A justiça holandesa ordenou hoje que sejam fechadas as salas especiais para fumadores que cafés e bares abriram quando foi...

O caso contra o Estado holandês foi apresentado pela organização Clean Air Nederland (Ar Limpo na Holanda), argumentando que ao permitir-se a existência de zonas especiais para fumadores estava-se a ir contra os termos do acordo assinado com a Organização Mundial de Saúde.

No acordo, a Holanda comprometeu-se a tomar medidas pra evitar que os clientes estivessem expostos ao fumo dos cigarros em “lugares públicos fechados”.

Um tribunal de Haia deu razão a esta organização e considerou que esse compromisso também se estende às salas para fumadores que estão disponíveis nos cafés e bares.

A justiça explicou que as pessoas que não fumam podiam sentir a pressão social de se juntarem aos fumadores nas áreas destinadas a estes e estarem expostos ao fumo.

Por esse facto, acrescentou que na prática é inevitável que o fumo circule no resto do café e que os empregados que têm de atender e limpar a zona fiquem igualmente expostos ao tabaco.

“É importante ter em conta que fumar é um vício grave e não um estilo de vida. No momento em que alguém vê outro fumar, essa ação pode provocar o outro a fazer o mesmo”, disse hoje Ton Voeten, da Clean Air Nederland, em declarações à rádio holandesa NPO.

 

 

Número de casos triplicou
Uma mulher de 32 anos, não vacinada, morreu de sarampo num hospital em França, levando as autoridades a reforçar o apelo em...

A mulher morreu a 10 de fevereiro, de acordo com o Centro Hospital Universitário (CHU) de Poitiers, na região oeste de Nouvelle-Aquitaine, oeste de França.

A morte acontece numa altura em que a França acaba de legislar o aumento do número de vacinas obrigatórias, de três para 11, entre as quais a do sarampo, para as crianças, o que motivou debates acesos no país.

A epidemia de sarampo, que rompeu em Nouvelle-Aquitaine no início de novembro de 2017, persiste na região, de acordo com a agência regional de saúde, a qual até agora já registou 269 casos confirmados, com um em cada quatro (66) a necessitar de hospitalização.

Quatro dos pacientes foram internados nos cuidados intensivos.

Os números mais do que duplicaram a partir de 24 de janeiro, refere a AFP.

O anúncio da morte “reforça a necessidade, para toda a população, de verificação rápida da sua vacinação, a única forma de parar a epidemia”, sublinhou a agência regional de saúde, que recordou que “não existe tratamento para curar esta doença” muito contagiosa, já que um infetado pode contaminar até 20 pessoas.

“O sarampo não é uma doença benigna, principalmente para as crianças e adultos e pode levar a complicações respiratórias (pneumonias) e neurológicas, que podem ter consequências muito graves”, reforçou a agência regional de saúde.

De acordo com a agência, “a cobertura de vacinação em Nouvelle-Aquitaine é atualmente insuficiente para fazer face à epidemia”.

Os dados de saúde pública em França indicam que a taxa de cobertura varia entre os 70,8% e os 81%, abaixo dos 95% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A França é, recorda a AFP, o país onde nasceu Louis Pasteur, pioneiro da vacinação, mas é também onde as pessoas mais desconfiam das vacinas: 41% dos franceses interrogados num estudo internacional em 2016 afirmaram não ter certezas em relação às vacinas, um recorde mundial.

Desde 2008 já houve 20 mortes por sarampo em França, segundo dados da Agência de Saúde Pública do país.

O Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças revelou este mês que o número de casos de sarampo na Europa triplicou em 2017.

Mais de 14.400 casos foram reportados por 30 países no ano passado, o que compara com 4.600 casos em 2016.

Segundo as autoridades europeias, o aumento ficou a dever-se a epidemias na Roménia, Itália, Grécia e Alemanha.

Desde 2016 foram registadas pelo centro europeu mais de 50 mortes por sarampo.

 

Especialistas reunidos
A primeira edição da Gago Conference, evento que reúne investigadores e decisores para debater políticas de saúde na área do...

A conferência, que surge como uma homenagem ao investigador e ex-ministro José Mariano Gago e que englobará um ou dois encontros por ano, visa fomentar o envolvimento de cientistas, políticos e empresários na definição de políticas europeias que promovam e reforcem a ciência e a tecnologia, disse à Lusa o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, um dos responsáveis pela iniciativa.

A escolha do cancro para tema central da primeira edição, referiu o ministro, deve-se não só ao facto de esta ser uma doença que afeta "todas as sociedades" mas também por estarem a ser discutidos os níveis e as formas de investir em investigação, nomeadamente no âmbito do próximo Programa-Quadro Comunitário de Investigação & Inovação.

O ministro lembrou que as tendências atuais indicam que, em 2050, cerca de 50% dos doentes com cancro morrerão devido à doença. Um dos objetivos deste primeiro encontro, continuou, é reduzir essa percentagem, de modo a que, até 2030, três em cada quatro doentes com cancro possam ter uma "perspetiva longa de vida".

A Gago Conference é promovida por Manuel Heitor, em parceria com o diretor científico do Danish Centre for Translational Breast Cancer Research, Julio E. Celis, a ex-deputada do Parlamento Europeu, Teresa Madurelli, e a presidente da Agência Ciência Viva, Rosalia Vargas.

Esta edição, que integra representantes de governos, das comunidades médicas, académicas e científicas e de empresas europeias, é organizada por Manuel Heitor, pelos diretores do i3S, Manuel Sobrinho Simões e Mario Barbosa, pelo diretor científico do Danish Cancer Society Research Center, Julio E. Celis, e pela ex-deputada do Parlamento Europeu, Teresa Riera Madurell.

Durante o evento, serão entregues quatro medalhas, as Gago Awards, a profissionais que se destacaram no desenvolvimento e na divulgação da ciência.

Estudo
A incidência de cálculos renais está a aumentar de “forma constante” nos Estados Unidos, especialmente entre as mulheres de 18...

Os autores do estudo avançam, no entanto, que o aumento estará em grande parte relacionado com os avanços na tecnologia, que permitem aos investigadores examinar e classificar com mais precisão a formação de pedras nos rins dos pacientes.

"Pedras nos rins sintomáticas estão a tornar-se mais comuns nos dois sexos", explica o Andrew Rule, o principal responsável pelo estudo, citado pela agência EFE, adiantando que “os avanços na tecnologia de imagem” permitem atualmente um diagnóstico mais preciso.

"Estamos agora a diagnosticar cálculos renais sintomáticos que anteriormente não teriam sido diagnosticados porque não teriam sido detetados", garante Rule, admite que o crecimento da incidência possa também estar ligado a hábitos alimentares e sedentarismo.

As pedras nos rins, que muitas vezes requerem procedimentos múltiplos com grande desconforto para o doente, são formadas a partir de sais minerais e ácidos, principalmente cálcio e oxalato de cálcio, adianta a Mayo Clinic, organização sem fins lucrativos da área de serviços médicos e de pesquisas médico-hospitalares.

 

Estudo
As empresas farmacêuticas que vendem no mercado americano alguns dos analgésicos de prescrição mais lucrativos terão...

O relatório da senadora de Missouri Claire McCaskill , que resulta de uma investigação começada em 2017, denuncia “a capacidade da indústria de opiáceos de moldar a opinião pública” e levanta questões sobre o seu papel na chamada “epidemia de overdoses”, que terá custado “centenas de milhares de vidas americanas” nos últimos anos.

Entre 2012 e 2017, as empresas terão canalizado dez milhões de dólares para grupos de defesa, lobistas e para médicos que prescrevem o uso deste tipo de medicamentos, de acordo o relatório.

As descobertas podem reforçar centenas de ações judiciais destinadas a responsabilizar as farmacêuticas que comercializam analgésicos opioides. Segundo os acusadores, 340 mil americanos morreram desde 2000 por problemas relacionados com o consumo de medicamentos deste género.

Dez estados e dezenas de cidades e condados americanos processaram empresas como Purdue, Endo International e Janssen Pharmaceuticals, da Johnson & Johnson, acusando-as de desencadear a epidemia ao minimizarem os riscos de dependência e overdose de analgésicos como OxyContin e Percocet.

A indústria farmacêutica é acusada de “ignorar provas” que mostravam que o uso de medicamentos deste género aumenta o risco de abstinência, abuso e dependência.

                

IST
A Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra recebe na quarta-feira um rastreio às infeções sexualmente transmissíveis ...

"Até ao momento, relativamente a estas quatro IST que são objeto do estudo, não existem dados sobre a prevalência destas infeções em Portugal, sobretudo nos jovens", afirmou à agência Lusa, a investigadora e coordenadora do Laboratório Nacional de Referência das Infeções Sexualmente Transmissíveis do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), Maria José Borrego.

O rastreio, que está a decorrer desde o mês de janeiro a nível nacional, é dirigido a jovens com idades entre os 18 e os 24 anos, população que apresenta maior risco de desenvolvimento de complicações clínicas graves decorrentes das IST e na quarta-feira, dia de S. Valentim, decorre na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.

"Trata-se de uma ação especifica na Faculdade de Farmácia, para facilitar a participação de todos os estudantes e para que eles não tenham que se deslocar a nenhum laboratório", frisou.

As infeções provocadas pelas bactérias Chlamydia trachomatis, (Clamídia Genital), Neisseria gonorrhoeae (Gonorreia), Mycoplasma genitalium e pelo parasita Trichomonas vaginalis (Tricomoníase) são as quatro IST em estudo e cujos dados de prevalência em Portugal são, atualmente, quase inexistentes.

Maria José Borrego adiantou que são necessários estudos de rastreio em populações específicas, como é o caso (jovens entre os 18 e os 24 anos), para determinar a prevalência, para que se possam tomar medidas preventivas adequadas à faixa etária.

"É sobretudo importante, no caso dos jovens, porque estas quatro IST tem vindo a ser apontadas como causas de infertilidade. Ou seja, os jovens acabam por se infetar em idades muito precoces e acabam por não ser diagnosticados nem tratados porque não têm sintomas muito evidentes da infeção. E a infeção acaba por progredir para estados que depois causam estas patologias graves", frisou.

Maria José Borrego explicou ainda que o objetivo da ação passa também por sensibilizar os jovens para a importância e a facilidade de fazer o rastreio (amostra de urina) e, posteriormente, poderem beneficiar de um tratamento simples (toma de antibiótico) e, deste modo, poderem evitar problemas anos mais tarde, quando pretenderem ser pais.

"E, também evitar, porque todas estas infeções facilitam a aquisição e transmissão do vírus VIH/SIDA, pretendemos com isto, contribuir para uma menor disseminação do vírus da SIDA", concluiu.

Paralelamente a esta ação, o rastreio pode ser realizado em qualquer laboratório do Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa a nível nacional.

Os participantes podem solicitar o acesso aos seus resultados. O rasteio é gratuito, voluntário e anónimo.

O estudo é coordenado pelo Laboratório Nacional de Referência das Infeções Sexualmente Transmissíveis, com o apoio do Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa, bioMérieux e Genomica.

 

 

Saúde Mental
O Presidente da República manifestou ontem à Ordem dos Psicólogos “abertura e concordância” para apoiar e estimular medidas...

Francisco Miranda Rodrigues, bastonário da Ordem dos Psicólogos, esteve hoje à tarde reunido com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a quem pediram “apoio” para a criação de uma “agenda de prevenção e desenvolvimento com vista à competitividade e coesão social”.

“O aspeto relacionado com a saúde mental foi um que destacámos, mas enquadrado dentro dessa necessidade e desse pedido para que o Presidente da República ajudasse a que a mensagem que temos vindo a tentar passar aos decisores políticos e à sociedade, de uma forma geral, possa vir a ter mais impacto em termos de medidas concretas, de ações políticas, ao nível das políticas públicas e alocação de recursos no terreno”, afirmou.

O bastonário disse que é intenção da Ordem dar a conhecer num “momento anual” o trabalho dos psicólogos ao chefe de Estado e, através dele, aos portugueses.

Sobre a saúde mental, “área a merecer especial atenção”, Francisco Miranda Rodrigues destacou que quando o Governo tomou posse a Ordem entregou um documento com as suas propostas para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), no qual propunham a contratação, em média, de cem psicólogos por ano para garantir “uma cobertura mínima para o que são as necessidades da população”.

Atualmente, referiu, a cobertura é, grosso modo, de um psicólogo por cada agrupamento de centros de saúde, “o que é pouquíssimo”, considerando ainda o número “um bocadinho enganador”, visto que a maioria dos profissionais está afeta a serviços do antigo Instituto da Droga e Toxicodependência, e não nos centros hospitalares e centros de saúde.

“O senhor Presidente mostrou abertura, concordância com a importância desta aposta na prevenção nas mais diversas áreas, e mostrou abertura para também dar o seu contributo para que seja mais conhecida e para que haja um estímulo maior a ações concretas na área da prevenção e desenvolvimento das pessoas”, disse o bastonário.

A Ordem dos Psicólogos entregou no encontro de hoje com Marcelo de Rebelo de Sousa uma carta, na qual apela para a intervenção do Presidente da República na área da saúde mental, traçando um quadro da situação atual e das principais preocupações destes profissionais.

Alimentação saudável
O Centro de Saúde de Sines (Setúbal) quer reduzir o consumo de açúcar entre os mais novos e promover hábitos alimentares...

O projeto-piloto “100 açúcar” pretende promover hábitos alimentares mais saudáveis nas crianças até aos três anos através dos infantários, onde passam grande parte do dia.

“Iogurte com bolacha, iogurte aromatizado, papa com adição de açúcar, lanches sem fruta, douradinhos e salsichas e ‘coisas’ processadas não devem estar em ementas infantis”, exemplificou hoje à agência Lusa a coordenadora do projeto, Cátia Moura, enfermeira no Centro de Saúde de Sines, no distrito de Setúbal, onde acompanha a área de Saúde Infantil.

Lembrando que o surgimento de doenças “associadas ao estilo de vida” está a “aumentar” e que “há crianças com diabetes cada vez mais cedo”, Cátia Moura considerou importante envolver as escolas na promoção de hábitos alimentares saudáveis.

“As escolas têm que ser exemplo e têm que ter ementas e práticas que se rejam por aquilo que é conhecimento e é evidência científica que o açúcar refinado não deve fazer parte da alimentação diária de uma criança dos zero aos três anos, tal como o sal”, defendeu.

Através do projeto “100 açúcar”, profissionais do Centro de Saúde de Sines, em colaboração com a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) e a Unidade de Saúde Pública, vão analisar e ajudar a preparar ementas mais saudáveis, mas também vão promover ações de formação para funcionários, educadores e pais.

As instituições de educação que aderem ao projeto assinam uma “carta de compromisso”, em que concordam aplicar “dez mandamentos” sobre a “adoção de um estilo de vida saudável”, explicou Cátia Moura.

No final de cada ano, é feita uma avaliação de cada estabelecimento aderente e, no caso de ter cumprido o estipulado no projeto, é atribuído “um selo” de certificação.

“Não oferecer alimentos com adição de açúcar”, “proibir a entrada de doces e refrigerantes na escola” e “cumprir e respeitar a roda dos alimentos” são alguns dos “mandamentos” com que se comprometem os infantários aderentes.

O projeto foi bem recebido por Carla Santos, diretora de um dos infantários aderentes em Sines, considerando que a implementação “não vai ser difícil”, mas reconheceu, no entanto, que “mudar mentalidades” pode ser “desafiador”.

“Acredito que até ao final deste ano letivo a gente já tenha alterado algumas coisas e que no início do próximo ano letivo já sejamos ‘100açúcar’”, sublinhou.

O “100 açúcar” é um projeto-piloto que vai, para já, ser aplicado nas instituições com creche O Capuchinho Vermelho, A Conchinha, O Pintainho e no Colégio Estrela do Mar, em Sines, abrangendo cerca de 320 crianças.

A responsável da Unidade de Saúde Pública do Litoral Alentejano, Fernanda Santos, espera que o programa venha a ser alargado a outros infantários nos concelhos vizinhos de Santiago do Cacém, Odemira, Grândola e Alcácer do Sal.

“A nossa ideia é começarmos aqui e nos anos seguintes estender às restantes escolas do litoral alentejano”, disse Fernanda Santos, considerando o açúcar uma “grande preocupação”.

“Não é tanto o mal que o açúcar faz às crianças nesta idade, mas é os hábitos que estas crianças vão ter de comer açúcar e sal e que vão levar para a vida adulta, porque começam a sentir necessidade. Uma criança que nunca comeu açúcar, não sente necessidade de açúcar”, concluiu.

Ciência e Tecnologia
Cientistas criaram 'nanorobôs' que eliminam cirurgicamente tumores, bloqueando a sua irrigação sanguínea, o que...

A técnica, testada em ratinhos com diferentes tipos de cancro, provocou danos no tecido tumoral ao fim de um dia sem afetar os tecidos saudáveis.

Para criar estes robôs microscópicos, que se autodegradam no organismo passadas 24 horas, uma equipa de investigadores dos Estados Unidos e da China recorreu à técnica genética do 'ADN origami', que permite 'dobrar' sequências de moléculas de ADN (material genético) para obter formas bidimensionais e tridimensionais à escala das nanopartículas (partículas ultrafinas, mil vezes mais pequenas do que um fio de um cabelo).

"Desenvolvemos o primeiro sistema totalmente autónomo de robótica de ADN para desenhar drogas muito precisas e para o tratamento direcionado do cancro", afirmou um dos autores do estudo, Hao Yan, diretor do Centro de Design Molecular e Biomiméticos do Instituto de Biodesign da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos.

Segundo o investigador, a técnica usada em ratinhos com melanoma (tipo de cancro da pele) não só afetou o tumor primário, mas também impediu a formação de metástases (formação de novos tumores a partir de outros mais distantes), "demonstrando o seu potencial terapêutico".

Em três dos oito ratinhos com melanoma humano, os tumores regrediram totalmente graças à terapia de nanorobótica de ADN, com o tempo médio de sobrevivência dos roedores a mais que duplicar, passando de 20,5 dias para 45.

A mesma técnica foi igualmente testada, com sucesso, em ratinhos com cancro do pulmão: ao fim de duas semanas de tratamento, o tamanho do tecido tumoral recuou.

Em comunicado, a Universidade do Estado do Arizona explica que cada ‘nanorobô’ é feito a partir de uma "folha de origami de ADN plana e retangular". A principal proteína envolvida na coagulação do sangue, a trombina, é ligada à sua superfície.

A trombina pode bloquear o fluxo de sangue no tumor, ao coagular o sangue nos vasos que alimentam o crescimento do tumor, causando uma espécie de ataque cardíaco que leva à morte do tecido tumoral.

Ao fim de dois dias de testes havia indícios de trombose avançada nos ratinhos e, passados três dias, foram observados trombos (coágulos de sangue) em todos os vasos sanguíneos dos tumores.

A chave do tratamento, de acordo com os cientistas, é desencadear a produção da proteína trombina apenas quando está no interior dos vasos sanguíneos do tumor.

Os investigadores realçam a ausência de efeitos indesejáveis, como o de estes 'nanorobôs' invadirem o cérebro e causarem um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A equipa, na qual participaram especialistas do Centro Nacional para a Nanociência e Tecnologia da Academia Chinesa de Ciências, considera que a técnica é segura e eficaz, pelo que pode ser testada em animais maiores do que ratos e em vários tipos de cancro, uma vez que todos os tecidos tumorais têm vasos sanguíneos.

Para Hao Yan, da Universidade do Estado do Arizona, a combinação de diferentes 'nanorobôs' capazes de transportar 'vários agentes' químicos pode ajudar a "atingir a meta final da investigação sobre o cancro: a erradicação de tumores sólidos e metástases vascularizadas".

Em última análise, a estratégia pode ser utilizada para tratar outras doenças através de uma espécie de envio direcionado de um fármaco para o alvo a abater, "modificando a geometria de nanoestruturas".

 

DGS
Mais de 4,7 milhões de preservativos foram distribuídos pelas autoridades de saúde em 2017, um número substancialmente inferior...

A propósito do Dia Internacional do Preservativo, que se assinala na terça-feira, a DGS revelou que, em 2017, foram distribuídos 4.751.387 preservativos masculinos e 110.400 femininos.

Estes valores representam uma subida em relação aos preservativos masculinos distribuídos no ano anterior (4.743.049), mas ficam muito longe dos distribuídos em 2008: 7.406.392.

Em 2017 também se registou uma diminuição de preservativos femininos distribuídos: 110.400 contra os 194.095 distribuídos em 2016.

Este ano, para assinalar o Dia Internacional do Preservativo, a DGS, o Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA e o Programa Nacional para as Hepatites Virais associam-se a algumas iniciativas que visam a sensibilização da população para a utilização do preservativo enquanto meio preventivo de infeções sexualmente transmissíveis, nomeadamente da infeção por VIH e da Hepatite B.

Uma das iniciativas é a tradução para inglês e mandarim dos conteúdos do folheto sobre prevenção, agora também em suporte digital.

A ideia é abranger populações-chave que, por não dominarem o idioma, não estavam contempladas no processo de divulgação/informação de medidas preventivas da infeção por VIH, segundo a DGS.

As autoridades de saúde recomendam a utilização do preservativo enquanto meio preventivo de infeções sexualmente transmissíveis, nomeadamente da infeção por VIH e da Hepatite B.

 

 

Sobrinho Simões
O patologista Manuel Sobrinho Simões considera que a Europa dará "um salto extraordinário" na saúde e na investigação...

Para tal, "é necessária a criação de uma rede europeia de Centros de Compreensão em Cancro (‘Comprehensive Cancer Centre' - CCC), que englobe estruturas de diagnóstico e assistência, de investigação e de ligação à sociedade, para melhorar a prevenção e tratamento de cancro", disse o codiretor do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S).

Manuel Sobrinho Simões falava à Lusa a propósito da primeira edição da Gago Conference on European Science Policy, que se realizará na quarta-feira, no i3S, no Porto, e que visa fomentar o envolvimento de cientistas, políticos e empresários na definição de políticas europeias que promovam e reforcem a ciência e a tecnologia, na qual é um dos organizadores.

De acordo com o patologista, o primeiro passo para a criação dessa rede europeia é definir um CCC por país, à semelhança do que se passa em Portugal com o Porto.Comprehensive Cancer Center (Porto.CCC), que já existe há três anos e resulta de uma parceira entre o i3S e o IPO-Porto.

Este "é um dos centros europeus com mais experiência em cancro do estômago e da tiroide", tendo produzido, em 2017, mais de 600 publicações para revistas internacionais e obtido taxas resultados "comparáveis aos melhores da Europa", contou.

A rede europeia de CCC surgiria então, na sua opinião, para alargar ao âmbito europeu a prevenção, o diagnóstico precoce (rastreios) e os tratamentos, que são atualmente efetuados a nível regional ou nacional.

Segundo indicou, essa rede permitiria também aos pacientes obter uma segunda opinião sobre o seu caso, que não fosse só a nível local.

Além disso, poderia contribuir igualmente para a criação de bancos de tecidos e tumores, cujo material disponibilizado serviria para desenvolver novas formas de tratamento.

"Em cancro, precisamos imenso de ter material arquivado para estudar os casos que ocorreram como o esperado ou para investigar sobre aqueles que correram excecionalmente bem ou excecionalmente mal", disse.

O codiretor do i3S assegurou, através desta rede, era possível evoluir para formas mais inteligentes de prevenção, indo além da primária, que passa por evitar o excesso de peso, a exposição solar em determinados horários, os "disparates alimentares", bem como tomar a vacina do vírus do HPV e da hepatite B.

Para o patologista, considerado o mais influente do mundo em 2015 pela revista científica The Pathologist, o cancro é a pior doença atual em termos de custos e de sofrimento para os pacientes, cujo número de casos vai continuar "sempre a aumentar".

Devido a isso, contou que foi estabelecida uma meta para que, até 2030, três em quatro doentes com cancro, na Europa, tenham a sua doença controlada.

Esta primeira edição da Gago Conference é organizada por Manuel Sobrinho Simões, pelo diretor científico do Danish Cancer Society Research Center, Julio E. Celis, pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, pelo codiretor do i3S, Mario Barbosa, e pela ex-deputada do Parlamento Europeu Teresa Riera Madurell.

 

Cancro
O presidente da Ordem dos Médicos/Norte manifestou hoje “alguma estranheza” com a intenção do Governo de criar “uma nova...

Em declarações à Lusa, António Araújo afirmou que “em Portugal existirão no máximo dez, 12 doentes por ano para fazer este tipo de tratamento”.

“A nós causa-nos alguma estranheza, por ocorrer numa altura em que não existe dinheiro para equipar as unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), nomeadamente com tomografias computorizadas (TAC) e com ressonâncias magnéticas. Está-se, logo à partida, a pensar gastar uma verba muito elevada num só aparelho, que pouco servirá ao SNS”, disse.

O oncologista e presidente da Ordem dos Médicos/Norte disse estranhar também que se aloque “uma verba de imediato de dez milhões de euros para os próximos cinco anos para contratar doutorados e médicos para este projeto, quando, por exemplo, a Fundação para a Ciência e Tecnologia [FCT] tem tido uma redução substancial de verba e tem reduzido muito o apoio a doutorandos e mestrandos investigadores em Portugal”.

“Neste momento, a FCT por exemplo não apoia mestrandos, apoia só alunos de doutoramento, com a redução de verbas que teve. Também causa aqui alguma estranheza alocarem logo dez milhões de euros para contratar estes investigadores”, frisou.

Neste contexto, defende António Araújo, “em vez de se estar a comprar o aparelho, se calhar era mais importante estabelecer um protocolo de colaboração com uma unidade estrangeira que já tenha o equipamento, a fim de permitir, de uma forma muito mais fácil e célere, o tratamento aos doentes que necessitem de realizar este tratamento”.

“Se calhar, poupávamos muito dinheiro”, assinalou.

O Governo criou, em outubro de 2017, um grupo de trabalho para a elaboração ou revisão das Redes Nacionais de Especialidades Hospitalares e de Referenciação (RNEHR), composto por peritos das várias áreas envolvidas, designadamente, na área de oncologia médica no sentido de haver indicação para instalar um centro de protões em Portugal, aliando a vocação médica assistencial com a investigação clínica, libertos de motivações comerciais.

“Ninguém tem conhecimento das conclusões desse grupo de trabalho, mas existe um projeto de legislação que está a ser discutido em conselho de ministros para aquisição desse aparelho e a constituição de uma empresa sem fins lucrativos que será sediada no IPO de Lisboa e terá forçosamente um polo no do Instituto Superior Técnico, da Universidade de Lisboa, e que terá a função de angariar verbas para investigação e para a manutenção desse aparelho”, afirmou o responsável.

Sublinhou que “o número de doentes indicados para este tratamento é muito reduzido porque, por ser um tratamento muito experimental, só tem tido indicação para patologias que são relativamente raras. Portanto, em Portugal existirão no máximo dez,12 doentes por ano a ter indicação para fazer este tratamento”.

Lamentou, assim, que “ninguém conheça o relatório final deste grupo de trabalho, que poderá dar uma justificação plausível para este tipo de investimento”.

“Ninguém sabe a que conclusão chegou relativamente ao número de doentes que beneficiaria desse tratamento, que tipo de investigação é que poderia ser realizada e que verbas é que seriam necessárias para a compra e para a manutenção desse equipamento. Há aqui toda uma serie de incógnitas”, sustentou.

António Araújo lamentou ainda que, “numa altura em que tanto de fala em descentralização (…), não se pondere sediar no Porto este equipamento”.

A agência Lusa questionou o Ministério da Saúde que disse não ter comentários a fazer sobre este assunto, que deverá ser discutido no próximo Conselho de Ministros, dedicado à Ciência.

 

Estudo
O bisfenol A, associado ao aparecimento de cancros, à redução da fertilidade e a problemas cardíacos, usado em grande escala na...

Um estudo da University of Exeter, no Reino Unido, descobriu a presença de bisfenol-A (BPA) nas amostras de urina de 86% dos 94 adolescentes selecionados para um estudo.

O BPA é um químico cancerígeno associado a reduções da fertilidade, a problemas cardíacos e a diabetes, e é utilizado no fabrico de vários tipos de plástico desde 1960.

A substância imita as propriedades do estrogénio e já foi associada ao aparecimento de cancros da mama e da próstata, assim como a contagens baixas de espermatozoides.

A presença do químico numa percentagem tão alta dos adolescentes preocupa os profissionais, que consideram ser quase impossível evitar o contacto com o material nos nossos dias.

"A maior parte das pessoas está exposta a BPA diariamente. Neste estudo, os nossos estudantes investigadores descobriram que nos dias de hoje, com as leis de rotulagem atuais, é difícil evitar estaexposição ao alterarmos a nossa dieta", explica Lorna Harries, professora na University of Exeter e coautora do estudo.

"Num mundo ideal, teríamos uma escolha sobre o que por nos nossos corpos. No presente, visto ser difícil identificar quais as comidas e as embalagens que contém BPA, não é possível fazer essa escolha", conclui.

A Agência Europeia dos Produtos Químicos considera o BPA uma substância de "elevada preocupação" capaz de causar efeitos "graves na saúde humana" e, ao mesmo tempo, "nocivos no ambiente".

O BPA é utilizado maioritariamente para endurecer o plástico e o tornar mais resistente.

Apesar do contacto com objetos de plástico já expor os indivíduos ao químico, a maneira mais comum de exposição é através das embalagens usadas na indústria alimentar, que deixam passar o BPA para os alimentos.

Mesmo quando os adolescentes evolvidos no estudo tentaram manter uma dieta livre de BPA durante uma semana, não houve declínios quantificáveis nos níveis da substancia presentes na urina, relata o estudo.

Tal pode-se dever ao facto de que, mesmo os alimentos que não são embalados em plástico possam conter ingredientes que foram porventura expostos a BPA. Os produtos processados são um exemplo disso.

"Descobrimos que uma dieta desenhada para reduzir a exposição a BPA, que incluía evitar frutos e vegetais embalados em recipientes plásticos, comidas enlatadas e refeições pré-cozinhadas desenhadas para ser reaquecidas em microondas e embaladas em recipientes de plástico; teve pouco impacto nos níveis de BPA presentes no corpo", conclui Tamara Galloway, professora da universidade e autora principal do estudo.

Estudos anteriores demonstraram que o BPA se mantém no corpo durante longos períodos de tempo, mesmo quando um indivíduo se mantenha em jejum durante 24 horas.

A Agência Europeia dos Produtos Químicos tem já um conjunto de medidas a entrar em vigor ao longo dos próximos anos, de combate ao uso do BPA.

Dia Europeu 112
Mais de 1,3 milhões de chamadas foram atendidas pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM em 2017, indicou...

Numa nota publicada na página da Internet, o INEM aproveita o Dia Europeu 112, que hoje se assinala, para dar conta que, em 2017, foram atendidas pelos CODU do INEM 1.368.141 chamadas de emergência transferidas pelo 112.

O atendimento destas chamadas deu origem ao acionamento de 1.269.196 meios de emergência, desde ambulâncias motas de emergência, viaturas médicas de emergência e reanimação e helicópteros, adianta aquele instituto.

Na nota, o INEM recorda que os portugueses podem ligar para o número de emergência 112, seja em situações de assaltos ou roubos, incêndios, acidentes ou doenças súbitas.

As chamadas efetuadas para o 112 são sempre atendidas numa central de emergência por agentes da Policia de Segurança Pública e militares da Guarda Nacional Republicana, que canalizam para os CODU do INEM as chamadas que à saúde digam respeito.

O INEM refere que a colaboração dos cidadãos “é absolutamente fundamental para um rápido e eficaz socorro às vítimas”, que devem informar de “forma simples e clara” a localização exata, o número de telefone do qual está a ligar, tipo de situação, número, sexo e idade aparente das pessoas a necessitar de socorro, as queixas principais e as alterações que observa.

O Número Europeu de Emergência 112 foi criado em 1991 e desde 2008 passou a ser o único número de emergência que pode ser usado de qualquer telefone fixo, móvel ou público em todos os países da União Europeia gratuitamente.

 

Diagnóstico
A Direção-Geral da Saúde indicou hoje que as recomendações europeias no âmbito do rastreio do cancro colo-rectal continuam a...

Em comunicado, a DGS adianta que “o rastreio do cancro colo-rectal é reconhecidamente uma necessidade, pela morbilidade e mortalidade associada a estas neoplasias, sabendo-se que os programas de rastreio podem ter um impacto significativo na redução de incidência e de mortalidade”.

Segundo a DGS, esta necessidade foi assumida a nível europeu, tendo sido recomendado a realização de um teste primário com pesquisa de sangue oculto nas fezes à população a partir dos 50 e sem fatores de risco, quando esta pesquisa é positiva é proposta a realização de colonoscopia.

A DGS sublinha que este programa diminui a mortalidade por cancro colo-rectal em aproximadamente 16% e a sua utilidade foi demonstrada através de estudos controlados, em rastreios de base populacional.

No entanto, reconhece que existem outras estratégias de realização de rastreio do cancro colo-rectal, nomeadamente a realização de teste primário com exames endoscópicos, designadamente a colonoscopia.

“Estes testes, com maior capacidade de diagnóstico de lesões pré-malignas, estão também associados a menores taxas de adesão ao rastreio, sendo que não existe disponibilidade no país para assegurar de forma integral a abordagem por endoscopia a todos os utentes abrangidos nos grupos-alvo”, realça a nota da DGS, dando conta que a maioria dos países com rastreio implementado de base populacional utiliza como teste primário a pesquisa de sangue oculto, como a Austrália, Holanda, Reino Unido, Itália, Irlanda, Croácia, França, Eslovénia, Japão e Coreia do Sul.

Para a DGS, “o mais importante é ter um programa em curso, independentemente do teste primário”, sendo que as recomendações europeias continuam a ser a realização de pesquisa de sangue oculto” e esta tem sido a prática da maioria dos países com programas de rastreio de base populacional.

Na quinta-feira, a propósito da reunião Monotemática da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG), que hoje decorre, na Figueira da Foz, o presidente da SPG, Luís Tomé, defendeu uma discussão aberta sobre o melhor método de prevenir o tumor colorretal, que mata anualmente cerca de 4.000 pessoas em Portugal.

"As pessoas não se apercebem da dimensão da questão, mas é uma coisa verdadeiramente brutal. Estamos perante um problema em que há uma mortalidade oito vezes superior àquela que acontece como consequência dos acidentes de viação", disse o especialista à agência Lusa, defendendo que todas as pessoas a partir dos 50 anos devem realizar uma colonoscopia.

Segundo Luís Tomé, a mortalidade associada ao cancro colorretal não para de aumentar em Portugal, enquanto outros países já conseguiram inverter essa tendência.

 

Fraude
O comité francês contra o tabagismo informou na sexta-feira que apresentou uma denúncia na Justiça francesa contra os...

A organização apoiou a denúncia por se tratar de um caso que “põe em perigo a vida alheia”.

O comité detalhou que há “buracos minúsculos” nos filtros dos cigarros destinados a “falsificar os testes” que impedem que se saiba se foram ultrapassados os limites do alcatrão, da nicotina e do monóxido de carbono.

Segundo as fontes citadas pelo comité, o alcatrão que os fumadores inalam seria duas a 10 vezes superior ao estabelecido e cinco vezes mais no caso da nicotina.

“Assim, os fumadores que pensam que estão a fumar um maço por dia, fumam, na realidade, o equivalente a dois a dez”, assinalaram os queixosos.

Segundo o ‘Le Figaro’, a queixa foi apresentada contra as filiais francesas das quatro maiores marcas de tabaco, a saber, Philip Morris, British American Tobacco, Japan Tobacco International e Imperial Brands.

A imprensa francesa já começou a falar de um caso semelhante ao ‘Dieselgate’ (a fraude das emissões poluentes da Volkswagen) e alguns já se interrogam se não se está perante um caso de ‘Tabacogate’.

 

Estudo
Cientistas portugueses descobriram que a bactéria salmonela, que causa infeções gástricas, se torna virulenta devido à presença...

A investigação, cujos resultados foram publicados na revista da American Society for Microbiology (Sociedade Americana de Microbiologia), foi conduzida pelo Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB) António Xavier e pelo Instituto Superior Técnico.

No estudo, a equipa de investigadores infetou larvas de um inseto com salmonela, com ou sem o gene que expressa a proteína BoIA, e verificou, nas mesmas condições ambientais, o efeito gerado na mortandade do modelo animal.

As larvas morreram ao fim de dois dias quando infetadas com bactérias de salmonela que mantinham esse gene. Em contrapartida, muitos animais não morreram quando infetados com bactérias sem o mesmo gene. Quando o gene, e só este gene, voltou a ser colocado nas bactérias as larvas morreram todas.

"Isto significa que este gene tem de estar lá [nas células da bactéria] para elas [bactérias] serem tão virulentas", afirmou à Lusa a bióloga Cecília Arraiano, coordenadora da equipa do ITQB.

A investigadora explicou que, sem o gene que expressa a proteína BoIA, a salmonela "é mais facilmente atacável pelo sistema imunitário".

Assim sendo, de acordo com a bióloga, a proteína pode ser um bom alvo para testar novos medicamentos contra as infeções causadas por salmonela (através da ingestão de comida ou água contaminadas).

A equipa científica está a estudar a estrutura da proteína para perceber de que forma pode regular geneticamente a sua expressão nas bactérias e desativá-la.

 

 

 

Saúde e Tecnologia
Cientistas nos Estados Unidos criaram um novo tipo de "pele eletrónica" totalmente reciclável com aplicações na...

A "pele" consiste num polímero que contem nanopartículas de prata, que lhe conferem força, estabilidade química e condutividade elétrica. Sensores embutidos medem a pressão, temperatura, humidade e fluxo do ar.

"O que é único é que a composição química do polímero que usamos permite à 'e-pele' ser auto-regeneradora e completamente reciclável", afirmou o investigador Jianliang Xiao, da universidade do Colorado, autor do estudo publicado no boletim científico Science Advances.

Outra vantagem da pele eletrónica é que pode adaptar-se a superfícies curvas, como braços humanos ou mãos robóticas

Quando se quer reciclá-la, é mergulhada numa solução que decompõe o polímero em elementos mais essenciais que são solúveis em etanol, deixando as partículas de prata no fundo da solução.

 

 

Como fazer?
Escovar os dentes é essencial para a saúde, pois previne o aparecimento da cárie dentária e das doen
Mãe ensina filha a lavar os dentes

A escovagem dos dentes é fundamental para a promoção da saúde oral e prevenção das doenças orais. Escovar os dentes é uma responsabilidade de todos, principalmente das famílias. Deve escovar os dentes duas vezes por dia e deve usar sempre um dentífrico fluoretado e uma escova suave, de tamanho adequado, para que seja possível aceder a todas as áreas dos dentes. Deve ser executada em todas as escolas do ensino básico e jardins-de-infância.

 

Os dentes devem ser escovados pelo menos 2 vezes por dia, sendo uma delas à noite, antes de dormir.

A escovagem dos dentes com um dentífrico fluoretado:

  • Remove a placa bacteriana (conjunto de bactérias, saliva e restos de alimentos);
  • Promove a remineralização dos dentes, tornando-os mais resistentes.

Só com uma escovagem eficaz é que se consegue remover a placa bacteriana.

Os dentes devem ser escovados durante 2 a 3 minutos.

Como escovar os dentes?

1. Colocar o dentífrico fluoretado na escova.

2. Inclinar a escova em direcção à gengiva e fazer pequenos movimentos vibratórios horizontais ou circulares com pouca pressão.

3. Escovar 2 dentes de cada vez, fazendo aproximadamente 10 movimentos (ou 5 no caso de crianças até aos 6 anos).

4. Escovar com uma sequência: começar pela superfície externa (do lado da bochecha) do último dente de um dos maxilares e continuar a escovar até atingir o último dente do lado oposto.

5. Escovar as superfícies do lado da língua com a mesma sequência.

6. Proceder do mesmo modo no outro maxilar.

7. Escovar as superfícies mastigatórias dos dentes com movimentos de vaivém.

8. Por fim, pode escovar-se a língua e cuspir o excesso de dentífrico, sem bochechar com água. Assim, os fluoretos do dentífrico actuam mais tempo sobre os dentes.

Artigos relacionados

Mitos da Saúde Oral

O que são as doenças das gengivas?

O que a boca tem a dizer sobre a sua saúde

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Inspeção
A Autoridade do Medicamento (Infarmed) realizou quase 1.300 inspeções a nível nacional no ano passado, um acréscimo...

Segundo dados oficiais hoje divulgados, em 2017 foram feitas, em média, quatro inspeções diária, sendo que durante o mesmo ano foram instaurados 37 processos de contraordenação.

Em comparação com 2016, houve um acréscimo de 160 inspeções, num total de 1.266 ações em 2017.

Os processos de contraordenação não tiveram um aumento correspondente. No ano passado foram instaurados 37, em 2016 tinham sido instaurados 36 e em 2015 foram instaurados 60 processos, de acordo com dados oficiais obtidos pela agência Lusa.

Os processos instaurados no ano passado estão essencialmente ligados à comercialização de medicamentos sem autorização de introdução no mercado, com a venda de medicamentos sujeitos a receita médica sem apresentação de receitas, condições inadequadas de conservação de medicamentos na farmácia ou distribuição para países da União Europeia de fármacos sujeitos a notificação prévia, refere o Infarmed numa nota hoje divulgada.

Houve ainda casos de venda de medicamentos e dispositivos médicos fora do prazo de validade e comercialização de remédios sujeitos a receita em locais não autorizados.

 

Páginas