Instituto Português do Sangue e da Transplantação
Sabia que se tiver feito uma tatuagem ou um piercing há menos de 4 meses não pode dar sangue? As mulheres que deram à luz há...

Os critérios aplicados pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) são apertados, escreve o jornal Público. Nos Estados Unidos, por exemplo, onde vigoram restrições idênticas, apenas 39% da população está apta a ser dadora, lê-se no site do centro de sangue da Universidade de Stanford.

Quando vão a um serviço de colheita de sangue, os potenciais dadores são obrigados a responder a um questionário com 28 perguntas sobre o estado geral de saúde: transplantes, vacinas, casos de gripe, febre, consumo de drogas, etc. O inquérito entrou em vigor em Janeiro de 2013 e segue, de uma forma geral, as recomendações da Organização Mundial de Saúde e outras autoridades, como o Conselho da Europa e a Comissão Europeia. O objetivo é assegurar a máxima segurança a qualidade do sangue e minimizar o risco de transmissão de agentes infeciosos no recetor.

Em Portugal só podem dar sangue as pessoas saudáveis entre os 18 e os 65 anos, com peso superior a 50 Kg. As mulheres só devem dar sangue três vezes ao ano, no máximo; enquanto os homens o podem fazer quatro vezes. Os inquéritos são apenas a primeira fase de controlo da qualidade do sangue. Parte-se do princípio de que os dadores respondem com veracidade e estão cientes dos comportamentos que tiveram - o que, porém, nem sempre sucede.

A segunda fase é uma entrevista com médicos ou enfermeiros. A terceira fase passa por testes clínicos ao sangue com o objetivo de detetar infeções como as hepatites B e C e o VIH 1 e 2. O problema está no chamado "período de janela", durante o qual o sangue que contactou com um agente de doença ainda não produziu anti-corpos (o que pode ser detetável a partir das duas ou três semanas). Nesta fase a infeção está indetetável, sendo o inquérito é uma forma de contornar a existência desse intervalo de tempo. É que fora do corpo o sangue já não consegue produzir anti-corpos que confirmem a doença, mas continua a poder infetar quem o receber.

Investigadores da Universidade de Coimbra
Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra descobriu como a melatonina pode combater células cancerígenas,...

A melatonina é uma hormona cujas características permitem chegar a qualquer célula, ajustar o ciclo sono-vigília, manter um envelhecimento saudável e regular o sistema imunitário, escreve o Sapo.

Os resultados do estudo, já publicado na revista “Oncotarget”, sugerem que o sucesso de um tratamento à base da melatonina depende da atividade da mitocôndria da célula cancerígena, a qual é responsável pela produção da sua energia celular. A atividade energética da célula depende do seu estado de evolução, o que significa que a melatonina só é eficaz num determinado estado evolutivo da célula cancerígena.

Ignacio Vega-Naredo, investigador do CNC, explica que "descobrimos que a melatonina matava as células cancerígenas através de uma via mitocondrial. Quando as mitocôndrias das células cancerígenas estavam ativas, a melatonina diminuía a proliferação dessas células e impedia a produção da energia que elas necessitavam. O nosso estudo apresenta o tratamento com melatonina como uma estratégia promissora no tratamento de tumores, atacando células estaminais cancerígenas responsáveis pela sua reincidência".

Esta pesquisa abre caminhos na investigação do cancro ao indicar a necessidade de criar tratamentos adequados ao estado evolutivo e energético da célula cancerígena, evitando aplicar terapias não específicas que podem danificar células importantes, ou não ter nenhum efeito terapêutico.

As células estaminais cancerígenas utilizadas neste estudo foram "células cancerígenas embrionárias estaminais", nas quais se procurou compreender o mecanismo que torna as células do cancro vulneráveis à melatonina.

Apesar da incerteza quanto ao verdadeiro mecanismo que está na origem dos tumores, sabe-se que as células estaminais cancerígenas são responsáveis pelo desenvolvimento do cancro. Estas células "são ótimas para realizar investigação sobre possíveis tratamentos devido à sua capacidade de escaparem às terapias, algo que pode explicar o ressurgimento dos tumores", sublinha Ignacio Vega-Naredo. Por outras palavras, "se for possível combater estas células tão resistentes, será possível intervir em qualquer tipo de célula maligna", conclui.

Neurocientista alerta
Neurocientista de Oxford não gosta de ouvir ninguém gabar-se de que dorme poucas horas. Dormir pouco ou fora de horas envelhece...

“Existe uma cultura de dizer ena, dormi apenas cinco horas esta noite. Não sou fantástico?”, lamenta o neurocientista britânico Russell Foster, defendendo que “devíamos olhar com reprovação para este tipo de coisas. Da mesma forma que reprovamos quem fuma devíamos começar a censurar quem não leva o sono a sério”. Uma sociedade composta por pessoas que dormem pouco é uma sociedade doente, alerta o especialista.

Sono a menos, ou fora de horas, cria riscos para a saúde individual mas, também, representa um risco para a comunidade. O The Telegraf conversou com um especialista que alerta que quem trabalha nos transportes, por exemplo, pode colocar-se a si e aos outros em risco. A falta de descanso pode propiciar dificuldades de concentração e afetar as tomadas de decisão e, no limite, pode causar aquilo que Russell Foster chama de “micro-sonos”, que podem ser perigosos para quem trabalha ao volante, por exemplo.

“E olhemos para o setor da Finança, olhemos para as decisões recentes sobre a crise da Grécia”, nota o neurocientista, assinalando que “temos negociações importantes a estenderem-se pela noite fora, decisões com um impacto enorme tomadas por pessoas que, devido ao cansaço, têm as suas capacidades afetadas”. “Às quatro da manhã, a nossa capacidade para processar informação é semelhante a quando tomamos uma quantidade de álcool que nos tornaria embriagados, nos termos da lei – como se tivéssemos bebido vários whiskies ou cervejas”.

O Observador debruçou-se recentemente sobre este tema, a propósito do acordo na cimeira do euro atingido às primeiras horas de dia 13 de julho.

O corpo adapta-se a trabalhar por turnos? Não, não adapta

As consequências para o corpo humano de dormir pouco são perigosas. Mas Russell Foster junta a esta discussão os riscos associados a quem trabalha por turnos, ou em turnos da noite.

“Sempre se assumiu que quem tem de trabalhar turnos noturnos verá o seu relógio biológico a adaptar-se. Mas o que é extraordinário é que todas as descobertas [científicas] em vários estudos é que o corpo nunca se adapta”, diz o neurocientista, notando que trabalhar em horários noturnos foi ligado a uma maior probabilidade de doenças como o cancro, doenças cardiovasculares e diabetes do Tipo 2.

Um estudo recente feito em França revelou que os cérebros de quem trabalha horários noturnos há pelo menos 10 anos tende a envelhecer, em média, mais seis anos e meio do que quem trabalha com horários regulares e diurnos.

Em Hong Kong
O Hospital Queen Mary de Hong Kong conseguiu transplantar num homem um fígado formado com partes do órgão de duas filhas, um...

Segundo o jornal South China Morning Post, o recetor foi Cheng Chi-ming, um segurança de Macau que sofria de Hepatite B, que se encontrava em coma e que, segundo os médicos, apenas podia sobreviver uma semana caso não recebesse um fígado saudável.

As três filhas de Cheng Chi-ming foram submetidas a exames para comprovar se podiam ser dadoras do pai, atestando-se depois que duas (Lam Lam, de 23 anos, e Kei Kei, de 22) cumpriam os requisitos.

Contudo, também se verificou que os seus órgãos eram demasiado pequenos, pelo que se decidiu usar dois terços do fígado de Kei Kei e um terço do de Lam Lam, com cujos excertos se reconstruiu um novo órgão para transplantar no seu pai.

A operação de extração das partes dos fígados, ligação entre ambos e o transplante demorou apenas 55 minutos, indicou Lo Chung-mau, um dos membros da equipa médica que conduziu a intervenção cirúrgica.

Em outros hospitais, este tipo de transplantes duplos tem vindo a ser realizada de forma não simultânea, isto é, em duas operações distintas, em que o recetor recebe o transplante de uma parte de cada vez. Contudo, no caso em particular, os médicos escolheram esta opção, atendendo à gravidade do paciente, que assim reduz para metade os riscos e o tempo de recuperação.

“O transplante duplo do fígado coloca questões éticas no mundo da medicina, e não tomámos a decisão de ânimo leve, já que estava em causa a vida de três pessoas”, assegurou o mesmo médico, apontando que a prioridade passa sempre por utilizar o fígado de um único dador e, caso possível, que já tenham morrido.

Organização Internacional do Trabalho
O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho, Guy Ryder, defendeu que "faz sentido económico" garantir...

Em declarações à Rádio ONU, o responsável disse que assegurar a proteção adequada, tempo e espaço para a amamentação no trabalho "não só é a coisa certa a ser feita", mas também "faz sentido económico".

Para Guy Ryder, as mulheres que têm benefícios no local de trabalho valorizam os seus empregadores, o que, na sua opinião, conduz à "satisfação no emprego e lealdade".

A mensagem do líder da Organização Internacional do Trabalho (OIT), agência da ONU, surge a propósito da Semana Mundial da Amamentação, que começou hoje, sob o tema "Amamentação e Trabalho".

Segundo o diretor-geral da OIT, a amamentação no emprego é fundamental para o aumento das taxas de aleitamento materno.

Ryder lembrou que muitos países têm "relevantes legislações nacionais" sobre a criação de espaços para amamentação no local de trabalho ou próximo dele.

Contudo, ressalvou que a maioria dos cerca de 830 milhões de mulheres que trabalham no mundo não tem proteção adequada na maternidade, sendo que quase 80% dessas trabalhadoras estão na África e na Ásia.

Na sua mensagem, reproduzida no portal da Rádio ONU, o chefe da OIT salientou que as mulheres com trabalho precário enfrentam mais obstáculos para continuarem a amamentar os seus filhos, acrescentando que as mães que vivem em países mais pobres "recebem menos proteção e precisam de apoio e serviços em casa, no local de trabalho e na comunidade".

Para Guy Ryder, é, por isso, "hora de mobilizar governos, empregadores e associações de trabalhadores para agirem de forma organizada nas áreas de saúde, nutrição e igualdade de género", de modo a "permitirem que mulheres que trabalham amamentem".

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
A apanha de bivalves está temporariamente proibida devido à presença de toxinas marinhas que podem causar graves problemas de...

As interdições de captura aplicam-se aos mariscadores profissionais e amadores, mas também ao público em geral, independentemente do processo de captura, informa o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) na sua página na internet, em que é possível perceber as zonas e as espécies que não podem ser apanhadas neste momento.

No Estuário do Lima, na Lagoa de Albufeira e na costa entre Aljezur e S. Vicente está proibido a apanha de todos os tipos de bivalves.

Segundo o IPMA, foi encontrado fitoplâncton produtor de toxinas marinhas acima dos valores aceitáveis e por isso está temporariamente proibida "a apanha e captura, com vista à comercialização e consumo” de diversas espécies de bivalves, desde o berbigão, mexilhão, ameijoa, conquilha, mexilhão ou lambujinha.

“A ingestão de bivalves contaminados por toxinas marinhas pode causar graves problemas de saúde”, alerta o IPMA na sua página em http://www.ipma.pt/, em que se pode ler que no Estuário do Tejo, por exemplo, está proibida a apanha de todos os bivalves à exceção da amêijoa-japonesa e do mexilhão.

De janeiro a abril
O ministro da Saúde espera que os tempos de espera para cirurgia diminuam de janeiro a abril deste ano, e sublinhou a...

Sem indicar dados atualizados da redução dos tempos de espera em cirurgia, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, assinalou a "evolução positiva nos primeiros quatro meses deste ano" no número de operações, o que poderá acompanhar a tendência de descida dos tempos de espera registada em 2014.

"Temos de tomar medidas adicionais, para não deixar que haja derrapagem nos números dos tempos de espera para cirurgia", disse, depois de ter presidido à cerimónia de assinatura de adendas a contratos-programa de hospitais, de norte a sul.

Paulo Macedo, no entanto, frisou "a preocupação" pela carência de médicos anestesistas, que, alertou, pode provocar o aumento do período de espera de um doente, que tenha de ser submetido a operação cirúrgica.

O ministro afirmou que houve um aumento de cirurgias em 2014, com 550 mil cirurgias, o que representa um acréscimo de um por cento relativamente ao ano anterior, e mais cerca de 60 por cento comparativamente a 2012.

Paulo Macedo declarou que o Plano de Intervenção em Cirurgia (PIC), cujas primeiras adendas a contratos-programa com 17 hospitais de todo o país foram assinadas, em Lisboa, poderá contribuir para a redução dos registos relativos a este ano.

O PIC disponibiliza um total de 22 milhões de euros até final do ano e, foram assinados acordos para que se possam realizar mais de 16 mil cirurgias adicionais em unidades hospitalares, sem que estas coloquem em causa a programação normal de operações.

Pelos primeiros 17 hospitais que aderem ao PIC - para realizarem operações adicionais nas áreas da patologia neoplástica (mama e próstata), hérnia discal, artroplastia da anca e cataratas - será distribuído um total superior a 10 milhões de euros.

Projeto "Surf Salva"
As ações de formação do projeto "Surf Salva", destinadas a surfistas, sobre salvamento e suporte básico de vida a...

“Este ano vamos associar mais um parceiro a estas ações que é a Liga Portuguesa Contra o Cancro” (LPCC), porque a proteção solar “é uma mais-valia” para os praticantes de surf, mas também para os banhistas, disse o comandante Nuno Leitão, do Instituto Socorros a Náufragos.

Todos os anos surgem em Portugal 10 mil novos casos de cancro de pele, dos quais cerca de 800 são melanoma, a forma mais perigosa e mortal da doença.

Segundo o comandante Nuno Leitão, a segunda edição do projeto "Surf Salva" arrancou em maio, mas as ações de formação com a parceria da LPCC arrancam, no sábado, na praia de Portimão, no Algarve.

A primeira edição do projeto, que surgiu de uma parceria entre o ISN e o Lidl Portugal, envolveu 32 ações de formação que decorreram em praias de norte a sul do país e que contaram com mais de 1.100 participantes que adquiriram conhecimentos teóricos e práticos de salvamento e aplicação do suporte básico de vida.

O projeto nasceu com o objetivo de atingir cerca de 150 mil praticantes de ‘surf’, dando-lhes uma formação adequada para que sejam uma mais-valia no salvamento aquático, disse o responsável.

“Os surfistas são os primeiros a chegar à praia e os últimos a sair” e praticam a modalidade nas condições menos favoráveis para a prática balnear, mas favoráveis para a prática do surf”, comentou, sublinhando que, por estas razões, são “uma mais-valia no salvamento aquático”.

O comandante Nuno Leitão salientou a importância de dar formação aos surfistas sobre a maneira correta de resgatar um náufrago, porque “muitas vezes um mau resgate põe também em risco” as suas vidas, mas também sobre os mecanismos que devem acionar após um salvamento para que a evacuação seja feita em condições de segurança.

“Todos nós podemos salvar muito bem” e ter “todas as capacidades para poder salvar alguém no mar, mas se quando chegamos a terra nos sentimos sozinhos sem saber a quem é que havemos de ligar todo aquele sucesso que conseguimos desempenhar foi em vão”, salientou.

No ano passado, o ISN registou 80 salvamentos efetuados por surfistas que estavam na praia e ajudaram os nadadores salvadores a desempenharem os salvamentos dentro das áreas vigiadas e não vigiadas.

Este ano, em três meses de época balnear, já foram registados 31 salvamentos feitos por surfistas em praias vigiadas e não vigiadas.

“Podemos ver nestes dados estatísticos que a capacidade de aproveitarmos estes praticantes de surf para que também sejam um agente de proteção civil” e “poderem salvar melhor é uma mais-valia para Portugal, porque salva-se mais e felizmente morre-se menos”.

Administração Regional de Saúde do Norte
O presidente da Administração Regional de Saúde do Norte afirmou que, em 2016, os utentes do SNS do Norte terão acesso a 90 mil...

Os números foram revelados por Alvário Almeida, em Vila Verde, durante a cerimónia que assinalou a inauguração do hospital da Misericórdia local, e onde foram rubricados os oito acordos de parceira entre o setor público e aquelas instituições, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS), ao abrigo do decreto-Lei nº 138/2013, de 9 de outubro.

O responsável sublinhou que, no próximo ano, os utentes do SNS terão acesso, em oito hospitais da região, a 91 mil consultas de várias especialidades, cerca de 13.200 cirurgias, bem como meios complementares de diagnóstico e terapêutica num investimento de 25 milhões de euros.

"São oito hospitais que passam a ser do SNS e em que os utentes apenas têm que pagar a taxa moderadora", afirmou, adiantando que com estes acordos serão prestados "melhores cuidados de saúde, ajustados às necessidades das pessoas".

Vila Verde, Fão, Felgueiras, Riba d'Ave, Póvoa de Lanhoso, Marco de Canaveses, Lousada e Esposende são as Misericórdias que assinaram novos acordos.

Presente na cerimónia, o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel de Lemos disse que com estas parceiras "o Estado e o Governo não estão a fazer um favor às Misericórdias".

"O que Estado e o Governo estão a fazer é a aproveitar a enorme capacidade das Misericórdias para melhorar a prestação de cuidados de saúde, regularizar modelos de financiamento, controlar custos e fugir ao défice, com evidente satisfação das comunidades". Quem não percebe isso está preso a pressupostos ideológicos serôdios, ou vive longe da realidade em termos de modernidade de políticas sociais em matérias de saúde", sustentou.

O responsável apelou ainda ao ministro da Saúde, que presidiu à cerimónia, para "dar instruções às restantes Administração Regional de Saúde (ARS) para que o novo modelo de acordo seja replicado, com as devidas adaptações, aos restantes hospitais das Misericórdias".

O ministro Paulo Macedo afirmou que "contrariamente ao que tantos disseram, mesmo em fase de enorme adversidade, os últimos quatro anos foram totalmente excecionais e anormais, não tiveram nada de vulgaridade, nem nada de comparabilidade com os outros anos mais recentes".

Segundo Paulo Macedo, o governo "tem razões para estar contente" porque, "num cenário de extrema adversidade" conseguiu "evitar o caminho da disrupção do SNS, do sistema de saúde".

"Conseguimos pelo contrário fortalecê-lo. Aumentamos o rigor, o seu equilíbrio e a sustentabilidade do SNS, e eu diria do setor privado e social, em simultâneo", frisou.

Adiantou que, nos últimos quatro anos, "aumentaram em termos concretos, mensuráveis, os ganhos em saúde e em eficiência, e disso, é testemunha a esperança média de vida ou a mortalidade infantil e neonatal que continuam a colocar Portugal como exemplo dos melhores países da Europa, e do Mundo".

Em Vila Verde o ministro da Saúde visitou ainda a reabilitação efetuada no hospital da Misericórdia que permitiu dotar a unidade de novas valências, entre elas uma maternidade, blocos cirúrgicos e 100 novas camas, 50 das quais para os cuidados continuados.

A unidade passou de 3.800 metros quadrados para 12.600, atendendo por dia cerca de 700 doentes. Por ano, de acordo com os números do provedor, Bento Morais, "paga 2,7 milhões de euros de impostos e recebe do Estado para a área da saúde cerca de 2, 3 milhões de euros".

O hospital é um dos principais empregadores da região, com 680 trabalhadores e, segundo dados avançados pelo presidente da União das Misericórdias Portuguesas "é a quinta maior empresa do distrito de Braga, em termos de contribuições á Segurança Social".

Prescrição eletrónica
Apenas metade dos médicos têm Cartão do Cidadão ou da sua Ordem, o que deverá dificultar a implantação da receita médica sem...

A situação levou os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) – responsável pelo projeto de desmaterialização da receita médica – e a Ordem dos Médicos a assinarem um protocolo para promover a adesão dos clínicos ao mundo digital.

Numa sessão de esclarecimento com a comunicação social, o presidente dos SPMS considerou que “um médico do Serviço Nacional de Saúde [SNS] sem Cartão do Cidadão é uma vergonha”.

“Um médico moderno tem Cartão do Cidadão e usa a internet”, acrescentou Henrique Martins.

O processo de prescrição, dispensa, faturação e conferência de medicamentos, começa precisamente nos médicos, os quais precisam de ter a sua assinatura digital ativada no Cartão do Cidadão ou da Ordem dos Médicos.

Para tal, o principal 'software' das unidades do SNS foi “adaptado”, cabendo agora aos privados adquirirem o 'software' indicado.

Foram adquiridos 42 mil leitores do Cartão do Cidadão para as unidades de saúde poderem proceder à receita sem papel e, nos últimos seis meses, foi a vez de as farmácias também se adaptarem digitalmente.

A dispensa sem papel arrancará na segunda quinzena de setembro, mas apenas no “núcleo duro”, ou seja, num conjunto de instituições do norte (dez) e sul (sete) do país que envolvem hospitais e centros de saúde.

Segundo Henrique Martins, o Hospital de Barcelos manifestou a intenção de ser a primeira destas unidades a não ter papel no percurso de prescrição de fármacos.

Em 2016, será a vez dos restantes hospitais e cuidados de saúde primários e, em 2017, já não deverá existir emissão de receitas em papel, em todo o sistema de saúde.

Esta desmaterialização terá exceções, até porque existem dois milhões de portugueses sem Cartão do Cidadão.

Mas o objetivo passa por o doente deixar o consultório médico com uma receita no seu Cartão do Cidadão. No caso de não possuir este meio de identificação, poderá apresentar na farmácia uma mensagem escrita (SMS) que o clínico envia para o seu telemóvel, ou uma mensagem de correio eletrónico, contendo a identificação da receita e o código de direito de opção.

Esta última, é a forma como o utente pode manifestar a sua oposição à venda de medicamentos genéricos, por exemplo.

Os utentes com Bilhete de Identidade vitalício também poderão usar as novas tecnologias para adquirir uma receita sem papel, mas apenas se tiverem telemóvel ou correio eletrónico para onde a receita é enviada, para posterior apresentação na farmácia.

Os utentes poderão, no entanto, solicitar a impressão do Guia de Tratamento, o que os SPMS desejam que seja cada vez em menor número, nomeadamente porque a receita sem papel é menos suscetível à fraude.

O objetivo do Governo é que, por altura do próximo Natal, dois por cento das receitas sejam passadas sem papel. A fasquia sobe depois para os 20%, em 2016, e os 40%, em 2017.

“O grande desafio é chegar à cabeça das pessoas, pois este é um projeto que toca todos os portugueses”, disse Henrique Martins.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde disse que os centros de referência para cancro, transplantes e doenças genéticas vão fazer parte de rede...

"É uma das maiores reformas estruturais que este Governo levou a cabo(...) Os centros de referências vão fazer parte de uma rede europeia. Pretende-se que sejam centros de excelência, em aéreas muito específicas", afirmou Paulo Macedo.

O governante, que falava em Vila Verde à margem da inauguração das obras de requalificação do hospital da Santa Casa da Misericórdia local, referia-se à abertura das candidaturas nas áreas das neoplasias malignas de adultos do testículo, reto, esófago e hepatobilio/pancreáticos, assim como de sarcomas de partes moles e ósseos de adultos.

"O que pretendemos é criar centros de excelência que se possam desenvolver e servir, em primeiro lugar, os cidadãos portugueses mas, ao mesmo tempo, posicionar-nos em termos europeus, porque este centros de referência vão ser reconhecidos também em termos europeus", sustentou o governante.

As unidades de saúde que pretendam ser admitidas como centros de referência para as áreas dos cancros raros, da transplantação de órgãos e de doenças genéticas têm agora 30 dias para se candidatarem a este reconhecimento.

"Vamos ter aqui uma transformação muito importante. Vamos fazer este processo faseadamente. Já estava há muito tempo anunciado que íamos abrir [candidaturas], já estava há muito tempo anunciado quais eram as áreas para as quais íamos abrir e, portanto haverá uma segunda, terceira e quarta fases", adiantou Paulo Macedo.

O ministro da Saúde afirmou "não ter dúvidas nenhumas que haverá melhoria", na qualidade dos serviços prestados aos utentes naquelas áreas, por considerar que "haverá um fator de disseminação destes centros de excelência".

Um centro de referência é um serviço, departamento ou unidade de saúde, reconhecido como o expoente mais elevado de competências na prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade.

O reconhecimento da unidade como centro de referência é dado pelo ministro da Saúde, tendo as candidaturas de seguir para a Direção-Geral da Saúde (DGS), a quem cabe analisar se os candidatos cumprem os critérios gerais de reconhecimento desta designação.

As neoplasias malignas de crianças e adolescentes, a transplantação de adultos para coração, fígado, rim, pulmão e pâncreas, a transplantação pediátrica para coração, fígado e rim, os tumores oculares, a epilepsia refratária de crianças, adolescentes e adultos e a paramiloidose familiar são as outras áreas abrangidas pelos concursos agora abertos.

Organização Mundial de Saúde
Uma vacina experimental contra o vírus Ébola revelou-se 100% eficaz após testada em mais de 4.000 pessoas contagiadas na Guiné...

“Uma vacina eficaz contra o vírus do Ébola encontra-se [agora] disponível a nível global”, lê-se no comunicado divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que indica “um avanço muito promissor”.

Os primeiros resultados publicados na revista científica do Reino Unido, The Lancet, revelam que a vacina VSV-ZEBOV demonstrou uma eficácia de 100% durante os dez dias seguidos em que foi aplicada numa pessoa não contagiada, mas a coabitar com pessoas infetadas, salienta o documento.

A vacina foi desenvolvida pela Agência de Saúde Pública canadiana (PHAC, na sigla inglesa) e a licença foi registada pelos laboratórios norte-americanos Merck e NewLink Genetics Corp.

O teste foi conseguido devido a uma grande cooperação internacional que envolveu a OMS e especialistas da Noruega, França, Suíça, Estados Unidos, Reino Unido e Guiné-Conacri.

“Se os resultados [continuarem] a confirmar-se esta nova vacina poderá ser a cura milagrosa contra o Ébola e contribuir para parar o surto atual e, futuramente, erradicar epidemias deste tipo”, salientou, por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês, Borge Brende.

A epidemia do Ébola na África Ocidental, a mais grave após a identificação do vírus na África Central em 1976, começou em dezembro de 2013 no sul da Guiné-Conacri, tendo causado 11.279 mortos em 27.748 casos, segundo os dados da OMS.

Mais de 99% das vítimas concentram-se na Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria, onde o surto da doença desorganizou os sistemas de saúde, devastando as economias e fazendo fugir os investidores.

A vacina VSV-ZEBOV fazia parte de uma das duas vacinas mais avançadas contra o vírus do Ébola, tendo a outra sido desenvolvida pelo laboratório inglês GSK (GlaxoSmithKline) em parceria com o Instituto Americano de Alergias e Doenças Infeciosas (NIAID na sigla inglesa), e testada na Libéria.

Infarmed
Em Fevereiro de 2015, o Ministério da Saúde decidiu comparticipar a 100% os medicamentos Sovaldi (sofosbuvir) e Harvoni ...

Este programa resulta numa alteração sem precedentes na esperança de vida dos doentes com Hepatite C em Portugal e numa avultada diminuição da despesa pública, de acordo com as conclusões preliminares de um estudo sobre o seu impacto.

Cenário 1: cerca de 5 000 doentes (até 30 de junho de 2015)
• Evitadas 2 184 mortes prematuras por razões hepáticas;
• Aumento médio de 7,9 anos de esperança de vida;
• Ganhos 39 740 anos de vida;
• Evitados 217 transplantes hepáticos, 1 200 carcinomas hepatocelulares, 3 204 casos de cirrose;
• Poupança de 166,2 milhões de euros em custos de tratamento das consequências da evolução da Hepatite C.

Cenário 2: cerca de 13 000 doentes (até dezembro de 2016)
• Evitadas 5 170 mortes prematuras por razões hepáticas;
• Ganhos 89 242 anos de vida;
• Evitados 482 transplantes hepáticos, 2 920 carcinomas hepatocelulares, 
8 499 casos de cirrose;
• Poupança de 412,6 milhões de euros em custos de tratamento das consequências da evolução da Hepatite C.

Principais conclusões do estudo realizado a partir da consulta ao Portal da Hepatite C, entre a data da sua criação (10 de novembro de 2014) e 30 de junho de 2015:

·         5 042 autorizações de tratamento para a infeção por VHC em Portugal; (NOTA: entre janeiro de 2014, quando começaram a ser concedidas Autorizações de Utilização Excecional, e 30 de junho de 2015, este número ascende a 5 870)

·         Os homens constituem a maioria dos tratamentos autorizados até à data (73,7%);

·         Nos indivíduos em tratamento, 44% têm idades abaixo dos 50 anos;

·         A média de idades dos indivíduos em tratamento é de 52 anos; Média de idades dos indivíduos em tratamento é diferente: homens – 50 anos e mulheres – 56 anos;

·         A maior parte dos indivíduos está em tratamento em unidades de saúde nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo (50%) e Norte (31%). A Região Centro tem cerca de 12,3%. Todas as Regiões, incluindo Madeira e Açores, têm indivíduos em tratamento;

·         É de 65 a percentagem de indivíduos em tratamento que se encontram num estadio de fibrose avançada (F4 e F3).

·         A distribuição por genótipo indica que 70% pertencem ao genótipo 1 e cerca de 17% ao genótipo 3.

·         Os indivíduos com genótipo 3 têm maior prevalência de formas mais graves de fibrose (53%).

·         A coinfecção pelo VIH está presente em 27% dos indivíduos com autorizações para tratamento.

Estudo
Depilar as axilas regularmente é altamente eficaz na redução do mau odor corporal.

Durante os meses de verão ocorre um aumento da transpiração que se intensifica com as altas temperaturas, dificultando a realização das atividades diárias. Embora se pense que apenas tomar um duche ou aplicar desodorizante ajude a suavizar os seus efeitos, há evidências clínicas que demonstram as vantagens da eliminação do pelo na redução de odor corporal.

 

Num estudo clínico, apresentado no último mês de junho no Congresso Mundial de Dermatologia em Vancouver, demonstra-se que depilar as axilas reduz o odor corporal e mantém a sensação de frescura durante mais tempo.

O estudo, realizado por “narizes” de investigadores com experiência reconhecida, inclui a análise do odor de 30 homens:

·         Antes de se depilar e lavar as axilas com sabonete;

·         5 minutos depois de lavá-las com sabonete;

·         5 minutos depois de as depilar1 e lavar com sabonete.

Os resultados mostram que a depilação é 2,5 vezes mais eficaz do que apenas lavar com sabonete. Na verdade, depilar e lavar com sabonete reduz o odor em 57%, ao passo que somente lavar com sabonete diminui em 23%.

Os benefícios de depilar duram pelo menos 24 horas, uma vez que as lâminas, ao deslizarem sobre a pele, eliminam mais eficazmente a oleosidade seca, os restos de sujidade e as partículas acumuladas responsáveis pelos odores desagradáveis que são impossíveis de anular apenas com sabonete.

Tal como afirma o Dr. Daniel Candelas, dermatologista da Clínica González Cavada, em Espanha: “À superfície da pele e do pelo desenvolvem-se bactérias. Concretamente nas axilas encontram-se as glândulas apócrinas que produzem compostos que funcionam como alimento para as bactérias. Quanto mais envelhecido e mais comprido for, maior será a superfície disponível para que as bactérias cresçam e se possam reproduzir. Elas são as responsáveis pelo mau odor quando decompõem a oleosidade e as substâncias existentes na composição do suor”.

Direção-Geral da Saúde
As unidades de saúde que pretendam ser admitidas como centros de referência para as áreas dos cancros raros, da transplantação...

Um centro de referência é um serviço, departamento ou unidade de saúde, reconhecido como o expoente mais elevado de competências na prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade.

O reconhecimento da unidade como centro de referência é dado pelo ministro da Saúde, tendo as candidaturas de seguir para a Direção-Geral da Saúde (DGS), a quem cabe analisar se os candidatos cumprem os critérios gerais de reconhecimento desta designação.

Hoje foi publicada a abertura das candidaturas nas áreas das neoplasias malignas de adultos do testículo, reto, esófago e hepatobilio/pancreáticos, bem como sarcomas de partes moles e ósseos de adultos.

As neoplasias malignas de crianças e adolescentes, a transplantação de adultos para coração, fígado, rim, pulmão e pâncreas, a transplantação pediátrica para coração, fígado e rim, os tumores oculares, a epilepsia refratária de crianças, adolescentes e adultos e a paramiloidose familiar são as outras áreas abrangidas pelos concursos agora abertos.

Estudo
Uma equipe de cientistas canadianos afirma que a ansiedade e a depressão podem ter relação com as bactérias que vivem no...

A pesquisa, feita em ratos, sugere que sintomas de ansiedade e depressão provocados pela exposição ao stress no início da vida aparecem somente com a presença de germes no intestino, escreve o Diário Digital.

Os resultados reforçam descobertas de pesquisas anteriores. Numa delas, os pesquisadores descobriram que camundongos sem a presença de bactérias no intestino eram menos propensos a apresentar comportamentos ansiosos.

O trabalho atual avaliou animais que tinham sido expostos a uma experiência stressante no início da vida – foram separados das suas mães precocemente. Ao crescer, apresentaram comportamentos semelhantes ao de pessoas ansiosas e deprimidas, além de disfunção intestinal e níveis anormais da hormona do stresse.

Já as cobaias livres de germes expostas ao mesmo tipo de stresse não apresentaram quaisquer sinais de ansiedade ou depressão mais tarde.

Os cientistas, depois, transferiram as bactérias dos ratos normais, também expostos à experiência traumatizante, para os animais livres de germes. Em pouco tempo, estes passaram a apresentar os comportamentos depressivos e ansiosos. Os resultados foram noticiados pelo jornal britânico Independent.

Segundo o principal autor, Premysl Bercik, da Universidade McMaster, ainda é preciso testar a hipótese em seres humanos. Mas ele acredita que terapias que têm como alvo a microbiota intestinal podem, no futuro, beneficiar pacientes com transtornos psiquiátricos.

No Reino Unido
Um comprimido para o exercício físico: parece o sonho de qualquer sedentário, mas pode tornar-se realidade. Cientistas da...

Os investigadores chamaram-lhe "composto 14", diz o Sapo. A molécula inibe a função de uma enzima celular chamada ATIC, envolvida no processo de metabolismo, a reação química de sintetização dos nutrientes e produção de energia nas células.

A inibicação da ATIC provoca uma acumulação de uma molécula chamada ZMP, dentro das células. O aumento da ZMP leva as células a pensar que estão sem energia, ativando o sensor de captação de energia, conhecido como AMPK.

Dessa forma, as células vêm-se obrigadas a procurar "combustível", promovendo assim a absorção da glicose no sangue para recarregar a "bateria" das células. Os cientistas dizem mesmo que esta nova molécula pode também ser um passo na luta contra a diabetes tipo 2 e a obesidade.

Em ratos obesos, os resultados foram promissores: redução nos níveis de glicose em jejum e perda de peso.

Mais uma investigação em ratos? Sim. Mas de acordo com Ali Tavassoli, coordenador do grupo de estudos que desenvolveu o composto, trata-se de um estudo promissor.

"A molécula alterou o metabolismo celular e pode ser considerada uma potencial terapêutica. Estudos anteriores mostram que a ativação do sensor central de energia da célula pode ajudar no tratamento de várias doenças, incluindo diabetes tipo 2 e obesidade, porque mimetiza o efeito do exercício físico, aumentando a absorção e utilização de glicose", relata o investigador no estudo.

Para a investigação, publicada na revista "Chemistry and Biology", do grupo Cell, dois grupos de ratos foram alimentados com dietas diferentes. O primeiro seguiu um regime equilibrado; o segundo, ingeriu elevados teores de gordura. Os animais que ingeriram a dieta mais gorda ficaram obesos e reduziram a tolerância à glicose.

Quando os ratos gordos tomaram o composto 14, os níveis de glicose reduziram e, depois de sete dias, tinham perdido 5% do peso corporal. Para os animais que seguiram a dieta equilibrada, o composto não surtiu efeito.

O próximo passo é examinar os resultados do tratamento a longo prazo e testar o modo de ação da molécula, que ainda continua por descodificar. Se for comprovada a segurança do composto, a "pílula do exercício" pode estar mais perto do que nunca.

Estudo revela
O efeito protetor da ingestão desta bebida está associado ao resveratrol, concluiu um estudo de investigadores do Reino Unido e...

O estudo agora publicado não é o primeiro a associar os benefícios do resveratrol no combate de vários tipos de cancro, mas é pioneiro em relação ao tumor do cólon e do reto, escreve o Sapo.

Os cientistas da Universidade de Leicester, em Inglaterra, decidiram avaliar os benefícios de uma pequena dose diária de vinho tinto, o equivalente a um copo de 250 ml.

Os investigadores administraram uma pequena dose de resveratrol a ratinhos propensos ao desenvolvimento de cancro colorretal, observando uma diminuição de 50% no tamanho dos tumores. Aqueles que receberam, por outro lado, uma grande quantidade do composto, apenas beneficiaram de uma redução de 25%.

A equipa esclarece em comunicado que "as doses baixas de resveratrol foram duas vezes mais eficazes do que doses elevadas".

"Pela primeira vez, vimos que, com o resveratrol, menos é mais", afirma Karen Brown, docente do Departamento de Estudos Oncológicos da Universidade de Leicester. "Este estudo prova que pequenas quantidades podem ser mais eficazes na prevenção dos tumores do que doses elevadas", frisa.

Karen Brown admite que este efeito pode ser comum "a outros químicos e vitaminas derivados de plantas que estão, também, a ser estudados" e alerta que estes são, para já, resultados preliminares.

Portanto, mais ensaios clínicos são necessários para provar a eficácia do resveratrol.

Estudo
O simples facto de ficar em pé em vez de sentado pode contribuir para nos manter em boa saúde, segundo um estudo publicado na...

Estar de pé, segundo o Sapo, melhora os níveis sanguíneos de colesterol, gordura e açúcar, todos marcadores biológicos dos riscos cardiovasculares. Passar mais tempo de pé e caminhar também têm um efeito benéfico sobre a circunferência abdominal e o índice de massa corporal (IMC), lê-se no estudo.

"Inúmeras investigações mostraram que a atividade física reduz a mortalidade total, os acidentes cardiovasculares, o diabetes tipo 2 (o mais frequente), a obesidade e diversos tipos de cancro", relembra o professor Francisco Lopez-Jimenez da Mayo Clinic, no Minnesota, Estados Unidos, num comentário que acompanha o artigo.

Mas "a luta contra o sedentarismo não pode reduzir-se a conselhos para fazer exercício regularmente", escreve o médico, acrescentando que é igualmente importante promover comportamentos não sedentários na vida diária.

"Uma pessoa que caminha duas horas até o trabalho, que fica de pé durante quadro horas e que faz mais uma hora em tarefas de casa, queima mais calorias do que se estiver a correr durante uma hora", explicou, evocando especialmente o interesse de colocar à disposição dos trabalhadores esteiras e adaptar os escritórios para permitir trabalhar de pé ou sentado.

Investigadores australianos equiparam com marcadores de atividade 782 homens e mulheres, com idades entre os 36 e os 80 anos, para determinar precisamente quanto tempo cada um passava a dormir, andar ou a correr ou ficava sentado, deitado ou de pé.

Uma diminuição das gorduras sanguíneas (triglicerídeos) e um aumento do "bom" colesterol foram observados sobretudo quando relacionados com uma redução do tempo em que permaneciam sentado.

A redução do tamanho da circunferência abdominal e do IMC só se mostrou significativa quando combinada com a caminhada ou corrida, ressaltam os autores da análise.

Ao substituir todos os dias duas horas sentadas por uma caminhada, o tamanho da cintura diminuiu em média cerca de 7,5 cm e o IMC 11%.

"A nossa mensagem é: 'levantem-se, fiquem menos tempo sentados e mexam-se mais'", afirmou a médica Genevieve Healy da Universidade de Queensland, na Austrália, que dirigiu o estudo.

Na Europa, os adultos são muito sedentários: em média passam 3,2 a 6,8 horas por dia sentados, lê-se neste mesmo estudo.

Prescrição eletrónica
Cerca de 15% dos 7 milhões de receitas passadas por mês em Portugal não são levantadas nas farmácias. Receita sem papel avança...

Aviar receitas médicas sem papel vai passar a ser possível em breve nas farmácias apenas com o cartão de cidadão. Pode parecer ficção, mas este cenário vai começar a tornar-se realidade nalgumas unidades de saúde já a partir do final de Setembro, se tudo correr como previsto. A portaria que prevê esta possibilidade entra em vigor no sábado, mas dá 60 dias para adaptação. Com o novo sistema, os doentes podem comprar medicamentos da mesma receita em farmácias diferentes, escreve o jornal Público, ao contrário do que acontece atualmente.

Até ao final do ano, pretende-se ir mais longe e criar uma aplicação que permita aos doentes ter acesso a receitas sem necessidade de contacto físico com o médico. Com “a versão mobile” da prescrição eletrónica, os médicos poderão receitar através do telemóvel. “Assinam com a chave móvel digital e os doentes recebem um sms com os códigos que lhe permitem comprar os medicamentos na farmácia”, explica o presidente da Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Henrique Martins. Será muito simples, prevê. “Um médico pode estar no Porto a receitar medicamentos a um doente que está de férias no Algarve”.

É um mundo de novas possibilidades que se abre e as vantagens para os utentes e para os médicos parecem óbvias. Mas o objetivo é ir caminhando devagar. Pretende-se ter, no próximo Natal, "2% do total de receitas aviadas por dia (ou seja, 15 mil) levantadas nas farmácias sem necessidade de papel", antecipa o presidente da SPMS, notando que "há toda uma cultura que tem que mudar”. Henrique Martins quer que todas as unidades do Serviço Nacional de Saúde estejam preparadas para poder ter receitas sem papel já a partir de Janeiro de 2016, mas sabe que o processo vai levar anos até ficar concluído.

Nos países pioneiros, como a Finlândia e a Suécia, "foram precisos dez anos para se conseguir a desmaterialização total", recorda Henrique Martins, que esta sexta-feira vai fazer uma demonstração do funcionamento do sistema para a comunicação social.

Atualmente, por mês, são aviadas cerca de sete milhões de receitas médicas em Portugal, mas sabe-se que uma parte significativa, "15%", não são levantadas por várias razões, por exemplo, porque o cidadão não tem dinheiro ou porque não segue a posologia recomendada. Quando o novo sistema estiver completamente operacional, os médicos passam a poder perceber se os seus pacientes compraram ou não os medicamentos receitados, diz. “Uma das grandes vantagens para o médico é a de perceber se o doente comprou ou não os medicamentos", enfatiza. O novo sistema ajuda ainda a combater a fraude nesta área, porque uma receita que já tenha sido aviada numa farmácia é automaticamente invalidada.

Para que o sistema funcione (e as farmácias já estão quase todas equipadas), é preciso ainda distribuir leitores de cartões de cidadão pelos hospitais e pelos centros de saúde do país, de forma a que os médicos possam utilizar a assinatura eletrónica. Numa primeira fase, vão avançar 16 centros hospitalares e unidades locais de saúde, além dos consultórios dos médicos dentistas, adianta. Porquê? Porque nos hospitais é mais fácil fazer isto do que nos centros de saúde e porque os consultórios dos médicos dentistas já têm todos leitores de cartões de cidadão, explica. 

Como é que este sistema vai funcionar? “O médico preenche a receita no software, que passa a ter uma janela no final com as perguntas: Quer entregar a receita sem papel? Sim ou não? Ele assina com o cartão [assinatura digital do cartão do cidadão ou o da Ordem dos Médicos] e depois pode enviar a receita por sms ou por email ou pode imprimir o guia de tratamento”, explica Henrique Martins. O cenário ideal é que as pessoas nunca imprimam o guia de tratamento, frisa.

Ao contrário da ideia que tem sido veiculada, esclarece o presidente da SPMS, a receita médica eletrónica sem papel pode funcionar sem cartão de cidadão, mas para isso é preciso que o doente saiba o número da receita e os códigos necessários para a aviar e que traga o bilhete de identidade. As receitas, diz ainda, não ficam dentro do cartão do cidadão, como muitas pessoas pensam, mas sim nos servidores centrais, a base de dados do ministério à qual as farmácias vão poder aceder.

O projeto arrancou no ano passado e, a partir de Fevereiro deste ano, a SPMS começou a trabalhar com as associações de farmácias para que os farmacêuticos passassem a fazer a dispensa desmaterializada, usando ainda o papel, do qual extraem os números. Desta forma, já têm sido dispensadas milhares de receitas. Na terça-feira, por exemplo, foram 157 mil, exemplificou.

Entretanto, está já a ser estudada outra alternativa, um sistema que permita aceder aos códigos das receitas através do multibanco, mas isso terá que ser pago, adianta.

As primeiras unidades a avançar com a receita sem papel são os centros hospitalares de Setúbal, Lisboa Ocidental e Lisboa Central, o do Porto, o S. João, o de Leiria- Pombal, o de Coimbra, e o de Trás-os-Montes e Alto Douro e unidades locais de saúde de Matosinhos, Alto Minho, Nordeste Transmontano e Castelo Branco.

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