16 de outubro, em Lisboa
Como pode a Inteligência Artificial apoiar as instituições clínicas e entidades não lucrativas a prestar um melhor serviço de...

Responder a todas estas questões, analisar o impacto da tecnologia e da transformação digital no quotidiano das organizações e apresentar soluções tecnológicas que possam ir ao encontro dos desafios e necessidades dos profissionais da saúde e do terceiro setor, na prestação de um melhor serviço à comunidade, são os principais objetivos de um evento que a F3M irá realizar, a 16 de outubro, em Lisboa. 

Um dos principais destaques será o lançamento do Processo Clínico e Social da F3M, uma nova solução tecnológica, 100% web, que pretende ser um importante instrumento de trabalho para os profissionais dos setores da saúde e social. Nesta plataforma, que foi desenvolvida em proximidade e tirando partido do conhecimento e prática no terreno de médicos, enfermeiros e auxiliares, será possível organizar, registar e centralizar, em tempo real, toda a informação do utente, sem perda de dados e com total segurança e conformidade com a proteção de dados. 

“Acreditamos que este software será um importante aliado dos profissionais de saúde e do terceiro setor, possibilitando um atendimento ao utente mais personalizado. Além disso, permitindo a geração de relatórios detalhados, será possível ao profissional tomar decisões mais rápidas e assentes em informação sólida e concreta”, revela Pedro Faria Salgado, Gestor de Soluções para a Saúde, da F3M. 

“Para que os profissionais possam ter uma experiência imersiva e perceber claramente que vantagens poderão ter com esta ferramenta, vamos ter, durante a sessão, um laboratório onde poderão testar as diversas funcionalidades. É uma solução intuitiva que foi desenhada e desenvolvida para simplificar a experiência dos seus utilizadores”, indica o responsável. 

A par do Processo Clínico e Social, os profissionais terão, também, a possibilidade de abordar e discutir temas como a "IA nas PME e Entidades Não Lucrativas" e "Digitalização dos Serviços de Saúde". “São assuntos que estão na ordem do dia e aos quais as instituições não estão alheias. A tecnologia é um poderoso instrumento de trabalho que altera a rotina laboral, a gestão, os processos, e que torna tudo mais fluído, célere e simplificado. Integrar a inteligência artificial, por exemplo, nos procedimentos trará, com certeza, mais produtividade nas organizações e mais motivação entre as equipas. É algo que irá beneficiar, sem dúvida, o utente, já que o serviço se torna mais eficiente e personalizado”, atesta ainda Pedro Faria Salgado. 

Dirigido a profissionais das áreas da saúde e social e com a presença de especialistas e técnicos destes mercados, o evento da F3M decorre a 16 de outubro, no Showroom Altice Portugal, no Fórum Picoas, em Lisboa, com início às 9h30. É gratuito, mas requer inscrição prévia.

Dia Mundial das Doenças Reumáticas | 12 de outubro
A atualidade exige-nos olhar para estes dias com um enorme sentido de responsabilidade e foco centra

Sabe-se que metade dos portugueses terão sintomas decorrentes de uma doença reumática ao longo da sua vida. No entanto, importa reconhecer que as doenças reumáticas compreendem um conjunto muito heterogéneo de patologias e, por isso, com diferentes prevalências em que a fadiga, a incapacidade funcional e a depressão têm um impacto profundo na atividade laboral e na integração do individuo na sociedade.

Temos assistido a uma evolução ao longo dos anos na forma como encaramos o diagnostico e o aparecimento de novas terapêuticas. Desde o “ treat to target”, passando pela medicina baseada na evidencia até aos novos desenvolvimentos da Medicina de Precisão e do papel “incógnito” no momento da inteligência artificial, temos que perceber que todas estas formas de diagnostico só são úteis se incidirmos sob uma terapêutica individualizada para os nossos doentes.

A mudança do paradigma atual passa por vários níveis: em primeiro lugar, pelos médicos, pela sua educação médica na medida em que a formação, diferenciação e multidisciplinaridade permite um diagnostico precoce e a discussão integrada de patologias com envolvência sistémica onde por vezes os biomarcadores da doença não são patognomónicos da mesma. Em segundo lugar temos que apostar na literacia dos nossos doentes. O doente devera ser o gestor da sua doença se tiver ao seu dispor o máximo de informação sobre a sua patologia bem como um plano pré-estabelecido do seguimento, medidas preventivas e da forma como atuar em “flairs” da sua doença. Por último temos que investir na proximidade com os nossos doentes e reforçar a relação medico-doente com um exame objetivo e história clínica mais pormenorizada possível de maneira a que não se perca a “janela de oportunidade” para um diagnostico atempado que modifique a evolução da doença e previna o dano estrutural.

Apesar da variabilidade das doenças reumáticas existem fatores de risco comuns sobre os quais podemos atuar. A obesidade, os défices nutricionais, a atividade física inadequada e o consumo de tabaco associam-se a um aumento do risco e gravidade das doenças reumáticas e músculo-esqueléticas. A alteração efetiva e consistente de estilos de vida, apoiada pela avaliação por profissionais de saúde especializados, é determinante num processo abrangente de capacitação do doente para o controlo da sua patologia. A adesão a estas medidas torna-se essencial à melhoria do prognóstico.

É por isso, fundamental que os decisores políticos e a sociedade em geral criem condições para a implementação destas medidas e contribuam para a modificação de hábitos de estilo de vida saudáveis e amplifiquem uma abordagem articulada e multidisciplinar dos doentes com doenças reumáticas.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dados revelados em conferência "Como comem as criança em Portugal?"
O programa “Nestlé por Crianças mais Saudáveis” faz 25 anos e inicia as comemorações do seu aniversário com uma conferência,...

A Conferência “Como comem as crianças em Portugal?” propõe um momento de reflexão e partilha sobre os desafios que os educadores têm ao promover uma alimentação saudável e sustentável junto das suas crianças.

Quais as estratégias para consciencializar e envolver as crianças? Como implementar as melhores práticas no dia a dia, em contexto familiar e escolar? O que dizem as crianças? E os especialistas?

Algumas das respostas serão dadas por especialistas nas áreas da nutrição, psicologia e educação, além de pais, professores e crianças que vão partilhar os seus testemunhos e perspetivas.

De acordo com o estudo que será apresentado, 72% das crianças consomem laticínios diariamente, sendo que 81% delas consomem apenas uma vez por dia, o que está abaixo das recomendações que indicam um consumo de 2 a 3 porções de laticínios por dia.

Este valor está em linha com o conhecimento dos pais em relação às recomendações, uma vez que apenas 79% considera que os filhos devem consumir laticínios todos os dias.

Concluiu-se ainda que apenas 30% das crianças consomem sopa nas duas refeições principais do dia e somente 4% adiciona ainda hortícolas no prato em ambas as refeições, o que coloca o consumo destes alimentos muito abaixo das recomendações.

Por outro lado, foi possível observar que 23% das crianças não consome fruta diariamente e 32% consome apenas uma porção de fruta por dia, sendo que as recomendações são de 3 porções por dia. Estas recomendações são conhecidas por, apenas, 49% dos pais.

Nova Missão Escolas de Valor já disponível
A nova aventura da Turma dos Econautas, a “força” de elite amiga do ambiente, já está disponível na página das Escolas de Valor...

Os Professores do 1º ciclo já podem aceder aos conteúdos didáticos e lúdicos acessíveis no site desta iniciativa, incitando os alunos a participar nesta nova Missão que inclui temas relacionados com a Defesa da Natureza.

O ponto de partida é simples: sejam quais forem, todas as nossas ações de hoje vão ter consequências no futuro. E no que ao ambiente diz respeito, não entregar os medicamentos e embalagens fora de uso e de prazo nas farmácias ou parafarmácias poderá vir a ter um forte impacto no ambiente por via da contaminação dos solos e águas.

É com base nesta premissa que nasce o Jogo das Diferenças, um conteúdo educacional e informativo que visa ensinar os mais pequenos a eliminar de forma correta e adequada os resíduos que diariamente geramos, inclusive os resíduos de medicamentos.

Numa missão conjunta, professores e alunos, vão ajudar a Valéria – a adolescente da família Medeiros que é cientista e passa grande parte do seu tempo no laboratório da Universidade – a completar a missão de descobrir as diferenças entre diversos tipos de resíduos, aprendendo a eliminar corretamente os nossos “lixos” diários e, ao mesmo tempo, a compreender o resultado e impacto da incorreta eliminação dos resíduos no futuro do planeta e dos ecossistemas.

Se todos formos ativos e soubermos como eliminar corretamente os resíduos, estamos a contribuir para defender o Planeta contra todos os agressores poluentes e a garantir um futuro sustentável e feito de vida.

O desafio lançado a professores e alunos é que aprendam, joguem e divirtam-se! Ao juntarem-se à Liga dos Defensores da Natureza, para cumprir mais um desafio lançado pela VALORMED, vão descobrir como podem fazer a diferença no futuro ambiental da Terra que todos nós habitamos.

Cada professor pode inscrever a sua turma em:  https://escolasdevalor.pt/missions-2024

Em vigor a partir de dia 17 de outubro
O projeto “Ligue Antes, Salve Vidas” entra em funcionamento na Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal (ULSAS) no próximo dia...

Através do número 808 24 24 24, os utentes receberão uma orientação para a sua situação clínica, quer seja relativa a autocuidados, referenciação para o Serviço de Urgência ou agendamento de uma consulta nos Cuidados de Saúde Primários, para o próprio dia, ou para o dia seguinte (no prazo de 24 horas).

Esta orientação irá permitir uma melhor gestão dos recursos e da qualidade de resposta no SNS, já que retira dos serviços de urgência os casos não emergentes, priorizando as verdadeiras situações graves. Por outro lado, os utentes evitam esperas e deslocações desnecessárias aos serviços de saúde.

O Hospital irá disponibiliza telefones com ligação direta à linha SNS 24 para que os utentes que não tenham previamente ligado, antes de recorrer às urgências, o possam fazer a partir da instituição hospitalar.

O cantor Toy dá rosto à campanha de divulgação local, que conta com parceiros como as autarquias de Almada e Seixal, Almada Forum, Carris Metropolitana, Fertagus, Rio Sul Shopping, e Transtejo. 

Evento incluiu cerimónia de entrega do Prémio Maria de Sousa
A Fundação BIAL comemora este ano o seu 30º aniversário e assinalou este marco com a realização de uma conferência preparada...

O evento teve lugar na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa e abriu com a cerimónia de entrega do Prémio Maria de Sousa 2024, promovido pela Ordem dos Médicos e pela Fundação BIAL. Contou com as presenças do Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, que encerrou a sessão, do Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, do bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, e do presidente da Fundação BIAL, Luís Portela.

“O Professor António Damásio e a Professora Hanna Damásio são dos mais notáveis neurocientistas mundiais, com uma fantástica produção científica, que lhes permite serem dos cientistas mais citados em todo o mundo. A Fundação BIAL está assim muito honrada por ambos terem aceitado preparar em conjunto a apresentação que o Professor António Damásio brilhantemente apresentou na presença de uma vasta audiência”, afirma Luís Portela, presidente da Fundação BIAL.

Acrescenta ainda que “para a decisão de juntar a cerimónia de entrega do Prémio Maria de Sousa 2024 e a conferência dos 30 anos contribuiu o facto de o ilustre casal ter mantido uma relação de profunda amizade com a cientista Maria de Sousa, que também foi administradora da Fundação”.

Sobre os 30 anos da Fundação BIAL, Luís Portela sublinha que “a história da Fundação e todas as realizações alcançadas ao longo do seu percurso só foram possíveis graças ao apoio e proximidade de muitos: cientistas, instituições e institutos, Academia e individualidades das mais diferentes áreas. A todos os que tornaram possível chegarmos até este importante marco deixo a minha mais profunda gratidão, com a certeza de que continuaremos a apoiar a Ciência ligada à Saúde, através do incentivo ao estudo científico do ser humano, tanto do ponto de vista físico, como espiritual”.

 
Saúde Mental
Múltiplas vezes desvalorizada e confundida com preguiça, tristeza ou pessimismo, a depressão é um pr

Norman Rosenthal, psiquiatra e líder da equipa que investigou e descreveu a Perturbação Afetiva Sazonal pela primeira vez, refere que a alteração do clima faz toda a diferença no estado de espírito das pessoas. “Quando temos um verão quente, ensolarado e seco e um inverno nublado e escuro, é quando a sazonalidade do problema se torna mais aparente”, mencionou ao The Guardian.

A depressão sazonal consiste numa desordem comportamental relacionada principalmente com a mudança das estações do ano, surgindo normalmente um agravamento no outono e inverno (dias de frio e chuva), alturas essas caracterizadas por proporcionar pouca energia, menos vontade de sair de casa, de trabalhar, de interagir, entre outros. A depressão sazonal é mais comum nas alturas de menor luz solar, mas as alterações comportamentais relacionadas com as estações podem também acontecer noutras alturas do ano, sobretudo na primavera, podendo interferir profundamente na qualidade de vida da pessoa e daqueles que a rodeiam, de forma quase incapacitante, sendo o seu tratamento precoce a melhor forma de combater os seus efeitos nefastos. De acordo com Michelle Riba, professora de psiquiatria e diretora do Centro de Depressão da Universidade do Michigan, nos EUA, a depressão sazonal, além de ter uma componente de depressão, pode também revelar bipolaridade ou outros problemas de saúde mental. “Para pessoas que todos os anos têm um padrão regular de tristeza, ansiedade e humores cíclicos, a primeira coisa que precisam de fazer é consultar alguém para fazer um diagnóstico,” referiu ao Huffington Post, em 2015.

Acredita-se que nestes últimos anos a Perturbação Afetiva Sazonal ganhou mais força, em virtude da pandemia que o país atravessou, estima-se que afete perto de 10% da população europeia, com especial incidência em indivíduos seniores (que podem ir das mais graves às mais moderadas manifestações clínicas).

Embora pareça absurdo, a verdade é que as estações do ano podem ser um indicador significativo da nossa saúde mental, sendo que nas regiões mais a norte, onde os dias são mais sombrios, a probabilidade de se ter esta doença aumenta. Vários estudos revelam que as mulheres têm maior taxa de depressão sazonal que os homens, como reportou o New York Times. No entanto os homens não estão imunes. Também pessoas que já tenham histórico familiar de depressão estão mais suscetíveis de desenvolver depressão sazonal.

Mas afinal, o que pode causar a depressão sazonal?

Os cientistas acreditam que a depressão sazonal está relacionada com a exposição solar e com o efeito direto da luz na produção de serotonina e melatonina no cérebro. Em algumas pessoas, a diminuição da luz solar no outono e inverno provoca um desequilíbrio nos níveis desses neurotransmissores (automaticamente irá haver uma quebra na produção da serotonina- hormona da felicidade), responsável pela regulação do humor, apetite e sono, havendo uma maior tendência para um humor depressivo. Além da serotonina, também se sabe que a ausência de luz interfere com a produção da melatonina, hormona responsável pelo ritmo circadiano (sono), que quando produzida em excesso provoca maior nível de fadiga e falta de energia.

Principais sinais/sintomas presentes

Os sintomas da depressão sazonal são semelhantes a outras formas de depressão. Dependendo da gravidade, podem afetar apenas ligeiramente o dia a dia, ou ter um efeito mais incapacitante. A perturbação de humor sazonal, internacionalmente designada como "Seasonal Affective Disorder" (SAD), é caraterizada pela presença de humor depressivo, baixa motivação e energia, cansaço extremo, irritabilidade, dificuldade em dormir ou dificuldade de concentração, apatia, desinteresse, ansiedade, mudança no horário das refeições, alteração de apetite e do padrão do sono, acabando por vezes por se isolarem. Contudo, “algumas características têm sido mais associadas a este tipo de depressão, como a falta de energia, o aumento do sono – a chamada hipersonia – maior apetite e aumento de peso”, refere Diogo Telles Correia, médico psiquiatra, psicoterapeuta e professor na Faculdade de Medicina de Lisboa. Pelo contrário, diz, “os tipos clássicos de depressão são associados frequentemente a insónia e falta de apetite”. De salientar que existem sintomas que se invertem caso a depressão sazonal ocorra no inverno ou no verão, por exemplo, nos meses frios há habitualmente mais vontade de comer, ganho de peso, e mais sono; quando se trata da época de calor, sofre-se de insónias e há perda de apetite e de peso.

Fatores de risco que devemos estar atentos/as

Várias situações aumentam o risco de sofrer depressão sazonal, nomeadamente viver longe da linha do Equador, em zonas com menor exposição ao sol, ou ter deficiências de vitamina D, que é produzida graças à luz solar. Outro fator que pode levar ao agravamento do estado de saúde, é o facto de haver população particularmente vulnerável, nomeadamente com historial de depressão na família, daí que a atenção de terceiros seja fundamental. A experiência confirma que na maioria das vezes não é o próprio a notar as alterações de comportamento, mas sim as pessoas mais próximas.

Algumas ideias de como prevenir a depressão sazonal e que tipo de tratamentos existem

O primeiro passo para se tratar a depressão sazonal é levar o problema a sério. “Não é algo para se rir ou brincar. É um problema de saúde significativo”, menciona Michelle Riba. Também Norman Rosenthal alerta para a necessidade de valorização desta doença, “Levar a sério é sempre o meu primeiro conselho”, refere.

Existem diversas estratégias para colmatar os sentimentos depressivos associados à mudança das estações e, caso já exista histórico de depressão na família, evitar que as alterações comportamentais evoluam:

  • Sair de casa, passear e fazer caminhadas ao ar livre;
  • Abrir as cortinas e janelas para permitir que entre o máximo de luz natural;
  • Acordar mais cedo, para que possa usufruir mais tempo da luz natural;
  • No trabalho, se possível, sente-se ao pé das janelas;
  • Ter uma alimentação cuidada, evitar doces e hidratos de carbono;
  • Fazer exercício várias vezes por semana sobretudo ao ar livre (sempre que possível) para reduzir a ansiedade;
  • Tentar estar com amigos e família, ter uma vida social ativa.

É fundamental aproveitar ao máximo o sol nos dias de inverno para obter os seus benefícios, e mesmo quando o frio e a chuva estejam presentes, é importante contrariar a vontade de se isolar, saindo e convivendo com as pessoas mais próximas.

O tratamento para a depressão sazonal inclui alterações na rotina e no estilo de vida, mas também pode passar por outras formas de tratamento. Os casos mais graves podem exigir a prescrição de antidepressivos e terapias cognitivo-comportamentais, mas, normalmente, consegue-se tratar com a Terapia da Luz, uma das soluções mais eficazes e naturais. O especialista, que é também autor do livro Winter Blues, Everything You Need To Know To Beat Seasonal Affective Disorder (em tradução livre, Tristeza de Inverno, tudo o que precisa de saber para combater a Perturbação Afetiva Sazonal), foi pioneiro nos tratamentos com Terapia da Luz ou Fototerapia, que consiste em ajudar o corpo a corrigir o ritmo circadiano e a produzir hormonas mais comuns em épocas mais solarengas, o que as vai ajudar a ser menos infelizes. A psicoterapia ajuda a lidar melhor com as sensações negativas e a reduzir a ansiedade ou o stress. A medicação é usada essencialmente nos casos mais graves e o médico especialista pode prescrever esse tratamento, de futuro, para alguns dias ou semanas antes de ser previsível o início dos sintomas, com a alteração das estações.

Embora fosse desejável, nem sempre é possível prevenir estes episódios, no entanto os especialistas apresentam atualmente uma vasta informação sobre o assunto e estão munidos com os melhores fármacos para ajudar a reduzir o risco de recaída. Tal como a depressão e outras perturbações de saúde mental, as alterações provocadas pela depressão sazonal podem não ser nítidos, ou ser menosprezadas antes de se tornarem mais graves. Em caso de dúvida, não hesite em procurar ajuda especializada.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
2.º Congresso Português do Cancro do Pulmão
O 2.º Congresso Português do Cancro do Pulmão, 11.º Congresso do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão (GECP), irá decorrer de...

Ana Figueiredo, Presidente da Direção do GECP, destaca a importância deste encontro para o avanço no tratamento e diagnóstico do cancro do pulmão em Portugal, salientando que “o GECP é um grupo que reúne profissionais com diferentes especializações, implicados no diagnóstico, na classificação, no estadiamento, no tratamento e no acompanhamento dos doentes”. “A atuação conjunta destes profissionais é essencial para proporcionar um acompanhamento personalizado, permitindo tratar os doentes por mais tempo e com maior eficácia”, acrescenta. O mote do Congresso, “Personalização e Multidisciplinaridade”, representa a abordagem atual do tratamento do cancro do pulmão, em que as várias especialidades médicas se reúnem para discutir caso a caso. 

“Atualmente, é impensável tratar a doença sem a realização de reuniões multidisciplinares, uma vez que estas proporcionam uma análise mais abrangente, em que todas as perspetivas são consideradas na decisão das melhores terapêuticas para os doentes.”

Este ano, serão discutidos os principais desafios no combate ao cancro do pulmão, incluindo o correto diagnóstico (histológico e molecular), o estadiamento preciso e a aplicação das novas moléculas, isoladas ou em combinação, no tratamento dos doentes. A pneumologista da ULS Coimbra enfatiza que “temos evoluído de forma exponencial nos últimos anos e acredito que continuaremos a evoluir”. “Os novos desafios que enfrentamos prendem-se com a integração de novas tecnologias, como a Inteligência Artificial (IA), que virão facilitar e melhorar todo este trabalho, além do diagnóstico precoce, que poderá reduzir significativamente a mortalidade associada a esta doença”, concretiza a especialista.

Além disso, este ano o Congresso abordará também temas fundamentais como a qualidade de vida do doente oncológico nas suas várias vertentes e a importância de cuidar do cuidador, reconhecendo que muitos médicos enfrentam o desafio do burnout. Outro ponto central das discussões será o debate sobre os rastreios e a sua viabilidade em Portugal, com vista à deteção precoce da doença e à redução da mortalidade.

O Congresso contará ainda com um Programa de Enfermagem, que irá decorrer em paralelo no dia 25 de outubro, proporcionando uma oportunidade única para enfermeiros e outros profissionais de saúde aprofundarem os seus conhecimentos e as competências no que diz respeito ao tratamento do doente com cancro do pulmão. Este programa conta com o patrocínio científico da Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa (AEOP).

O evento do GECP apresenta-se como uma plataforma importante para a capacitação dos profissionais de saúde, promovendo a troca e a partilha de experiências. “Mais conhecimento traz mais eficácia e a possibilidade das várias especialidades se reunirem e conversarem, ajudando na criação de uma rede de contactos, perceção de dificuldades e necessidades que, por vezes, podem passar despercebidas”, conclui a Ana Figueiredo.

 
Morreram mais de 2000 mulheres com cancro da mama em Portugal, em 2022
Coligação Europeia Contra o Cancro da Mama) e através do Movimento "Vencer e Viver" , promove, este mês, a iniciativa...

Os dados mais recentes sobre o cancro da mama em Portugal, publicados pelo Global Cancer Observatory da Organização Mundial de Saúde, referentes a 2022, estimam que cerca de 9.000 mulheres foram diagnosticadas com cancro da mama e mais de 2.000 morreram com a doença. Com uma taxa de cura superior a 90% quando diagnosticado e tratado precocemente, o cancro da mama, embora com mais incidência no sexo feminino, afeta também os homens (1 em cada 100 cancros de mama).

Para Vitor Veloso, Presidente da LPCC, os últimos números vêm confirmar a importância do rastreio na luta contra o cancro da mama. “Para a grande maioria das mulheres a prevenção é a diferença entre a vida e a morte. E nunca é demais lembrar que o nosso Programa de Rastreio de Cancro da Mama, desenvolvido em estreita colaboração com os Cuidados de Saúde Primários, é gratuito para todas as mulheres entre os 50 e os 69 anos e consiste na realização de uma mamografia a cada dois anos”, explicou.

Durante o mês de outubro e para alertar a população, nomeadamente as mulheres, para a importância desta prevenção e do diagnóstico precoce do cancro da mama, a Liga Portuguesa Contra o Cancro desenvolve várias iniciativas solidárias, nomeadamente nos seguintes dias: 13 de outubro - Dia Mundial do Cancro da Mama Metastático; 15 de outubro - Dia da Saúde da Mama e 30 de outubro - Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama.

O movimento conhecido por ‘Outubro Rosa’- Pink October - nasceu nos Estados Unidos da América com o objetivo de mobilizar a sociedade para a luta contra o cancro da mama. Desde então, por todo o mundo, a cor rosa é utilizada para homenagear as mulheres com cancro da mama, sensibilizar para a prevenção e diagnóstico precoce e apoiar a investigação nesta área.

Dados do estudo “Estado da Saúde geral da população portuguesa”
Um estudo da Medicare, em parceria com a Marktest, revela o aumento dos níveis de stress entre a população jovem. Segundo o...

Esta é uma das várias conclusões trazidas pelo estudo “Estado da Saúde geral da população portuguesa”, que já tinha revelado que mais de metade dos portugueses, entre os 18 e os 64 anos, assumem sentir stress elevado, sendo o sexo feminino o mais afetado.

Para responder a esta realidade, a Medicare lançou oficialmente a Mastercare, uma ferramenta gratuita de prevenção em saúde mental e bem-estar. O evento acontece no Dia Mundial da Saúde Mental, na Ordem dos Médicos, em Lisboa, onde será apresentado o estudo completo e as reflexões de vários especialistas.

A Mastercare promove a literacia em saúde mental e a prevenção de doenças através de mais de 50 workshops focados em temas como stress, ansiedade, parentalidade, gestão de carreira, burnout e autoestima.

Recomendações são apresentadas na conferência “A pegada carbónica do setor da saúde”
Cerca de metade dos médicos especialistas portugueses (47,7%) não têm conhecimento sobre a pegada ambiental dos inaladores, de...

O estudo é uma iniciativa do Conselho Português para a Saúde e o Ambiente (CPSA), em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), a Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPPediatria), a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), em que foram inquiridos 348 médicos com o objetivo de avaliar o grau de consciencialização sobre o impacto ambiental dos inaladores. 

Outro dado que foi possível apurar neste estudo é que os médicos mais jovens, entre os 25 e 49 anos, mostram menos preocupação com o tema (25%), enquanto mais de 35% dos médicos na faixa etária compreendida entre os 50 e os 64 anos, preocupam-se mais com o impacto ambiental dos tratamentos feitos com inaladores.

A conferência "Healthy Planet, Healthy People: A pegada carbónica do setor da saúde", organizada pelo CPSA e a Embaixada Britânica, com o apoio da GSK, evidenciou a urgência de uma ação conjunta para mitigar o impacto ambiental no setor da saúde, com foco na prescrição de inaladores. É fundamental definir estratégias que permitam aumentar o conhecimento dos profissionais de saúde relativamente ao impacto ambiental da área em que atuam e que contribuam para reduzir a pegada ecológica. Assim, com base nas conclusões  do estudo, foram elaboradas dez recomendações para a diminuição do impacto ambiental dos inaladores e para auxiliar na implementação de práticas sustentáveis. Por exemplo, haver sempre uma alternativa terapêutica e preferência pelos inaladores de pó seco (DPI) aos pressurizados (pMDI). Nos casos em que os pMDI são necessários, deve escolher-se inaladores com menor volume de HFA (hidrofluoroalcanos).

A introdução de um mecanismo de alerta sobre a pegada ecológica de cada inalador e a  implementação de estratégias para incentivar a devolução, o reaproveitamento dos dispositivos usados, bem como a monitorização do impacto  destas medidas, são passos importantes para mudar o paradigma atual, de acordo com os especialistas.

“O trabalho realizado mostra-nos que ainda há um longo caminho a percorrer no tema da sustentabilidade ambiental do setor, principalmente no que diz respeito à prescrição dos inaladores. Importa tornar a sustentabilidade em saúde numa prioridade para todos os intervenientes. Apesar de representarem somente uma parte do impacto ambiental do setor da saúde, é fundamental que sejam implementadas as recomendações, para que futuramente possamos ambicionar atingir zero emissões de carbono no setor da saúde”, afirma Luís Campos, Presidente do CPSA.

Importância do apoio psicológico e especificidades do luto perinatal em destaque
A Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade) organiza, a 18 de outubro, o VII workshop destinado a psicólogos e a...

"Acreditamos que o conhecimento e a sensibilidade para lidar com questões emocionais associadas à infertilidade são essenciais para oferecer um apoio completo e eficaz. Este workshop foi idealizado precisamente para fortalecer a conexão entre a ciência psicológica e a prática clínica, de forma a assegurar que aqueles que enfrentam o complexo caminho da (in)fertilidade possam receber o apoio adequado”, explica a presidente da associação, Cláudia Vieira.  

A programação do evento inclui palestras lideradas por diferentes especialistas e mesas redondas. A importância do apoio psicológico na perspetiva dos pacientes, as especificidades do luto perinatal em Procriação Medicamente Assistida e famílias formadas por pessoas LGBTQIA+ são alguns exemplos de discussões em destaque.  

“Queremos destacar a importância de estarmos atentos à diversidade de experiências e necessidades dos pacientes, seja no contexto do luto perinatal, seja na criação de materiais inclusivos para famílias LGBTQIA+. Estas sessões refletem o nosso empenho em promover uma abordagem mais inclusiva, compreensiva e atualizada sobre os desafios emocionais que afetam os nossos utentes”, continua a presidente.  

Os participantes vão ainda ficar a conhecer o projeto “Be a Mom”, um programa de intervenção psicológica online para promover a saúde mental no período pós-parto, e participar na atividade de grupo “Várias cabeças a pensar!”, destinada a analisar vinhetas clínicas em pequenos grupos e elaboração de propostas de formulação e intervenção.  

“Esperamos que este evento seja um espaço de partilha e enriquecimento para os profissionais, onde todos possam aprender, colaborar e desenvolver novas estratégias para apoiar cada pessoa de forma empática e personalizada. Juntos, estamos a construir um futuro em que o apoio emocional seja um pilar fundamental no percurso de quem enfrenta a infertilidade”, diz a responsável da APFertilidade. 

Com duração de 4h30, o workshop é acreditado pela Ordem dos Psicólogos com 1,8 créditos, no âmbito da área da formação em Psicologia Clínica e da Saúde. “A iniciativa não procura apenas informar, mas também capacitar os profissionais para lidarem de forma mais empática e eficaz com as dificuldades emocionais associadas à fertilidade”, termina Cláudia Vieira.  

Projeto liderado pela FMUC
A equipa do projeto “Let’s Talk About Children”, coordenada em Portugal pela Universidade de Coimbra (UC), acaba de divulgar um...

Segundo o documento foram identificados cinco desafios para promover a saúde mental na comunidade escolar: 1) dificuldades em dar resposta à crescente necessidade de apoio a crianças e jovens com problemas de saúde mental; 2) dificuldades de comunicação entre a escola e as famílias; 3) dificuldades de comunicação entre a escola e os serviços de saúde; 4) lacunas na formação dos professores e educadores sobre temas relacionados com a saúde mental; e 5) dificuldades na implementação integrada de políticas sociais, educativas e de saúde.

São também identificadas oportunidades de melhoria, para que se possa estabelecer, no futuro, uma abordagem mais integrada para trabalhar com as famílias em prol do bem-estar das crianças. Intervenções para prevenção primária e secundária de problemas de saúde mental na população escolar, promoção de colaboração regular entre os professores/educadores e os profissionais de saúde mental e a capacitação dos professores e educadores para reconhecerem e apoiarem crianças e jovens com problemas de saúde mental são algumas das propostas de melhoria apresentadas.

A promoção da saúde mental entre as crianças/jovens é uma prioridade a nível internacional, nomeadamente para a Organização Mundial da Saúde e para a União Europeia, que recomenda aos Estados-Membros intervenções específicas no âmbito da saúde mental na juventude e educação. O projeto “Let´s Talk About Children” tem como missão promover a saúde mental de crianças oriundas de contextos familiares vulneráveis, como, por exemplo, famílias em que há casos de doença mental, carências económicas ou dificuldades na integração social. Está a ser implementado em Portugal e noutros 8 países europeus desde 2023, no âmbito do programa EU4Health, financiado pela Comissão Europeia, sendo coordenado a nível nacional pela Faculdade de Medicina da UC (FMUC).
 
O documento orientador agora publicado resultou da auscultação de entidades que prestam apoio a famílias em situações de vulnerabilidade (como escolas, autarquias, serviços de saúde e associações). Além do coordenador do projeto “Let’s Talk About Children” – o docente da FMUC e especialista em Psiquiatria, Joaquim Cerejeira – participaram nesta reunião de trabalho representantes da Unidade Local de Saúde de Coimbra e de outras instituições: Associação dos Ucranianos em Portugal, Câmara Municipal de Arganil, Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, Confederação Nacional das Associações de Pais, Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares – Direção de Serviços da Região Centro, Escola Básica do Tovim, Escola Secundária de Jaime Cortesão, Instituto de Apoio à Criança – Polo de Coimbra e Associação MenteCiente.
 
Em respostas aos desafios enumerados neste documento orientador, vai ter início, a 12 de outubro, o programa de capacitação de cerca de 60 profissionais que lidam com as famílias e com as crianças nos contextos educativo e da saúde, promovida pelo “Let’s Talk About Children”. Este grupo de profissionais inclui professores e educadores desde o ensino pré-escolar até ao 12.º ano, assim como profissionais da área da saúde (psicólogos, enfermeiros, médicos) e outros técnicos superiores.
 
Este treino vai potenciar a aquisição de competências para que estes profissionais possam reconhecer precocemente famílias em situação de vulnerabilidade e, através de intervenções preventivas multidisciplinares, promover as competências parentais, o desenvolvimento psicossocial das crianças e a saúde mental de toda a família. 
Câmara Municipal de Lisboa e Lusíadas Saúde juntam-se para assinalar o Dia Mundial da Saúde Mental
A Câmara Municipal de Lisboa e o Grupo Lusíadas Saúde juntaram-se para assinalar o Dia Mundial da Saúde Mental, que se comemora...

Com esta iniciativa inédita conjunta, as duas entidades pretendem sensibilizar a população para a relevância da saúde mental, para a necessidade de eliminar o estigma associado a patologias do foro mental e ao seu tratamento, e para a incidência, cada vez maior, na população portuguesa, em diferentes grupos e faixas etárias.

De acordo com o último Estudo Epidemiológico Nacional de Saúde Mental, promovido pela Universidade Nova de Lisboa, um em cada cinco portugueses sofre de uma perturbação psiquiátrica, realidade que coloca Portugal na segunda pior posição a nível europeu – atrás apenas da Irlanda. Já os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde alertam para o impacto da doença mental na vida do indivíduo, salientando que pessoas com doenças do foro mental graves tendem a viver menos 10 a 20 anos do que o resto da população.

“A saúde mental, e o estigma associado às doenças mentais e ao seu tratamento, é um tema de âmbito e importância nacionais, pelo que a Câmara Municipal de Lisboa, que tem feito um trabalho de construção de um Estado Social Local através da implementação de várias medidas na área da saúde, não poderia deixar de se associar a uma iniciativa de sensibilização desta temática, através da iluminação de um dos monumentos mais simbólicos da nossa cidade. A saúde mental dos lisboetas é um dos compromissos prioritários da nossa autarquia”, refere Sofia Athayde, Vereadora da Câmara Municipal de Lisboa com os pelouros da Saúde, Direitos Humanos e Sociais, Educação, Juventude, e Serviços de Apoio Geral.

“Face à importância crescente dos problemas associados à saúde mental e, sobretudo, de eliminar o estigma que ainda persiste na sociedade sobre este tema e o seu tratamento, a Lusíadas Saúde uniu-se à Câmara Municipal de Lisboa num gesto simbólico e de sensibilização de iluminar um dos mais emblemáticos monumentos da capital portuguesa com a cor verde, representativa da saúde mental. Esta ação é uma forma de mostrar que cuidar da mente é tão importante como cuidar do corpo, e de apelar à necessidade urgente de olharmos para a saúde mental como uma prioridade coletiva e individual”, explicou Vasco Antunes Pereira, CEO do Grupo Lusíadas Saúde.

Para assinalar o momento, Sofia Athayde, Vasco Antunes Pereira, e Filipa Pinheiro Marques, a CEO do Hospital Lusíadas Monsanto – a unidade do Grupo especializada em saúde mental, protagonizaram, na noite do dia 9 de outubro (ontem), o momento inédito da iluminação da Estátua do Marquês de Pombal.

 
Dia Mundial da Visão | 10 de outubro
Porque sou Oftalmologista Veterinário? A resposta é simples: acredito profundamente na importância

A visão é um dos sentidos mais complexos e importantes. Define-se como “o processo pelo qual percebemos e interpretamos a luz e as imagens ao nosso redor. Envolve a captação de luz pelos olhos, que é então convertida em sinais elétricos enviados ao cérebro, onde essas informações são processadas e interpretadas. A visão permite-nos perceber cores, formas, profundidade e movimento, e é essencial para a interação com o ambiente”. Portanto, sem ver, as nossas capacidades de interação com o mundo estão amplamente limitadas. O mesmo se passa com os animais.

Costuma-se dizer que, nos cães e gatos, a visão não é o sentido mais potente, com o olfato e a audição desempenhando papéis mais intensos. E é verdade. No entanto, não podemos subestimar o impacto que a visão tem na forma como esses animais percebem o mundo. Eles podem até "ver" com o nariz ou os ouvidos, mas é através dos olhos que reconhecem movimentos, obstáculos, o prato de comida e, talvez o mais importante, as feições humanas. A visão é, indubitavelmente, importante para a qualidade de vida em pleno dos animais, apesar de estes apresentarem uma capacidade absolutamente “sobre-humana” para compensarem a condição invisual com os outros sentidos. Esta é a regra e é uma realidade que um cão invisual tem qualidade de vida.

Os animais têm uma notável capacidade de adaptação. É comum ver cães totalmente cegos que, se não fosse a ausência dos olhos, passariam despercebidos. Muitos continuam a viver com grande qualidade de vida, utilizando outros sentidos para compensar a perda visual. Mas, como em qualquer regra, existem exceções. E, por vezes, são essas exceções que nos fazem refletir sobre a verdadeira importância da visão nos animais.

O caso do Ruca, um cão amistoso de 14 anos de vida bem preenchidos, é um exemplo disso. Com o passar dos anos, o Ruca começou a apresentar dificuldades cognitivas e motoras, além de perder a visão devido a uma catarata no único olho que ainda possuía, após ter o outro removido por causa de um glaucoma. Tornou-se invisual, o que limitou determinantemente a sua qualidade de vida. Notava-se que tinha dificuldade em encontrar o prato da comida e da água, para além de embater frequentemente em tudo o que era obstáculo. O seu cuidador, o Sr. Márcio, percebendo a gravidade da situação, procurou uma solução corajosa: a cirurgia da catarata.

Após a cirurgia, o Ruca recuperou a visão por um curto período, mas logo enfrentou uma nova batalha, quando a pressão ocular aumentou drasticamente (41 mmHG, quando o normal é até 25 mmHG), necessitando de outra cirurgia arriscada para tratar o glaucoma. O caminho foi árduo, com dezenas de consultas, tratamentos pós-operatórios difíceis e muita ansiedade. Mas, graças à persistência e ao amor do seu cuidador, o Ruca finalmente recuperou a visão e a sua qualidade de vida, movimentando-se sem bater em obstáculos e interagindo com o mundo ao seu redor.

Esta história é um exemplo de perseverança e coragem — tanto do cuidador quanto do próprio Ruca. É um testemunho de que a visão é, sim, um sentido crucial para os nossos animais e de que vale a pena lutar por ela. Cada caso é uma oportunidade de oferecer uma vida melhor e mais plena para os nossos heróis de quatro patas.

Neste Dia Mundial da Visão, quero dedicar os meus pensamentos ao Ruca, ao Sr. Márcio e a todos os cuidadores que, com amor e dedicação, procuram oferecer aos seus animais o melhor cuidado possível. E, claro, uma homenagem a todos os oftalmologistas veterinários que, diariamente, trabalham para que os nossos animais continuem a perceber "cores, formas, profundidade e movimento," mantendo-se conectados ao mundo que os rodeia.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Opinião
Celebra-se no próximo sábado, dia 12 de outubro, mais um Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, inicia

Este ano cumprem-se 10 anos desde a resolução da OMS (Organização Mundial de Saúde) alertando para a necessidade de promover a melhoria dos Cuidados Paliativos no mundo. Em 2014 a Assembleia Mundial de Saúde (órgão dirigente da OMS) aprovou uma resolução exortando todos os países a “fortalecer os Cuidados Paliativos como um componente dos cuidados abrangentes ao longo da vida”. É este o mote inspirador do Dia Mundial dos Cuidados Paliativos 2024.

O tema para 2024 é “Dez anos após a Resolução: Como estamos?”

Sendo os Cuidados Paliativos fundamentais para melhorar a qualidade de vida, bem-estar, conforto e dignidade da pessoa em sofrimento decorrente de doença crónica, sendo cuidados de saúde eficazes e centrados na pessoa, valorizando as suas  necessidades, oferecendo informação adequada, personalizada e culturalmente sensível sobre o seu estado de saúde e estimulando o seu papel central na tomada de decisões, pretende-se reforçar a mensagem ‘Não existe Cobertura Universal de Saúde sem a integração dos Cuidados Paliativos nos sistemas de saúde em todo o mundo”.

É importante reconhecer que mais de 60 milhões de pessoas em cada ano, necessitam de Cuidados Paliativos, prevendo-se o aumento destas necessidades com o envelhecimento da população e o aumento de doenças não transmissíveis e outras doenças crónicas.

É importante reconhecer a necessidade de Cuidados Paliativos para as crianças e ter consciência da necessidade de acesso a medicamentos adequados, nomeadamente medicamentos em formulações pediátricas.

É importante reconhecer que a integração dos Cuidados Paliativos nos sistemas de saúde é essencial para a obtenção de Cobertura Universal de Saúde (Universal Health Coverage). O acesso a serviços de saúde de qualidade, seguros, eficazes e universais é imprescindível.

É necessário alertar para a necessidade urgente de incluir os Cuidados Paliativos em todo o sistema de saúde, a todos os níveis, desde cuidados de saúde primários, hospitalares e socio-sanitários, reconhecendo que a integração inadequada dos Cuidados Paliativos nos sistemas de saúde e de assistência é um dos principais fatores que contribuem para a falta de acesso equitativo a estes cuidados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) no Atlas Global de Cuidados Paliativos demostrou que apenas cerca de 12% dos quase 60 milhões de adultos e crianças que precisam de Cuidados Paliativos, os recebem. Cerca de 18 milhões de pessoas morrem todos os anos com dor e sofrimento, devido à falta de acesso a estes cuidados.

O Dia Mundial dos Cuidados Paliativos é uma oportunidade vital para aumentar a conscientização e mobilizar o apoio a Cuidados Paliativos de comunidades e governos em todo o mundo.

A WHPCA apela que “façamos ouvir, junto dos decisores e responsáveis, a voz dos que necessitam de Cuidados Paliativos, para que promovam a implementação da resolução da OMS e priorizem os Cuidados Paliativos na Cobertura Universal de Saúde”.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
No âmbito do Dia Mundial da Saúde Mental
No passado dia 4 de outubro, o especialista em Medicina de Reprodução , Miguel Raimundo juntou-se à psicóloga Teresa Ribeiro...

A sessão abordou vários temas relacionados com problemas de infertilidade, como o sentimento de culpa das pessoas envolvidas, a pressão que existe durante os tratamentos e a dificuldade em perceber quando é preciso ajuda psicológica. Para Teresa Ribeiro, psicóloga clínica, com formação na área da terapia familiar, “às vezes os casais e as pessoas não conseguem distinguir se estão a precisar ou não de ajuda. Muitas vezes vão sendo negligenciados os fatores psicológicos, e há outras prioridades, e estes acabam por ir ficando. Quando prestam atenção é quando o sofrimento já é muito grande”.

Foram também debatidas outras questões relacionadas com os tratamentos FIV, como a gestão de expetativa da taxa de sucesso, e o tema da doação de óvulos e espermatozoides, bem como a importância de relacionar estes tratamentos com o apoio psicológico para casais.

Os dois especialistas relembraram ainda toda a pressão que existe durante os processos de tratamento, como a pressão social sobre o tema. Reforçaram que estabelecer a comunicação entre casal é fundamental, e ainda que as mulheres estão mais pressionadas, sentindo-se sozinhas, não havendo espaço na sociedade para falar do tema, devido aos tabus que ainda existem em Portugal.

Para  Miguel Raimundo é necessário “acabar com os tabus em Portugal sobre a fertilidade e saúde mental. É urgente falar sobre estes temas, para que mais pessoas saibam que não estão sozinhas a passar por estes problemas. As áreas da medicina têm de trabalhar em conjunto”.

 
Associação apela a que se tomem medidas ao nível da política educativa
No âmbito do Dia Mundial da Dislexia, 10 de outubro, a DISLEX - Associação Portuguesa de Dislexia alerta para a necessidade de...
“Os alunos com Dislexia estão em todas as escolas do país e cientificamente sabe-se que representam 10% da população escolar.  São alunos inteligentes e criativos. O seu cérebro processa de forma diferente os carateres simbólicos, incluindo as palavras escritas. Cabe a cada agrupamento e escola envolvê-los com respostas educativas eficazes: atempadas, cientificamente sustentadas, com resultados consistentes, com frutos duradoiros, capazes de alavancar o seu projeto de vida pessoal e, a par, o país, pelo seu sucesso, suportado pela melhoria do nível de literacia destes cidadãos.”, afirma Helena Serra, Presidente da Assembleia Geral da DISLEX.
A DISLEX reclama por decisões de política educativa a serem tomadas, como por exemplo: 
1. Obrigatoriedade da educação Pré-escolar, no referente à idade dos 5 anos, para poder ser feita a devida prevenção nessa etapa. Cuidar de bem desenvolver os pré-requisitos das aprendizagens simbólicas - linguagem, conhecimento fonológico, noções de espaço e tempo, perceção e memória auditiva e visual, motricidade, coordenação viso-motora e atenção - com recurso a prova de avaliação da existência destas competências, antes da iniciação escolar;
2. Revisão do rácio para colocação de docentes de Educação Especial, passando a considerar o seu papel quanto à Dislexia, incluindo dar apoio aos docentes em geral, inseririndo as devidas adequações no processo de ensino-aprendizagem e adaptação da avaliação;
3. Possibilidade de as escolas poderem requisitar recursos humanos -terapeutas, docentes especializados, docentes para os apoios necessários – para a adequada intervenção neste domínio.
A DILEX elenca as práticas habituais nas escolas portuguesas e a sua ineficácia relativamente aos alunos com Dislexia:
  • "Muitos casos de alunos com Dislexia não são identificados. Muitos chegam ao Ensino Secundário e Superior sem serem identificados como disléxicos, nem são avaliados;
  • A indicação de um caso, em regra, é feita pela descrição dos desempenhos-problema do aluno, pelo docente titular ou pelo Diretor de Turma, sem haver avaliação compreensiva. Ou seja, não é feito o perfil do aluno de desenvolvimento e de realização.  Nem se conhecem as áreas fracas ou emergentes sobre as quais haveria que ser feita, precocemente, uma intervenção específica;
  • Quando se promove a avaliação só ao Psicólogo cabe fazê-la. A escassez destes profissionais nas escolas, a sua falta de tempo de tempo leva a à não realização da avaliação ou que o resultado chegue tardiamente;
  • Mesmo quando há intervenção, é muito frequente ser tardia, curta e inespecífica;
  • A grande maioria dos alunos com Dislexia não recebe apoio especializado. A intervenção, quando existe, é um apoio mais individualizado dado por docentes do ensino regular, sem formação em Dislexia, o que se traduz somente no reforço de conteúdos das disciplinas".
 
A Doença de Alzheimer
Em Portugal o número e a percentagem de pessoas com demência é crescente, fruto do aumento da espera

A Doença de Alzheimer é a demência mais frequente. E, sem dúvida, o principal fator de risco principal é a idade. Por outro lado, nas outras formas de demência a idade não é o fator determinante.

Assim, efetivamente, o envelhecimento, não é uma doença, mas é um fator de risco para um conjunto de doenças, onde se inclui a demência, nomeadamente a Doença de Alzheimer.

O diagnóstico da demência

Na abordagem de um doente com suspeita de demência, a história do paciente, a observação clínica e psicológica são, por isso, os elementos essenciais do diagnóstico.

A investigação clínica, ao associar marcadores químicos, neuropsicológicos e neurorradiológicos permite-nos afirmar com grande probabilidade que se trata de uma doença de Alzheimer. Apesar do diagnóstico ser sustentado por todos estes marcadores e exames, infelizmente até ao momento não dispomos de nenhum medicamento que atrase significativamente a evolução da doença.

A importância de confirmar o diagnóstico de Doença de Alzheimer

Confirmado o diagnóstico de demência é essencial excluir as múltiplas causas tratáveis da doença. Como o hipotiroidismo, défice de vitamina B12, aumento da pressão do líquor no cérebro, AVC´s de repetição, etc. O diagnóstico de Alzheimer só se pode fazer após se excluir todas as causas tratáveis.

Na minha experiência enquanto neurologista, na atualidade um número significativo de doentes está rotulado de Doença de Alzheimer, a fazerem terapêuticas prolongadas, sem benefícios para a demência e, na verdade, sofrem de depressões ou alterações psicóticas não tratadas.

A prevenção da demência

Estudos epidemiológicos apontam para cerca de 40% das demências poderem ser evitadas e tratadas. A razão mais provável para a redução da prevalência da doença é o melhor controlo da hipertensão, diabetes, insuficiência cardíaca, etc. Contudo, são também importantes para esta diminuição a utilização da anti-agregação plaquetária e anticoagulação na prevenção de fenómenos cardioembólicos.

Défice cognitivo e idade

A observação médica deve avaliar e valorizar cada vez mais os défices auditivos, visuais e dos outros órgãos dos sentidos que acompanham a evolução natural do processo de envelhecimento. E contribuem para o crescente défice cognitivo. Mas, podemos ainda reduzir a incidência das outras causas de demência não Alzheimer.

Como reduzir o risco de demência?

Reduzir a ingestão de sal, excesso de álcool, tabaco, drogas, benzodiazepinas, antiácidos e ter uma dieta equilibrada são os segredos para minimizar o risco de demência.

De acordo com algumas investigações, sabemos que nas pessoas com menor escolaridade, o Alzheimer evolui mais rápido. A reserva cognitiva é variável de pessoa para pessoa. Além destes fatores, hoje é consensual que se devem criar ambientes confortáveis e familiares que facilitem a estimulação cognitiva. Ler, jogar, conviver com os amigos, pensar e andar são atividades que estimulam o nosso cérebro e contribuem para o retardar do processo demencial.

Por exemplo, quando fazemos um movimento físico, como simplesmente andar ou quando nos é realizada uma massagem muscular estimulamos eletricamente o córtex cerebral.

Em suma, uma carícia, um abraço, um beijo, estimulam da mesma forma outras áreas do córtex cerebral, não menos importantes.

Vamos pensar nisto e reduzir assim o declínio cognitivo?

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
1 em cada 4 doentes de lúpus toma corticoides há mais de 10 anos
A propósito do Dia Mundial das Doenças Reumáticas, que se assinala a 12 de outubro, a Associação de Doentes com Lúpus (ADL)...

Um inquérito recente da World Lupus Federation revela dados alarmantes sobre a utilização destes medicamentos anti-inflamatórios e o impacto que têm na vida dos doentes. O estudo demonstra que 91% dos doentes com lúpus usam ou usaram corticoides de forma habitual, sendo que 3 em cada quatro (75%) tomam há mais de um ano e 27% (mais de um em cada quatro) há mais de uma década. Esta realidade traduz-se num risco significativamente aumentado de efeitos secundários graves, como diabetes, problemas cardíacos e osteoporose. Esse é, aliás, um dos maiores receios da comunidade de pessoas com lúpus: 96% expressam preocupação e sublinham a necessidade de discutir opções terapêuticas com o seu médico assistente.

"Apesar dos avanços da medicina, o tratamento do lúpus ainda apresenta desafios significativos para os doentes, nomeadamente no que toca aos efeitos secundários da medicação mais comummente utilizada, os anti-inflamatórios. Este inquérito realça a importância de oferecer aos doentes com lúpus outras opções terapêuticas, que minimizem os efeitos secundários e permitam uma melhor qualidade de vida a longo prazo. A informação, o diálogo entre médico e doente e um diagnóstico precoce são essenciais para alcançar este objetivo", afirma Rita Mendes, presidente da ADL.

60% dos inquiridos relataram ter experienciado, pelo menos, um efeito colateral grave, incluindo diabetes, problemas cardíacos e osteoporose. Um dado particularmente preocupante é que 43% dos inquiridos admitem tomar doses diárias de corticoides superiores à dose de manutenção recomendada, o que aumenta exponencialmente o risco de complicações.

José Alves, diretor da unidade de doenças imunomediadas sistémicas do Hospital Fernando Fonseca, alerta: "Sabemos que os corticoides são uma espécie de empréstimo a prazo, em que os juros vão aumentando muito com o tempo. É fundamental que os doentes sejam informados sobre os riscos e benefícios da medicação e que sejam exploradas todas as alternativas terapêuticas disponíveis".

A necessidade de partilha de informação e de uma abordagem terapêutica mais personalizada é, aliás, sublinhada pelo inquérito. Cerca de 39% dos doentes não se sentem envolvidos nas decisões sobre o seu tratamento, o que pode contribuir para a frustração e para a diminuição da adesão à terapêutica.

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