Serviços de Saúde
Macau vai contratar 21 médicos de Portugal para 13 áreas de especialidade no hospital público da região, revelaram os Serviços...

As áreas de recrutamento incluem as especialidades de gastroenterologia, imagiologia, neurologia, nefrologia, pediatria, cirurgia geral, cirurgia torácica, cirurgia vascular, cirurgia metabólica, pneumologia, geriatria, psiquiatria e anatomia patológica.

“Os Serviços de Saúde da Região Administrativa Especial de Macau, perante o crescimento e desenvolvimento da medicina, verificaram ser necessário e urgente recrutar médicos especialistas em Portugal", refere o anúncio publicado na página de Internet da Ordem dos Médicos. As candidaturas devem ser enviadas para os Serviços de Saúde até 31 de dezembro de 2017.

As especialidades de imagiologia e pediatria têm o maior número de vagas (4 cada), seguindo-se a gastroenterologia (2) e neurologia (2). As restantes nove especialidades têm uma vaga disponível.

“A remuneração de um médico especialista é fixada consoante a experiência profissional, variando entre 82.917 patacas e 112.050 patacas (equivalente a 9.615 euros e 11.693 euros), prestando 45 horas semanais de trabalho”, acrescenta a informação disponibilizada pela Ordem dos Médicos.

Macau contava em setembro deste ano com 34 médicos e 10 enfermeiros portugueses, num total de 59 profissionais oriundos de Portugal, disse o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, durante uma visita ao país.

“A construção do novo hospital das ilhas e do Centro de Controlo das Doenças Infecto-contagiosas, assim como a presença de muitos portugueses justificam que se continuem a recrutar profissionais de saúde altamente qualificados de Portugal”, disse na altura o governante de Macau com a tutela da Saúde.

Venezuela
A Federação Médica Venezuelana denunciou ontem que a Venezuela passa por um "holocausto" na saúde e responsabilizou o...

"A razão pela qual usamos o termo holocausto da saúde é porque o Governo tem mantido os hospitais numa situação precária, ao não colocar, como deve ser, a quantidade de materiais necessários para atender emergências", disse o presidente da Federação Médica Venezuelana (FMV).

Citado pelo diário El Nacional, Douglas León Natera precisou que a falta de medicamentos e de material médico-cirúrgico, as más condições dos hospitais e a insegurança, limitam e violam e vulneram o exercício da medicina na Venezuela.

Por outro lado, explicou que devido à crise político-económica no país, à falta de condições e aos baixos salários, os médicos, e os recém-formados nas faculdades preferem emigrar para outros países, para exercer a profissão, o que não acontecia há pelo menos 20 anos.

"Os médicos iam ao estrangeiro para ampliar os seus conhecimentos e ao terminar regressavam ao país", explicou, precisando que a situação agora é outra e que apesar da instabilidade económica muitos médicos desejam continuar no país.

Segundo Douglas León Natera, a situação na Saúde é "muito complicada", porque apesar da Constituição garantir o direito à saúde e à vida "as autoridades não se ocupam disso como deveria ser", acusou.

Nesse sentido precisou que os hospitais venezuelanos têm menos de 5% dos materiais médicos necessários para prestar cuidados médicos e que nas consultas externas falta papel para receitar medicamentos.

"Em 2017, os hospitais apresentaram 78% de escassez de medicamentos, 75% de faltas de material médico-cirúrgico e 76% de deficiências em cateteres e sondas (...) o mais grave é que os médicos sofrem agressões de parte de pacientes e familiares porque não têm como atendê-los", frisou.

Lisboa
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, mostrou-se favorável ao alargamento da videovigilância a zonas da...

A informação foi avançada pelo presidente na reunião pública do executivo (de maioria socialista), que decorreu nos Paços do Concelho, e onde Medina se mostrou favorável ao alargamento da medida que já funciona há três anos no Bairro Alto.

Dando exemplos das áreas para onde esta medida "desejável e prioritária" poderá ser alargada, o presidente da Câmara referiu a Bica, a Avenida 24 de Julho, a Rua Augusta, o Rossio, Belém, o Martim Moniz ou o Parque das Nações.

Segundo o autarca, "há concordância do ministro [da Administração Interna] e da Direção Nacional da PSP em relação a isto", mas "é sempre necessário que a PSP justifique a necessidade da videovigilância".

"Temos, sobre esta matéria, contactos regulares", apontou o socialista.

Ainda que as "questões do alargamento" da rede tenham estado "dependentes durante anos da doutrina da Comissão Nacional de Proteção de Dados", a "PSP está a produzir estudos quanto a esse alargamento", esclareceu Medina.

"Logo que estejam prontos, avançaremos", anunciou.

Fernando Medina respondia ao vereador do CDS-PP João Gonçalves Pereira, que considerou que existem "vários focos de insegurança na cidade".

Comentando as declarações que o socialista deu na altura dos desacatos junto à discoteca Urban Beach, o vereador centrista considerou que foram "declarações brejeiras".

João Gonçalves Pereira criticou ainda a atuação da Câmara neste caso e questionou quantas queixas foram apresentadas junto do município sobre aquele espaço.

À crítica, Medina respondeu que a Câmara "fez o que devia fazer" e agiu "com as entidades competentes".

"A Câmara não recebe, nem pode receber, informação de natureza criminal", apontou o presidente, salientando que o município teve "conhecimento de 12 queixas" relativas aquela discoteca, que "foram encaminhadas para a ASAE".

O autarca esclareceu também que a discoteca "não tem licença de utilização", dado que "há muito tempo que as Câmaras não têm competências de licenciamento de atividade económica".

Ainda assim, Medina concorda que essa competência deveria voltar para o âmbito municipal, mas, neste momento, "só a polícia pode avaliar as condições para o espaço ser reaberto".

"A Câmara não tinha essa competência, mas fez a competência e o dever que tem" de assegurar "junto das autoridades competentes a estabilidade da cidade", salientou.

Na primeira reunião pública deste mandato foi também aprovada uma moção apresentada pelos vereadores centristas, no sentido de "ser ponderado o estudo da implementação de sistemas de vídeo proteção em áreas sensíveis ao nível de segurança na cidade".

O documento foi aprovado com os votos contra do PCP e do BE, a abstenção do PSD e os votos favoráveis do PS.

No encontro falou-se ainda no novo hospital de Lisboa Oriental, que irá nascer na zona de Chelas, uma vez que na terça-feira foi publicada em Diário da República uma resolução, na qual o Governo deu luz verde à realização de despesa inerente ao projeto de construção deste equipamento.

Medina afirmou que vê com "grande alegria" este passo, uma vez que "Lisboa tem um défice de infraestruturas hospitalares de qualidade".

O vereador com o pelouro da Saúde, o bloquista Ricardo Robles, tomou a palavra para defender a "participação dos cidadãos nesta discussão".

Hospital de Lisboa Oriental
O grupo municipal de Lisboa de Os Verdes manifestou-se contra “o encerramento indiscriminado” dos hospitais do Centro...

Num comunicado, Os Verdes defendem que “o novo hospital é necessário, deverá ter uma gestão pública, deverá servir como complemento à rede das restantes unidades de saúde existentes na cidade, face às graves carências a nível de cuidados de saúde, e nunca justificar o seu encerramento ou desmantelamento”.

Fazem parte do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) os hospitais de São José, Capuchos, Santa Marta, Estefânia, Maternidade Alfredo da Costa e Curry Cabral.

Os Verdes relembram que “não se conhece qualquer estudo que justifique aquela decisão, nem estudos de impacto sobre a desativação destas unidades do CHLC, que dispõem de especialidades únicas no País, ao nível das populações afetadas”.

“Lisboa não pode perder as unidades hospitalares ainda em funcionamento, passando a ter cerca de menos dois mil trabalhadores na área da saúde, menos valências, menos 435 camas comparativamente ao número atualmente oferecido nos seis hospitais do CHLC, menos blocos operatórios e equipamentos”, considerou o partido ecologista, salientando que “já foram encerrados os hospitais do Desterro, em 2007, Miguel Bombarda, em 2011, S. Lázaro em 2012 e já antes havia encerrado o Hospital de Arroios”.

O Governo deu luz verde à realização de despesa inerente ao projeto de construção do Hospital de Lisboa Oriental, segundo uma resolução do Conselho de Ministros publicada na terça-feira em Diário da República.

Depois de ter sido publicado na segunda-feira a abertura do concurso internacional para a construção do novo hospital, no documento de terça-feira consta que o Conselho de Ministros autorizou a despesa inerente à concretização da futura unidade, a instalar na freguesia de Marvila e que deverá estar pronta em 2023, substituindo os hospitais de São José, Capuchos, Santa Marta, Curry Cabral, Dona Estefânia e a maternidade Alfredo da Costa.

A despesa inerente à celebração do contrato de gestão para a conceção, o projeto, a construção, o financiamento, a conservação, a manutenção e a exploração do Hospital de Lisboa Oriental, em regime de parceria público-privada, alcança o montante máximo de 415.110.130 euros, repartida por 27 anos, com início previsto para 2023, ao qual acresce IVA à taxa legal em vigor".

Os encargos com a despesa, indica o Governo, não podem exceder, em cada ano económico, de 2023 a 2049, mais de 15.374.449 euros.

Segundo a publicação, devem ainda ser adotadas medidas para o aproveitamento máximo de todo o equipamento transferível das seis unidades cuja atividade irá ser substituída para o novo hospital.

O Conselho de Ministros determinou ainda que deve determinar-se como prioritária a candidatura a fundos europeus para a aquisição do novo equipamento necessário e a escolha do modelo mais adequado de financiamento para as restantes necessidades de investimento.

Incêndios
O reforço do trabalho multidisciplinar em rede e a capacitação das comunidades são algumas das propostas saídas de um encontro...

Um dos organizadores, o psiquiatra João Redondo, salientou que, para minimizar o efeito dos incêndios e outras catástrofes nas pessoas, importa “pensar e olhar a comunidade como um todo”, investindo no “trabalho em rede e multidisciplinar”.

No encontro, no auditório principal do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), especialistas e dirigentes públicos de diferentes áreas realçaram a necessidade de “todos falarem uma linguagem mais comum”, tanto ao nível da prevenção como na intervenção junto das vítimas e suas famílias.

João Redondo disse ainda que, das intervenções ao longo do dia, ressaltou “uma ideia de capacitação na resposta aos problemas”, a par do papel que cabe às escolas e outras instituições locais face aos fogos e outras calamidades.

Perante “múltiplas necessidades” das populações afetadas, é necessário “criar respostas rápidas” que minimizem o sofrimento das vítimas, acrescentou.

João Redondo e o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, José Tereso, que também interveio nos trabalhos, sublinharam a importância da prevenção primária, secundária, ternária e quaternária.

Subordinado ao tema “Catástrofes: impacte na saúde e qualidade de vida das vítimas dos incêndios”, o encontro teve “um saldo positivo”, que se estendeu à ação das equipas da ARS, na sequência dos graves incêndios que devastaram a região Centro, desde junho, declarou José Tereso.

Segundo o mesmo responsável, as equipas de saúde “têm vindo a adaptar no dia-a-dia a resposta” às populações atingidas pelos fogos, sobretudo os mais graves, que eclodiram nos dias 17 de junho e 15 de outubro, em concelhos de diferentes distritos do Centro do país.

“Temos de olhar para as pessoas e também para o ambiente”, com a realização de estudos sobre a qualidade do ar, da água e dos solos, entre outros, acrescentou.

São “vastas equipas que têm depois de se articular” umas com as outras e com a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro, que assume tarefas noutras áreas.

José Tereso frisou ainda que, há mais de meio ano, a ARS é chamada a intervir “numa vasta área ardida, da beira-mar ao interior”, e a cuidar de “uma imensidão de gente a sofrer na pele” os efeitos dos incêndios.

A ARS continua a solicitar às autarquias e associações de apoio às vítimas que comuniquem às equipas “as situações de maior vulnerabilidade” em termos de saúde.

O encontro foi organizado pela ARS do Centro, em colaboração com o Centro de Prevenção e Tratamento do Trauma Psicogénico do Centro de Responsabilidade Integrada de Psiquiatria do CHUC, coordenado pelo psiquiatra João Redondo.

Adalberto Campos Fernandes
O ministro da Saúde admitiu hoje que a decisão de transferir a sede do Infarmed para o Porto foi “muito mal comunicada” e...

“Foi muito mal comunicada e o responsável por essa má comunicação tem um nome: sou eu. E é por isso que assumo as minhas responsabilidades e terei agora de explicar detalhadamente, de trabalhar detalhadamente com todos, para que essa comunicação seja recomposta”, afirmou Adalberto Campos Fernandes aos jornalistas no final de uma comissão parlamentar de Saúde e questionado pela agência Lusa sobre a questão da transferência da sede do Infarmed.

O anúncio de que a sede da Autoridade Nacional do Medicamento – Infarmed sairia de Lisboa para o Porto foi feito na semana passada pelo ministro Adalberto Campos Fernandes, durante uma conferência em Lisboa, tendo apanhado de surpresa os trabalhadores da instituição.

Campos Fernandes adiantou ter sido, ele próprio, “o primeiro a dizer ao primeiro-ministro” que esta questão tinha sido mal comunicada.

“Mas em política, a humildade e a capacidade de reconhecimento do erro não deve servir para nos desviar de um caminho”, afirmou.

O ministro continua a dizer que a decisão política de transferir a sede do Infarmed já estava tomada há mais tempo e recusou comentar a entrevista da presidente do organismo, que disse nunca ter percebido que se tratava de uma decisão, mas antes de uma intenção.

Adalberto Campos Fernandes sublinhou a importância da apreciação “com serenidade”, que se seguirá, ao nível, material, técnico e científico

O ministro reiterou que os trabalhadores do Infarmed “não serão prejudicados”, mas sim “ouvidos” e “envolvidos”.

Sobre esta descentralização, o governante recordou que o Ministério da Saúde está a trabalhar há dois anos na descentralização de outros serviços, dando o exemplo de organismos que já contam com delegações fora de Lisboa, como o Instituto Português do Sangue (IPS) ou os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

“Muitos de nós falam da necessidade de mudança, mas verdadeiramente poucos querem mudar”, disse, declarando que a candidatura à Agência Europeia do Medicamento revelou que Portugal tem “a Norte um polo competitivo em termos académicos, científicos e que a fileira do medicamento a Norte é poderosa”.

“As pessoas não querem mudar e há uma visão central do país, uma visão egoísta e que considera que o país em matéria de diferenciação se esgota em Lisboa”, acrescentou.

Legionella
A diretora-geral da Saúde justificou hoje a não divulgação pública do relatório sobre o surto da ‘legionella’, que o ministro...

Graça Freiras falava na comissão parlamentar da Saúde, onde decorre uma audição de vários responsáveis sobre o surto de ‘legionella’ no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, que infetou 56 pessoas, das quais cinco morreram.

Os deputados desta comissão, nomeadamente do PSD e CDS, questionaram Graça Freitas sobre o relatório prometido no dia 05 de novembro pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, num prazo de duas semanas.

A especialista em saúde pública esclareceu que nesse dia (05 de novembro) o Ministério Público ainda não tinha iniciado uma investigação ao surto, o que aconteceu no dia 07.

A partir da altura em que o Ministério Público iniciou a investigação, a documentação produzida deixou de ser pública, apesar de Graça Freitas garantir que um relatório preliminar seguiu para o Ministério da Saúde e o Ministério Público.

A diretora-geral da Saúde assumiu que, em termos de saúde pública, preferia “a transparência” e poder contar o que se está a passar à população, nomeadamente partilhando a documentação.

Até ao momento, a DGS só enviou um relatório preliminar sobre o surto – que ainda não apresenta as causas do surto –, faltando ainda a documentação definitiva sobre o ocorrido.

1 de dezembro - Dia Mundial de Luta contra a SIDA
Mais literacia na área da infeção pelo VIH/SIDA é um dos aspetos essenciais para pôr fim ao estigma e discriminação que ainda...

De acordo com o especialista, Portugal encontra-se no bom caminho para atingir as metas 90-90-90 da ONUSIDA para 2020 - que 90% das pessoas infetadas tenham diagnóstico, que 90% recebam tratamento antirretroviral e que 90% destas, tenham uma carga viral indetetável. Por cá, os dados revelam que 90% têm diagnóstico, 89.3% estão em tratamento e 80% têm carga viral indetetável. “Mas há sempre uma percentagem de doentes que não estão a ser seguidos. É que, embora tenham havido melhorias significativas a nível do seguimento nas consultas e na terapêutica, a componente de estigma e discriminação mantém-se e, a consequente instabilidade emocional que originam, é um dos fatores, juntamente com os de origem social, que favorecem o abandono das consultas e dos tratamentos.” É aqui também que a literacia em saúde tem um papel importante a desempenhar.

Mais de 30 anos depois do início da batalha contra o VIH/SIDA, muito mudou. Telo Faria fala na existência de uma “medicação muito potente, eficaz, com muito poucos efeitos secundários, que permite que a pessoa tenha uma boa qualidade de vida em todos os aspetos”. Cenário que traz consigo novos desafios. “É bem provável que tenhamos relativizado a infeção, que tenha havido, em alguns grupos, um suavizar dos comportamentos seguros. E para dar resposta a esta nova realidade é preciso continuar com as campanhas direcionadas para grupos específicos da população”, recomenda Telo Faria.

De resto, a prevenção é um papel que cabe também à Medicina Interna, assim como o diagnóstico, tratamento e seguimento dos doentes. Mais ainda, tendo em conta que esta é uma especialidade privilegiada, sobretudo porque tem uma perspetiva multiorgânica e holística face ao doente. “Esta visão global é muito importante, porque não se trata apenas de controlar a infeção ou dar resposta a eventuais efeitos da medicação, mas é tudo o resto que vai surgindo, já que estes doentes têm uma sobrevida praticamente idêntica à da população em geral. Ou seja, vão ter os mesmos problemas resultantes do envelhecimento, as dislipidemias, a hipertensão, a diabetes, as neoplasias, etc ”

Administradora
Cerca de 170 trabalhadores do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, afetado por um surto de ‘legionella’, foram rastreados...

Rita Perez falava na comissão parlamentar da Saúde, onde está a decorrer uma audição sobre o surto de ‘legionella’ no Hospital São Francisco Xavier (HSFX), tendo assumido que na base deste problema esteve “um acidente adverso imprevisto”.

“Houve um acidente adverso imprevisto, senão não existia infeção”, disse a administradora, médica de formação.

Segundo Rita Perez, no seguimento deste surto foi criado um local específico no hospital onde foram rastreados os trabalhadores com sintomas da pneumonia. Por esse local passaram 170 funcionários, dos quais dois revelaram-se infetados com a bactéria.

“Ninguém poderá lamentar mais do que o hospital a morte e doença dos nossos doentes e a infeção de dois trabalhadores, entre os mais de 1.000 que trabalham diariamente” nesta instituição, afirmou.

Estes dois trabalhadores apresentam, tal como os restantes infetados com a bactéria, comorbilidades e fatores de risco muito importantes para infeções em geral.

Rita Perez classificou este surto de “muito importante” que decorreu num sítio com “uma expressão grande e em doentes mais vulneráveis”.

No seguimento deste surto, que a Direção-Geral da Saúde (DGS) deu por terminado na segunda-feira, foram infetadas 56 pessoas, das quais cinco morreram.

Organização Mundial de Saúde
O número de casos de malária registados em 2016 em todo o mundo subiu 5 milhões, atingido os 216 milhões, que originaram 445...

Segundo o Relatório Anual de 2017 sobre Malária no Mundo, elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e que analisa 94 países, o continente africano continua a ser o que conta com o maior número de casos, com cerca de 90% do total, seguido pelas regiões do sudeste asiático (3%) e Mediterrâneo Oriental (2%).

A percentagem de África no número de óbitos é também avassaladora, uma vez que registou 91% do total, seguido pelo sudeste asiático, com 6%.

Globalmente, em 2016, segundo a OMS, o número de países que têm reportado menos de 10 mil casos anuais tem aumentado desde 2010, passando de 37 nesse ano para 44 em 2016.

A OMS destacou que, em 2016, dois países – Quirguistão e Sri Lanka – foram considerados livres de malária, recebendo o respetivo certificado, enquanto a Argélia está em vias de o obter (zero casos desde 2013), e Cabo Verde, que tinha registado apenas um caso em 2012, viu subir esse total para 48 já este ano, inviabilizando a obtenção de idêntico estatuto.

Desde 2010, refere a OMS, os governos dos países em que a malária é endémica, financiados pelos doadores, gastaram mais de 19.000 milhões de dólares com a doença.

Em 2016, o total investido no controlo do paludismo e na eliminação da doença ascendeu “apenas” a 2.700 milhões de dólares (2,2 milhões de euros), segundo a OMS, 41% do objetivo estimado inicialmente.

Se o financiamento de programas de combate à malária permitiu, segundo as estimativas da OMS, salvar a vida a 15 milhões de crianças, por outro lado, outras 13 milhões poderiam ter beneficiado das intervenções sanitárias que não se fizeram por falta de financiamento.

Estudo
A diabetes e a obesidade, combinados, podem ser potenciadores de cancro e estarão na origem de 800.000 cancros no mundo em 2012...

De acordo com o estudo, quase seis por cento de novos casos de cancro no mundo em 2012 foram causados pelos efeitos combinados da diabetes e do excesso de peso. Nos 12 tipos de cancro estudados os dois fatores foram responsáveis por 800 mil novos casos de cancro.

Vistos individualmente, o excesso de peso foi responsável por quase o dobro de casos de cancro, sendo—lhe atribuído 544.300 casos, contra os 280.100 casos atribuídos à diabetes.

Ainda segundo o estudo, divulgado na revista Lancet Diabetes e Endocrinologia, um em cada quatro casos de cancro relacionados com a diabetes foi atribuído ao aumento mundial da diabetes entre os anos de 1980 e 2002. E quase um terço dos casos de cancro relacionados com obesidade foram atribuídos ao aumento do número de pessoas com excesso de peso, no mesmo período.

Os cancros causados pela combinação dos dois fatores de risco foram quase duas vezes mais comuns nas mulheres do que nos homens, contabilizando 496.700 casos, contra 295.900 casos de homens.

Segundo os autores do estudo, caso as taxas globais de diabetes e de excesso de peso continuem a aumentar no mundo, os casos de cancro atribuíveis aos dois fatores vão aumentar em 30% nas mulheres e em 20% nos homens, até 2035.

Para fazer o estudo os investigadores recolheram dados sobre casos de 12 tipos diferentes de cancro em 175 países, em 2012. E combinaram esses números com dados sobre excesso de peso e diabetes.

Os dois fatores contribuíram para um quarto dos cancros do fígado no mundo e para mais de um terço dos cancros endometriais (útero).

Nos homens o cancro do fígado era o mais comum causado pela diabetes e obesidade, seguindo-se o colorretal. Nas mulheres prevaleceu o cancro da mama, seguindo-se o com origem no endométrio (revestimento do útero), sempre tendo em conta os dois fatores, diabetes e obesidade.

A maioria dos casos de cancro foi detetada nos países ocidentais, sendo o cancro da mama o mais comum. No leste e sudeste asiático o cancro do fígado, devido à diabetes e excesso de peso, foi o mais representativo.

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento
Três projetos inovadores venceram o concurso de Boas Práticas de Envelhecimento Ativo e Saudável na Região Centro, anunciou a...

"A inovação, a qualidade e a quantidade das boas práticas recebidas superaram todas as expectativas da organização e traduzem um crescente envolvimento e consciencialização dos agentes da Região Centro para o envelhecimento ativo e saudável", disse a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, citada num comunicado daquela entidade.

'NoMicro Technologies', da Faculdade de Medicina e do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, 'Cuidados especializados para demência', da União das Misericórdias Portuguesas - Unidade de Cuidados Continuados Bento XVI (Fátima) e 'Novas Primaveras', da Sociedade Artística Musical dos Pousos (Leiria), são os três projetos vencedores do concurso.

O projeto 'NoMicro Technologies', que venceu na categoria Conhecimento+, desenvolveu um penso para aumentar a cicatrização de feridas crónicas e prevenir a sua infeção microbiana, encontrando-se atualmente a realizar a prova de conceito em modelos pré-clínicos e a atrair financiamento para colocar a tecnologia no mercado.

Vencedor na categoria Saúde+, o projeto 'Cuidados especializados para demência', da Unidade de Cuidados Continuados Bento XVI, desenvolve-se numa unidade piloto, a funcionar desde 2013, dotada de competências ambientais, profissionais, clínicas e terapêuticas próprias.

Segundo a CCDRC, a unidade "é hoje um modelo de referência na área de cuidados continuados para utentes com problemas cognitivos ou demência", sendo constituída por 20 camas de média duração e reabilitação (até 90 dias) e 30 de longa duração e manutenção (preferencialmente até 180 dias) e ainda 10 camas em regime privado.

O projeto 'Novas Primaveras', da Sociedade Artística Musical dos Pousos (Leiria), vencedor na categoria Vida+, assenta num programa de terapia pela arte, dedicado à terceira e quarta idades.

Iniciado em 2004, abrange diariamente cerca de 1.271 utentes diretos e 84 indiretos, de cerca de 30 instituições dos concelhos de Leiria, Batalha, Fátima e Pombal, oferecendo-lhes a oportunidade de participar ativamente em projetos nas áreas da música, dança, teatro, poesia e outras artes.

O júri do concurso de Boas Práticas de Envelhecimento Ativo e Saudável na Região Centro distinguiu ainda seis projetos com menções honrosas.

Os vencedores do concurso foram hoje apresentados em Coimbra, no 5.º Congresso Anual do Consórcio Ageing@Coimbra, parceira no projeto, que envolve a Universidade de Coimbra, Administração Regional de Saúde do Centro, Instituto Pedro Nunes, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e Câmara de Coimbra.

Em 2018
O secretário da Saúde dos Açores, Rui Luís, anunciou a criação do Fórum do Álcool e da Saúde e garantiu a implementação no...

“Nesta estratégia, está integrada a criação do Fórum do Álcool e da Saúde, bem como uma proposta de revisão” do diploma que “criou o regime jurídico da venda e consumo de bebidas alcoólicas na região e que inclui a idade mínima de consumo”, afirmou Rui Luís.

O governante discursava na Assembleia Legislativa dos Açores, na Horta, ilha do Faial, no debate das propostas de Plano e Orçamento regionais para 2018, onde começou por destacar a implementação no próximo ano do Programa Regional para a Promoção da Alimentação Saudável, que “está a ser elaborado através da auscultação e colaboração de várias entidades” e vai ser apresentado em dezembro ao Conselho Regional de Saúde.

“O plano tem um objetivo claro, o de contribuir para a melhoria do estado nutricional e de saúde da população açoriana, principalmente da população infantojuvenil”, referiu, precisando que se pretende combater o “excesso de peso e a obesidade” e “prevenir e controlar outras doenças relacionadas com este fator de risco, como a diabetes, a hipertensão arterial ou as doenças oncológicas”.

Nesta vertente, “haverá uma aposta concertada em ações que, promovendo hábitos de vida saudáveis, sensibilizem e contribuam" para a problemática dos "comportamentos aditivos e dependências, privilegiando a temática do tabaco e do álcool”, indicou.

“Na primeira, as ações têm como objetivo evitar a iniciação e habituação ao tabaco, apoiar a cessação tabágica, bem como proteger os não fumadores da exposição ao fumo passivo”, referiu, acrescentando que na segunda são “as ações dirigidas para a redução dos problemas ligados ao álcool”, com "prevenção, tratamento e reinserção".

Nesta estratégia, está integrada a criação do Fórum do Álcool e da Saúde e a revisão do diploma sobre a venda e consumo de bebidas alcoólicas, apontou.

“Numa vertente mais operacional da problemática dos comportamentos aditivos e dependências, e no que concerne às toxicodependências, são várias as iniciativas que já tiveram início este ano e que serão reforçadas em 2018”, adiantou, exemplificando com o “alargamento das opções nos substitutos opiáceos” ou o início do Programa Prevenir em Família e na Comunidade.

Sobre os programas livres de drogas e substituição opiácea que se realizam na região, o secretário regional da Saúde informou que “está a ser efetuada uma análise exaustiva da sua aplicação” para “equacionar modelos de intervenção específicos que contribuam para o sucesso dos mesmos”.

Em março último, no debate sobre os documentos orçamentais deste ano, o presidente do Governo dos Açores, o socialista Vasco Cordeiro, anunciou a apresentação de uma proposta de decreto legislativo regional para alterar a idade mínima da proibição de venda e consumo de bebidas alcoólicas por menores, passando-a para os 18 anos.

Atualmente, a idade mínima está fixada nos 16 anos.

Na ocasião, Vasco Cordeiro anunciou igualmente a elaboração de um Programa Regional de Promoção da Alimentação Saudável.

FAO
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura alertou para o risco de aumento de surtos da gripe das aves,...

Em declarações à agência espanhola Efe, a especialista da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), Sophie von Dobschuetz, afirmou que várias estirpes do vírus da gripe aviária tornaram-se endémicas na China, onde as aves estão a ser vacinadas para reduzir a circulação do vírus.

"Como o país não está em condições de eliminar o vírus das populações de aves domésticas abatendo-as, a vacinação ajuda a reduzir a pressão do vírus e a diminuir a exposição humana", afirmou von Dobschuetz.

A medida, explicou, não evita que os animais sejam infetados, mas garante que as aves não ficam doentes e o risco de contágio diminui.

Em 2013, começaram a ser detetados pela primeira vez na China casos de pessoas infetadas pelo vírus H7N9, capaz de afetar gravemente os seres humanos.

Uma análise da FAO em julho alertava para o risco de o vírus se introduzir em outros países, por via do comércio, representando uma ameaça à saúde pública e à segurança alimentar, face à alta probabilidade de contágio.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, nos últimos quatro anos foram confirmados 1.564 casos de infeção em seres humanos pelo vírus H7N9 em todo o mundo, que provocaram 612 pessoas.

Outro tipo de vírus da gripe das aves altamente patogénico, o H5N1, foi detetado em 2003 e causou 454 mortes em 860 pessoas infetadas em 16 países.

De acordo com a especialista da FAO, as aves selvagens são portadoras naturais da gripe das aves e, a partir dessas, o vírus pode ocasionalmente contagiar aves de aviário.

Von Dobschuetz lembrou que as aves selvagens podem voltar a introduzir o vírus mais do que uma vez e em locais distantes, o que permitiu a circulação do H5N8 na Europa, em 2016, e, este ano, em África.

Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal, o vírus H7N9 tornou-se endémico na China e o H5N1 em algumas partes dos continentes asiático e africano.

Von Dobschuetz considera que os serviços veterinários deveriam analisar a situação em cada país para tomar as medidas de controlo apropriadas, recordando que, até agora, este vírus não foi transmitido entre humanos e que não se é infetado através do consumo de carne de aves devidamente cozinhada.

Aumentar a vigilância, investigar os casos suspeitos através de testes laboratoriais, identificar os surtos a tempo e manter as aves em espaços fechados para as proteger do contacto com aves selvagens são algumas das recomendações da especialista da FAO.

Novo portal
Um novo portal da Autoridade Nacional do Medicamento permite aos cidadãos e a profissionais de saúde notificar reações adversas...

O novo portal RAM, já em funcionamento, visa incentivar a notificação de reações adversas e fortalecer a monitorização da segurança dos medicamentos.

"É muito mais fácil de preencher, bastando apenas cinco minutos para colocar a informação mínima necessária para avaliar a reação adversa. Caso haja maior disponibilidade, o cidadão/profissional de saúde pode indicar mais dados, que facilitarão o tratamento e o processamento da informação", refere a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), em comunicado.

Esta mudança surge em simultâneo com a nova base de dados europeia de suspeitas de reações adversas (EudraVigilance).

Segundo o Infarmed, há quatro dados de preenchimento obrigatório: a substância ativa/medicamento utilizado, a reação adversa (efeito indesejado do medicamento) observada, um dado do doente, o concelho do notificador e alguns dados pessoais (protegidos) para facilitar o contacto caso seja necessário por parte do Infarmed.

Se a reação for a uma vacina ou medicamento biológico, pede-se ainda ao cidadão (doente ou seu representante) ou ao profissional de saúde que indiquem o lote, aconselha a Autoridade Nacional do Medicamento.

"O cidadão só tem de aceder ao Portal RAM para notificar. Depois de preencher o formulário online, recebe de imediato a confirmação da submissão e um resumo dos dados que preencheu através de um email. Se não houver necessidade de esclarecimentos adicionais, o notificador só volta a ser contactado no final do processo para receber a avaliação da sua notificação. Esta avaliação tem de estar concluída em 30 dias. Se entender, pode registar-se para facilitar contactos futuros", explica ainda o Infarmed.

A mesma entidade observa que as vantagens existem também para o tratamento da informação, uma vez que é possível reduzir a duplicação da informação, aumentar a rastreabilidade, melhorar a pesquisa e aceder a um repositório nacional em qualquer unidade de farmacovigilância.

Numa campanha em curso de sensibilização dos cidadãos e dos profissionais de saúde para a RAM participam vários países europeus, assim como a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

Mais de 12.300 notificações de reações adversas a medicamentos chegaram, nos últimos cinco anos, ao organismo que regula o setor, com os cidadãos a realizarem apenas oito por cento das participações, revelou o Infarmed.

Pode aceder ao portal através deste link - http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram

OMS
Cerca de um em cada 10 medicamentos nos países em desenvolvimento são contrafeitos ou não cumprem os requisitos mínimos,...

De acordo com o sistema criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), estes medicamentos são usados para tratar doenças como a malária e pneumonia, e, provavelmente, responsáveis pela morte de dezenas de milhares de crianças.

Esta é a primeira tentativa por parte da agência de saúde da ONU de abordar o problema, com cerca de 100 estudos realizados por especialistas, envolvendo cerca de 48.000 produtos médicos, sendo que 65% dos considerados falsificados eram usados para tratar malária.

“Imagine uma mãe que não come, ou dispensa outras necessidades básicas, para pagar o tratamento do seu filho, sem saber que esses medicamentos não cumprem os requisitos mínimos ou são falsificados, e que esse mesmo tratamento causa a morte do seu filho. Isto é inaceitável”, apontou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Segundo o responsável pela agência, este problema afeta os países mais pobres, nos quais entre 72.000 e 169.000 crianças podem estar a morrer de pneumonia todos os anos, depois de receberem fármacos falsos.

Também os cientistas da Universidade de Edimburgo, e da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres afirmaram que esta contrafação de remédios pode ser responsável por mais de 116.00 mortes de malária, principalmente em países da África subsariana.

Em 2013, a OMS lançou um sistema global de monitorização voluntária, tendo recebido cerca de 1.500 queixas de medicamentos problemáticos, que incluíam fármacos para doenças do coração, diabetes, problemas de fertilidade, doenças mentais e cancro, tal como vacinas falsas contra a febre-amarela e a meningite.

A instituição considerou ainda que essa base de dados foi responsável por salvar a vida de dezenas de crianças no Paraguai, depois de uma analise ter mostrado que tinham sido contaminas por um medicamento para a tosse, que continha a mesma droga que tinha causado a morte de 60 adultos no Paquistão, meses antes, em 2013.

A OMS acredita que os países têm gasto cerca de 30 biliões em medicamentos contrafeitos.

Infarmed
Mais de 12.300 notificações de reações adversas a medicamentos chegaram, nos últimos cinco anos, ao organismo que regula o...

Nos primeiros nove meses deste ano registaram-se 4.200 notificações de reações adversas, das quais 1.924 oriundas de profissionais de saúde e utentes e 2.274 da indústria.

Desde 2012, altura em que o cidadão passou a poder notificar as reações adversas a medicamentos, foram participadas ao Infarmed 12.326.

Destas, “apenas oito por cento (982) provêm do cidadão”, indica o Infarmed, acrescentando que “estes dados indiciam subnotificação de reações adversas em Portugal pela população”.

Em 2016 foram notificadas 5.698 reações adversas a medicamentos. Os dados de 2015 são semelhantes, com 5.690 reações notificadas.

Do total de notificações de reações adversas no ano passado, mais de 4.400 dizem respeito a reações consideradas graves.

Em termos nacionais, das cerca de 5.700 reações adversas a medicamentos registadas, mais de 2.700 foram notificadas pela própria indústria e mais de 2.900 pelos profissionais de saúde e também por utentes.

O Infarmed está a realizar uma campanha para “sensibilizar a população e os profissionais de saúde para a importância da notificação de suspeitas de reações adversas a medicamentos”.

Governo
O Governo deu luz verde à realização de despesa inerente ao projeto de construção do Hospital de Lisboa Oriental, segundo uma...

Depois de ter sido publicado na segunda-feira a abertura do concurso internacional para construir o novo hospital, no documento de hoje consta que o Conselho de Ministros autorizou a despesa inerente à concretização da futura unidade, a instalar na freguesia de Marvila e que deverá estar pronta em 2023, substituindo os hospitais de São José, Capuchos, Santa Marta, Curry Cabral, Dona Estefânia e a maternidade Alfredo da Costa.

Para o Governo, "a necessidade de reorganizar a oferta hospitalar na cidade de Lisboa e de, nesse contexto, se construir uma nova infraestrutura hospitalar já se encontra sinalizada como prioritária há mais de uma década".

"O HLO [Hospital de Lisboa Oriental] consubstancia uma iniciativa essencial para a obtenção de ganhos de racionalidade e eficiência no desempenho e funcionamento da rede hospitalar da cidade de Lisboa e que, a médio prazo gerará importantes benefícios para as populações por ele abrangidas, ao nível da modernização da prestação dos cuidados de saúde", justifica.

O Conselho de Ministros deliberou, então, "autorizar a realização da despesa inerente à celebração do contrato de gestão para a conceção, o projeto, a construção, o financiamento, a conservação, a manutenção e a exploração do Hospital de Lisboa Oriental, em regime de parceria público-privada no montante máximo de 415.110.130 euros, repartida por 27 anos, com início previsto para 2023, ao qual acresce IVA à taxa legal em vigor".

Os encargos com a despesa, indica o Governo, não podem exceder, em cada ano económico, de 2023 a 2049, mais de 15.374.449 euros.

Segundo a publicação, devem ainda ser adotadas medidas para o aproveitamento máximo de todo o equipamento transferível das seis unidades cuja atividade irá ser substituída para o novo hospital.

O Conselho de Ministros determinou ainda que deve determinar-se como prioritária a candidatura a fundos europeus para a aquisição do novo equipamento necessário e a escolha do modelo mais adequado de financiamento para as restantes necessidades de investimento.

Relatório revela
Portugal registou 1.030 novos casos de VIH em 2016, confirmando a tendência de descida, com o maior número de infeções a ter...

Segundo o relatório do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Portugal registou até hoje 56.001 diagnósticos de infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), dos quais 1.030 em 2016.

O número de casos registados no ano passado representa uma descida de 13,6% em relação a 2015 e de 35% face a 2013.

Os valores mais recentes atribuem a Portugal uma taxa de 10 novos casos de VIH por 100 mil habitantes, refere o documento.

O relatório atribui mais novos casos a homens (734) do que a mulheres (296).

Segundo o ECDC e a OMS, em 2016 contabilizaram-se 366 novos casos de diagnóstico de VIH em homens infetados em situação de sexo com outros homens.

O uso de drogas injetáveis foi responsável por 30 novos diagnósticos no ano passado, enquanto o contacto heterossexual deu origem a 586 novos casos.

No mesmo período, ocorreram novos casos de VIH com origem na transmissão mãe-filho.

Os autores do documento indicam que uma em cada duas pessoas que vivem com o VIH na Europa diagnosticaram a doença tarde.

Direção-Geral de Saúde assegura
A Direção-Geral da Saúde avisa que a vacina da gripe não provoca a doença, tentando desmistificar a ideia de que as pessoas...

“A vacina é feita de vírus inativados e não tem potencial de infetar”, afirmou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, considerando “um mito” que se contraia gripe por levar a vacina.

De acordo com a responsável, durante o período em que é administrada a vacina da gripe há vários vírus em circulação, nomeadamente respiratórios, e pode ocorrer a coincidência de contraírem uma constipação ou outra infeção respiratória depois de se vacinarem contra a gripe.

Outras pessoas podem ainda ser vacinadas numa altura em que está já a gripe em período de incubação.

“A vacina é extremamente segura e é feita com vírus inativados”, insistiu Graça Freitas durante a sessão de apresentação

Como todos os anos, a Direção-Geral da Saúde (DGS) apela à vacinação contra a gripe sobretudo aos grupos prioritários, como idosos ou doentes crónicos.

Graça Freitas lembrou que se morre mais durante o inverno, devido às baixas temperaturas, à gripe e a outros vírus em circulação.

É também nesta altura que há mais pressão nos serviços de saúde, com a DGS a apelar a que as pessoas optem por procurar mais os centros de saúde do que as urgências hospitalares.

Na época da gripe, entre 16 a 17% das pessoas que vão a uma urgência podem necessitar de um internamento, contra menos de 10% nas outras épocas.

A diretora-geral da Saúde indicou que os planos para a época gripal são feitos a nível regional e que cada instituição avalia as suas necessidades, mas recordou a possibilidade de gerir melhor as altas sociais, libertando camas para quem mais precisa.

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