"Protocolo Comum de Actuação Sanitária"
O governo espanhol aprovou esta quarta-feira um plano de luta contra a mutilação genital feminina, informou o Ministério da...

"Comprometo-me a cuidar da saúde da(s) menor(es), de quem sou responsável, e evitar a sua mutilação genital, assim como a comparecer para uma revisão no retorno da viagem", afirma o documento que os pediatras deverão fazer os pais assinarem após informá-los"das consequências para a saúde e das consequências legais que acarreta".

Caso os pais se neguem a assinar o "compromisso preventivo", os médicos poderão comunicar o facto à Justiça, "que poderá iniciar o processo para a adopção de medidas cautelares que evitem (a prática)", acrescenta o texto.

O documento faz parte do "Protocolo Comum de Actuação Sanitária", aprovado esta quarta pelo ministro espanhol da Saúde, Alfonso Alonso, e por representantes dos 17 governos regionais, responsáveis pela administração da Saúde Pública. Será aplicado por todos os médicos do país.

"Quase 17 mil crianças correm risco dentro de Espanha de serem vítimas de mutilação genital", relata o documento.

A fundação internacional Wassu-UAB estima que vivam neste país mais de 57 mil mulheres mutiladas, embora não haja registo médico desses casos. No mundo, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), estima-se que haja 130 milhões.

Detectar e registar esses casos é um dos principais objectivos deste protocolo. O outro é "a detecção e a intervenção em meninas em risco de sofrer uma mutilação genital", completa a nota.

"Não consta que se mutile em Espanha, mas que se aproveita a viagem que se faz com as filhas. É nos lugares de origem que se pratica a ablação, seja do clítoris, seja dos lábios vaginais", explica Nieves Crespo, responsável pelo programa de prevenção da mutilação genital feminina na União de Associações Familiares, uma das ONGs que participaram da elaboração do protocolo.

No ano passado, vários juízes espanhóis decidiram no passado impedir a saída de menores do país, retirando-lhes o passaporte, para evitar a mutilação.

Estudo
O frio pode, realmente, ajudá-lo a perder peso e para tal basta que desligue o aquecedor que tem em casa, diz um estudo.

Um estudo publicado na revista Cell Metabolism revela que o tempo mais frio é um grande aliado na perda de peso… sem que seja necessário fazer exercício físico.

Segundo a ABC News, a pesquisa baseou-se na comparação de dois grupos de pessoas que foram colocadas perante temperaturas diferentes. O primeiro grupo esteve numa sala ambientada com 18 graus, já o segundo foi colocado numa com zero graus.

Em ambos os grupos, os participantes produziram a hormona Irisina, que converte lentamente o tecido adiposo branco – gordura que armazena energia no corpo – em tecido adiposo castanho – que queima energia para gerar calor. Contudo, os indivíduos que ficaram na sala mais fria produziram, também, a hormona FGF21, que queima calorias de uma forma mais acentuada.

Deste modo, destaca o estudo, os que permaneceram a zero graus e tremeram de frio queimaram cerca de 300 calorias (o equivalente a 30 minutos de corrida) na transição de 50 gramas de tecido adiposo branco em tecido adiposo castanho.

Investigador português
Um investigador da Universidade do Porto descobriu que uma proteína responsável por regular o ferro no organismo também protege...

"Basicamente descobri o motivo pelo qual pessoas com hemocromatose morrem tão rápido [devido a infecções graves] e são tão susceptíveis, descobri que isto acontece porque estes pacientes têm deficiência de uma proteína que regula o ferro, que se chama hepcidina, e que é necessária para as pessoas saudáveis conseguirem combater a infecção", explicou João Arezes.

O investigador da Universidade do Porto considerou "interessante" o facto de ter descoberto que "uma proteína que regula o metabolismo do ferro é tão importante no contexto de uma infecção".

A partir da conclusão do trabalho, que foi divulgado quarta-feira na publicação norte-americana Cell Host & Microbe, os cientistas do grupo de João Arezes desenvolveram "um medicamento, uma proteína que tem o mesmo efeito da proteína que está em falta nos doentes".

Ao ministrar esta proteína a ratinhos com sobrecarga de ferro "conseguimos, por um lado, diminuir a quantidade de ferro e, por outro lado, proteger os ratinhos da morte após infecção", resumiu o investigador.

Esta substância foi sintetizada pelo grupo de trabalho de João Arezes, em Los Angeles, nos EUA. O que o resultado agora divulgado traz de novo é que "em ratinhos equivalentes a pessoas com hemocromatose conseguimos diminuir os níveis de ferro e, além disso, proteger contra infecções gravíssimas nos doentes através da administração deste composto", resumiu o cientista.

A hemocromatose hereditária é uma doença caracterizada por uma sobrecarga de ferro, ou seja, estes doentes têm demasiado ferro no organismo.

O ferro é essencial para várias funções no organismo, mas, quando está em excesso, é tóxico e deposita-se em vários tecidos, como o coração ou o fígado, levando ao desenvolvimento de problemas como cirroses ou cancro hepático.

Actualmente, os doentes com hemocromatose recebem o mesmo tratamento que já se faz há 50 ou 60 anos, as sangrias, que consiste em retirar sangue, que pode chegar a meio litro por semana, uma forma "não muito agradável" de retirar o ferro em excesso no organismo, descreveu João Arezes.

Contra falta de condições
A Comissão de Utentes de Saúde de Sintra convocou uma concentração para 29 de Janeiro, junto ao Hospital Amadora-Sintra, em...

A porta-voz da comissão, Paula Borges, apelou hoje a todos os utentes do Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) – uma entidade pública empresarial - para participarem na concentração para exigirem melhorias de funcionamento que, segundo a representante, passam pela contratação de mais médicos e pela construção de um hospital público no concelho de Sintra.

"A situação deste hospital tem vindo a agravar-se nos últimos anos. Em Dezembro, o serviço de urgência deixa de ter capacidade de resposta. O hospital foi construído para dar resposta a 350 mil utentes e a verdade é que estão 650 mil inscritos", disse hoje Paula Borges aos jornalistas.

Numa conferência de imprensa convocada pela comissão à porta do hospital, a representante disse ainda que já têm sido solicitadas várias reuniões à direcção do hospital, mas sem haver qualquer resposta.

"Tempos de espera na ordem das 24 horas nas urgências, a que acresce a falta de camas para internamento. Colocam em risco a vida dos utentes", critica a comissão em comunicado, sublinhando que isso se deve "à falta de profissionais de saúde".

Utente do Amadora-Sintra, Maria Fernanda contou hoje à Lusa que na terça-feira deu entrada nas Urgências, mas demorou quase 14 horas a ser atendida.

"Cheguei às dez da manhã e só fui atendida à meia-noite. Outras pessoas que lá estavam desistiram ao fim de sete horas de espera, mas eu estava com princípio de enfarte, o meu coração acelerado e não havia médicos, nem macas, nem cadeiras de rodas. Podia ter morrido", disse.

Além do protesto agendado para as 16:00 de 29 de Janeiro, promovido em conjunto com a Plataforma de Lisboa em defesa do Serviço Nacional de Saúde, a Comissão de Utentes da Saúde de Sintra irá promover outras acções em diferentes centros de saúde do concelho.

Câmara de Lamego
A Câmara de Lamego decidiu melhorar o programa de apoio financeiro de incentivo à natalidade, que visa salvaguardar o futuro da...

Em declarações, o autarca referiu que o programa “Enxoval Bebé” (criado em agosto de 2013) já abrangeu cerca de 140 crianças, mas houve algumas que ficaram de fora.

“O programa está a correr muito bem, mas notámos algumas falhas pontuais, desde logo no prazo de apresentação das candidaturas”, explicou, acrescentando que foi decidido alargar o prazo de 60 para 120 dias úteis.

Francisco Lopes lembrou que os primeiros tempos com os bebés “são sempre mais complicados e alguns pais esqueciam-se ou tinham dificuldade em reunir a documentação necessária” para fazer a candidatura.

Com o objectivo de simplificar o processo de candidatura, foi reduzido o número de documentos que é obrigatório juntar ao requerimento.

“Estávamos a pedir muitas coisas, nomeadamente para a comprovação do rendimento. Acabámos por nos cingir à declaração de IRS e prescindimos de outros documentos”, explicou Francisco Lopes.

O programa “Enxoval Bebé” atribui um subsídio de 500 euros para a aquisição de bens de primeira necessidade e comparticipa nas mensalidades da creche.

O autarca contou que os pais estavam a sentir “alguma dificuldade” para apresentar facturas de despesas no valor de 500 euros apenas relativas a leite e fraldas.

“Recebiam 500 euros e tinham que comprová-los com facturas. Alguns pais alegavam que demoravam muito tempo a acumular as facturas no valor de 500 euros. Por isso, alargámos a todos os artigos de puericultura”, explicou.

Criado com o objectivo de contrariar a baixa taxa de natalidade registada em Lamego, o Regulamento Municipal de Incentivo à Natalidade abrange todas as crianças nascidas e registadas no concelho, independentemente da situação financeira familiar.

Além da atribuição dos 500 euros, a autarquia comparticipa o pagamento da mensalidade das crianças que frequentam as creches, a partir do quinto mês e até completarem três anos.

Esta comparticipação pode atingir os 50 euros mensais, para as famílias que se encontram no 1.º escalão, e 25 euros para as que se enquadram no 2.º escalão de abono de família.

“Temos as condições todas para ter crianças, falta é o resto, o que está a montante, que é os pais serem jovens, terem emprego e condições adequadas para ter filhos”, acrescentou Francisco Lopes.

As alterações ao regulamento estão em apreciação pública, devendo entrar em vigor no início de fevereiro.

Prémio de jornalismo na área da saúde
A primeira edição do Prémio de Jornalismo na área da Saúde Global e Medicina Tropical, que recebe candidaturas até 27 de...

Promovido pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa (IHMT-UNL) e pela a Associação dos Alunos e Amigos do IHMT, em parceria com a Casa da Imprensa, o prémio, de 1.500 euros, destina-se a trabalhos jornalísticos que contribuam para "o conhecimento público das questões associadas às mudanças ambientais e climáticas e à (re)emergência de doenças transmitidas por vetores", refere a informação hoje divulgada.

Outro tema a abordar pelos candidatos é a compreensão dos desafios relacionados com a saúde dos viajantes e migrantes, num mundo globalizado.

Sem ou com baixas calorias
Especialistas internacionais concordam sobre os benefícios dos adoçantes sem ou com baixas calorias.

Uma equipa multidisciplinar de especialistas independentes e líderes mundiais formados por Sigrid Gibson, o professor Adam Drewnowski, professor James Hill, professora Eeva Widström, professora Hely Tuorila e a professora Anne Raben1 reuniram-se no Congresso da Associação Internacional de Adoçantes (ISA), que se realizou no passado ano, e participaram numa análise aos benefícios dos adoçantes sem ou com baixas calorias com base em pesquisas científicas.

Os especialistas concordaram que os adoçantes sem ou com baixas calorias podem ter um efeito benéfico sobre a insulina e glicose pós-prandial em indivíduos saudáveis e diabéticos, e um efeito positivo sobre a saúde oral através da utilização em alimentos, bebidas, medicamentos e pastas de dentes, desde que os outros componentes destes produtos não sejam cariogénicos e erosivos.

Os vários especialistas chegaram a um consenso, concluindo que os adoçantes sem ou com baixas calorias são eficazes. Como afirma o professor Adam Drewnowski “todo o trabalho relacionado com a toxicologia e segurança foi realizado por agências internacionais que confirmam a segurança e eficácia destes produtos”.

A declaração de consenso sobre os benefícios dos adoçantes sem ou com baixas calorias, publicados na edição de dezembro 2014 “Nutriton Bulletin” (uma publicação assinada por especialistas na matéria, que contém notícias e análises científicas) destaca o papel benéfico que os adoçantes sem ou com baixas calorias podem ter como alternativa alimentar ou filosofia de vida.

Os resultados desta declaração vêm confirmar as conclusões positivas dos recentes estudos científicos que demostram que os adoçantes sem ou com baixas calorias não contribuem para aumentar o apetite nem têm qualquer efeito imediato sobre a saciedade e, portanto, têm a capacidade de aumentar a perda de peso dentro de um programa pré-definido de perda de peso com base comportamental.

Ao focar os muitos estudos realizados recentemente, baseados em dados científicos sobre os benefícios dos adoçantes sem ou com baixas calorias, este relatório adverte para as percepções e informações incorrectas sobre os efeitos dos adoçantes sem ou com baixas calorias. Para além disso, este trabalho serve como um alerta quer para profissionais de saúde quer para o público em geral sobre o apoio de que beneficiam os adoçantes com baixas calorias, por agências reguladoras em todo o mundo.

"O controlo de peso é um dos principais motivos para o consumo de adoçantes sem ou com baixas calorias e na minha opinião, neste momento, temos um número extraordinário de estudos que mostram que os adoçantes sem ou com baixas calorias são uma ferramenta positiva e não negativa para o controlo de peso", afirma o professor James Hill, que conclui que "esta é uma mensagem que precisa de ser conhecida de forma generalizada".

Ao proporcionar doçura eliminando calorias, as versões dos produtos com adoçantes podem representar um contributo útil numa dieta variada, moderada e equilibrada e com controlo calórico. Para além disso, são mais benéficos para a dentição.

O trabalho que reflete o consenso da comunidade científica pode ser visualizado a partir do site da editora, carregando aqui.

1 S. Gibson, de Sig-Nurture, Ltd., Guildford, Surrey (Reino Unido); A. Drewnowski, do Centro para a Investigacção da Obesidade da Universidade de Washington, Washington, DC (Estados Unidos); J. Hill, do Centro de Saúde e Bem-Estar Anschutz da Universidade do Colorado, Boulder, Colorado (Estados Unidos); A. B. Raben, do Departamento de Nutrição Humana da Universidade de Copenhaga (Dinamarca); H. Tuorila, do Departamento de Ciências da Alimentação e Meio Ambiente da Universidade de Helsínquia (Finlândia); E. Widström, do Instituto Nacional da Saúde e Bem-Estar de Helsínquia (Finlândia).

Observações ao editor

Uma lista de alguns estudos científicos sobre o assunto:

  • Anderson, G.H.; Foreyt, J.; Sigman-Grant M. y otros: The use of low-calorie sweeteners by adults: impact on weight management. The Journal of Nutrition 142: 1163S–9S (2012).
  • Bryant, C.E.; Wasse L.K.; Astbury, N. y otros: Non-nutritive sweeteners: no class effect on the glycaemic or appetite responses to ingested glucose. European Journal of Clinical Nutrition 68: 629–31 (2014).
  • Drewnowski, A.: Dietary habits and use of low-calorie sweeteners: an effective tool in the prevention of obesity and diabetes. Annals of Nutrition and Metabolism 63 (Suppl. 1): 147–8 (2013).
  • EFSA NDA (Comisión de la EFSA sobre Productos dietéticos, nutrición y alergias (2011) : Opinión científica sobre la justificación de las alegaciones sanitarias sobre los edulcorantes intensos y su contribución al mantenimiento o la consecución de un peso corporal normal (ID 1136, 1444, 4299), la reducción de las respuestas glucémicas postprandiales (ID 4298), el mantenimiento de las concentraciones normales de glucosa en sangre (ID 1221, 4298) y el mantenimiento de la mineralización de las piezas dentales al reducir la desmineralización de las mismas (ID 1134, 1167, 1283), conforme al artículo 13(1) del Reglamento (CE) nº 1924/2006. Boletín de la EFSA nº 9: 2229.
  • Keskitalo, K.; Tuorila, H; Spector, T.D. y otros: Same genetic components underlie different measures of sweet taste preference. The American Journal of Clinical Nutrition 86: 1663–9 (2007).
  • Mattes, R.D. y Popkin, B.M.: Nonnutritive sweetener consumption in humans: effects on appetite and food intake and their putative mechanisms. The American Journal of Clinical Nutrition 89: 1–14 (2009).
  • Miller, P.E. y Pérez, V.: Low-calorie sweeteners and body weight and composition: a meta-analysis of randomized controlled trials and prospective cohorts studies. The American Journal of Clinical Nutrition. doi: 10.3945/ajcn.113.082826 (2014).
  • Peters, J.C.; Wyatt, H.R.; Foster, G.D.; Hill, J.O. y otros: The effects of water and non-nutritive sweetened beverages on weight loss during a 12 week weight loss treatment program. Obesity 22: 1415–21 (2014).
  • Raben, A.; Moller, B.K.; Flint, A. y otros: Increased postprandial glycaemia, insulinemia, and lipidemia after 10 weeks’ sucrose-rich diet compared to an artificially sweetened diet: a r
Candidaturas abertas
O curso abre o período de candidaturas segunda-feira e destina-se a profissionais de saúde como médicos, enfermeiros,...

Pós-graduação em Cuidados de Saúde Primários é a designação da formação coordenada por Luiz Miguel Santiago cujas inscrições abrem segunda-feira, dia 19, e se prolongam até dia 28. São disponibilizadas 20 vagas num curso que a Universidade da Beira Interior (UBI) dirige a médicos de medicina geral e familiar, enfermeiros, psicólogos, farmacêuticos, sociólogos e outros profissionais de saúde.

O resultado das candidaturas é conhecido a 2 de Fevereiro, primeiro dia para realizar a matrícula, que pode ser feita até dia 6.

A pós-graduação tem um volume de trabalho de 135 horas, 40 das quais de contacto. Funcionará aos sábados, entre as 9h00 e as 13h00 e as 14h00 e as 18h00

O curso terá cinco módulos dedicados a “Investigação em Cuidados de Saúde Primários”, “Economia da Saúde”, “Sociologia da Saúde”, “Psicologia das Organizações” e “Multimorbilidade e Envelhecimento Populacional”.

“Os Cuidados de Saúde Primários (CSP), em Portugal, atravessam um momento de grande crescimento científico e afirmação como pilar essencial dos cuidados de saúde”, de acordo com os promotores da formação, que acrescentam: “Tal envolvência implica que conhecimentos afins sejam partilhados e discutidos, pretendendo a Faculdade das Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, com esta pós-graduação, contribuir para o incremento do conhecimento na perspectiva da formação profissional contínua/educação profissional contínua, melhorando a qualidade profissional individual”.

A finalidade principal deste curso é proporcionar desenvolvimento e treino de competências em “Investigação em Cuidados de saúde Primários (CSP)” segundo as grandes linhas de investigação presentemente a serem desenvolvidas por redes organizadas dentro da WONCA, associação internacional de médicos de família.

No final, aos participantes que obtiverem aprovação serão concedida concederá cinco unidades de crédito (ECTS).

Infra-estrutura de excelência
A Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viseu anunciou que passou a dispor de instalações laboratoriais com o...

Na câmara do laboratório “serão manipulados, em condições de segurança, agentes indígenas ou exóticos que podem causar doenças graves ou letais em humanos”, explicam os docentes da escola João Mesquita e Fernando Esteves.

Segundo os docentes, o laboratório de biossegurança de nível 3 (Biosafety level 3 – BSL3) é considerado “uma infra-estrutura veterinária de excelência no apoio da sanidade na ovinicultura da região centro”. Foi criado no âmbito de uma estrutura mais ampla do Departamento de Zootecnia, Engenharia Rural e Veterinária de apoio à produção animal, o Ovislab.

A implementação deste novo equipamento resulta de uma candidatura do Instituto Politécnico de Viseu (IPV) no âmbito do Programa Operacional Regional do Centro Mais Centro, com um financiamento total de 680.019 euros.

João Mesquita e Fernando Esteves referem que o laboratório BSL3, “único no país, é adequado a necropsias de animais de espécies de pequeno, médio e grande porte, centrando-se e focando-se em Viseu o núcleo científico de sanidade animal ovinícola de apoio à produção animal nas doenças de sério potencial zoonótico”.

“Permite ainda prestar apoio à monitorização e alerta precoces de vírus emergentes e tendencialmente epidémicos, com potencial impacto muito negativo para a saúde animal, tecido produtivo primário e, consequentemente, para a economia regional”, acrescentam.

Os docentes realçam que, “com a instalação deste laboratório, é agora possível disponibilizar suporte numa panóplia de doenças infecciosas em ovinos”, cuja manipulação era legalmente vedada devido à “transmissibilidade e perigosidade para a saúde humana”.

Graças às “modernas barreiras de segurança biológica agora instaladas é adequada a manipulação de agentes microbiológicos do nível de segurança 3”, ou seja, aqueles que são capazes de causar "doença grave na saúde humana e risco grave para os trabalhadores e capaz de se propagar na colectividade”.

Muitas destas doenças humanas de nível de segurança biológica 3 são provenientes de ovelhas.

João Mesquita e Fernando Esteves lembram que a região da Serra da Estrela “é o solar da ovelha autóctone com o mesmo nome, cujo potencial produtivo, associado ao saber fazer de um dos melhores queijos de montanha da Europa, constitui um dos pilares da sustentabilidade socioeconómica” desta área.

“A rusticidade e as potencialidades produtivas da ovelha Serra da Estrela fazem dela o motor de desenvolvimento que contribui decisivamente para a fixação de pessoas e ocupação do território, nesta área significativa da Região Centro”, frisam.

Atendendo à proximidade à Serra da Estrela e ao trabalho que tem desenvolvido na área da ovinicultura, a Escola Superior Agrária de Viseu “está fortemente sensibilizada e comprometida na prática de investigação aplicada e de desenvolvimento tecnológico de apoio à ovinicultura da região”.

Ébola:
A Guiné-Bissau vai receber cerca de 1 milhão de euros em 2015 a título de apoio para a prevenção do vírus Ébola, que tem...

O financiamento é suportado a 75% pela União Europeia (UE), cabendo os restantes 25% ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) - que vai executar as acções.

O dinheiro vai servir para campanhas de prevenção, compra e instalação dos equipamentos de higiene e saneamento e apoio às equipas de resposta rápida deslocadas no terreno.

Está também previsto apoio psicossocial e nutricional a eventuais doentes e às respectivas famílias, além de pesquisa e seguimento dos contactos epidemiológicos e apoio às equipas encarregadas de organizar funerais dignos e seguros.

As actividades estão integradas no plano do Governo da Guiné-Bissau de prevenção do Ébola.

Entre outras acções, as autoridades têm reforçado o controle das fronteiras e a vigilância nas comunidades locais, para além de distribuírem meios de protecção individual por várias unidades de saúde do país.

"Tendo em conta as consequências negativas que uma eventual epidemia de Ébola poderia causar na conjuntura actual do pais, a UE quer apoiar as autoridades nos seus esforços para assegurar a estabilidade necessária para relançar a economia e desenvolver o capital humano de forma sustentável e inclusiva", refere a delegação da UE em comunicado.

A epidemia de Ébola na África Ocidental, a pior desde 1976, já provocou, pelo menos, 8.300 mortos em 21.000 casos identificados. A Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri, que faz fronteira com a Guiné-Bissau a leste e a sul, são os países mais afitados.

 

Epidemia travada em Junho na Libéria se 85% dos infectados receber tratamento

A epidemia do Ébola poderá ser travada em Junho na Libéria, caso se mantenham os cuidados e tratamentos hospitalares para 85% dos infectados, revela uma investigação norte-americana hoje divulgada na revista PLOS Biology.

Nas últimas semanas, tem vindo a reduzir-se o número de casos na Libéria, um dos países mais afectados pela epidemia, prevendo-se a reabertura das escolas já no próximo mês, depois de meio ano encerradas devido ao surto de febre hemorrágica.

Segundo o estudo realizado nas universidades da Georgia e Pensilvânia e citado pela Agence France Press (AFP), o fim da mortalidade poderá estar à vista, caso continue a tendência de melhor internamento e cuidados preventivos.

John Drake, professor associado na Universidade da Georgia e investigador principal, afirmou que a epidemia poderá ser contida dentro de cinco meses caso se mantenha a percentagem de 85% de hospitalizações: “É uma possibilidade realista não é uma conclusão precipitada”, garantiu, sublinhando que “é preciso garantir o actual nível de vigilância”.

O estudo teve em conta factores como a localização da infecção e tratamento, o desenvolvimento da capacidade do hospital e da adopção de práticas de enterro seguros.

Só na Libéria já morreram 3.496 pessoas infectadas pelo vírus e, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Globalmente, o Ébola provocou 8.235 mortes e mais de 20 mil pessoas foram já infectadas – a sua maioria na Libéria, Guiné-Conacri e Serra Leoa.

Prevenir o reaparecimento ou o alastramento
Investigadores israelitas estão a desenvolver uma vacina profilática que pode ser eficaz contra 90% de todos os tipos de cancro...

A inovação é da responsabilidade da farmacêutica Vaxil BioTherapeutics, sediada em Israel, que há mais de uma década tem trabalhado na vacina já testada em doentes com mieloma múltiplo, um cancro com origem nas células plasmáticas, e com cancro da mama.

Numa entrevista ao jornal online israelita "NoCamels", Julian Levy, director executivo da Vaxil, revelou que a companhia "está a trabalhar num fármaco capaz de evitar que o cancro regresse" ao organismo dos doentes.

Segundo Levy, os investigadores estão "a tentar aproveitar o poder natural do sistema imunitário para combater o cancro fazendo-o identificar as células cancerígenas, destruindo-as", garante.

A ImMucin não é uma substituta para os tratamentos convencionais utilizados nas doenças oncológicas, nomeadamente a quimioterapia e a radioterapia.

Ao contrário das vacinas tradicionais, a ImMucin destina-se a ser administrada a pessoas que "já estão doentes", mas precisa de um organismo "relativamente saudável" para funcionar, pelo que não deverá ser eficaz em situações em que a doença esteja em estado avançado. A ideia é evitar a propagação ou a recidiva da doença.

A vacina estimula uma parte específica do sistema imunitário e ensina-o a atacar as "células-más" que reconhece como cancerígenas.

Despacho do secretário de Estado da Saúde
As instituições de saúde podem, a partir de hoje, contratar médicos e enfermeiros para os serviços de urgência, bem como...

O documento, publicado em Diário da República, refere que apesar da “conjuntura de forte contenção de despesa pública, que se mantém”, o Orçamento do Estado para este ano admite, “em situações excepcionais”, a “celebração ou renovação de contratos de trabalho, desde que demonstrados os requisitos cumulativos enunciados na lei, de entre os quais a sua imprescindibilidade”.

O Ministério da Saúde - levando em conta “os riscos decorrentes da não obtenção imediata dos recursos humanos tidos por indispensáveis à inadiável prestação de cuidados de saúde” – permite, através deste despacho e “a título excepcional, a celebração de contratos de trabalho a termo resolutivo para acorrer a situações de ausência temporária de trabalhadores”.

É ainda permitida a “celebração de contratos de trabalho de profissionais médicos e enfermeiros para os serviços de urgência, por parte dos hospitais, centros hospitalares e unidades locais de saúde com a natureza de entidade pública empresarial e integrados no Serviço Nacional de Saúde”.

Estes contratos terão de ser ratificados pelo ministro da Saúde, após solicitação dos serviços e estabelecimentos de saúde, que terão de demonstrar a “a imprescindibilidade do recrutamento”.

As instituições têm ainda de demonstrar que “os encargos com os recrutamentos em causa estão previstos nos orçamentos dos serviços a que respeitam”.

Estudo
Um estudo realizado na Faculdade de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, revela que o Mirabegron não ajuda apenas a...

Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, e divulgado no jornal Cell Metabolism revela a existência de um medicamento para o tratamento de bexiga hiperactiva que também ajuda a emagrecer.

Trata-se do Mirabegron, um fármaco que aumenta o metabolismo do tecido adiposo castanho, conhecido como ‘gordura castanha’, que recorre ao consumo de glicose para gerar calor ao metabolismo e, com isso, queimar calorias, escreve o Notícias ao Minuto.

A conclusão surgiu depois de terem sido analisados 12 homens que tomavam 200 miligramas de Mirabegron. Em todos os participantes o metabolismo desta gordura castanha aumentou, o que fez com que o gasto calórico fosse maior e com isso o emagrecimento mais eficaz. Mais concretamente, os intervenientes nesta pesquisa apresentaram um aumento do gasto calórico em repouso de cerca de 203 calorias.

Proposta de resolução
Para fazer frente às muitas horas de espera nas urgências dos hospitais, o Ministério da Saúde decidiu dar competências aos...

Os problemas das últimas semanas nas urgências dos hospitais, com longas filas de espera e cinco casos em que doentes acabaram por falecer, levaram a que o Ministério da Saúde apresentasse uma proposta de resolução. O despacho, que deve vigorar a partir de Junho, consiste em atribuir aos enfermeiros competências na triagem para pedir exames complementares de diagnóstico e darem analgésicos para controlar a dor.

Os enfermeiros, como já havia noticiado o Jornal de Notícias, congratulam-se com a medida, mas para os médicos esta visa enganar os doentes, dando-lhes a ideia de que estão a ser atendidos. Mais: defendem que pode ser perigoso.

“Fazer analgesia antes de observação clínica representa um enorme risco para os doentes, podendo mascarar algumas situações potencialmente graves”, defende a Ordem dos Médicos, que chega mesmo a afirmar que “o despacho é demagógico, inútil e prejudicial”.

Ao Jornal de Notícias, o bastonário José Manuel Silva conta que o número de casos em que os doentes acabam por morrer à espera de serem atendidos é muito superior ao que se imagina e que nem todas as situações são tornadas públicas apenas porque a família não o quer.

Segundo o responsável, a medida não resolve nenhum dos verdadeiros problemas das urgências em Portugal e tem como único objectivo camuflar o facto de haver poucos médicos para tantos doentes.

Estudo refere
Pessoas que trabalham 49 ou mais horas têm mais 13% de risco de procurarem um escape no álcool. Esta é a principal conclusão de...

Pessoas que trabalham mais de 48 horas por semana têm maiores probabilidades de desenvolver uma relação perigosa com o álcool, refere o Daily Mail com base num novo estudo de autoria finlandesa.

Segundo a investigação, um elevado número de horas de trabalho por semana pode levar as mulheres a beber até cerca de 14 bebidas por semana e os homens 21 bebidas. Quantidades consideradas elevadas e perigosas, podendo levar à dependência, escreve o Notícias ao Minuto.

O Daily Mail recorda que, segundo as normas europeias, o limite de horas de trabalho por semana é de 48h, havendo no entanto muitos trabalhadores que excedem o tempo recomendado, na tentativa de conseguirem uma promoção, um aumento salarial ou simplesmente para cumprir prazos.

Este novo estudo confirma que uma bebida ao final da semana, após o trabalho, pode aliviar o stress, mas cria também o perigo de, em excesso, se tornar num vício e contribuir para um pior desempenho no trabalho, nomeadamente, através da redução da produtividade, do aumento do número de pedidos de baixas e do aumento de acidentes de trabalho.

O estudo, levado a cabo pelo Instituto Finlandês de Saúde, analisou 333.693 pessoas de 14 países e concluiu que as pessoas que trabalham 49 ou mais horas têm mais 13% de risco de procurarem um escape no álcool.

“O local de trabalho pode ser um importante espaço para o combate ao consumo do álcool, pois grande parte da população está empregada. Seria importante ver de que forma é que acções de prevenção no horário de trabalho podem ser benéficas para contrariar estes casos”, afirma Marianna Virtanen, responsável pelo estudo.

Já uma outra investigadora da Universidade de Saúde Pública de Harvard refere que é necessário haver uma maior regulação dos horários de trabalho, uma vez que não se pode ignorar as consequências graves que o excesso de trabalho pode ter na vida das pessoas.

Associado ao excesso de consumo de bebidas alcoólicas está também o aparecimento de outras doenças, como o aumento do risco de sofrer ataques cardíacos, cancro ou problemas psicológicos.

Em 2014
A Unidade de Reconstrução Génito-Urinária e Sexual do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra realizou 10 cirurgias de...

Das 10 cirurgias de reatribuição sexual, foram feitas "sete faloplastias [mudança de sexo de feminino para masculino] e três vaginoplastias [mudança de sexo de masculino para feminino]", informou a directora da Unidade de Reconstrução Génito-Urinária e Sexual (URGUS), Lígia Fonseca.

Segundo a directora da URGUS, devido a "uma maior visibilidade", há cada vez mais pessoas a terem consultas na unidade e a lista de utentes "tem vindo a aumentar", apesar de nem "todos fazerem a cirurgia".

O processo de mudança de sexo "pode demorar entre dois a quatro anos", dependendo não só de consultas de acompanhamento, assim como da realização de cirurgias complementares como as mastectomias (remoção), mamoplastias (aumento) ou histerectomias (remoção do útero).

De momento, a unidade "tem registadas 125 pessoas", com 37 em fase de avaliação, "41 em tratamento hormonal e 25 em fase de cirurgias", referiu a URGUS, em comunicado.

A URGUS, constituída em 2011, é a única unidade do Serviço Nacional de Saúde que faz a cirurgia de reatribuição sexual, contando com uma equipa multidisciplinar de 11 elementos, com especialistas em sexologia, endocrinologia, ginecologia, cirurgia plástica e reconstrutiva e urologia.

O parlamento debate, hoje, em plenário, um projecto de lei do PS para que as pessoas transexuais tenham os mesmos direitos no acesso ao emprego e no trabalho, para acabar com a discriminação.

Para isso, o Partido Socialista propõe uma alteração ao Código do Trabalho para que passe a incluir expressamente a "identidade de género, no âmbito do direito à igualdade no acesso a emprego e no trabalho". O PS lembra a importância da lei que criou, em 2011, o procedimento de mudança de sexo e de nome próprio no registo civil, mas lamentam que persista a discriminação sobre os transexuais.

"As pessoas transexuais e com disforia de sexo são ainda violentamente discriminadas, pagando por essa discriminação uma dor incomensurável, o que justifica os avanços que o legislador vai marcando nesta matéria", refere o grupo parlamentar do PS no documento.

Após a inclusão no Código Penal da expressão "identidade de género", nos artigos relativos ao homicídio qualificado e ofensas à integridade física qualificadas, o PS considera que "seria incompreensível, em face da discriminação vivida diariamente em função da identidade de género no mundo do trabalho, que o legislador não introduzisse" esta categoria no artigo 24.º do Código do Trabalho.

Dados do Inquérito LGBT Europeu, referentes a Portugal, referem que 79% dos transexuais defendem medidas anti discriminação nesta área e 57% admitiram que esconderam sempre no emprego serem transexuais.

Segundo o relatório da Agência da União Europeia para os Direitos Fundamentais, 60% das mulheres transexuais e 43% dos homens transexuais sentiram discriminação na procura de emprego.

Governo garante
O secretário de Estado adjunto da Saúde garantiu hoje que o helicóptero do INEM vai manter-se em Macedo de Cavaleiros, por o...

Fernando Leal da Costa afirmou que esta é “uma decisão técnica” e que “está tomada”, porém adiantou também que o Governo vai continuar a contestar as acções intentadas pelos autarcas do distrito de Bragança nos tribunais por discordar dos argumentos.

Os 12 presidentes de Câmara do distrito de Bragança avançaram com várias acções conjuntas nos tribunais para impedir a deslocalização do helicóptero do INEM de Macedo de Cavaleiros para Vila Real, anunciada para Outubro de 2012.

O meio de socorro aéreo nunca chegou a ser retirado e, depois de várias decisões contraditórias de diferentes instâncias judiciais, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela julgou procedente uma das acções principais, em Dezembro de 2014, decretando a obrigação de permanência do helicóptero em Macedo de Cavaleiros.

O governante afirmou, em Macedo de Cavaleiros, à margem da assinatura de um protocolo para tratamento de doentes oncológicos, que o recurso aos tribunais “tratou-se de um equívoco dos presidentes das câmaras”.

Segundo explicou, o Ministério da Saúde, num determinado momento, anunciou a intenção de realinhar os helicópteros do INEM” e “pôs-se a possibilidade que chegou a ser pensada de deslocalizar o helicóptero de Macedo para Vila Real”.

“Essa questão acabou por não se concretizar porque a analise que nós fizemos das condições existentes em Vila Real indicam que o helicóptero estará melhor situado aqui do que lá”, afirmou.

Ainda assim, o secretário de Estado adiantou que o Governo “contestou e continuará a contestar” o caminho judicial seguido pelos autarcas por discordar dos “argumentos apresentados para a não retirada do helicóptero”.

A última sentença judicial datada de Dezembro e favorável aos autarcas é passível de recurso.

O governante reiterou, contudo que a decisão técnica “está tomada” e “o helicóptero vai-se manter em Macedo de Cavaleiros”.

“Essa matéria não é uma matéria de decisão judicial, é uma matéria de decisão técnica específica, de organização de serviços de urgência e desse ponto de vista, porque essa é a melhor decisão, o helicóptero aqui se vai manter”, conclui.

Na fundamentação das acções judiciais, os autarcas argumentam que o Estado e as entidades que o representam estavam a violar os protocolos celebrados em 2007 com o Ministério da Saúde.

O meio aéreo e o reforço da rede de socorro e emergência foram as contrapartidas dadas à região pelo encerramento do serviço de atendimento permanente à noite em todos os centros de saúde.

O helicóptero do INEM de Macedo de Cavaleiros é o que mais saídas regista entre a frota aérea de emergência médica e serve a região do país que mais afastada se encontra dos hospitais de referência.

No âmbito de um protocolo assinado
A esmagadora maioria dos doentes oncológicos do distrito de Bragança deixaram de ter de se deslocar ao Porto para tratamentos e...

Os doentes são agora tratados no hospital desta cidade do Nordeste Transmontano por profissionais do Centro Oncológico de Vila Real, que se deslocam a esta região, graças à parceria estabelecida entre a Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) e o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD).

Dos cerca de 1.300 doentes com esta patologia no distrito de Bragança, apenas “entre 10 a 15%” vão ter de continuar a deslocar ao Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto e só terão que fazer viagens também, mas a Vila Real, aqueles que necessitem de radioterapia, segundo os responsáveis.

“É um conforto muito superior”, garantiu o presidente do Conselho de Administração da ULSNE, António Marcôa, já que, em vez dos doentes, são os médicos que se deslocam a Macedo de Cavaleiros.

No âmbito desta colaboração, o Centro Oncológico de Vila Real vai contar com os serviços da unidade de cuidados paliativos de Macedo de Cavaleiros, que recentemente duplicou a capacidade de oito para 15 camas e pode ir até às 20.

“Uma percentagem elevada dos doentes internados no Centro Oncológico de Vila Real teriam características de paliativos, era necessário libertara aquelas camas para internamento e tratamento oncológico”, concretizou António Marcôa.

O presidente do CHTMAD, Carlos Cadavez, defendeu que “os doentes devem ser tratados o mais próximo da sua residência”.

“Isto além do conforto que dá ao doente, também poupa dinheiro. Para que é que hão de andar ambulâncias de um lado para o outro se com a deslocação de um profissional concentramos os doentes”, considerou.

O presidente anunciou ainda que “está bem encaminhado” o processo de aquisição de um segundo acelerador linear, que vai implicar um investimento de cerca de três milhões de euros, para o Centro Oncológico de Vila Real ter capacidade de resposta permanente a tratamentos de radioterapia.

O presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, o social-democrata, Duarte Moreno, aproveitou a presença do secretário de Estado adjunto da Saúde na cerimónia para alertar o Governo para os problemas com se depara o hospital daquela cidade e os receios de encerramento.

“Eu acho que a minha presença aqui, neste momento, deve ser entendida como a prova provada de que não há nenhuma intenção e encerrar este hospital. Não vim de maneira nenhuma proceder às exéquias do hospital, eu vim aqui antes pelo contrário”, respondeu o governante, Fernando Leal da Costa.

Faculdade de Ciências de Nutrição do Porto
Um médico prescrever uma alheira para a dieta de um doente renal pode parecer um contra-senso que uma clínica de hemodiálise de...

O alimento resulta de um desafio lançado pela empresa Tecsam, responsável pela unidade de Mirandela, à Faculdade de Ciências de Nutrição do Porto, que encontrou a receita na original alheira à base de aves criado pelos judeus e que ao longo dos tempos foi sendo adaptada à tradições transmontanas da carne de porco.

Os promotores prometem, a partir da terra da famosa alheira de Mirandela, criar um alimento que pode também ajudar a atenuar o problema de subnutrição de proteínas de que padecem alguns doentes renais em hemodiálise, por não comerem carne e peixe.

A responsável pelo estudo para o projecto produtos alimentares adaptados a doentes em hemodiálise, Olívia Pinho, confessou que quando foi confrontada com o desafio hesitou por lhe parecer um contra-senso dar alheira, um enchido gordo e salgado, a estes doentes.

As desconfianças desapareceram depois de a empresa de Mirandela lhe ter apresentado a ideia que surgiu da dificuldade em alimentar os hemodialisados, que ficam com um baixo teor de proteína, com perda de músculo e por vezes desnutrição.

Analisou várias alheiras produzidas nesta região de Trás-os-Montes e encontrou aquela que tem o ponto certo para estes doentes: um enchido à base de carne de aves, com azeite, pão e ervas aromáticas, em vez da carne de porco, banha e alho.

Esta alheira tem menos potássio e sódio, que estes doentes não podem ingerir.

A investigadora alerta, contudo que “tem de se ter muito cuidado e alguma vigilância sobre os restaurantes que vão aderir” e “atenção à quantidade” que os doentes vão ingerir.

Uma das principais produtoras de alheira em Mirandela, Sónia Carvalho, forneceu alguns produtos para a fase de investigação e garantiu que, nos estudos realizados, a tradicional alheira de caça que confecciona foi aprovada com apenas alguns ajustes nos teores de sal.

Os produtores vão poder comercializar este enchido com um rótulo adaptado a chamar a atenção de que pode ser consumido por estes doentes.

O administrador da empresa responsável pelo centro de hemodiálise, Nunes Azevedo, explicou como surgiu esta ideia e novo produto já experimentado entre os cerca de 100 doentes que fazem tratamento nesta unidade.

“Aos doentes que têm resistência à ingestão de carne e peixe, sempre que lhes fazia a pergunta: e uma alheira, come? A resposta era 100% positiva e, daí, surgiu esta ideia”, contou.

O curioso, continuou, é que, embora com menos sal e com estas características, “os doentes saborearam a alheira e gostaram imenso dela”.

A empresa vai agora realizar um estudo em doentes desnutridos, a quem será dada uma alheira no final de cada sessão de hemodiálise para perceber de que forma contribui para atenuar o problema de desnutrição proteica.

As conclusões serão apresentadas no congresso português de nefrologia e na Associação europeia de diálise e transplante.

O administrador espera que a clínica com a empresa mãe em Mirandela possa “dar à comunidade internacional um alimento que o doente renal gosta e resolver o problema de subnutrição proteica”.

Para breve está também o lançamento de um livro com receitas de vários chefs de cozinha transmontanos à base de alheira para doentes renais e a forma de a combinar com outros alimentos.

14 de Janeiro
A APAV e a Direcção-Geral da Saúde assinam, na quarta-feira, um protocolo de colaboração que visa melhorar as condições de...

O protocolo pretende “regulamentar a colaboração e cooperação directa e recíproca” entre a APAV e a Direcção-Geral da Saúde (DGS)”, em áreas como a informação à vítima e encaminhamento, formação, colaboração em acções e projectos nesta área, apoio técnico comum, partilha de informação e realização de campanhas comuns de sensibilização, refere a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.

Maria de Oliveira, técnica da APAV, disse que este protocolo vai ao encontro do que a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem afirmado, que “o sector da saúde tem de ter um potencial para adoptar um papel mais proactivo a nível da prevenção primária, secundária e terciária” de situações de violência.

Para a técnica, “é importante que a Direcção-Geral da Saúde e o próprio Ministério da Saúde participem na prevenção deste tipo de situações”.

“Estima-se que cerca de 12 milhões de pessoas, a cada ano, no mundo seja vítimas de vários tipos de violência”, com consequências “não só a nível físico, mas também a nível psicológico nas vítimas”, sublinhou.

O que o protocolo pretende que “haja uma colaboração mútua” entre as duas instituições, “com especial enfoque” nas pessoas que recorrem ao Serviço Nacional de saúde (SNS) e que podem “beneficiar de um apoio especializado” nesta área, explicou Maria de Oliveira.

Visa também formar os profissionais de saúde no sentido de conhecerem os sinais que podem detectar uma situação de violência que está a ser vivenciada por uma criança, uma mulher ou um idoso, e saberem os serviços para onde podem encaminha as vítimas.

“O crime e a violência não são em si uma questão de saúde pública, nem um problema médico típico e, como tal, os profissionais de saúde também precisam de alguma ajuda no sentido de encaminhar e ajudar as vítimas que recorrem ao Serviço Nacional de Saúde”, disse Maria de Oliveira.

Apesar de já haver “uma maior sensibilização” por parte de alguns profissionais de saúde para estas questões, a técnica considerou que “ainda há um trabalho a fazer no sentido da denúncia deste tipo de situações”.

Já há muitos profissionais de saúde a contactarem a APAV para denunciar uma situação ou para pedir a sua colaboração para fazer o atendimento às vítimas, sendo que o protocolo vem “rentabilizar esta articulação que já existe de forma informal”.

O protocolo será assinado na quarta-feira, na sede da APAV, em Lisboa, pelo presidente da associação, João Lázaro, e pelo director-geral da Saúde, Francisco George.

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