Governo
Um grupo de 44 personalidades quer voltar a ser ouvido sobre a nova Lei de Bases da Saúde, receando que o documento que vai ser...

Os 44 subscritores dos “Princípios Orientadores da Saúde para uma Lei de Bases da Saúde” consideram, em comunicado ontem divulgado, que, “face às declarações tornadas públicas de que esta permanece em ‘circuito legislativo’, porque há ‘ainda pequenos ajustes a realizar’”, o documento a aprovar em Conselho de Ministros seja “substancialmente diferente” daquele que foi elaborado pela comissão de revisão, presidida pela ex-ministra Maria de Belém Roseira.

O comunicado recorda que do trabalho dessa comissão resultou um anteprojeto alvo de “ampla consulta pública”, com a participação do ‘Grupo dos 44’, integrado pelos ex-ministros Bagão Félix, Augusto Mateus e Guilherme d’Oliveira Martins, o ex-bastonário dos Médicos Germano de Sousa, o médico José Fragata, a investigadora Odette Ferreira (falecida em outubro) ou os religiosos Vítor Melícias e Victor Feytor-Pinto.

“Que nos seja dada novamente oportunidade de pronunciar sobre esta proposta de lei de bases que estará agora a ser ultimada pelo Governo”, dizem os subscritores, defendendo que se trata de uma questão “essencial para garantir a transparência e o processo de participação democrática”.

O ‘grupo dos 44’ pede igualmente que, quando a Lei de Bases for enviada para a Assembleia da República, o parlamento “desencadeie os mecanismos de auscultação da sociedade portuguesa e, em particular, dos agentes da área pública, privada e social da saúde”.

O primeiro-ministro, António Costa, garantiu ontem que a proposta de Lei de Bases da Saúde será apreciada em Conselho de Ministros na quinta-feira, pelo que deverá dar entrada no parlamento entre esta semana e a próxima.

“Quanto à Lei de Bases da Saúde, como tinha dito, até ao final do ano entraria [no parlamento]. Como irá ao Conselho de Ministros na próxima quinta-feira, antecipo que entre sexta e segunda-feira possa dar entrada na Assembleia da República para cumprirmos o prazo que tínhamos estabelecido”, afirmou António Costa.

O líder do executivo respondia a uma interpelação do BE, durante o debate quinzenal que decorreu na Assembleia da República, em Lisboa.

As 44 personalidades apresentaram em maio uma proposta para uma nova lei de bases da saúde de um sistema centrado no utente, com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) como "espinha dorsal", mas articulado com os setores privado e social.

Em declarações aos jornalistas, no final da apresentação pública, o professor e antigo ministro da Economia Augusto Mateus defendeu que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem sido uma peça fundamental na construção da democracia, mas que o país ganharia se soubesse "fazer futuro" e pensasse estrategicamente os próximos 20 anos.

"A saúde é tão importante que nós não podemos tolerar na saúde ineficiências, desigualdades, iniquidades, e, portanto, o que nós propomos são dez princípios para tentar dar um sentido mais estratégico, de mudança tranquila, mas forte, em direção a melhor satisfação", explicou.

O ‘Grupo dos 44’ defende ainda a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde, a garantia do financiamento do SNS, uma lei de meios plurianual para o setor e “uma adequada articulação entre público, privado e social, num sistema de saúde que é assumidamente misto e complementar”.

No comunicado, os subscritores indicam ainda que pediram audiências ao Presidente da República, Governo, grupos parlamentares e ordens profissionais.

Presidente da República
A Convenção Nacional de Saúde entregou ao Presidente da República a ‘Agenda para a Década’, na qual afirma o “papel...

Criada a partir de um repto do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que pediu um pacto para a saúde no médio e longo prazo, a Convenção Nacional de Saúde entregou ao chefe de Estado o resultado do debate que desenvolveu com 90 instituições públicas, sociais e privadas, de acordo com um comunicado hoje divulgado.

“A Convenção realça e reconhece o papel insubstituível do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para a promoção do acesso à saúde do conjunto dos portugueses. No mesmo plano entende que deve ser valorizada a articulação virtuosa com os setores social e privado, que potencie ganhos em saúde para todos. A Convenção identifica o subfinanciamento crónico como um dos mais graves problemas do SNS e do sistema de saúde português”, lê-se no documento, que pede ainda um financiamento para o setor convergente com os valores médios da OCDE.

A Convenção Nacional de Saúde pede orçamentos plurianuais e uma lei de programação que preveja investimentos em infraestruturas e equipamentos nos próximos dez anos.

“Finalmente, queremos destacar a importância económica do setor da saúde que, num contexto de promoção da investigação e desenvolvimento e da inovação, se pode transformar numa alavanca para o futuro do país. O setor da saúde contribui já de modo relevante para as exportações, com 1,4 mil milhões de euros por ano (0,7% do PIB). O país pode alcançar um grande crescimento neste domínio e é indispensável desenvolver políticas públicas adequadas para o conseguir”, lê-se ainda no documento.

A Convenção prevê agora entregar o documento ao Governo e aos partidos políticos e a realização de iniciativas regulares “para reforçar o valor” das propostas apresentadas e “acompanhar os desenvolvimentos na sua implementação”.

A Convenção Nacional da Saúde teve o seu lançamento num evento realizado em 7 e 8 de Junho de 2018.

Parlamento Europeu
O Parlamento Europeu aprovou hoje, em Estrasburgo, uma diretiva que impõe novos limites à exposição a certas substâncias...

A nova legislação, já acordada com os Conselho da União Europeia (UE), atualiza a Diretiva Agentes Cancerígenos e Mutagénicos, fixando valores-limite de exposição profissional para mais oito substâncias químicas cancerígenas.

As oito substâncias incluídas na diretiva são as emissões de gases de escape dos motores diesel, os óleos minerais que tenham sido previamente utilizados em motores de combustão interna para lubrificar e arrefecer as peças móveis dentro do motor, certas misturas de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, o tricloroetileno, a 4,4'-metilenodianilina, a epicloridrina, o dibrometo de etileno e o dicloreto de etileno, sendo estas últimas facilmente absorvidas através da pele.

As alterações deverão beneficiar principalmente os trabalhadores das indústrias química, metalúrgica e automóvel, os motoristas profissionais, os trabalhadores da construção civil e os trabalhadores portuários e de armazém.

Estima-se que estas medidas ajudem a proteger cerca de 15,6 milhões de trabalhadores na Europa, 3,6 milhões dos quais se encontram potencialmente expostos às emissões de gases de escape de motores a diesel.

O cancro é a primeira causa de mortalidade ligada ao trabalho na UE, sendo que, de acordo com dados da Comissão Europeia, entre sete e doze pessoas morrem todas as horas no espaço europeu na sequência de um cancro de origem profissional.

As novas regras deverão prevenir mais de 100.000 mortes por cancro relacionado com o trabalho nos próximos 50 anos, segundo a mesma fonte.

Uma vez aprovadas formalmente pelo Conselho, os Estados-Membros terão dois anos para transpor as novas regras para a legislação nacional.

Conselho das Finanças Públicas
A despesa direta das famílias para a saúde passou de 25% em 2000 para 27,2% em 2017, enquanto a despesa pública em relação a...

O documento “Sistemas de Saúde”, hoje divulgado pelo Conselho das Finanças Públicas, considera que um aumento do rácio da despesa privada em saúde “sugere a existência de restrições efetivas no acesso da população aos cuidados de saúde disponibilizados no Serviço Nacional de Saúde”.

O documento mostra que “a despesa direta das famílias registou um aumento acumulado” de 2,2 pontos percentuais entre os anos de 2000 e 2017, “passando de 25% para 27,2% da despesa corrente total”.

Esta despesa direta não inclui pagamentos de impostos, sendo só o que as famílias gastam diretamente em saúde, como em seguros ou consultas e exames.

O documento frisa que estes valores indicam “uma cada vez maior participação” das famílias na totalidade do sistema de saúde português, tal como sucede com a restante despesa corrente privada.

“O rácio da despesa corrente privada em relação à despesa corrente total passou de 29,5% em 2000 para 33,4% em 2017”, sublinha o documento do Conselho das Finanças Públicas.

O documento assinala que Portugal mostra um comportamento divergente da média dos países da OCDE, onde a despesa corrente privada no Produto Interno Bruto (PIB) desceu 2,2 pontos percentuais, passando de 29,1% em 2000 para 26,9% em 2017.

Aliás, Portugal teve uma redução acumulada de 3,9 pontos percentuais no rácio da despesa corrente pública em relação à despesa corrente total da saúde entre 2000 e 2017, diminuindo de 70,5% para 66,6% no ano passado.

“Apesar de o financiamento do sistema de saúde em Portugal ser maioritariamente público, o rácio da despesa corrente pública em relação à despesa corrente total é inferior ao observado na média da OCDE”, refere o Conselho das Finanças Públicas.

Enquanto a despesa direta das famílias aumentou, a despesa pública em saúde em Portugal em relação ao Produto Interno Bruto (riqueza produzida no país) mantinha-se em 2017 quase no mesmo valor registado em 2000.

A variação entre 2000 e 2017 foi de apenas 0,1 pontos percentuais, passando de 5,9% da despesa pública em relação ao PIB em 2000 para 6,0% em 2017. Enquanto a variação em Portugal foi de 01, pontos percentuais, para a média dos países da OCDE foi de 1,3 pontos percentuais.

Já a despesa total corrente com saúde atingiu em Portugal 9% do PIB, aumentando 0,6 pontos percentuais em relação aos 8,4% verificados em 2000.

Direção-Geral da Saúde
Vinte e nove casos de sarampo foram confirmados desde o dia 08 de novembro até ao final da tarde de segunda-feira na região de...

Entre os casos confirmados, 24 são adultos e cinco são crianças, de acordo com o novo balanço da Direção-Geral da Saúde (DGS), que lembra a existência de dois surtos distintos: em Cascais (21 casos confirmados), com origem num caso importado da Ucrânia, e em Oeiras (cinco casos confirmados), com origem num caso importado da República Checa.

No mesmo período de tempo "foram ainda confirmados três casos isolados, sem ligação epidemiológica conhecida aos referidos surtos e que estão a ser investigados", afirma a DGS, acrescentando que dos casos investigados 33 tiveram resultado negativo.

O vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infeciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra. Os doentes são considerados contagiosos desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea.

Segundo a DGS, os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois da pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea, tosse, conjuntivite e corrimento nasal.

A DGS sublinha ainda que o sarampo "é uma das doenças infeciosas mais contagiosas podendo provocar doença grave, principalmente em pessoas não vacinadas".

Segundo um relatório da Organização Mundial de Saúde divulgado no final de novembro, os casos de sarampo reportados em todo o mundo aumentaram em 2017, provocando 110 mil mortes, uma vez que vários países registaram surtos graves e prolongados da doença.

Utilizando dados atualizados de modelos de projeção de doenças, o relatório fornece estimativas mais abrangentes das tendências do sarampo nos últimos 17 anos, mostrando que, desde o ano 2000, mais de 21 milhões de vidas foram salvas através da vacinação contra a doença.

Ministério da Saúde
O Brasil ainda não conseguiu substituir 106 dos 8.332 médicos cubanos que participavam no programa 'Mais Médicos',...

De acordo com um relatório divulgado ontem pelo Ministério da Saúde, o concurso que foi aberto de urgência para contratar profissionais brasileiros que assumissem as 8.517 vagas abertas no programa 'Mais Médicos', atraiu 36.490 médicos, dos quais 8.411 já foram admitidos.

Dos contratados, 4.507 já compareceram nos seus postos de trabalho ou iniciaram operações nos seus locais de destino, o que corresponde a 53% dos substitutos.

Os restantes médicos colocados têm até 14 de dezembro para iniciar o seu trabalho.

No entanto, nenhum dos profissionais de saúde se interessou em 106 postos de saúde, fixados em 27 localidades, que são, na sua maioria, pertencentes a aldeias indígenas ou municípios isolados da Amazónia.

Os locais que até agora ainda não interessaram aos médicos brasileiros correspondem a oito distritos indígenas e a 19 municípios da região amazónica, maioritariamente localizados no estado do Amazonas.

Para preencher essas vagas, o Ministério da Saúde informou que abriu um novo concurso no qual se podem inscrever médicos brasileiros que se formaram no exterior do Brasil ou médicos estrangeiros interessados em trabalhar no país sul-americano, com o benefício de não serem obrigados, inicialmente, a fazer um exame de validação do título médico.

O Governo de Cuba anunciou, no passado dia 14 de novembro, o fim da participação no programa “Mais Médicos”, devido às “declarações ameaçadoras” de Bolsonaro, relacionadas com modificações ao projeto governamental, que Havana considerou "inaceitáveis", e com o condicionamento da aprovação em testes de competência, assim como do pagamento dos salários.

O Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, considerou os médicos cubanos "escravos" de uma "ditadura".

Segundo os acordos entre Brasil, Cuba e a OPAS, os médicos cubanos recebiam 30% do seu salário no Brasil e o valor restante era destinado ao Governo de Havana, o que Bolsonaro considerou "inaceitável".

A maioria dos médicos cubanos já deixou o país e os que ainda não foram repatriados já deixaram de trabalhar há vários dias, e aguardam agora voos pagos pelo Governo de Cuba para regressarem ao seus país de origem.

O programa “Mais Médicos” foi criado em 2013 pela então Presidente brasileira Dilma Rousseff e permitiu a milhares de médicos cubanos a prestação de cuidados às populações das áreas rurais do Brasil.

No Porto
A administração do Centro Hospitalar de São João, no Porto, pediu à Associação O Joãozinho para devolver a parcela de um imóvel...

Numa carta, datada de 05 de dezembro e assinada pelo presidente do Conselho de Administração, António Oliveira e Silva, o centro hospitalar pede a devolução da parcela cedida através de um acordo de cooperação, dado já estar “esgotado o prazo de três anos pelo qual foi cedida a utilização da mesma”.

Em resposta, o presidente da Associação O Joãozinho, Pedro Arroja, demonstrou a sua “total disponibilidade” para receber António Oliveira e Silva e abordar o assunto.

“Serve a presente [carta] para o informar da minha total disponibilidade para, à sua conveniência, o receber para tratarmos do assunto a que se refere a sua carta de 05 do corrente e assuntos conexos”, refere a carta, a que a Lusa teve igualmente acesso.

Através de um acordo de cooperação celebrado em julho de 2015, o hospital cedeu a “utilização de uma parcela de um imóvel nas suas instalações” à Associação Joãozinho para viabilizar o arranque da empreitada, que o Tribunal de Contas considerou não estar sujeita a visto prévio.

O acordo firmado refere que a "recuperação/remodelação da ala pediátrica será financiada no âmbito de investimentos sociais, nomeadamente através da angariação de donativos, de modo a permitir acolher, em condições de dignidade, as crianças doentes, os familiares que as acompanham e os profissionais que lá trabalham".

A empreitada "será inteiramente paga por contribuições mecenáticas que a associação conseguir angariar", lê-se ainda.

Em 2016, cerca de um ano depois de ter começado, a obra parou, depois de o centro hospitalar defender que a mesma só seria possível com investimento público devido ao “desfasamento entre as verbas angariadas [pela associação] e o orçamento total da obra”.

Noutra carta, de julho de 2018, a associação pedia à administração do São João para cumprir o “acordo tripartido” com o centro hospitalar, o Joãozinho e o consórcio Lúcios-Somague e desimpedir o espaço ocupado pelo Serviço de Imuno-hemoterapia para prosseguirem com os trabalhos da ala pediátrica.

No passado dia 27 de novembro, o parlamento aprovou por unanimidade a proposta de alteração do PS ao Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) que prevê a possibilidade de recurso ao ajuste direto para a construção do centro pediátrico.

Posteriormente, o diretor clínico do hospital mostrou-se “muito satisfeito” pela decisão, prevendo que as obras arranquem já em 2019 e estejam concluídas em 2021.

Na altura, o presidente da Associação O Joãozinho, que tem a titularidade da obra da ala pediátrica, mostrou “total disponibilidade” para a ceder caso o Governo consiga fazer a empreitada por ajuste direto.

“Não colocará [a associação] entrave, porque o que queremos é que a obra seja feita, quer pela associação, quer pelo Governo, quer pelos dois, por isso, não haverá nenhum entrave. Estou à espera de ser contactado pelo Governo ou pela administração do centro hospitalar para termos uma reunião de trabalho”, afirmou Pedro Arroja.

Estudo
Cerca de 70% das equipas de cuidados paliativos têm um programa de apoio ao luto, mas apenas uma minoria realiza todas as...

O estudo pretendeu identificar a existência destes programas nas equipas, verificar se as ações do programa estão protocoladas ou formalmente definidas e caracterizar o tipo de atividades que são desenvolvidas: carta de condolências, visita ao domicílio, consulta, chamada telefónica, consulta de seguimento ou outra.

As conclusões do estudo apontam que “a grande maioria das equipas de cuidados paliativos se preocupa com o acompanhamento da família/cuidadores na fase de luto, e fá-lo até ao primeiro mês após a morte do doente”.

Do total 103 equipas de cuidados paliativos (públicos e privados) existentes a 31 de dezembro de 2017, 76 (73,7%) responderem ao inquérito do Observatório Português dos Cuidados Paliativos (OPCP) - Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Universidade Católica.

A maioria (53) das equipas desenvolve um programa de acompanhamento no luto, mas 23 não o fazem, sendo “um número significativo”, refere o estudo.

Das que o referem ter programa de apoio ao luto, apenas 60,5% assumem ter um programa protocolado ou formalmente definido, enquanto 15 equipas (19,7%) não têm um protocolo formal e um número idêntico afirma ‘não sabe ou não se aplica’.

Das várias ações/atividades propostas pela maioria das recomendações e protocolos de atuação no acompanhamento e apoio ao luto, o estudo questionou as equipas sobre carta de condolências, visita ao domicílio, consulta, chamada telefónica e/ou consulta de follow-up, tendo algumas acrescentado outras ações como conferência familiar, consulta de grupo ou envio de SMS.

Segundo o estudo, os profissionais que mais se envolvem nestas atividades são os enfermeiros e os psicólogos, embora os outros profissionais como médicos, assistentes sociais e assistentes espirituais também participem, embora mais ocasionalmente.

Das equipas com programa de apoio no luto e protocolo formal, apenas seis (7,9%) realizam todas as atividades preconizadas.

A chamada telefónica é a mais frequentemente adotada (84,2%), seguida da consulta de seguimento (57,9%) e da consulta (psicologia) (56,6%). Cada equipa adota, em geral, duas a três destas modalidades.

As equipas que referem não ter programa de apoio no luto e sem protocolo formal, ainda assim praticam algumas atividades isoladas, como carta de condolências e/ou visitas.

O estudo revela ainda que mais de metade das equipas (69,7%) não tem um plano interno de prevenção de 'burnout' dos seus profissionais, mas têm um plano de formação contínua (68,4%).

Observatório
A casa é o local preferido pelos doentes para morrer, mas apenas metade vê concretizado o seu desejo, revela o Relatório de...

A amostra do inquérito do Observatório Português dos Cuidados Paliativos (OPCP) - Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Universidade Católica foi constituída por 376 doentes que receberam cuidados paliativos, com uma média de idade de 73 anos para um intervalo entre 28 e 95 anos. A grande maioria tinha cuidador.

Entre os 259 doentes cuja preferência foi reportada, 68,7% (178) preferiram morrer em casa (própria ou de um familiar ou amigo), 16,6% (43) numa Unidade de Cuidados Paliativos (UCP), 3,1% (8) num hospital ou unidade que não fosse UCP e 1.1% (3) num lar ou residência. Cerca de 10% (27) referiu que não sabia ou preferia não responder.

Dos 188 doentes com local de morte identificado, 54,3% (102) morreu numa UCP, 22,9% (43) num hospital ou unidade que não fosse UCP, 22,3% (42) em casa e 0,5% (1) num lar ou residência

Analisando dados de 107 doentes cujo local de morte desejado e local de ocorrência da morte eram conhecidos, o estudo concluiu que 26,3% (15) dos que preferiram morrer em casa própria, 54.5% (6) dos que preferiam morrer em casa de um familiar ou amigo, 97.1% (34) dos que desejavam morrer numa UCP e 100% (1) dos que desejavam morrer num lar ou residência conseguiram concretizar a sua preferência.

Tendo em conta o objetivo, os investigadores concluíram que, “apesar do local de morte preferido ter sido maioritariamente o domicílio, o local de ocorrência da morte foi mais frequentemente uma instituição (principalmente a UCP)”.

Desta forma, a concordância obtida foi apenas ligeiramente acima dos 50%. “A preferência pela UCP como local de morte atuou como fator facilitador da congruência, enquanto a preferência pelo domicílio atuou em sentido contrário”, salientam.

Em Portugal, a predominância da morte em ambiente hospitalar veio a afirmar-se de forma gradual e constante no decurso dos últimos decénios.

Em 1984, 60% dos óbitos aconteceram em casa, percentagem que caiu para 20,9% em 2008, verificando-se assim “uma inversão de proporções entre a morte caseira e a morte hospitalar”.

Em Portugal, apurou-se que morrer no local que se deseja é considerado a primeira ou a segunda prioridade em 59% das pessoas, comparando com o acesso à informação clínica e com a escolha de quem toma as decisões sobre os cuidados no final da vida, refere o observatório.

O hospital tem sido o local de morte apontado como mais frequente na maioria dos estudos.

O estudo recomenda a sensibilização das equipas de cuidados paliativos para o tema do local de morte, avaliando de forma sistemática as preferências dos doentes e familiares, e “aumentar e melhorar recursos para acompanhamento dos doentes que desejam morrer no domicílio, de forma a que esta preferência não atue de forma negativa na congruência”.

Recomenda ainda a realização de outros estudos mais alargados de forma a comprovar ou não a distribuição das preferências dos doentes em Portugal, e um maior investimento no desenvolvimento de planos que atendam aos requisitos do envelhecimento da população, que garantam “melhores cuidados aos doentes em fim de vida e aos seus familiares, independentemente do local preferido para morrer e do diagnóstico”.

Serviço Nacional de Saúde
A Ordem dos Enfermeiros decidiu abandonar a Convenção Nacional de Saúde por considerar que o seu propósito já foi cumprido e...

Em comunicado divulgado hoje, a Ordem dos Enfermeiros entende que o diagnóstico sobre o Serviço Nacional de Saúde “está feito” e que têm sido apresentadas “inúmeras propostas ao Governo e ao poder político”.

A Convenção Nacional de Saúde, constituída por dezenas de entidades, foi criada este ano e promoveu uma conferência que pretendeu estabelecer uma agenda para o setor da saúde na próxima década. As conclusões da Convenção vão ser entregues esta semana ao Presidente da República.

“Neste momento, consideramos a situação do SNS demasiado grave, nomeadamente a greve cirúrgica dos Enfermeiros, para continuarmos em iniciativas que denominamos de “Portugal sentado”. A hora é mais de agir porque a reflexão está feita. Não é altura de continuarmos preocupados em encontrar altos comissários que digam junto do senhor Presidente da República o que estamos todos fartos de repetir”, refere a Ordem dos Enfermeiros, no comunicado hoje divulgado.

A Ordem considera que “a iniciativa de indicar um alto comissário para a convenção, quando já existe um ‘chairman’ e um porta-voz, é continuar a partidarizar uma discussão que tem de ser livre e fora da caixa”.

Segundo o jornal Público de sábado, uma delegação constituída por bastonários da área da saúde, o alto-comissário e o presidente da comissão organizadora da Convenção Nacional da Saúde - Manuel Pizarro e Eurico Castro Alves, respetivamente - vai reunir-se no início desta semana com o Presidente da República.

Assim, a Ordem dos Enfermeiros pediu para ser retirada da iniciativa, não estando presente nem representada na audiência com Marcelo Rebelo de Sousa.

Doença de Alzheimer
Reabilitar, Prevenir, Desmistificar são as palavras-chave utilizadas pela recém-criada Associação Reabilitar Alzheimer que está...

Esta Associação intervém de forma a dar uma resposta centrada nas necessidades da pessoa doente e dos seus cuidadores, com total respeito pela individualidade. A avaliação das necessidades da pessoa é muito importante no desenvolvimento de um plano de intervenção pela nossa equipa multidisciplinar, de forma a perceber-se e identificar as alterações funcionais para podermos definir a intervenção e a intensidade que deve ser colocada durante os tratamentos.

Os anos de experiência dos elementos que constituem o núcleo duro da Associação, uma equipa multidisciplinar que trabalha em áreas como a reabilitação psicomotora, psicologia, ciências da educação, gerontologia e animação social, levaram à criação deste projeto e à abertura de um espaço para receberem quem procura os seus serviços.

A equipa trabalha numa perspetiva de tentar prevenir a doença e os seus efeitos a médio e longo prazo, com um "método muito próprio'', cujo "enfoque está apenas na pessoa e no seu bem­ estar", revela Tiago Jorge, um dos colaboradores. ''Aqui focamo-nos nas pessoas e não na doença, através de um trabalho sério, humanizado e realizado da forma mais natural possível'', sublinha.

Um dos técnicos frisa que "trabalhar com eles terapeuticamente as suas limitações associadas às capacidades cognitivas dos mesmos através de pequenos grupos ou individualmente, prestando também serviços a outras instituições", que necessitem de ajuda nesta área. Esta equipa refere que "não trabalhamos com exercícios padronizados, nós próprios criamos os nossos exercícios, tentando sempre encontrar o ponto de estimulação de cada pessoa em cada exercício, indo também ao encontro dos gostos dos doentes, para que a motivação seja ainda maior e fazendo com que adiram de forma quase inconsciente'', explica Carolina Anjos, uma das técnicas do grupo. Assim, no espaço da Reabilitar' Alzheimer é possível encontrar as respostas terapêuticas de reabilitação neuropsicológica (quer cm grupo como individualmente); reabilitação psicomotora; consulta do cuidador; arteterapia; musicoterapia; relaxamento terapêutico; terapias no domicílio e no exterior; bem como apoio a entidades com pessoas com a doença de Alzheimer. "O que procuramos é realizar com elas fazer um trabalho preventiva e reabilitativo", sublinha Tiago Jorge, garantindo que, para esta equipa é preferível "ter sucesso com poucas pessoas, do que ter um grupo muito grande e não conseguir ajudar cada elemento". Da experiência que vão tendo, os técnicos admitem que, embora não se consiga parar a doença, há possibilidades de abrandá-la, quer a nível cognitivo como também físico, já que trabalham "a pessoa como um todo", salienta Henrique Caetano.

Há casos de pessoas que acompanham há vários anos e nos quais notam "uma evolução mais lenta da doença. ''Nós somos prolongadores da autonomia destas pessoas e que este acompanhamento seja feito de uma forma mais personalizada", nota a equipa.

A Associação trabalha, também, com as famílias e cuidadores, no sentido de lhes dar ferramentas, e, até, prepará-los para se tomarem "em mais um técnico", mostrando-lhes "como devem ser encaradas estas terapias e de como devem ser recebidas". Ali, os familiares encontram verdadeiros "amigos", que ajudam noutras vertentes como o encaminhamento para médicos especialistas, centros de dia e, em última análise, para lares residenciais. "O apoio que damos não é só terapêutico mas também preparamos a pessoa (e as famílias) para que esta tenha armas para combater a doença", conclui a equipa. A Associação está disponível através dos contactos tele­ fónicos 915541017/915540994; na Internet em www.reabilitaralzheimer.pt, no Facebook e pelo e-mail reabilitaralzheimer@gmail. com ou no próprio espaço, na rua Canos dos Amores, na Urbanização da Quinta das Lágrimas, loja 2, sector A, Coimbra, funcionando durante todo o dia.

Comissão Nacional de Saúde Materna
O presidente da Comissão Nacional de Saúde Materna sugere a criação de um Observatório da Criança que promova estudos sobre...

Gonçalo Cordeiro Ferreira, presidente da Comissão Nacional da Saúde Materna, da Criança e do Adolescente, propõe um Observatório da Criança “que centralize os dados recolhidos pelas várias entidades governamentais, investigadores universitários e redes internacionais”.

No preâmbulo do relatório “Saúde Infantil e Juvenil – Portugal 2018” da Direção-geral da Saúde, o pediatra Gonçalo Cordeiro Ferreira considera que esse Observatório poderia promover estudos para a recolha sistematizada de outros parâmetros em relação aos quais Portugal ainda não tem dados ou tem dados muito parciais.

O especialista sugere que se promova estudos para a recolha de dados sobre as horas de sono pelos vários escalões etários, sobre a altura média ao fim da adolescência e sobre a idade da menarca.

Propõe também como temas a estudar o consumo de antibióticos em ambulatório na infância e adolescência, a taxa de cáries em dentes de leite, o tabagismo passivo, a idade média de ida para creche ou jardim de infância e a percentagem de crianças em seguimento por doença crónica, incluindo doença mental.

Sobre a saúde mental, as conclusões do relatório da DGS referem precisamente que há escassez de dados epidemiológicos.

Ainda assim, o documento sublinha que se tem assistido em Portugal a “um aumento generalizado da procura de serviços especializados de saúde mental da infância e adolescência, quer a nível da consulta de ambulatório, quer ao nível do serviço de urgência, bem como a um aumento da gravidade dos quadros clínicos”.

“A escassez de dados epidemiológicos, sustentados em estudos científicos, impede o desenvolvimento de respostas específicas mais adequadas à realidade nacional, algo que só poderá ser ultrapassado através da realização de um estudo epidemiológico nesta área”, acrescenta o relatório “Saúde Infantil e Juvenil – Portugal 2018”.

Relatório
A percentagem de cesarianas realizadas nos hospitais privados é mais do dobro da registada nos públicos, sendo necessária uma...

No relatório “Saúde Infantil e Juvenil – Portugal 2018”, a Direção-Geral da Saúde (DGS) aponta para uma ligeira redução da proporção global de partos por cesariana, mas ainda assim que colocam o país acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

Portugal passou de uma taxa de 35,6% de cesarianas em 2013 para 33% em 2016. Contudo, nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde a taxa de cesarianas está abaixo dos 30%, situando-se, em 2016, nos 27,6%.

Aliás, a taxa de cesarianas nos hospitais do SNS tem vindo a ter uma redução ligeira, mas permanente de 2013 a 2016.

Nos hospitais privados, a taxa de cesarianas era de 65,5% em 2016, ano em que as unidades privadas realizaram quase 12.500 dos mais de 85 mil partos em Portugal.

“Apesar de os partos por cesariana terem registado uma tendência decrescente, a percentagem de cesarianas é ainda elevada e importa referir que é significativamente mais elevada nas maternidades privadas, constatando-se espaço para melhoria e necessidade de reflexão acerca da referida assimetria”, conclui a Direção-geral da Saúde.

O documento, divulgado no site da DGS, recorda que "as cesarianas clinicamente desnecessárias são motivo de preocupação médica e económica".

O relatório sobre a saúde infantil e juvenil debruça-se ainda sobre o aleitamento materno, registando tendência de melhorias quanto à amamentação exclusiva aos seis meses de vida do bebé.

Contudo, a DGS reconhece que é necessária “especial atenção” para garantir “sustentabilidade desta tendência de melhoria”.

Estudo
Uma nova tecnologia baseada numa molécula orgânica natural, que impede a formação de placa bacteriana e de outras patologias...

Uma equipa multidisciplinar das faculdades de Ciências e Tecnologia (FCTUC) e de Medicina (FMUC) da Universidade de Coimbra (UC) “desenvolveu uma nova tecnologia, baseada numa molécula orgânica natural, que impede a formação de placa bacteriana”, que é “a principal responsável pelo surgimento de cárie e de outras patologias dentárias”, afirma a FCTUC.

O novo método, denominada ‘biolocker’, deverá chegar ao mercado “dentro de dois anos” e isso “representará uma mudança de paradigma na higiene oral, prevenindo a formação precoce da placa bacteriana, sem efeitos antimicrobianos, ao contrário das soluções de cuidados orais clássicas”, sublinha a FCTUC.

Os tradicionais antisséticos são de largo espectro e, por isso, recorrem a “uma estratégia de “terra queimada”, eliminando as boas e as más bactérias, o que pode danificar a flora oral residente, que é extremamente benéfica para a saúde geral do organismo”.

A grande inovação desta tecnologia “anti-placa”, em processo de registo de patente internacional, “está na capacidade de bloquear as principais interações bacterianas que ocorrem após a ingestão de alimentos, ou seja, impossibilita a ação das bactérias que lideram o processo de formação da placa bacteriana, as designadas colonizadoras iniciais”, afirmam, citados pela FCTUC, os investigadores Daniel Abegão, Filipe Antunes e Sérgio Matos.

“Como estas bactérias (género streptococcus) funcionam como alicerce, ao retirar a âncora impedimos que todas as bactérias a jusante se possam fixar”, sublinham os dois especialistas.

Pode dizer-se que a tecnologia desenvolvida pelos investigadores da UC funciona como uma espécie de revestimento antiaderente, impedindo que as bactérias se agarrem ao esmalte dentário e formem a placa bacteriana, explicita a FCTUC.

Este novo método “garante proteção por muito mais tempo, durante todo o dia, complementando a eficácia da escovagem, suplantando as limitações dos atuais produtos de higiene oral”, destacam ainda os especialistas das faculdades de Ciências e de Medicina de Coimbra.

Em termos de saúde oral, ou mesmo numa perspetiva de política de saúde pública, salienta Sérgio Matos, médico dentista e professor da FMUC, a grande mais-valia da ‘biolocker’ é a contribuição extraordinária para a prevenção de problemas dentários “permitindo que, através de uma tecnologia massificada e barata, a população passe a ter acesso a uma melhor higiene oral”.

“Em Portugal, a saúde oral é maioritariamente proporcionada por cuidados privados e, consequentemente, muito onerosos. A maneira mais eficaz de podermos combater todas as patologias da cavidade oral é através da prevenção, reduzindo custos com tratamentos”, observa Sérgio Matos.

Tendo em conta que a “cárie e as doenças gengivais são as patologias infecciosas mais prevalentes no mundo, o desenvolvimento de ferramentas preventivas é essencial”, reforça o investigador.

Outra vantagem desta abordagem, cujo princípio de ação já foi testado e validado, é a sua versatilidade, podendo “ser incorporada em pastas dentífricas, elixires, fio dental ou até pastilhas elásticas”, assinalam Daniel Abegão e Filipe Antunes.

O projeto teve a colaboração do I3S (Instituto de Investigação e Inovação em Saúde) da Universidade do Porto e foi o único vencedor português da terceira edição do Programa Caixa Impulse, no valor de 70 mil euros.

Especialista descreve os seis pilares da Felicidade
O que é a Felicidade? É possível sermos felizes para sempre?

“Feliz para sempre”, o título da sua primeira obra, pode levar a crer que é possível sermos ou sentirmo-nos felizes o tempo todo… é mesmo assim?

Sim, claro. Se ativarmos os 6 pilares da felicidade, que estão descritos no livro, acredito que seja possível sermos felizes para sempre. Não podemos confundir felicidade com conforto ou diversão. A felicidade é atingida quando somos saudáveis, quando estamos bem connosco próprios, quando temos um propósito de vida e percebemos o nosso caminho, quando nos amamos a nós próprios e conseguimos comunicar com o mundo que nos rodeia. 

Na sua opinião, e partindo da sua experiência, o que é a Felicidade? E embora se admita que a felicidade possa não ser permanente, como podemos mudar o nosso nível de felicidade? Que “maus” hábitos devemos deixar?

A felicidade é um estado de quem se sente bem, em paz interior e com vontade de viver cada segundo da sua vida, mesmo sabendo que haverá momentos de dor. O segredo para sermos felizes é saber que esses momentos existem, mas que não podem afetar o nosso propósito de vida. Se mantivermos um estado de paz interior e tivermos bem definido os nossos objetivos de vida, esses momentos negativos serão apenas degraus para subirmos a escada da vida.

A genética poderá condicionar o sentimento de felicidade? Haverá pessoas que, por mais que tentem, não conseguem ser felizes…

(risos) A genética não pode condicionar o sentimento de felicidade. Ser feliz depende exclusivamente de nós próprios. A felicidade parte de nós, depende da forma como pensamos, sentimos ou agimos. Não devemos atribuir a culpa da infelicidade à genética, aos amigos, ao trabalho ou até ao sistema. Temos de ser capazes de otimizar as nossas ferramentas internas (todos nós as temos) para saber lidar com as adversidades da vida. Existem pessoas que não sabem gerir tão bem essas ferramentas, mas com ajuda profissional, conseguem. A Psicoterapia é uma ajuda essencial. Ao longo destes 10 anos ligado à Psicoterapia, eu e a minha equipa ajudámos mais de 9 mil pessoas a serem felizes. 

E o aspeto cultural, que peso tem na construção do nosso conceito de felicidade? Não podemos esquecer que, desde cedo, somos «bombardeados» com aquilo que esperam de nós e somos motivados, desde tenra idade, a «ter»… 

No meu entender a única questão cultural, que tem algum peso e que tem de ser desmistificada é o facto de nos ensinarem, desde a infância, que ninguém pode ser feliz para sempre. Esse é um mito que temos de quebrar. Temos de passar às gerações futuras, que sim, é possível ser feliz, hoje e sempre. E mais uma vez, reforço, o foco está em nós. Somos nós que definimos os nossos objetivos e traçamos as nossas expectativas, não são os outros.

Neste sentido, por que estamos sempre tão insatisfeitos? Na sua obra, refere que há um padrão para a infelicidade…

Justamente porque ainda não perceberam o verdadeiro conceito de felicidade. As pessoas que se sentem infelizes ainda não ressignificaram o conceito de felicidade. Ao longo da minha atividade como Psicoterapeuta, percebi que apenas algumas dezenas de fatores eram responsáveis pela maior parte dos estados de infelicidade. Por isso, na minha obra defino o padrão de infelicidade como um conjunto de fatores que nos perturbam e explico de que forma podemos quebrar esse mesmo padrão e sermos felizes para sempre.

Quais são então os pilares para construir a felicidade permanente de que fala no seu livro?

São seis os pilares que sustentam a felicidade permanente e no livro são descritos por ordem hierárquica: saúde física, paz interior, objetivos, caminho, amor-próprio e comunicação.

De uma forma resumida, podemos dizer que somos felizes para sempre quando num estado de saúde física, nos sentimos em paz interior, tendo definido um propósito de vida e compreendendo o caminho a percorrer, sem nunca esquecermos da importância de nos amarmos a nós próprios e nos relacionarmos com os outros.


“Num estado de felicidade permanente damos menos importância às emoções negativas e às experiências perturbadoras, como se estivéssemos protegidos, envoltos num escudo protetor.”

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ordem dos Médicos
O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, criticou hoje que as pessoas do interior não...

O dirigente disse que "estes portugueses, que infelizmente são classificados de segunda, quando se trata do acesso à saúde não têm as mesmas oportunidades do que um doente do litoral".

"Por mais que se tente dar a volta, por mais que se fale em vias de comunicação, com vias mais modernas a ligar o interior, a verdade é que não é a mesma coisa", acrescentou Carlos Cortes, destacando a maior dificuldade na contratação de profissionais.

O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) esperava que, perante estas dificuldades, o Ministério da Saúde "tivesse maior atenção para quem está a ter dificuldades, mas não, o que é algo absolutamente surpreendente".

"Muitas vezes parece que há não só um esquecimento, mas quase que uma ignorância sobre os problemas que atravessam estes hospitais. E muitas vezes é difícil e custa ver a forma como o Hospital da Guarda e da Covilhã são esquecidos pela tutela", salientou.

Carlos Cortes denunciou que "não há uma discriminação positiva, quando ela deveria existir", e deu o exemplo "paradigmático" do serviço de ortopedia do Hospital da Guarda, "onde os doentes, quando têm um trauma, muitas vezes não têm hipóteses de ser tratados porque há muitos turnos sem ortopedista".

No mesmo hospital, acrescentou, o Serviço de Cardiologia está em risco de fechar.

"O distrito da Guarda vai ficar sem Serviço de Cardiologia. Estamos a falar de coisas básicas, para atender as necessidades em saúde mais comuns", enfatizou.

O dirigente deu também o exemplo da unidade de fertilidade "altamente diferenciada" do Hospital da Covilhã, que "tem imensas dificuldades em poder fazer o seu trabalho, porque simplesmente não há profissionais".

"E nunca vi, concretamente, o Ministério da Saúde a preocupar-se em resolver estas situações", afirmou.

Neste momento, segundo Carlos Cortes, os doentes da "Guarda, Covilhã e Castelo Branco - este distrito numa dimensão menos grave - sofrem e vão continuar a sofrer porque não têm condições de acesso para poderem tratar os seus problemas".

O presidente da SRCOM frisou que "nem todo o país é Lisboa, Porto e Coimbra, sobretudo Lisboa e Porto” e admitiu que “há um país muito carenciado, onde a saúde muitas vezes não só ainda não chegou, como infelizmente está a ir embora".

"Temo muito por estas populações, por isso tenho tido uma intervenção muito grande nessas zonas do interior, porque tenho receio de que a muito curto prazo deixem de ter valências absolutamente essenciais", referiu.

Carlos Cortes apelou ao poder político para "deixar de ser passivo nesta questão do interior, para que a interioridade não seja só uma questão de retórica política”. No seu entender, “é isso que me parece".

O dirigente criticou ainda a tutela por não criar "condições nem verdadeiros incentivos" para que os médicos se fixem no interior, revelando que a Ordem dos Médicos nunca foi chamada pelo ministério para, em conjunto, "tentarem resolver esse problema".

Sobre a abertura de vagas médicas para o interior, Carlos Cortes explicou que, paralelamente, abrem vagas para a contratação dos mesmos especialistas no litoral "e nos hospitais onde os médicos fizeram a sua formação".

"A não ser que, por exemplo, tenha a vida toda feita em Castelo Branco, se abrisse uma vaga para a minha especialidade em Coimbra ou em Castelo Branco eu ia escolher Coimbra porque tinha sido onde tinha feito a minha formação", disse.

Segundo o presidente da SRCOM, é isto que acontece e depois os governantes "queixam-se de que afinal os médicos não escolhem o interior".

Infarmed
A Autoridade Nacional do Medicamento determinou a retirada do mercado de vários lotes de medicamentos contendo a substância...

Numa nota hoje disponível na página da Internet, o Infarmed determina a suspensão imediata da comercialização de vários lotes de medicamentos produzidos com a substância ativa Valsartan pelos laboratórios Mylan e AIM Teva "na sequência da deteção de valores de impurezas de NDEA (N-nitrosodimetilamina) fora do limite admissível".

O Infarmed recomenda aos doentes que estejam na posse daqueles lotes de medicamento que solicitem a sua substituição por um lote de medicamento não afetado nos locais onde foram adquiridos, mesmo que as embalagens já tenham sido utilizadas.

“As entidades que possuam embalagens pertencentes a estes lotes em stock não as podem vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução”, esclarece o infarmed na nota.

A Autoridade do Medicamento esclarece ainda que existem outros medicamentos contendo valsartan, isolado ou em associação, que não foram recolhidos, bem como outros medicamentos disponíveis, para as mesmas indicações, e que constituem alternativas terapêuticas.

Em julho passado, o Infarmed tinha anunciado a suspensão imediata da comercialização de lotes de medicamentos com a substância ativa valsartan, produzidos pelo fabricante chinês Zhejiang Huahai Pharmaceuticals por ter sido identificada uma impureza.

Human Rights Watch
A Administração Trump e o Congresso norte-americano colocaram em perigo a saúde pública ao reverter legislação sobre os riscos...

Num relatório de 88 páginas, intitulado “A Mina de Carvão à Nossa Porta: Como a Desregulamentação da Remoção de Cumes Montanhosos pelo Governo dos Estados Unidos Ameaça a Saúde Pública”, a organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) sustenta que o Congresso falhou na redução dos riscos para a saúde associados a esta forma de exploração do carvão quando votou a favor da retirada de um modesto regulamento destinado a proteger os cursos de água da poluição mineira.

Segundo a HRW, ao reverter este regulamento, “o Congresso tornou mais fácil à indústria do carvão destruir montanhas e enterrar o entulho em riachos, sem monitorizar ou lidar com os impactos ambientais, ao confiar num estudo pouco fidedigno financiado pela indústria e que não foi sujeito à avaliação dos seus pares”.

Além disso, prossegue a organização de defesa dos direitos humanos, a Administração Trump “retirou abruptamente o financiamento a um estudo que poderia ter comprovado a opinião generalizada sobre as consequências para a saúde dessa prática, num aparentemente deliberado esforço para impedir que informação importante sobre os riscos para a saúde das operações de mineração de superfície fosse divulgada”.

“A Administração Trump e o Congresso orgulhosamente livraram o país de um regulamento e um estudo que afirmavam custariam empregos no setor do carvão”, declarou a investigadora nas áreas de negócios e direitos humanos da HRW Sarah Saadoun, citada em comunicado.

“Mas aquilo que realmente fizeram foi, de forma imprudente, pôr em perigo a saúde das pessoas de algumas das mais pobres e insalubres comunidades da América”, defendeu.

A mineração de remoção de cumes montanhosos envolve a destruição de até 122 metros verticais de uma montanha com explosivos para explorar os veios de carvão existentes no seu interior.

A enorme quantidade de resíduos de rocha é despejada em vales, formando “vales-aterro” com dimensões como 305 metros de largura por 1.609 metros de comprimento.

As explosões e os vales-aterro geram poluição do ar e da água que, se não for regulamentada, pode pôr em perigo a saúde das pessoas que residem em vales próximos, conhecidos como vales ocos, muitas das quais dependem da indústria do carvão para subsistir.

No relatório, a HRW relata visitas às casas de sete famílias situadas perto de uma mina de remoção montanhosa em Coal Mountain, no condado de Wyoming, na Virgínia Ocidental, cujos poços passaram a ter água cinzenta ou alaranjada a cheirar a ovos podres, o que pode indicar poluição da terra ou da superfície relacionada com a atividade mineira.

Análises feitas aos seus poços, bem como aos pertencentes a muitas outras famílias residentes perto da mina que pensam que a sua água perdeu qualidade significativa desde o início da exploração mineira, revelaram níveis elevados de ferro e manganésio e, em alguns casos, arsénico e chumbo.

Desde 2009, investigadores de saúde pública da Universidade da Virgínia Ocidental e de outras instituições publicaram mais de uma dúzia de estudos que mostram percentagens significativamente mais altas de doença cardiovascular, cancro do pulmão e de outros tipos, deficiências congénitas e mortalidade em condados com remoção de cumes montanhosos, em comparação com condados Apalaches com outros tipos de mineração ou sem qualquer exploração mineira, mesmo depois de despistados fatores como a pobreza, o tabagismo, a obesidade, a educação, a raça e a ruralidade.

“O caso das remoções de cumes montanhosos evidencia os perigos de deixar que os interesses da indústria, em vez da ciência, conduzam a política reguladora”, sustentou Sarah Saadoun.

“Nenhum Governo deveria fazer as pessoas pagar por empregos com a sua saúde”, comentou.

Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social
O caso da associação Raríssimas, sobre irregularidades na gestão financeira e cuja então presidente foi acusada de usar...

Quem o diz é o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNIS), que falou sobre o impacto que teve nas instituições do setor social a notícia sobre as irregularidades financeiras da Raríssimas.

O caso faz um ano esta semana, depois de em 09 de dezembro de 2017 a TVI ter emitido uma reportagem sobre a gestão da associação Raríssimas – Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras, denunciando alegadas más práticas por parte da então presidente, Paula Brito e Costa.

Um dia depois, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social anunciava que ia averiguar a situação – já que as comparticipações estatais eram uma das fontes de financiamento – e no dia a seguir a Procuradoria-geral da República admitia que estava já a investigar a associação.

Depois da reportagem televisiva, a Raríssimas fez manchete em todos os jornais, encheu telejornais, ocupou o debate público, obrigou à demissão de vários responsáveis e colocou debaixo dos holofotes mediáticos todo um setor social que subsistia e subsiste com apoios públicos e com a ajuda da sociedade.

Praticamente um ano depois, o presidente da CNIS admite que o caso teve “algum impacto” no setor social e que esse impacto “tem-se vindo a notar progressivamente”.

“Talvez por dificuldades da comunidade, [tem-se notado] uma certa diminuição da filantropia, da generosidade, do envolvimento das comunidades”, afirmou Lino Maia.

Na opinião do padre Lino Maia, o caso da Raríssimas “foi talvez excessivamente explorado e isso teve alguns efeitos nessa desincentivação na envolvência da comunidade”.

Aproveitou, por isso, para lembrar que há, atualmente, mais de 5.600 IPSS que “prestam enormes serviços, são um verdadeiro pilar do Estado Social, fazem muito e muito bem”.

“Um ou outro caso, que são raríssimos, não marcam, podem prejudicar, mas não matizam aquilo que é o setor”, garantiu.

Lino Maia frisou que não desvaloriza tudo o que se passou e afirmou que “foi mau o que aconteceu”, mas chamou também a atenção para o facto de a Raríssimas continuar a ser uma instituição “nobre”, que “tem feito coisas maravilhosas e prestado um serviço ótimo, estupendo e extraordinário”.

“O possível deslumbramento de um ou outro dirigente, no caso uma só, não é de modo nenhum a imagem da generalidade dos dirigentes, da generalidade das pessoas envolvidas nestas instituições”, garantiu.

Mas mesmo depois de ter passado um ano sobre o caso, Lino Maia refere que não tem sido fácil recuperar a imagem do setor social, sublinhando que “quando há um caso negativo, ele é que é notícia”, apesar de diariamente muitas instituições e os seus dirigentes “dedicarem-se aos mais carenciados, a criar serviços e a prestar serviço público”.

Defendeu que, “de um modo geral, toda a gente reconhece a importância destas instituições, o seu valor, a sua dedicação e a sua importância” e aproveitou para pedir que a comunidade nacional “não deixe de as apoiar”.

O caso Raríssimas teve um efeito que foi muito além das paredes da instituição e levou, não só à demissão da então presidente da instituição, como ao afastamento do então secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, pela ligação à associação, da qual recebeu 63 mil euros em vencimentos, entre 2013 e 2014.

O nome do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social também foi envolvido, com Vieira da Silva a ver-se obrigado a mostrar-se de “consciência tranquila” depois de ter sido tornado público que foi membro da assembleia geral da Raríssimas.

Até o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, avisou que a investigação não podia demorar meses e pediu celeridade no processo.

Já no início deste ano, em janeiro, e com a realização de uma nova assembleia-geral, foi escolhida a nova direção da instituição, encabeçada por Sónia Margarida Laygue, numa lista constituída por pais e funcionários.

A investigação, levada a cabo pela Polícia Judiciária, fez buscas na associação, em casa da ex-presidente e em casa do ex-secretário de Estado da Saúde Manuel Delgado, tendo posteriormente Paula Brito e Costa sido constituída arguida.

Especialistas apelam
Especialistas apelaram aos portugueses para fazerem o teste do vírus da hepatite C pelo menos uma vez na vida e defenderam a...

“Neste momento, ainda temos 10 a 15 mil doentes para tratar, alguns não sabem que estão infetados, porque é uma doença silenciosa”, disse o diretor do Serviço de Gastrenterologia e Hepatologia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), Rui Tato Marinho, na cerimónia de comemoração dos 64 anos do Hospital Santa Maria, que arrancaram sexta-feira com uma conferência e o lançamento do livro "Hepatite C – o Futuro Começou Aqui".

Há ainda “um grande grupo de pessoas que consumiram drogas e que ainda não conseguiram chegar aos serviços de saúde, porque os hospitais são difíceis, de modo a ter o acesso ao tratamento”, disse o hematologista.

Para um diagnóstico precoce da doença, Rui Tato Marinho recomendou aos portugueses que “façam pelo menos uma vez na vida o teste da hepatite C e do VIH”.

Presente da conferência, Fátima Serejo, médica do Serviço de Gastrenterologia e Hepatologia do CHULN, defendeu a importância de uma estratégia para erradicar a hepatite C.

“Temos que falar muito da doença e melhorar o acesso ao tratamento”, defendeu Fátima Serejo, considerando ser “muito importante” intervir junto da população reclusa e dos utilizadores de drogas injetáveis.

“Já tratámos muitos doentes, mas ainda estamos longe da erradicação do vírus na população”, adiantou.

“É preciso identificar, testar e tratar rapidamente aqueles que estão identificados para erradicar o vírus”, defendeu Fátima Serejo.

Luís Mendão, presidente da Direção do Grupo de Ativistas em Tratamento (GAT), deixou um depoimento na conferência, lido por Ricardo Fernandes, do GAT, em que lembra os benefícios da introdução em Portugal do medicamento para a hepatite C.

“Portugal tomou com algum atraso uma medida verdadeiramente inovadora em fevereiro de 2015 que permitiu aprovar tratamentos para mais de 20 mil pessoas desde essa altura. No entanto, pensamos que há muito a fazer para termos uma verdadeira estratégia e plano de ação sólidos para a eliminação da doença”, salienta Luís Mendão.

Sublinha ainda que, apesar dos esforços feitos sobretudo na sociedade civil e na comunidade para o aumento do rastreio, não há ainda uma política e uma estratégia eficaz para encontrar as pessoas infetadas e para curar aqueles já diagnosticados que se perderam no acompanhamento nos hospitais”.

Na sua intervenção na conferência, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, defendeu a importância de aumentar o rastreio e o diagnóstico precoce e de reduzir a mortalidade associada à doença e o número de crianças infetadas e, sobretudo, prevenir a transmissão vertical.

Graça Freitas salientou o papel das organizações não-governamentais que têm rastreado populações de maior vulnerabilidade, tendo contribuído com 8.000 testes só em 2017 para o vírus da hepatite B e com 10.000 testes para a hepatite C que permitiram identificar, respetivamente, 159 e 191 pessoas de elevado risco em relação à doença.

“Milhares e milhares de testes” também são feitos nos cuidados de saúde primários, na ordem de mais 200 mil por ano para a hepatite B e mais de 150 mil para a hepatite C, salientou.

A diretora-geral da Saúde considero ainda “impressionante a quantidade de doentes que já estão autorizados para tratamento” para a hepatite C: cerca de 22.000, dos quais 20 mil já o iniciaram, sendo a taxa de cura é na ordem dos 97%.

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