Estudo
Cientistas descobriram os primeiros anticorpos humanos que atuam contra todas as estirpes do vírus Ébola, numa investigação que...

A descoberta foi feita após uma equipa de investigadores, designadamente da Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, ter analisado o sangue de um sobrevivente do surto de Ébola ocorrido na África Ocidental entre 2013 e 2016, que causou mais de 11 mil mortos e infetou mais de 29 mil pessoas.

O vírus Ébola provoca febre hemorrágica, uma infeção grave e frequentemente fatal para a qual não há vacinas ou tratamentos.

A maioria das terapias com anticorpos apontadas como promissoras para o combate ao Ébola tem tido como alvo uma estirpe específica do vírus.

A equipa de cientistas descobriu que dois dos 349 anticorpos de um sobrevivente do surto de 2013-2016 que tinham sido isolados num estudo anterior, e conhecidos cientificamente como "ADI-15878" e "ADI-15742", neutralizavam a infeção pelas cinco estirpes do vírus Ébola em culturas celulares.

Os dois anticorpos humanos conseguiram proteger ratos expostos a uma dose letal das três principais estirpes do vírus Ébola, incluindo os vírus Bundibugyo e Sudão, salienta um comunicado da Faculdade de Medicina Albert Einstein.

A nota explica que os anticorpos "ADI-15878" e "ADI-15742", ao ligarem-se a proteínas conhecidas como glicoproteínas interferem no processo em que o vírus Ébola infeta e se multiplica nas células e detetam o vírus quanto ainda está na corrente sanguínea.

O grupo de investigadores identificou também os genes humanos que poderão estar na origem das células que produzem os dois anticorpos e pretende sintetizar as proteínas que desencadeiam a produção desses mesmos anticorpos.

Boletim polínico
Os pólenes em suspensão no ar vão estar em níveis muito elevados nos próximos dias em Portugal continental, informou a...

No boletim polínico divulgado a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) prevê que, entre 19 e 25 de maio, estarão em níveis muito elevados os pólenes de árvores como o sobreiro, oliveira ou carvalhos e das ervas como a urtiga, gramíneas, parietária, quenopódio ou tanchagem.

Nos arquipélagos dos Açores e da Madeira preveem-se níveis baixos de pólenes em suspensão.

Os pólenes das árvores e das ervas provocam na primavera reações alérgicas em muitas pessoas, caracterizadas normalmente por espirros, comichões ou falta de ar. Em algumas pessoas podem provocar rinite, conjuntivite ou asma.

No sábado
Lisboa e Porto unem-se no sábado a várias cidades no mundo numa marcha contra a multinacional agroquímica norte-americana...

A iniciativa, anunciada em Portugal através da rede social Facebook, realiza-se a partir das 15:00 entre a praça Luís de Camões e a praça do Intendente, em Lisboa, e entre a praça Gomes Teixeira e os paços do Concelho, no Porto.

A Monsanto, recentemente comprada pela farmacêutica alemã Bayer, produz sementes geneticamente modificadas e herbicidas controversos como o glifosato, que a Organização Mundial de Saúde classificou como "provavelmente cancerígeno", mas para o qual a Agência Europeia de Químicos não encontrou evidências que comprovem os seus malefícios para a saúde.

A multinacional é acusada de crimes contra a humanidade e o ambiente por parte de ativistas e organizações não-governamentais.

Em abril, um tribunal ético-popular, formado por cinco juízes profissionais internacionais, acusou a Monsanto de violação dos direitos humanos, de impacto negativo sobre o ambiente e crime de 'ecocídio'.

Há cerca de ano e meio, em dezembro de 2015, foi lançado o "Tribunal Monsanto", em Paris, durante a Cimeira do Clima (COP21), uma iniciativa popular promovida por ativistas, jornalistas, cientistas e atores políticos internacionais para julgar moralmente a conduta da multinacional.

A Monsanto e a indústria dos agroquímicos têm alegado que os produtos no mercado, incluindo o herbicida glifosato, são seguros para a saúde humana.

Doença Inflamatória Intestinal
Dor abdominal, diarreia e perda de peso são os sintoma mais frequentes da Doença Inflamatória Intest

O termo Doença Inflamatória Intestinal (DII) descreve um grupo de doenças em que o intestino está cronicamente inflamado.

Há, essencialmente, dois tipos principais de DII: a Colite Ulcerosa e a doença de Crohn. Enquanto a Colite Ulcerosa atinge apenas o intestino grosso ou cólon, a doença de Crohn por sua vez pode atingir qualquer segmento do tubo digestivo desde a boca até ao anus. No entanto, o mais frequente é atingir a porção terminal do intestino delgado ou o cólon (ou ambos).

A DII tem habitualmente um curso de exacerbações e remissões. Quando há inflamação severa a doença considera-se activa e o doente tem um acesso de sintomas. Quando a inflamação é pouco activa ou inexistente a pessoa não tem sintomas e diz-se estar em remissão.

O que provoca a DII?

A causa da DII é desconhecida. Pensa-se que existirá um agente ou combinação de agentes – bactérias, vírus, antigénios - que desencadeiam uma resposta imunológica que produz uma reacção inflamatória no intestino.

Os estudos mais recentes mostram haver uma combinação de factores hereditários, genéticos e ambientais que levam ao surgimento da DII. Independentemente da causa, a reacção inflamatória continua a atingir sem controle a parede intestinal e leva ao aparecimento dos sintomas, os mais frequentes dos quais são a dor abdominal e a diarreia.

Quais são os sintomas de DII?

Tal como em outras doenças crónicas, uma pessoa com DII tem períodos de recrudescimento dos sintomas e períodos de remissão em que os sintomas desaparecem voltando ao seu estado de saúde normal. Os sintomas variam de ligeiros a severos dependendo muito da porção do tubo digestivo que se encontra envolvida. Indicam-se os mais frequentes:

  • Colicas e dor abdominal
  • Diarreia (por vezes com sangue)
  • Urgência para defecar
  • Febre
  • Emagrecimento
  • Perda de apetite
  • Anemia por défice de Ferro (devido ao sangramento)

A DII pode levar a complicações?

A DII pode levar a algumas complicações nos intestinos incluindo:

  • Hemorragia abundante devido às úlceras
  • Perfuração ou ruptura intestinal
  • Estreitamento – chamado estenose - e obstrução intestinal (exclusivo na doença de Crohn)
  • Fistulas e doença peri-anal (muito mais comum na doença de Crohn que na Colite Ulcerosa)
  • Megacólon tóxico (dilatação extrema do cólon, situação de grande gravidade e mais associada com a Colite Ulcerosa que com a doença de Crohn)
  • Má nutrição

A DII, particularmente a Colite Ulcerosa , também aumenta o risco de Cancro de cólon. A DII pode levar a sintomas noutros órgãos – manifestações extraintestinais - nomeadamente artrite, doenças da pele, inflamações dos olhos, figado e rim ou osteoporose. De todas estas manifestações a mais frequente é a artrite.

Como se diagnostica a DII?

O diagnóstico da DII baseia-se na avaliação dos sintomas e de variados exames que o médico pode solicitar:

Exames de fezes: para excluir doenças bacterianas, víricas ou parasitárias, para ver se contêm sangue não visível a “olho nu” ou se há sinais de inflamação no intestino.

Análises de sangue, nomeadamente hemograma que poderá sugerir a presença de inflamação se houver aumento dos glóbulos brancos ou anemia se o valor da hemoglobina estiver baixo..

Outras análises de sangue, como ionograma, e marcadores de inflamação, como a velocidade de sedimentação ou a proteina C reactiva, que podem dar indicações sobre a severidade da doença. Os níveis de anticorpos pANCA costumam também estar elevados na Colite Ulcerosa. Por fim poderão também ser solicitadas análises para excluir doenças sexualmente transmitidas.

Ecografia abdominal, TAC e Ressonância Magnética são também frequentemente utilizados no diagnóstico de DII.

Colonoscopia: O colonoscópio, um tubo flexível com luz e uma câmara permite visualizar o intestino grosso (recto e cólon) e procurar a presença de inflamação sangramento ou úlceras, bem como determinar a  extensão da doença e efectuar biópsias.

A endoscopia alta pode também ser usada em doentes com queixas de náuseas, vómitos e dor já que na doença de Crohn cerca de 10% dos doentes apresenta alterações no estomago ou duodeno.

A enteroscopia por cápsula pode ser útil para diagnosticar a doença de Crohn do intestino delgado. Consiste na visualização deste segmento digestivo por uma pequena cápsula com uma câmara que é deglutida pelo doente e envia as informações para um receptor que a pessoa leva num cinto. No final do procedimento as imagens são passadas para um computador e a cápsula é normalmente excretada pelas fezes.

Como se trata a DII?

O tratamento da DII envolve uma combinação de cuidados gerais, nomeadamente alimentares e terapêutica médica.

Cuidados gerais

Embora esteja comprovado que nenhuma dieta previne ou trata a DII, há algumas alterações nos hábitos alimentares que são úteis. Dependendo dos sintomas poderá ser necessário reduzir a quantidade de fibras ou de leite e derivados na alimentação.

A dieta com poucos resíduos (pouca fibra) permite controlar melhor a diarreia e a dor abdominal, por exemplo.

Outro aspecto com importância é aprender a lidar melhor com o “stress”, o qual pode agravar os sintomas. A meditação, o exercício físico e a participação em grupos de apoio com outras pessoas com o mesmo problema são de reconhecida utilidade sob este ponto de vista.

Terapêutica Médica

O seu principal objectivo é a supressão da resposta inflamatória a nível da parede intestinal, levando ao desaparecimento dos sintomas de diarreia e dor abdominal. Depois destes sintomas se encontrarem controlados o foco passará a ser a redução do número de crises e a manutenção em remissão

Os médicos usam no tratamento destas situações uma abordagem por etapas usando inicialmente os medicamentos menos agressivos, passando para outros de outro patamar se os primeiros falharem. Usam-se inicialmente os aminosalicilados (Sulfasalazina, Mesalamina, Olsalazina)  que podem ser administrados por via oral, como supositórios ou como enemas. São úteis no alívio dos sintomas e na manutenção em remissão.

Podem ser também receitados para alívio sintomático anti-espasmódicos, inibidores da bomba de protões ou anti-diarreicos (não se deve nunca iniciar um anti-diarreico sem conselho médico, na DII). Na doença de Crohn com manifestações peri-anais é frequente receitar-se antibióticos.

Se os primeiros medicamentos não são suficientemente eficazes passa-se ao degrau seguinte que é a prescrição de corticosteróides, agentes antiinflamatórios potentes, de rápida actuação que proporcionam rápido alívio sintomático, mas que devido aos efeitos laterais associados com o seu uso prolongado só devem ser usados no tratamento das crises e nunca na manutenção em remissão. Se os corticóides falharem ou forem necessários por longos periodos de tempo usam-se os medicamentos de tipo imunosupressor que não são úteis nas crises, já que demoram 2 a 3 meses a iniciar seus efeitos. São exemplos destes medicamentos a Azatioprina, 6 – mercaptopurina ou o Metotrexato .

Os medicamentos Biológicos, último degrau da escalada terapêutica, são anticorpos que têm como alvo determinadas proteínas que causam inflamação e usam-se no tratamento da doença moderada a grave quando as medicações standard foram ineficazes. Alguns dos utilizados são o Infliximab, o Adalimumab, o Natalizumab, o Vedolizumab ou o Ustekinumab.

Terapêutica Cirúrgica na DII: Quando?

Apesar de haver tratamentos eficazes tanto para a doença de Crohn como para a colite ulcerosa pode acontecer que não se consiga a  remissão e os sintomas se tornem persistentes e duradouros levando o médico a discutir com o paciente a possibilidade de cirurgia. Nesse caso a cirurgia seria apresentada como uma alternativa para trazer a doença sob controle.

Outro fator que pode trazer a discussão acerca da cirurgia é o caso de uma complicação da doença que não tem como ser tratada efetivamente com o uso de medicamentos. Um exemplo pode ser a oclusão intestinal na doença de Crohn.

As causas que mais frequentemente levam à Cirurgia na doença de Crohn são:

Persistência (resistência) dos sintomas, mesmo com terapêutica médica;

  • Complicações como abscessos e fístulas que não se cicatrizam;
  • Estenoses  com sintomas obstrutivos;
  • Megacólon tóxico;
  • Hemorragia (sangramento);
  • Cancro do intestino.

Na Colite Ulcerosa o recurso à Cirurgia faz-se nas seguintes situações:

  • Persistência (resistência) dos sintomas apesar da terapêutica médica;
  • Intolerância à terapêutica médica;
  • Perfuração do cólon;
  • Desenvolvimento de megacólon tóxico;
  • Hemorragia (sangramento);
  • Aparecimento de displasia, que pode levar a cancro, ou aparecimento de cancro.

Se uma criança ou adolescente tem colite ulcerosa (ou doença de Crohn) e não se está a desenvolver  normalmente a cirurgia pode ser necessária.

A DII tem um curso clínico imprevisível variando o grau e o tipo de sintomas entre doentes. São situações crónicas e de natureza recidivante, tornando-se essencial, por estes motivos, o estabelecimento de uma boa relação entre o doente e o médico que o segue.

De igual modo a pertença a grupos de suporte onde possa partilhar a sua experiência com outras pessoas com problemas semelhantes pode ser importante na sua atitude perante estas situações.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Atualização da norma
Os viajantes que pretendam levar a vacina da hepatite A deixaram de precisar de submeter o pedido à Direção-Geral da Saúde,...

Uma atualização da norma sobre a hepatite A indica que “os viajantes com prescrição médica para a vacina da hepatite A poderão, a partir de agora, ser vacinados sem necessidade de validação pela Direção-Geral da Saúde”.

Em abril, com o país em pleno surto de hepatite A, os viajantes com destino a países endémicos para a doença só eram elegíveis para vacinação a título excecional, devendo o médico prescritor da vacina contactar previamente a autoridade de saúde.

Esta medida prendeu-se, na altura, com uma necessidade de controlar o ‘stock’ de vacinas, de modo que a chegassem aos grupos prioritários, como contactos íntimos ou familiares de infetados e homens que têm sexo com homens de forma desprotegida.

No que respeita a estes grupos prioritários continua a não ser necessária qualquer validação da vacina por parte da Direção-Geral da Saúde (DGS), sendo a imunização gratuita, a cargo do Serviço Nacional de Saúde.

A própria DGS já admitiu que a procura de vacinas não foi de princípio a que se desejava, tendo até sido constituída uma unidade móvel para ir ao encontro das populações de risco potencial.

Segundo um balanço do início deste mês, têm sido administradas vacinas a um ritmo médio de 48 por dia, sendo que 97% foram dadas na região de Lisboa e Vale do Tejo, aquela que concentra maior número de casos da doença.

A hepatite A é, geralmente, benigna e a letalidade é inferior 0,6% dos casos. A gravidade da doença aumenta com a idade, a infeção não provoca cronicidade e dá imunidade para o resto da vida.

World Hypertension League
No passado dia 17 de maio a Covilhã acolheu as Comemorações oficiais do Dia Mundial da Hipertensão, uma iniciativa lançada pela...

Ações de rastreio, sensibilização e ensino decorreram em simultâneo, em vários pontos da cidade, tais como no Centro Hospitalar Cova da Beira, Praça do Município e Universidade da Beira Interior.

Uma iniciativa que logrou todos os objetivos previstos e que conseguiu alcançar uma parte muito importante e diversificada da população, junto da qual a SPH e os vários profissionais de saúde e alunos de medicina e enfermagem envolvidos, reiteradamente alertaram para a importância de se medir frequentemente a pressão arterial, praticar exercício físico com regularidade, reduzir o consumo de sal e cumprir a toma da medicação prescrita.

No Centro Hospitalar Cova da Beira, para além dos rastreios e aconselhamento feito a duas centenas de utentes, visitantes e colaboradores, a plateia do auditório do Hospital Pêro da Covilhã esteve muito participada, para acolher uma Sessão Clínica sobre “Controlo da Hipertensão Arterial: que implicações?” em que o conferencista convidado foi o Prof. Doutor Luís Martins, diretor do Serviço de Cardiologia do CHEDV.

Em Lisboa
A Associação para o Planeamento da Família comemora meio século com a realização de Jornadas Nacionais, em que serão debatidos...

Com o tema “Escolhas, Direito, Saúde”, as XV Jornadas Nacionais, que decorrem sexta-feira e sábado em Lisboa, pretendem “constituir, em primeiro lugar, uma oportunidade para um balanço crítico dos enormes progressos alcançados em Portugal nos últimos 50 anos nos campos da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos”, refere informação divulgada pela Associação para o Planeamento da Família (APF).

As jornadas “deverão, também, constituir um exercício prospetivo de identificação de novos problemas e necessidades não resolvidas e das barreiras ainda existentes, em Portugal e à escala global, em diversos grupos etários e sociais para a vivência plena da sexualidade e da parentalidade”, adianta a associação.

Em declarações, o diretor executivo da Associação para o Planeamento da Família (APF), Duarte Vilar, destacou o papel da organização, pioneira em Portugal do planeamento familiar, para a emancipação da mulher.

“Contribuímos para as pessoas fazerem escolhas livres e informadas nas suas vidas e temos muito a ideia que contribuímos de facto para a emancipação das mulheres portuguesas” e também dos homens, disse Duarte Vilar.

Ao longo destes 50 anos, a associação promoveu “o debate público”, contribuiu para “mudar políticas ou criar novas políticas de saúde e igualdade”.

Promoveu “a educação para a saúde de várias gerações”, em temas como o planeamento familiar, o acesso à contraceção e ao aborto legal e seguro, a educação sexual nas escolas e nas famílias, a prevenção do VIH/SIDA, a igualdade de género, a não-discriminação e mais recentemente o combate à mutilação genital feminina e o apoio às vítimas de tráfico de seres humanos.

Duarte Vilar salientou que também são 50 anos de cidadania ativa na sociedade portuguesa, através do envolvimento de mais de mil voluntários e profissionais de formações diversas.

Mas ao fim de 50 anos a associação continua a precisar de apoio para a sua missão.

“Temos algum apoio do Ministério da Saúde mas não temos nenhum apoio” do Governo na área da saúde sexual e reprodutiva, disse o responsável.

Segundo o diretor executivo da APF, o valor do apoio financeiro foi reduzido “em 70% ou mais” nos últimos sete anos.

“Muitas vezes estamos em situações financeiras difíceis porque nos últimos anos o apoio a este tipo de organizações tem-se reduzido de forma drástica”, disse Duarte Vilar.

Associação para o Planeamento da Família
A associação pioneira do planeamento familiar em Portugal comemora 50 anos de existência, ao longo dos quais contribuiu para...

Quando a Associação para o Planeamento da Família (APF) surgiu há 50 anos “havia tudo por fazer, não só em planeamento familiar, como na sociedade portuguesa”, disse o diretor executivo da APF, Duarte Vilar.

Na altura, “tínhamos péssimos indicadores de saúde maternoinfantil, tínhamos o aborto clandestino aos milhares”, adiantou.

Perante esta realidade, os fundadores da APF definiram como “objetivo primeiro” introduzir nos serviços de saúde o planeamento familiar, em que a questão da “contraceção era essencial”, mas também a “mais controversa”.

“Começámos a fazer formação dos profissionais de saúde antes do 25 de Abril” e foi depois desta data que o então presidente Albino Aroso, que era secretário de Estado da Saúde, aprovou a legislação que introduziu as consultas de planeamento familiar nos centros de saúde.

Mais tarde, na década de 90, o VIH/Sida veio despertar ”mais interesse” pela educação sexual nas escolas, o que levou a APF a propor ao Ministério da Educação e à Direção-Geral da Saúde a realização de um projeto experimental nas escolas.

“O projeto correu durante três anos em cinco escolas do país. Correu muito bem, não foi controverso, conseguimos envolver os pais, as famílias e mostrámos um modelo inclusivo de educação sexual que era perfeitamente fazível”, adiantou Duarte Vilar.

Na segunda metade dos anos 90 retomou-se a luta pela interrupção voluntária da gravidez. “A APF nunca baixou a guarda em relação à despenalização do aborto e à exigência do aborto legal e seguro”.

“Em 2007 aconteceu o referendo”, ganharam as organizações e as pessoas que defenderam esta causa, e hoje “existe um acesso universal, gratuito a cuidados de aborto legal e seguro em Portugal”.

Fazendo um balanço deste meio século da associação, Duarte Vilar considerou que contribuiu para “uma melhoria muito significativa dos indicadores da saúde sexual e reprodutiva e para o acesso à contraceção”.

“Temos uma taxa de abortos inferior à média da União Europeia e isto tem a ver com a boa utilização dos contracetivos em Portugal”, frisou.

A causa da discriminação e da igualdade de género foram outros “contributos muito importantes” que a APF desenvolveu “na arena política, nas salas de aulas e nas campanhas de rua que realizou”.

A missão mais recente é o apoio às potenciais vítimas de tráfico de seres humanos identificadas pelas forças policiais e o combate à mutilação genital feminina.

Apesar de poder pensar-se que muitas das causas iniciais estão ganhas, Duarte Vilar disse que não é bem assim,

“Dizer que a educação sexual nas escolas está ganha é um engano porque há muitas escolas que não o fazem em condições”, como também é “um engano” afirmar que o planeamento familiar está ganho, quando ainda há grupos com “desigualdade de acesso aos cuidados de saúde”.

No caso de aborto os números indicam que há dois grupos que aparecem com necessidades especiais: As jovens, que representam um terço das interrupções voluntárias de gravidez, e as mulheres migrantes.

São grupos em que “é preciso trabalhar mais, não no sentido de diminuir o número de abortos, mas de evitar as gravidezes indesejadas”, defendeu.

Os desafios da associação passam agora pela questão dos jovens, das mulheres migrantes, a educação e literacia contracetiva, o envolvimento dos homens na contraceção, que é sobretudo suportada pelas mulheres, e a sexualidade no envelhecimento.

Ministério da Justiça
A secretária de Estado da Justiça anunciou hoje, em Sintra, que os reclusos vão passar a ter acesso a consultas médicas por...

Segundo Anabela Pedrosa, na sequência dos protocolos assinados pelo Ministério da Justiça na área da saúde, para a realização de análises clínicas nas cadeias, está previsto em breve o alargamento “no contexto de videoconferência”, para “que se possam ter consultas à distância”.

A governante, que falava no Estabelecimento Prisional de Sintra, salientou que as medidas de modernização administrativa se inserem na “racionalidade e humanização daquilo que são os serviços que o Ministério da Justiça dá a todos os cidadãos, incluindo os cidadãos reclusos”.

A Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) e o Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) assinaram hoje um protocolo com o objetivo de assegurar a emissão do Cartão de Cidadão a reclusos nos estabelecimentos prisionais, evitando a deslocação aos serviços públicos.

“Eu diria que ganhamos de duas maneiras, no ponto de vista de recursos, em racionalizar recursos, e, por outro lado, em retirar o estigma de alguém que vai ter que sair numa carrinha celular e acompanhado para fazer o seu ato de cidadania”, explicou Anabela Pedroso, em relação às vantagens do serviço que passa a ser prestado nos estabelecimentos prisionais.

A secretária de Estado apontou a necessidade dos serviços da administração pública estarem próximos dos cidadãos reclusos, para promover a sua reinserção na sociedade.

No Estabelecimento Prisional de Sintra, Marco, de 33 anos, foi o primeiro de oito reclusos que hoje puderam solicitar a emissão ou a renovação do Cartão de Cidadão, sem terem que se deslocar, algemados, a um serviço do IRN.

O diretor geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Celso Manata, destacou a importância de uma melhor gestão dos dinheiros públicos, evitando deslocações em carro celular com três guardas prisionais, mas apontou como “mais importante” acabar com a circunstância de “um recluso ter que ir a um serviço público algemado”.

A medida, frisou o responsável da DGRSP, termina com uma situação “estigmatizante” e “um pouco triste” para os reclusos nesse primeiro ato de cidadania, simbolizado pela emissão do Cartão de Cidadão.

Em relação à possibilidade de adoção da telemedicina, Celso Manata notou que, além de evitar as deslocações às unidades de saúde, os dados dos pacientes ficam no sistema do Serviço Nacional de Saúde e são mais um contributo para a “dignificação das pessoas que estão privadas da liberdade”.

A secretária de Estado da Justiça sublinhou ainda que estão em curso outras medidas, para assegurar a empregabilidade dos reclusos após cumprirem a sua pena.

“Estamos a fazer protocolos também com empresas, com municípios, com a sociedade civil, nomeadamente com ONG [organizações não governamentais], que vão fazer já algum tipo de formação dento do próprio estabelecimento prisional”, revelou Anabela Pedroso.

O projeto da Academia Recode, esclareceu, deverá juntar multinacionais na área das tecnologias da informação, para fornecer aos reclusos uma ferramenta “para poderem ter um emprego” quando saírem da prisão.

Através da colaboração entre o Estado, enquanto facilitador, as empresas que prestam formação e absorvem mão-de-obra e as ONG que fazem o acompanhamento, Anabela Pedroso acredita que seja possível assegurar “o triângulo perfeito para aquilo que deve ser o trabalho da reinserção social”.

Médicos de família
Os médicos de família propõem que as listas de utentes passem a ter em conta as dificuldades de acesso a serviços de saúde em...

A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar vai lançar em junho os resultados de um estudo que pretende incluir uma nova dimensão na constituição das listas de utentes.

Em entrevista, Rui Nogueira, presidente da Associação, defendeu que o número atual de doentes por médico de família é “perfeitamente absurdo”.

O limite máximo é de 1.900 doentes por médico, mas Rui Nogueira refere que, na prática, esse limite é aplicado como norma. Este número, que era para ser transitório, foi uma condescendência dos sindicatos médicos na altura da crise económica, também porque havia falta de médicos de família.

Agora, até porque Portugal já não atravessa a escassez de médicos de medicina geral e familiar de há poucos anos, a Associação vai sugerir que se introduza uma nova dimensão na constituição de listas de utentes por médico de família.

“Propomos uma nova métrica. Até agora temos em conta o número de pessoas e a idade como parâmetros a avaliar a dimensão das listas, sendo que os mais idosos pesam mais do que as pessoas mais jovens. Propomos introduzir o contexto de exercício como parâmetro, ou seja, onde há ou não recursos de saúde”, adiantou Rui Nogueira, na véspera do Dia Mundial do Médico de Família, que se celebra na sexta-feira.

A Associação pretende criar seis categorias de municípios, tendo em conta a sua complexidade e a dificuldade de acesso da população a outros recursos de saúde ou assistenciais.

Nas unidades dos municípios mais complexos, com mais problemas de acesso, as listas de utentes por médico devem ser menores, no limite alcançando um mínimo de 800 doentes por profissional.

“Isto vai representar por mais médicos nestes locais e a trabalhar com estes doentes”, admite o presidente da Associação de Medicina Geral e Familiar.

Em termos gerais, as listas terão de 800 a 1.800 doentes por médico.

“O que temos agora são listas cegas em relação ao contexto”, argumenta Rui Nogueira, lembrando que esta nova métrica engloba uma planificação à distância, que representa uma renovação para cinco anos mas que deve ser feita progressivamente.

O presidente da associação, que é médico de família em Coimbra, considera que este é o momento certo para se iniciar esta mudança, porque coincide com uma renovação geracional, em que se estão a enquadrar novos médicos de medicina geral e familiar.

Há cerca de dois mil médicos internos em formação de medicina geral, o que ajuda a tornar “bastante razoável” o número de médicos de família, um total de 5.500 a exercer.

Ainda assim, oito por cento da população continua a não ter médico de família, o que se traduz em cerca de 800 mil portugueses sem médico, sendo que 600 mil estão na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Rui Nogueira avisa também que dentro de três ou quatro anos haverá um novo ‘boom’ de aposentações – já tinha ocorrido em 2013 e 2014, sendo necessário fazer uma planificação atempada das necessidades de médicos e um correto aproveitamento dos que estão em formação.

Refugiados
Uma equipa médica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, liderada pelo cirurgião cardiotorácico Manuel Antunes, parte...

"É a primeira vez que estamos em missão num país fora da nossa língua", salientou o diretor do Centro de Responsabilidade Integrado de Cirurgia Cardiotorácica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que conta com uma vasta experiência em missões em Moçambique e São Tomé e Príncipe, por exemplo.

Até ao dia 28, data de regresso a Portugal, a equipa médica de Coimbra prevê operar "entre 12 a 15 crianças", de uma lista de 21, com idades entre os 07 meses e os 2/3 anos, num grupo que inclui também uma de cinco e outra de oito anos.

Trata-se de uma missão da Cadeia Esperança Portugal, uma organização não-governamental (ONG) com sede no CHUC, promovida e apoiada pela União Europeia, no âmbito de um convite da congénere francesa, que tem um projeto em Amã, capital da Jordânia, destinado a tratar crianças refugiadas sírias, sobretudo nas áreas da cirurgia cardíaca e ortopedia.

Segundo Manuel Antunes, que preside à Cadeia Esperança Portugal, as crianças que vão ser sujeitas a intervenção cirúrgica numa clínica privada sofrem de malformação cardíaca congénita e foram selecionadas por um cardiologista que as acompanha.

"As crianças são detetadas nos campos de refugiados por médicos que fazem clínica geral e depois são indicadas para um cardiologista local, que, com treino e prática de muitos anos no Reino Unido, faz essa seleção", explicou.

Quando chegar, a equipa liderada pelo cirurgião do CHUC vai reunir com o cardiologista que acompanha as crianças e a equipa “vai ver os 21 doentes e selecionar os que forem mais urgentes e que puderem ser operados".

A equipa é constituída por nove elementos: dois cirurgiões, um cardiologista pediátrico, um anestesista, um técnico de perfusão, uma enfermeira de sala de operações e três enfermeiros de unidade de cuidados intensivos.

"É uma missão especial porque é a primeira vez que nos aventuramos num país fora da nossa língua e por se tratar de crianças refugiadas sírias, que é um tema muito atual", sublinhou Manuel Antunes.

O cirurgião adiantou ainda que, no final de outubro e início de novembro, a Cadeia Esperança Portugal vai realizar a sua missão anual em Moçambique, onde ajudaram a construir o Instituto do Coração.

NO final da missão de 2014 a Moçambique, o CHUC anunciou que foram realizadas, em duas salas operatórias, 18 intervenções cirúrgicas em 18 doentes”, tendo sido, “à semelhança das missões anteriores”, a maior parte das cirurgias efetuada em 16 crianças e doentes jovens, “com valvulopatias reumáticas, com maior incidência da válvula mitral, tendo dois dos doentes agora operados sido previamente submetidos a intervenção cirúrgica cardíaca”.

31 de maio - Dia Mundial Sem Tabaco
Associado a diversas patologias, o tabaco é também uma das causas do desgaste da coluna vertebral, uma condição que propicia o...

“Sabemos que os fumadores têm maior probabilidade de desenvolver patologias relacionadas com o desgaste da coluna vertebral e dos discos intervertebrais, favorecendo o aparecimento de dores nas costas e de doenças como as hérnias discais lombares e cervicais”, alerta Paulo Pereira, coordenador nacional da Campanha Olhe Pelas Suas Costas.

“Os hábitos tabágicos aceleram o desgaste dos discos intervertebrais, uma vez que o fumo do tabaco tem a capacidade de estreitar os vasos sanguíneos por onde passam os nutrientes, uma situação que a longo prazo fragiliza a coluna vertebral. Quanto mais cedo a pessoa tiver começado a fumar, maiores serão as probabilidades de desenvolver a patologia”, acrescenta o neurocirurgião Paulo Pereira.

Estima-se que cerca de 2 a 3 por cento da população sofra de hérnias discais sintomáticas, embora o número de hérnias discais que não dão sintomas seja muito superior. O aparecimento de uma hérnia discal é mais frequente entre os 35 e os 50 anos de idade.

As dores nas costas são a principal causa de consultas médicas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. As doenças que afetam a coluna representam mais de 50 por cento das causas de incapacidade física. Um estudo, realizado no âmbito desta campanha, indica que 28,4 por cento dos portugueses sentem que a sua atividade profissional já foi prejudicada ou comprometida de alguma forma pelo facto de terem dores nas costas e mais de 400 mil portugueses faltam ao trabalho por ano por este motivo.

Em Santarém
A equipa DiabPT United, da qual fazem parte membros do Núcleo Jovem da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal e da...

Com o apoio da Diabetes Str, o torneio tem como objetivo a preparação da equipa DiabPT United para a representação portuguesa no Campeonato Europeu de Futsal para pessoas com Diabetes (DiaEuro 2017). Em campo vão competir quatro equipas: DiabPT United, Cruz de Cristo Futebol Clube, GDB/Serviroad e Grupo de Futebol dos Empregados no Comércio.

Bruno Fuzeiro, treinador da equipa DiabPT United refere: “com este torneio pretendemos mostrar que a diabetes é uma realidade comum e que qualquer pessoa que a tenha pode e deve praticar desporto com regularidade. Estamos muito confiantes para o Campeonato Europeu de Futsal e com grandes expectativas para o resultado deste ano”.

Para Alexandre Silva, responsável pela Diabetes Str: “iniciativas como esta são importantes, não só, para juntar e dinamizar as equipas de Santarém, como também para desmistificar a diabetes e as suas consequências. Temos todos os ingredientes para um dia bem passado e de apoio à equipa que representará o nosso país além fronteiras”.

A DiabPT United irá participar no Campeonato Europeu de Futsal de Pessoas com Diabetes – DiaEuro 2017, a decorrer em Bucareste de 16 a 23 de Julho. Saiba mais informações e acompanhe a equipa em www.facebook.com/diabptunited.

Operação da ASAE
Mais de 300 veículos foram inspecionados e mais de 200 quilos de bivalves foram apreendidos hoje de manhã durante uma operação...

Em declarações, o inspetor-geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Pedro Portugal Gaspar, adiantou que a operação começou cerca das 06:30 e terá a duração de 24 horas.

“Vai estender-se até às 06:30 do dia seguinte [sexta-feira]. A operação estende-se de Bragança a Faro em mais de 45 pontos e envolve mais de 130 inspetores, o que significa que está na rua grande parte do dispositivo da ASAE”, disse.

Desde as 06:30 de hoje, até cerca das 09:30, foram, segundo Pedro Portugal Gaspar, inspecionados mais de 300 veículos e instaurados meia dúzia de processos de contraordenação.

“Tivemos também uma apreensão acima de 200 quilos de moluscos, bivalves. Aqui está um exemplo de um produto tipicamente com alguma perigosidade”, disse.

De acordo com o responsável, esta operação de controlo de mercadorias visa assegurar a segurança dos produtos sejam eles económicos ou alimentares

“A ASAE tem a responsabilidade de assegurar a segurança dos produtos desde a produção até ao retalho. Nós estamos a inspecionar a sua fase intermédia, ou seja, a do transporte. Claro que estamos a ter mais atenção à parte alimentar porque têm outras condições de exigibilidade e da salvaguarda da segurança alimentar e que merece mais a nossa preocupação”, explicou.

O inspetor-geral adiantou que durante a operação estão Acer verificadas as condições higieno-sanitárias, das temperaturas no transporte de frescos, bem como as guias de transporte.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões de Portugal continental apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta, exceto...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as regiões de Beja, Viana do Castelo, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Penhas Douradas, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal, Sines, Vila Real, Viseu, Aveiro, Porto, Funchal e Porto Santo (Madeira), Angra do Heroísmo (Terceira), Horta (Faial) e Santa Cruz das Flores (ilha das Flores).

A exceção vai para Ponta Delgada (ilha de São Miguel, nos Açores, que está em risco ‘elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade nas regiões a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela até meio da tarde, vento fraco a moderado (10 a 30 km/h) de noroeste, soprando moderado a forte, por vezes com rajadas até 70 quilómetros por hora, no litoral e nas terras altas e descida de temperatura.

Na Madeira prevê-se céu geralmente muito nublado, com abertas nas vertentes sul, aguaceiros, em geral fracos, nas vertentes norte e terras altas, em especial até ao fim da manhã, vento moderado a forte de nordeste, por vezes com rajadas até 70 quilómetros por hora e descida de temperatura, em especial da máxima.

Para os Açores, a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros fracos e vento sueste bonançoso na madrugada, tornando-se moderado de sul.

Em Lisboa, as temperaturas vão variar entre 13 e 20 graus celsius, no Porto entre 11 e 19, em Vila Real entre 08 e 19, em Bragança entre 08 e 17, em Viseu entre 06 e 17, na Guarda entre 06 e 15, em Coimbra entre 19 e 11, em Castelo Branco entre 09 e 21, em Santarém entre 12 e 22, Évora entre 10 e 23, em Beja entre 11 e 24, em Faro entre 14 e 26, no Funchal entre 18 e 22, em Ponta Delgada entre 13 e 18, na Horta entre 12 e 18 e em Santa Cruz das Flores entre 14 e 18.

No México
O mexicano Juan Pedro Franco, considerado o homem mais obeso do mundo, saiu hoje do hospital depois de ter feito uma cirurgia...

Juan Pedro Franco, natural de Aguascalientes (no centro do México) e com 32 anos, disse à agência noticiosa Efe que está “contente e motivado por regressar a casa”, depois de se ter submetido, em 09 de maio, a uma cirurgia que o vai ajudar a perder peso.

O médico José António Castañeda, em conferência de imprensa, disse que a recuperação do jovem, que chegou a pesar 595 quilos, é “favorável” e que houve uma evolução surpreendente desde o primeiro dia da cirurgia.

“Teve uma excelente evolução posterior à cirurgia, uma recuperação direita. Não pensámos que a recuperação fosse evoluir tão bem, mas na verdade foi uma surpresa muito agradável para a equipa médica”, acrescentou.

O estômago do mexicano tinha a capacidade de cinco litros e foi reduzido para ficar com o espaço equivalente a um vaso de água (cerca de 25 centilitros).

O médico disse que o homem vai permanecer em Guadalajara com vigilância médica, nutricional e psicológica.

A segunda cirurgia está prevista para novembro, na qual se vai submeter a uma intervenção nos intestinos para que a digestão seja mais rápida e despeje certos tipos de alimentos sem os absorver.

Essa intervenção vai permitir que o homem perca peso, mas só 18 meses depois é que vai conseguir sair da cama e caminhar, porque tem inchaços e duas obstruções linfáticas nas pernas que o impedem de se mover com normalidade e cuja extração é perigosa.

José Castañeda acrescentou que o caso do Juan Pedro é um avanço da medicina, principalmente no México, que ocupa os primeiros lugares mundiais em obesidade e onde as instituições não estão preparadas com pessoas e infraestruturas para atender este tipo de pacientes.

Factores de risco
A doença coronária é uma das principais causas de morte nos países desenvolvidos, sendo uma típica &
Electrocardiograma a ilustrar os fatores de risco da doença coronária

Calcula-se que a doença coronária é responsável, em média, por 1/3 do total de mortes entre a população dos países industrializados. É uma verdadeira "epidemia" moderna, embora não seja como as antigas pragas de origem infecciosa, visto que é favorecida por uma série de hábitos e costumes próprios desta época como, por exemplo, a alimentação desequilibrada, a obesidade, o tabagismo, o sedentarismo, o stress...

Quer isto dizer que alguns dos factores de risco associados à doença são modificáveis e dependem única e exclusivamente do comportamento de cada indivíduo no que toca à sua saúde.

A doença coronária consiste na insuficiência das artérias coronárias, os vasos sanguíneos encarregues de irrigar o coração, de proporcionarem ao músculo cardíaco, o miocárdio, os nutrientes e o oxigénio de que este necessita para manter a sua constante actividade.

O depósito de gorduras e de outras substâncias na parede das artérias coronárias leva à formação de placas que estreitam a entrada dos vasos, impedindo a normal circulação sanguínea no seu interior e a correcta irrigação dos tecidos do coração. Trata-se de um processo lento e progressivo, que passa despercebido durante muitos anos, mas que ao atingir um determinado ponto provoca o défice de irrigação do miocárdio, com manifestações típicas e, muitas vezes, com consequências terríveis.

Assim, a doença coronária pode manifestar-se por uma dor torácica passageira, denominada de angina de peito, que resulta de um défice transitório na irrigação do miocárdio, ou por uma situação mais grave, o enfarte do miocárdio, em que o défice de irrigação é mais prolongado, resultando daí a necrose ou morte de células musculares cardíacas da região afectada. Por vezes, as lesões provocadas são de tal maneira graves que delas resulta a morte súbita, a terceira forma mais comum de aparecimento da doença coronária.

Hoje em dia, existem muitos meios disponíveis para tratar e prevenir as nefastas consequências desta grave doença, mas considera-se que a principal arma para a combater é a informação. Ou seja, saber em que consiste, porque se produz, como se manifesta, quando se deve solicitar ajuda médica, de que modo se diagnostica, qual o seu tratamento e, como é óbvio, o que se pode fazer para a evitar.

Factores de risco

Hipertensão arterial

Considera-se hipertensão arterial à pressão arterial acima de 140x90 mmHg (milímetros de mercúrio) em adultos com mais de 18 anos. A medição deve ser feita após repouso de quinze minutos e confirmada em três vezes consecutivas e em várias visitas médicas.

Elevações ocasionais da pressão podem ocorrer com exercícios físicos, nervosismo, preocupações, drogas, alimentos, fumo, álcool e café.

O coração é uma bomba eficiente que bate de 60 a 80 vezes por minuto durante toda a nossa vida e impulsiona de 5 a 6 litros de sangue por minuto para todo o corpo.

Pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. É determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo.

Ela pode ser modificada pela variação do volume de sangue ou viscosidade (espessura) do sangue, da frequência cardíaca (batimentos cardíacos por minuto) e da elasticidade dos vasos. Os estímulos hormonais e nervosos que regulam a resistência sanguínea sofrem a influência pessoal e ambiental.

Colesterol

O colesterol é uma gordura essencial existente no nosso organismo, que tem duas origens: uma parte produzida pelo próprio organismo, em particular o fígado, e outra parte obtida através da alimentação, em particular pela ingestão de produtos animais, como a carne, os ovos, e os produtos lácteos.

O organismo necessita de algum colesterol para produzir as membranas (paredes) celulares, hormonas, vitamina D e ácidos biliares, que ajudam a digerir os alimentos.

No entanto, o corpo precisa apenas de uma pequena quantidade de colesterol para satisfazer as suas necessidades. Quando o colesterol está em excesso, deposita-se nas paredes arteriais, constituindo as chamadas placas ateroscleróticas que reduzem o calibre dos vasos, dificultando o afluxo de sangue aos órgãos e tecidos do organismo.

Quando o sangue oxigenado não chega em quantidade suficiente ao músculo cardíaco pode ocorrer uma dor no peito, a chamada angina, já referida, e se a obstrução da artéria coronária for completa pode desencadear-se um enfarte do miocárdio, com a morte de parte do miocárdio.

Do colesterol que circula no sangue e que está ligado a uma proteína (a este conjunto colesterol-proteína é conhecido por lipoproteína) existem três tipos: as lipoproteínas altas, baixas ou muito baixas, em função da respectiva proporção de proteína e gordura de cada uma e que determina a sua densidade.

Assim, as lipoproteínas de baixa densidade (LDL) são vulgarmente conhecidas como "mau"colesterol, por ser aquele que se deposita na parede das artérias, provocando aterosclerose. Quanto mais altas forem as LDL no sangue, maior é o risco de doença cardiovascular; As lipoproteínas de alta densidade (HDL) também conhecidas por colesterol "bom", que tem como papel a limpeza das artérias, pelo que quanto mais altas forem menor risco há de surgir doença cardiovascular; Por fim, as lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) são semelhantes às LDL, mas contendo mais gordura e menos proteínas.

As sociedades científicas europeias recomendam como valores normais um colesterol inferior a 190 mg/dl, quando se trata da população em geral. No caso dos doentes com doença coronária, ou outra doença aterosclerótica (acidente vascular cerebral, doença vascular periférica, etc.), diabetes ou insuficiência renal recomendam-se valores de colesterol inferiores a 175 mg/dl. Já para o colesterol das LDL os valores recomendados são respectivamente inferiores a 115 mg/dl para a população em geral e a 100 mg/dl nos doentes de alto risco.

Tabagismo, alimentação inadequada e sedentarismo

A falta de actividade física em conjunto com uma alimentação rica em gorduras e super calórica está associada ao desenvolvimento da doença coronária. Esta associação pode provocar um processo de regressão funcional, perda de flexibilidade articular além de comprometer o funcionamento de vários órgãos e provocar diabetes, hipertensão arterial, colesterol, todos factores de risco da doença coronária.

Assim, uma alimentação saudável, a prática de actividade física diariamente, o controlo do peso, bem como não fumar são a base indispensável para termos um coração saudável e uma vida longa e com qualidade.

A atitude mais sensata é sem dúvida a alteração do estilo de vida, tanto a nível alimentar como a nível comportamental.

Diabetes

A diabetes é uma doença crónica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar (glucose) no sangue. À quantidade de glucose no sangue, chama-se glicemia. Ao aumento da glicemia, chama-se: hiperglicemia.

A diabetes é uma situação muito frequente na nossa sociedade e a sua frequência aumenta muito com a idade, atingindo os 2 sexos. Em Portugal, calcula-se que existam entre 400 a 500 mil pessoas com Diabetes.

A diabetes é uma doença que resulta de uma deficiente capacidade de utilização pelo nosso organismo da nossa principal fonte de energia – a glucose. Muitos dos alimentos que ingerimos são transformados em glucose no nosso aparelho digestivo. Ela resulta da digestão e transformação dos amidos e dos açúcares da nossa alimentação. Depois de absorvida, entra na circulação sanguínea e está disponível para as células a utilizarem.

Para que a glucose possa ser utilizada como fonte de energia, é necessária a insulina. A insulina é fundamental para a vida. A sua falta ou a insuficiência da sua acção leva a alterações muito importantes no aproveitamento dos açúcares, das gorduras e das proteínas que são a base de toda a nossa alimentação e constituem as fontes de energia do nosso organismo.

A diabetes desenvolve-se quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou as células dos músculos, fígado e de gordura não usam adequadamente a insulina. Como resultado, a quantidade de glicose no sangue aumenta, enquanto as células são privadas de energia.

Com o passar do tempo, os níveis altos de glicose no sangue danificam os nervos e vasos sanguíneos, levando a complicações como a doença coronária ou o acidente vascular cerebral. A diabetes não controlada leva a outros problemas de saúde como, perda da visão, insuficiência renal e amputações.

Artigos relacionados

Colesterol: o inimigo silencioso do coração

Alimentos que protegem o coração

Do enfarte agudo do miocárdio ao assumir da doença

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Estudo
Uma pesquisa desenvolvida por investigadores italianos mostra que um novo tipo de balão gástrico, que pode ser introduzido no...

Esta investigação, conduzida por Roberta Ienca, da Universidade La Sapienza, de Roma (Itália), é um dos projetos apresentados durante o 24º. Congresso Europeu sobre a Obesidade (ECO), organizado pela Associação Europeia para o Estudo da Obesidade, a decorrer entre quarta-feira e sábado, na Alfândega do Porto.

De acordo com um comunicado da Associação Europeia para o Estudo da Obesidade, os balões intragástricos (IGBs), "têm sido usados como dispositivos de perda de peso há décadas".

"O seu mecanismo de ação é multifatorial, o que facilita a adesão a uma dieta de baixas calorias, induzindo à sensação de saciedade", acrescenta a nota informativa da associação europeia segundo a qual, os procedimentos para introdução do balão, até à data, exigiam recurso a endoscopia e a anestesia, resultando numa taxa de adoção "baixa" e num "alto custo", acrescenta a nota informativa.

Neste estudo, os autores avaliaram a eficácia e a segurança de um novo tipo de balão gástrico - balão de Elipse - que não necessita de endoscopia ou anestesia e é otimizado para reduzir o risco e o desconforto.

Para obtenção dos resultados, foram introduzidos balões Elipse em 42 pacientes (29 homens e 13 mulheres) obesos, com idade média de 46 anos, peso médio de 110 quilogramas e índice de massa corporal (IMC) médio de 39 quilos por metro quadrado, por um período de 16 semanas.

Os pacientes foram também submetidos a uma dieta cetogénica (rica em lípidos, com baixo teor de hidratos de carbono e quantidades moderadas de proteínas), designada por VLCKD, ingerindo cerca de 700 quilocalorias por dia no último mês de terapia, de forma a aumentar a perda de peso e a maximizar os resultados e a satisfação do doente.

De acordo com o comunicado, o balão é engolido e em seguida preenchido com 550 mililitros de líquido, permanecendo no estômago por 16 semanas, período após o qual se abre espontaneamente, esvaziando-se e sendo excretado do organismo.

Assim que o balão é excretado, os pacientes passam para uma dieta mediterrânica, com o intuito de manterem o peso.

Os resultados mostram que, após as 16 semanas, a perda média de peso foi de 15,2 quilos (31%) e a redução média de IMC foi de 4,9 quilos por metro quadrado.

"Não foram registados efeitos adversos graves" durante o tratamento, acrescenta a associação, indicando ainda que as náuseas, os vómitos e a dor abdominal sentidas pelos pacientes em determinados momentos foram resolvidos com medicação.

As conclusões indicam ainda que foram observadas reduções significativas na diabetes, na hipertensão arterial, no colesterol elevado e na síndrome metabólica.

De acordo com Roberta Ienca, referida no comunicado, o balão Elipse parece ser um método seguro e eficaz de perda de peso, auxiliado pela introdução de uma dieta como a VLCKD.

Por não ser necessário recorrer a endoscopia, cirurgia ou anestesia para a sua introdução, o balão Elipse torna-se "adequado para um maior número de pacientes obesos que não respondem a dietas, tratamentos ou a estilos de vida saudáveis".

Este método pode ser utilizado por uma variedade de médicos, que atualmente "não têm acesso ou não são qualificados para proceder a endoscopia ou manuseamento de dispositivos cirúrgicos" para perda de peso, acrescentou a especialista.

Para além disso, a ausência de endoscopia e de anestesia para colocação e remoção do balão pode levar a uma "significativa redução de custos", concluiu Roberta Ienca.

Estudo
Uma pesquisa desenvolvida por cientistas chineses publicada pela revista "Nature" sugere que uma mutação ocorrida...

O estudo, liderado por cientistas da Universidade Tsinghua, apontou que uma proteína não-estrutural 1 (NS1), que é responsável por facilitar a contaminação dos mosquitos aedes aegypti por flavivírus (família de vírus que inclui o zika), teria sofrido uma mutação que acarretou no aumentou da presença do vírus no mosquito que transmite a doença.

Para chegar a esta conclusão, os cientistas desenvolveram experiências em ratos que foram picados por mosquitos com cargas virais de diferentes linhagens do vírus zika.

Eles descobriram que naqueles em que o flavivírus possuía a proteína NS1 modificada, de linhagem asiática, a permanência de infecção foi substancialmente maior.

O vírus zika assuntou o mundo em 2015, quando a proliferação dos casos na América Latina levou pesquisadores a detectarem que ele causa várias complicações neurológicas, como síndrome de Guillain-Barré em adultos e microcefalia em recém-nascidos.

Relatório OMS
Catorze em cada 100.000 europeus suicidaram-se em 2015, a taxa mais elevada do mundo, indica um relatório da Organização...

A região do mediterrâneo oriental é a que regista a mais baixa taxa de suicídio no mundo, 3,8 suicídios por cada 100.000 pessoas.

No relatório anual estatístico da saúde no mundo, a organização das Nações Unidas traça a situação em mais de duas dezenas de áreas e aponta metas para 2030, algumas difíceis de atingir, como a redução da mortalidade materna para 70 casos por cada 100.000 nados vivos.

Em 2015, diz-se no documento, morreram por dia cerca de 830 mulheres devido a complicações da gravidez ou do parto.

Também na mortalidade à nascença e até aos cinco anos, e apesar das reduções dos últimos anos, há um longo caminho a percorrer, segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Outra das metas para 2030 é acabar com as epidemias da Sida, tuberculose (Portugal é dos países da Europa com mais casos), malária e outras doenças tropicais e combater a hepatite, as doenças provocadas pela água e outras doenças transmissíveis.

Em 2015 terão sido infetadas pela Sida 2,1 milhões de pessoas, 35% menos do que em 2000 (3,2 milhões). Também em 2015, cerca de 60% da população em risco tinha acesso a uma rede mosquiteira tratada com inseticida (evita a picada do mosquito que transmite a malária), contra 34% em 2010.

A probabilidade de um adulto (entre 30 e 70 anos) morrer de diabetes, cancro, doença cardiovascular e doença pulmonar crónica baixou 17% desde 2000 mas segundo a OMS a morte por doenças não transmissíveis está a aumentar devido ao crescimento populacional e envelhecimento.

Na meta da OMS de reduzir para metade até 2020 o número de mortes e feridos por acidentes rodoviários a situação também não é favorável. Segundo os dados estatísticos hoje divulgados morreram em 2013 cerca de 1,25 milhões de pessoas devido a acidentes de viação, um aumento de 13% em relação a 2000.

Em relação a outros indicadores são melhores as expectativas. De acordo com o relatório, 49% das pessoas com tuberculose são hoje detetadas e tratadas, contra 23% em 2000, e 86% das crianças recebem três doses de vacina conta a difteria, tétano e tosse convulsa, contra 72% em 2000.

E outro dado ainda, sem comparação mas com números que falam por si: em 2012 a poluição atmosférica causou cerca de 6,5 milhões de mortes no mundo, 11,6% de todas as mortes.

Páginas