de Cancro colorretal (CCR) que potencialmente possam beneficiar do uso de aspirina na prevenção desta neoplasia”.

O trabalho de Carina Pereira, atual investigadora do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto/i3S, foi um dos que beneficiou de uma bolsa da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).

De acordo com informação disponibilizada pela LPCC - que sábado anuncia, no Núcleo Regional do Norte, mais 12 bolsas de investigação, no valor total de cerca de 250 mil euros - diversos estudos sugerem, de forma consistente, que o consumo diário de aspirina, conduz a uma redução não só na incidência de adenomas (lesões) como de CCR, proteção que pode atingir os 50%.

Contudo, a liga salienta que “o uso destes fármacos encontra-se comprometido pelos sérios efeitos adversos, principalmente a nível gastrointestinal (hemorragias, úlceras), que advêm do seu consumo regular”.

Atualmente é sugerido que a quimioprevenção poderá ser uma abordagem eficaz, em indivíduos que possuam um risco aumentado para desenvolvimento de tumores colorretais, em que a proteção conferida ultrapasse os riscos do consumo regular de aspirina.

De acordo com os dados disponibilizados pela LPCC, o cancro colorretal representa um sério problema de saúde pública, representando a segunda neoplasia com maior incidência em Portugal (16% de todos os cancros), apenas ultrapassado pelo cancro do próstata e cancro da mama, nos géneros masculinos e femininos, respetivamente.

Apesar de ser passível de prevenção pelo diagnóstico precoce de lesões precursoras (adenomas), estima-se um aumento no número de novos casos como reflexo do envelhecimento populacional e adoção de estilos de vida que potenciam o desenvolvimento tumoral.

Desta forma, “torna-se crucial não só a otimização das estratégias atuais de prevenção, como a implementação de abordagens complementares que visem reduzir a incidência desta neoplasia”, acrescenta a liga.

Nas declarações, o presidente da LPCC referiu que “o facto de se destinar 250 mil euros para a investigação é sem dúvida um esforço muito grande que este núcleo/Norte faz para que os jovens investigadores não saiam para o estrangeiro ou então não arranjem outro tipo de emprego que não tem nada a ver com a sua vocação”.

“Este aspeto é muito importante porque temos fantásticos investigadores e há um sangramento nacional de jovens que vão para o estrangeiro”, sublinhou, referindo que muitos desses jovens veem o seu trabalho reconhecido, “sobem muitos deles vários patamares, alguns estão já diretores de serviço, diretores de departamento e alguns até já como diretores de vários institutos de investigação. Alguns regressam, mas a grande maioria fica”.

Vítor Veloso reconhece que “a ajuda da liga pode não ser fundamental, mas é importante porque impede que jovens fantásticos vão para o estrangeiro ou então tomem outro rumo que não aquele a que estão destinados”.

“É por isso que fazemos esta cerimónia, é uma cerimónia simples, com pequenas intervenções. Alguns dos bolseiros vão apresentar os seus trabalhos e assinar o contrato com a Liga Portuguesa Contra o Cancro”, disse.

Explicou ainda que o apoio à investigação é uma atividade que está nos estatutos da LPCC, mas salientou que “não é uma atividade primordial em relação à missão da liga que é, fundamentalmente, apoiar o doente oncológico e as suas famílias em todos os seus aspetos, quer no aspeto emotivo, no psicológico e no económico”.

Na conferência "O apoio da Liga Portuguesa Contra o Cancro na Investigação Oncológica", com início às 09:30, de sábado, na sede do Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro no Porto, serão também abordados os temas: “Os Vírus, as vacinas e a prevenção do cancro” e “O rastreio do cancro da mama e as características dos tumores detetados”.

Em 2016
O presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Vítor Veloso, disse que em 2016 esta instituição despendeu “um milhão de euros...

“Desse um milhão, 400 mil euros foram destinados ao apoio a doentes oncológicos da região Norte”, afirmou.

Segundo Vítor Veloso, este apoio tem “aumentado exponencialmente”, referindo que em 2015 o apoio nacional fixou-se nos “800 mil euros”.

“A nossa principal missão é apoiar o doente oncológico e as suas famílias em todos os seus aspetos, quer no aspeto emotivo, quer no psicológico, quer no económico”, sublinhou.

Vítor Veloso frisou que o objetivo é “ajudar com os medicamentos, com os transportes, com a alimentação e também na resolução de problemas sociais dos doentes mais empobrecidos, nomeadamente no pagamento de rendas ou de eletricidade, por exemplo”.

“Quando há um agregado familiar em que o único membro da família que trabalha é atingido com cancro torna, efetivamente, esse agregado familiar debilitado, não só do ponto de vista emocional e físico, mas também sob o ponto de vista económico. Como não há um apoio social suficiente por parte do Estado, temos uma obrigação muito grande de apoiar esses doentes”, considerou o responsável.

Apontou a existência de “muitos casos de ‘pobreza envergonhada’, por exemplo de funcionários públicos e outros, que de repente viram os seus salários diminuídos, lançando-os para um nível de pobreza. São indivíduos que tinham vergonha de ir pedir. Isso já passou um bocadinho, mas muitas vezes somos nós que vamos ao encontro deles a perguntar se não precisam de auxílio para que consigam ultrapassar as dificuldades”.

Vítor Veloso falava a propósito do Dia Mundial Contra o Cancro que será assinalado no Núcleo Regional do Norte com uma conferência sobre "O apoio da Liga Portuguesa Contra o Cancro na Investigação Oncológica" e com a atribuição de 12 bolsas de investigação.

Apetite sexual
Cientistas encontraram uma hormona que afeta o desejo sexual no cérebro e que poderá ser a chave para a criação de um viagra...

A kisseptina, também conhecida como metastina, é uma hormona que estimula a libertação de outras hormonas ligado ao sexo e à reprodução.

Os investigadores da Imperial College de Londres injetaram esta hormona em homens adultos heterossexuais e descobriram que os voluntários revelavam mais atividade nas áreas do cérebro tipicamente ativadas pela atividade sexual ou romance, conforme explica o comunicado publicado na agência científica Eureka Alert.

Os voluntários fizeram uma ressonância magnética após tomarem a hormona e viram dois tipos de fotografias: imagens românticas e onde apareciam casais e imagens onde não apareciam pessoas. O exame mostrou maior atividade nas áreas do cérebro ligadas ao sexo e amor quando os homens viram o primeiro tipo de imagens, escreve o Diário de Notícias.

A conclusão foi que esta hormona impulsiona os circuitos cerebrais relacionados com o desejo sexual e ativa os centros do prazer e desejo do cérebro. Como tal, os cientistas acreditam que a administração de kisseptina pode ajudar a resolver os problemas sexuais de origem psicológica e até ajudar pessoas e casais a recuperarem o desejo sexual.

Waljit Dhillo, principal autor do estudo, disse que a hormona pode ser "exatamente usada como um viagra mental", segundo o Telegraph, referindo-se ao medicamento usado para combater a impotência sexual masculina. "O papel do cérebro e das emoções no processo de reprodução é muito importante e apenas parcialmente compreendido", explicou Dhillo.

O investigador explicou que um dos objetivos da investigação era ajudar casais com problemas de fertilidade. "A maioria da investigação e dos tratamentos para a infertilidade até ao momento foca-se nos fatores biológicos", disse o investigador no artigo científico em que defende um maior estudo dos fatores psicológicos e do cérebro.

"Esta hormona está em todos nós, então sabemos que é segura e talvez um dia existam comprimidos que as pessoas possam tomar para aumentar os seus efeitos", continuou Dhillo.

Por afetar os centros de prazer, os cientistas acreditam que a kisseptina poderá ser útil também no tratamento de doenças psicológicas como a depressão. "O nosso estudo mostra que a kisseptina aumenta a atividade cerebral sexual e romântica mas também diminuiu os estados de humor negativos", afirmou o investigador Alexander Comninos, segundo o Telegraph.

"Isto levanta a interessante possibilidade da kisseptina ser usada no tratamento de distúrbios psicossexuais e da depressão", continua Comninos, acrescentando que são necessários mais testes.

Laboratório Militar
Os ministério da Saúde e da Defesa Nacional criaram um grupo de trabalho para estudar o reforço da produção de medicamentos e...

Num despacho conjunto, hoje publicado, os ministérios da Defesa Nacional e da Saúde destacam a "importância estratégica para o país" de responder às "necessidades na área do sangue e do medicamento".

O despacho conjunto foi hoje divulgado à comunicação social durante uma visita dos dois ministros às instalações do Laboratório Militar, em Lisboa.

O grupo de trabalho irá estudar a possibilidade de o Laboratório Militar "intensificar a produção de medicamentos inexistentes no mercado português" por "desinteresse económico por parte da indústria farmacêutica".

O objetivo é colmatar "uma lacuna terapêutica" e prevenir ruturas no abastecimento de medicamentos que podem ter impacto negativo nos cuidados prestados aos doentes".

O grupo de trabalho estudará também as "condições técnico-científicas", de infraestruturas e de rentabilidade "com vista ao eventual tratamento industrial do plasma português, com vista à produção de medicamentos derivados do plasma".

O grupo de trabalho deverá apresentar um relatório final no prazo de 90 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, segundo o despacho, assinado pelos ministros da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, e da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

O grupo será composto por elementos do Laboratório Militar, do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, da Direção-Geral de Saúde, e por representantes do Exército.

Infeções respiratórias
Alguns hospitais estão a ter dificuldade no abastecimento de alguns antibióticos, na formula injetável, usados para o...

A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) está a acompanhar a situação e recomendou uma gestão cuidada para evitar a rutura de stocks. Ao mesmo o Infarmed tem estado em contacto com os distribuidores e já há empresas a repor o fornecimento. Outra alternativa é o recurso à autorização de utilização excecional (AUE) para aquisição de produtos semelhantes noutros países. Houve sete pedidos feitos por hospitais, todos autorizados pelo Infarmed.

"O Infarmed recebeu notificações de alguns hospitais relativas à dificuldade de abastecimento de alguns antibióticos injetáveis, como a amoxicilina + ácido clavulânico, azitromicina e claritromicina. Isso deve-se a problemas na produção destes medicamentos que levam a dificuldades no normal abastecimento do mercado, sendo que o problema surge em sequência do número cada vez mais limitado de fabricantes daquelas substâncias ativas e de perturbações de fabrico relacionados com dificuldades de acesso à matéria-prima", explicou ao Diário de Notícias fonte do Infarmed.

As dificuldades colocam-se com as fórmulas injetáveis que são as menos usadas, explica a Autoridade Nacional do Medicamento, acrescentando que as soluções orais (xarope) não registaram problemas de abastecimento.

O Infarmed adianta estar a desenvolver "todos os esforços para repor o regular abastecimento com a maior brevidade possível" com as empresas que têm autorização para colocar estes antibióticos no mercado e esclarece que "no caso da claritromicina o problema já foi resolvido, tendo havido reposição de stocks e na azitromicina uma das empresas já começou a fazer abastecimento entre ontem e hoje e uma segunda empresa deve fazê-lo na segunda semana de fevereiro. Quando à amoxicilina + ácido clavulânico, o mercado tem visto o seu fornecimento afetado, mas continua a ser garantido".

Enquanto a situação não estiver completamente regularizada, o Infarmed recomenda aos hospitais que giram "com atenção estes medicamentos e as suas alternativas para evitar a rutura dos antibióticos".

"Atendendo a que existem medicamentos similares na União Europeia, os hospitais poderão recorrer ao mecanismo de autorização de utilização excecional (AUE) e ao Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI) para obtenção de informação adicional", acrescenta o Infarmed. Até ao momento foram registados sete pedidos (para azitromicina e para amoxicilina + ácido clavulânico) específicos de hospitais, a que o Infarmed deu resposta positiva.

Estudo
Hambúrgueres, batatas fritas, tacos e doces vêm embrulhados em papel à prova de gordura e caixas que muitas vezes contêm...

O estudo, publicado na revista científica Environmental Science and Technology Letters, testou mais de 400 amostras de 27 redes de fast food nos Estados Unidos.

Quase metade dos embrulhos de papel e 20% das amostras de papel-cartão - como caixas de batatas fritas e pizza - continham flúor, escreve o Sapo, um marcador para produtos químicos altamente fluorados usados em tapetes resistentes, utensílios de cozinha antiaderentes e roupas impermeáveis. "Os embrulhos para comida Tex-Mex, sobremesas e pães eram os mais propensos a conter flúor", disse o estudo.

O estudo não prova, no entanto, nenhum dano específico à saúde humana decorrente da exposição a esses produtos químicos - conhecidos como substâncias PFAS - em embalagens de alimentos.

Ainda assim os investigadores alertam que a exposição a alguns PFAS está associada a um maior risco de cancro, problemas na tiróide, imunossupressão, baixo peso no nascimento e diminuição da fertilidade, de acordo com estudos prévios.

"Essas substâncias químicas estão associadas a vários problemas de saúde, por isso é preocupante que as pessoas estejam potencialmente expostas às mesmas em alimentos", comenta a autora principal do estudo, Laurel Schaider, química ambiental no Instituto Silent Spring.

"As crianças estão especialmente em risco de efeitos sobre a saúde, porque os seus corpos estão em desenvolvimento e são mais vulneráveis a produtos químicos tóxicos", acrescentou.

Seis das amostras continham um PFAS de cadeia longa chamado ácido perfluorooctanoico (PFOA), também conhecido como C8, apesar de vários grandes fabricantes dos Estados Unidos terem concordado em parar de usar compostos C8 nas embalagens de alimentos devido aos riscos para a saúde, depois de uma revisão da Food and Drug Administration (FDA, agência sanitária americana), em 2011.

Os investigadores também detetaram alguns compostos de PFAS de cadeia curta, que têm sido cada vez mais usados como substitutos para os PFAS de cadeia longa.

"Os compostos de substituição são igualmente persistentes e não foi demonstrado que são seguros para a saúde humana", disse a coautora Arlene Blum, fundadora do Instituto Green Science Policy. "É por isso que precisamos reduzir o uso de toda a classe de compostos altamente fluorados. A boa notícia é que existem alternativas não fluoradas disponíveis", acrescentou.

Cerca de uma em cada três crianças norte-americanas comem fast food todos os dias.

Os Estados Unidos começaram a eliminar progressivamente alguns PFAS em 2000, mas outros países ainda os produzem. Estes químicos tendem a permanecer no meio ambiente por longos períodos depois de serem descartados em aterros sanitários. Estudos anteriores demonstraram que as substâncias presentes nas embalagens alimentares podem migrar para os alimentos.

Estudo
O baixo teor de oxigénio na atmosfera terrestre de há 2,4 mil milhões de anos retardou a evolução da vida na Terra, indica um...

No estudo, publicado na revista especializada Nature Communications, os investigadores Tim Lenton e Stuart Daines, do departamento de geografia da Universidade de Exeter, dão conta da criação de um modelo matemático para explicar o processo de estabilização em níveis baixos do oxigénio na atmosfera terrestre, apesar de existir já produção de oxigénio por via das primeiras formas de fotossíntese.

O modelo computorizado pretende ajudar a explicar a razão de o "grande evento de oxidação" que introduziu o oxigénio na atmosfera não ter gerado os níveis atuais de oxigénio atmosférico, escreve o Sapo.

De acordo com os cientistas, o nível de oxigénio na atmosfera terrestre foi de cerca de 10% do atual, que é de 21%, durante os dois mil milhões de anos que se seguiram à "grande oxidação".

Tim Lenton e Stuart Daines argumentam que matéria orgânica, resultante da decomposição das primeiras formas de vida, presente em rochas sedimentares começou a reagir pela primeira vez com o oxigénio presente na atmosfera, criando um "mecanismo de regulação" em que o oxigénio produzido pela fotossíntese era consumido na mesma proporção pela reação com a matéria orgânica.

O "mecanismo de regulação" só foi interrompido com a emergência das primeiras plantas terrestres, cuja fotossíntese gerou um aumento do oxigénio até aos níveis presentes hoje na atmosfera, que permitiram a colonização do planeta por formas de vida animal.

"Este tempo na história da Terra foi uma espécie de ciclo vicioso. Não era possível a evolução de formas de vida complexas porque não existia oxigénio suficiente na atmosfera e não havia oxigénio suficiente porque formas de vida complexas ainda não tinham evoluído. Só o aparecimento das primeiras plantas terrestres permitiu quebrar esse ciclo", comentou Tim Lenton no artigo publicado hoje.

O surgimento da vida na Terra é marcado pelo aparecimento das primeiras bactérias, há cerca de 3,8 mil milhões de anos. Há cerca de 2,7 mil milhões de anos surgiram nos oceanos os primeiros organismos capazes de fotossíntese, mas os primeiros animais multicelulares, como esponjas e alforrecas, só surgiram há cerca de 600 milhões de anos, segundo os cientistas.

Há 470 milhões de anos surgiram as primeiras plantas terrestres e os primeiros animais terrestres há cerca de 428 milhões de anos. Os mamíferos passaram a ocupar lugar de destaque na vida na Terra depois da extinção dos dinossauros, há cerca de 65 milhões anos, e os primeiros humanos datam de há apenas 200.000 anos. A idade da Terra está estimada em 4,5 mil milhões de anos.

Cientistas australianos
Um grupo de cientistas australianos desenvolveram um remédio que, ao imitar o sistema imunitário dos tubarões, pode ajudar a...

A pneumonia intersticial idiopática ou fibrose pulmonar idiopática cicatriza o tecido pulmonar e faz com que o órgão perca a sua elasticidade natural, aumentando as dificuldades em respirar. Muitos especialistas acreditam que a doença esteja subdiagnosticada por ser confundida com infeções comuns em fumadores, uma vez que os sintomas são sobretudo cansaço e falta de fôlego, escreve o Sapo.

A nova esperança é um fármaco inovador inspirado nos anticorpos encontrados no sangue dos tubarões. A substância deverá ser testada em 2018 em seres humanos, escreve a BBC. Chama-se AD-115 e foi desenvolvida na Universidade La Trobe, em Melbourne, na Austrália em conjunto com a empresa de biotecnologia AdAlta.

Os testes iniciais tiveram como alvo as células causadoras da fibrose, criando uma proteína humana que imita os anticorpos encontrados nos tubarões, explica Mick Foley, do Instituto de Ciência Molecular de La Trobe.

"A fibrose é o resultado final de muitas feridas e lesões diferentes e esta molécula pode matar as células que causam a fibrose", revelou em declarações à BBC.

Segundo os cientistas, nenhum tubarão foi abatido no processo de desenvolvimento da substância, já que foi extraída apenas uma amostra simples de sangue de um tubarão da família Orectolobidae de um Aquário de Melbourne.

Ginecomastia
Caracterizada por um excesso de pele, gordura e glândula mamária, unilateral ou bilateral no homem,

A ginecomastia (literalmente mama de mulher) é uma condição inerente ao homem que se caracteriza por aumento do tecido mamário.

A causa é um desequilíbrio entre os efeitos estimulantes do estrógeno (hormona sexual feminina) e os efeitos inibitórios dos andrógenos (hormona sexual masculina) no tecido mamário, por aumento do primeiro e diminuição dos níveis do segundo.

Antes da puberdade, não há nenhuma diferença entre as glândulas mamárias de ambos os sexos.

A ginecomastia geralmente aparece como um nódulo ou um aumento do volume da mama, que pode ser unilateral ou bilateral e que pode ser acompanhada por  hipersensibilidade ou dor.

A ginecomastia é um problema relativamente comum na população e, existem três picos de prevalência ao longo da vida:

  1. Bebés recém-nascidos: entre 60 e 90% dos recém-nascidos têm ginecomastia, produzida pela passagem do estrogênio materno através da placenta. É uma ginecomastia transitória que desaparece em 2-3 semanas.
  2. Puberdade: A ginecomastia na puberdade afeta principalmente jovens com idades compreendidas entre os 10 e os 14 anos e é devido ao aumento transitório e fisiológico de estrogénio que ocorre nesta idade.  É raro que persistir após os 17 anos de idade. A ginecomastia afeta 19 a 70% das crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.
  3. Idosos: A ginecomastia é devida a:
  • Um aumento do tecido adiposo provocado por uma maior aromatização periférica (um processo que consiste na conversão de andrógenos em estrógenos a nível do tecido adiposo);
  • Um declínio na produção de testosterona pelos testículos;
  • Uso de fármacos.

Estima-se que entre 40 a 65% dos homens com idades entre 50 e 80 anos têm ginecomastia.

As causas não fisiológicas de alteração da relação estrogénio/androgénio são variadas e incluem:

Produção excessiva de estrogénio - Os tumores secretores de estrógeno ou seus antecessores: tumores de células de Sertoli e Leydig (20-30% têm ginecomastia), tumores testiculares secretores de hCG ou gonadotrofina coriónica humana (2-6% têm ginecomastia), tumores adrenais. Outros tumores, como os do pulmão, fígado, as neoplasias malignas gástricas e renais, também podem produzir hCG fomentando o aparecimento de ginecomastia. 

A aromatização (conversão) com aumento de transformação periférica de andrógeno em estrógeno: obesidade, doenças hepáticas crônicas - cirrose (67% de prevalência de ginecomastia), hipertiroidismo (10-40% têm ginecomastia), desnutrição, insuficiência renal crónica (desenvolvem ginecomastia). 

Produção insuficiente de testosterona -  Causa congénita (presente desde o nascimento): anorquidia congénita (ausência de testículos), síndrome de Klinefelter, síndromes de resistência androgénica (feminização testicular), síndrome de Reifenstein (ausência desde o nascimento de receptores de androgénio), doença de Kennedy, déficit da síntese da testosterona, hipófise ou doença hipotalâmica. 

Adquiridas ao longo da vida: orquite, castração, trauma testicular, infecções virais, quimioterapia ou radioterapia, insuficiência renal. 

Fármacos: são provavelmente a causa mais comum de ginecomastia secundária

Estão incluídos neste grupo: 

as hormonas como: estrogénio, testosterona, Antiandrogénios (ciproterona acetato, Finasteride, cetoconazol, flutamida e a espironolactona), esteróides anabolizantes, hormona HCG (gonadotrofina coriónica humana);

inibidores da  5-alfa redutase (Finasterida e dutasterida): usado no tratamento da hipertrofia benigna da próstata e prevenção da neoplasia maligna da próstata. Muito usadas no desporto, principalmente bodybuilding.

Bicalutamide e flutamida: usada em terapia hormonal adjuvante da neoplasia maligna da próstata. 

A espironolactona (usada para tratar, entre outras, as doenças cardiovasculares): entre 5-10% dos pacientes tratados com espironolactona deixam o tratamento devido à ocorrência de ginecomastia. 

Os antiulcerosos: especialmente a cimetidina, ranitidina, omeprazol e metoclopramida podem produzir ginecomastia.

Fármacos usados  em neurologia e psiquiatria: O haloperidol, diazepam, fenitoína, antidepressivos tricíclicos e opióides. 

Fármacos usados em quimioterapia

O diagnóstico de ginecomastia faz-se através da colheita da história clínica, do exame objectivo para despiste de causas extrínsecas e, essencialmente, por imagiologia onde a mamografia e ecografia mamária têm papel fundamental.

A ginecomastia do adulto com neoplasia maligna da próstata com tratamento hormonal  tem uma prevalência de 15% em caso de bloqueio hormonal completo e de 75% em monoterapia.

A doença pode afetar ambas as mamas e estas atingirem dimensões importantes ficando os doentes com mamas muito sobreponíveis às de uma mulher.

Esta situação provoca alterações de imagem que são muito pouco aceites pelos doentes, conduzindo as distúrbios de auto-imagem muito importantes que contribuem para alterações de comportamento de relação e social devastadores.

A classificação da ginecomastia baseada no tipo de abordagem cirúrgica é a melhor.

Para o planeamento cirúrgico, normalmente utilizamos três classificações: 

Grau I: um botão localizado, de tecido glandular que é concentrado ao redor ou por baixo da aréola e que, geralmente, é fácil de remover; tórax com pouco tecido adiposo e sem excesso de pele. 

Grau II: ginecomastia difusa num tórax com mais tecido adiposo, onde as margens da massa não são bem definidas. Neste caso a associação com lipoaspiração do tecido adiposo circundante está indicado. 

Grau III: ginecomastia difusa com grande excesso pele. Estes pacientes necessitam incisões ao redor da aréola, na pele, ou reposicionamento do complexo aréolo-mamilar. 

 A técnica cirúrgica depende do tipo de ginecomastia e do seu grau. 

Existem basicamente duas técnicas cirúrgicas, que podem ser utilizadas separadamente ou em combinação: lipoaspiração e mastectomia subcutânea associada a plastia do invólucro (nos pacientes com excesso de pele). 

Os principais problemas relacionados ao tratamento cirúrgico da ginecomastia são as irregularidades na superfície da mama e as alterações na forma ou na posição do mamilo. 

O edema pós-operatório dura cerca de 7 a 10 dias e o déficit de sensibilidade local, em geral, é transitório, durando no máximo um ano na maioria dos casos.

A cirurgia consiste em realizar uma incisão pequena em forma de semicírculo na parte inferior da aréola, na sua transição para a pele. A cicatriz não é aparente e fica praticamente invisível com o tempo. 

Nos casos de ginecomastia adiposa, a cirurgia pode ser feita com lipoaspiração da gordura mamária. 

Nesse caso, o ‘caroço’ que se apalpa é pequeno e o tratamento pode ser feito através de um pequeno orifício, praticamente imperceptível ao fim de algum tempo. 

A correção da ginecomastia grau I (localizada) é geralmente um procedimento cirúrgico simples.

O grau II é mais difícil e apresenta uma série de problemas, como as ondulações da pele torácica, podendo levar a uma depressão no centro ou na periferia da lesão. 

A complicação cirúrgica mais comum é o hematoma. Pequenos hematomas ou equimoses são comuns após o tratamento da ginecomastia de  grau II. 

A retração areolar pode ser evitada nos pacientes com grau I, mas é mais difícil prevenir nos pacientes com o grau II devido à natureza adiposa do tecido encontrado. O excesso cutâneo é mais comum nos pacientes idosos e pode ser corrigida secundariamente, já que muitos pacientes têm uma retracção cutânea muito superior à que se poderia esperar e assim evita-se a realização de uma cicatriz ao redor da aréola.

Para além do tratamento cirúrgico, pode-se propor, aos doentes com alta probabilidade de desenvolverem ginecomastia secundária o tratamento hormonal, a terapêutica preventiva com irradiação da área mamária e/ou terapêutica com tamoxifeno.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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