Agência Europeia do Medicamento
A primeira vacina contra a malária foi aprovada pela Agência Europeia do Medicamento. Os reguladores europeus confirmam que a...

A maior parte dos casos de contágio acontece na África subsariana, escreve a SIC Notícias, onde em média morre uma criança por minuto.

A vacina está em desenvolvimento há 30 anos e foi cofinanciada pela Fundação de Bill Gates e da mulher, Melinda. Até ao momento já foram investidos mais de 500 milhões de euros neste fármaco.

Falta agora receber luz verde da Organização Mundial de Saúde e das autoridades nacionais de saúde africanas para que a medicação possa ser implementada.

Ordem dos Nutricionistas
No Verão "multiplicam-se os anúncios publicitários de muitos destes falsos profissionais que prometem dietas milagrosas...

O número de indivíduos que se fazem passar por nutricionistas e dietistas em Portugal sem estarem inscritos na Ordem dos Nutricionistas tem vindo a aumentar, diz o jornal Público. Até 2015 registaram-se 152 denúncias, sendo que este ano já conta com uma média de 8 denúncias por mês. “O aumento da obesidade em Portugal e uma maior preocupação das pessoas com a imagem tem despertado o interesse a determinados indivíduos” que estarão a aproveitar-se disso, declara a Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento.

No Verão, alerta o comunicado da Ordem, "multiplicam-se os anúncios publicitários de muitos destes falsos profissionais que prometem dietas milagrosas que podem colocar em perigo a saúde pública”. A bastonária considera a situação “inquietante”. Para se exercerem funções de nutricionista ou dietista, é necessário que se esteja inscrito na Ordem dos Nutricionistas e quanto a isso Alexandra Bento alerta para a necessidade de a população se acautelar e denunciar este tipo de situação, “não vale só parece-lo, é preciso sê-lo. Ninguém se deixe enganar ainda mais numa área tão importante como é a saúde”, refere.

De momento, a Ordem dos Nutricionistas conta com cerca de 2500 membros e é possível verifica-lo na internet. “É muito fácil separar o trigo do joio, basta que para isso as pessoas consultem o registo nacional”, explica a Bastonária. Basta aceder ao site da Ordem dos Nutricionistas, entrar registo nacional e procurar o nome do profissional em questão. Caso não esteja registado, Alexandra Bento apela à denúncia à Ordem, “basta para isso que a pessoa em questão envie uma carta ou um e-mail colocando a situação”, esclarece. A Ordem desencadeia, imediatamente, uma investigação e caso se verifique que não se trata de um profissional registado, o caso passa para o Ministério Público (MP). Segundo a bastonária, há já oito casos que foram denunciados ao MP. Exercer a profissão sem ter habilitações para isso configura um crime de usurpação de funções, punível com prisão até 2 anos ou multa até 240 dias.

Segundo a bastonária , estes falsos profissionais podem ser encontrados em qualquer tipo de espaço físico e virtual, desde consultórios, ginásios e espaços dedicados ao emagrecimento, mas também na internet, o que aumenta o risco pois “prolifera-se com facilidade e dificulta o controlo”. Para tentar inverter esta situação, a Ordem dos Nutricionistas vai lançar na próxima terça-feira, dia 28 de Julho, uma campanha nacional de sensibilização e informação dos consumidores sob o mote “Vamos pôr a Nutrição na Ordem”. A campanha tem como objetivo informar a população e incentivar a denúncia destes casos. Alexandra Bento relembra “a saúde é um bem maior e tem de ser acautelado”.

Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
No total, entre internamento e apoio em casa a rede tem 13.926 vagas. Número de camas está aquém da promessa de Paulo Macedo.

O número de camas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), segundo o jornal Público, ultrapassou no ano passado as 7000 vagas. A estas somam-se os 6776 lugares de apoio no domicílio, mas que ao contrário das camas viram o seu número cair de 2013 para 2014. Os dados fazem parte do Relatório Anual sobre o Acesso a Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do SNS e Entidades Convencionadas de 2014.

O documento do Ministério da Saúde indica que, globalmente, a rede cresceu 1,7% de 2013 para 2014, contando com um total de 13.926 lugares disponíveis entre internamento e apoio domiciliário, numa proporção de 51% e 49%, respetivamente. As vagas em internamento subiram de 6642 para 7160. No entanto, o apoio em casa é agora mais reduzido, com uma queda de 7063, em 2013, para 6766, no ano passado. A tutela justifica a redução com “o ajustamento” feito nas equipas por “questões de qualidade assistencial e de rentabilização da capacidade instalada nestas equipas”.

Mesmo com o aumento de camas, dificilmente Paulo Macedo chegará ao final do mandato cumprindo as metas definidas para o internamento. A demora no processo de abertura obrigou a uma revisão das metas iniciais da rede para 2016, que foram alteradas ainda em 2012, de 15 mil camas para pouco mais de 11 mil. Porém, ao ritmo que tem vindo a ser seguido, o objetivo é praticamente impossível de atingir.

Em relação aos utentes, a procura cresceu 4,4% em 2014, com 41.657 pessoas a serem referenciadas para a RNCCI. “No total acumulado de utentes referenciados para a Rede, desde o seu início em 2006, foram já atendidos 216.600 utentes”, diz o relatório. A maior parte das novas vagas são nas chamadas Unidades de Longa Duração e Manutenção, que detêm aliás mais de 57% do total de camas de internamento. Os doentes permanecem, em média, 164 dias nestas unidades.

As assimetrias continuam a ser um problema da RNCCI. A comparação é feita tendo em conta o número de camas por cada 100 mil habitantes com mais de 65 anos. Os números variam de um máximo de 594 no Alentejo para um mínimo de 239 em Lisboa e Vale do Tejo. Aliás, esta região é também a que tem menos vagas domiciliárias pelos mesmos 100 mil habitantes. São apenas 536 quando no Algarve a proporção é de 2104.

A pressão sobre a RNCCI traduz-se em tempos de espera acima do recomendado entre o momento em que o doente é referenciado e a altura em que se encontra uma vaga. O Ministério da Saúde indica que, “globalmente, 72% dos tempos melhoraram, em relação a 2013”, mas há casos que se agravaram como o tempo de espera por uma vaga numa unidade de média duração no Algarve, que se situou em mais de 29 dias. A maior espera, de 53 dias, é por um lugar numa unidade de longa duração no Alentejo – mesmo assim abaixo dos quase 71 dias registados em 2013.

O tempo de espera para as unidades de cuidados paliativos é também um problema, uma vez que, pela gravidade dos casos, os doentes costumam estar menos tempo internados, com a esmagadora maioria dos desfechos a serem óbitos. Em 2014 o tempo de espera variou entre cinco dias na região norte e mais de 33 dias em Lisboa e Vale do Tejo. A permanência dos doentes nestas unidades é, em média, de 37 dias. O valor representa “tendo um acréscimo de 42% em relação a 2013” e o relatório considera que este aumento “pode significar uma referenciação mais precoce”.

Paradoxalmente, as camas de cuidados paliativos caíram de 195, em 2013, para 185 no ano passado, devido a encerramentos na região norte. O problema nos cuidados paliativos já foi reconhecido neste ano pela tutela, que se comprometeu a abrir mais 150 camas até ao final de 2015. O Ministério da Saúde determinou também que todos os hospitais devem passar a ter uma equipa dedicada aos cuidados paliativos.

Segundo investigadora
Ouvir música é capaz de ativar zonas do cérebro que causam sensações que podem ser comparadas ao êxtase sexual.

A música é capaz de provocar as mais fortes sensações e uma das mais fascinantes é a descrita por algumas pessoas como um "orgasmo da pele", escreve o Diário de Notícias.

Escreve a BBC que "o orgasmo da pele" caracteriza-se por arrepios ou formigueiros percorrem o corpo espoletados por algumas músicas.

Psyche Loui, violinista e pianista, além de ser psicóloga e investigadora de neurologia, conta à estação britânica que teve esta sensação quando ouviu o Concerto No. 2 para piano de Rachmaninov. No entanto, existem uma série de outras músicas com as quais isso pode acontecer.

Loui concluiu o curso de psicologia alguns anos depois do seu primeiro "orgasmo da pele" e recentemente decidiu rever aquilo que se tinha passado.

Normalmente o nosso corpo apenas reage de forma tão intensa em situações que possam garantir ou ameaçar a nossa sobrevivência - a comida pode fazê-lo, bem como o ato sexual. Ou até um assustador passeio numa montanha russa. Mas o ato de ouvir música não parece encaixar em nenhuma dessas categorias.

Tal como aconteceu com Loui, muitas pessoas são capazes de distinguir o que lhes provoca essas sensações. Assim, através desses relatos, a psicóloga e violinista foi capaz de perceber quais são as características das músicas que mais facilmente podem desencadear estas sensações.

Por exemplo, mudanças na harmonia, saltos dinâmicos (de baixo para alto) e notas dissonante que chocam com a melodia principal estão entre os "culpados".

No youtube existe uma playlist com músicas que podem criar "orgasmos da pele". Entre outros, encontram-se canções de Adele, Céline Dion e Oasis.

A investigadora acredita que um dos principais responsáveis por esta sensação é a forma como o nosso cérebro lida com as expetativas. Se a música for muito convencional não vai captar a nossa atenção, mas se for um registo muito fora do comum, o cérebro interpretará o som como ruído. Por isso, uma música que nos cause um "orgasmo" deve estar algures entre a familiaridade e o incomum.

A antecipação e a resolução das nossas expectativas provoca a liberação de dopamina, um neurotransmissor, que age em duas regiões-chave do cérebro pouco antes e logo após o "orgasmo". Este é o mesmo químico que é libertado no corpo quando uma pessoa está sob o efeito de drogas ou quando tem relações sexuais.

Esta investigação pode assim ajudar a explicar o facto de considerarmos algumas músicas "viciantes". Quando mais familiarizados estamos com uma música mais intensas podem ser as sensações de orgasmo, uma vez que ultrapassado a surpresa acabamos por condicionar a emoção que obtivemos com aquela música.

"As nossas experiências autobiográficas interagem com os dispositivos musicais para que todos encontremos uma diferente parte da música recompensadora", afirma a artista à BBC.

Louise Brown
A primeira “bebé-proveta” no mundo, a inglesa Louise Brown, lamenta que a comunidade científica tenha demorado tanto tempo a...

“É uma grande vergonha que tenha demorado tanto para o seu trabalho ser reconhecido com um Prémio Nobel”, disse Louise Brown, numa entrevista exclusiva para Portugal a propósito do livro “A minha vida como o primeiro bebé-proveta do mundo”, que será lançado no Reino Unido no sábado, dia em que completa 37 anos.

Louise Brown, que nasceu graças à Fertilização In Vitro (FIV), desenvolvida por Robert Edwards e Patrick Steptoe (que morreu em 1988), diz que Robert Edwards “era uma espécie de avô” para ela e que sempre se manteve em contacto com ele e a sua mulher Rute, que também era cientista.

Sobre a demora na atribuição do Nobel, que só chegou em 2010, Louise Brown lamenta que esta tenha chegado numa altura em que Robert Edwards já estava com graves prolemas de saúde e incapaz de o receber fisicamente.

“Robert Edwards recebeu muitas críticas nos primeiros dias da Fertilização In Vitro, muitas das quais injustas e de pessoas pouco informadas”, lembrou.

Louise sublinha que foi graças ao trabalho desta equipa que milhões de pessoas estão atualmente vivas.

Desde o nascimento de Louise Brown que cerca de cinco milhões de pessoas nasceram graças às técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA), como a FIV, segundo dados da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia.

Em 1989, algumas centenas destas crianças juntaram-se na clínica de fertilidade criada por Robert Edwards e Patrick Steptoe – a primeira do género no mundo - para homenagear Steptoe, que tinha falecido no ano anterior.

Na altura, Louise Brown e a irmã, Natalie, que também nasceu graças a uma FIV realizada por esta equipa, plantaram uma árvore no jardim da clínica.

As duas irmãs regressaram a este jardim em 2013 para plantarem novas árvores, desta vez em homenagem aos pais, entretanto falecidos.

Robert Edwards morreu em abril de 2013, aos 87 anos.

Louise Brown
Louise Brown, a primeira “bebé-proveta” do mundo, que sábado completa 37 anos, reconhece que não foi fácil crescer debaixo dos...

Numa entrevista, a propósito do lançamento do seu livro “Louise Brown: A minha vida como o primeiro bebé-proveta do mundo”, que sábado será lançado no Reino Unido, dia do seu aniversário, a primeira criança concebida através da Fertilização In Vitro (FIV) diz sentir-se uma pessoa “normal”, mas com uma infância extraordinária, a qual atribui à forma inovadora como veio ao mundo.

Louise conta que, quando tinha quatro anos, os pais mostraram-lhe o filme do seu nascimento: “Eles fizeram-no porque em breve eu ia para a escola e receavam que as outras crianças mencionassem o assunto. E também porque sabiam que a comunicação social iria tentar fotografar-me na escola e queriam contar-me a razão deste interesse por mim”.

Os pais de Louise - Leslie e John Brown – tentaram durante nove anos engravidar, sem sucesso. Coube à equipa de Patrick Steptoe e Bob Edwards, este último galardoado com o Prémio Nobel da Medicina, em 2010, proporcionar-lhes um filho através de um método então inovador e o qual tinham desenvolvido na década anterior: a Fertilização In Vitro (FIV), que consiste na junção dos óvulos com os espermatozoides em laboratório, com posterior transferência dos embriões para o útero.

“Os meus pais contaram-me que fui concebida de uma forma diferente das outras pessoas. Não tenho a certeza de ter percebido tudo na altura, mas tomei consciência de que era uma coisa diferente e que eu tinha sido a primeira no mundo”, acrescentou.

Questionada sobre o impacto deste espírito pioneiro na sua vida, Louise recorda: “Houve momentos na minha vida mais jovem em que a constante atenção e interesse da imprensa foram demasiados para a minha família. Para ser honesta, era demasiado nova para me aperceber do que estava a acontecer”.

Assim que nasceu, Louise foi sujeita a “todos os tipos de exame” para avaliarem se era perfeitamente normal. “E eu era!”, afirmou.

“Desde então, as pessoas aceitaram que nascer In Vitro não faz qualquer diferença para um ser humano”, disse.

Ainda assim, diz imaginar “o que aconteceria a todo o programa de FIV” se tivesse nascido com alguma anormalidade. “Certamente que seria atribuída à Fertilização In Vitro”, referiu.

Passado um tempo, e perante a constante curiosidade sobre a filha, Leslie e John Brown decidiram retirar Louise de debaixo dos holofotes para que a “super-bebé” ou a “criança-milagre”, como na altura a apelidavam, pudesse crescer sem tanta atenção da parte da comunicação social.

“Eu acho que eles conseguiram. Mais tarde, fui tomando muito mais consciência das coisas positivas que o meu nascimento representou para o mundo”, disse.

Louise realça agora alguns dos aspetos positivos que resultaram do seu pioneirismo. “Adoro viajar e conhecer pessoas FIV – especialmente pequenos bebés – e é muito frequente as pessoas abordarem-me e agradecerem-me por ter sido a primeira”.

“Francamente, acho que os verdadeiros pioneiros foram os meus pais e a equipa de Patrick Steptoe e Bob Edwards. Eu sou apenas o resultado do seu trabalho pioneiro. Agora que estes quatro pioneiros morreram, eu sinto que é importante conservar a sua memória viva e esta é uma das razões para o livro nesta altura da minha vida”, declarou.

O que não deve ser difícil, uma vez que a imprensa continua “fascinada” com a sua pessoa, para o bem e para o mal.

Louise conta que “umas pessoas ignorantes” colocaram “coisas estranhas” sobre si na internet. “Eu ignorei essas coisas e segui com a minha vida normal”, frisou.

Uma das dúvidas sobre estas crianças que mais tempo demorou a ser esclarecida foi em relação à sua própria fertilidade e também nesta área a família Brown deu um pioneiro contributo.

Isto porque a irmã de Louise, que também nasceu através de uma FIV, foi mãe naturalmente, transformando-se na primeira pessoa nascida por este método a ter um bebé de forma espontânea.

Desde o nascimento de Louise, mais outras cinco milhões de crianças vieram ao mundo com a ajuda da ciência, nomeadamente de técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA) como a FIV.

Louise já conheceu algumas destas crianças, sentindo com algumas delas muito em comum. “É fantástico quando ouço algumas das histórias dos seus pais e de como são felizes por terem conseguido um filho”.

E sobre a coragem da mãe – que se submeteu a uma técnica ainda desconhecida na altura – Louise sublinha que só o seu grande desejo em ter um filho fez com que ela, “uma senhora tímida e reservada”, se expusesse ao mundo.

De certa forma, prosseguiu, “a minha mãe sentia que tinha de partilhar-me com o mundo, pelo que submeteu-se a uma nova FIV, da qual nasceu a minha irmã Natalie”.

“Para mim, a mãe era apenas a mãe, mas ela merece ser recordada por todas as mulheres em todo o mundo pela forma como, silenciosamente, mudou o mundo”.

E às mulheres que, como a sua mãe, querem e não conseguem ser mães, Louise aconselha: “Nunca desistam, pois não há nada como a alegria de ser mãe”. Louise Brown é mãe de dois filhos, nascidos de forma espontânea.

“Ver Lisboa com outros Olhos”
“Ver Lisboa com outros olhos” é a proposta que a Associação de Retinopatias de Portugal, com o apoio da Bayer, faz à população...

O ponto de encontro está marcado para os Restauradores, onde também vai decorrer a ação e onde vai estar o presidente da Associação de Retinopatias de Portugal (ARP), Rui Vasconcelos, a partir das 10:30.

A ação permite aos participantes experimentarem os sintomas/manifestações de duas doenças que afetam a retina: o Edema Macular Diabético (EMD) e a Degenerescência Macular Relacionada com a Idade (DMI).

Através de filtros criados para o efeito, ao aproximarem-se do “miradouro” os participantes poderão observar pontos históricos de Lisboa e simular as alterações da visão que estas doenças provocam. Esta ação vai realizar-se em simultâneo entre as 09:30 e as 12:30 nos seguintes locais:

- Restauradores (ao principio da Avenida da Liberdade, perto da Virgin e da Loja do Cidadão, junto à saída do metro) – principal local

- Mosteiro dos Jerónimos (perto dos pastéis de Belém)

- Jardim de São Pedro de Alcântara

- Miradouro da Graça

- Parque Eduardo VII (junto à bandeira nacional)

A degenerescência macular relacionada com a idade (DMI) neovascular (húmida) é uma doença ocular debilitante e degenerativa, associada ao envelhecimento, que afecta gradualmente a visão central, necessária à realização de várias actividades do quotidiano entre as quais a leitura, reconhecimento de rostos e condução. A DMI afeta a mácula, uma pequena área no centro da retina indispensável à visualização de pequenos detalhes.

Com o envelhecimento da população é esperado um aumento significativo do número de casos de DMI nos próximos anos sendo que a prevalência da DMI em Portugal é de cerca de 46 mil casos de DMI exsudativa.

Todos os anos surgem em Portugal cerca de 3 mil novos casos de DMI neovascular (húmida) e prevê-se que em 2030, a prevalência da DMI em indivíduos com mais de 65 anos duplique.

O Edema Macular Diabético (EMD) é a principal causa de cegueira entre pessoas em idade ativa (30-60 anos). O EMD surge de uma complicação da diabetes denominada retinopatia diabética (RD). A retinopatia diabética é um problema da retina associada à lesão dos vasos sanguíneos da retina. A presença de edema pode originar alterações temporárias na visão. Sem tratamento, odema poderá recorrer, causando alterações permanentes na visão. Na segunda década após o diagnóstico praticamente todas as pessoas com diabetes tipo 1 e aproximadamente 60% das pessoas com diabetes tipo 2 apresentam algum sinal de retinopatia.

Ordem dos Médicos Dentistas
A Ordem dos Médicos Dentistas defende a criação de um cheque dentista de urgência para responder a situações agudas e ainda o...

Numa carta aberta a todos os candidatos ao parlamento, que será publicada em jornais nacionais no sábado, a Ordem dos Dentistas alerta para a “reiterada ausência de soluções de medicina dentária no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

Preocupada com a dificuldade da população, sobretudo da mais desfavorecida, em aceder a um dentista, a Ordem defende a criação de um cheque dentista de urgência, a disponibilizar em consultórios aderentes, “para dar resposta às situações recorrentes de dor e trauma dentário”.

Numa altura em que se divulgam os programas eleitorais dos partidos candidatos às legislativas, os dentistas pretendem manifestar a sua disponibilidade para encontrar soluções que colmatem a falta da saúde oral no SNS.

A Ordem defende também o alargamento do cheque-dentista a todos os jovens até aos 18 anos, um programa que tem mostrado resultados positivos na população escolar.

O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral abrange já crianças e jovens que frequentam as escolas públicas aos 7, 10, 13 e 15 anos, bem como grávidas seguidas nos serviços públicos, idosos que recebem o complemento solidário e portadores de VIH/sida.

Para a Ordem deve ainda ser avaliada a inclusão no programa de doentes com diabetes, um grupo com riscos adicionais para problemas de saúde oral.

“Portugal tem mais de cinco mil clínicas e consultórios dentários com cobertura nacional com condições para que seja criada uma rede de convencionados com o SNS, abrindo em simultâneo a medicina dentária aos cuidados de saúde primários”, defende a Ordem.

Para o bastonário Orlando Monteiro da Silva, que assina a carta aberta a todos os candidatos a deputados, tem havido uma “visão profundamente errada que separa a saúde oral da saúde no seu todo”.

Relatório do Instituto Nacional de Saúde
A percentagem de mulheres que toma ácido fólico antes da gravidez é reduzida e pode estar a comprometer a prevenção de algumas...

No Registo Nacional de Anomalias Congénitas deu-se um ligeiro aumento da percentagem das grávidas que iniciaram suplemento de ácido fólico antes da gravidez entre 2004 e 2010, mas que ainda assim só representavam 6,2% das mulheres.

“A prevenção primária dos defeitos do tubo neural pode estar comprometida, considerando a reduzida percentagem de mulheres que tomou ácido fólico na fase pré-concecional”, refere o relatório do Registo de Anomalias Congénitas hoje divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

No documento, sublinha-se que toda a mulher que deseja engravidar deve iniciar suplemento com ácido fólico pelo menos dois meses antes de suspender o método contracetivo utilizado.

“A grande maioria das grávidas iniciou a toma de ácido fólico durante o 1º trimestre da gravidez (26,6%), o que compromete a redução da prevalência dos defeitos do tubo neural, uma vez que o encerramento do tubo neural acontece antes do final do primeiro mês de vida do embrião”, indica o documento do INSA.

Os defeitos do tubo neural (DTN) são uma das anomalias congénitas mais frequentes no mundo ocidental e englobam várias situações, desde formais letais como a anencefalia a outos problemas corrigíveis.

O relatório relembra que as anomalias congénitas se tornaram uma das principais causas de mortalidade e morbilidade infantil e traça o cenário em Portugal no período de 11 anos, de 2000 a 2010.

Durante este tempo foram notificados 11.502 casos e diagnosticadas mais de 17 mil anomalias, com as múltiplas anomalias a serem registadas em menos de três em cada dez casos.

As anomalias cardiovasculares surgem como as mais prevalentes, com 38,8 casos por 10.000 nascimentos, seguido das alterações músculo-esqueléticas. As anomalias em cromossomas apresentaram uma prevalência de 13,42 casos por 10 mil nascimentos.

A deteção precoce dos casos de anomalias congénitas tem aumentado e está relacionada com a melhoria dos cuidados de saúde durante a gestão, com 43% das situações a serem diagnosticadas na fase pré-natal.

Cerca de 80% das gestações com anomalias genéticas terminaram no nascimento de uma criança viva, em 17,4% das gestações os pais optaram pela interrupção médica da gravidez e 1,6% das gravidezes terminou em morte fetal.

O Registo Nacional de Anomalias Congénitas exclui todos os casos de defeitos metabólicos ou funcionais, as deformações ou lesões devidas a traumatismo no parto.

Deco lança
A associação de defesa do consumidor Deco lança uma ferramenta online que permite aos utentes do Serviço Nacional de Saúde...

Segundo a Deco, os utentes podem recorrer a uma espécie de simulador que lhes permite saber se foram atendidos nas urgências dos hospitais dentro dos tempos recomendados pelo protocolo de triagem de Manchester, que é usado na maioria das unidades através de pulseiras com cores diferentes consoante as prioridades.

“Os dados são anónimos e enviados às autoridades em situações fora do normal”, adianta a Deco, explicando que esta ferramenta vai permitir detetar problemas e pressionar as autoridades para melhorar o serviço.

Baseado em critérios acordados a nível internacional, a triagem de Manchester permite avaliar o risco clínico do utente e atribuir um grau de prioridade, através de uma cor de pulseira, que pode ir do vermelho (situações de emergência, que exigem atendimento imediato) ao azul (identifica as situações não urgentes, cuja espera se admite até quatro horas).

A Deco já tinha lançado no início deste ano uma ferramenta online idêntica para os tempos de espera nas consultas de especialidade nos hospitais ou cirurgias, cujos tempos de resposta estão definidos por lei.

“Para ajudar os utentes a reivindicar os seus direitos, no início do ano lançámos uma ferramenta sobre os tempos de espera na saúde, que permite verificar se o prazo legal para o utente obter o cuidado de saúde já se esgotou e, em caso afirmativo, usar a nossa carta-tipo para reclamar”, recorda a associação.

Desde fevereiro, mais de 3.000 utentes já usaram este simulador, sendo que em quase um quarto dos casos o tempo de espera previsto na lei não foi respeitado.

A primeira consulta da especialidade e as cirurgias não oncológicas foram os cuidados mais problemáticos, com incumprimentos em 43% e 25% dos casos, respetivamente.

Em 80% dos casos os utentes não sabiam o nível de prioridade atribuído à sua consulta ou cirurgia e nem lhes foi dada uma estimativa do tempo de espera para serem atendidos.

Instituto Nacional de Estatística
A despesa corrente das famílias com a saúde aumentou 3,1% em 2014, segundo estimativas do Instituto Nacional de Estatística,...

Os dados da Conta Satélite da Saúde do Instituto Nacional de Estatística (INE), mostram que, globalmente, a despesa corrente em saúde aumentou 1,3% em 2014, registando ainda assim uma taxa de crescimento inferior à do Produto Interno Bruto (2,2%).

“Para 2013 estima-se uma despesa de 15.681,9 milhões de euros, representando 9,1% do PIB, o que traduz um crescimento de 1,3% face a 2013”, refere o INE.

Desde 2010 que a despesa corrente em saúde tem registado taxas de crescimento inferiores à do PIB. Em 2013, por exemplo, o PIB cresceu 0,6% enquanto a despesa corrente em saúde diminuiu 1,6%.

Para 2014, o INE estima um ligeiro aumento, de 0,7%, da despesa corrente pública e um crescimento de 2,5% da despesa corrente privada, que tinha diminuído significativamente no ano anterior.

Em 2013, a despesa corrente pública e privada tinha crescido 0,3% e 4,1% respetivamente.

Nesta despesa privada, o INE contempla o que é suportado por seguros, instituições sem fins lucrativos ou pelas famílias.

Em relação às famílias, estima-se em 2014 o aumento de 3,1% da despesa com saúde, depois da diminuição de 4,5% registada em 2013.

Numa análise global entre 2000 e 2010, a despesa corrente privada aumentou em média 5,6% ao ano, alcançando depois um crescimento moderado em 2011 e 2012 e uma redução de 4,1% em 2013.

No caso da despesa corrente pública, entre 2000 e 2010 cresceu em médico 5% ao ano, havendo depois reduções “muito significativas” em 2011 e 2012, “traduzindo o impacto de medidas políticas gerais de contenção da despesa e de medidas sectoriais como a política do medicamento”.

Em 2013 a despesa corrente pública continuou a diminuir, mas a um ritmo moderado (-0,3%) e em 2014 estima-se um aumento de 0,7%.

A análise do INE aos agentes financiadores da saúde permite perceber que entre 2012 e 2014 quase 65% da despesa do sistema de saúde foi financiada através da administração pública. Por seu lado, nos mesmos anos, 27,7%, em média, da despesa corrente foi suportada diretamente pelas famílias.

Em Coimbra
Cerca de 600 pessoas são esperadas no 2º Congresso Nacional “Conversas de Psicologia”, que se realiza em novembro, em Coimbra,...

O presidente da Associação Portuguesa “Conversas de Psicologia”, entidade organizadora, explicou que o objetivo da iniciativa é levar à cidade de Coimbra “vários especialistas do ramo da psicologia e do envelhecimento ativo”.

“Entre os temas a abordar estão a psicologia na educação, fertilidade ou família, mas também no envelhecimento ativo”, declarou o responsável, referindo que a importância da Ordem dos Psicólogos na ética e no processo de regulação da atividade profissional vai ser igualmente abordada.

Vítor Anjos destacou ainda que o congresso vai incluir a temática do papel da psicologia nas alergias alimentares, sendo que, à semelhança do primeiro congresso, que distinguiu com o prémio Carreira Carlos Amaral Dias, este ano vai ser galardoado José Pinto Gouveia, professor catedrático na Faculdade de Psicologia de Coimbra.

“O que pretendemos é perceber o que a psicologia pode trazer à sociedade nas mais diversas áreas”, referiu o presidente da associação, fundada em novembro de 2013, em Coimbra.

O especialista em questões de envelhecimento ativo Ricardo Pocinho justificou a escolha desta temática para a conferência internacional que vai ocupar uma tarde do congresso, observando que “a psicologia é um dos pilares deste quadrante, na manutenção da capacidade cognitiva das pessoas com mais idade”.

Ricardo Pocinho salientou, por outro lado, que o congresso decorre na região Centro, uma das regiões identificada pela Comissão Europeia “onde há qualidade de vida para pessoas de mais idade e onde o envelhecimento ativo saudável é possível”.

“Vivemos numa sociedade extraordinariamente envelhecida e é preciso dar mais vida aos anos, porque mais anos à vida as ciências médica e farmacêutica encarregam-se de o fazer. Agora, é necessário dar uma vida mais atrativa aos seniores”, sustentou o responsável.

A conferência internacional divide-se em “dois grandes patamares”, as atividades para o envelhecimento ativo, onde se inclui as artes, o desporto e o estímulo cognitivo através da aprendizagem ao longo da vida, e a psicologia.

Neste caso, vão ser abordados temas relacionados com as demências, capacidades, o apoio psicológico e o aconselhamento gerontológico no âmbito da psicologia.

Considerando que em matéria de envelhecimento ativo Portugal e a Europa têm um longo caminho a percorrer, Ricardo Pocinho recordou que 2012 foi o Ano Europeu dedicado a esta matéria, “mas não mais se falou desta questão”.

“Há um caminho de consciencialização da sociedade para a não prescrição de envelhecimento ativo como se de um medicamento para velhos se tratasse”, defendeu

Ricardo Pocinho adiantou que são esperados especialistas de diversos países, do Brasil à Suécia, da Irlanda à Espanha, além de Portugal.

O congresso, que decorre no auditório da reitoria da Universidade de Coimbra, nos dias 4 e 5 de novembro, inclui em simultâneo uma feira de psicologia, com espaços de divulgação de ‘workshops’, formação, publicações, voluntariado e várias atividades ligadas à saúde. A presença confere um diploma de participação e outro de formação.

Programa Nacional para a Infeção VIH/Sida
Todos os doentes infetados com VIH devem passar a receber a terapêutica antirretrovírica, independentemente da carga viral, de...

António Diniz antecipava, em declarações, a apresentação formal dos resultados do estudo START ("Strategic Timing of AntiRetroviral Treatment") - entre outros da área -, revelando que o conselho científico do Plano Nacional VIH/Sida já "procedeu à revisão das Recomendações para o tratamento da infeção por VIH" e que "esta é a posição [do Programa]".

Estas conclusões contemplam, "entre outras alterações, e pela primeira vez, o início da terapêutica antirretrovírica a todas as pessoas infetadas por VIH, independentemente do valor de CD4 [carga viral]".

O diretor do Plano Nacional para a Infeção VIH/Sida participou na VIII Conferência da Sociedade Internacional da Sida sobre Patogénese, Tratamento e Prevenção do VIH, que começou no domingo, em Vancouver, no Canadá, e de onde surgiu uma declaração subscrita por vários organismos e agências, incluindo o Programa das Nações Unidas sobre o VIH/Sida, que apela a governos e reguladores da saúde que disponibilizem o acesso imediato a antirretrovirais por parte de todos os infetados.

O diretor do Serviço de Doenças Infecciosas do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra defendeu, na terça-feira, "ser inevitável" o tratamento, em Portugal, de todos os seropositivos com antirretrovirais, desde o diagnóstico da infeção pelo vírus da Sida.

Saraiva da Cunha também participou na conferência internacional sobre Sida, de onde disse esperar que saísse "a ideia marcante de que o diagnóstico deve ser seguido imediatamente pelo tratamento".

O especialista relembrou que se um doente for tratado e controlado, a ponto de a sua carga viral se tornar negativa, deixará de transmitir a infeção.

Sobre os custos do "tratamento para todos" com antirretrovirais, o docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra disse que 'o prato da balança' irá cair "nos enormes benefícios que se recolhem em termos de saúde pública".

O médico estima que, em Portugal, haja "15 a 20% de doentes que são seguidos e não são tratados".

Um ensaio clínico à escala internacional revelou em maio, segundo as agências de notícias estrangeiras, que as pessoas com VIH tratadas imediatamente tinham menos 53% de riscos de morrer ou desenvolver doenças associadas à infeção.

Universidade de Coimbra
Uma molécula para terapia inovadora no tratamento de vários tipos de cancro, patenteada pela Universidade de Coimbra, está a...

“Vários estudos e experiências realizadas em ratinhos, entre 2011 e 2014, provaram a eficácia da molécula Redaporfin”, descoberta na Universidade de Coimbra (UC), para o tratamento de diversos tipos de cancro, “através de terapia fotodinâmica” (tratamento inovador que “permite eliminar células cancerígenas de forma precisa”), afirma a UC.

De acordo com os ensaios realizados, “86% dos ratinhos com tumores diversos que foram tratados com esta tecnologia, seguindo exigentes protocolos de segurança, ficaram curados”, salienta a mesma nota, adiantando que “não se observaram efeitos secundários, como acontece com os tratamentos convencionais”, como a quimioterapia.

O estudo, que acaba de ser publicado no European Journal of Cancer, demonstrou igualmente uma “taxa de reincidência da doença muitíssimo baixa”, revelando a eficácia do fármaco.

Os testes efetuados “previram com rigor quando é que a resposta ao tratamento iria surgir, com que doses e em que circunstâncias seriam obtidos os efeitos terapêuticos no doente”, salienta o diretor da química medicinal deste projeto, Luís Arnaut.

As previsões estão a ser “confirmadas nos ensaios clínicos em curso”, acrescenta o investigador da UC.

Esta confirmação é “excecional” porque, “na grande maioria dos estudos, muito do conhecimento adquirido nos testes em animais não é confirmado nos humanos”, mas “neste caso foi possível chegar à dose adequada para obter resultado terapêutico nos doentes sem efeitos adversos, como previsto”, explica Luís Arnaut.

Estão a decorrer ensaios com doentes oncológicos em hospitais portugueses até ao final deste ano e os resultados já conhecidos e validados cientificamente “fundamentam a expectativa” de que a terapia fotodinâmica com a molécula Redaporfin se revele “mais eficaz que as terapêuticas convencionais”, admite Luís Arnaut.

Grande parte do percurso está feita e o primeiro fármaco português para tratamentos oncológicos poderá estar no mercado “dentro de três a quatro anos”, acredita o investigador e catedrático do Departamento de Química da UC.

Iniciada há mais de uma década, a investigação envolve perto de quatro dezenas de investigadores dos grupos de Luís Arnaut e de Mariette Pereira, da UC, da empresa Luzitin SA (criada para desenvolver este projeto), e de uma equipa de médicos do Instituto Português de Oncologia do Porto.

O aspeto mais inovador do tratamento fotodinâmico com Redaporfin reside no facto de “estimular o sistema imunitário do paciente, ou seja, a terapia limita o processo de metastização do tumor”, isto é, “o sistema imunitário fica alerta e ativa a proteção antitumoral contra o mesmo tipo de células cancerígenas noutras partes do organismo”, conclui Luís Arnaut.

Fundada, em 2010, pela Bluepharma e inventores da Redaporfin, a Luzitin – que realizou os estudos de pré-clínicos para obter autorização para a realização de ensaios clínicos com a Redaporfin – está, desde 2014, a realizar em Portugal um ensaio clínico de fase I/II com doentes de cancro avançado da cabeça e pescoço.

A Luzitin SA é financiada pela farmacêutica de Coimbra Bluepharma e pela sociedade de capital de risco Portugal Ventures.

Nos EUA
Um grupo de cientistas testou com sucesso em ratos uma nova técnica cirúrgica que pode chegar a substituir as complicadas e...

Este novo procedimento, escreve o Diário Digital, desenvolvido por especialistas do Vanderbilt University Medical Center de Nashville, nos EUA, consiste em desviar o fluxo de bílis para a parte final do intestino delgado.

O resultado sobre a perda de peso nos roedores obesos é comparável ao oferecido por métodos mais tradicionais, como a gastrectomia vertical ou a cirurgia bariátrica.

Nesta última, que requer uma mínima incisão ao ser por via laparoscópica, são usados instrumentos cirúrgicos para reduzir o estômago do paciente e ligá-lo directamente ao intestino delgado pelo chamado bypass gástrico.

A gastrectomia vertical retira até 90% do estômago do paciente e o órgão fica reduzido a uma espécie de canal com capacidade de absorção aproximada de 50 a 60 gramas.

Em ambos os casos, o resultado é que o paciente come menos e, ao mesmo tempo, absorve menos do alimento que ingeriu, por isso estão entre os métodos cirúrgicos “mais efetivos” para conseguir “uma perda de peso duradoura” e “reverter os sintomas do diabetes em humanos”, apontaram os autores da pesquisa liderada pelo especialista Naji Abumrad.

Estudos anteriores também já mostraram que os ácidos biliares potenciam os “efeitos metabólicos positivos” que gerados pelos bypasses gástricos.

Levando em conta esse conhecimento, Abumrad e os seus colegas conectaram a vesícula biliar de ratos obesos a diferentes partes do intestino delgado e compararam depois os benefícios metabólicos desta intervenção com os de um bypass durante um período de até oito semanas.

Os especialistas descobriram que a simples injeção de fluxo de ácido biliar no íleon é suficiente para obter efeitos similares aos gerados por “procedimentos cirúrgicos tradicionais mais complicados”.

Aparentemente, esses efeitos são consequência de uma redução na absorção de gordura no intestino delgado e a mudanças na microbiota (flora intestinal), segundo o estudo.

Embora esse novo procedimento seja menos invasivo e mais simples do ponto de vista técnico, os autores alertam que a sua segurança e eficácia a longo prazo ainda não foram determinados.

Além disso, os especialistas defendem que essa técnica pode ser inviável para pacientes obesos ou diabéticos cujas vesículas biliares foram retiradas para combater os cálculos biliares.

Os pesquisadores também disseram que ainda é cedo para saber com exatidão até que ponto esta nova intervenção cirúrgica é reversível.

Estudo revela
Mulheres com problemas cognitivos ligeiros, como perdas de memória, que podem ser os primeiros sintomas da doença de Alzheimer,...

O estudo pode ajudar a explicar por que é que as mulheres mais velhas são muito mais afetadas pela doença de Alzheimer do que os homens, dizem os pesquisadores, que apresentaram as suas conclusões na Conferência da Associação Internacional de Alzheimer (AAIC) em Washington.

Dois terços dos norte-americanos afetados pela doença são mulheres, que a partir dos 60 anos têm o dobro do risco de desenvolver Alzheimer do que cancro da mama, segundo a Associação Norte-americana de Alzheimer.

Segundo o Diário Digital, a partir dos 71 anos, 16% das mulheres nos EUA sofrem de Alzheimer, contra 11% dos homens.

O estudo foi realizado com 398 participantes, 141 mulheres e 257 homens, a maioria septuagenários e todos afetados por problemas cognitivos leves.

Durante um período de acompanhamento de oito anos, o estado cognitivo das mulheres deteriorou-se o dobro da velocidade do que entre os homens, segundo testes-padrão para avaliar a memória e outras capacidades mentais utilizadas para os testes clínicos, explicou o médico Murali Doraiswamy, professor de psiquiatria do Centro Médico Universitário da Universidade de Duke, na Carolina do Norte e principal autor do estudo.

“Estes resultados sugerem a possibilidade de fatores de risco genético e ambiental específicos da variável biológica dos sujeitos que poderiam incidir sobre o ritmo de degradação das suas capacidades cognitivas”, explicou Katherine Amy Lin, cientista da Universidade de Duke e uma das co-autoras do estudo.

“Determinar estes fatores deveria ser uma prioridade de futuras pesquisas”, afirmou.

Entender os mecanismos responsáveis por estas diferenças entre as variáveis biológicas na vulnerabilidade ao Alzheimer poderia levar à descoberta de novos tratamentos experimentais, avaliam os cientistas.

Segundo eles, estas diferenças poderiam ser produto de características biológicas particulares no cérebro.

“Não esgotamos as pesquisas para que possamos estabelecer estas diferenças entre os sexos” que poderiam explicar a maior vulnerabilidade das mulheres ao Alzheimer, apontou Kristine Yaffe, da Universidade da Califórnia em São Francisco.

Já se sabe que as mulheres são mais propensas à depressão e mais vulneráveis ao stress, ambos considerados fatores de risco à doença degenerativa, explicou a cientista.

Segundo ela, poderia tratar-se de “uma interação complexa entre dois fatores genéticos e hormonais e a forma como o cérebro se desenvolve”.

Estudo indica
Mau desempenho escolar das crianças de famílias com baixos rendimentos pode estar relacionado com o próprio desenvolvimento da...

Que a pobreza afeta o rendimento das crianças em idade escolar, era um dado conhecido e comprovado. Mas um novo estudo, segundo o Diário de Notícias, sugere que o mau desempenho na escola dos mais novos que vivem em situações económicas e sociais débeis está relacionado com o próprio desenvolvimento do cérebro, que é afetado pelas carências na infância.

A pesquisa, publicada na revista JAMA Pediatrics, mostra que as estruturas do cérebro responsáveis pelos processos críticos de aprendizagem são vulneráveis às circunstâncias ambientais da pobreza, indica o El País, nomeadamente à falta de estímulos e a uma nutrição desadequada. De acordo com os cientistas das universidades norte-americanas de Michigan, Duke e Wisconsin, o desenvolvimento destas regiões do cérebro é tão sensível ao contexto da criança que pode justificar até 20% do baixo rendimento dos menores com poucos recursos.

Os autores do estudo analisaram o desenvolvimento da massa cinzenta das crianças através de ressonâncias magnéticas, realizadas ao longo da infância, tendo depois cruzado a informação dos exames médicos com o rendimento escolar dos menores. A conclusão foi que a falta de desenvolvimento do cérebro explicaria entre 15% a 20% os défices de aprendizagem. "Com estes dados, demonstrámos que as crianças de lares com baixos rendimentos mostram um desenvolvimento estrutural atípico em várias áreas críticas do cérebro, incluindo o total da massa cinzenta, o lóbulo frontal, lóbulo temporal e o hipocampo", refere-se na pesquisa.

Ainda que a amostra do estudo não tenha sido muito abrangente - foram analisadas 40 crianças - os resultados vão ao encontro de outras pesquisas na mesma área, que obtiveram resultados semelhantes.

O El País cita, por exemplo, o trabalho de Joan Luby, da Universidade de Washington,que publicou na mesma revista científica um artigo onde alerta para a "alta vulnerabilidade e adaptabilidade do cérebro humano em desenvolvimento", defendendo a importância de proteger e melhorar as condições das crianças, nomeadamente através de apoios aos pais, para reduzir as desigualdades e evitar situações de pobreza na primeira infância, que determinam depois alterações cognitivas para o resto da vida.

Solanezumab
O medicamento Solanezumab consegue reduzir a progressão da doença de Alzheimer em pelo menos 30%. Este é o principal resultado...

O estudo teve uma duração de 18 meses. Segundo o Diário de Notícias, parte do grupo que participou tomava o medicamento Solanezumab e os outros tomavam um placebo. No final, registou-se que a perda de memória foi 30% mais lenta nos pacientes que tomaram o medicamento do que nos restantes, revelou a farmacêutica Eli Lilly, detentora da patente deste medicamento.

"Esta é a primeira demonstração de algo que modifica genuinamente o processo da doença. Muda o curso da doença de uma maneira irrevogável" disse ao The Guardian Eric Karran, diretor de investigação na Alzheimer's Research UK.

Este é o primeiro resultado positivo de um medicamento deste género. Entre 2002 e 2012, 99,6% dos estudos medicamentosos foram interrompidos ou descontinuados devido aos elevados custos para as empresas de medicamentos, segundo o referido jornal britânico.

FoPo Food Powder
A FoPo Food Powder pretende combater o desperdício alimentar e a fome no planeta. Ganhou vida através de uma campanha de ...

Segundo o Sapo, todos os anos são desperdiçados 1,76 mil milhões de toneladas de alimentos, o equivalente a 685 milhões de euros, de acordo com dados das Nações Unidas.

A curta validade dos produtos frescos é uma das razões, mas uma ideia inovadora pretende contornar esse problema.

A empresa FoPo Food Powder está a secar frutas e vegetais que já ninguém quer comprar e transforma-os em pó que pode ser utilizado na confeção de bolos, gelados, sumos ou adicionado a outros alimentos, como leite e iogurtes, escreve o Mashable.

A FoPo partiu de uma ideia do estudante sueco de engenharia mecânica Kent Ngo, que se juntou a mais quatro jovens: Gerald Marin, Vita Jarolimkova, Lizzie Cabisidan e Ada Bałazy.

Para já, o pó está disponível em três sabores: banana, framboesa e manga. O produto retém entre 30 a 80% do valor nutricional do alimento, de acordo com a empresa, e pode ser polvilhado sobre o iogurte, gelado, pão ou smoothie.

A FoPo aumenta a vida útil das frutas e vegetais até dois anos. O objetivo da FoPo Food Pó é tornar-se num importante player mundial no combate à fome no mundo.

Depois de uma campanha de “crowdfunding” e graças ao apoio do governo das Filipinas e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a empresa integra agora um projeto-piloto neste país, beneficiando de doações locais do excedente da produção de abacaxi e manga.

Cirurgia refrativa e catarata
Dois trabalhos, na área da cirurgia refrativa e de catarata, do oftalmologista e investigador Eduardo Marques foram...

A Sociedade Americana de Cirurgia Refrativa e de Cataratas (ASCRS) distinguiu os trabalhos de Eduardo Marques na área do tratamento cirúrgico da presbiopia (dificuldade de visão para perto) e das cataratas com lentes intraoculares.

No primeiro caso, diz o Sapo, tratou-se da apresentação dos resultados de um estudo clínico com lentes intraoculares multifocais tóricas (corrigem visão para longe, perto e astigmatismo) no tratamento da catarata. O segundo trabalho premiado teve como base a apresentação de resultados de um outro estudo clínico com um novo tipo de lente intraocular, denominado foco alongado, que promete revolucionar o tratamento da presbiopia com lentes intraoculares.

"É com grande satisfação que, pela quarta vez, vejo o nosso trabalho na cirurgia da presbiopia e das cataratas com lentes intraoculares ser distinguido nos Estados Unidos. É o reconhecimento de muitos anos do trabalho de uma equipa, com o objetivo de proporcionar aos doentes com presbiopia e/ou cataratas melhor qualidade de visão e maior independência de óculos, ou seja, uma melhor qualidade de vida", revela o médico Eduardo Marques, coordenador do Centro de Educação e Investigação do Hospital Lusíadas Lisboa.

E acrescenta: "estas distinções são prestigiantes e importantes para o currículo mas sobretudo porque, ao reconhecer internacionalmente o trabalho de um cirurgião e de uma equipa, nos estimulam a continuar e avançar com o progresso científico. Em anos anteriores, já tinha sido distinguido duas vezes com o mesmo tipo de prémio por outros trabalhos. Este ano tive o privilégio de ser escolhido por dois trabalhos diferentes o que, no mesmo ano, é bastante raro ou mesmo inédito".

No congresso participaram os maiores nomes da cirurgia refrativa e de cataratas a nível mundial e, nas sessões em que os prémios foram atribuídos concorreram nomes como o de Robert Cionni, presidente da ASCRS, ou Gerd Auffhard de Heidelberg, investigador europeu que mais publicações tem na área da cirurgia refrativa e de catarata. As distinções atribuídas a Eduardo Marques e as respetivas apresentações foram publicadas na revista EyeWorld e na página oficial da ASCRS.

O Congresso da Sociedade Americana de Cirurgia Refrativa e de Cataratas reúne anualmente cerca de 7500 cirurgiões refrativos e de cataratas do mundo inteiro. Conjuntamente com o Congresso anual da sua congénere europeia, com quem partilha a mais importante publicação científica desta área cirúrgica, constitui o mais importante evento mundial na área da cirurgia refrativa e de cataratas.

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