Estudo ISCTE

Associações de doentes gostariam de ajudar mais gente

Dar informação e apoio psicológico é o papel central das associações de doentes, mas gostariam de fazer mais. As dificuldades financeiras impedem.

Grande parte das mais de 74 associações de doentes existentes em Portugal está relacionada com doenças raras e enfrenta dificuldades financeiras.

As mais de 70 associações de doentes existentes em Portugal dão, sobretudo, informação e apoio psicológico, mas gostariam de fazer mais. Falta-lhes, contudo, recursos, escreve o portal da RR.

A conclusão sai de um estudo do ISCTE, que é lançado, esta terça-feira, em forma de livro.

“São associações que se constituíram para apoiar os doentes e têm dificuldades no que respeita à sustentabilidade financeira. Têm também dificuldades de instalações, muitas delas, e em recrutar técnicos”, diz à Renascença Fausto Amaro, professor do ISCTE e um dos autores do estudo “As Associações de Doentes em Portugal - problemas, necessidades e aspirações”.

As maiores associações chegam a ter mais de dois mil sócios, mas a maioria tem menos de 500. Fausto Amaro afirma que muitas delas surgem na sequência de problemas específicos.

“Praticamente, quanto há um problema de saúde, dá origem a uma associação e cada uma trata da sua própria doença. Nestas 74 associações, foram identificadas quase 50 doenças, muitas delas raras”, explica.

A associação mais antiga - a Associação de Protecção de Diabéticos de Portugal - foi criada em 1926. O “boom” deu-se depois de 1990.

As associações sobrevivem graças às quotas dos associados, ao mecenato, o apoio da indústria farmacêutica e dos Ministérios da Saúde e da Solidariedade Social.

Fonte: 
RR
Nota: 
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