Comissão Europeia
Os representantes dos 28 Estados-membros da União Europeia voltaram hoje a falhar um acordo sobre a renovação da licença de...

"A maioria dos Estados-membros (14) apoiou a proposta da Comissão, tendo havido nove votos contra e cinco abstenções” na reunião de peritos do Comité Permanente da Cadeia Alimentar e da Saúde Animal, segundo a mesma fonte, não tendo, mais uma vez, havido uma maioria qualificada.

Bruxelas apresentou uma proposta de renovação da licença de uso do herbicida glifosato por cinco anos, após o tema ter sido debatido no Colégio de Comissários na quarta-feira.

A licença para o uso de glifosato expira em 15 de dezembro, adiantando o porta-voz que a proposta hoje rejeitada será apresentada no final deste mês perante o comité de recurso, uma instância destinada a apoiar a tomada de decisões em casos sensíveis e problemáticos.

14 de novembro - Dia Mundial da Diabetes
Cerca de 199 milhões de mulheres vivem, em todo o mundo com diabetes, valor que as estimativas da Organização Mundial de Saúde...

Sob o lema ‘Mulheres e a Diabetes: Direito a um Futuro Saudável’, o que se pretende é chamar a atenção para um problema de saúde que, embora afete tanto homens como mulheres, tem algumas especificidades no feminino que importa realçar, como alerta a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.

“Mais de 15% das grávidas portuguesas têm diabetes gestacional”, confirma Estevão Pape, Coordenador do Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus (NEDM) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI). “E embora este seja um problema que normalmente termina quando o bebé nasce, aumenta o risco da mãe vir a ser diabética no futuro,, acrescenta. “Há uma memória que fica. E se a mulher tiver história familiar da doença ou se aumentar de peso, o risco de vir a ter  diabetes .é maior.”Ou seja uma em cada duas mulheres com diabetes gestacional terá diabetes mellitus.

A diabetes é uma doença a que os internistas estão altamente  envolvidos e empenhados no seu tratamento através da sua atividade hospitalar e em consultas diferenciadas  em especial porque a sua prevalência não tem parado de aumentar no nosso país, existindo mesmo consultas de Diabetes e Gravidez em muitas unidades hospitalares, da responsabilidade destes especialistas. Os Internistas estão no topo da preocupação. com a diabetes e a Medicina Interna é uma Especialidade chave no acompanhamento de pessoas com diabetes , sem esquecer nunca que em ligação com a Medicina Geral e Familiar estão no contacto direto com a pessoa com diabetes . Nos Serviços de Medicina Interna mais de 30% dos doentes internados são diabéticos o que nos traz enorme responsabilidade .

“A diabetes é uma doença com uma prevalência enorme em Portugal. Estima-se um milhão de pessoas diagnosticadas, às quais se juntam outras 500 mil que não sabem que têm com a doença. É, por isso, essencial estar atento, consultar regularmente um médico, procurar ter estilos de vida saudáveis. As pessoas têm que ter cuidado para não se deixarem aumentar de peso, controlar a sua pressão arterial, ter atenção ao colesterol…” Neste Dia Mundial da Diabetes, o especialista deixa o alerta: “é preciso que a população em geral esteja atenta, assim como os organismos que tutelam a saúde e a classe médica, porque a diabetes afeta  grande parte da população e é muito fruto da desatenção”.

De acordo com a Federação Internacional da Diabetes, responsável pela escolha do tema que norteia o Dia Mundial da Diabetes, esta é a nona causa de morte entre mulheres a nível global, estando na origem de 2,1 milhões de óbitos todos os anos. Resultado das condições socioeconómicas, são muitas as mulheres e meninas com diabetes obrigadas a enfrentar barreiras ao acesso à prevenção, deteção precoce, diagnóstico, tratamento e cuidados de saúde, sobretudo nos países em vias de desenvolvimento.

33.º Congresso de Pneumologia
De acordo com um estudo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, doentes idosos e com múltiplas comorbilidades são os que...

Contrariando a tendência de que são as doenças crónicas que comportam maior risco de mortalidade, as pneumonias – doenças agudas – são, dentro do grupo das patologias respiratórias, excluindo cancro do pulmão, as que mais matam no nosso país. Ao longo dos últimos anos, Portugal tem vindo a apresentar uma melhoria dos indicadores da saúde respiratória, revelando, de acordo com o relatório do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias da Direção Geral da Saúde (DGS), uma das mais reduzidas taxas de mortalidade e internamento por DPOC e asma dentro do grupo dos países da OCDE. No entanto, o mesmo não se verifica em relação às pneumonias, situação que despertou a preocupação do Ministério da Saúde e da DGS.

Para melhor compreender os fatores que potenciam o risco de morte associado às pneumonias, a DGS desafiou, no ano passado, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) a estudar este “fenómeno” que foge claramente dos padrões epidemiológicos dos restantes países da OCDE. Esse estudo foi desenvolvido pelo Prof. Doutor Venceslau Hespanhol, presidente da SPP, em estreita colaboração com a Prof. Doutora Cristina Bárbara, Diretora do Programa para as Doenças Respiratórias da Direção Geral da Saúde e os resultados foram recentemente apresentados.

“De facto, parecia estranho que todos os indicadores no âmbito das doenças respiratórias estivessem a melhorar e que a pneumonia, num país de sol com o nosso, continuasse a ter um impacto tão importante na mortalidade”, afirma o presidente da SPP. Segundo o Prof. Doutor Venceslau Hespanhol, chegou a ser sugerida uma incorreta classificação dos óbitos, ou seja, “a possibilidade de a causa da morte ser atribuída à pneumonia quando, na base, estava uma doença mais grave”.

O estudo desenvolvido ao longo deste último ano teve como principal objetivo determinar as características das pessoas que morrem por pneumonia. Para tal, foram utilizadas as bases de dados oficiais do Estado (ACSS).

Ao todo, foram estudados 43 267 episódios de internamento por pneumonia, ocorridos durante o ano de 2015, correspondentes a 38 741 doentes, dos quais, 35 009 tinham tido um único episódio e 3732 tinham tido múltiplos episódios (entre dois a cinco diagnósticos de pneumonia).

“A letalidade por pneumonia foi mais elevada sobretudo em doentes mais idosos, nas faixas etárias acima dos 75 anos, com múltiplas comorbilidades graves. A letalidade por pneumonia foi diminuta entre os jovens, sendo residual em idade pediátrica”, salienta o presidente da SPP, à margem do 33.º Congresso de Pneumologia.

Relativamente à distribuição dos episódios de pneumonia ao longo do ano, os picos ocorreram, como esperado, nos meses mais frios: entre novembro e janeiro. No entanto, a letalidade por pneumonia tem o seu pico máximo em julho e agosto.

No que respeita à etiologia, o pneumococo é um agente transversal a todas as idades, mas mais frequente nos mais jovens. A partir dos 75 anos, a etiologia altera-se verificando-se uma maior representatividade de casos de pneumonias a gram-negativos e estafilococos. A distribuição etiológica em doentes com menos de 75 anos ou com mais de 75 anos é completamente diferente.

Dentro das comorbilidades que mais elevam o risco de letalidade associada às pneumonias, surge a insuficiência renal crónica, a doença oncológica, as demências, a doença vascular cerebral, a caquexia e as limitações graves da mobilidade. A DPOC e a diabetes aumentam o risco de adquirir pneumonia, mas não se associam a risco acrescido de letalidade. 

“Quando analisamos os relatórios da OCDE, constatamos que Portugal tem uma esperança de vida muito elevada, ao nível dos países mais desenvolvidos. Todavia, tem uma esperança de vida sem doença, mais modesta, que ainda tem de ser melhorada. Um número muito importante de pessoas vive com doenças crónicas ao longo de muitos anos (10-15 anos) o que, para além de interferir na qualidade de vida, aumenta a suscetibilidade para outras doenças, incluindo a pneumonia, não esquecendo a enorme pressão que esta situação representa sobre o sistema de saúde”, justifica o Prof. Doutor Venceslau Hespanhol. Para o presidente da SPP, é neste grupo de doentes que as intervenções deverão centrar-se, prevenindo, identificando e tratando o que é reversível e controlando as restantes situações. Face à distribuição etiológica das pneumonias a vacinação contra a gripe é fundamental, bem como a vacinação anti-pneumocócica de acordo com as indicações da DGS. 

12 de novembro - Dia Mundial da Pneumonia
Embora algumas formas de Pneumonia sejam potencialmente preveníveis através de vacinação, o estudo “PneuVUE® - 65 years and...

No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Pneumonia, o MOVA – Movimento Doentes pela Vacinação anuncia a criação de uma plataforma online, que será acompanhada de presença no Facebook, ferramentas virtuais e interativas a que todos os interessados poderão recorrer, a partir de agora, para saber mais sobre vacinação, direitos e recomendações.

“É necessário dotar a população e os profissionais de saúde de consciência e o acesso à informação é a base da prevenção. Embora seja recomendada pela DGS aos grupos de adultos de risco, ainda são poucos os que já tomaram a vacina antipneumocócica. Mais do que uma questão de acesso, as baixas taxas de imunização na idade adulta prendem-se, sobretudo, com a falta de informação ou de prescrição. Prestes a celebrar o Dia Mundial da Pneumonia, o Movimento Doentes pela Vacinação quer mudar este cenário”, explica Isabel Saraiva, vice-Presidente da Respira e fundadora do Movimento Doentes pela Vacinação.

Os resultados do PneuVUE®+65 são claros, no que toca à falta de consciência dos europeus. Embora 85% dos inquiridos tenha afirmado saber o que é a Pneumonia, apenas um terço (35%) sabia da existência de vacina contra esta doença. Isto apesar de se encontrarem na faixa etária com maior risco de contrair Pneumonia.

Através deste estudo conclui-se que, embora a perceção da existência da Pneumonia seja alta, a consciência da importância da vacinação é baixa, o que leva a uma fraca concretização desta forma de prevenção.

Neste mesmo grupo, apenas 18% afirmou estar vacinado contra a Pneumonia. Uma percentagem bastante inferior à que referiu tomar anualmente a vacina contra a Gripe.

Potencialmente fatal, a Pneumonia traz consequências (muito) graves para o doente. Em Portugal, mata um adulto a cada 90 minutos. Só em tratamentos e internamentos, custa ao Estado uma média de 80 milhões de euros anuais, o equivalente a 218 mil euros por dia.

“As Doenças Respiratórias são um dos maiores desafios do século XXI mas o seu impacto em termos de saúde e socioeconómicos está subavaliado. Estima-se que em 2050, 1/10 da população europeia terá mais de 65 anos, o que significa, entre outros aspetos, que o peso da Pneumonia se fará sentir cada vez mais”, continua Isabel Saraiva. “À medida que a população mundial envelhece, o conceito de envelhecimento saudável torna-se mais relevante. As estratégias na área da Saúde estão cada vez mais viradas para a prevenção, e não para o tratamento”, acrescenta.

Com o passar dos anos, nosso sistema imunológico fica mais frágil e menos eficiente, o que resulta no aumento da nossa suscetibilidade a doenças infecciosas. Como tal, a faixa etária a partir dos 65 anos está em maior risco de contrair doença pneumocócica. Paralelamente é, também, mais provável que este grupo, quando comparado com grupos etários mais jovens, sofra de uma ou mais doenças crónicas, condições que aumentam exponencialmente o risco de doença pneumocócica.

O que nos leva à prevenção?
O aconselhamento de um profissional de saúde continua a ser a forma mais eficaz de levar alguém a vacinar-se.

Entre os inquiridos que mostraram ter consciência do que é a Pneumonia, 54% referiu a falta de aconselhamento médico como a principal razão para não se vacinar.

Reforça-se, assim, a importância dos profissionais de saúde e o papel fundamental que têm nos planos de saúde dos seus pacientes.

Já entre os inquiridos vacinados contra a Pneumonia, 90% apontou a proteção da Sociedade, da Família e dos Amigos como principal razão para o fazer.

Como prevenir a Pneumonia?
A vacinação antipneumocócica é a forma mais eficaz de prevenir a Pneumonia. Pode ser feita em qualquer altura do ano e a sua prevenção pode significar a diferença entre a vida e a morte. Está indicada, na União Europeia, para todas as pessoas a partir das seis semanas de vida. Previne, para além da Pneumonia, formas graves da infeção por pneumococos, como a Meningite e a Septicémia, e outras menos graves como a Otite Média Aguda e a Sinusite.

Da prevenção da Pneumonia fazem também parte a vacinação antigripal e a intervenção nos comportamentos de risco, como a cessação tabágica, o consumo moderado de bebidas alcoólicas, a higiene oral, a manutenção de um estado nutricional adequado e o controlo das doenças associadas.

MOVA aposta nas redes sociais
Porque a informação é fundamental para uma boa prevenção, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Pneumonia, o Movimento Doentes pela Vacinação anuncia a criação de uma plataforma online, espaço informativo e interativo a que todos os interessados poderão recorrer para saber mais sobre vacinação, direitos e recomendações.

O lançamento desta plataforma será acompanhado de presença no Facebook. Todos estão convidados a acompanhar e participar no debate.

Fontes:

  • PneuVUE® 65+
  • Custos Diretos dos Internamentos hospitalares de adultos com diagnóstico principal de Pneumonia Adquirida na Comunidade em Portugal Continental no período entre 2000 e 2009 (data em submissão): Froes F, Diniz A, Serrado M, Nunes B. Hospital admissions of adults with community acquired pneumonia in Portugal between 2000 and 2009. Eur Respir Journal 2013
  • Dados de Portugal: Froes F, Diniz A, Mesquita M, Serrado M, Nunes B. Hospital admissions of adults with community acquired pneumonia in Portugal between 2000 and 2009. Eur Respir Journal 2013;41:1141-46.
  • Morbidity and Mortality of Community-Acquired Pneumonia in Adults, in Portugal
  • Filipe FROES. Acta Med Port 2013 Nov-Dec;26(6):644-645
  • Froes F, Diniz A, et al. Custos Diretos dos Internamentos hospitalares de adultos com diagnóstico principal de Pneumonia Adquirida na Comunidade em Portugal Continental no período entre 2000 e 2009 (data em submissão). Dados apresentados no 49º Curso de Pneumologia do Hospital de Santa Maria a 05 de maio de 2016. Slides gentilmente cedidos pelo Dr. Filipe Froes.
Prevalência aumenta com a idade
A Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) é uma das doenças benignas mais comuns nos homens.

A próstata é uma glândula que se situa entre a bexiga e o pavimento pélvico, sendo atravessada pela parte inicial da uretra e desempenha importantes funções para a fertilidade masculina. Quando esta aumenta de volume, pode estreitar de forma gradual a uretra dificultando assim o fluxo da urina.

A hiperplasia benigna de próstata (HBP) é uma entidade clínica difícil de caracterizar porque praticamente todas as próstatas crescem com o envelhecimento e histologicamente tem hiperplasia do tecido prostático. Isto acontece porque após a puberdade, os testículos começam a produzir testosterona que se vai transformar em dihidrotestosterona na próstata e esta hormona induz o crescimento prostático. Assim, praticamente todas as próstatas vão crescer umas mais do que outras sendo esse crescimento determinado em princípio por fatores genéticos já que até agora nunca foi demonstrado que os fatores ambientais tais como a alimentação, a atividade sexual ou outros tivessem influência no crescimento da próstata.

A Hiperplasia Benigna da Próstata está muito relacionada com o envelhecimento, sendo muito comum nos homens com mais de 40 anos. A sua prevalência aumenta progressivamente com a idade, atingindo o pico por volta dos 80-90 anos. Em Portugal, cerca de 50% dos homens com mais de 50 anos têm sintomas sugestivos de HBP, podendo esta percentagem atingir os 80% nos homens com mais de 75 anos.

Esta resulta não só no obstáculo ao fluxo urinário como consequência do aumento do volume da próstata, bem como na disfunção da bexiga e apresenta um forte impacto na qualidade de vida dos doentes: jato urinário fraco, fino e, por vezes, interrompido, idas frequentes à casa de banho, vontade súbita de urinar com perdas involuntárias de urina, dificuldade em iniciar a micção e interrupção frequente do sono para ir 3 ou 4 vezes à casa de banho, que se torna menos descansado e retemperador. Estes são sintomas que podem ser extremamente perturbadores e incapacitantes ao provocar estados de ansiedade/depressão e obrigarem o doente a mudar o modo de vida para enfrentar os sintomas urinários.

Apesar de não existir forma de prevenir o aparecimento da doença, é possível melhorar os sintomas. O objetivo do tratamento é a melhoria dos sintomas do trato urinário inferior (LUTS) e da qualidade de vida do doente, bem como prevenir complicações relacionadas com a HBP.

Existe ainda muita falta de informação ou vergonha por parte dos doentes em falar, o que prejudica o diagnóstico atempado. Contudo, verifica-se que cada vez mais os homens preocupam-se com a sua saúde e procuram ajuda médica para avaliar se sofrem de algum problema deste foro, o que representa um sinal muito positivo de evolução. O importante é efetuar um diagnóstico precoce, mediante consulta médica e testes laboratoriais, para minorar o impacto dos sintomas e a prevenir eventuais complicações que venham a ocorrer, permitindo uma intervenção terapêutica mais precoce e, por isso, mais eficaz.

Existem atualmente terapêuticas farmacológicas e cirúrgicas, capazes de relaxar os músculos da bexiga e assim reduzir as dimensões da próstata após alguns meses de tratamento. O objetivo principal do tratamento é a melhoria destes sintomas, o que se consegue na maior parte dos doentes através de medicação.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Administração
O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte disse que o hospital de Santa Maria manteve “100%...

“Tratou-se de um incêndio no terceiro piso, na aula magna, num espaço que está cedido à faculdade e que não se propagou. O hospital manteve a sua capacidade operacional a 100% durante todo o tempo”, disse Carlos Neves Martins.

O presidente da Administração referiu ainda que o incêndio não causou vítimas.

“Felizmente não houve vítimas, nem utentes nem funcionários. Apenas alguma inalação de fumo, eu próprio, que estava a trabalhar no piso de cima, senti esse fumo, mas nada mais do que isso, ninguém esteve em risco”, garantiu.

Segundo o mesmo responsável, devido ao incêndio, apenas foram deslocalizados temporariamente blocos operatórios e os laboratórios, não tendo sido encerrado qualquer serviço.

“Foram deslocalizados devido ao fumo. A atividade dos blocos vai continuar deslocalizada, mas apenas por preocupação, enquanto os laboratórios já estão a funcionar”, explicou.

O presidente disse ainda que durante cerca de uma hora foi solicitado ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) que enviasse utentes para outras unidades hospitalares, mas a situação já está resolvida.

“O CODU já está a enviar utentes para o hospital de Santa Maria, nesta altura já está a entrar uma ambulância aqui”, disse.

Carlos Neves Martins elogiou também o trabalho dos bombeiros e a sua rápida resposta para extinguir o incêndio.

“Os bombeiros responderam de forma célere e os nossos planos funcionaram na perfeição, com uma articulação entre os bombeiros e os meios internos que permitiu circunscrever o incêndio. É bom ver que os planos resultam quando são acionados”, salientou.

Em relação aos danos, o responsável referiu que são apenas materiais, considerando que “ainda são assinaláveis”.

Um incêndio deflagrou ontem no terceiro andar do hospital de Santa Maria, em Lisboa, cerca das 20:16, mas as chamas foram extintas em menos de uma hora, disse fonte do Regimento de Sapadores de Bombeiros.

Ministro da Agricultura
A criação de uma plataforma eletrónica e a simplificação do regime de doação de alimentos estão entre as medidas apontadas na...

“Estima-se que um milhão de toneladas de alimentos sãos sejam anualmente desperdiçados e esse desperdício verifica-se em todas as cadeias do processo, desde a exploração agrícola até ao consumidor final, digamos do prado ao prato”, afirmou Capoulas Santos.

O governante, que falava após a apresentação da estratégia nacional e do Plano de Ação do Combate ao Desperdício Alimentar, acrescentou que “as maiores perdas verificam-se na origem e no consumidor final”.

A estratégia nacional, que envolveu 10 áreas governativas, aponta para nove objetivos operacionais e 14 medidas que visam colocar a sociedade portuguesa no caminho do “desperdício zero”.

“Estas 14 medidas vão desde a educação, a formação, à criação de plataformas, à criação de mecanismos que facilitem a doação, à criação de ‘sites’ que permitam pôr em contacto aqueles que têm o excesso de produção com aqueles que dela necessitam, à articulação com a sociedade civil, designadamente com os bancos alimentares”, frisou.

O ministro revelou que a comissão nacional criada para elaborar a estratégia nacional, constituída por representantes da administração pública, da federação dos bancos alimentares e associações de autarquias, vai continuar em funções, para “monitorizar” o plano de ação.

Segundo Eduardo Diniz, coordenador da comissão nacional, a estratégia tem como principais objetivos “prevenir, reduzir e monitorizar” o desperdício de alimentos.

Nesse sentido, o país pretende contribuir para a redução do desperdício alimentar, apontada pelas Nações Unidas em 50% até 2030, e pela União Europeia em 30% até 2025.

O debate público relacionado com a proposta de estratégia nacional, que decorreu até setembro, contou com mais de três centenas de participantes, incluindo empresas e instituições.

“A questão da sensibilização e da formação foi das questões mais adiantadas [no debate], quer para a população em idade escolar, quer também dos próprios intervenientes ao longo da cadeia, desde os produtores da indústria agroalimentar”, vincou Eduardo Diniz.

A criação de uma plataforma eletrónica colaborativa, para identificar a disponibilidade de géneros alimentícios e quem deles necessita, facilitando a doação, é uma das medidas previstas, para estar em funcionamento em 2019, com um projeto-piloto até outubro de 2018.

A facilitação do regime de doação de alimentos deverá ser concretizada a partir de 2018, enquanto a promoção de locais específicos em lojas, para venda de produtos alimentares próximos da data limite de validade, deverá ser adotada em 2019.

A criação de um selo distintivo para as organizações que adiram a um código de conduta também está contemplada na estratégia.

Outra medida respeita à instituição de um prémio de excelência anual, para incentivar os operadores da cadeia agroalimentar, no sentido de desenvolver iniciativas pioneiras e criativas no combate ao desperdício.

A sensibilização dos consumidores para os prazos de validade dos géneros alimentícios, ou do modo de conservação, e o envolvimento dos jovens, criando projetos-piloto nas escolas, estão igualmente entre as medidas apontadas.

Na apresentação da estratégia nacional, que contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luis Medeiros Vieira, foram destacados os projetos Fruta Feia, de venda de cabazes alimentares, e Restolho, de recolha de produtos deixados nos campos, como exemplos de combate ao desperdício alimentar que já estão no terreno.

Petição
O Movimento Filhos sem Voz, que integra pais de crianças portadoras de deficiência, entrega, na sexta-feira, na Assembleia da...

O Movimento contesta que “as crianças portadoras de deficiência sejam deixadas de fora “ dos programas que permitem atribuir um “assistente pessoal” a deficientes maiores de 16 anos e reclama que “seja criado o estatuto de pais cuidadores”, disse a porta-voz do Movimento Filhos sem Voz, Conceição Lourenço.

Criado há cerca de um mês por Carlos e Conceição Lourenço, pais de uma criança com multideficiência residente no concelho de Óbidos, o Movimento reuniu “assinaturas de mais de uma centena de pais de crianças portadoras de deficiência” que na sexta-feira se reúnem com os deputados Jorge Falcato e José Soeiro, da Comissão de Trabalho e Segurança Social, para apresentar “uma proposta para que sejam ouvidos os nossos argumentos e que seja criado esse estatuto”, explicou a porta-voz.

De acordo com Conceição Lourenço, “a partir de janeiro do próximo ano todas as pessoas portadoras de deficiência acima dos 60% de incapacidade vão ter direito a um assistente pessoal através do projeto-piloto CAVI (Centro de Apoio a Vida Independente), mas esse projeto é apenas para pessoas acima dos 16 anos”, deixando de fora as crianças, tal como acontece com a “prestação social de inserção que só é atribuída a partir dos 18 anos”.

“Uma injustiça”, consideram os pais de crianças que “na maioria das vezes têm que abdicar da profissão para cuidar dos filhos com necessidades especiais às quais os centros e as escolas não dão respostas”, sublinhou.

O estatuto de assistente pessoal, a que se podem candidatar pessoas fora do seio familiar, prevê “o pagamento de uma remuneração na ordem dos 900 euros”, mas, o apoio do Estado “para o apoio familiar prestado pelos pais é de 100 euros”, afirmou a porta-voz do Movimento que reclama “direitos equiparados” para os progenitores de crianças com deficiência.

“A deficiência não mete férias, nem tem horários”, sustentou, lembrando que “nas férias escolares as crianças não têm fisioterapia nem onde ficar”, obrigando a que os pais “assumam esse papel que na maioria das vezes lhes custa os empregos, porque os empregadores não aceitam que os pais tenham que faltar para cuidar dos filhos”.

Além de exigir ser ouvido pela Comissão Parlamentar, o Movimento vá entregar na sexta-feira “uma petição que pede que seja disseminada por todos os grupos parlamentares com os quais não há condições financeiras nem logísticas de reunir”.

A petição, que para já é assinada apenas por país de crianças com deficiência, será depois deste encontro aberta a toda a população que queira lutar com o Movimento por direitos “importantes para todas as pessoas, porque todas podem estar algum dia nesta situação”, frisou Conceição Lourenço.

O Movimento, que criou na rede social Facebook uma página fechada está ainda “a recolher dados sobre o grau de incapacidade e as patologias das crianças deficientes em Portugal “para se perceber a dimensão deste problema”, disse.

Após a entrega da petição aos deputados, às 10:30, os pais do Movimento promovem, cerca de uma hora mais tarde, um encontro em frente à Assembleia da República, o qual deverá contar com “a participação de algumas crianças para que todos percebam melhor as dificuldades com que se debatem”, afirmou ainda Conceição Lourenço.

Legionella
O Governo vai criar sanções e regras mais apertadas no controlo da qualidade do ar interior dos edifícios e nas torres de...

O ministro do Ambiente falava na audição conjunta nas comissões do Orçamento e Finanças, de Economia, Inovação e Obras Públicas e de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação, no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2018.

De acordo com o ministro, o Governo está a trabalhar neste “vazio legal no que diz respeito ao licenciamento e às exigências para as torres de refrigeração”, depois da decisão do Ministério Público de não acusar responsáveis no caso de ‘legionella’ em Vila Franca de Xira.

Segundo João Matos Fernandes, trata-se de impor, por exemplo, regras acerca de concentrações mínimas de biocidas (como por exemplo o cloro) que têm de estar nos tanques de água utilizada para a refrigeração dos edifícios.

Outra área “tem a ver com contrariar uma decisão do Governo anterior, que simplificou excessivamente aquilo que são as regras para a qualidade do ar interior”, considerou o ministro.

Matos Fernandes admitiu que as regras do Governo PSD/CDS-PP até são mais exigentes em relação à qualidade do ar interior, só que “não lhe associa nenhum regime sancionatório e não impõe qualquer regra de auditoria”.

“Tem que haver auditorias periódicas, tal como esse mesmo decreto-lei as impõe para a eficiência energética dos edifícios” a cada seis anos, salientou.

“Estamos a trabalhar com o objetivo de que essas auditorias voltarão a existir e, de acordo com a tipologia, a dimensão e o uso dos edifícios, elas poderão vir a ter até períodos mais curtos do que o de seis anos”, afirmou.

O ministro adiantou ainda que as duas alterações devem estar prontas para serem aprovadas no início de 2018.

Um surto de ‘legionella’ foi detetado no sábado no Hospital São Francisco Xavier, estando confirmados 38 casos, com dois óbitos e cinco doentes internados nos cuidados intensivos.

A ‘legionella’ é uma bactéria responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

Em novembro de 2014, o concelho de Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, foi afetado por um surto de 'legionella', que causou 12 mortes e infetou 375 pessoas com a bactéria.

Incêndios
A Administração Regional de Saúde do Centro anunciou a reformulação do seu grupo de crise, criado em junho, passando a...

Em nota de imprensa, a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) informa que o novo organismo inclui responsáveis dos seis agrupamentos de centros de saúde da região, das unidades locais de saúde e dos centros hospitalares e que, na primeira reunião, realizada em Coimbra, "refletiu sobre a necessidade de uma maior coordenação dos meios existentes no terreno para evitar duplicação de recursos e de intervenções".

O alargamento do grupo de crise "surge na sequência da experiência adquirida pelas entidades responsáveis pela prestação de cuidados de saúde com a vaga de incêndios de junho e de outubro na região Centro", adianta.

Na nota, José Tereso, presidente da ARSC, afirma que o novo grupo de crise, que abrange toda a região Centro, "contribui para a otimização dos recursos" ali instalados e destaca a importância da experiência adquirida pelas entidades de saúde "perante uma realidade trágica e muito exigente em matéria de cuidados assistenciais".

José Tereso defende a necessidade de se "prosseguir a dinâmica assistencial de proximidade com as populações, utilizando os recursos existentes a nível de cuidados de saúde primários em articulação com os hospitais, valorizando a intervenção das unidades de saúde mental comunitárias" e sublinha a importância da articulação de cuidados ser feita "diretamente" com as Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia.

Ordem dos Nutricionistas e PAN
A bastonária da Ordem dos Nutricionistas e o deputado do PAN André Silva defenderam hoje que o Estado tem de apostar na...

Alexandra Bento e André Silva visitaram hoje a Escola Básica 2,3 Professor Delfim Santos, em Lisboa, para observar a qualidade das refeições e alertar para a importância da educação alimentar durante a infância e para a promoção de hábitos alimentares saudáveis.

A má qualidade e pouca quantidade das refeições escolares têm sido denunciadas através de fotografias divulgadas por pais e encarregados de educação, que apresentaram cerca de 70 queixas à Direção-Geral de Estabelecimentos Escolares (DGEstE)

“Há problemas alimentares nas escolas”, mas “numa dimensão muito diversa”, que passa pelas cantinas, pelos bares, pelas máquinas de venda automática e chega mesmo ao que as crianças levam nas lancheiras, disse a bastonária.

Na sua opinião, “dizer-se que é só nas cantinas” ou que a situação se deve “ao binómio administração direta/concessão das refeições” é tratar “o problema de uma maneira muito leve”.

Para Alexandra Bento, a base do sistema deve assentar em regras, que devem ser revisitadas periodicamente e supervisionadas, e na presença de nutricionistas nas escolas para acompanhar a alimentação das crianças.

Esta posição também foi defendida por André Silva, do PAN, que alertou para a necessidade de ser o Estado a fiscalizar a qualidade da alimentação nas escolas.

“O que temos concluído ao longo do tempo e que vimos confirmar é que há uma clara falta de fiscalização por parte do Estado relativamente à qualidade nutricional e ao equilíbrio das refeições escolares que são disponibilizadas”, disse o deputado do partido Pessoas-Animais-Natureza.

Para André Silva, o “grande problema” reside no facto de serem as próprias empresas que distribuem a comida a fazerem a fiscalização.

“Não há, por parte do Estado, quem faça essa fiscalização” e as queixas dos pais são “fruto de deixarmos nas mãos das empresas não só a confeção da comida, mas acima de tudo a fiscalização”, criticou.

Por outro lado, defendeu, são precisos mais nutricionistas na escola pública e no Serviço Nacional de Saúde para “garantir um melhor equilíbrio nutricional”, uma medida que, a longo prazo, “vai retirar pressão” ao SNS.

“Enquanto não mudarmos a forma como fazemos as refeições, os critérios de atribuição de concessão da elaboração das refeições e, principalmente, enquanto não houver fiscalização por parte do Estado, que não a tem feito, este problema vai persistir”, rematou

Contactado pela Lusa, o Ministério da Educação explicou que este ano foi iniciado um novo período de contratualização, por três anos, com as empresas prestadoras de serviços em refeitórios escolares.

“É aceitável que exista um tempo de ajustes do serviço, e tendo em conta, acima de tudo, que são servidos cerca de meio milhão de refeições diárias nas escolas públicas de todo o país”, refere.

O ministério salientou, no entanto, que a DGEstE “segue atentamente todas as queixas reportadas, analisando e intervindo efetivamente junto das empresas fornecedoras de forma à imediata regularização dos casos sinalizados”.

No final da visita, Alexandra Bento e André Silva disseram à agência Lusa que esta escola “é um bom exemplo” nesta matéria, ao contrário de uma escola do mesmo agrupamento que visitaram em setembro.

Polícia de Segurança Pública
A PSP encontrou 29 cães de várias raças “fechados num espaço exíguo, no interior de um pequeno apartamento”, na freguesia de...

“Entre outras coisas verificou-se a presença de vinte e nove canídeos, de várias raças, portes e idades fechados num espaço exíguo, no interior de um pequeno apartamento de onde nem sequer saíam e onde comiam e faziam as respetivas necessidades", indica o Comando Metropolitano da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Lisboa (Cometlis), em comunicado.

Segundo a polícia, “aquelas condições degradantes, além de prejudiciais para os animais, punham em causa a saúde dos restantes moradores do prédio dado o acumular de dejetos dos animais”.

Polícias da Divisão de Investigação Criminal deslocaram-se na manhã de terça-feira ao prédio, para cumprimento de mandado de busca e apreensão domiciliária, “por haver suspeitas do cometimento do crime de maus tratos a animais de companhia”.

O comunicado acrescenta que, após várias diligências investigatórias, a polícia apurou que "poderia existir uma quantidade muito significativa de animais (canídeos), eventualmente maltratados".

“Na sequência destas diligências e dotados do respetivo mandado de busca e apreensão para a residência em causa, polícias da Divisão de Investigação Criminal deram cumprimento àquela diligência processual que permitiu confirmar os maus tratos, nomeadamente no que diz respeito às condições em que os animais viviam”, sublinha o Cometlis.

Os animais foram apreendidos e encaminhados para o canil de Lisboa.

Durante a realização da diligência processual estiveram presentes o Projeto Defesa Animal, do Cometlis da PSP, a Casa Animal da Câmara Municipal de Lisboa, representantes da junta de freguesia local e Autoridade de Saúde.

ASAE
A ASAE instaurou 45 processos de contraordenação e determinou a suspensão da atividade a oito padarias no âmbito de uma...

Em comunicado, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) adianta que foi determinada a suspensão da atividade a oito padarias por incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, inobservância dos requisitos das cozinhas e zonas de fabrico e por falta de inspeção periódica à instalação de gás.

A ASAE sublinha que, no total, foram inspecionados 160 operadores económicos, tendo sido instaurados 45 processos de contraordenação.

Aquele órgão de polícia criminal destaca como principais infrações detetadas o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, a falta de requisitos das cozinhas e zonas de fabrico, a falta de mera comunicação prévia e o incumprimento dos requisitos exigidos relativos à rotulagem.

Durante a ação de fiscalização, a ASAE apreendeu ainda um instrumento de pesagem por falta de controlo metrológico no valor de 150 euros.

A operação da ASAE realizou-se na última semana de outubro em todo o país e foi direcionada para a verificação das condições e requisitos obrigatórios no setor da panificação.

Alimentação Saudável
Hoje em dia, o mercado oferece-nos um leque variado de produtos alimentares.
Casal às compras no supermercado

Muitas vezes, preocupamo-nos em adquirir produtos alimentares com alegações nutricionais como “light”, “baixo em calorias”, “0% açúcares” ou até mesmo “sem glúten”, mas esquecemo-nos de analisar o que realmente faz parte da composição do alimento (lista de ingredientes) e o seu valor nutricional.

É importante conhecer o que estamos a adquirir para a nossa dispensa e consequentemente, a introduzir na nossa alimentação. Para isso, precisamos de aprender a interpretar os rótulos alimentares! E, quando, falamos em rótulos, não se aplica apenas à tabela nutricional, mas sim também à lista de ingredientes. Nesta lista encontram-se mencionados todos os ingredientes que constituem o produto alimentar.

Sabia que a lista de ingredientes está organizada por ordem decrescente? É verdade! O primeiro ingrediente que surge é o que se encontra em maior quantidade no produto alimentar, ou seja, é o ingrediente principal. Deste modo, devemos excluir alimentos em que o açúcar, as gorduras ou o sal sejam os primeiros ingredientes, pois estarão presentes em grande quantidade no produto alimentar.

É necessário sabermos também que, muitas vezes, o açúcar, bem como a gordura, surgem na lista de ingredientes “camuflados” com outras designações. Por exemplo, o açúcar pode aparecer como açúcar invertido, açúcar mascavado, frutose, glucose, glicose, dextrose, mel, maltose, xarope de milho, xarope de glicose, sacarose, entre outros. Já as gorduras, adquirem denominações como ácidos gordos, gordura vegetal, gordura vegetal hidrogenada ou parcialmente hidrogenada, margarina, manteiga, óleo de coco, óleo de palma, manteiga de cacau, entre outros.

Assim, em primeiro lugar tenha em atenção os ingredientes que compõem o alimento que deseja comprar. Opte por alimentos com uma menor lista de ingredientes – quanto menor for esta, menos processado será o produto.

Vamos aprender então a ver rótulos? Que tal experimentar com um alimento, que nós portugueses, tanto gostamos de ter na mesa? O pão! Isso mesmo! Já experimentou alguma vez confecionar pão em casa? São necessários apenas 4 ingredientes: farinha, água, fermento e sal.

Alguma vez reparou na lista de ingredientes do pão que tem em casa? Atualmente, são muitas as ofertas no mercado. Contudo, atenção: quantidade não é sinónimo de qualidade. Muitos dos pães que hoje encontramos no supermercado onde fazemos as compras, têm uma lista de ingredientes que vai muito para além daqueles quatro ingredientes necessários.

Vamos observar um rótulo à lupa?? 

Ora, falámos em farinha, água, fermento e sal... No rótulo deste pão, temos açúcar como segundo ingrediente e óleo vegetal de soja como terceiro. Ou seja, o açúcar é o segundo ingrediente que se encontra em maior quantidade, seguido do óleo vegetal de soja, que é uma gordura. E nós, consumidores, pensávamos que estávamos apenas a comprar o tradicional “pão”.

Preocupe-se em ler os rótulos dos alimentos, em conhecer o que realmente compra para a sua dispensa - esta merece estar recheada de produtos saudáveis, menos processados, com menos gorduras e menos açúcares!

Não se esqueça ainda de verificar sempre o prazo de validade e o estado em que a embalagem se encontra. Não adquira embalagens danificadas, produtos com odores desagradáveis ou manchas estranhas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Especialista defende
O diretor do Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável, Pedro Graça, disse que é necessário simplificar os rótulos...

"Essa simplificação dará uma autonomia e uma capacidade de escolha muito elevada ao cidadão que faz dezenas de escolhas no supermercado, no espaço de uma ou duas horas, e que não tem tempo para ler nem para compreender os rótulos", considerou.

Pedro Graça, professor da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP) falava à Lusa a propósito das Jornadas da Comissão de Ética da Universidade do Porto, que decorrem hoje, na reitoria da Universidade do Porto, subordinadas ao tema "Bioética, Consumo e Políticas Alimentares".

Neste evento, Pedro Graça apresenta dados relativos à dificuldade da população em ler e compreender a informação nutricional contida nos rótulos alimentares, situação mais evidente nas pessoas com menor literacia.

"Temos um ambiente em que os produtos saudáveis estão misturados com os não saudáveis e onde a escolha pelo saudável ou é mais cara ou mais difícil", sendo necessário à população ter "muitos conhecimentos" para perceber a diferença, indicou.

Na sua opinião, é preciso continuar a fazer educação "cada vez com mais qualidade" para contornar essa situação, e criar, em paralelo, "ambientes onde as pessoas com poucos conhecimentos tenham à sua disposição produtos maioritariamente saudáveis".

"Se olharmos para a prevalência da hipertensão na população adulta ocidental, nomeadamente por diferentes níveis de escolaridade, observamos que naquelas que frequentaram o Ensino Superior esta ronda os 25%, enquanto na população menos escolarizada ou sem qualquer escolaridade sobe para os 45%", referiu.

Pedro Graça considera que, além da educação de maior qualidade, é necessário adotar outras medidas como a taxação dos produtos menos saudáveis (com elevada quantidade de sal, por exemplo), tornando-os mais inacessíveis e incentivando a indústria a reformulá-los.

De acordo com o professor, esta medida pode ser encarada como uma limitação à liberdade na escolha dos alimentos. Contudo, é uma garantia que as pessoas que tenham menos capacidade de fazer de escolhas possam, com pouco esforço, ter acesso a alimentos saudáveis.

O intuito é "pagar mais por produtos de pior qualidade" e que esses "tendam naturalmente a desaparecer das prateleiras dos supermercados", avançou.

Pedro Graça referiu-se ainda à obesidade - presente em 11% da população adulta masculina -, na hipertensão e na diabetes, que atingem 20% e 8% da população geral, respetivamente.

Segundo o diretor, estes dados refletem uma sociedade onde a população doente e idosa tende a aumentar enquanto a mais jovem diminui, fazendo com que "os que contribuem para o sistema sejam cada vez menos e os que consomem recursos cada vez mais".

Vacinómetro
Cerca de um milhão de portugueses com 65 ou mais anos já se vacinou contra a gripe, de acordo com os novos dados do Vacinómetro...

Segundo estes indicadores, desde 01 de outubro já se vacinaram contra a gripe sazonal 50,1% dos indivíduos com 65 ou mais anos, 45,6% dos portadores de doença crónica e 33,8% dos profissionais de saúde com contacto direto com doentes.

Foram igualmente vacinados 27,9% dos portugueses com idades entre os 60 e os 64 anos.

Relativamente ao mesmo período da época gripal anterior, regista-se uma taxa de vacinação superior para todos os grupos, “com exceção dos profissionais de saúde, cujos valores se mantêm semelhantes”.

Os autores do Vacinómetro destacam que, entre a população não vacinada, 34,4% tenciona vacinar-se contra a gripe, durante esta época.

Sobre os motivos que levaram à vacinação, a percentagem maior foi por recomendação do médico (57,0%), seguindo-se a iniciativa própria (21,3%), no contexto de uma iniciativa laboral (13,6%) e porque sabem que fazem parte de um grupo de risco para a gripe (5,5%). Por recomendação do farmacêutico foram vacinados 0,5% das pessoas.

A vacinação contra a gripe é fortemente recomendada para os grupos alvo prioritários, entre os quais as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, os doentes crónicos e imunodeprimidos com seis ou mais meses de idade, as grávidas, os profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados, como por exemplo os lares de idosos.

Lançado em 2009, o Vacinómetro permite monitorizar em tempo real a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários recomendados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Legionella
O número de casos confirmados de doença dos legionários subiu para 38, com dois óbitos e cinco doentes internados nos cuidados...

O novo boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) indica que a maioria dos casos ocorreu em mulheres (63%) e que os doentes infetados têm a maior parte (68%) idades iguais ou superiores a 70 anos.

Segundo este boletim, relativamente aos dados divulgados na terça-feira, há um novo caso confirmado, que surgiu no dia de hoje.

De acordo com a DGS, o primeiro caso de diagnóstico da doença dos legionários foi confirmado a 31 de outubro. Na passada sexta-feira foram confirmados oito casos, 14 no dia seguinte e quatro no domingo. Na segunda-feira foram confirmados sete casos, na terça-feira três casos e hoje um outro.

Na terça-feira, o ministro da Saúde disse que a origem do foco de ‘legionella’ em Lisboa foi o hospital São Francisco Xavier, considerando que as primeiras evidências apontavam logo para uma emissão dentro do perímetro da unidade hospitalar.

Estas declarações do titular da pasta da Saúde surgiram depois de o presidente dos Serviços de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) ter dito à agência Lusa que as autoridades tinham identificado nas redondezas do São Francisco Xavier pelo menos sete equipamentos potencialmente produtores de aerossóis e por onde poderia também ter começado o surto.

Segundo o responsável, a maior probabilidade é que o surto tivesse tido origem nas instalações do hospital, mas, por precaução, a Administração Regional de Saúde (ARS) e o delegado de saúde fizeram o levantamento dos equipamentos potencialmente geradoras de aerossóis para fazer análises.

A ‘legionella’ é uma bactéria responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

Conselho Nacional de Saúde
O Conselho Nacional de Saúde classifica como insignificante a verba pública que é aplicada em promoção da saúde e prevenção da...

“É necessário tomar em consideração o investimento em cuidados preventivos. O gasto do Estado em matérias de promoção da saúde e prevenção da doença é insignificante. Gastamos dinheiro, e é necessário em cuidados hospitalares e primários, e muito pouco dinheiro em prevenção e promoção da saúde”, afirmou o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Jorge Simões.

Um estudo sobre os fluxos financeiros do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que hoje é apresentado, indica que os gastos em cuidados preventivos representam pouco mais de um por cento da despesa corrente do SNS (105,5 milhões de euros em 2015).

Jorge Simões admite que seja necessário fazer um estudo mais detalhado daquilo que é gasto no SNS em prevenção da doença, mas adianta que nas rubricas orçamentais oficiais não se detetam outros gastos com promoção da saúde claramente identificados.

A maior fatia da despesa do SNS é utilizada com os cuidados curativos, de reabilitação e continuados, que representavam, em conjunto, cerca de 77,4% das despesas em 2015, correspondendo a um valor de cerca de 7,1 mil milhões de euros.

No estudo sobre os fluxos financeiros no SNS que hoje é apresentado, o Conselho Nacional de Saúde defende ainda que os orçamentos para a saúde deviam ter caráter plurianual, que permitisse maior estabilidade e previsão orçamental.

Concluiu-se ainda que existe uma suborçamentação consecutiva, com os valores da despesa executada a serem, em média, 1,5% superiores face ao orçamento inicial.

Numa análise à informação e dados disponíveis na área da saúde, o Conselho considera que as instituições portuguesas devem melhorar a articulação entre si, nomeadamente nos dados relacionados com a mortalidade, a fim de evitar a duplicação de esforços e gastos.

É ainda recomendado que a produção de informação em saúde integre sempre dados sobre as regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, o que não tem sido prática habitual, e que haja um maior enfoque nos determinantes sociais da saúde, para orientar as intervenções para as causas dos problemas.

O Conselho é um órgão independente e de consulta do Governo e da Assembleia da República, sendo composto por cerca de 30 representantes de vários setores, incluindo as ordens da saúde, como a Ordem dos Médicos, dos Enfermeiros, dos Médicos Dentistas, dos Farmacêuticos, dos Nutricionistas, dos Psicólogos e dos Biólogos.

Relatório
O Estado gasta mais de 600 milhões de euros num ano a pagar a entidades convencionadas para realizarem meios complementares de...

Este dado consta de um estudo elaborado pelo Conselho Nacional de Saúde que é hoje apresentado em Lisboa e onde este órgão de consulta do Governo recomenda que sejam avaliados os serviços que o Serviço Nacional de Saúde pretende internalizar e quais aqueles em que é mais vantajoso recorrer a convenções.

De acordo com os valores oficiais, em 2015 a despesa com entidades convencionadas foi de 383 milhões de euros nos meios complementares de diagnóstico e terapêutica, com as análises clínica a representarem cerca de 40%. No caso da diálise de ambulatório, o valor pago aos convencionados ascendeu a 247 milhões de euros.

Para o Conselho Nacional de Saúde, é necessário que a prestação privada “seja o resultado de uma decisão estudada e não apenas uma resposta casuística perante eventuais omissões no Serviço Nacional de Saúde (SNS), como disse o presidente do Conselho, Jorge Simões.

No estudo sobre os fluxos financeiros no SNS, o Conselho Nacional de Saúde defende ainda que os orçamentos para a saúde deviam ter caráter plurianual, que permitisse maior estabilidade e previsão orçamental.

Concluiu-se também que existe uma suborçamentação consecutiva, com os valores da despesa executada a serem, em média, 1,5% superiores face ao orçamento inicial.

“A despesa não tem sido uma consequência do planeamento em saúde, mas constitui, em regra, um fator exógeno [exterior] ao planeamento”, referem os autores do estudo.

O Conselho Nacional de Saúde defende também a criação de uma cultura de maior transparência na utilização dos fundos públicos e de maior responsabilização pelas opções políticas na saúde, sugerindo a disponibilização sistemática de informação sobre os fluxos financeiros no SNS.

O Conselho é um órgão independente e de consulta do Governo, sendo composto por cerca de 30 representantes de vários setores, incluindo as ordens da saúde, como a Ordem dos Médicos, dos Enfermeiros, dos Médicos Dentistas, dos Farmacêuticos, dos Nutricionistas, dos Psicólogos e dos Biólogos.

Legionella
O corpo de uma das vítimas mortais do surto de 'legionella' no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, foi...

Fonte do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa confirmou que a recolha do corpo foi efetuada quando já estava a decorrer o velório, na Igreja de Santo Condestável, em Campo de Ourique, Lisboa.

“Confirmo essa situação. O DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Lisboa ordenou a recolha do corpo para autopsia no Instituto de Medicina Legal”, afirmou.

Segundo a mesma fonte, a situação "foi desconfortável”, mas teve que ser cumprida.

“Dizer que é uma situação muito sensível é pouco e foi difícil de gerir. Foi desconfortável, mas teve de se cumprir. As pessoas estavam desagradadas com a situação, o que é natural, mas não houve problemas de maior”, disse a PSP.

Fonte do Comando Nacional da PSP também confirmou que o corpo foi recolhido durante o velório, explicando que se tratou de cumprir um “procedimento obrigatório”.

O Ministério Público ordenou igualmente a autópsia ao corpo da outra vítima mortal, o que originou que a data das cerimónias fúnebres tivesse de ser alterada, disse fonte da família.

O Ministério Público anunciou ontem que os elementos recolhidos originaram a abertura de um inquérito ao surto de 'legionella' no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, que já causou dois mortos e infetou pelo menos 35 pessoas.

“Os elementos recolhidos deram origem a um inquérito, que se encontra em investigação no DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Lisboa”, refere o Ministério Público.

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