Especialista explicam cuidados a ter
Um estudo recente, publicado na revista Lancet’s eClinicalMedicine, alertou para uma consequência preocupante derivada da covid...

Passados quatro anos desde a pandemia de covid-19, alguns sintomas deste vírus ainda afetam o dia-a-dia de algumas pessoas que o contraíram.

Conduzida por Michelle Suh, otorrinolaringologista no Hospital Universitário Nacional de Jeju, na Coreia do Sul, a investigação concluiu que o risco de perda auditiva neurossensorial súbita – uma forma repentina e muitas vezes inexplicável de perda auditiva – é 3,52 vezes superior entre os infetados por covid-19.

A covid-19 pode ter efeitos prolongados e inesperados, mesmo em indivíduos que não desenvolveram sintomas graves durante a infeção, pelo que é fundamental apostar na prevenção e cuidar da sua saúde auditiva.

Especialistas alertam que há cinco cuidados que devemos incluir diariamente no topo da nossa lista de To-Do’s:

  • Evitar ruídos excessivos – A exposição a altos níveis de ruído, especialmente com o uso prolongado de fones de ouvido em volumes altos, pode agravar o risco de perda auditiva. Reduza o volume e faça pausas regulares ao usar dispositivos de áudio;
  • Usar proteção auditiva - Em ambientes com ruído intenso, como concertos, clubes ou locais de trabalho ruidosos, é recomendável o uso de tampões de ouvido ou outros dispositivos de proteção auditiva;
  • Não utilizar cotonetes para limpar o canal auditivo - Os cotonetes eliminam a camada protetora de cera e podem prejudicar o funcionamento natural do ouvido;
  • Fazer exames auditivos regulares - Consultar um otorrinolaringologista regularmente pode ajudar a identificar precocemente problemas auditivos, permitindo uma intervenção adequada e atempada;
  • Consultar um especialista ao primeiro sinal de problemas auditivos - Se notar zumbido persistente, dificuldade em ouvir sons ou conversas, ou perda auditiva súbita, procure imediatamente um especialista, pois pode precisar de utilizar um aparelho auditivo. O diagnóstico precoce pode ser essencial para a recuperação.

Álida Alves, audiologista na Widex – Especialistas em Audição, afirma: “Com a evidência de que a covid-19 pode impactar negativamente a audição, é crucial que jovens adultos, mesmo os que se consideram saudáveis, prestem atenção à sua saúde auditiva. Além de ser importante seguirem as boas práticas preventivas, é fundamental estarem atentos a qualquer sintoma de perda auditiva e procurarem ajuda médica rapidamente.”

 
Parceria inclui a promoção de um webinar no próximo mês sobre a técnica All-on-4®.
A MALO CLINIC vai integrar a mais recente inovação tecnológica de impressão 3D nos seus procedimentos, através da parceria com...

Para além do impacto no serviço prestado aos pacientes, a MALO CLINIC contribuirá ainda mais para a formação de profissionais de medicina dentária, tendo-se tornado um parceiro de educação certificado da SprintRay. A MALO CLINIC e a Sprintray vão colaborar através de workshops sobre os fluxos de trabalho MALO CLINIC de reconstrução de sorrisos e a integração da tecnologia de impressão 3D da SprintRay nos mesmos.

A primeira formação vai decorrer a 17 de outubro, às 16h00 (GMT), e permitirá que as clínicas dentárias compreendam melhor o revolucionário All-on-4® Digital Workflow da MALO CLINIC, um procedimento que permite um sorriso restaurado em menos de três horas aos pacientes. O webinar será apresentado pelo Diretor Clínico Nacional da MALO CLINIC, Dr. Ricardo Almeida, e pelo especialista da SprintRay, Dr. Drew Phillips, podendo os interessados inscrever-se em https://sprintraymalo.com.

Para Pedro Alvarez, CEO da MALO CLINIC, “esta parceria permitirá continuar a liderar a inovação na técnica All-on-4®", acrescentando que "os nossos fluxos de trabalho e a tecnologia da SprintRay vão ajudar a que as clínicas ofereçam um serviço melhor, mais rápido e de maior qualidade".

Amir Mansouri, CEO da SprintRay realça que "Esta colaboração abre novas oportunidades de mercado", acrescentando que "permite explorar um mercado de medicina dentária global e demonstra o nosso compromisso com a inovação e o crescimento".

 
28 de setembro
É já este sábado, dia 28 de setembro, que a Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL) promove uma caminhada...

Ao longo do percurso, com cerca de 4km, os participantes vão encontrar equipas da APLL junto a cada ponte, que vão entregar o kit de caminhada – uma t-shirt, um saco e água – e prestar qualquer apoio que seja necessário. De forma a possibilitar que cada participante faça a gestão do seu percurso, tendo em conta a sua forma física, a hora de início da caminhada e o ponto de receção dos kits é opcional. O encerramento da atividade fica marcado por uma aula de zumba, conduzida pelo professor Helder Vieira. 

A inscrição para a Caminhada das Pontes – que tem um custo de cinco euros e inclui a oferta do kit de caminhada – pode ser realizada através do preenchimento de um formulário online, no centro de atividades da APLL ou no próprio dia da caminhada.

Evento inaugura no dia 1 de outubro, com uma conferência sobre o Envelhecimento Ativo
O Museu da Farmácia inaugura, no próximo dia 1 de outubro, a exposição “A Arte de Envelhecer – Dar Mais Vida aos Anos”, com...

A inauguração conta, ainda, com uma conferência, tendo em vista proporcionar aos visitantes uma compreensão profunda sobre o envelhecimento ativo e sobre o papel das farmácias no apoio à população idosa.

A conferência contará com a presença de Ema Paulino, Presidente da Direção da Associação Nacional das Farmácias, Nuno Marques, Coordenador Nacional do Plano de Ação Envelhecimento Ativo e Saudável, Manuel Carrageta, Presidente da Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia e Paula Dinis, Vice-Presidente da Direção da Associação Nacional das Farmácias. A encerrar a conferência e inaugurar a exposição, estará Rita Sá Machado, Diretora-Geral da Saúde.

“A Arte de Envelhecer – Dar Mais Vida aos Anos” é o mote desta mostra do trabalho fotográfico de Sandra Ventura, que começou há mais de 10 anos, e que pretende mostrar e contar a história de idosos institucionalizados e a efemeridade da vida.

A exposição capta a essência e a verdade de cada pessoa e tem como objetivo sensibilizar as famílias e a população no geral para o combate ao isolamento dos idosos.

“É nas gerações mais velhas que encontramos sabedoria e muitas histórias que são um reflexo do que é a vida. É nas rugas que encontramos as marcas do tempo, que fazemos questão de preservar”, sublinha Sandra Ventura.

“Alimentação saudável dentro do orçamento disponível”
A Missão Continente e a Associação Portuguesa de Nutrição (APN) estão a desenvolver uma nova iniciativa de promoção da...

A Escola Missão Continente – Projeto de Literacia Alimentar é um projeto que visa beneficiar famílias que recebem apoio de instituições envolvidas no programa de excedentes da Missão Continente. Cada instituição, selecionada nas regiões do Norte, Centro, Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo e Algarve, vai ter a oportunidade de proporcionar aos seus beneficiários quatro sessões de capacitação. 

"O nosso objetivo é capacitar as famílias com conhecimentos práticos e acessíveis, para que possam gerir melhor a sua alimentação, planeando e preparando refeições equilibradas e fazendo escolhas mais sustentáveis com orçamentos reduzidos”, diz Célia Craveiro, Presidente da APN. “Queremos que estes momentos de contacto sejam uma ferramenta de mudança, ajudando não só as famílias, mas também as instituições que as apoiam, a reforçar uma cultura de saúde e bem-estar". 

Nesta fase, todas as entidades envolvidas no programa de excedentes da Missão Continente, e que atuem em Portugal Continental, podem candidatar-se. Para participar, as instituições devem assegurar respostas sociais como atendimento e acompanhamento social, ajuda alimentar, centros comunitários, refeitórios sociais ou centros de alojamento temporário. 

“Acreditamos que uma alimentação saudável deve ser um direito universal, independentemente das condições económicas. O Continente é para toda a gente, e este novo projeto, que o Programa Escola Missão Continente abraça, é uma expressão clara do nosso compromisso com essa inclusão. Além de apoiar diretamente as famílias em situação de vulnerabilidade, o projeto tem como foco capacitar essas comunidades com conhecimentos práticos, promovendo escolhas alimentares mais equilibradas e sustentáveis. A nossa atuação vai ao encontro de uma visão mais ampla de responsabilidade social, alinhando-se com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Especificamente, contribuímos para os princípios do ODS 2 – que visa erradicar a fome e garantir a segurança alimentar – e do ODS 12, ao fomentar práticas de consumo mais conscientes e responsáveis. Desta forma, reafirmamos o nosso papel na construção de um futuro mais inclusivo, sustentável e socialmente justo”, refere Nádia Reis, Diretora de Brand Responsibility do Continente.   

O projeto é composto por quatro sessões de capacitação, desenvolvidas por nutricionistas, que envolvem planeamento e gestão alimentar, seleção de alimentos com visita a uma loja Continente, preparação de refeições com workshop prático e consumo consciente. "Ao desenharmos estas sessões, pensámos em como poderíamos aproximar as famílias do dia a dia real das suas escolhas alimentares para proporcionar uma alimentação saudável dentro do orçamento disponível”, afirma Célia Craveiro. 

A Missão Continente e a Associação Portuguesa de Nutrição acreditam que “este projeto-piloto é um passo importante na promoção de uma alimentação mais saudável e acessível para as famílias em situação de vulnerabilidade, contribuindo para o seu bem-estar e qualidade de vida”. As inscrições estão abertas até 30 de setembro e todas as informações, assim como o regulamento, podem ser consultadas aqui

Lançamento do NOSHAME Movement decorre no Mês da Saúde Mental
Promovido pelo triatleta amador Tiago Valente, que transformou a sua história de luta contra a depressão numa missão, o...

A iniciativa será oficialmente apresentada com um evento nas instalações do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), e incluirá a apresentação do eBook "Turning Silent Battles into Loud Victories - Uma História sobre Superação e Saúde Mental", que documenta a jornada pessoal de Tiago Valente. Esta publicação será apresentada por todo o país e irá acompanhar a preparação do atleta para um dos triatlos mais desafiantes do mundo - o PATAGONMAN.

O evento contará ainda com uma mesa-redonda composta por um painel de especialistas, entre os quais Ricardo Gusmão, coordenador do Laboratório de Literacia em saúde mental, bem-estar, depressão e prevenção do suicídio, e João Bessa, Presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental.

Esta será uma oportunidade para os órgãos de comunicação social conhecerem de perto esta iniciativa, que procura contribuir ativamente para incentivar os cidadãos em todo o país a procurar ajuda sem receios ou preconceitos.

O NOSHAME Movement é uma iniciativa promovida pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) juntamente com a EUTIMIA - Aliança Europeia Contra a Depressão em Portugal, e conta com o patrocínio da Coordenação Nacional de Políticas de Saúde Mental do Ministério da Saúde e com o apoio da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental. 

Compreenda os riscos
A palavra medicamento, vinda do latim, está associada a um meio de curar.

A polimedicação é definida como a toma de 5 ou mais medicamentos de uma forma continua e, não falamos apenas de medicamentos de prescrição, todos entram na soma, inclusivamente suplementos alimentares. Não surpreende, portanto, que mais de um terço da população portuguesa, acima dos 65 anos, seja polimedicada.

Ao problema, acresce o facto de a tendência ser crescente, não só pelo envelhecimento demográfico, mas também pelo desejável desenvolvimento científico que leva ao aparecimento de novos fármacos.

Mas de que forma então a toma de vários medicamentos pode traduzir-se num aumento de riscos? Que antítese esta! Primeiro é preciso perceber que existem situações em que são efetivamente necessários mais que 5 medicamentos para tratar ou controlar uma doença. Nestas circunstâncias, e quando o tratamento está otimizado, falamos de polimedicação adequada.

Contudo, o inverso, a chamada polimedicação inadequada é infelizmente bastante comum. Na sua origem podem estar situações de automedicação ou simplesmente diferentes prescritores, que não têm uma visão transversal sobre o tratamento do doente, levando a situações disfuncionais e potencialmente perigosas.

O impacto mais evidente da polimedicação é na adesão ao tratamento. A predisposição para seguir o tratamento tende a diminuir e sobretudo a troca entre medicamentos e os horários das tomas passam a ser extramente mais comuns.

O risco de reação adversas medicamentosas, é também superior nestas situações, os chamados efeitos secundários.

Por último, a possibilidade de interações medicamentosas ou duplicações terapêuticas aumentam exponencialmente.

As interações ocorrem, quando o efeito de um medicamento é afetado por outro, pelo que, com o aumento do número de medicamentos, estas tornam-se cada vez mais prováveis.

A duplicação terapêutica, ocorre quando, tomamos, de uma forma não intencional, dois medicamentos para o mesmo fim. Infelizmente, estas são muito comuns, principalmente quando há uma substituição na prescrição e o utente não fica totalmente esclarecido que deverá suspender o anterior.

Não existe uma perceção claro do impacto destas ocorrências diretamente, mas, num sentido mais lato, a OMS estima que 10% de todos os internamentos hospitalares se devam ao uso incorreto de medicamentos.

São dados alarmante de facto! E como se espera que haja uma manutenção das tendências no envelhecimento demográfico e no desenvolvimento científico, a solução terá de passar por otimizar o processo de tratamento dos doentes.

Existem algumas formas que podem ajudar. Idealmente, devemos andar sempre com uma listagem de todos os medicamentos que estamos a tomar e, mais uma vez, todos, incluindo os de automedicação e suplementos.

Outra solução pode passar pela Preparação Individualizada da Medicação (PIM). A maioria das farmácias já disponibilizam um serviço deste género. Este permite organizar os medicamentos já com as tomas no horário previsto. Além disso, para além de lhe dar a organização e planeamento, normalmente semanal, também permite também que na realização desta preparação, a sua medicação, seja revista por um profissional qualificado.

Por último, existem já soluções digitais bastante completas e, na verdade, em Portugal estamos na linha na frente do que a este âmbito diz respeito. A Terah é uma aplicação nacional, disponível apenas em Portugal (para já) e permite ter toda a sua medicação organizada, com informação acerca do medicamento e que, na hora correta da toma, lança-lhe um alarme para ajudá-lo a recordar-se da toma. Além disso, também permite ao utilizador dar acesso da sua conta a um seu profissional de saúde ou cuidador, para que este tenha sempre uma visão integral dos medicamentos que está a tomar. Como se não bastasse, sempre que adiciona um medicamento, esta deteta possíveis situações perigosas de interações ou duplicações que possam estar o ocorrer.

A tecnologia no seu melhor para nos ajudar nos problemas do dia-a-dia.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Prémio atribuído pela Universidade de Coimbra
O projeto E-Skins, de desenvolvimento de adesivos eletrónicos para biomonitorização de dados de saúde (como batimentos...

O projeto premiado apresenta uma solução mais prática e duradoura para doentes que necessitem de utilizar dispositivos wearable (vestíveis) para a monitorização eletrofisiológica contínua e de longo prazo de dados de saúde: uma espécie de ‘pele eletrónica’, com materiais e métodos inovadores, que pode ser usada por mais de uma semana, de forma confortável para o paciente.

“Com as E-Skins, propomos uma arquitetura inovadora de materiais e métodos para a implementação de adesivos bioeletrónicos de filme fino multielétrodo para monitorização eletrofisiológica contínua durante longos períodos. Ao contrário de outros adesivos vestíveis existentes, esta solução pode ser usada por mais de uma semana e não é afetada por rotinas diárias como exercício físico ou banho. Para os elétrodos utilizamos uma tinta condutora patenteada, que permite combinar as vantagens dos elétrodos secos (possibilidade de impressão e integridade do material) com os benefícios dos elétrodos húmidos (elevada qualidade de sinal)”, explicam os investigadores.

Estes adesivos eletrónicos, com “propriedades mecânicas semelhantes às da pele humana, melhorando o conforto do paciente e reduzindo o ruido”, apresentam ainda outras vantagens, como a produção de baixo custo e a monitorização da cada doente à distância 24 horas por dia. “O fabrico baseado em técnicas de impressão digital permite a implementação de e-adesivos de baixo custo e específicos para cada paciente/aplicação. Além disso, o adesivo integra um sistema eletrónico miniaturizado universal para aquisição de biopotenciais através do bioadesivo e comunicação sem fios (já demonstrado em ambiente hospitalar). Esta abordagem inovadora possibilita que os pacientes sejam monitorizados 24/7 enquanto permanecem nas suas casas e mantêm as suas rotinas, acelerando o recobro e reduzindo custos para o sistema de saúde”, acrescentam Mahmoud Tavakoli, Manuel Reis Carneiro e Pedro Lopes.

“O projeto vencedor é um excelente exemplo da qualidade dos projetos de investigação e de inovação desenvolvidos na Universidade de Coimbra, com elevado potencial e orientados para as necessidades da sociedade. Destacou-se justamente entre os distintos candidatos desta edição do Prémio de Inovação J. Norberto Pires”, declara o Reitor da UC, Amílcar Falcão, que presidiu ao júri que atribuiu o galardão.

"O projeto premiado, paradigma da investigação de excelência desenvolvida na UC, honra o legado de promoção da inovação e do empreendedorismo do Professor e membro do Conselho Geral (CG) da UC Norberto Pires, que tão justamente quisemos homenagear com a criação deste galardão", afirma a Presidente do CG, Gabriela Figueiredo Dias, vice-presidente do júri – que foi representada na entrega do prémio por Nuno Moita, membro da Comissão de Inovação, Serviço e Relação com a Comunidade do CG.

O Prémio Inovação J. Norberto Pires visa estimular e reconhecer iniciativas inovadoras concebidas e desenvolvidas por alunos, funcionários, docentes ou investigadores da Universidade de Coimbra (ou que apresentem qualquer tipo de vínculo académico ou funcional a esta instituição), constituindo uma homenagem a Joaquim Norberto Pires, pela sua excecional contribuição para a inovação na Universidade de Coimbra. O galardão, entregue anualmente, contempla a atribuição de um diploma e uma recompensa no valor de 6.000 euros.

Nesta edição, o júri decidiu atribuir duas menções honrosas. Uma para “AR73/74 - Antes da Revolução | 1973-1974”, um projeto multimédia de Clara Almeida Santos e Francisco Sena Santos, centrado num conjunto de retratos que pretendem dar uma imagem de como era Portugal nos meses imediatamente antes da revolução de 25 de Abril de 1974. E outra para EcoTechLCA, uma ferramenta de avaliação da sustentabilidade ambiental para produtos e tecnologias inovadoras nas fases iniciais de desenvolvimento (ou seja, em escala laboratorial de produção), de Jade Müller.

27 e 28 de setembro
O Ispa – Instituto Universitário acolhe, nos próximos dias 27 e 28 de setembro, o 2o Congresso Internacional de...

Um dos temas em destaque será a necessidade de uma aprendizagem sustentável e a importância de cultivar comunidades escolares prósperas, acolhedores e inclusivas, que promovam tanto o sucesso académico como o desenvolvimento psicossocial dos alunos, numa sessão moderada pelo Professor Francisco Peixoto, do Ispa.

Outro dos temas-chave deste 2o Congresso será o papel fundamental da aprendizagem autorregulada no desenvolvimento de uma aprendizagem sustentável dos alunos. Em cima da mesa, na intervenção da Professora Vera Monteiro, do Ispa, estará o desenvolvimento de estratégias motivacionais e comportamentais que permitam aos alunos assumir o controlo sobre o seu processo de aprendizagem.

Nestes dois dias de congresso, estarão ainda em discussão outros temas como o bem-estar, a motivação e a saúde mental dos alunos, o abandono escolar no ensino superior, o papel da inteligência emocional, o impacto da inteligência artificial nos processos educativos, a integração e inclusão dos alunos ou o contributo da psicologia da Educação para o desenvolvimento sustentável.

 
Num estudo, em modelo animal
Um estudo, recentemente publicado na revista científica Advanced Science, demonstrou que os exossomas de células estaminais...

O vitiligo é a causa patológica mais comum de falta de pigmentação da pele, caracterizando-se por manchas brancas dispersas pelo corpo que têm origem na destruição de melanócitos, as células responsáveis pela produção de melanina.

Em termos clínicos, as lesões iniciais do vitiligo são frequentemente caracterizadas pela infiltração local de células T, que desempenham um papel essencial no sistema imunológico, e pela consequente perda de melanócitos na pele afetada. No vitiligo, a função das células T reguladoras (Tregs) está comprometida, o que contribui para a progressão da doença.

Embora a causa exata do vitiligo ainda seja incerta, há evidências que sugerem uma forte ligação com fatores autoimunes e stress oxidativo. Até ao momento, não existe uma terapia eficaz que trate simultaneamente esses dois aspetos da doença, o que torna urgente o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas.

A ação terapêutica das células estaminais mesenquimais do cordão umbilical (UC-MSCs) está associada à secreção de vesículas extracelulares, em particular de exossomas, que, devido às suas propriedades imunorreguladoras e antioxidantes, apresentam potencial para o tratamento de doenças autoimunes, como o vitiligo.

O estudo publicado investigou o impacto dos exossomas derivados de UC-MSCs no tratamento do vitiligo em modelo animal. Os animais foram divididos em três grupos distintos: animais doentes (grupo controlo), animais doentes aos quais foram administrados exossomas obtidos a partir de um meio de cultura em 2D, e animais doentes aos quais foram administrados exossomas obtidos a partir de um meio de cultura em 3D, que permite replicar de forma mais fiel o ambiente fisiológico.

Após 10 semanas de tratamento, os resultados mostraram que as áreas de despigmentação nos animais tratados com exossomas eram significativamente menores comparativamente ao grupo controlo, apresentando o grupo tratado com exossomas obtidos a partir de um ambiente 3D os melhores resultados.

Além disso, os investigadores observaram uma redução considerável no número de linfócitos T infiltrados na pele e no sangue dos animais tratados, sugerindo que os exossomas, principalmente aqueles obtidos através de um meio de cultura 3D, desempenham um papel crucial na regulação do sistema imunológico e na proteção dos melanócitos contra o stress oxidativo.

Os resultados obtidos nesta primeira fase demonstraram que exossomas de UC-MSCs contribuíram simultaneamente para a redução da infiltração e da ativação dos linfócitos T e para o aumento do número de células reguladoras do sistema imunitário.

Numa segunda fase, os testes in vitro também mostraram que os exossomas derivados de células estaminais mesenquimais do cordão umbilical são eficazes na proteção dos melanócitos, diminuindo a acumulação de compostos tóxicos responsáveis pela sua destruição celular (apoptose), o que sugere a atividade antioxidante e antiapoptótica dos exossomas em resposta ao stress oxidativo.

Este estudo representa um avanço significativo no desenvolvimento de terapias com base em exossomas, oferecendo novas perspetivas para o tratamento do vitiligo. As vesículas extracelulares derivadas das células estaminais demonstraram um efeito duplo, atuando tanto nos mecanismos imunológicos quanto no stress oxidativo, ambos subjacentes à doença.

“A capacidade dos exossomas de atuar simultaneamente sobre os mecanismos imunológicos e de stress oxidativo subjacentes ao vitiligo coloca estas vesículas como um tratamento promissor e alternativo para doenças do foro autoimune. No entanto, são ainda necessários mais estudos que permitam alcançar um maior conhecimento acerca da utilização e eficácia desta abordagem terapêutica para que possa vir a ser implementada na prática clínica.”, refere Eduardo Carvalho, do Departamento de I&D da Crioestaminal.

Sessões práticas de pilates, zumba, alongamentos, karaté e outras modalidades
No próximo dia 28 de setembro, a Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) vai reunir mais de 50 sociedades científicas...

“O objetivo deste evento é sensibilizar a população e os profissionais de saúde para a importância do exercício físico no controlo e melhoria da qualidade de vida dos portadores de doenças crónicas”, começa por explicar a presidente da SPLS, Cristina Vaz de Almeida. “Foi por este motivo que a iniciativa conseguiu agregar dezenas de parceiros: é o momento de, em conjunto, lutarmos pelo bem-estar destas pessoas”. 

Sob a coordenação da SPLS com INATEL, CIDEFES — Universidade Lusófona, Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Direção-Geral da Saúde e Plano Nacional de Envelhecimento Ativo e Saudável, os participantes terão acesso a diversas atividades físicas adequadas às suas condições de saúde. O programa foi desenhado para promover a prática de exercício de forma segura e eficaz, com o acompanhamento de especialistas em fisiologia do exercício. 

“Com esta ação, pretendemos criar um movimento nacional que incentive os doentes crónicos a adotar estilos de vida mais saudáveis e ativos, através de uma abordagem multidisciplinar e colaborativa. Além das atividades práticas, o evento inclui momentos de sensibilização e informação, com a presença de profissionais de saúde e representantes das várias entidades participantes”, continua. 

O programa conta com sessões práticas de pilates, zumba, alongamentos, karaté e outras modalidades. Estão ainda programadas diferentes palestras sobre artrose, fibromialgia, comportamentos sedentários, gestão de stress e capacitação para autogestão da DPOC, por exemplo. O programa completo pode ser consultado aqui.  

“Esperamos que esta iniciativa possa ter um impacto positivo na promoção da literacia em saúde e na adesão a práticas de autocuidado por parte da população com doenças crónicas, desafiando mitos e medos em torno da atividade física nestas condições”, conclui Cristina Vaz de Almeida. 

A iniciativa conta com o apoio científico da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF). Todas as informações podem ser encontradas no website oficial da SPLS, aqui

 
Inflamação dos tendões
A saúde dos ombros desempenha um papel fundamental nas nossas atividades diárias.

O que é a Tendinite do Ombro?

A tendinite do ombro é uma patologia dolorosa que afeta os tendões da articulação do ombro. Caracteriza-se por inflamação dos tendões, resultando em dor e restrição dos movimentos.

A tendinite da coifa dos rotadores é uma das formas mais comuns de tendinite do ombro. A coifa dos rotadores é um grupo de tendões que envolve a cabeça do úmero e é responsável pela estabilidade e mobilidade do ombro.

Quando estes tendões estão danificados ou inflamados, ocorre a tendinite da coifa dos rotadores.

Causas da Tendinite do Ombro

A tendinite do ombro pode ser causada por uma variedade de fatores.

Fatores de risco, como atividades repetitivas que envolvem movimentos do ombro, lesões agudas, envelhecimento, fraqueza muscular e desequilíbrios musculares, podem contribuir para o desenvolvimento da tendinite.

Além disso, má postura, falta de alongamento e aquecimento adequados antes da atividade física e ergonomia inadequada no ambiente de trabalho também podem aumentar o risco.

Sintomas da Tendinite do Ombro

Os sintomas mais comuns da tendinite do ombro incluem dor localizada na região do ombro, sensibilidade ao toque, dificuldade em levantar objetos pesados, restrição de movimento e dor que pode irradiar para o braço e pescoço.

A dor geralmente é pior durante a atividade física ou ao levantar o braço acima da cabeça e muitas vezes surge dor durante a noite. É importante estar ciente desses sinais para buscar diagnóstico e tratamento adequados.

Devo colocar quente ou frio?

A aplicação de calor ou frio pode ser benéfica no alívio dos sintomas da tendinite do ombro. A aplicação de gelo é recomendada nas fases agudas da inflamação, pois ajuda a reduzir o inchaço e a dor. O gelo deve ser aplicado na área afetada por 15 a 20 minutos, várias vezes ao dia.

Já o calor pode ser utilizado nas fases de recuperação, para relaxamento muscular e aumento do fluxo sanguíneo. Pode-se aplicar calor através de uma compressa quente ou banho quente. É importante seguir as orientações médicas sobre quando e como aplicar cada método.

Como Prevenir a Tendinite no ombro

A prevenção desempenha um papel crucial na saúde dos ombros. Algumas dicas e estratégias para prevenir a tendinite do ombro incluem:

  • Praticar alongamentos e exercícios de fortalecimento dos músculos do ombro regularmente. Isso ajuda a manter a flexibilidade e fortalecer os músculos, reduzindo o risco de lesões.
  • Adotar uma postura adequada durante as atividades diárias, como sentar e trabalhar em uma mesa.
  • Utilizar técnicas ergonômicas no ambiente de trabalho, como ajustar a altura da cadeira e do monitor para manter o alinhamento adequado do corpo.
  • Evitar movimentos repetitivos excessivos que possam sobrecarregar os tendões do ombro.
  • Realizar pausas frequentes durante as atividades físicas ou no trabalho que exijam esforço do ombro.
  • Realizar aquecimento adequado antes de exercícios físicos intensos, para preparar os músculos e tendões para a atividade.
  • Evitar o levantamento de objetos pesados de forma inadequada. Sempre dobre os joelhos e use os músculos das pernas para levantar objetos pesados, em vez de sobrecarregar o ombro.
  • Manter um estilo de vida saudável, incluindo uma alimentação equilibrada, exercícios regulares e descanso adequado, para fortalecer o sistema imunológico e promover a saúde dos tecidos.

Opções de Tratamento para a Tendinite do Ombro

O tratamento inicial para a tendinite do ombro geralmente envolve medidas conservadoras. Isso pode incluir repouso, imobilização temporária usando uma tipoia ou tala, modificação de atividades para evitar movimentos que agravem a dor, uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos para alívio da dor e redução da inflamação e aplicação de RICE: Rest, Ice, Compression, Elevation (Descanso, Gelo, Compressão, Elevação).

A terapia com gelo reduz o inchaço e a inflamação, enquanto a compressão e a elevação ajudam a reduzir a dor e melhorar a circulação sanguínea.

Além das medidas conservadoras, a fisioterapia desempenha um papel crucial no tratamento da tendinite do ombro.

O fisioterapeuta médico irá desenvolver um programa de exercícios específico para fortalecer os músculos do ombro, melhorar a flexibilidade e restaurar a amplitude de movimento.

A terapia também pode incluir técnicas de mobilização articular, massagem e modalidades de fisioterapia, como eletroterapia e ultrassom, para aliviar a dor e promover a cicatrização.

Em casos mais graves de tendinite do ombro, quando o tratamento conservador não é eficaz, pode ser considerada a intervenção cirúrgica.

A cirurgia é geralmente reservada para casos em que há lesão grave nos tendões ou rutura do manguito rotador. a coifa dos rotadores.

Durante a cirurgia, o médico pode reparar os tendões danificados, remover esporões ósseos ou realizar outros procedimentos necessários para restaurar a função normal do ombro.

Quando se deve fazer cirurgia para a tendinite do ombro

Embora a maioria dos casos de tendinite do ombro possa ser tratado com abordagens conservadoras, em alguns casos a intervenção cirúrgica pode ser necessária.

A decisão de optar pela cirurgia dependerá de vários fatores, incluindo a gravidade dos sintomas, a resposta ao tratamento conservador e o impacto na qualidade de vida do paciente. Aqui estão algumas situações em que a cirurgia pode ser considerada:

  1. Falha do tratamento conservador: Se após um período adequado de tratamento conservador, os sintomas persistirem ou piorarem, a cirurgia pode ser recomendada. Isso ocorre quando outras opções de tratamento não conseguiram proporcionar alívio adequado da dor e restaurar a função do ombro.
  2. Lesão grave nos tendões: Em casos de lesões graves nos tendões do ombro, como uma rutura de um ou mais tendões da coifa dos rotadores, a cirurgia pode ser necessária para reparar os tendões danificados. Isso geralmente é considerado quando a lesão interfere significativamente nas atividades diárias e na função do ombro.
  3. Impacto nas atividades diárias: Se a tendinite do ombro causar restrições severas na capacidade do indivíduo de realizar atividades essenciais, como levantar objetos, vestir-se ou dormir, a cirurgia pode ser uma opção para restaurar a função normal do ombro e melhorar a qualidade de vida.
  4. Lesões crônicas recorrentes: Em alguns casos, a tendinite do ombro pode se tornar crônica e recorrente, com episódios repetidos de inflamação e dor. Se isso ocorrer e a qualidade de vida do paciente for significativamente afetada, a cirurgia pode ser considerada como uma medida para resolver o problema de forma mais permanente.

É importante ressaltar que a decisão de realizar a cirurgia para a tendinite do ombro deve ser feita em conjunto com o médico especialista, levando em consideração a avaliação completa do caso e os objetivos individuais do paciente. O médico irá fornecer informações detalhadas sobre o procedimento cirúrgico, benefícios esperados, riscos potenciais e tempo de recuperação.

 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
No valor de 7 mil euros cada
A Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação (SPMFR) tem disponíveis bolsas de investigação científica no valor...

As bolsas são dedicadas a médicos fisiatras e internos de medicina física e reabilitação, que já se podem candidatar à sua atribuição. Na mesma altura, a SPMFR promove o XXIV Congresso Nacional da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação, o mais importante evento científico nacional de Medicina Física e de Reabilitação.

O evento acontece nos dias 26, 27 e 28 de setembro de 2024, em Évora. Para além de um programa científico abrangente e diversificado, que incluirá palestras, mesas-redondas, workshops e cursos, o congresso contará com a presença de especialistas nacionais e internacionais prestigiados em diferentes áreas. É o caso de Matteo Cesari, responsável pelo programa de Envelhecimento Saudável das Nações Unidas, e também Almudena Fernández-Bravo, especialista em Medicina Desportiva, teaching musculoskeletal ultrasound e ultrasound-guided interventions.

Para Renato Nunes, presidente da SPMFR, “o congresso contribui para promover a partilha de conhecimento, a atualização científica e a discussão de temas relevantes para a especialidade. Será também uma oportunidade de encontro entre colegas e amigos, com atividades culturais, momentos de convívio e networking, nos quais poderemos promover a proximidade e fortalecer a colaboração e a união entre todos, partilhar e contribuir para alcançar o mais elevado nível de desenvolvimento da ciência e da técnica”.

Ainda durante os três dias, estão reservados momentos de homenagem aos médicos fisiatras que dedicaram a sua vida profissional ao desenvolvimento da especialidade e serão atribuídos prémios científicos.

Opinião
É unânime que a educação é a forma mais eficaz para o desenvolvimento de uma sociedade.

A aprendizagem é a aquisição de conhecimento pelos indivíduos que, por sua vez, lhe atribuem efetivamente um significado, contribuindo para os capacitar e transformar, exercendo posteriormente a sua ação no contexto comunitário.

Assim, poderemos afirmar que a aprendizagem é um processo contínuo, em que o ser humano está em constante evolução, através da interação com o meio envolvente, onde ensinar e aprender são essenciais para a existência e crescimento humano, para a participação cívica ativa e para a responsabilização de cada pessoa, dentro das suas comunidades. O desenvolvimento das capacidades humanas e das oportunidades bem distribuídas, asseguram um crescimento equilibrado e equitativo das sociedades.

Neste âmbito, o paradigma da aprendizagem ao longo da vida, foi apresentado no relatório da UNESCO, e abriu novas perspetivas para pensar o processo educativo. Nomeadamente em retirar da escola o pilar basilar do ensino e aprendizagem.

Neste contexto, o documento estrutura-se em torno de dois grandes eixos inovadores: a ideia de aprendizagem ao longo da vida e de cidades educativas e inclusivas, independentemente da idade. Na base destes eixos está o pressuposto biológico e filosófico de que o Homem é um ser inacabado, com implicações incomensuráveis para a educação exigindo ao ser humano, para sobreviver e evoluir, uma aprendizagem constante, em todas as idades e na multiplicidade de situações e circunstâncias da vida diária, retirando à instituição escolar o monopólio da Educação e transferindo essa responsabilidade para toda a sociedade.

A aprendizagem ao longo da vida refere-se a todas as atividades de aprendizagem intencional ou não, desenvolvidas ao longo da vida, em contextos formais, não-formais ou informais, com o objetivo de adquirir, desenvolver ou melhorar conhecimentos, aptidões e competências, numa perspetiva pessoal, cívica, social e/ou profissional, enquanto processo autorregulador e adaptativo, essencial para o desenvolvimento pessoal que inclui a saúde e bem-estar e a vida social e comunitária.

A aprendizagem ao longo da vida é fundamental para a construção de sociedades em que o conhecimento é partilhado por todos e visto como um bem público comum, que possibilita aos indivíduos a aquisição de recursos para uma participação ativa no meio onde estão inseridos, promovendo comunidades mais participativas e progressivamente mais desenvolvidas.

Possibilitando o constante desenvolvimento dos indivíduos, que ocorre através da comunicação e interação, sendo que este estabelecimento de relações humanas, torna-nos seres ensinantes e aprendentes, ou seja, qualquer individuo, independentemente da idade tem capacidades de ensinar e aprender.

Em 1996, a UNESCO apresentou o livro de Jacques Delors designado de “Educação: um tesouro a descobrir para o séc. XXI”. E descreve os quatro pilares da aprendizagem ao longo da vida, que são: aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.

Baseado na ideia de que a aprendizagem deve assumir-se como um fator de coesão, procurando ter em conta a diversidade dos indivíduos e das comunidades, este livro propôs a organização da educação em torno destes quatro pilares fundamentais “que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento”.

Juntos, estes pilares traduzem uma conceção de aprendizagem e do processo educativo mais ajustada ao período contemporâneo, porque o foco já não é apenas a aquisição do conhecimento e a sua mobilização no sentido do saber fazer, valorizando-se também a dimensão do desenvolvimento pessoal e social e a dimensão do aprender a conhecer num contexto de mudança permanente, sendo essenciais para o crescimento e desenvolvimento humano, ou seja, caracterizam e essência da pessoa.

Referências: 

European Commission. (2019). Key competences for lifelong learning, Publications Office. Bruxelles. https://data.europa.eu/doi/10.2766/569540 

European Commision. (2021). The 2021 ageing report - Publications Office of the EU 2021. Bruxelles. doi:10.2765/84455 

UNESCO (1996). Learning: the treasure within; report to UNESCO of the International Commission on Education for the Twenty-first Century (highlights) - UNESCO Digital Library. https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000109590 

UNESCO. (2022). 5th global report on adult learning and education. Citizenship education: Empowering adults for change. UNESCO Institute for Lifelong Learning. Hamburg: UIL. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Idade, raça, peso a condição física são fatores que contribuem para o desenvolvimento de doenças cardíacas
As doenças cardíacas em animais de companhia são frequentemente silenciosas e os sinais clínicos podem passar despercebidos. A...

Sendo considerada a quarta causa de morte mais comum nos cães, a doença cardiovascular pode ser controlada, mediante vigilância médica adequada. Entre as patologias mais frequentes nos animais de companhia, encontramos as seguintes:

  • Doença Degenerativa Valvular Mitral (DDVM): Também designada por doença mixomatosa da válvula mitral, é a doença cardíaca adquirida mais frequente em cães adultos, representando mais de 70% das doenças cardíacas na espécie canina. A sua prevalência aumenta com a idade sendo mais frequente em cães de raça pequena, como Cavalier King Charles Spaniel e Poodle.
  • Cardiomiopatia Dilatada (CMD): Mais comum em cães de raças grandes, como Doberman Pinscher e Boxer. A CMD é caracterizada pelo enfraquecimento do músculo cardíaco, que se dilata e perde a capacidade de bombear o sangue de forma eficiente. É a segunda forma mais prevalente de doença cardíaca em cães, sendo responsável por 10% dos diagnósticos cardíacos.
  • Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH): A doença cardíaca mais prevalente em gatos, afetando até 15% dos felinos, especialmente os das raças Maine Coon e Ragdoll. A CMH leva ao espessamento das paredes do coração, dificultando o bombear de sangue e podendo resultar em insuficiência cardíaca ou tromboembolismo.
  • Doenças Cardíacas Congénitas: Afetam cerca de 1% a 2% dos cães e gatos e incluem defeitos de nascença como estenose pulmonar, comunicação interventricular e persistência do canal arterial. Estes problemas exigem diagnóstico precoce e, muitas vezes, intervenção cirúrgica.

Tosse, cansaço excessivo, dificuldades respiratórias e desmaios são alguns dos sintomas que devem ser motivo de ida ao veterinário. Segundo Rui Máximo, médico veterinário do AniCura Atlântico Hospital Veterinário, “o diagnóstico precoce e o acompanhamento regular são fundamentais para o controlo destas patologias e para a melhoria da qualidade de vida dos nossos animais”.

O recomendável são consultas regulares e exames complementares, como ecocardiogramas e eletrocardiogramas, especialmente em raças predispostas ou em animais com mais de sete anos de idade. “A prevenção e o acompanhamento médico são essenciais. Assim como cuidamos do nosso coração, devemos também cuidar do coração dos nossos amigos de quatro patas”, acrescenta.

Atribuída bolsa no valor de 35 mil euros
A leucemia mieloide aguda é responsável por 62% das mortes por leucemia. E ajudar a dar resposta às necessidades não...

O estudo liderado por Delfim Duarte, investigador do i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, da Universidade do Porto, em conjunto com o Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, é o vencedor do Prémio FAZ Ciência 2024, numa edição que contou com 24 candidaturas.

A leucemia mieloide aguda afeta, anualmente, 15 adultos em cada 100 mil pessoas, apresentando-se como uma doença cuja sobrevida global continua baixa, sobretudo num conjunto mais pequenos de doentes, que apresentam uma mutação no gene TP53, o que torna o cenário ainda mais difícil. O projeto “Uncovering the immune and stromal microenvironment of TP53-mutated acute myeloid leukemia” procura contribuir para desvendar os mecanismos da doença e desenvolver novas terapêuticas para os doentes que sofrem de leucemia com esta mutação.

Maria do Céu Machado, presidente da Fundação AstraZeneca, refere que “o apoio à investigação científica e os contributos que daí resultam são fundamentais para os doentes e para os profissionais de saúde e contemplam a missão da Fundação AstraZeneca. Tal como em edições anteriores do Prémio FAZ Ciência, mantém-se a área da Oncologia por se considerar prioritária e oportunidade de divulgar a investigação que se faz em Portugal relativamente a novas terapêuticas e técnicas de diagnóstico e prevenção cuja excelência deve ser prestigiada e distinguida”.

Com o objetivo de distinguir os melhores projetos de investigação translacional (que englobem pesquisa empírica e trabalho de campo) em oncologia, a nível nacional, os projetos candidatos ao Prémio “FAZ Ciência” foram avaliados por uma Comissão de Avaliação composta por cinco especialistas nacionais na área da Oncologia: Bruno Silva-Santos, Vice-Diretor do Instituto de Medicina Molecular (iMM Lisboa) e Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa; José Carlos Machado, Vice-presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup) e Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; José Pedro Carda, Hematologista no Hospital da Luz, em Lisboa, e Clínica da Luz, em Odivelas, e Assistente Convidado da Faculdade de Medicina da Universidade Católica; Luís Costa, Chefe do Departamento de Oncologia do Hospital de Santa Maria e Professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa; Maria-João Cardoso, Coordenadora da Equipa Cirúrgica da Unidade de Mama da Fundação Champalimaud e Professora Associada da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Campanha #Safe2Eat
A campanha #Safe2Eat tem como objetivo ajudá-lo a descobrir mais sobre a segurança dos alimentos na Europa e como pode tomar...

A maioria de nós preocupa-se com o que a nossa comida contém, quer estejamos a fazer compras no supermercado, a cozinhar em casa ou a comer fora com amigos e família. Os ingredientes influenciam o sabor da nossa comida e, em certa medida, o preço que pagamos. É importante referir que, na Europa, os ingredientes alimentares, desde aditivos e aromas até aos derivados de novas tecnologias, devem ser comprovados como seguros antes de serem introduzidos nos alimentos.

Alguns ingredientes são perfeitamente seguros para a maioria de nós, mas podem ser prejudiciais para pessoas com alergias alimentares, intolerâncias ou condições médicas especiais. Por isso, além do valor nutricional dos alimentos embalados, os alergénios e as intolerâncias devem ser indicados nos rótulos dos produtos e nos menus dos estabelecimentos alimentares, para que as pessoas com esses problemas consigam fazer escolhas alimentares seguras.

A ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica na qualidade de Ponto Focal Nacional da EFSA, participa uma vez mais, e pelo 4.º ano consecutivo, na campanha #Safe2EatEU com a EFSA, cuja missão é reforçar a confiança dos consumidores no sistema de segurança dos alimentos da EU.

Deve-se ter especial atenção aos aditivos alimentares?

Na União Europeia, os ingredientes alimentares, incluindo aditivos, aromas e substâncias derivadas de novas tecnologias, são rigorosamente avaliados antes de serem aprovados para consumo. A EFSA assegura que qualquer aditivo, como corantes, conservantes e adoçantes, passe por avaliações científicas detalhadas para garantir que o seu consumo não representa um risco para a saúde.

Por isso, os aditivos alimentares, quando utilizados dentro dos limites estabelecidos, são considerados seguros. No entanto, é sempre prudente estar atento à quantidade e tipo de aditivos nos alimentos que consumimos regularmente.

Para que servem os rótulos dos alimentos?

Os rótulos dos alimentos fornecem informações valiosas sobre o seu valor nutricional e os ingredientes que contêm, permitindo que os consumidores façam escolhas informadas para manter uma dieta equilibrada. Em Portugal, assim como em toda a União Europeia, os rótulos devem seguir diretrizes rigorosas, indicando claramente a quantidade de açúcar, gordura, sal, energia, entre outros componentes. Para Filipa Melo de Vasconcelos, Subinspetora-Geral da ASAE, esta transparência “é essencial para que os consumidores compreendam o que estão a consumir. Além das informações nutricionais, os rótulos também devem destacar a presença de aditivos e indicar os alergénios mais comuns, como o glúten, o leite, os ovos, frutos secos e a soja”.

Ler os rótulos com atenção pode ajudar a evitar ingredientes indesejados e promover escolhas alimentares mais saudáveis. A Subinspetora-Geral da ASAE comenta ainda que: "A marcação de prazos nos nossos alimentos é baseada na ciência. Informação clara e correta nas embalagens e uma melhor compreensão e utilização da marcação de datas nos alimentos pode ajudar a reduzir o desperdício alimentar na UE, bem como garantir a segurança alimentar.".

Se tem uma alergia alimentar grave, como pode verificar se existem vestígios de alergénios nos alimentos?

Para pessoas com alergias alimentares graves, a leitura atenta dos rótulos dos alimentos é crucial para evitar reações alérgicas. Na União Europeia, é obrigatório que os alergénios mais comuns estejam destacados nos rótulos e menus de restaurantes, permitindo que os consumidores identifiquem facilmente se um produto contém substâncias que possam desencadear uma reação alérgica. Contudo, além da presença direta dos alergénios, os consumidores devem estar atentos à possibilidade de contaminação cruzada, que ocorre quando pequenas quantidades de alergénios entram em contacto com outros alimentos durante o processo de fabrico.

Os rótulos dos alimentos podem conter menções como “pode conter vestígios de…” ou “produzido numa fábrica que também processa…”, indicando a possibilidade de vestígios de alergénios. Estas informações são cruciais para quem sofre de alergias graves, pois até pequenas quantidades de alergénios podem desencadear reações perigosas. Se estiver a comer fora, não hesite em perguntar diretamente aos funcionários sobre os métodos de preparação dos alimentos e a possibilidade de contaminação cruzada.

Este ano, a campanha #Safe2EatEU amplia o seu alcance, com 18 países a congregar esforços para ajudar os consumidores a tomar decisões informadas sobre as suas escolhas alimentares. Os países participantes em 2024 incluem Portugal, a Roménia, a Chéquia, a Hungria, a Grécia, a Estónia, a Croácia, a Itália, a Letónia, Chipre, a Eslovénia, a Espanha, o Luxemburgo, a Eslováquia, a Áustria, a Polónia, Montenegro e a Macedónia do Norte.

 
Investigação do Laboratório Europeu de Biologia Molecular
Muitos medicamentos humanos podem inibir diretamente o crescimento e alterar a função das bactérias que constituem o nosso...

Num estudo inédito, investigadores dos grupos Typas, Bork, Zimmermann e Savitski do EMBL Heidelberg, e muitos antigos alunos do EMBL, incluindo Kiran Patil (MRC Toxicology Unit Cambridge, Reino Unido), Sarela Garcia-Santamarina (ITQB, Portugal), André Mateus (Universidade de Umeå, Suécia), bem como Lisa Maier e Ana Rita Brochado (Universidade de Tübingen, Alemanha), compararam um grande número de interações droga-microbioma entre bactérias cultivadas isoladamente e as que fazem parte de uma comunidade microbiana complexa. As suas conclusões foram recentemente publicadas na revista Cell. 

Para o seu estudo, a equipa investigou a forma como 30 medicamentos diferentes (incluindo os que visam doenças infeciosas ou não infeciosas) afetam 32 espécies bacterianas diferentes. Estas 32 espécies foram escolhidas como representativas do microbioma intestinal humano com base em dados disponíveis nos cinco continentes. 

Descobriram que, quando juntas, certas bactérias resistentes aos medicamentos apresentam comportamentos comunitários que protegem outras bactérias sensíveis aos medicamentos. Este comportamento de “proteção cruzada” permite que essas bactérias sensíveis cresçam normalmente quando em comunidade, na presença de medicamentos que as teriam matado se estivessem isoladas. 

“Não estávamos à espera de tanta resiliência”, disse Sarela Garcia-Santamarina, antiga pós-doutorada do grupo Typas e coautora do estudo, atualmente líder de um grupo no Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB), Universidade Nova de Lisboa, Portugal. “Foi muito surpreendente verificar que, em metade dos casos em que uma espécie bacteriana foi afetada pelo medicamento quando cultivada isoladamente, não foi afetada na comunidade.” 

Os investigadores aprofundaram então os mecanismos moleculares subjacentes a esta proteção cruzada. “As bactérias ajudam-se mutuamente, absorvendo ou decompondo os medicamentos”, explicou Michael Kuhn, investigador do Grupo Bork e coautor do estudo. “Estas estratégias são designadas por bioacumulação e biotransformação, respetivamente”. 

“Estas descobertas mostram que as bactérias intestinais têm um potencial de transformação e acumulação de medicamentos maior do que se pensava”, afirmou Michael Zimmermann, chefe de grupo do EMBL Heidelberg e um dos colaboradores do estudo. 

No entanto, há também um limite para a força desta comunidade. Os investigadores verificaram que concentrações elevadas de fármacos provocam o colapso das comunidades do microbioma e que as estratégias de proteção cruzada são substituídas pela “sensibilização cruzada”. Na sensibilização cruzada, as bactérias que normalmente seriam resistentes a certos medicamentos tornam-se sensíveis a eles quando estão numa comunidade - o oposto do que os autores viram acontecer em concentrações mais baixas de medicamentos. 

“Isto significa que a composição da comunidade permanece robusta a baixas concentrações de fármacos, uma vez que os membros individuais da comunidade podem proteger espécies sensíveis”, afirmou Nassos Typas, líder do grupo EMBL e autor sénior do estudo. “Mas, quando a concentração do fármaco aumenta, a situação inverte-se. Não só mais espécies se tornam sensíveis à droga e a capacidade de proteção cruzada diminui, como também surgem interações negativas que sensibilizam outros membros da comunidade. Estamos interessados em compreender a natureza destes mecanismos de sensibilização cruzada no futuro”. 

Tal como as bactérias que estudaram, os investigadores também adoptaram uma estratégia comunitária para este estudo, combinando os seus pontos fortes científicos. O Grupo Typas é especialista em abordagens experimentais de microbioma e microbiologia de alto rendimento, enquanto o Grupo Bork contribuiu com a sua experiência em bioinformática, o Grupo Zimmermann realizou estudos metabolómicos e o Grupo Savitski realizou as experiências proteómicas. Entre os colaboradores externos, o grupo do antigo aluno do EMBL Kiran Patil na Unidade de Toxicologia do Conselho de Investigação Médica, Universidade de Cambridge, Reino Unido, forneceu conhecimentos especializados em interações bacterianas intestinais e ecologia microbiana. 

Como experiência prospetiva, os autores também utilizaram este novo conhecimento das interações de proteção cruzada para montar comunidades sintéticas que pudessem manter a sua composição intacta após o tratamento com medicamentos.  

“Este estudo é um passo em frente para compreender como os medicamentos afectam o nosso microbioma intestinal. No futuro, poderemos utilizar este conhecimento para adaptar as receitas médicas de modo a reduzir os efeitos secundários dos medicamentos”, afirmou Peer Bork, chefe de grupo e diretor do EMBL Heidelberg.

“Para atingir este objetivo, estamos também a estudar a forma como as interações entre espécies são moldadas pelos nutrientes, de modo a podermos criar modelos ainda melhores para compreender as interações entre bactérias, medicamentos e o hospedeiro humano”, acrescentou Patil. 

Investigação Mayo Clinic
Uma doença hereditária rara de declínio cognitivo conhecida como Perturbação Relacionada com o CSF1R (CSF1R-RD) tem o seu nome...

Este facto realça a prevalência da doença e abre caminho a futuros tratamentos individualizados. A descoberta também sugere que fatores genéticos e ambientais podem influenciar a doença. Por exemplo, os esteróides utilizados para tratar a inflamação e as respostas imunitárias podem reduzir a neuroinflamação e prevenir a ocorrência de sintomas em portadores assintomáticos de mutações no gene CSF1R, segundo a equipa de investigação.

Os investigadores analisaram uma série de dados - demografia, genótipo, história familiar, estado clínico - recolhidos em 14 famílias das Américas, Ásia, Austrália e Europa. Encontraram 15 mutações CSF1R, incluindo oito mutações não registadas anteriormente. Existem cerca de 200 mutações conhecidas associadas a esta doença.

Este estudo contribui para a compreensão global da hereditariedade e da prevalência global de doenças neurodegenerativas raras em pessoas com e sem história familiar da doença”, afirma o autor sénior do estudo, Zbigniew Wszolek, um neurologista e neurofisiologista clínico da Mayo Clinic. A descoberta permitirá aos cientistas direcionar tratamentos modificadores da doença específicos para estas mutações do gene CSF1R”.

As variações genéticas podem complicar o diagnóstico da CSF1R-RD porque os sintomas podem imitar outras doenças, explica Wszolek. O diagnóstico preciso e a gestão médica da doença requerem critérios de diagnóstico e opções de tratamento actualizados, acrescenta.

A equipa de investigação afirma que são necessários mais estudos para analisar os portadores assintomáticos e sintomáticos das mutações do gene CSF1R, a fim de compreender melhor a doença. Salientam que os conhecimentos adquiridos com esta investigação irão melhorar o aconselhamento genético, orientar o desenvolvimento de intervenções terapêuticas e melhorar a previsão do risco de aparecimento da doença.

Wszolek e a sua equipa de investigação descobriram o gene CSF1R em 2011. Um dos estudos anteriores da equipa sobre a doença relacionada com o CSF1R, também conhecida como leucoencefalopatia relacionada com o CSF1R, examinou um tratamento que modifica a doença.

O estudo, agora publicado, pode ser conslutado aqui: https://www.neurology.org/doi/10.1212/NXG.0000000000200187

3º edição regressa ao Oeiras Padel Academia, a 19 de outubro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Sul (LPCC-NRS) volta a ser parceira do torneio ‘Pink Padel Open’, cuja...

As inscrições já abriram para cerca de 288 jogadores, repartidos por 14 categorias. Por ser já o terceiro ano deste projeto singular, a agência The Stage, promotora do evento, introduziu algumas novidades: abriu-se pela primeira vez a categoria de ‘Padel Inclusivo’ e reforçou-se a aposta nos jovens atletas, alargando os Sub14 a duas categorias de Femininos e Masculinos.

Outra das grandes surpresas é o apoio da prestigiada pintora Graça Morais, que prontamente se solidarizou com o trabalho desenvolvido pela LPCC e ofereceu a ilustração das t-shirts oficiais do torneio deste ano, inspirada nas flores do seu jardim e que apresentam a seguinte mensagem: “Quero partilhar estas pinturas feitas em estado de graça, inspiradas nas flores do meu jardim, com todas as Mulheres que enfrentam e já enfrentaram o cancro de mama. A todas, desejo muita coragem e esperança por uma vida com mais saúde e muitos momentos de alegria”.

Para Marta Pojo, Diretora dos Projetos de Saúde da LPCC – NRS, é com muita gratidão que a Liga Portuguesa Contra o Cancro se alia a esta iniciativa pelo terceiro ano consecutivo. “Só podemos agradecer o empenho de todos que dão vida a este projeto que, além de promover um estilo de vida ativo, permite-nos dar continuidade ao nosso trabalho no apoio ao doente oncológico e cuidadores, na prevenção e diagnóstico precoce do cancro e também no apoio à formação e investigação em Oncologia. Todas as receitas que possamos angariar são muito importantes para podermos apoiar quem mais necessita”, apelou.

Estima-se que 1 em cada 11 mulheres na União Europeia desenvolva cancro da mama antes dos 74 anos. Os números mais recentes, referentes a 2022, divulgados pela Organização Mundial de Saúde sobre Portugal, mostram que o Cancro da Mama é o segundo tipo de cancro com mais prevalência no país e o quarto que mais mata, registando-se já 8 954 novos casos por ano.

As inscrição para a terceira edição do ‘Pink Padel Open’ estão abertas aqui.

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