Grupo de Estudos de Tumores Neuroendócrinos
Um em cada três doentes com tumores neuroendócrinos tem a doença em estado avançado e disseminada por outros órgãos, segundo um...

O Grupo de Estudos de Tumores Neuroendócrinos vai apresentar os resultados de um estudo nacional que envolveu quase 300 doentes de 15 hospitais, no Congresso de Endocrinologia 2015, que decorre no Funchal.

Segundo Ana Paula Santos, coordenadora do grupo, “um em cada três doentes já apresentava a doença disseminada para outros órgãos, sobretudo o fígado”.

Nos casos em que o tumor estava ainda localizado, a maioria dos doentes foi operada, ficando sem doença aparente.

No caso dos tumores avançados, a maioria fez tratamento médico, com poucos efeitos adversos, tendo a quimioterapia sido instituída numa pequena percentagem de doentes, principalmente nos casos mais graves.

A responsável explica ainda que quase todos os doentes se mantiveram activos, “o que demonstra o bom estado geral que estes doentes apresentam, mesmo em casos de doença avançada”.

“A grande maioria dos tumores primários estava localizada no pâncreas, seguida do intestino delgado e estômago. Os tumores bem diferenciados foram os mais frequentes”, acrescenta.

As conclusões do estudo salientam ainda a idade média “relativamente jovem” à altura do diagnóstico (57 anos) e a igual distribuição entre os géneros.

O Estudo Transversal de Caracterização das Neoplasias Neuroendócrinas em Portugal envolveu 293 doentes com tumores neuroendócrinos do tubo digestivo distribuídos por 15 hospitais do norte, centro e sul do país.

Trata-se de um estudo observacional, multicêntrico, que incluiu dados demográficos, assim como de diagnóstico e terapêutica, de doentes seguidos nas consultas dos centros envolvidos, durante um período de 18 meses.

O Grupo de Estudos de Tumores Neuroendócrinos pertence à Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM) que está a organizar o Congresso Nacional de Endocrinologia.

Este evento visa promover o debate, entre especialistas nacionais e internacionais, sobre trabalhos desenvolvidos na área de endocrinologia.

No Centro Hospitalar do Baixo Vouga
A Entidade Reguladora da Saúde vai analisar a alegada actividade fictícia na marcação de cirurgias no Centro Hospitalar do...

O deputado Filipe Neto Brandão anunciou que requereu ao ministro da Saúde esclarecimentos sobre uma denúncia à Ordem dos Médicos de estarem a ser marcadas “cirurgias fictícias” no Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV).

Filipe Neto Brandão, na pergunta dirigida a Paulo Macedo, pretende saber que diligências foram desencadeadas pela Inspecção de Saúde “face ao teor das graves denúncias feitas pelos profissionais de saúde, tanto mais que é afirmado que parte dos comportamentos denunciados terá tido o fim de subtrair informação ao conhecimento da tutela”.

Numa exposição dirigida ao Bastonário da Ordem dos Médicos há cerca de um mês, enviada também à Comissão Parlamentar de Saúde, mais de uma dezena de profissionais do CHBV alegam ter “conhecimento de inúmeros casos de agendamentos fictícios de cirurgias, em algumas especialidades, com o intuito de mascarar os verdadeiros números das listas de espera para envio à tutela.”

Entretanto, a administração do CHBV assegurou hoje que “não foi identificada qualquer actividade fictícia” na marcação de cirurgias, cujo agendamento foi inspeccionado.

Em comunicado, aquela entidade admite, contudo, que, há cerca de um ano, “o processo de agendamento do Sistema de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), foi objecto de auditoria externa por parte da IGAS que, concluiu pela existência de algumas irregularidades que foram sanadas”.

Segundo a administração hospitalar, “neste momento realizam-se as melhores práticas clínicas no Centro Hospitalar do Baixo Vouga” e na “análise do Contrato Programa com a tutela não foi identificada qualquer actividade fictícia”.

O caso vai agora ser objecto de análise da Entidade Reguladora da Saúde que abrirá um inquérito no caso de encontrar matéria para isso.

Ébola:
A Organização Mundial de Saúde disse que o combate contra a epidemia do vírus Ébola continua a ser extremamente difícil e que a...

“Faço esta analogia. Há seis meses na cama estavam duas cobras e ninguém podia deitar-se. Agora só há uma cobra, mas isso não significa que podemos apagar a luz e dormir”, afirmou, numa conferência de imprensa, Bruce Aylward, director-geral adjunto da Organização Mundial de Saúde (OMS) e responsável pela resposta operacional à epidemia.

Após mais de seis meses, o combate contra a epidemia que afecta alguns países da África Ocidental – Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa -, deu alguns frutos. Pela primeira vez desde que começou o surto, os três países registaram, durante quatro semanas seguidas, um decréscimo dos casos de contágio.

Nos últimos 21 dias (o período de incubação do vírus é de aproximadamente três semanas) foram contabilizados 463 casos, incluindo casos suspeitos e prováveis, na Serra Leoa, 109 casos na Guiné Conacri e 21 casos na Libéria, “o que constitui uma redução substancial, uma tendência muito bem-vinda”, referiu Bruce Aylward.

“No entanto, estamos preocupados porque esta diminuição pode originar uma certa indolência e isso é o pior risco. O objectivo deve ser unicamente a redução dos casos a zero”, reforçou o representante da OMS.

Actualmente, um dos aspectos mais preocupantes é que só 50% das infecções registadas têm origem numa lista de contactos, o que significa que existem muitos núcleos de transmissão que são desconhecidos.

Outros dos aspectos preocupantes, segundo Bruce Aylward, é o facto de existir uma forte transmissão nas capitais dos três países, situação que está a dificultar o controlo do contágio, dado o grande número de pessoas e as constantes movimentações, a falta de controlo social e a migração.

Em termos globais, 21.296 pessoas foram infectadas com o Ébola desde o início deste surto, há cerca de um ano, tendo 8.429 delas morrido, de acordo com os dados mais recentes divulgados pela OMS.

Francisco George diz
O director-geral da Saúde, Francisco George, disse que a mortalidade prematura em Portugal constitui um "problema que...

"A mortalidade prematura tem entre nós uma magnitude que não podemos continuar a ignorar", salientou Francisco George, na abertura do Congresso Português de Endocrinologia, que reúne mais de 700 especialistas no Funchal até domingo.

O responsável indicou que cerca de 23 mil portugueses morrem todos os anos antes dos 70 anos.

Francisco George realçou que a "a causa das causas" da mortalidade entre os 35 e os 70 anos está na alimentação, a que junta a hipertensão e os problemas relacionados com o consumo de tabaco.

"Há um denominador comum que tem a ver com os comportamentos", salientou, lembrando, por exemplo, que sempre que se ingere um refrigerante podemos estar a ingerir o equivalente a oito pacotes de açúcar.

No decurso da intervenção, o director-geral da Saúde apresentou, ainda, dois temas para análise no congresso: a administração de iodo às mulheres no período entre a pré concepção e a amamentação e a falta de ajustamento com a indústria farmacêutica no tratamento da diabetes.

O Congresso Português de Endocrinologia que decorre no Funchal foi organizado pela Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo e regista um recorde de participantes (750) e de trabalhos apresentados (242).

O presidente do Governo regional, Alberto João Jardim, presidiu à sessão de abertura e aproveitou falar sobre as razões da dívida da Madeira, indicando que resulta dos 500 anos de colonialismo e da retirada constante de dois terços da produção pelo Estado central.

Jardim disse ainda, que face à actual crise, o país "não pode ficar conformado perante o disparate".

"Este país tem de se mexer. Se os partidos do regime não são capazes de dar o salto, temos nós que dar o salto de qualquer maneira. O país não vai ficar prejudicado e não vai ficar sujeito à ditadura dos partidos. É preciso que todos tenhamos capacidade de iniciativa", disse o presidente do governo regional, actualmente em gestão, considerando, porém, que não serão os madeirenses que vão "tomar a iniciativa de alternativas".

Ébola:
O presidente da Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, anunciou o levantamento das medidas de restrição estabelecidas para lutar contra...

“As restrições ao movimento das populações serão reduzidas para apoiar a actividade económica. Não existirão mais restrições deste tipo a nível provincial e local”, declarou Koroma num discurso à nação transmitido pela televisão na quinta-feira à noite. As medidas entram hoje [23 de Janeiro] em vigor.

A Serra Leoa, com 6 milhões de habitantes, colocou em quarentena seis das suas 14 províncias, ou seja, perto de metade da população, depois do estabelecimento do estado de emergência no final de Julho, para lutar contra a epidemia de Ébola que causou mais de 3.100 mortos e cerca de 10 mil infectados.

“Entramos agora numa fase de transição. Tendo em conta os progressos realizados contra a doença, devemos agir para permitir o restabelecimento económico e social”, explicou Koroma, anunciando também o aligeiramento das restrições ao comércio no sábado na região oeste, que inclui a capital, Freetown.

Lembrando “o objectivo de zero casos até 31 de Março”, o chefe de Estado referiu que está em preparação a reabertura das aulas “para a terceira e quarta semana de Março”.

“O combate não terminou”, alertou, no entanto, o presidente, apelando a que se mantenha a vigilância e as medidas de higiene e de prevenção, em particular não tocar nos doentes e nos mortos com Ébola.

Em Lisboa
A Administração Regional de Saúde de Lisboa disponibilizou 30 camas de Cuidados Continuados Integrados, perfazendo um total de...

As novas 30 camas são da tipologia de Longa Duração e Manutenção e inserem-se na Unidade de Cuidados Continuados Integrados Canha, que será inaugurada no sábado, anunciou hoje a entidade.

A administração regional de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) lembra que este nível intermédio de cuidados contribui para a gestão das altas hospitalares, permitindo que as camas dos hospitais sejam atribuídas a doentes agudos.

Recentemente o Ministério da Saúde sublinhou a importância de agilizar as “altas sociais” (altas hospitalares de pessoas que já não necessitam de estar a ocupar uma cama no hospital), para disponibilizar camas necessárias para outros doentes e melhorar os serviços de urgência.

A falta de camas para doentes agudos nos hospitais foi, aliás, uma das principais criticas apontadas para a situação de “caos” gerada nas urgências pela elevada afluência de utentes nas últimas semanas.

A nova unidade UCCI Canha fica no concelho do Montijo e está inserida na área de intervenção do Agrupamento de Centros de Saúde Arco Ribeirinho, tendo sido construída ao abrigo do Programa Modelar com um apoio de 750 mil euros.

Com mais estas 30 camas em Unidades de Internamento de Cuidados Continuados Integrados, a ARSLVT passa a contar com um total de 1.662 camas, distribuídos da seguinte forma: 157 para convalescença, 77 para Cuidados Paliativos, 518 para cuidados de média duração e reabilitação e 910 para longa duração e manutenção.

O objectivo destas unidades é a prestação de cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência, permitindo a promoção da sua reabilitação, estabilização clínica e autonomia.

Nas UCCI são prestados cuidados que previnem e retardam o agravamento da situação de dependência, com vista a melhorar o conforto e qualidade de vida dos doentes.

Reunião com António Costa
O bastonário da Ordem dos Médicos considerou que não é possível discutir um plano de catástrofe quando a catástrofe está a...

Estas posições foram assumidas por José Manuel Silva no final de uma reunião que classificou como "muito importante" com o secretário-geral do PS, António Costa, na qual também esteve presente o bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Germano Couto.

"Apesar de Portugal ser um país temperado, os idosos portugueses são particularmente frágeis, passam mais frio do que outros idosos de países europeus, possuem polipatologia, vivem sozinhos e a redução dos apoios sociais agravou o impacto negativo do inverno. Portanto, era expectável que houvesse uma maior pressão sobre o sistema de saúde", sustentou o bastonário da Ordem dos Médicos.

José Manuel Silva disse depois que outros países que atravessaram crises financeiras, como a Islândia e a Irlanda, não desinvestiram na resposta nos seus sistemas de saúde, ao contrário de Portugal.

De acordo com o bastonário da Ordem dos Médicos, em Portugal registou-se "um aumento da procura" dos serviços de saúde, algo que "já se previa que iria ocorrer em Dezembro passado".

"Já se previa que a epidemia de gripe poderia ser mais grave, nomeadamente após se detectar uma mutação de um dos vírus - e isso obrigava naturalmente a fazer-se planeamento para que o sistema estivesse preparado para responder à maior procura, mas também à menor disponibilidade de apoios sociais por causa dos cortes. Agora, estamos a viver uma situação grave, e é evidente que quando a catástrofe está a acontecer não é possível começar a discutir um plano de catástrofe", criticou José Manuel Silva.

O bastonário da Ordem dos Médicos usou também palavras duras para descrever o que se passou com casos controversos de mortalidade em algumas urgências hospitalares do país.

"Não estamos a falar de mortes nas urgências, porque acontecem sempre, mas sim de mortes sem que os doentes chegassem a ser atendidos. Esta é uma situação inaceitável, desumana e terceiro mundista", declarou José Manuel Silva.

A mesma linha de análise foi também apresentada pelo bastonário da Ordem dos Enfermeiros, que destacou as consequências do fenómeno da emigração no seu sector profissional e defendeu um maior investimento nos cuidados de saúde primários.

Neste ponto, José Manuel Silva afirmou apoiar a medida do Governo para a contratação de médicos de família em situação de reforma.

"Finalmente", exclamou o bastonário e docente universitário de Coimbra, dizendo que a Ordem dos Médicos "anda há três anos a preconizar essa mesma medida".

"Infelizmente, foi preciso chegar a esta situação de quase total descompensação para essa medida estar a ser considerada [pelo Governo]. É uma solução ideal para o sistema, já que nos últimos cinco anos se reformaram 1400 médicos de família, na sua maioria reformas antecipadas", justificou José Manuel Silva.

José Manuel Silva defendeu ainda que a contratação de médicos de família que se encontram em situação de reforma é uma solução boa em termos de experiência e de custo qualidade para o sistema.

Para urgências nos centros de saúde
O secretário-geral do PS propôs a imediata concessão da isenção do pagamento de taxas moderadoras para os utentes que recorrem...

António Costa falava no final de uma reunião de hora e meia na sede nacional do PS, em Lisboa, com os bastonários das ordens dos Médicos, José Manuel Silva, e dos Enfermeiros, Germano Couto, que na conferência de imprensa foi o primeiro a defender a concessão extraordinária de isenções de taxas moderadoras nos centros de saúde enquanto durar a "epidemia" de gripe.

Perante os jornalistas, o secretário-geral do PS defendeu que o país está neste momento "a pagar o preço" de uma política de consolidação orçamental "desastrada" com "cortes cegos" no Estado social, designadamente na saúde, e fez questão de salientar que a sua proposta de isenção temporária do pagamento de taxas moderadoras nos centros de saúde para casos de doenças agudas deve ser acompanhada por medidas de reforço dos cuidados de saúde primários.

"Tem de haver um aumento da capacidade atendimento dos centros de saúde, o que pressupõe a generalização dos horários de atendimento" e o "reforço em termos de recursos humanos", sustentou o líder socialista.

Acompanhado pelo dirigente socialista Manuel Pizarro, e pelas deputadas do PS Maria Antónia Almeida Santos e Luísa Salgueiro, António Costa disse que o Governo foi alertado já em Dezembro que poderiam ocorrer graves problemas no sistema de saúde.

"Estamos em risco de epidemia de gripe e são necessárias medidas que procurem atenuar em situação de contingência aquilo que se poderá viver nas próximas semanas. Em primeiro lugar, é essencial que a Direcção-Geral da Saúde reforce a informação às populações sobre cuidados preventivos para diminuir os riscos. Em segundo lugar, tem de ser descongestionada a pressão sobre as urgências hospitalares", advogou o líder socialista.

Em termos de médio e longo prazo, o secretário-geral do PS considerou que é importante que o Estado "não esteja a responder em catástrofe perante a catástrofe".

"Temos de inverter a política que tem sido seguida, porque os cuidados de saúde são absolutamente fundamentais para as populações. Tem de haver limites a uma estratégia orçamental cega. É preciso que se perceba que esta política de austeridade tem custos e que estão agora à vista de todos", acrescentou António Costa.

Ao Governo
A Câmara de Penafiel vai exigir ao Ministério da Saúde medidas urgentes para controlo da tuberculose nas freguesias com elevado...

"Impõe-se o necessário e urgente combate e controlo da tuberculose nas freguesias de risco", comunicou hoje à Lusa fonte da autarquia.

A deliberação do executivo nesse sentido foi tomada por unanimidade, depois de as entidades de saúde no concelho terem revelado, recentemente, dados sobre a incidência da doença, os quais estarão entre os mais elevados da Europa.

A situação foi também denunciada pelo deputado do PCP Jorge Machado, na visita que efectuou ao concelho no dia 05 de Janeiro.

O parlamentar afirmou que na reunião realizada naquele dia com o Agrupamento de Centros de Saúde e com o Centro de Diagnóstico Pneumológico de Penafiel foi-lhe comunicado que em algumas freguesias ligadas à indústria da pedra encontra-se o maior surto de tuberculose da Europa. "É um dado assustador", afirmou.

Luzim, Boelhe, Rio de Moinhos e Cabeça Santa são as freguesias de Penafiel, no distrito do Porto, com maior prevalência de casos de tuberculose.

Face à situação, a autarquia local anunciou hoje que "vai pedir mais rastreios e reforço de clínicos nas extensões de saúde das freguesias consideradas de alto risco de tuberculose".

Na deliberação do município liderado por Antonino Sousa, recomenda-se à tutela da saúde que se faça "uma avaliação da possibilidade de os rastreios serem feitos em postos da área de residência dos doentes, privilegiando a proximidade".

Ao mesmo tempo, recomenda-se "às entidades competentes o reforço do número de clínicos nas extensões de saúde das freguesias consideradas como freguesias de risco".

Para a autarquia, "embora a incidência de tuberculose esteja a diminuir, acompanhando a tendência nacional, não se pode "baixar os braços face aos resultados preocupantes".

Boletim de Vigilância Epidemiológica
Um terço dos casos de gripe detectados na terceira semana deste ano pertencem ao vírus A(H3), que inclui estirpes diferentes da...

Neste período, foram analisados 393 casos de síndroma gripal, com o vírus influenza do tipo B - o predominantes - a ser detectado em 68% dos casos de gripe.

Contudo, o vírus A(H3) foi identificado em 32% dos casos de gripe, representando “um aumento destes casos” relativamente à semana anterior.

“A maioria dos vírus influenza do subtipo A(H3) pertencem ao grupo genético que inclui estirpes diferentes da estirpe vacinal 2014/2015”, explica a nota que acompanha o Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

Neste período, a taxa de incidência da síndroma gripal foi de 122,4 casos por cada 100 mil habitantes.

O frio extremo, o aumento da incidência das infecções respiratórias agudas e o início da actividade gripal são algumas das causas que as autoridades atribuem ao excesso de óbitos que se registou na terceira semana do ano.

“Este excesso de óbitos foi observado apenas na população com 75 ou mais anos de idade e em todas as regiões do continente, com excepção do Algarve e regiões autónomas”, prossegue a nota.

Uma nota da Direcção-Geral da Saúde (DGS) indica que “também nalguns países da Europa foi observado excesso de mortalidade (Inglaterra, Escócia, País de Gales, Holanda e França)”.

O mesmo documento refere que “a procura de consultas em centros de saúde e serviços de urgência aumentou naquela semana, tal como se vinha verificando desde o final de 2014”.

Nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) foram admitidos 11 novos casos de gripe, o que corresponde a uma taxa de admissão por gripe em UCI de 5,7%, valor superior ao que foi estimado para as semanas anteriores, adianta a nota.

Planos de acção conjuntos
Hospitais e centros de saúde preparam-se para semanas de intensa afluência de utentes, já que o pico da gripe se espera que...

Para fazer face ao surto da gripe, cujo pico se espera na semana do Carnaval (segunda de Fevereiro), os agrupamentos dos centros de saúde e o Centro Hospitalar do Oeste (CHO), que abrangem 295 mil utentes, definiram planos de acção em conjunto, escreve o Correio da Manhã.

 Vão ser alargados o horário de atendimento e a prioridade de acesso nas extensões de saúde para "reduzir a sobrecarga das Urgências do hospital e os tempos de espera", disse Isabel Carvalho, directora clínica do CHO. Na semana passada foram atendidos nas unidades de Cuidados Intensivos 11 doentes com gripe.

A taxa de incidência de gripe é elevada (122,4 casos por cada 100 mil habitantes) e a mortalidade é superior face ao esperado, mas apenas na população com mais de 75 anos, referiu a Direcção-Geral de Saúde.

Maior capacidade de socorro
Instituto alega que quer ter uma maior capacidade de resposta no socorro aos cidadãos. Para isso tem de reduzir o número de...

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) quer reduzir o número de helicópteros do socorro de vítimas e doentes graves e alterar a sua actual localização, escreve o Correio da Manhã na sai edição digital."Todo o helitransporte deve ser reformulado para dar uma maior capacidade de resposta aos cidadãos. Temos acidentes com mais de um ferido, em que o ‘heli’ tem de fazer várias viagens, por exemplo de Macedo de Cavaleiros para o Porto, porque só pode transportar uma vítima de cada vez, perde tempo.

Queremos ter ‘helis’ com capacidade para dois feridos", afirmou Paulo Campos, presidente do INEM. Assim, os contratos com as empresas que fornecem os meios aéreos vão ser revistos. A alteração do sistema de helitransporte passa por definir "o número de ‘helis’ necessários e o local onde vão estar". "Há 5 ‘helis’ [Macedo de Cavaleiros, Paredes, Aguiar da Beira, Loures e Loulé] mas não voam a tempo inteiro, e a aeronave Kamov, da Protecção Civil, não foi utilizada para a emergência entre 30 de Setembro e 15 de Outubro de 2014, pois após o combate aos fogos leva tempo a ser limpa".

Encontrar soluções para os desafios agrícolas de amanhã
Estão abertas as candidaturas por dissertação para a Cimeira global “Youth Ag” da Bayer CropScience e a Future Farmers Network,...

Encontram-se abertas as candidaturas para a Cimeira global “Youth Ag” da Bayer CropScience e a Future Farmers Network (FFN - Rede de Futuros Agricultores), que se realiza entre 24 e 28 de Agosto em Camberra, na Austrália e que reúne cerca de 100 jovens do mundo inteiro, entre os 18 e os 25 anos, sobre o tema “Alimentar um planeta com fome”, sobre práticas agrícolas sustentáveis.

A população mundial aumenta todos os dias em 233 mil pessoas, passando dos 7,2 mil milhões actuais para mais de 9 mil milhões em 2050, de acordo com as estimativas das Nações Unidas. A questão essencial é: De que forma poderemos alimentar todas estas pessoas? De forma a desenvolver ideias e apoiar a acção global necessária para resolver este desafio é necessário um pensamento visionário, perspectivas a longo prazo e criatividade.

Em Camberra, este grupo de jovens representantes de todo o mundo irá partilhar, discutir e desenvolver ideias de forma a criar uma visão comum. A região da Ásia-Pacífico alberga uma enorme variedade de hábitos de cultivo e de alimentação. A Austrália, o continente povoado mais seco, é um local especial para sinalizar a necessidade de práticas agrícolas sustentáveis.

Sob o tema “Alimentar um planeta com fome”, os jovens com idades entre 18 e 25 anos podem enviar uma dissertação sobre a sua posição e ideias relativamente às causas subjacentes da segurança alimentar e o efeito que esta pode ter numa população em crescimento. A capacidade de apresentar ideias originais e paixão em ajudar a moldar o futuro serão critérios de selecção essenciais da Cimeira "Youth Ag”. Estão abertas as candidaturas por dissertação, através da Internet e até 30 de Janeiro de 2015. Para mais informações sobre o processo de candidatura e a conferência, consulte a página www.youthagsummit.com.

A Cimeira “Youth Ag” integra o novo Programa Educativo Agrícola da Bayer CropScience, que assume uma abordagem holística. “Na Bayer CropScience, acreditamos na importância de fomentar um diálogo construtivo e de longo prazo sobre os desafios e oportunidades da agricultura. Estamos empenhados em ajudar a próxima geração de jovens líderes de ideias a aprender e crescer, à medida que nos esforçamos para accionar uma intensificação sustentável da agricultura,” sublinhou Steffen Kurzawa, Diretor Global de Comunicações da Bayer CropScience.

A Bayer CropScience está empenhada em motivar os líderes de ideias do amanhã - com iniciativas como a Cimeira “Youth Ag” 2015, bolsas de estudo agrícolas e programas de aprendizagem práticos nos seus laboratórios e quintas. Encoraja os jovens a aprender mais sobre a agricultura e o fornecimento alimentar sustentáveis, destacando o papel essencial da ciência e da inovação.

Descubra mais sobre o Programa Educativo Agrícola na página: http://www.ag-education.bayer.com

Programa Desfibrilhação Automática Externa
O Benfica lançou o programa Desfibrilhação Automática Externa, licenciado pelo INEM, passando a contar com 19 desfibrilhadores:...

Este programa contará com 152 colaboradores, bem como os Bombeiros Voluntários Lisbonenses e os Bombeiros Mistos do Seixal. No complexo da Luz, os desfibrilhadores serão distribuídos pelo estádio (cinco), Museu Cosme Damião (um), pavilhões (um), piscinas (um), área comercial (um) e campo dos Pupilos do Exército (um). No centro de estágio, quatro serão destinados exclusivamente às duas equipas profissionais (A e B) e equipa de juniores, enquanto os outros cinco estarão reservados a toda a formação dos ‘encarnados’.

Para o director clínico do clube da Luz, João Paulo Almeida, este reforço do equipamento de assistência médica “é um passo importante na história do clube”, que passará a estar dotado com desfibrilhadores “em todos os locais de prática desportiva”. “É altamente gratificante contar com estes recursos, que ajudarão a salvar muitas vidas”, disse João Paulo Almeida na apresentação do Desfibrilhação Automática Externa (DAE).

O presidente do INEM, Paulo Amado de Campos, felicitou o Benfica por ter dado “um passo excepcional no propósito de salvar vidas” e no esforço mostrado em “acompanhar a história da emergência médica”.

No âmbito deste programa, 36 colaboradores do Benfica já receberam formação específica em suporte básico de vida e desfibrilhação automática, que vai abranger ainda em outros 40 funcionários do clube.

Os desfibriladores automáticos externos são dispositivos electrónicos portáteis que, em situações de paragem cardio-respiratória, analisam o ritmo cardíaco e, nas situações indicadas, aplicam um choque eléctrico com o intuito de se retomar um ciclo cardíaco normal e assim evitar a morte da vítima.

Nova opção terapêutica
Nintedanib retarda a progressão da doença reduzindo o declínio da função pulmonar em 50% num amplo espectro de diferentes tipos...

A Boehringer Ingelheim anuncia que a Comissão Europeia (CE) aprovou nintedanib* para o tratamento da Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI), na sequência de uma rápida avaliação e opinião positiva por parte do Comité Científico de Medicamento de Uso Humano da Agência Europeia de Medicamentos em 20 de Novembro de 2014. A FPI é uma doença pulmonar debilitante e fatal – com uma sobrevida média de 2-3 anos após ter sido diagnosticada.(1)

“Para os doentes, a aprovação na União Europeia deste tratamento, representa um passo significativo no sentido de satisfazer necessidades existentes até à data, na FPI. Os doentes que padecem desta doença, crónica e debilitante, podem agora contar com uma nova opção terapêutica a qual tem vindo a demonstrar um efeito clinicamente significativo sobre a sua doença,” afirma o Professor Klaus Dugi, Chief Medical Officer da Boehringer Ingelheim. “Esta aprovação é mais um marco nos esforços contínuos da Boehringer Ingelheim no que diz respeito à inovação em doenças raras, em geral, bem como na nossa pesquisa contínua para o benefício dos doentes, nomeadamente para com aqueles abrangidos por uma doença tão terrível como a FPI.”

A aprovação da CE baseia-se nos resultados dos ensaios clínicos de fase III INPULSIS®, os quais envolveram 1.066 doentes de 24 países. Os resultados de INPULSIS® demonstraram que nintedanib retarda a progressão da doença reduzindo a taxa anual do declínio da função pulmonar em 50% num amplo espectro de diferentes tipos de doentes com FPI com doença precoce (capacidade vital forçada de (CVF>90% do previsto), com limitada fibrose radiográfica (sem favo-de-mel) na Tomografia Computadorizada de Alta Resolução (TCART) e naqueles com enfisema.(2) Nintedanib, com uma cápsula duas vezes dia, é o primeiro tratamento desenvolvido para a FPI, que de forma consistente responde ao objetivo primário de dois ensaios clínicos de fase III de desenho idêntico. Nintedanib tem vindo a demonstrar uma significativa redução de risco de exacerbações agudas ‡ em 68%.(2)

Luca Richeldi, investigador e Professor de Pneumologia, Chair of Interstitial Lung Disease at the University of Southampton, no Reino Unido, afirmou o seguinte: “Até à data, as opções terapêuticas para os doentes com FPI eram limitadas. A aprovação de nintedanib na UE permite aos doentes que lidam com uma doença, ameaçadora das suas vidas, uma escolha terapêutica com eficácia comprovada. Os dados clínicos demonstrados por nintedanib demonstraram uma redução anual do declínio da função pulmonar em aproximadamente metade. Adicionalmente os resultados com nintedanib demonstraram uma redução do risco de exacerbações agudas, que podem desencadear hospitalização e morte”.

Em todo o mundo a FPI afecta entre 14-43 pessoas por cada 100.000 (3,4) habitantes. Geralmente afecta pessoas com idade superior a 50 anos.(5) A FPI causa, de forma permanente, cicatrizes nos pulmões, diminuindo a quantidade de oxigénio fornecida pelos pulmões aos principais órgãos do organismo.(6,7)

“É óptimo ter agora uma escolha para tratar os doentes com FPI. Esta aprovação trouxe esperança para os doentes e seus cuidadores que vivem com esta terrível doença,” disse Toby Maher, Consultor do Respiratory Physician at the Royal Brompton Hospital em Londres, no Reino Unido.

 

Acerca do ensaio clínico de fase III INPULSIS® com nintedanib

Os estudos de dupla ocultação, aleatorizados, controlados com placebo, que envolveram 1.066 doentes em 24 países avaliaram o efeito de nintedanib 150 mg via oral, duas vezes dia, no declínio da taxa anual da capacidade vital forçada (CVF) em doentes com FPI durante 52 semanas. Os estudos, desenhados de forma idêntica, têm correspondência em doses, critérios de inclusão e objectivos.(2,8) O objectivo primário foi a taxa anual de declínio da CVF (expressa em mL ao longo de 52 semanas). Os objectivos secundários chave foram: alteração de dados de iniciais na qualidade de vida relacionada com a saúde, de acordo com o questionário Saint George’s Respiratory Questionnaire (SGRQ) e o tempo até à primeira exacerbação aguda.

Resultados chave demosntrados(2)

- Nintedanib retardou a progressão da FPI reduzindo o declínio anual na função pulmonar em 50% comparativamente a doentes medicados com placebo

- Nintedanib reduziu de forma significativa o risco de exacerbações agudas‡ em 68% nos dados agrupados

- Existe um benefício significativo de nintedanib versus placebo na alteração na pontuação total do SGRQ do estudo INPULSIS®-2, porém sem diferença significativa entre os grupos no estudo INPULSIS®-1

 

Em ambos os ensaios clínicos INPULSIS®, os acontecimentos adversos mais comuns foram os efeitos de natureza gastrointestinal, de intensidade ligeira e moderada que, de uma maneira geral, foram geridos de forma simples, e que raramente levaram à interrupção do tratamento.(2) A proporção de doentes com acontecimentos adversos graves foi semelhante em todos os grupos.(2) O acontecimento adverso mais frequente no grupo de nintedanib* foi a diarreia, reportada em 62% vs. 19% (INPULSIS®-1) e 63% vs. 18% (INPULSIS®-2) dos doentes com nintedanib vs. o grupo de placebo, respectivamente. Menos de 5% dos doentes no grupo de nintedanib no INPULSIS®-1 e INPULSIS®-2 interromperam o tratamento devido a estes acontecimentos.(2)

 

Acerca do OFEV® (nintedanib)

Nintedanib é uma pequena molécula inibidora de tirosina-cinase devolvida pela Boehringer Ingelheim para a FPI.9 Nintedanib, uma cápsula duas vezes dia, retarda a progressão da doença reduzindo a taxa anual do declínio da função pulmonar em 50% num amplo espetro de diferentes tipos de doentes com FPI.2 Inclusive doentes com doença precoce (CVF >90% do previsto), fibrose radiológica limitada (sem favo-de-mel) na Tomografia Computadorizada de Alta Resolução (TCAR) e naqueles com enfisema.(2) Nintedanib reduz exacerbações agudas‡ em 68%2, o que pode ser crucial, uma vez que aproximadamente 50% dos doentes internados com uma exacerbação aguda de FPI morrem durante a hospitalização.(10) Os acontecimentos adversos com nintedanib podem ser facilmente geridos pela maior parte dos doentes.(2)

Nintedanib tem como alvo os receptores de factores de crescimento, os quais surgem envolvidos no mecanismo quando a fibrose pulmonar ocorre. Mais concretamente, nintedanib inibe receptor de factor de crescimento derivado das plaquetas (PDGFR), receptor de factor de crescimento dos fibroblastos (FGFR) e receptor de factor de crescimento vascular edotelial (VEGFR).(9,11,12) Acredita-se que nintedanib reduz a progressão da doença, FPI e diminui o declínio da função pulmonar ao bloquear as vias de sinalização envolvidas em processos fibróticos.(9,11,13)

 

- A FDA aprovou nintedanib para o tratamento da FPI no dia 15 de Outubro de 2014

- Comité dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP) divulgou uma opinião positiva de nintedanib para o tratamento da FPI no dia 20 de Novembro de 2014

- No dia 21de Novembro de 2014, a Comissão Europeia autorizou a comercialização de nintedanib** em associação com docetaxel para o tratamento de doentes adultos com cancro do pulmão de não-pequenas células (CPNPC) localmente avançado, metastático ou localmente recorrente, com histologia tumoral de adenocarcinoma, após quimioterapia de primeira linha.

 

Acerca da fibrose pulmonar idiopática

A FPI é uma doença pulmonar crónica, progressiva, altamente debilitante e fatal com limitadas opções terapêuticas.(1) A FPI afecta entre 14 a 43 pessoas por 100,000 Habitantes no mundo.(3,4) A FPI é caracterizada por uma cicatrização progressiva do tecido pulmonar e perda de função pulmonar ao longo do tempo.(7,11) O desenvolvimento de tecido cicatricial é designado por fibrose.(1) Ao longo do tempo, como o tecido condensa e endurece com cicatrizes, os pulmões perdem a capacidade de absorver e transferir oxigénio para a corrente sanguínea, consequentemente os órgãos alvo não recebem oxigénio suficiente.(6) Como resultado, os indivíduos com FPI sentem falta de ar, tosse sem expectoração e muitas vezes têm dificuldade em cumprir e participar nas suas actividades físicas diárias.(14)

 

Referências

1 Raghu G, et al. An official ATS/ERS/JRS/ALAT statement: idiopathic pulmonary fibrosis: evidence-based guidelines for diagnosis and management. Am J Respir Crit Care Med. 2011;183:788-824.

2 Richeldi L, et al. Efficacy and Safety of Nintedanib in Idiopathic Pulmonary Fibrosis. N Engl J Med. 2014;370:2071-82.

3 Raghu G, et al. Incidence and prevalence of idiopathic pulmonary fibrosis.

Am J Respir Crit Care Med. 2006;174:810-816.

4 Fernández Pérez E, et al. Incidence, prevalence, and clinical course of idiopathic pulmonary fibrosis: a population-based study. Chest. 2010;137:129-37.

5 American Thoracic Society. Idiopathic Pulmonary Fibrosis: Diagnosis and Treatment. Am J Respir Crit Care Med. 2000;161:646–664.

6 Collard H, et al. Acute Exacerbations of Idiopathic Pulmonary Fibrosis. Am J Respir Crit Care Med. 2007;176:636–643.

7 NHLBI, NIH. What Is Idiopathic Pulmonary Fibrosis? nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/ipf/. Last Accessed January 2015.

8 Richeldi L, et al. Design of the INPULSIS® Trials: Two phase 3 trials of nintedanib in patients with idiopathic pulmonary fibrosis. Respir Med. 2014;108:1023-30.

9 Richeldi L, et al. Efficacy of a tyrosine kinase inhibitor in idiopathic pulmonary fibrosis. N Engl J Med. 2011;365:1079-1087.

10 Song JW, et al. Acute exacerbation of idiopathic pulmonary fibrosis: incidence, risk factors and outcome. Eur Respir J. 2011;37:356-363.

11 Selman M, et al. Idiopathic pulmonary fibrosis: prevailing and evolving hypotheses about its pathogenesis and implications for therapy. Ann Intern Med. 2001;134:136-51.

12 Hilberg F, et al. BIBF 1120: triple angiokinase inhibitor with sustained receptor blockade and good antitumor efficacy. Cancer Res. 2008;68:4774-4782.

13 Wollin L, et al. Antifibrotic and Anti-inflammatory Activity of the Tyrosine Kinase Inhibitor Nintedanib in Experimental Models of Lung Fibrosis.

J Pharmacol Exp Ther. 2014;349:209–220.

14 Pulmonary Fibrosis Foundation. Symptoms. pulmonaryfibrosis.org/life-with-pf/about-pf. Last Accessed January 2015

 

*Nintedanib está aprovado nos EUA e UE com o nome comercial de OFEV® para doentes com FPI. Nintedanib noutros países está sob em revisão legal pelas respectivas autoridades de saúde.

** Nintedanib está aprovado (em associação com docetaxel para o tratamento de doentes adultos com cancro do pulmão) com o nome comercial de Vargatef® ‡Exacerbations was a pre-specified sensitivity analysis in the pooled data set. Tempo até ao primeiro investigador a reportar uma exacerbação foi um objectivo secundário para os estudos TOMORROW e INPULSIS®-2 mas não para o INPULSIS®-1

Carlos Moedas e Bill Gates
O comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, reuniu-se com o co-fundador da Microsoft Bill...

No encontro, Moedas e Gates, que se deslocou a Bruxelas na qualidade de presidente da Bill & Melinda Gates Foundation, debateram a política europeia de investigação, especialmente os programas de apoio ao combate a doenças como a SIDA, a tuberculose e a malária, segundo um comunicado do gabinete do comissário.

Foi ainda discutido o trabalho conjunto da Comissão Europeia e da fundação num programa de desenvolvimento de testes clínicos em países em desenvolvimento (EDCTP-2).

Esta parceria, à qual recentemente se associou a Fundação Calouste Gulbenkian, dispõe de um orçamento de 2 mil milhões de Euros para os próximos 10 anos.

“Para erradicar doenças como a tuberculose e a malária é obrigatório unir esforços. Tem que haver investigação avançada e tem que haver acção concertada entre a UE e os Estados, com a participação do sector privado e a filantropia", disse Carlos Moedas, no final do encontro.

Ordem dos Médicos do Centro exige
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos criticou o facto de o concurso lançado em 2014 para a contratação de médicos...

"O concurso para a contratação de médicos de família", lançado em Abril de 2014 pelo Ministério da Saúde, "está congelado e suspenso", disse à agência Lusa o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), Carlos Cortes, afirmando que já se está "a aguardar há demasiado tempo" para se resolver uma situação que é "urgente".

O concurso previa a contratação de 200 médicos de família, 20 dos quais para a zona da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), que poderia representar, segundo estimativas da SRCOM, "36 mil utentes com médico de família".

Carlos Cortes realçou que as 20 vagas para a região Centro permitiriam reforçar "zonas muito deficitárias, principalmente nas áreas do interior" da região, frisando ainda que, ao todo, seriam necessários 75 médicos de família para "fazer face aos 130 mil utentes que estão actualmente desprotegidos".

"A ideia com que nós ficamos é que há sempre anúncios espectaculares de contratações, mas depois não acontece nada", sublinhou, referindo que os problemas no Serviço Nacional de Saúde "não se resolvem com anúncios mediáticos, mas sim com decisões consequentes".

Para o presidente da SRCOM, os problemas que se observam nas urgências hospitalares resolvem-se com "um reforço do atendimento dos cuidados de saúde primários".

"O Ministério da Saúde investe em anúncios e não no Serviço Nacional de Saúde", que "não dá a resposta que deveria dar", por "falta de recursos humanos e materiais", observou.

De acordo com a SRCOM, o concurso prevê a contratação de médicos para o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Cova da Beira (3), ACES do Pinhal Litoral (4), ACES Pinhal Interior (2), ACES Baixo Vouga (4), ACES Dão Lafões (5), ACES Baixo Mondego (2).

A Administração Central do Sistema de Saúde informou no seu “site”, na terça-feira, que o recrutamento dos 200 médicos de família encontra-se a "aguardar por autorização do Ministério das Finanças para a sua conclusão, dado terem decorrido mais de seis meses após a abertura deste procedimento concursal".

Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo pediu a anulação da decisão de um Tribunal Arbitral, que condenou...

A sociedade do Grupo Mello Saúde, que geriu a unidade hospitalar entre 1995 e 2008, reclama o pagamento desse valor à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), o qual serviria para fazer face aos quase 26,5 milhões de euros de dívidas que o Hospital Amadora Sintra - Sociedade Gestora (HASSG) tem para com 137 credores. Em Agosto último, a sociedade avançou com um Processo Especial de Revitalização junto do Tribunal do Comércio de Lisboa.

Numa resposta escrita enviada hoje à agência Lusa, a ARSLVT confirmou que, em 2012, foi condenada a pagar a quantia de 18.123.526 euros ao HASSG, mas justificou que “o processo arbitral padece de vícios processuais graves (…), encontrando-se neste momento pendente acção de anulação da decisão arbitral condenatória” nos tribunais administrativos.

A ARSLVT acrescentou que “esses mesmos vícios do processo” servem de fundamentação e de oposição ao processo executivo apresentado pelo HASSG contra a ARSLVT, o qual se encontra a decorrer no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa.

“Mesmo que a ARSLVT fosse, no processo executivo, levada a pagar antes da decisão [da acção a pedir a anulação da decisão arbitral] — e até agora não foi — o HASSG teria de prestar caução para garantir o reembolso do valor em causa, na hipótese de a acção anulatória ser considerada procedente”, justificou.

A ARSLVT salientou que “a sentença não está completamente encerrada”, razão pela qual “não poderia proceder ao pagamento de valor em que foi condenada por sentença nula, tendo em conta o grave prejuízo que acarretaria para o interesse e o erário públicos”.

O Grupo José de Mello Saúde explicou, numa resposta escrita enviada à Lusa na quarta-feira, que a sociedade cessou as suas responsabilidades a 31 de Dezembro de 2008, ano em que o Hospital Amadora Sintra passou para a ser uma Entidade Pública Empresarial (gerida pelo Estado).

O Grupo explicou que, “não tendo sido possível encerrar as contas com a ARSLVT por mútuo acordo, as partes recorreram a um Tribunal Arbitral que, em Dezembro de 2012, condenou a ARSLVT” a pagar 18.123.526 euros acrescidos de juros que, segundo a empresa, correspondem aproximadamente a 2.800 euros/dia, além de uma penalidade de mais de 906 mil euros.

“Não tendo a ARSLVT respeitado a decisão do Tribunal Arbitral efectuando o pagamento, a Sociedade Gestora tem feito todos os esforços para fazer face às responsabilidades junto dos seus credores que totalizam cerca de 22 milhões de euros”, referiu a José de Melo Saúde, acrescentando que o Processo Especial de Revitalização é a formalidade jurídica para a concretização desse objectivo. A diferença dos 22 milhões de euros para os quase 26.5 milhões reconhecidos aos 137 credores diz respeito a juros de mora.

Abre na sexta-feira
O Centro de Apoio à Vítima de Violência Doméstica de Lamego entra em funcionamento na sexta-feira com um serviço base de...

De acordo com o presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, o Centro de Apoio à Vítima de Violência Doméstica de Lamego vai ser um espaço que funcionará nos serviços de acção social do município, com o mesmo horário.

"As pessoas com problemas relacionados com violência doméstica poderão dirigir-se a este centro, onde serão atendidas desde logo por um funcionário administrativo que irá encaminhar a situação para um assistente social, psicólogo ou sociólogo, conforme a disponibilidade do serviço e as regras definidas", informou.

Nesta primeira fase estará disponível um serviço base de atendimento e encaminhamento. No entanto, o autarca de Lamego espera colocar em funcionamento, nos próximos meses, um serviço de apoio jurídico.

"Gostaria que a senhora secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, viesse a poder fazer um protocolo com a Câmara de Lamego para apoiar financeiramente esse serviço, que pretendemos disponibilizar gratuitamente. Todas as outras valências serão disponibilizadas pela Câmara, que vai colocar as pessoas necessárias em mais esta oferta de atendimento", referiu.

Francisco Lopes evidenciou ainda a necessidade de criar um centro de acolhimento de emergência para vítimas de violência doméstica, para acudir a situações de crise familiar graves que obriguem à saída de casa.

"Na sexta-feira vamos visitar residências da Santa Casa, com a senhora secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, que têm por objectivo receber jovens que saem do lar com a maioridade. Como são vários apartamentos, a ideia é que um, ou até mais do que um, pudessem ser disponibilizados para um centro de acolhimento de emergência para vítimas de violência domestica", explicou.

Na sua opinião, com o Centro de Apoio à Vítima de Violência Doméstica de Lamego em funcionamento e com a criação de um Centro de Acolhimento de Emergência, "o município de Lamego ficaria melhor preparado para responder ao drama da violência doméstica".

"Não vamos cingir a actuação do Centro de Apoio à Vítima de Violência Doméstica, nem do futuro Centro de Acolhimento de Emergência, ao concelho de Lamego, mas ao conjunto de municípios vizinhos que não estejam servidos por unidades equivalentes", concluiu.

Proposta até Março
O Governo criou, por diploma, um grupo de trabalho para propor até Março um novo modelo de governação dos subsistemas de saúde...

O Conselho de Ministros, na resolução publicada no Diário da República, define que o novo modelo deve acautelar a manutenção ou o reforço da identidade, autonomia, representatividade, expressão orçamental distinta e especificidades próprias de cada um dos subsistemas.

O modelo deve ainda ser de “governação transversal” ao subsistema da Direcção-Geral de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública, ao subsistema de saúde dos militares das Forças Armadas, ao subsistema de assistência na doença da Guarda Nacional Republicana (GNR), e ao subsistema de assistência na doença da Polícia de Segurança Pública (PSP).

Outro dos objectivos é a de promoção ou reforço da articulação entre estes subsistemas, aprofundando sinergias e optimizando a gestão dos recursos, nomeadamente no âmbito da contratação de fornecimentos e serviços.

O Governo define ainda que o modelo que vier a ser proposto tem de contemplar a participação dos ministérios das Finanças, da Defesa Nacional, da Administração Interna e da Saúde, bem como de representantes dos vários tipos de beneficiários titulares. O diploma entra em vigor na sexta-feira, tendo a nova equipa técnica um mandato de 60 dias.

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