Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde vai atribuir um selo de qualidade às padarias que façam pão com menos de um grama de sal por cada 100...

Segundo uma informação oficial do Ministério, “a obtenção do selo será feita através de candidatura, sendo aceites as primeiras 250 candidaturas recebidas”.

A distribuição dos selos será feita por regiões: 89 para a região Norte, 82 para o Centro, 55 em Lisboa e Vale do Tejo, 13 para o Alentejo e 11 na região do Algarve. As candidaturas podem ser apresentadas até dia 4 de maio.

A atribuição deste selo do pão - “Menos sal, mesmo sabor” – pretende, segundo o Ministério, “conceder uma distinção pública às padarias que atualmente já cumpram a meta mais ambiciosa definida para o ano de 2021 para o teor máximo de sal no pão”.

Portugal tem desde 2009 legislação que estabelece um teor máximo de sal no pão de 1,4 gramas de sal por 100 gramas de pão.

O Ministério e as autoridades de saúde têm considerado que “é possível reduzir ainda mais o teor de sal no pão” e reconhecem que já existem “muitas padarias portuguesas” que têm feito um esforço de maior redução.

Um protocolo entre a Associação dos Industriais da Panificação, a Direção-Geral da Saúde e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge estabeleceu já novas metas para nova redução de sal no pão, tendo como meta final atingir um grama de sal por 100 gramas de pão até 2021.

Há também metas intermédias definidas neste protocolo: 1,3 gramas de sal por 100 gramas já este ano, 1,2 gramas de sal por 100 gramas em 2019 e 1,1 grama de sal por 100 gramas de pão em 2020.

As autoridades de saúde consideram o consumo excessivo de sal como um dos maiores riscos de saúde pública em Portugal e, segundo dados do último inquérito alimentar nacional, a população portuguesa apresenta um consumo médio diário de sal de 7,3 gramas, superior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde, que aponta para cinco gramas diárias por pessoa.

Pioneiro nos transplantes
O Prémio Nacional de Saúde de 2017 foi para o cardiologista João Queiroz e Melo, pioneiro nos transplantes de coração, anunciou...

O júri premiou o médico por contribuir para "ganhos indiscutíveis de saúde", prestigiando o Serviço Nacional de Saúde internacionalmente.

Queiroz e Melo nasceu em Tomar em 1945 e especializou-se em cirurgia geral e cirurgia cardiotorácica, deu aulas em várias universidades e fez o primeiro transplante do coração em 18 de fevereiro de 1986 no Hospital de Santa Cruz.

Dirigiu hospitais, trabalhou em várias universidades e hospitais pelo mundo e é membro de diversas sociedades científicas.

O júri do prémio incluiu os bastonários das ordens dos médicos, dentistas, psicólogos, biólogos, nutricionistas, farmacêuticos e os diretores do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e Escola Nacional de Saúde Pública.

O Prémio Nacional de Saúde, atribuído desde 2006 a personalidades que se destacaram nas Ciências da Saúde foi atribuído em anos anteriores a figuras como o neurocirurgião João Lobo Antunes, o cardiologista Fernando de Pádua ou a investigadora Odette Santos.

 

Campanha alerta para a importância do Rastreio
O cancro do intestino (ou cancro colorretal) é um dos tipos de cancro mais comum nos homens e nas mu

Em Portugal, existem mais de 80 mil doentes ativos e 50 % da nossa população desconhece os sintomas desta patologia**.

Todos os anos surgem 7 mil novos casos e, depois do cancro do pulmão, o cancro colorretal é a doença oncológica com maior taxa de mortalidade: ainda mata 11 portugueses por dia***!

Esta doença surge maioritariamente a partir dos 50 anos, mas pode ocorrer em pessoas mais jovens. A maioria dos casos de cancro do cólon e reto, desenvolvem-se a partir de lesões benignas (pólipos) presentes no intestino grosso que evoluem gradualmente.

É fundamental saber que esta doença tem um percurso “silencioso”, isto é, desenvolve-se ao longo de vários anos e muitas vezes sem apresentar quaisquer sintomas.

E quais os sintomas a que as pessoas devem prestar atenção?

  • Perda de sangue pelo reto / ânus ou misturado nas fezes
  • Alteração persistente dos hábitos intestinas, como prisão de ventre, diarreia e/ou fezes muito escuras
  • Cansaço e emagrecimento sem razão aparente
  • Sensação de que o intestino não esvazia completamente
  • Dor forte ou desconforto abdominal sem explicação aparente

Infelizmente, as pessoas ainda não estão conscientes para esta realidade.

Trata-se de uma doença maioritariamente assintomática e, por isso mesmo, o rastreio não pode ser desvalorizado.

Muitas vezes, as pessoas não aceitam bem o facto de terem de fazer a colheita de fezes para análise ou submeter-se a uma colonoscopia, mas considerando os ganhos em saúde, eu diria que compensa largamente o desconforto. O cancro do intestino, quando detetado a tempo, tem cura em 90% dos casos!

No entanto, a falta de literacia, junto com a falta de um programa de rastreio de base populacional, explica os números alarmantes do nosso país.

Será fundamental criar e aplicar algumas medidas como:

  • Gerar mais campanhas de sensibilização e informação;
  • Definir e implementar um rastreio de base populacional (a Direção-Geral da Saúde está a dar passos neste sentido, mas em muitas zonas do território nacional isto está longe de ser uma realidade);
  • Desmistificar o Cancro do Intestino, pois as pessoas ainda vêm a doença como algo estigmatizante e sobre o qual devam ter vergonha;
  • Ter o apoio dos Meios de Comunicação Social para disseminar o conhecimento e aumentar a literacia sobre esta patologia e o seu rastreio, sem tabus.
  • As farmácias comunitárias têm feito um esforço para informar e aumentar o conhecimento das pessoas.

A campanha “Conhece os sintomas do Cancro do Intestino?” é um exemplo disso mesmo e que chama a atenção para a Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes (PSOF).

Este método de rastreio utilizado identifica pequenas quantidades de sangue nas fezes, que podem ser consequência da presença de um tumor ou de pólipos no intestino.

Através deste tipo de sensibilização conseguimos detetar casos positivos; fazer com que as pessoas possam ir ao médico atempadamente; contribuir para diminuir o número de mortes; dar mais apoio aos doentes e aos seus familiares e, acima de tudo, promover uma maior qualidade de vida!

 

*Fonte: Relatório GLOBOCAN 2012 - Agência Internacional de Investigação do Cancro
**Fonte: Spirituc / Europacolon / 2012
*** Fonte: Programa Nacional para as Doenças Oncológicas 2017

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Direção-Geral da Saúde
O surto de sarampo infetou até hoje 90 pessoas, o que aumenta o balanço em quatro casos relativamente a segunda-feira, segundo...

De acordo com a informação da Direção-Geral da Saúde (DGS), três dos quatro novos casos confirmados laboratorialmente já estavam em investigação na terça-feira e já estão curados.

Há ainda 15 casos em investigação, refere a DGS e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge no boletim epidemiológico de hoje.

Os casos confirmados aconteceram todos em adultos, sendo que 49 eram mulheres e 13 não estavam vacinados. Destes 90, 74 pessoas eram profissionais de saúde.

Segundo a DGS, o vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra.

Os doentes são considerados contagiosos desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea.

Este organismo do Ministério da Saúde indica que “os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois da pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea (progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores), tosse, conjuntivite e corrimento nasal”.

Incêndios
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra juntou-se à Administração Regional de Saúde do Centro e ao Instituto...

Uma nota de imprensa da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC) especifica que o grupo desta instituição de ensino integra 41 elementos entre estudantes, docentes e não docentes e que o estudo engloba praticamente 30 concelhos.

“O protocolo de cooperação, assinado em fevereiro, prevê a colaboração de estudantes, docentes e não docentes da ESTeSC em dois projetos distintos: um estudo nos concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande; e outro a envolver 26 concelhos da região Centro. O projeto, coordenado pela Professora Cristina Santos, do Departamento de Saúde Ambiental da ESTeSC, abrange a participação de 41 elementos da ESTeSC”, lê-se na nota de imprensa.

Os grandes incêndios de 2017, o primeiro em Pedrógão Grande, em junho, e o segundo em grande parte da região Centro, em outubro, provocaram a morte a 115 pessoas, além de centenas de feridos, e a destruição de milhares de casas, empresas e de uma vasta área florestal.

“No primeiro estudo serão avaliados os efeitos a longo prazo dos incêndios na saúde de 330 indivíduos, previamente identificados. O programa prevê a aplicação de um inquérito (onde, entre outros, serão registados aspetos como o estado de saúde física/mental, a capacidade respiratória, os hábitos tabágicos e alimentares, e a preparação para emergências), a realização de provas respiratórias e de uma radiografia ao tórax. Esta avaliação será realizada em duas fases: a primeira em março/abril de 2018 e a segunda em outubro/novembro 2019”, sintetiza ainda a escola.

O segundo, ainda de acordo com a mesma informação, “pretende conhecer as opiniões e necessidades das populações na área da saúde mental”.

“Ao longo de duas semanas, serão realizados inquéritos a 75 indivíduos, residentes nos concelhos de Arganil, Castanheira de Pera, Carregal do Sal, Figueiró dos Vinhos, Góis, Gouveia, Lousã, Marinha Grande, Mira, Mortágua, Nelas, Oleiros, Oliveira de Frades, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Santa Comba Dão, Seia, Sertã, Tábua, Tondela, Vagos, Vila Nova de Poiares e Vouzela”, explica aquela informação.

A realização destes dois estudos por parte da Administração Regional de Saúde e do Instituto Nacional de Saúde decorre de uma resolução do Conselho de Ministros, em julho de 2017, que determinou a implementação de um plano estratégico de saúde pública para avaliar os efeitos dos incêndios na população.

O objetivo passa por adquirir conhecimentos que auxiliem a tomada de decisões em saúde, bem como minimizar os riscos de exposição das populações vulneráveis.

“Para a ESTeSC, assume particular relevância a participação de docentes, não docentes e gabinete de apoio ao estudante na valência de psicologia neste estudo, enquadrado nas várias valências do ensino em saúde exercidas”, conclui a nota de imprensa.

Vacinação
A médica especialista da Organização Pan-Americana da Saúde Lúcia Helena de Oliveira diz que, se for alcançada uma taxa de 80%...

Assim o garantiu a especialista brasileira em imunização da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS). Lúcia Helena de Oliveira afirma que para eliminar este tipo de cancro nos próximos anos é necessário chegar a 80% da vacinação das meninas e adolescentes.

A especialista elogiou a vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV) ao considerá-la "eficaz e segura" e afirmou que deveria ser aplicada em meninas entre os 9 e os 14 anos, idade na qual, em média, se inicia a atividade sexual.

Segundo a brasileira, escreve o Sapo, a vacina está disponível desde 2006 e tem como objetivo prevenir o cancro do colo do útero, a segunda maior causa de morte nas mulheres na América Latina.

Esta região regista anualmente 80 mil casos de cancro do colo do útero, que mata cerca de 35 mil mulheres.

Em Portugal
Em Portugal, o cancro no útero é o mais comum, considerando os tumores do sistema reprodutor feminino; representa cerca de 6% de todos os cancros nas mulheres.

Todos os anos são diagnosticados cerca de mil novos casos de cancro do colo do útero em Portugal, sendo o país da Europa Ocidental com a taxa de incidência mais elevada deste tipo de cancro.

Nas últimas décadas, o número de casos de cancro do colo do útero diagnosticados anualmente tem vindo a diminuir, sobretudo pela sensibilização da importância do rastreio.

A importância de não esperar por sintomas
As alterações pré-cancerígenas e os cancros precoces do colo do útero não tendem a provocardor ou outros sintomas. É importante não esperar até surgirem dores para consultar o médico.

Quando a doença se agrava, a mulher pode apresentar um ou mais dos seguintes sintomas:

- Hemorragia vaginal anormal: entre períodos menstruais regulares; após relação sexual; períodos menstruais mais prolongados; hemorragias após menopausa;
- Aumento do corrimento vaginal;
- Dor pélvica;
- Dor durante as relações sexuais.

Porém, estes sintomas podem também dever-se a infeções ou outros problemas de saúde e só o médico está habilitado a fazer esta avaliação.

As mulheres que tenham algum destes sintomas devem informar o médico, para que seja possível diagnosticar e tratar atempadamente eventuais problemas.

Estudo
As causas mais comuns em estudos anteriores apontavam para insuficiências cardíacas. Porém, uma nova investigação sugere que...

Um novo estudo divulgado na última edição da revista cientifica médica The Lancet conclui que alguns casos de morte súbita em bebés e recém-nascidos podem ser atribuídos a mutações genéticas dos músculos ligados ao sistema respiratório.

A morte súbita de bebés é a causa mais comum de óbitos de crianças nos países desenvolvidos. Atinge sobretudo lactentes entre os dois e quatro meses e é mais provável em bebés do sexo masculino e prematuros, escreve o Sapo.

Um dos avisos mais repetidos aos pais para tentar diminuir o risco de morte súbita é ter o cuidado de deitar os bebés de costas e não os deixar dormir com a barriga para baixo ou partilharem cama.

No estudo em causa o investigador Roope Männikkö, da Universidade College de Londres, encontrou no gene SNC4A - responsável pelos canais de sódio nos músculos - mutações que podem estar na origem dos casos de morte súbita.

Os cientistas acreditam que estas mutações podem deixar os bebés com os músculos respiratórios mais fracos, vulneráveis e sem oxigenação suficiente, especialmente se estiverem a dormir na posição errada.

"O nosso estudo é o primeiro que vincula a morte súbita dos bebés a uma fraqueza dos músculos respiratórios que seria causada por questões genéticas", comenta Michael Hanna, neurologista do Hospital Nacional de Neurologia e Neurocirurgia em Londres e um dos autores do estudo.

Depois de analisar amostras de tecido de 278 bebés que morreram de morte súbita e compará-las com o material genético de 729 adultos saudáveis, os cientistas encontraram quatro casos dessa mutação nos bebés e nenhuma nos adultos.

Ainda que quatro possa parecer pouco, neste caso o número é significativo: normalmente encontram-se apenas cinco casos dessa mutação rara em cada 100 mil indivíduos.

Como prevenir a morte súbita?

- Colocar o bebé a dormir de barriga para cima;
- Colocá-lo no berço com os pés perto da borda;
- Utilizar um colchão firme, plano e impermeável - e em boas condições;
- Não fumar durante a gravidez, durante a amamentação, nem na mesma divisão em que o bebé está;
- Não partilhar a cama com o bebé se tiver consumido drogas ou se estiver cansado;
- Nunca dormir com o bebé nos braços na cama ou no sofá;
- Não cobrir a cabeça da criança quando ela estiver a dormir (cobrir somente até a altura dos ombros).

Coração saudável
A atividade física e a prática regular de exercício físico associam-se a múltiplos benefícios para a

As pessoas mais ativas, sobretudo praticantes regulares de exercício físico, apresentam maior sobrevida e menor prevalência de eventos como acidente vascular cerebral e enfarte agudo do miocárdio.

O exercício ativa diversos mecanismos fisiopatológicos que são  responsáveis pela proteção e controlo de múltiplos fatores de risco, tais como a hipertensão arterial, a dislipidemia, a obesidade e a diabetes. Estes efeitos benéficos são transversais, ocorrendo tanto na população geral, como nos indivíduos com fatores de risco ou naquelas com antecedentes de eventos cardiovasculares, independentemente do género ou da idade.

Nas pessoas com eventos cardiovasculares prévios (prevenção secundária), o exercício físico é essencial, devendo ser prescrito e enquadrado em programas multidisciplinares de reabilitação cardíaca, facto com impacto prognóstico favorável acrescido.

Por outro lado, o sedentarismo, atualmente um verdadeiro problema de saúde pública, constituí um dos principais fatores de risco para a ocorrência de eventos cardiovasculares.

Neste contexto, a prática de exercício físico é uma das principais recomendações para a prevenção da doença cardiovascular emanadas por várias organizações como a Sociedade Europeia de Cardiologia, estando recomendada a prática de 150 minutos por semana de exercício de intensidade moderada ou 75 minutos de intensidade elevada.

Pela evidência crescente que sustenta estes benefícios, a sua maior divulgação e a maior acessibilidade/oferta de atividades, o número de praticantes regulares de exercício físico, tanto em nível recreativo como competitivo, tem aumentado exponencialmente nos últimos anos. Este aspeto é globalmente muito positivo, mas pode criar problemas adicionais, nomeadamente quanto à necessidade e à metodologia de avaliação clínica prévia.

Esta problemática é mais relevante nos ‘veteranos’, visto muitos praticantes iniciarem exercício físico apenas na meia idade, com fatores de risco cardiovasculares descontrolados, sem avaliações médicas prévias e envolvidos frequentemente em modalidades de elevada intensidade. Apesar dos múltiplos benefícios descritos, em indivíduos suscetíveis, com risco cardiovascular elevado ou na presença de algumas doenças cardíacas, o exercício pode despoletar eventos clínicos graves.

Neste âmbito, a avaliação prévia ao início da prática de exercício é fulcral para identificar os indivíduos com risco acrescido, cuja metodologia depende dos hábitos prévios de atividade física, dos antecedentes clínicos e do tipo/intensidade de exercício que se pretende realizar. Particularmente nos atletas ‘veteranos’, como a doença das artérias coronárias constitui a principal causa de morte súbita, justifica-se uma metodologia de avaliação diferente da efetuada em atletas jovens, nos quais as principais causas são doenças cardíacas hereditárias. Outro aspeto controverso é saber se existe uma ‘dose’ a partir da qual os benefícios do exercício diminuem ou possa ser prejudicial. Apesar de necessitar de esclarecimento, são conhecidos alguns ‘efeitos adversos’ cardíacos induzidos pelo exercício extremo.

Em suma, a atividade física e o exercício físico associam-se a  múltiplos benefícios cardiovasculares, incluindo o aumento da sobrevida e a redução de eventos clínicos graves. Todas as pessoas podem fazer exercício físico, mas é essencial realizarem uma avaliação médica prévia, que permita estratificar o risco cardiovascular, diagnosticar doenças ‘ocultas’ associadas a complicações graves e prescrever exercício de forma adequada e individualizada na presença de antecedentes cardiovasculares.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Centro Hospitalar Cova da Beira
No âmbito da Campanha que assinala o mês (abril) da Prevenção dos Maus Tratos na Infância e Adolescência, o Núcleo Hospitalar...

Este ano, a iniciativa também conhecida por “Campanha do Laço Azul” terá no Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB) uma vertente mais criativa e pedagógica, pois pretende incentivar à expressividade artística dos mais jovens, como método para exteriorizar e comunicar, o modo como estes observam e sentem o mundo que os rodeia, e ainda alertar adultos e sociedade em geral, para a importância da promoção e proteção dos seus direitos.

Todos os interessados em participar nesta iniciativa devem realizar um desenho sobre o tema “O que pensas sobre os teus direitos?” e proceder à sua entrega no secretariado administrativo ou gabinete de enfermagem dos serviços acima referenciados, durante todo o mês de abril de 2018. Para mais informações consulte o regulamento de participação, em:

www.chcbeira.pt ou em www.facebook.com/centrohospitalarcovadabeira.

Além do concurso de desenho, a ação no CHCB contempla também a afixação de cartazes alusivos ao tema nos serviços de atendimento pediátrico e a entrega de um flyer com a história do Laço Azul.

 

Relatório
A implementação de cuidados de enfermagem especializados nos hospitais e centros de saúde pode reduzir em 5% o número de...

Segundo o relatório, elaborado pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), do Porto, os custos relativos aos internamentos em Portugal ascendem a 1.800 milhões de euros anuais.

Em 2016, avança o relatório, foram registados 819.476 internamentos, com um custo médio de 2.285 euros por internamento.

Com a criação de um internato de especialização em enfermagem, considerando as 1.500 posições para enfermeiros especialistas disponibilizadas atualmente por ano, estima-se que essa medida leve a "um benefício líquido médio de cerca de 18 milhões de euros por ano", que pode ser revertido para o Estado, lê-se no documento.

O investigador do INESC TEC Mário Amorim Lopes explica: os 18 milhões de euros resultam da diferença entre um custo estimado de 63 milhões de euros anuais para os internatos (onde se inclui um acréscimo salarial) e de uma poupança de 81 milhões de euros por ano, resultante de uma redução esperada de 5% nos internamentos.

O relatório aponta ainda que, caso se aumente para 3.000 as vagas de enfermeiros a realizarem formação em regime de internato, em 15 anos seja possível aumentar o número de especialistas para garantir uma cobertura de 90% nos cuidados de saúde primários, de 50% nos diferenciados e de 30% nos continuados integrados.

Em declarações, o vice-presidente da Ordem dos Enfermeiros, Luís Barreira, indicou que, através deste relatório, pretende-se mostrar o panorama internacional quanto à especialização em enfermagem e estimar o impacto dessa medida no contexto económico em Portugal, onde existem seis especialidades e onde está já concluído o processo de reconhecimento de seis novas áreas de especialização.

As conclusões deste trabalho, que demorou cerca de seis meses a estar concluído, mostram que a evolução das necessidades em termos de saúde e tecnologia, a par das alterações organizacionais, "exigem uma redefinição na gestão de recursos humanos (ao nível de intervenção, qualificação, número e distribuição)".

"Há uma necessidade de investimento em recursos especializados e não é por caso que existem 52 especialidades médicas. A enfermagem enfrenta os mesmos desafios: populações com doenças crónicas, com comorbilidades, que vivem mais tempo e que requerem cuidados muito especializados", referiu o investigador, Mário Amorim Lopes.

De acordo com o investigador, a introdução das especialidades de enfermagem e de formação avançada é uma tendência internacional, que tem vindo a ser implementada em países como a Bélgica, a Irlanda e a França, sendo que noutros, como os Estados Unidos e o Reino Unido, essa é uma realidade há vários anos.

Mário Amorim Lopes salientou os ganhos que esta medida permite obter em saúde para os clientes (melhoria dos indicadores de saúde), para as instituições (melhoria dos indicadores de gestão e de eficiência) e para os próprios profissionais (melhoria dos índices de satisfação e de retenção).

"Há possibilidade de os profissionais terem uma carreira, coisa de deixou de existir há uns anos. Atualmente, ou são enfermeiros generalistas ou enfermeiros-chefe. A aposta na especialização aumenta claramente a sua satisfação e as taxas de retenção, fazendo com que estes permaneçam nas instituições durante mais tempo", notou.

Luís Barreira, por sua vez, afirmou que, embora as questões relativas à especialização sejam da competência da Ordem dos Enfermeiros, também "têm que existir fatores motivacionais para os enfermeiros".

"Hoje em dia, o enfermeiro tem que pagar a sua especialidade para ter a atribuição do título, o que depois não tem a repercussão em termos de remuneração", disse, reforçando que "é importante haver uma revisão da carreira salarial e a possibilidade de estes profissionais fazerem o seu internato da especialidade no tempo de serviço".

Secretário de Estado adjunto e da Saúde
O Governo quer erradicar a tuberculose até 2030, estando a apostar na deteção precoce e na proximidade a bolsas de população...

Fernando Araújo presidiu ontem, em Almeirim (distrito de Santarém), à cerimónia de entrega da “mais sofisticada” Unidade Móvel de Radiorrastreio (UMR) do país ao Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Lezíria, equipamento adquirido com fundos europeus, no valor de 685 mil euros.

Sublinhando a redução da incidência de tuberculose no país, atualmente na ordem de 16 novos casos por 100.000 habitantes, o governante afirmou que unidades como a que hoje foi entregue vão permitir chegar a “bolsas de população mais vulnerável”, que normalmente não recorre ao Serviço Nacional de Saúde, como a de estabelecimentos prisionais, sem-abrigo, população migrante e toxicodependentes.

O governante insistiu na deteção precoce para evitar transmissão a outros e no tratamento “para, até 2030, acabar com a epidemia de tuberculose” no país.

A coordenadora do Programa de Tuberculose da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Conceição Gomes, afirmou que esta unidade, que vem substituir a que estava ao serviço na região há 37 anos, permitirá um diagnóstico “mais correto de algumas doenças respiratórias”, frisando que, se a incidência de tuberculose tem vindo a reduzir, há outras doenças respiratórias em crescimento, com destaque para o cancro do pulmão.

A UMR, que irá servir uma população de 200.000 utentes, possui a melhor tecnologia de ponta da Europa, trazendo “rapidez” no tipo de exames realizado e “segurança”, porque o nível de radiação é mais baixo, realçou Fernando Araújo.

Com este equipamento, o raio-x é gerado imediatamente após a realização do exame e enviado em suporte digital para o radiologista e médicos do Centro de Diagnóstico Pneumológico, sendo depois remetido para o clínico que acompanha o utente, quer seja médico de família ou de outra especialidade.

Na cerimónia de ontem foram ainda entregues seis viaturas, num investimento na ordem dos 150.000 euros também com financiamento comunitário, para as unidades de Cuidados de Saúde Personalizados, de Cuidados Continuados, de Cuidados Paliativos e Unidades de Saúde Familiar de Almeirim, Alpiarça, Santarém, Coruche e Salvaterra de Magos.

O secretário de Estado sublinhou que o investimento em cuidados primários está a decorrer “em várias dimensões”, sobretudo em centros de saúde que funcionam em prédios sem elevador, mas também em recursos humanos.

“Neste momento reduzimos em cerca de meio milhão o número de utentes sem médico de família – passaram de 1,2 milhões para cerca de 700.000, mas ainda temos 700.000”, referiu, apontando ainda o esforço para “trazer novas profissões” para os centros de saúde, como médicos dentistas, psicólogos, nutricionistas, a realização de exames complementares de diagnóstico e equipas de cuidados paliativos.

Pedro Ribeiro, presidente da Câmara de Almeirim e da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, advertiu para a necessidade de dotar os centros e as extensões de saúde do pessoal auxiliar e administrativo perdido nos últimos anos, com a agravante que muitos dos que estão a trabalhar se aproximam da idade da reforma.

Sublinhando que a enorme carência de médicos de família sentida na região no final de 2014 e início de 2015 foi em grande parte resolvida e que a falta de enfermeiros “está a melhorar”, Pedro Ribeiro afirmou que as autarquias podem vir a aceitar assumir a colocação do pessoal auxiliar e administrativo nos serviços de saúde, desde que, ao contrário do que aconteceu na educação, sejam salvaguardados rácios que correspondam efetivamente às necessidades.

Devido a número de casos de VIH na região
O presidente da Associação Abraço, Gonçalo Lobo, disse que a abertura de uma delegação nos Açores está dependente "da...

"Para nós era importante termos uma delegação na Região Autónoma dos Açores, agora isto vai depender, como é obvio, da vontade política e da necessidade de intervenção neste âmbito porque nós conseguimos garantir um conjunto de serviços para a Região Autónoma dos Açores. Mas tem de haver vontade política para que nós estejamos presentes na região e que também seja facilitado o nosso trabalho em termos de parceria e de articulação", sublinhou Gonçalo Lobo.

Segundo o presidente da Abraço, já foram feitos contactos com a Secretaria Regional da Saúde dos Açores, sendo que a associação está também "em constante articulação" com a diretora regional de Prevenção e Combate às Dependências, estando previsto até ao final deste mês uma reunião de onde poderão sair "recomendações e iniciativas" entre o Governo Regional dos Açores e o Governo da República.

"Apresentámos uma proposta ao Governo Regional onde identificámos a promoção de duas estruturas para a realização de rastreio e ligação aos cuidados de saúde, tanto na ilha de São Miguel como na ilha Terceira, e aguardamos neste momento o aval por parte da Região Autónoma dos Açores", disse.

Para Gonçalo Lobo, os "383 casos de infeção por VIH" e uma incidência de 5,3% por cada 100 mil habitantes, superior em 2% à Região Autónoma da Madeira, justificam a abertura de uma delegação da Abraço nos Açores, depois de Lisboa, Setúbal, Funchal e Porto.

"É preciso olhar para estes dados, é preciso perceber qual o tipo de população que está neste momento a infetar na Região Autónoma dos Açores e perceber como é que podemos atuar junto desta população para estancar a propagação de infeção por HIV", admitiu.

O presidente da Abraço defende ainda a importância de saber o perfil da população responsável pela "infeção" da doença nos Açores para que se possa "criar respostas de saúde", estando para já identificadas "duas situações" que causam preocupação.

A Associação Abraço pretende lançar em todo o país, até ao final do mês, o projeto "teste em casa" para detetar a infeção de VIH/SIDA garantindo total "confidencialidade e anonimato" a pensar também na "realidade açoriana".

"Foi precisamente a pensar nas pessoas que não vivem nos grandes centros urbanos, que têm uma escassez de recursos de saúde bem como por serem meios pequenos, que efetivamente todas as pessoas se conhecem e conhecem os profissionais de saúde e que os constringe a nível pessoal de realizarem depois estes rastreios", disse.

Madeira
A Câmara do Funchal investiu mais de um milhão de euros na Causa Animal, o que permitiu realizar duas campanhas de vacinação...

Uma nota divulgada pelo município refere que foram efetuadas duas campanhas municipais de vacinação antirrábica e de identificação eletrónica para cães com mais de três meses de idade, tendo a primeira decorrido no verão de 2017 e segunda ficado concluída em março.

Segundo a nota, estas duas ações abrangeram todas as freguesias do Funchal (10) e “permitiram vacinar 1.168 animais domésticos”, adiantando que, em 80% dos casos, estes “foram igualmente identificados com o chip e registados na respetiva junta de freguesia, o que é atualmente obrigatório por lei”.

A vereadora responsável pelo pelouro da Causa Animal da Câmara do Funchal, Idalina Perestrelo, salienta que “o objetivo foi dar a oportunidade a todos os munícipes de vacinar e identificar o seu cão ou cadela de forma gratuita” e que visou “assegurar a cobertura da profilaxia antirrábica dos animais domésticos e um maior controlo de existências destes animais no concelho”.

A autarca destacou que “esta foi uma medida pioneira”, o que, no seu entender, “representou um grande passo em prol da causa animal e da saúde pública”.

Idalina Perestrelo ainda reforçou que “nunca nada do género havia sido feito no Funchal, no sentido de ajudar os portadores de canídeos a garantir os direitos dos seus animais”.

Por isso, faz um “balanço muito positivo”, vincando que “a segunda campanha foi totalmente justificada com números equiparáveis à ação inaugural” e teve uma “recetividade da população no terreno, aliás, indiscutível”.

Idalina Perestrelo considerou que “mais de mil animais vacinados num tão curto espaço de tempo é um número muito relevante para a realidade” do concelho do Funchal.

Também realçou que o município, ao longo dos últimos quatros anos, deu “o exemplo e contribuiu para mudar a visão da cidade e a sua maneira de estar perante a Causa Animal, que assumiu politicamente como um objetivo importante, num investimento que, neste momento, já ascendeu a 1,13 milhões de euros”.

Segundo a responsável municipal, a problemática dos animais errantes será um “dossiê prioritário” para este ano.

“É uma realidade que temos vindo a acompanhar de perto, que já estamos a monitorizar, com um inventário do concelho desenvolvido pelos serviços, pelo que estamos em condições de partir para um reforço da ação efetiva no terreno nos próximos meses”, anunciou.

Idalina Perestrelo concluiu que a Câmara do Funchal já celebrou um protocolo com a Associação de Municípios da Madeira (AMRAM) no sentido de serem realizadas “esterilizações a 1.710 animais errantes, sendo 1.050 canídeos e 660 felídeos”.

Pediatra
O pediatra Luís Varandas afirmou que o sucesso do Programa Nacional de Vacinação deve-se a todos os profissionais de saúde e...

Luís Varandas, que coordena a comissão de vacinas da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP), respondia desta forma à bastonária da Ordem dos Enfermeiros que disse ontem na Comissão Parlamentar da Saúde que o sucesso do Programa Nacional de Vacinação (PNV) se deve aos enfermeiros.

Ambos os profissionais de saúde foram ontem ouvidos pelos deputados da comissão parlamentar de Saúde sobre o surto do sarampo e a vacinação, a pedido do PS e do PCP.

Aquando da sua intervenção, a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, sublinhou o papel dos enfermeiros no sucesso do PNV e aproveitou para apresentar um conjunto de deficiências que poderão pôr em causa os resultados do PNV, como a falta de enfermeiros e problemas na conservação das vacinas.

Luís Varandas ressalvou que “o sucesso do PNV não é de uma classe profissional”.

“É um mérito de todos nós. Isso tem de ser dito de forma clara”, afirmou o pediatra, recordando que os pediatras são quase todos eles pró-vacinação.

Luís Varandas, tal como os outros elementos do grupo de peritos ouvido pelos deputados, não concorda com a obrigatoriedade da vacinação, “nem dos profissionais de saúde”.

Igualmente pediatra, a ex-ministra da Saúde Ana Jorge recordou o papel proativo destes profissionais na questão da vacinação.

O médico e professor catedrático Jorge Torgal recordou que a cobertura vacinal dos profissionais de saúde é alta.

“Estes profissionais saberão, melhor que ninguém, a razão porque se devem vacinar”, disse.

Daniel Pereira, da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), alertou para o crescimento do movimento anti-vacinação e confessou: “Não percebo. Nós, que vacinamos os nossos animais, como não vacinar as nossas crianças? Elas têm esse direito”.

Filomena Pereira, diretora de serviços de educação especial e de apoios socioeducativos, salientou “o cuidado e empenho que as escolas têm evidenciado” na vigilância dos boletins de vacinas dos alunos.

“No boletim da matrícula pede-se a indicação se as pessoas são ou não vacinadas. Quando são avisados [da falta de vacinação], os pais imediatamente o fazem”, disse.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, aproveitou para agradecer aos portugueses: “Em 53 anos, os nossos cidadãos deixaram-se vacinar, ano após ano, e é graças a eles que temos os níveis de vacinação atuais”.

O atual surto de sarampo infetou 86 pessoas.

DGS
A diretora-geral da Saúde revelou hoje que 80% das pessoas com sarampo no atual surto estão totalmente vacinadas e que todos os...

Graças Freitas falava durante uma audição na Comissão de Saúde sobre o surto do sarampo e a vacinação, solicitada pelo PS e pelo PCP, durante a qual indicou que os infetados no presente surto – que já atingiu 86 pessoas – “desenvolveram uma forma modificada da doença e não transmitem”.

“O que estamos a assistir é uma forma de sarampo modificada. O estado imunitário das pessoas é que modificou e não o vírus”, sublinhou Graças Freitas.

A especialista em saúde pública adiantou que “o surto atual de sarampo é diferente daquele que atingiu Portugal no ano passado”, não se conhecendo, para já, qual o caso zero.

“Temos três possíveis linhagens de caso zero”, referiu, acrescentando que as investigações ainda decorrem.

Sobre as diferenças entre o atual surto e os dois que atingiram Portugal no ano passado, Graça Freitas referiu que o atual “só atinge adultos jovens”.

Entre os infetados, 80% estavam vacinados com duas doses. “Estavam, portanto, completamente e muito bem vacinados”, disse.

Relativamente à alegada necessidade de mais uma dose de vacina contra o sarampo, como questionaram alguns deputados da Comissão de Saúde, Graça Freiras disse estar certa de que, “neste momento, está muita gente a pensar em fazer mais um reforço contra o sarampo”.

No entanto, “até agora não há evidência científica de que isto deva ser feito”, frisou.

Em Carcavelos
Os “Amigos da Sónia” organizam, no dia 21 de abril de 2018, às 21h00, no auditório do Colégio Marista de Carcavelos, um evento...

Este evento, intitulado “Noite de Fados com a Sónia” tem a presença dos fadistas José da Câmara, Teresa da Câmara, Carlos Guedes de Amorim e Margarida Soeiro. Contará, ainda, com a participação especial de Rão Kyao, num Tributo a Nossa Senhora.

Serão acompanhados por Diogo Quadros na guitarra portuguesa e Jaime Santos na viola de fado.

O valor da entrada será um donativo de 7,5 €.

Os bilhetes podem ser adquiridos no Colégio Marista de Carcavelos, na Paróquia da Parede, no Centro Comunitário da Paróquia da Parede, na Cervejaria Eduardo das Conquilhas, no Mercado de Carcavelos, na ANEA- Associação Nacional da Espondilite Anquilosante e no BE Special Cabelereiros (C.C. Astória- Parede).

A Sónia Cabral, aos 32 anos, sofreu a rotura de Aneurisma Cerebral, ficando com várias sequelas, tetraplégica, com afasia, não comunicando e não deglutindo.

Atualmente, a Sónia já passou por um longo processo de reabilitação superando todos os prognósticos que tinha sido efetuados e evoluído acima de todas as expectativas, só possível devido a todas as iniciativas organizadas pelos "Amigos da Sónia".

Movida por uma enorme força de vontade, a Sónia já se desloca sozinha, dispensando a utilização da cadeira de rodas, já possuindo alguma autonomia e independência. Ainda não fala, mas a Sónia expressa-se muito bem e  de forma muito compreensiva através de gestos e da aplicação Grid, conseguindo verbalizar poucas palavras.

Os “Amigos da Sónia” reúnem vários elementos que se uniram num objetivo único: a necessidade de promover uma reabilitação efetiva e cabal à Sónia Cabral e assegurar que a continuação dessa reabilitação não lhe seja negada por constrangimentos de ordem burocrática e financeira.

Investigador
Os avanços científicos e tecnológicos nas neurociências podem vir a ser usados para potenciar capacidades de pessoas saudáveis,...

Orador no Simpósio da Fundação Bial “Aquém e Além do Cérebro”, que decorre entre quarta-feira e sábado, no Porto, o investigador referiu que à medida que a capacidade de tratar doenças neurológicas e psiquiátricas avança, também aumenta o conhecimento sobre como estimular as funções cerebrais de uma pessoa saudável.

Criador do conceito “neurologia cosmética”, Anjan Chatterjee referiu que é possível modular sistemas motores, cognitivos e afetivos de maneira a melhorar as funções cerebrais de pessoas sem problemas de saúde, lembrando o documentário “Take Your Pills” que relata o uso disseminado de melhorias farmacológicas entre estudantes, atletas e trabalhadores.

A título de exemplo, Anjan asseverou que há medicação para determinados tipos de doenças que podem beneficiar pessoas saudáveis, nomeadamente na melhoria do seu desempenho.

Acreditando que algum tipo de potenciação será sempre para ficar, alerta para as consequências individuais e sociais destas práticas.

“Se podemos tornar as pessoas “melhores” devemos faze-lo”, questiona, perguntado ainda o que significa ser melhor.

O professor alertou para o facto de os “aperfeiçoamentos” neurológicos levantarem profundas questões éticas, nomeadamente sobre segurança, imposição e justiça distributiva.

“Apesar dos dilemas éticos que surgem, a proibição de melhorias não é uma opção viável”, considerou.

Na opinião do catedrático, os antecedentes históricos podem ajudar a orientar o nosso pensamento sobre o estado atual e o futuro da “neurologia cosmética”.

As discussões sobre melhoramentos éticos e as implicações políticas desta prática precisam de ter em conta o conhecimento e as atitudes das pessoas, frisou, acrescentando que essas não são monolíticas.

Chatterjee ressalvou ainda que o desenvolvimento da “neurologia cosmética” está a progredir devido ao crescimento do marketing direto ao consumidor.

A 12.ª edição do Simpósio “Aquém e Além do Cérebro” vai dedicar-se à inteligência artificial, interação homem-máquina ou as potencialidades do doping e da meditação.

 

Investigador
O professor da Universidade Livre de Bruxelas (Bélgica), Jean-Noël Missa, defendeu hoje um debate em torno da atual política da...

“Um número muito grande de atletas dopados consegue escapar pela rede antidoping e, como resultado, os dois principais objetivos da política da WADA - permitir que os atletas compitam em pé de igualdade e erradicar o doping - não são alcançados. O problema é estrutural”, disse à Lusa.

O catedrático vai participar na 12.ª edição do Simpósio da Fundação BIAL “Aquém e Além do Cérebro”, que decorre entre quarta-feira e sábado, no Porto, para abordar a potencialização cognitiva no desporto de competição e discutir a legitimidade do uso de técnicas de melhoria do desempenho desportivo.

Admitindo que o desporto de competição livre de doping é preferível ao desporto que tolera certas formas de doping, sujeitas a supervisão médica, Jean-Noël Missa considerou que a “solidez da política” atualmente adotada pela WADA e pelas autoridades desportivas internacionais é questionável.

Quase 15 anos depois de a WADA ter implementado a política antidoping “é hora” de fazer um balanço e determinar se a atual política de proibição é a melhor abordagem para reduzir os efeitos prejudiciais do doping, referiu.

“Casos recentes mostram que o doping é endémico em algumas disciplinas desportivas, tal como o ciclismo. A investigação da USADA [Agência Antidoping dos EUA] na equipe da US Postal de Lance Armstrong mostrou que, no início dos anos 2000, a maioria dos ciclistas que competiam no Tour de France usaram substâncias proibidas”, frisou.

O investigador entendeu que é importante olhar para o doping no desporto do ponto de vista pragmático, baseado numa ética de consequências.

“Do ponto de vista ético sentimos que há dois fatores-chave, um que é minimizar os riscos para a saúde dos atletas e, outro, que é garantir a equidade no desporto”, salientou.

Já quanto aos riscos para a saúde, Jean-Noël Missa considerou que “não é de modo algum certo” que a atual política da WADA seja a melhor, uma vez que, na prática, ela permite o desenvolvimento de doping clandestino em larga escala.

Relativamente à justiça no desporto, o professor vincou que a política atual está longe de ser satisfatória, dado que a sua ineficácia coloca os atletas não dopados em desvantagem em relação àqueles que lidam com segredo.

“Isso leva a uma situação altamente imoral na qual o vencedor é muitas vezes o melhor trapaceiro ou, por outras palavras, o competidor mais esperto, inteligente e sortudo”, notou.

Para o professor, independentemente das questões de saúde e justiça, a política proibicionista da WADA produz uma série de efeitos adversos muito preocupantes, sendo essencial discutir o problema de doping sem tabus ou preconceitos.

“Este é um problema complexo para o qual não existe uma solução simples. Um amplo debate social e livre de preconceitos deve ser lançado sobre as consequências da política antidopagem e a legitimidade do uso de técnicas de melhoria do desempenho desportivo”, concluiu.

A 12.ª edição do Simpósio “Aquém e Além do Cérebro” vai dedicar-se à inteligência artificial, interação homem-máquina ou as potencialidades do doping e da meditação.

Associação dos Profissionais Licenciados em Optometria
Há mais de 2000 profissionais a dar consultas de optometria sem qualificações. Tudo porque a profissão não é regulamentada, diz...

Mais de dois mil profissionais sem qualificações a dar consultas de optometria e a fazerem diagnósticos. A denúncia é feita pela Associação dos Profissionais Licenciados em Optometria (APLO), que aponta o dedo para a falta de regulamentação da profissão.

“Apesar de em 2012 e em 2013 terem sido feitas recomendações para se regulamentar a profissão, isso nunca aconteceu. Não se pode impedir ninguém de ser optometrista. Toda e qualquer pessoa pode ser optometrista”, sublinha Raúl Alberto Sousa, presidente da APLO, em declarações ao Observador, acrescentando que a Entidade Reguladora da Saúde não verifica se as pessoas contratadas são efetivamente optometristas, um profissional “cuja função é lidar com os cuidados primários para a saúde da visão”.

O presidente da associação refere que em todos os países europeus, à exceção de Portugal, Polónia e República Checa, a profissão está regulamentada consoante as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Quando se dirige uma ótica e dizem que estão a fazer consultas de optometria, tem uma em cada três probabilidades de acertar numa pessoa com habilitação académica superior, que tenha feito um estágio profissionalizante e com formação contínua obrigatória.” São estes os critérios estabelecidos pela APLO, que conta com cerca de 1.100 membros, refere o presidente da associação.

Raúl Alberto Sousa destaca ainda o compromisso “Saúde de Visão Universal” da OMS, assumido pelo Governo português em 2014 e cujo objetivo é reduzir a deficiência visual e a cegueira evitável em 25% até 2019 — prazo entretanto estendido por mais um ano para Portugal. Esse compromisso implicava, entre outras medidas, incluir cuidados de visão nos Sistema Nacional de Saúde (SNS) e garantir que toda a população tem acesso a consultas de cuidados primários da saúde visual, isto é, a consultas de optometria.

“O Estado tenta ter iniciativas, mas são um mistério como vão funcionar. Ainda na semana passada, o Governo anunciou o rastreio da visão infantil. Como é que vai ser feito quando não tem um único optometrista contratado para fazer isso nos centros de saúde?”

Um estudo realizado pela Universidade Nova de Lisboa sobre a saúde da visão em Portugal adianta que a integração destes profissionais no SNS “potenciaria o acesso a cuidados de saúde da visão”, uma vez que os optometristas prestam cuidados de saúde primários, nomeadamente “refração e prescrição, deteção/diagnóstico e acompanhamento/tratamento de doenças oculares e a reabilitação/tratamento de condições do sistema visual” e permitiria “a triagem de situações que requeiram cuidados de saúde diferenciados de oftalmologia, tal como o desenvolvimento de programas de rastreio oportunistas para idades pediátricas e populações vulneráveis (e.g. diabéticos)”.

De acordo com Raúl Alberto de Sousa, a oftalmologia é a especialidade com o “pior tempo de lista de espera em consulta hospitalar” não só porque não há consultas de oftalmologia nos centros de saúde — têm de ser os médicos de família a referenciar para uma consulta no hospital — como praticamente não existem optometristas contratados para o SNS.

Em 2017 foram realizadas à volta de um milhão e quarenta mil consultas. É a especialidade que mais consultas dá, tirando Medicina Geral e Familiar, e mesmo assim consegue ser aquela com mais dias de espera”, destaca o presidente da associação. Tudo porque não “está organizada de forma eficiente”.

Para o presidente da associação, a solução passaria por colocar os optometristas com “acesso direto ao paciente”, isto é, colocar optometristas no SNS e os médicos de família referenciarem os doentes para um optometrista de forma a não saturar as consultas hospitalares dos oftalmologistas. “No Reino Unido, 99% das consultas para a visão são realizadas por optometristas.”

O estudo da Universidade Nova de Lisboa confirma precisamente esta realidade: o tempo médio de espera por uma consulta de saúde visual no SNS é de quase seis meses e quase dois terços dos casos de perda de visão nos mais velhos são provocados por erros de refração (miopia, astigmatismo, hipermetropia, etc), ou seja, situações evitáveis caso sejam diagnosticadas a tempo.

O mesmo estudo destaca ainda que a população portuguesa precisaria de cerca de mil optometristas. Contratações que implicariam um custo de cerca de 28 milhões de euros por ano ao SNS. Um valor inferior aos custos da baixa de produtividade provocada pelos problemas de visão (segundo o mesmo estudo) — de 203 a 722 milhões de euros.

 

Opinião
Os hábitos que adotamos na vida podem fazer uma grande diferença na nossa saúde, assim como podem vi

Um cérebro saudável é importante em muitos aspetos da nossa vida para que os nossos pensamentos, sentimentos e lembranças se mantenham. Não se sabe ainda como se pode prevenir, ou curar a demência, mas existem muitas coisas que se pode fazer para manter o cérebro saudável com o avançar da idade, tais como manter o cérebro ativo, adquirir uma alimentação equilibrada e saudável, optar pela prática de exercício físico, por uma vida social mais ativa e pela realização de checks-ups regulares.

Ao manter o cérebro ativo está a fortalecer as ligações entre as células cerebrais, contribuindo para uma mente saudável. É de grande prioridade a realização de atividades que envolvam novas aprendizagens, como jogos de raciocínio (palavras cruzadas, puzzles de letras e números, xadrez, damas ou cartas), leitura, escrita, diálogo, uso do computador, ou a aprendizagem de uma nova língua.

Quando se fala na aquisição de uma alimentação equilibrada, o facto de reduzir as gorduras saturadas, escolher carnes magras e produtos lácteos com pouca gordura, evitar a manteiga, os alimentos fritos, doces, bolos e bolachas, contribui para o zelo da sua saúde e, ao mesmo tempo, do seu cérebro.


Diversos estudos têm demonstrado que a prática de exercício físico aumenta não só a capacidade regenerativa do cérebro, mas também a plasticidade das funções cerebrais

No que diz respeito à prática de exercício físico, ao realizar determinados exercícios está a estimular o fluxo sanguíneo para o cérebro. Se atividades como andar, dançar, correr, andar de bicicleta, nadar, ou praticar yoga, forem realizadas pelo menos 30 minutos por dia, pode ser suficiente para reduzir o risco de desenvolver demência e a probabilidade de desenvolver doenças cardíacas, derrames e diabetes.

Também a realização de check-ups regulares tem a sua importância e não deve ser descurada, pois aumenta a possibilidade de serem detetados eventuais problemas assim que eles surjam, o que torna o seu tratamento mais fácil.

O importante é que se lembre da sua memória em todas as idades, ao apostar nestas pequenas atividades realizadas em conjunto no dia-a-dia, de forma a maximizar os seus benefícios, garante assim resultados bastante mais favoráveis.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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