Dia 28 e 29 de novembro
A cidade de Tomar vai acolher, nos dias 28 e 29 de novembro de 2024, a 7.ª Reunião do Núcleo de Estudos de Geriatria (NEGERMI),...

Sofia Duque, coordenadora do NEGERMI, destaca que o principal objetivo da reunião é "divulgar as particularidades dos doentes idosos e trazer para Portugal as melhores práticas na sua abordagem". Num país onde "a população idosa representa quase um quarto da população", conforme refere Pedro Marques, membro da comissão organizadora da reunião, é essencial que os profissionais de saúde estejam preparados para tratar estes doentes de forma individualizada. Entre os temas a serem debatidos estão doenças crónicas como diabetes, insuficiência cardíaca e doença renal crónica, todas analisadas sob a perspetiva geriátrica. Também serão discutidas síndromes comuns nos idosos, como o delirium, as quedas e as doenças do movimento, assim como a relevância da saúde oral na avaliação geriátrica global, uma área muitas vezes negligenciada.

Outro ponto inovador que será abordado é a  inteligência artificial e o seu papel na abordagem do doente idoso, evidenciando o compromisso do NEGERMI com o futuro da Medicina. "Vamos sair da caixa e discutir o impacto que a inteligência artificial pode ter na monitorização e tratamento dos idosos com patologias crónicas", revela Gonçalo Sarmento, membro da comissão organizadora da reunião.

Durante a reunião serão abordados também os desafios específicos no tratamento dos idosos em Portugal, onde, segundo Pedro Marques, "a gestão do doente crónico idoso é desafiante devido à coexistência de várias síndromes geriátricas que complicam o tratamento". O especialista sublinha a complexidade de tratar condições como a insuficiência cardíaca e a diabetes nesta população, apontando que "esperamos responder a muitas das dúvidas que os médicos enfrentam no dia a dia".

O envelhecimento da população em Portugal continua a influenciar significativamente a prática da Medicina Interna. Conforme afirma Pedro Marques, "o isolamento causado pela pandemia agravou muitos problemas cognitivos, psicológicos e funcionais nos idosos, criando novos desafios para os hospitais e as famílias". Perante este cenário, segundo Sofia Duque, o NEGERMI tem estado na linha da frente, oferecendo formação contínua e atualizações clínicas aos profissionais de saúde, através de cursos, bolsas de estudo e eventos como esta reunião.

Gonçalo Sarmento acrescenta que serão discutidos os avanços na vacinação para os mais velhos, uma área que "já não é exclusiva dos mais jovens", tendo um impacto positivo em todas as idades.

A abordagem multidisciplinar será também um dos pilares da reunião. "A avaliação do idoso não existe sem uma abordagem multidisciplinar", realça Sofia Duque, destacando a importância da colaboração entre médicos, enfermeiros, nutricionistas, terapeutas e outros profissionais de saúde para garantir um plano de cuidados completo e eficaz.

O NEGERMI tem sido um promotor ativo da formação contínua. O curso anual de Introdução à Geriatria, já na sua 13.ª edição, continua a atrair muitos profissionais de saúde, e outros cursos, como o de Nutrição Clínica Geriátrica e Doenças Neuropsiquiátricas, têm sido igualmente populares. A formação é ainda complementada pelas Open Sessions, encontros mensais online que permitem a discussão de casos clínicos e a partilha de conhecimentos entre colegas de todo o país. "Estas sessões têm criado uma verdadeira comunidade de profissionais dedicados à Geriatria", explica Sofia Duque, mencionando a criação de um repositório educativo online, acessível a qualquer momento.

Com uma visão focada no futuro, o NEGERMI continua a promover iniciativas inovadoras, como a Bolsa NEGERMI para Estágios Clínicos de Geriatria, que apoia médicos de Medicina Interna a realizarem estágios em unidades de excelência na Europa. "Procuramos sempre dinamizar as nossas atividades e inovar, porque a Geriatria é uma área em constante progresso", conclui a coordenadora.

 
Alerta é do Bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses
O Bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), Francisco Miranda Rodrigues, alerta para a importância da promoção da...

“Numa altura em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) escolhe a Saúde Mental no Trabalho como tema para este Dia da Saúde Mental, é preciso lembrar as promessas por cumprir. O governo não está a olhar para a saúde mental no local de trabalho”, lamenta o Bastonário.

Francisco Miranda Rodrigues recorda que “foi entregue um Livro Verde do Futuro da Segurança e Saúde no Trabalho, elaborado por um grupo de peritos” e que o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social não se pronuncia sobre o que vai acontecer. “As equipas de saúde ocupacional já deviam contar com um psicólogo, por exemplo, como já recomendado pela Direção-Geral da Saúde, mas, na prática, nada acontece".

“É preciso que o governo tire os relatórios das gavetas e ponha a funcionar as políticas de promoção da saúde mental no local de trabalho que podem fazer a diferença na vida das pessoas”, defende o Bastonário.

Numa altura em que “todos dizem ser muito importante a saúde mental no local de trabalho é lamentável que, quando chega a altura de colocar as políticas em prática, tudo seja esquecido em prol do pilar financeiro e de curto prazo”. E isso acontece “tanto por parte dos decisores políticos como de empregadores e sindicatos”, explica.

“A saúde mental não pesa na mesa de negociações. E com isso perde-se no bem-estar das pessoas e perde-se na economia. Quando as pessoas não estão bem ao nível da saúde mental não conseguem ter o mesmo nível de produtividade”, explica Francisco Miranda Rodrigues, recordando o relatório da própria Ordem dos Psicólogos Portugueses que indica que o stresse e os custos de Problemas de Saúde Psicológica no trabalho custam 5,3 mil milhões por ano.

O Bastonário lamenta ainda que o Estado não dê o exemplo sobre o que deve ser feito nesta área, em serviços tão basilares como o Serviço Nacional de Saúde ou as escolas, onde “os profissionais estão descontentes, e não deve ser só pelas questões financeiras. Há também a falta de reconhecimento e autonomia. E não se faz nada”.

Já nas organizações privadas, recorda que “tem sido crescente a importância dada à saúde mental, o que é muito positivo”. “Mas é preciso ter cuidado para não se ficar apenas pelos discursos e pelas intenções e pelo ‘mental washing’. É necessário que as boas práticas sejam efetivamente aplicadas e que se façam planos de avaliação dos riscos psicossociais e de mitigação desses riscos”, conclui.

Prémio no valor de até 150 mil euros atribuído pela Ordem dos Médicos e Fundação BIAL
Maria Arez, Pedro Nascimento Alves, Ana Rita Araújo, Samuel Gonçalves e Joana Gaifem são os vencedores da quarta edição do...

Maria Arez, do Instituto de Bioengenharia e Biociências do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa; Pedro Nascimento Alves, do Centro de Estudos Egas Moniz da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Ana Rita Araújo e Joana Gaifem, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, e Samuel Gonçalves, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da Universidade do Minho, são os cientistas distinguidos pela excelência dos seus projetos de investigação com até 30 mil euros cada, incluindo um estágio num centro internacional de excelência.

A cerimónia de entrega do Prémio Maria de Sousa, na sua 4ª edição, acontecerá hoje, pelas 17:00, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, precedendo a Conferência “Sobre a Fisiologia da Mente 2024”, preparada pelos neurocientistas António Damásio e Hanna Damásio e apresentada pelo primeiro, realizada no âmbito da celebração dos 30 anos da Fundação BIAL.

Estarão presentes o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, que encerra a sessão, o Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, e o presidente da Fundação BIAL, Luís Portela.

Maria Arez, investigadora do Instituto de Bioengenharia e Biociências do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, propõe-se, com o projeto “Uma nova abordagem para corrigir defeitos de imprinting genómico durante a reprogramação de células estaminais pluripotentes induzidas”, compreender as causas dos erros que ocorrem durante a criação células estaminais pluripotentes induzidas (iPSCs) e, com isto, desenvolver um método inovador para evitar esses defeitos, garantindo a integridade destas células. O sucesso deste trabalho contribuirá significativamente para a área das células estaminais, melhorando a segurança e eficácia das iPSCs em contextos científicos e clínicos. Com a otimização do processo de criação destas células, este projeto abrirá portas para terapias celulares mais confiáveis e eficazes, fortalecendo o papel das iPSCs na medicina regenerativa e oferecendo novas possibilidades de tratamento para diversas doenças, tais como doenças cardiovasculares, diabetes, cegueira e doenças neurodegenerativas.

A descoberta das iPSCs trouxe grandes avanços para a medicina. Estas células são criadas em laboratório a partir de células adultas do corpo humano, como células da pele ou do sangue, e têm a incrível capacidade de se transformar em qualquer outro tipo de células, como células do coração, dos nervos ou dos músculos. No entanto, durante o processo de criação destas células em laboratório, elas podem sofrer "erros" no controlo da expressão de certos genes, especialmente nas áreas do genoma reguladas por um mecanismo chamado imprinting genómico. Esses erros estão associados a doenças do desenvolvimento e a cancros, por isso este trabalho tem como objetivo identificar e corrigir esses erros usando métodos e tecnologias modernas, para criar iPSCs livres desses defeitos. Desta forma, as iPSCs serão mais seguras e confiáveis para serem usadas nos tratamentos de saúde no futuro.

O projeto do investigador Pedro Nascimento Alves, do Centro de Estudos Egas Moniz da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, sob o título “Modulação personalizada dos circuitos de neurotransmissores em doentes com AVC”, centra-se no estudo do Acidente Vascular Cerebral (AVC), uma das principais causas de alterações cognitivas.

O cérebro é constituído por milhares de milhões de neurónios, que comunicam entre si através de substâncias químicas chamadas neurotransmissores, formando circuitos eletroquímicos. O AVC é uma doença muito frequente causada por um défice de sangue ou hemorragia numa determinada região do cérebro. A lesão do AVC vai interromper os circuitos neuronais mediados pelos neurotransmissores, provocando defeitos cognitivos, tais como alterações da fala, memória e concentração. Recentemente, foi desenvolvida uma técnica que permite calcular quais os circuitos de neurotransmissores que são alterados por um determinado AVC. Este projeto de investigação vai assim testar se a administração de medicamentos com potencial para reequilibrar esses circuitos melhora as sequelas cognitivas do AVC. Não existindo atualmente medicamentos que melhorem as alterações cognitivas do AVC, esta abordagem (a revelar-se eficaz) terá um impacto importante, dado que mais de 25 milhões de pessoas no mundo já sofreram um AVC e uma grande percentagem fica com sequelas cognitivas limitativas.

O projeto de Ana Rita Araújo, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, intitula-se “BOOST-Age: Reforçar a capacidade proliferativa dos tecidos envelhecidos para manter o bom funcionamento dos órgãos”. Com este projeto pretende-se perceber se as células que proliferam durante mais tempo ao longo da nossa vida têm um papel protetor na manutenção da função dos diferentes tecidos e ajudam à desaceleração do envelhecimento. Para isso, serão usados modelos in vitro, mais especificamente células de indivíduos com diferentes idades, e modelos in vivo que consistem em ratinhos de diferentes idades. Vão ainda ser usados “super-ratinhos” que têm uma molécula que os investigadores já sabem que prolonga a longevidade destes animais porque promove a divisão celular controlada e regulada.

Até ao momento, conhece-se muito pouco sobre a regulação (ou falta dela) da divisão celular durante o processo de envelhecimento. Sabe-se que ao longo da nossa vida as células começam a dividir-se cada vez mais lentamente até ao ponto em que param e entram em processo de senescência. Esta fase está intimamente ligada ao desenvolvimento de um processo inflamatório exacerbado que influencia a longevidade dos indivíduos e o aparecimento de doenças ligadas ao envelhecimento, como doenças cardiovasculares, neurodegenerativas e inflamatórias. É, por isso, importante perceber em que consiste o envelhecimento a nível molecular e celular. Recentemente, descobriu-se que existe um mecanismo de regulação do ciclo celular que é responsável pele manutenção da capacidade proliferativa das células e, com este projeto, pretende-se perceber este processo in vivo usando como modelo o ratinho. Pretende-se investigar se a sustentação deste mecanismo in vivo em tecidos mais proliferativos como o intestino e o baço os mantém “jovens” durante mais tempo em contraste com tecidos menos proliferativos como o cérebro ou o coração. Em suma, o objetivo é perceber se a melhoria da proliferação das células envelhecidas é essencial para preservação da função dos tecidos e órgãos, contribuindo assim para a extensão do tempo de vida saudável.

Samuel Gonçalves, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da Universidade do Minho, vai desenvolver o projeto “Regulação da imunidade antifúngica pelo metabolismo do colesterol no contexto de doença respiratória fúngica”.

O Aspergillus fumigatus é um fungo ambiental que está presente em todo lado, inclusive dentro das nossas casas e, por essa razão, inalamos centenas dos seus esporos, diariamente. Na maioria dos indivíduos saudáveis, este fungo não causa doença, contudo, em alguns, sobretudo nos que apresentam o sistema imunitário comprometido, por exemplo, devido a um transplante ou a um tumor, este fungo pode causar uma doença respiratória fatal chamada Aspergilose Pulmonar Invasiva (API). Apesar de alguns avanços significativos no combate a esta infeção terem sido feitos nos últimos anos, quer o diagnóstico quer o tratamento desta infeção, continua a ser um problema clínico sério, o que resulta em elevadas taxas de mortalidade. Sabe-se que as células do sistema imunitário ativam vias metabólicas específicas em resposta a esta infeção. Recentemente, descobriu-se que uma das vias que é ativada é a via de síntese do colesterol. Neste sentido, este projeto foca-se no estudo dos mecanismos moleculares através dos quais o metabolismo do colesterol contribui para as respostas imunitárias antifúngicas. A compreensão detalhada de como o metabolismo celular pode contribuir para a suscetibilidade à API vai possibilitar encontrar novos alvos terapêuticos e desenvolver novas estratégias de medicina personalizada, que permitam reduzir as elevadas taxas de mortalidade e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos suscetíveis a esta infeção.

O projeto de Joana Gaifem, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, tem como título “Alimentar a imunidade: glicanos como agentes nutricionais na dinâmica hospedeiro-microbioma na DII”.

A investigação tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento de novas estratégias de prevenção da doença inflamatória intestinal (DII). Esta doença, que inclui a doença de Crohn e a colite ulcerosa, é diagnosticada sobretudo em jovens adultos e não apresenta, de momento, um tratamento que seja eficaz para todos os doentes. É também uma doença multifactorial, pelo que é ainda mais difícil prever quem vai desenvolver a doença, e como prevenir ou tratar a mesma. Para isso, vão ser estudadas amostras de doentes com DII e indivíduos saudáveis, e modelos experimentais de ratinho, o que permitirá compreender a dinâmica entre a microbiota intestinal e o hospedeiro, com os glicanos como elemento-chave nesta interação. Com este projeto de investigação pretende-se explorar se o perfil de glicanos (açúcares) presentes na mucosa intestinal do hospedeiro é capaz de definir a composição da microbiota intestinal, e de que forma é que esta interação pode ditar um intestino saudável ou um ambiente inflamatório (doença). O objetivo primordial será contribuir para o desenvolvimento de novas terapias, abrindo caminho para estratégias preventivas para a DII.

Os trabalhos vencedores foram escolhidos por um Júri presidido pelo neurocientista Rui Costa, presidente e diretor executivo do Allen Institute, nos Estados Unidos.

Mais de 15 mil subscritores reconhecem o risco inerente à profissão
São 15174 os portugueses que subscreveram a petição lançada pelo Sindicato dos Enfermeiros — SE que visa o urgente...

Os primeiros subscritores desta petição, entre os quais Eduardo Bernardino, o 1.º subscritor do documento, vão ser ouvidos no âmbito do Grupo de Trabalho constituído na esfera da XVI Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão. A audição decorre na Assembleia da República esta quinta-feira, dia 10 de outubro, pelas 14 horas.

Esta é uma luta antiga do SE, mas que a cada ano ganha nova força e novos contornos. Em setembro deste ano, por exemplo, o Ministério Público (MP) acusou doze arguidos de um crime de introdução em lugar vedado ao público, três crimes de coação agravada, três crimes de ofensa à integridade física qualificada, um crime de dano com violência e três crimes de ameaça agravada. Em causa os factos ocorridos na urgência do Hospital de Famalicão, em fevereiro de 2022. E durante os quais dois enfermeiros e um segurança deste polo da Unidade de Saúde Local do Médio Ave, foram barbaramente agredidos com socos e pontapés por um grupo de pessoas que exigia a prestação de cuidados de saúde imediatos, e nas condições por eles impostas, a uma pessoa que transportavam consigo. Os agressores chegaram a usar barras metálicas de suportes de soro que retiram das macas e camas de urgência.

Para Pedro Costa, “este é um exemplo, paradigmático, das centenas de casos que todos os anos se verificam nas unidades de saúde portuguesas”. “Os enfermeiros estão diariamente na linha da frente, acompanham os doentes, em muitos casos, em momentos muito delicados da sua saúde, e enfrentam frequentemente situações de violência injustificada, como aqueles que se registaram no Hospital de Vila Nova de Famalicão”, refere o presidente do SE.

Mas não só. O Sindicato dos Enfermeiros recorda os casos de enfermeiros envolvidos em acidentes de viação ou em helicópteros quando, ao serviço do INEM, vão prestar socorro urgente à população. Para lá disso, “os enfermeiros estão diariamente expostos a riscos vários, como os materiais corto perfurantes potencialmente infetados, as doenças infeciosas ou mesmo a radiação e materiais citotóxicos. “Não é por capricho que consideramos a Enfermagem uma profissão de risco”, frisa.

Segundo os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), foram reportados pelos profissionais de saúde, através da plataforma “Notifica”, um total de 1036 episódios de violência em 2023. Uma redução de 37% em relação a 2022, ano em que se registaram 1.632 ocorrências. Porém, a própria DGS reconhece que o valor está aquém da realidade de casos acompanhados pelas instituições de saúde, que entre o início de 2022 e junho de 2023 contabilizaram 3.024 episódios. Tal sugere, como teme o Sindicato dos Enfermeiros, que muitos profissionais não notificam os casos de violência, que pode ser psicológica (67% dos casos), física (14%) e o assédio moral (5%). Os enfermeiros, sublinhe-se, representam a maioria das vítimas (35%).

E o próprio gabinete de segurança do Ministério da Saúde admite que só no ano passado foram registados 2144 episódios de violência, mais 17,8% em relação ao ano anterior (1820). Estes episódios, em hospitais e centros de saúde, motivaram um total de 3275 dias de ausência ao trabalho, o equivalente a um centro de saúde parado um ano inteiro.

O facto de este tipo de crime estar dependente de queixa da vítima, pois não é considerado crime público, acaba por gerar “um sentimento de impunidade para os agressores que, em muitos casos, intimidam as vítimas ao ponto de estas temerem novas agressões caso apresentem queixa nas autoridades”.

A consagração da profissão como sendo de Alto Risco e Desgaste Rápido iria permitir aos enfermeiros, por exemplo, beneficiar do regime de antecipação da idade de pensão de velhice do regime geral, sendo eliminado o fator de sustentabilidade. Como, aliás, já sucede em profissões tão variadas como as Bordadeiras de casa na Madeira, os trabalhadores integrados nas carreiras de bombeiro sapador e de bombeiro municipal ou, entre outros, profissionais de bailado clássico ou contemporâneo e os controladores de tráfego aéreo.

Recorde-se que, no passado, o SE já apresentou outras propostas similares, uma com 14261 assinaturas e outra com 31875 assinaturas (a maior de sempre na área da Saúde); bem como uma petição pelo direito do acesso à reforma com pelo menos 55 anos, que contou com 11186 subscritores.

“Não podemos fazer depender esta avaliação da resposta de grupos de trabalho que, ao longo de mais de um ano, analisaram a situação e cujos resultados nem sequer se conhecem, como sucedeu na anterior legislatura”, afiança Pedro Costa. Para o presidente do SE, “os enfermeiros estão sujeitos a uma pressão crescente”. Os números da emigração mantêm-se e cerca de 60% dos novos enfermeiros nem sequer chega a exercer em Portugal. Depois, “de dia para dia, as unidades de Saúde, de uma forma transversal, sentem dificuldades em completar escalas, pois os níveis de absentismo continuam elevados, muitos enfermeiros abandonam o SNS ou até mesmo a profissão”.

“Estamos sujeitos a um desgaste físico, emocional e psicológico brutal, os casos de burnout aumentam, os enfermeiros fazem turnos duplos e triplos e tudo isto contribui para se sentirem muito desmotivados”, diz Pedro Costa.

Para o presidente do SE, o reconhecimento da profissão de Enfermagem como de Alto Risco e Desgaste Rápido, é, sobretudo, “uma questão de justiça social, reconhecida pelos próprios partidos”. Recorde-se que na última legislatura foram apresentados vários Projetos de Lei e Projetos de Resolução dos partidos da Oposição, e sempre chumbados pela maioria parlamentar.

“Os enfermeiros enfrentam diariamente desafios extremos, que colocam em risco a sua saúde física e mental”, frisa Pedro Costa. O reconhecimento da profissão como sendo de Alto Risco e Desgaste Rápido, assegura o presidente do SE, “não é apenas uma questão de justiça, mas uma necessidade urgente para garantir a dignidade e segurança destes profissionais”. E, enquanto esta meta não é alcançada, o Sindicato dos Enfermeiros apela para que sejam implementadas medidas práticas de apoio aos enfermeiros, como o apoio psicológico e um reforço das medidas de segurança nas unidades de saúde.

“Esperamos que, desta vez, o Parlamento tenha a sensibilidade necessária para entender a gravidade da situação e aprovar o estatuto que permitirá aos enfermeiros condições de trabalho mais justas e uma maior proteção”, acrescenta. A aprovação deste estatuto, conclui, “é essencial para preservar a saúde dos nossos profissionais, garantindo assim a continuidade e a qualidade dos cuidados de saúde em Portugal”.

 
Vê tortas as linhas direitas? Especialistas dizem que pode ser DMI
No Dia Mundial da Visão, que este ano se assinala a 10 de outubro, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) destaca a...

A DMI é a principal causa de cegueira prevalente nos países desenvolvidos, estando relacionada com 8,7% dos casos em todo o mundo.Esta condição afeta a mácula, área central da retina responsável pela visão nítida e detalhada, essencial para atividades diárias, como ler, conduzir e reconhecer o rosto das pessoas.

Lilianne Duarte, médica oftalmologista e membro da SPO, afirma que: “Embora a maioria dos casos de DMI esteja numa fase inicial, sem perda significativa de visão, é preocupante o facto de cerca de 400 mil portugueses terem formas mais avançadas, com perda grave de visão. É fundamental as pessoas estarem atentas aos sinais de alerta, nomeadamente se virem linhas retas que parecem onduladas, manchas cegas (escotomas) ou terem uma perda de visão repentina, que afete a leitura.”

Para apelar à prevenção e ao diagnóstico atempado da DMI, a SPO e o Grupo de Estudos da Retina (GER) estão a promover uma campanha de consciencialização, com o apoio da Bayer, das Farmácias Portuguesas (ANF), da Novartis, da Roche e da Shamir, que incentiva os portugueses a realizarem o autorrastreio em casa, utilizando a grelha de Amsler.

De acordo com a a SPO pode fazer rastreio em www.testeasuavisao.pt , aconselhando que, na presença de sintomas, consulte um médico oftalmologista com urgência.

Para mais informações, veja o vídeo da mais recente campanha da SPO e do GER aqui: https://spoftalmologia.pt/2024/09/29/ve-tortas-as-linhas-direitas-procure-o-seu-medico-oftalmologista/.

 
Projeto OLIGOFIT é liderado pela Universidade de Oxford
A doença de Parkinson, uma condição neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e que se instala ao longo de...

O projeto OLIGOFIT - Oligomer-Focused Screening and Individualized Therapeutics to target Neurodegenerative Disorders, através da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), tem contribuído especificamente para desenvolver estratégias de deteção da doença que se relacionam com marcadores proteicos conhecidos e a sua agregação.

A doença de Parkinson é uma das várias condições classificadas como sinucleinopatias, que estão intimamente ligadas à presença da proteína alfa-sinucleína. Esta proteína é responsável pela formação de depósitos anormais conhecidos como corpos de Lewy, que interferem com o funcionamento do cérebro. «Este projeto centra-se na capacidade dessa proteína adotar diferentes formas de acordo com a sua agregação, que impactam na evolução da doença», começa por explicar Goreti Sales, professora do Departamento de Engenharia Química (DEQ) e investigadora do Centro de Engenharia Mecânica, Materiais e Processos (CEMMPRE).

Durante a investigação, continua a cientista, «o projeto permitiu analisar monómeros, oligómeros e estruturas fibrilares da proteína, investigando a sua relevância para a doença e estudando meios capazes de capturar os agregados indesejados. No DEQ, desenvolvemos biossensores capazes de diferenciar as estruturas de alfa-sinucleína, uma vez que existe uma relação entre as manifestações clínicas e as estruturas agregadas de proteína», revela.

Além disso, indica ainda a docente do DEQ, «estes biossensores poderão, no futuro, ajudar a monitorizar a evolução da doença. Vamos imaginar que um médico prescreve ao doente um medicamento que retarda a sintomatologia, os biossensores devem poder avaliar o efeito dessa medicação na formação desses agregados, antes até da pessoa sentir o impacto da mesma», conclui.

Esta investigação integrou uma equipa multidisciplinar e representa mais um passo na compreensão da doença de Parkinson e na procura de tratamentos individualizados, contribuindo para uma abordagem mais eficaz no combate a esta condição devastadora.

O projeto OLIGOFIT, liderado pela Universidade de Oxford, contou ainda com a participação de investigadores das universidades de Aarhus (Dinamarca), Coimbra (Portugal), Göttingen (Alemanha) e Warsaw (Polónia), bem como do Latvian Biomedical Research and Study Centre (Letónia).

Semana da Mama decorre de 15 a 19 de outubro na Alameda da Universidade
Semana da Mama promovida pela Fundação GIMM (Gulbenkian Institute for Molecular Medicine) recolhe dádivas de sangue para a...

Estima-se que o cancro da mama possa afetar uma em cada oito mulheres, em Portugal. Os dados mais recentes da OMS revelam que, em 2022, foram detetados 8.954 novos casos e que 2.211 mulheres morreram vítimas de cancro da mama, em Portugal. 

Do número total de mortes por cancro da mama, pelo menos 70% são provocadas por Cancro da Mama Metastático. O GIMM CARE é uma área da Fundação GIMM dedicada à aplicação da ciência aos problemas da sociedade civil, onde se insere o Advanced Breast Cancer Laboratory. Este laboratório tem uma equipa de cientistas totalmente focada neste tipo de cancro e empenhada em reduzir a incidência e a mortalidade, com a grande meta de aumentar o diagnóstico precoce até 2030. “O que já sabemos e o que ainda queremos saber sobre o Cancro da Mama Metastático será um dos grandes temas que queremos aprofundar com mais uma edição da Semana da Mama, em que contamos com a presença de todos”, adianta Maria Manuel Mota, CEO da Fundação GIMM.

A Semana da Mama decorre entre 15 e 19 de outubro, na Alameda da Universidade, em Lisboa, para sensibilizar e informar sobre um dos tipos de cancro com maior incidência e mortalidade em Portugal. O programa inclui ainda conversas sobre temas como a relação entre cancro e sono ou entre cancro e sistema imunitário. A já habitual Fitness Pink Ribbon Talk, contará com os contributos de Maria Manuel Mota, Tânia Graça e Cátia Goarmon, numa conversa moderada por Filipa Galrão. Todos os dias, entre as 14h e as 17h30, “Há Conversa com um Cientista”, um espaço descontraído e informal em que os nossos cientistas vão estar disponíveis para conversar com quem tiver interesse e curiosidade em falar com os protagonistas da vertigem da descoberta.

Quem quiser saber mais sobre o impacto da alimentação e do exercício físico, poderá ainda participar num workshop de alimentação saudável com a Tia Cátia ou numa aula aberta de ginástica. No sábado, haverá ainda um espaço dedicado aos mais novos, com a apresentação do livro infantil “Clara, a boneca sem cabelo”.

Todas as manhãs, a partir das 10h, haverá ainda recolhas de sangue para o Biobanco, um banco de amostras biológicas essenciais para a investigação. Qualquer adulto que queira doar uma amostra de sangue, estará a contribuir para a investigação científica. Com um gesto simples e rápido, em tudo semelhante a uma recolha para análise, estarão a contribuir para a identificação de novos biomarcadores de diagnóstico, prognóstico e progressão de doença e para a descoberta de fármacos inovadores. “Cada cidadão pode contribuir para a ciência e esta é a oportunidade para concretizar esse papel”, sublinha Maria Manuel Mota.

O espaço da Semana da Mama será muito fácil de encontrar na Alameda da Universidade, em Lisboa, uma vez que estará devidamente assinalado com duas tendas gigantes em forma de mamas, que já se tornaram uma imagem de marca desta campanha de sensibilização.

Ações decorrem no âmbito do Dia Mundial da Saúde Mental
Com o objetivo de assinalar o Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado a 10 de outubro, a Atlântica – Instituto Universitário e a...

“A manutenção da saúde mental integra diversos fatores, nos quais se integra a prevenção de comportamentos de risco. Embora esta premissa se aplique a todas as faixas etárias, estas questões tendem a ser mais sensíveis junto da população mais jovem, em particular da comunidade académica”, explica Natália Espírito Santo, diretora-geral da Atlântica, sublinhando a importância a da presença da Associação Portuguesa para a Prevenção e Desafio à Sida – SER+ nas instalações da instituição. A unidade móvel vai disponibilizar, até às 16h00 de amanhã, rastreios ao HIV e Hepatites Virais, promovendo ainda o esclarecimento de dúvidas e aconselhamento sobre estas patologias, através da presença de profissionais especializados.

Paralelamente, entre as 15h00 e as 16h00, a Atlântica vai também acolher uma sessão de esclarecimentos, denominada Projeto Educação pelos Pares e que terá como público-alvo os jovens do ensino superior. Esta ação, que se irá debruçar sobre questões relativas à educação sexual, nomeadamente a prevenção da infeção VIH/SIDA, contará com o apoio da fundação A comunidade contra a SIDA. O conceito de educação pelos pares engloba várias modalidades de intervenção, partindo do princípio de que o aconselhamento por pares apresenta consideráveis vantagens quando comparado com o que é dado pelos adultos. A sessão de esclarecimentos vai procurar sensibilizar os jovens para comportamentos de risco, promovendo uma visão integrada da saúde física e, por consequência, mental.

Já no dia 10, Dia Mundial da Saúde Mental – que terá, este ano, como principal foco a temática do suicídio, com o objetivo de abordar estratégias preventivas de Saúde Mental Positiva – será marcado pela realização de várias atividades por parte da ESSATLA. A Escola Superior de Saúde Atlântica vai realizar uma sala aberta de saúde mental, onde serão desenvolvidos, ao longo do dia, workshops direcionados a diferentes temas e técnicas de prevenção de doença mental. As atividades, de participação gratuita, têm como objetivo sensibilizar para a importância da atividade física, mindfulness, gestão de emoções, capital psicológico ou esperança e compaixão para a manutenção da saúde mental. 

Iniciativa integra projeto “(sobre)Viver Bem no Ensino Superior”,
O Politécnico de Santarém promove as primeiras Jornadas de Saúde Mental no Ensino Superior. Este é um evento pioneiro, que...

A iniciativa reúne diversas personalidades das áreas da saúde e do ensino superior para debater questões essenciais sobre a importância do bem-estar das comunidades académicas e os fatores interdependentes. Conta ainda com a presença de Joaquim Mourato, Diretor Geral do Ensino Superior, João Teixeira Leite, presidente da Câmara Municipal de Santarém, entre outros.

“A Saúde Mental deve ser uma prioridade no Ensino Superior. É fundamental promover uma cultura de diálogo para podermos construir um ambiente mais saudável e inclusivo”, refere João Moutão, Presidente do Politécnico de Santarém, acrescentando que “este evento cria um espaço de reflexão e de ação, que permitirá definir estratégias eficazes para apoiar a comunidade académica a lidar com os desafios que enfrenta diariamente”.

As Jornadas de Saúde no Ensino Superior integram o projeto “(sobre)Viver Bem no Ensino Superior”, financiado pelo Programa para a Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior, que visa contribuir para a melhoria da saúde mental entre estudantes, professores e não docentes das instituições de ensino superior. O evento inclui duas sessões de mesa redonda e a apresentação de trabalhos nas áreas da Saúde Relacional e da Felicidade no Ensino Superior, bem como o testemunho de alunos, docentes e a participação de especialistas na área da psicologia e psiquiatria, entre outras.

Equipa da CIÊNCIAS ULisboa mostra como falta de laminina-α2 afeta o desenvolvimento muscular ainda no útero
Um estudo inovador realizado ao longo dos últimos três anos e meio por investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade...

A LAMA2-CMD é causada por alterações no gene LAMA2, responsável pela produção de laminina-α2, uma proteína essencial para a estrutura e funcionamento dos músculos. Através de estudos com modelos de ratinho para a doença, esta equipa identificou como as células do músculo com alterações nesta proteína enfrentam dificuldades em crescer, desenvolver-se e fundir-se corretamente.

“Estes são processos essenciais para a formação muscular, tanto no desenvolvimento embrionário como numa recuperação após a existência de lesões musculares.” explica a Susana Martins, aluna de doutoramento de CIÊNCIAS ULisboa-CE3C.

Além disso, os investigadores observaram ainda que as células afetadas apresentam danos no ADN, stress oxidativo e disfunções nas mitocôndrias – as ‘fontes de energia’ das células. Estas descobertas representam um avanço significativo na compreensão dos mecanismos que levam ao surgimento desta doença.

Os resultados deste estudo são agora detalhados no artigo científico publicado na prestigiada revista ‘Life Science Alliance’. O artigo explora de forma aprofundada os mecanismos que levam ao desenvolvimento da LAMA2-CMD, o que poderá ajudar no avanço significativo do conhecimento nesta área, identificando novos alvos para potenciais terapias. Para a comunidade científica, trata-se de um passo fundamental para o desenvolvimento de tratamentos que possam, no futuro, ajudar os pacientes que sofrem desta doença rara.

“Apesar de ser uma doença rara, com uma incidência de 10 a 14 casos por milhão de habitantes na Europa, a LAMA2-CMD tem um impacto muito devastador nas famílias afetadas. Embora o estudo não traga uma cura imediata, proporciona uma nova compreensão dos processos biológicos envolvidos, o que poderá, no futuro, abrir portas para o desenvolvimento de novas terapias, nomeadamente no campo da terapia génica.”, explica Ana Rita Carlos, investigadora de CIÊNCIAS ULisboa-CE3C.

A equipa está agora focada em duas frentes de investigação: o estudo de células musculares obtidas de pacientes para verificar se os processos observados podem ser revertidos em células humanas, e a exploração de estratégias de terapia genética que possam, um dia, corrigir as alterações no gene LAMA2 e curar a doença.

A investigação envolveu dois laboratórios de CIÊNCIAS ULisboa/Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (CE3C) – o Laboratório de Matriz Extracelular no Desenvolvimento e Doença, liderado pela investigadora Sólveig Thorsteinsdóttir, e o Laboratório de Mecanismos Moleculares de Doença, liderado pela investigadora Ana Rita Carlos. O estudo contou ainda com a colaboração de outros grupos de CIÊNCIAS ULisboa, da Universidade de Nápoles, em Itália, e do Jacqui Wood Cancer Center, na Universidade de Dundee, Escócia.

“Estamos otimistas de que os resultados alcançados poderão, no futuro, contribuir para novas terapias, oferecendo esperança para as famílias que lidam com esta doença incapacitante.”, conclui Sólveig Thorsteinsdóttir, investigadora de CIÊNCIAS ULisboa-CE3C.

Para celebrar o Dia Mundial da Saúde Mental
No dia 10 de outubro, os comediantes Luana do Bem, Guilherme Ludovice e Tiago Almeida vão apresentar ao vivo o Podcast “Palácio...

Ao longo deste ano, cada mês será dedicado a uma temática. Sendo o mês de outubro dedicado ao tema do humor, nada melhor do que assistir a um espetáculo de comédia, acompanhado de amig@s e/ou família. Este evento tem como objetivo proporcionar um momento de diversão e descontração, que irá potenciar o bem-estar dos participantes. Pretende-se que cada um/a possa sentir o efeito que este “superpoder”, chamado humor, tem no nosso dia a dia.  

Num programa de promoção de saúde mental, como o Ativa’mente, o humor surge como um tema relevante pela sua conhecida capacidade de conectar as pessoas e de fortalecer os laços interpessoais pelo seu impacto positivo. O recurso ao sentido de humor, não só em momentos de crise, mas durante o nosso dia-a-dia providencia um ingrediente benéfico relativamente à capacidade de adaptação e coping. Assim, este tipo de espetáculos convida as pessoas, não só a saírem das suas rotinas, mas também a perceberem o impacto que o humor pode ter nas suas vidas.

O evento será gratuito, mas com inscrição obrigatória aqui.

Obras desenvolvidas por utentes do Hospital Sobral Cid
O CoimbraShopping recebe uma mostra artística da autoria dos utentes da ala esquerda do Pavilhão 9 (P9) do Hospital Sobral Cid,...

Integrada no projeto Casa de Artes, o CoimbraShopping junta-se a esta importante causa no mês da saúde mental, ao abrir um espaço de reflexão e valorização das expressões artísticas das pessoas que enfrentam desafios de saúde mental. As obras expostas são fruto de atividades artísticas desenvolvidas por utentes da Ala esquerda do P9 do Hospital Sobral Cid, que através de diferentes formas de expressão – como pintura, cerâmica, escultura, fotografia e literatura – partilham as suas vivências e identidades artísticas. A exposição "Pontos de Fuga" pode ser visitada gratuitamente no Espaço Cultura no Centro, no Piso 1.

A Casa de Artes, estabeleceu-se no Pavilhão 9 do hospital em 2022 e é um espaço inovador que promove a criação artística entre utentes dos serviços de saúde mental em regime de internamento ou em ambulatório. Com o apoio de profissionais, os participantes utilizam a arte como forma de terapia e expressão, desafiando o estigma associado às doenças mentais e explorando novos caminhos de inclusão social.

As peças expostas nesta mostra emergem de um espaço de introspeção e criatividade. Entre os trabalhos, destacam-se as telas de pintura em grande formato, esculturas em barro e desenhos que exploram o conceito de "Ponto de Fuga". Cada uma das obras reflete o percurso pessoal dos artistas e convida o público a reconsiderar a relação entre a arte, a saúde mental e os direitos humanos.

“Além de espaços de compras e serviços ou lazer, os centros comerciais são locais de cidadania e direitos humanos. Sabemos que a arte pode ser uma ferramenta poderosa de inclusão e sensibilização e esta mostra é um testemunho notável da capacidade de superação e criatividade dos artistas da Casa de Artes do P9. Convidamos todos a visitar este espaço e valorizar a diversidade através destas obras únicas", destaca Ana Rita Batanete, diretora do CoimbraShopping.

Dificuldades em ouvir? Descubra como um audiologista pode ajudá-lo
A propósito do Dia Mundial do Audiologista (10 de outubro), os especialistas relembram a importância

Com o incremento significativo no envelhecimento da população em Portugal – um dos fatores de risco para o desenvolvimento da perda auditiva - aumenta também a probabilidade de cada vez mais pessoas sofrerem desta condição.

O audiologista é um profissional de saúde dedicado à realização de testes auditivos completos que permitem determinar o tipo e o grau de perda auditiva e reabilitação de problemas auditivos e de distúrbios do equilíbrio, o otorrinolaringologista é um médico especializado no diagnóstico e no tratamento médico-cirúrgico de doenças que afetam os ouvidos, o nariz e a garganta, incluindo otites, infeções, alterações anatómicas e até problemas mais complexos, como tumores. A complementaridade entre estes profissionais garante uma abordagem mais robusta e completa na área da saúde auditiva.

Luísa Varão, audiologista na Widex – Especialistas em Audição, afirma: “Tanto o audiologista, como o otorrinolaringologista são fundamentais para garantir um cuidado completo do doente, porém intervêm em momentos diferentes do percurso de diagnóstico e tratamento.”

O audiologista desempenha um papel vital na melhoria da qualidade de vida de milhões de pessoas, promovendo a prevenção e deteção precoce de alterações auditivas e o acompanhamento contínuo de reabilitação auditiva.

"Para muitos, o silêncio é um estado de paz. Mas, para aqueles que perderam a audição, pode ser um isolamento ensurdecedor. Os audiologistas e os otorrinolaringologistas trabalham em equipa para melhorar a qualidade de vida a estas pessoas. Juntos, devolvemos muito mais do que o som; devolvemos as vozes de familiares, a música favorita e a alegria da interação humana”, acrescenta Luísa Varão.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Compreender esta perturbação
A dismorfia corporal corresponde a um transtorno psicológico caracterizado por uma preocupação exces

O que é a dismorfia corporal?

A perturbação dismórfica corporal é caracterizada por uma excessiva preocupação com um defeito corporal imaginário para o paciente. Este tem a tendência a desenvolver uma marcada angústia associada ao suposto defeito corporal e que interfere significativamente nas interações sociais.

Quais são as causas mais comuns desta perturbação?

Várias teorias têm tentado explicar a etiologia da dismorfia. A psicanálise refere a causa associada a conflitos emocionais/sexuais inconscientes ou a sentimentos de culpa e baixa autoestima. Teorias biológicas apontam como causa desregulação no neurotransmissor serotonina e outras perturbações do âmbito neurológico. Já os modelos cognitivo-comportamentais referem que pode ser uma variedade de fatores interligados e que causam a dismorfia, tais como predisposição genética, fatores culturais, vulnerabilidades psicológicas e experiências adversas ocorridas na infância.

Quais são os sintomas mais comuns?

  • Preocupação excessiva com o defeito corporal imaginário, predominantemente defeitos faciais (nariz e queixo);
  • Angústia;
  • Evitamento social;
  • Medo de rejeição;
  • Isolamento social;
  • Comportamentos compulsivos, como passar muito tempo em frente do espelho a maquilhar, pentear, desfazer a barba;
  • Comparação excessiva com os outros na tentativa de provar que tem um defeito real;
  • Comportamentos suicidas (24 a 29 % referem tentativas de suicídio).

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico deverá ser feito por profissionais de saúde mental (psicólogos e psiquiatras), tendo em conta critérios de diagnóstico específicos

Que tipo de consequências tem a curto e longo prazo? São muito graves?

  • Isolamento social
  • Ideação e tentativas de suicídio
  • Depressão
  • Ansiedade
  • Comportamentos obsessivo compulsivos
  • Ideias delirantes

Quem está mais vulnerável a este problema? É mais comum em alguma faixa etária?

Os dados referentes à prevalência da dismorfia não são realmente conhecidos, já que estes indivíduos tendem a procurar principalmente profissionais da área da estética, dermatologia e cirurgia plástica para a resolução do problema. No entanto mostra-se mais frequente no sexo feminino, com idades compreendidas entre os 15 e 30 anos.

Que tipo de acompanhamento e tratamento exige uma pessoa com esta perturbação?

Fundamentalmente a psicologia e também acompanhamento psiquiátrico. Em alguns casos o tratamento psicológico combinado com psicofármacos tem mostrado melhores resultados, principalmente quando surgem delírios associados á preocupação excessiva com o defeito. Importa referir que o tratamento destes pacientes não deve passar por tratamentos estéticos/ cirúrgicos, tendo em conta a ausência de melhoria do quadro sintomatológico depois destes procedimentos.

É possível recuperar completamente?

A resposta ao tratamento requer pelo menos 16 semanas de terapia combinada com psicofarmacologia. A taxa de resposta é de 50%–80% ao tratamento farmacológico combinado com acompanhamento psicoterapêutico. São comuns recaídas e comorbilidades com depressão e ansiedade.

Como é que a família e os amigos conseguem ajudar uma pessoa com esta condição?

Ajudar alguém nesta condição sobretudo passa por aceitar os sentimentos da pessoa, oferecer tempo e espaço para partilhar pensamentos e sentimentos e ajudar na procura de apoio e ajuda especializada.

É possível prevenir a dismorfia corporal?

Tendo em conta a variedade de fatores que se podem combinar para desenvolver uma dismorfia corporal, o fator no qual a prevenção pode ser mais eficaz relaciona-se com as experiências adversas ocorridas na infância. Estas referem-se a experiências de cariz traumático contra a criança/adolescente, ambiente familiar disfuncional e negligência.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Partilha de recursos na especialidade de Dermatologia já levou a consulta vários utentes
O Centro de Responsabilidade Integrada (CRI) de Dermatovenereologia da Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal (ULSAS) já está...

Os dermatologistas da ULSAS, em horário suplementar, e em regime presencial ou em teletrabalho, garantem resposta às necessidades dos doentes da ULSAC em espera para primeira consulta ou já em seguimento em consulta de Dermatologia, triados como muito prioritários ou prioritários.

As primeiras 250 consultas (maioritariamente a doentes muito prioritários, prioritários e com patologia oncológica) e 30 cirurgias, foram realizadas no passado sábado, dia 5 de outubro, por 8 médicos dermatologistas da ULSAS, no Hospital de Évora.

O Serviço de Dermatovenerologia da ULSAS reforça-se assim como a referência da Região do Alentejo, assim como a diversas regiões do Algarve.

APEF lança iniciativa para alertar para o Cancro do Fígado
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) está a promover uma campanha nacional de consciencialização sob o mote ...

“Mais de 90% dos casos de cancro do fígado são de um tumor designado carcinoma hepatocelular que quase sempre surge em pessoas que previamente já têm outra doença hepática. Este é o sexto cancro mais comum no mundo e o quarto com maior mortalidade. Com esta iniciativa, pretendemos alertar a população para a importância de prevenir, detetar e tratar precocemente o Cancro do Fígado, uma doença prevenível, evitável, tratável e, em muitos casos, até curável, mas que pode causar a morte, se o diagnóstico for tardio.”, explica Arsénio Santos, presidente da APEF.

“É de realçar que o Cancro do Fígado é uma doença silenciosa e, geralmente, não apresenta sintomas até aos estádios avançados. Ainda assim, é crucial estar atento aos sinais que, por vezes, passam despercebidos, como: fadiga sem razão aparente; dor ou desconforto do lado direito do abdómen superior; aparecimento de uma massa do lado direito do abdómen superior; dor na omoplata direita; perda de apetite ou sensação de enfartamento; perda de peso sem razão; náuseas; vómitos; e icterícia.”, esclarece Arsénio Santos.

E acrescenta: “A presença destes sintomas deve constituir um alerta para consultar o seu médico e realizar exames de diagnóstico. No entanto, a prevenção deve ser feita sobretudo pela vigilância das pessoas portadoras de cirrose hepática, hepatite B, hepatite C com fibrose avançada ou algumas outras doenças hepáticas. Todos estes doentes devem realizar rastreio a cada 6 meses, através da ecografia abdominal, sempre sob orientação do seu médico assistente. A razão deste facto é que está mais propenso a contrair cancro do fígado quem tiver cirrose hepática, quem for portador de hepatite B ou de hepatite C com fibrose avançada e quem tiver antecedentes familiares deste tipo de tumor.”

O médico conclui que “Grande parte dos fatores de risco são modificáveis. Aposte na prevenção, mantenha um estilo de vida saudável com menor consumo de açúcar e gorduras, faça exercício físico, beba álcool com moderação, não consuma drogas, não partilhe seringas nem outro tipo de objetos, como sejam os de higiene pessoal, vacine-se contra a hepatite B, evite relações sexuais de risco e, sempre que aconselhável, use preservativo. É também importante que esteja atento aos sinais e sintomas do seu corpo e que recorra regularmente ao seu médico, de forma a detetar e tratar precocemente a doença”.

Em vésperas do Dia Mundial da Saúde Mental
A Ordem dos Médicos (OM), através do seu Gabinete Nacional de Apoio ao Médico (GNAM), vai promover uma sessão de debate sobre...

A sessão realiza-se na sede nacional da Ordem dos Médicos e decorre no âmbito do Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala a 10 de outubro. Conta com a presença do Bastonário Carlos Cortes, de Miguel Xavier, presidente da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental (CNPSM), Sérgio Barata, Gabinete de Segurança do Ministério da Saúde, João Redondo, Coordenador do GNAM, e dos presidentes das Seções Regionais da OM, Paulo Simões, Manuel Teixeira Veríssimo e Eurico Castro Alves, entre outros oradores.

Na ocasião será assinado um protocolo entre a Ordem dos Médicos e a Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental para a promoção e desenvolvimento de uma ação coordenada, com vista à promoção da saúde mental e bem-estar dos médicos.

Segundo dados da DGS, em 2023, foram registados mais de 2100 casos de violência, 6 agressões por dia, o equivalente a 3200 dias de ausência do local de trabalho. Um quarto dos profissionais de saúde queixa-se ainda de ter sofrido pelo menos um episódio de violência física ou psicológica nesse ano.

De acordo com o Gabinete de Segurança do Ministério da Saúde, os episódios de violência contra profissionais de saúde aumentaram mais de 56% entre 2021 e 2023.

A Ordem dos Médicos tem estado na linha da frente deste combate e, em 2023, reforçou o Gabinete Nacional de Apoio ao Médico, com uma equipa dedicada a apoiar os médicos que enfrentam situações de violência, assédio ou burnout.

Iniciativa científica realiza-se a 11 e 12 de outubro em Vilamoura
A Lusíadas Knowledge Center, associação responsável pelo ensino e investigação do Grupo Lusíadas Saúde, vai realizar a primeira...

Durante dois dias, o Dom Pedro Vilamoura Hotel Resort & Golf vai receber esta iniciativa que contará com um programa diferenciador, mesas-redondas e workshops onde serão abordados temas atuais e disruptivos da especialidade da Medicina da Dor, debatidos por convidados conceituados na área da saúde. Os profissionais de saúde e estudantes interessados poderão inscrever-se no website oficial da iniciativa.

Entre os principais temas discutidos nas I Jornadas da Dor do Grupo Lusíadas Saúde estão os desafios da dor crónica, o futuro da Medicina da Dor, o papel da Inteligência Artificial no diagnóstico e no tratamento da dor crónica, a ligação entre a dor e as especialidades de Neurologia e Psiquiatria, a gestão da dor musculoesquelética, a importância do diagnóstico na decisão terapêutica, bem como a literacia sobre a dor em Portugal e na comunidade.

“A decisão de realizar um evento científico focado na Medicina da Dor surgiu de uma necessidade identificada entre os pares para suportar o processo de melhoria da abordagem e do tratamento da dor. É certo que a dor, especialmente a crónica, afeta significativamente a qualidade de vida de milhares de pessoas, e sentimos que era nosso dever criar um espaço catalisador de inovação, onde profissionais de saúde de excelência pudessem partilhar as mais recentes práticas clínicas nesta matéria”, explica Eduarda Reis, Chief Medical Officer do Grupo Lusíadas Saúde.

A primeira edição das Jornadas da Dor do Grupo Lusíadas Saúde conta com o apoio científico da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor, da Associação Portuguesa de Fibromialgia, e da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde.

Assinado acordo de cooperação
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) acaba de assinar um acordo de cooperação técnica, científica e cultural...

“Esta parceria representa uma oportunidade única para melhorar a prevenção e tratamento da doença renal crónica, tendo por base a troca de boas práticas, entre o nosso país e o Brasil”, explica Sofia Correia de Barros, presidente da direção da ANADIAL.

O acordo inclui a promoção da pesquisa e desenvolvimento de tecnologias relacionadas com a diálise; a realização de encontros, conferências, simpósios e workshops conjuntos para promover o intercâmbio de informações científicas e técnicas; e a colaboração e elaboração de documentos, estudos e recomendações relacionados a doença renal crónica e a diálise.

Para Yussif Ali Mere Júnior, presidente da ABCDT: “Esta colaboração com a associação de centros de diálise de referência em Portugal será extremamente valiosa para melhorar a qualidade de vida dos doentes renais em ambos os países.”

No Brasil existem cerca de 155 mil pessoas com doença renal crónica e mais de 800 clínicas de diálise. De acordo com dados da ABCDT, 87% da oferta de tratamento para os utentes do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil é realizada por meio do atendimento em clínicas particulares convencionadas, na sua maioria representadas pela Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplantes.

Em Portugal existem cerca de 13 mil portugueses com doença renal crónica a realizar hemodiálise. Este tratamento, com grande impacto na vida quotidiana dos doentes, é essencial à sua sobrevivência. No nosso país, mais de 90% dos doentes em hemodiálise realizam os seus tratamentos numa extensa rede de prestadores privados ao abrigo das convenções com o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

 
Ação solidária realizou-se na passada sexta-feira, 4 de outubro
O arranque do ano letivo para os alunos de MBA da Porto Business School ficou marcado por uma iniciativa solidária especial: o...

A intervenção, que impactou cerca de 350 beneficiários, teve como objetivo concluir o projeto de reabilitação da instituição para dar aos utentes e trabalhadores que a coabitam um espaço renovado e com maior conforto. Assim, ao longo do dia, os alunos de MBA da escola foram divididos em equipas, que ficaram responsáveis pela reparação e pintura das paredes exteriores da APPC.

A atividade de teambuilding dos programas de MBA é uma tradição anual que tem como objetivo estabelecer laços de camaradagem, amizade e colaboração entre os participantes. No ano passado, por exemplo, os alunos participaram numa atividade de reabilitação do Centro Juvenil de Campanhã, numa ação semelhante, com o objetivo de apoiar a instituição a promover o bem-estar e a qualidade de vida de pessoas, famílias e comunidade, com especial foco no apoio a crianças em situações de vulnerabilidade.

 

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