PSD/CDS-PP
A maioria PSD/CDS-PP aprovou a obrigatoriedade de aconselhamento psicológico e social e de consultas de planeamento familiar às...

Estas medidas constam de um texto de substituição apresentado por centristas e sociais-democratas à iniciativa legislativa de cidadãos pelo "direito a nascer".

Num debate muito intenso no parlamento, que foi antecedido, no início da votação, por protestos nas galerias, foi também aprovada a introdução de taxas moderadoras para a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), isenta por se incluir no âmbito dos cuidados materno-infantis.

Pedido de intervenção da Direção-geral do Emprego
Dois sindicatos médicos pediram a intervenção da Direção-geral do Emprego para mediar a negociação do acordo de empresa para os...

Numa carta enviada à Direção-geral do Emprego, o Sindicato Independente dos Médicos e o Sindicato dos Médicos da Zona Sul dão conta das dificuldades negociais com o Sindicato dos Bancários.

Numa nota aos associados, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) lembra que o percurso negocial com o Sindicato dos Bancários “sempre foi conturbado”, remonta a 2011 e que chegou já a ter a intervenção externa da Direção-geral do Emprego.

Em declarações, o presidente do SIM, Roque da Cunha, considera que “o Sindicato patrão [o dos bancários] teve uma atitude negocial inexplicável”, recorrendo a uma multinacional para tentar negociar o acordo de empresa e a regulamentação específica dos médicos que trabalham no SAMS.

“Reiteradamente os sindicatos médicos solicitaram reunião com a direção do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, que não se dignou sequer a responder”, referiu ainda Roque da Cunha.

As negociações para o acordo de empresa começaram em 2011, quando o Sindicato dos Bancários apresentou uma proposta de acordo de empresa para todas as carreiras de forma indiscriminada.

Os sindicatos médicos recusaram, indicando que os trabalhadores médicos deviam ter uma regulamentação coletiva específica, à semelhança do que se passava já com o Serviço Nacional de Saúde.

Nos EUA
Cientistas norte-americanos estão a desenvolver uma vacina que se mostrou 100% eficaz contra a gripe aviária em frangos, mas...

Numa audiência perante o comité da Agricultura da Câmara dos Representantes, Tom Vilsack afirmou que, caso a eficácia da vacina também seja comprovada em perus, o seu departamento planeia conceder uma licença para permitir a sua produção em massa e distribuição em todo o país.

Desde o início do ano, a gripe aviária causada pelo vírus H5N2 matou quase 50 milhões de aves nos Estados Unidos, a maioria nos estados do Iowa, Minesota e Nebraska.

Infarmed
O Estado gastou nos primeiros cinco meses do ano 470 milhões de euros em medicamentos dispensados nos hospitais, um aumento de...

Segundo um relatório divulgado pelo Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, as quantidades de medicamentos consumidas subiram 1,3%.

Diz o comunicado que os medicamentos antivíricos (para o VIH ou a Hepatite C por exemplo ) foram os que mais contribuíram para o aumento da despesa, com um aumento de 52% face ao ano passado.

“Considerando as áreas de prestação hospitalar, o ambulatório hospitalar continua a ser a área de prestação com maior peso no total da despesa. Os encargos com esta área aumentaram 22,5% face a 2014 e totalizaram 374 M€, correspondente a 80% da despesa total”, diz o Infarmed.

Governo
O Governo concluiu negociações com 34 municípios que vão receber competências nas áreas da educação, saúde e cultura a partir...

No caso da educação, os projetos-piloto celebrados devem ser publicados já esta semana no Diário da República (DR), para entrarem em vigor no próximo ano letivo de 2015/2016, enquanto nos casos da saúde e da cultura “os contratos encontram-se em fase de aprovação interna nos órgãos das entidades autárquicas (que se prevê até ao final do Verão), entrando em vigor à medida que cada um for publicado” em DR.

Além destes, decorrem ainda negociações com mais quatro municípios com vista à descentralização de competências.

No final de uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Territorial, que agrega membros do Governo e de autarquias, Poiares Maduro esclareceu que a descentralização nestas áreas decorrerá através de projetos-piloto celebrados com os municípios, que vão decorrer de forma faseada e que poderão gradualmente alargar-se a todos os municípios do país.

Na área da saúde há um total de 19 municípios que vão receber competências: oito câmaras e a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, que agrega 11 municípios.

Nesta área não haverá transferência do pessoal atualmente ao serviço, mas as câmaras vão poder gerir equipamentos e infraestruturas, definir estratégias municipais ou intermunicipais de saúde, ajustar horários de centros de saúde, tratar dos transportes de utentes não urgentes e promover ações de prevenção de saúde.

Esta é a área que o presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Manuel Machado, considera mais complicada.

“É uma questão especialmente sensível e não conhecemos nenhum dado, nenhum estudo que aponte para a virtude de pulverizar as responsabilidades na área da Saúde”, disse Manuel Machado, acrescentando que “é uma das áreas em que os municípios têm de avaliar com extremo cuidado aquilo em que se vão meter”.

Na área da educação, na qual grande parte dos municípios já assegura tarefas, serão “ainda esta semana publicados em Diário da República os Contratos Interadministrativos de Delegação de Competências celebrados com 15 municípios”, que entrarão em funcionamento já no próximo ano letivo.

São eles os municípios de Águeda, Amadora, Batalha, Cascais, Crato, Maia, Matosinhos, Mealhada, Óbidos, Oeiras, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Sousel, Vila de Rei e Vila Nova de Famalicão.

Além de definir o plano estratégico educativo municipal, estes municípios vão poder ajustar calendários e horários escolares, gerir processos de matrícula e colocação de alunos, definir números de turmas e número de alunos por turma e ajustar os currículos localmente, por exemplo.

Também farão a gestão e o recrutamento do pessoal não docente do básico ao secundário (os professores mantém-se no Ministério da Educação), a organização de disciplinas de base local, e de programas de combate ao abandono e ao insucesso escolar.

“Na área da Cultura é transferida para os municípios (Aveiro, Cascais, Caldas da Rainha, Castelo Branco, Estremoz, Guarda e Nazaré) a gestão de diversos equipamentos culturais nos quais se incluem Museus, Fortes, um Castelo e um Complexo de Ruinas Romanas”, esclareceu ainda o Governo.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde afirmou que há cerca de dois milhões de portugueses que não recorrem ao médico de família, um número...

“Temos muito mais portugueses com médico de família do que aqueles que o utilizam”, disse Paulo Macedo aos jornalistas, num comentário ao Relatório Anual sobre o Acesso a Cuidados de Saúde de 2014, divulgado pelo jornal Público, que apontava para 1,4 milhões de utentes sem médico de família no final do ano passado.

O ministro afirmou que o número de portugueses com médico de família tem vindo a aumentar, mas optou por frisar que muitos utentes com clínico atribuído não recorrem às consultas.

“Temos ao longo dos anos sistematicamente sete milhões de pessoas que recorrem ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) e nove milhões com médico de família. Temos um conjunto de pessoas que não tem médico de família e mais de dois milhões de pessoas que não usam médico de família”, indicou.

Para Paulo Macedo, a prioridade é, numa primeira fase, atribuir médico de família a quem mais precisa e às pessoas que o pretendem utilizar, como o caso das grávidas.

“Em relação a quem não tem, a nossa preocupação é ver quais são os que necessitam. O Objetivo é cobrir todas as pessoas, mas, numa primeira fase é cobrir aquelas pessoas que querem ter médico de família”, disse.

Ainda sobre os cuidados primários, o governante admitiu que no futuro os centros de saúde têm de ter “maior abrangência”, nomeadamente “consultoria médica” de algumas especialidades, como a pediatria.

O Relatório Anual sobre o Acesso a Cuidados de Saúde de 2014 mostrou ainda que os hospitais do SNS atenderam mais de seis milhões de urgências.

Em 40% das urgências os doentes receberam na triagem pulseiras verdes, azuis ou brancas, que demonstram uma menor gravidade ou urgência no atendimento.

Estudo revela
Horários irregulares de sono, como trabalhar durante o dia numa semana e de noite na outra, podem ter impactos mais profundos...

Segundo um estudo realizado por cientistas holandeses, publicado no Current Biology, em que utilizaram ratos de laboratório, padrões de sono irregulares podem aumentar a probabilidade de as mulheres desenvolverem cancro da mama.

Os investigadores, escreve a revista Visão, alertam que a fase de estudos ainda não está concluída, mas defendem esta ligação torna necessário alertar as mulheres com historial familiar de cancro da mama para o aumento do risco da doença em trabalhos que impliquem horários alternados.

O estudo concluiu também que os ratos com hábitos de sono irregulares pesavam mais 20% do que os outros com padrões regulares, ingerindo a mesma quantidade de alimentos.

Investigações anteriores já tinham demonstrado que profissões com horários irregulares, como assistentes de bordo, aumentam o risco de várias doenças, devido, em parte, à interferência no ritmo circadiano, ou relógio biológico. O nível de atividade física ou a quantidade de vitamina D ingerida são outros fatores que interferem na probabilidade de as pessoas que trabalhem por turnos, especialmente à noite, desenvolver cancro.

Este estudo é, no entanto, o primeiro que "mostra categoricamente uma ligação entre a inversão crónica do dia e da noite e o desenvolvimento de cancro da mama", conforme se lê no documento.

"Se vem de uma família com histórico de cancro da mama, certamente não a aconselharia a trabalhar como assistente de bordo ou fazer turnos de noite", afirma um dos investigadores, Gijsbetus van der Horst, do Centro Médico da Universidade de Erasmus, na Holanda.

Em declarações à BBC, Michael Hastings, do centro britânico Medical Research Council, elogia o estudo: "Acredito que este estudo evidencia, usando ratos, que a interferência no chamado ciclo circadiano pode acelerar o desenvolvimento de cancro da mama". "A mensagem a transmitir ao público é que trabalhar por turnos, especialmente os rotativos, causa imenso stress e isso atrai consequências", conclui.

Inspetora-geral da Saúde
A inspetora-geral das Atividades em Saúde elegeu a área dos contratos públicos de bens e serviços como uma das prioridades no...

Numa sessão para realizar um balanço das atividades de combate à fraude, Leonor Furtado considerou que a “área da contratação pública merecia um olhar específico no futuro”.

“Devia ser um alerta quando vemos adjudicações diretas de milhões” ou quando há grandes derrapagens em obras de hospitais ou centros de saúde, referiu a inspetora-geral.

Relativamente às adjudicações diretas, o ministro da Saúde considera que têm “vindo a ser cada vez mais minimizadas”, seja através de legislação ou de fiscalização.

“Os limites teóricos da adjudicação direta são relativamente baixos. O que é preciso é ter a certeza de que cumpriram todos os trâmites. Mas também não há o fim de eliminar a adjudicação direta. Há é o fim de eliminar a adjudicação direta que esteja incorreta”, afirmou Paulo Macedo aos jornalistas no final da cerimónia que decorreu em Lisboa.

Sobre a realização de obras com procedimentos incorretos na área da saúde, o ministro disse esperar que, além das investigações e do processo criminal, o Estado possa ser reembolsado ou indemnizado.

Ainda em relação aos desafios futuros no combate à fraude e corrupção, a responsável da Inspeção-geral das Atividades em Saúde (IGAS) considerou prioritário atuar sobre os subornos na prestação de serviços médicos e na área dos dispositivos médicos, que parece ser o tipo mais prevalente de irregularidades detetadas.

Últimos três anos
O Ministério da Saúde enviou para investigação nos últimos três anos 416 processos no âmbito do combate à fraude, que equivalem...

Os dados foram revelados em Lisboa por responsáveis de organismos do Ministério da Saúde que fizeram um balanço do que foi o combate à fraude na área da saúde, com as situações detetadas a envolverem maioritariamente prescrição de medicamentos para obtenção das comparticipações, relações promíscuas entre farmacêuticos e médicos e a contrafação de receitas por parte do próprio utente.

Segundo os números apresentados, entre setembro de 2012 e maio de 2015 foram tratados e enviados para investigação 416 processos, num valor total de 372 milhões de euros.

No final da sessão, o ministro da Saúde admitiu que o montante da fraude na saúde possa ser superior e chegar aos 6% do total da despesa na área, como indicam estimativas internacionais.

Da atividade recente de combate à fraude no Ministério, Paulo Macedo destacou que têm sido detetados um número menor de prevaricadores mas com valores mais significativos.

“Temos menos pessoas a criar mais danos. Há uma maior sofisticação”, sintetizou o ministro.

Macedo acredita que não há mais fraude, mas antes que a sua deteção aumentou, nomeadamente graças a uma maior informatização e sistematização da informação, aliada à disponibilidade da Polícia Judiciária e do Ministério Público.

Exemplo disso é a quantidade de despesa da saúde que o Ministério consegue controlar através de processos eletrónicos: em 2010 controlava cerca de 180 milhões de euros e atualmente já controla mais de dois mil milhões.

Os 416 processos enviados para investigação entre 2012 e 2015 resultaram da análise sobre 330 prescritores de faturas, 140 prestadores de serviços e dois utentes.

Do total, Polícia Judiciária, Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e Inspeção-geral das Atividades em Saúde levantaram 60 processos.

O ministro da Saúde sublinhou que a fraude na saúde “retira uma quantidade significativa de recursos que podiam ser aplicados na parte assistencial e em mais investimento.”

Em 2014
Relatório sobre acesso a cuidados através do SNS indica que no ano passado ainda existiam quase 1,5 milhões de pessoas sem...

Os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) atenderam no ano passado mais de seis milhões de urgências, diz o jornal Público. O valor tem vindo a subir sempre desde 2012, mas em 40,8% dos casos os doentes, após a triagem de Manchester, receberam pulseiras verdes, azuis ou brancas – o que significa que poderiam ter sido tratados noutro local, como os cuidados de saúde primários.

Os centros de saúde também atenderam mais pessoas em 2014, mas o acréscimo fica aquém quando 1.478.271 utentes continuavam no final desse ano sem médico de família. Os dados fazem parte do Relatório Anual sobre o Acesso a Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do SNS e Entidades Convencionadas de 2014, enviado para a Assembleia da República e a que o jornal Público teve acesso.

O Ministério da Saúde, no sumário executivo, destaca o crescimento da atividade dos centros de saúde e salienta que também nos hospitais houve “ligeiros aumentos no número de consultas externas, de urgências e estabilização da atividade cirúrgica”. “As melhorias registadas no SNS que este relatório documenta são ainda mais relevantes quando consideramos a diminuição da população que se tem registado nos últimos anos, ou seja, o aumento de acesso e de produção registada no SNS ocorreu num quadro em que a população residente diminuiu 52.479 residentes de 2013 para 2014”, lê-se no documento.

Porém, o aumento da atividade não está a ser suficiente para desviar os doentes das urgências hospitalares para outros locais, como os centros de saúde. Nas 6.168.324 urgências feitas em 2014, só 60% dos utentes receberam as pulseiras vermelhas, laranjas e amarelas (que correspondem ao nível de emergência que se considera dever ser resolvido no momento num hospital). Mesmo assim, as chamadas falsas urgências desceram de 42% em 2013 para 40,8 em 2014. Os dados correspondem a um ano que, na reta final, ficou marcado pelo relato do caos nos hospitais perante o surto de gripe. “A evolução da atividade de urgência hospitalar está muito dependente da sazonalidade dos surtos de doenças respiratórias infecciosas e ondas de calor”, reconhece o relatório.

Ainda sobre urgências, o relatório diz que o número de contactos para a Linha Saúde 24 cresceu em 2014 e que “mais de 34% dos utentes foram encaminhados para um serviço de urgência hospitalar, por se tratarem de situações de risco que necessitavam de observação médica urgente”. Os dados indicam ainda que “mais de 50% dos utentes que ligaram para a Linha Saúde 24 com a intenção de se dirigirem a um Serviço de Urgência, acabaram por ser encaminhados para os cuidados de saúde primários (31,3%) ou para auto cuidados (24,7%)”.

No campo dos cuidados primários, o relatório também diz respeito a dados de 2014. Mas, perante o número de quase 1,5 milhões de pessoas sem médico de família nesse ano, neste ponto o Ministério da Saúde faz questão de ressalvar que no primeiro semestre de 2015 já foi possível reduzir o valor para perto de 1,2 milhões de pessoas. Os valores mostram que houve mais 7712 pessoas a utilizarem as consultas médicas nos centros de saúde em 2014 em relação a 2013 e que 80% das pessoas com médico de família o usaram de facto.

No total houve mais 165.268 consultas do que no ano anterior, só que este aumento foi feito sobretudo à custa das consultas sem a presença do doente, que foram mais 101.547 do que em 2013. As consultas domiciliárias, por exemplo, foram menos quase 3000. A maior subida foi nas consultas de enfermagem, que representam mais de 15,6 milhões, com um aumento de um milhão entre os dois anos.

Do lado dos hospitais também houve mais consultas, com um total de 11,8 milhões, o que representa mais 1,6% do que no ano anterior. A subida foi conseguida mais pelo aumento de consultas subsequentes do que pelas primeiras consultas. No campo das primeiras consultas, o tempo médio de espera por uma resposta aos pedidos melhorou ligeiramente, mas ainda atinge os 115 dias. Os piores casos são no Algarve, com uma média de 161 dias. O Alentejo é o mais rápido, com 105 dias. Esta dificuldade traduz-se no facto de 26% das consultas ainda serem feitas fora dos tempos máximos de resposta inscritos na lei. O valor ultrapassa os 30% se olharmos apenas para as consultas muito prioritárias e prioritárias.

Em 2014
No ano passado, o SNS pagou 153 mil colonoscopias em estabelecimentos com convenção com o Estado, o que representa mais 35 mil...

A despesa do Estado com exames e análises pagos ao sector convencionado emagreceu sempre desde 2011, mas em 2014 a tendência inverteu-se pela primeira vez. No ano passado, segundo o jornal Público, o Serviço Nacional de Saúde gastou mais de 360 milhões com os exames complementares dos seus utentes feitos em locais com acordos, o que representou um crescimento de 8,5%. Mesmo assim, em 2011 a fatura era de mais de 418 milhões. A maior fatia continua a ser canalizada para as análises clínicas, mas a subida foi sobretudo à custa das endoscopias gastrenterológicas, onde se inserem as colonoscopias, que viu a sua despesa duplicar de 10,4 milhões de euros para 22,3 milhões.

A subida do número de colonoscopias acontece quando 2014 ficou marcado, logo em Janeiro, pelo caso de uma doente que esperou dois anos por um exame destes, o que atrasou o diagnóstico de um cancro colo-rectal. Mesmo com o aumento, continuam a existir vários relatos de dificuldade em marcar colonoscopias tanto nos hospitais públicos como nos convencionados, com clínicas com grandes listas de espera que obrigam os doentes a ir de madrugada tentar uma vaga.

“Mais de 40% dos encargos suportados com as entidades do sector convencionado tem a ver com a área das análises clínicas, seguindo-se a radiologia e a medicina física e reabilitação”, explica o Relatório Anual sobre o Acesso a Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do SNS e Entidades Convencionadas de 2014, enviado para a Assembleia da República e a que o jornal Público teve acesso. De acordo com o documento do Ministério da Saúde “foram realizados quase 60 milhões de exames no sector convencionado no ano de 2014, sendo que 80% desses exames foram da área das análises clínicas”. De fora destes valores ficam os acordos relacionados com a diálise e as pessoas operadas no âmbito do programa Sigic, de gestão da lista de espera para cirurgias.

De 2013 para 2014 foram várias as áreas com mais exames (e mais despesa) nos convencionados, mas as endoscopias destacam-se largamente, com mais 113% de encargos. Depois deste valor, o maior crescimento foi de 22% na área da otorrinolaringologia. No total tinham sido feitas quase 346 mil endoscopias gastroenterológicas em 2013 e no ano passado foram realizadas mais de 632 mil. Dentro destas endoscopias, quase 153 mil exames corresponderam a colonoscopias, quando em 2013 eram pouco mais de 118.

“O ano de 2014 ficou ainda marcado pela criação de um novo pacote de cuidados ao abrigo da convenção para a endoscopia gastrenterológica, de forma a garantir a realização de endoscopias digestivas baixas (colonoscopias) associada à analgesia ao doente, reduzindo o efeito dissuasor à realização do exame”, lembra o relatório, que indica também que os hospitais públicos fizeram mais 3745 colonoscopias em 2014, o que representou um total de quase 117 mil.

Estudo
É do conhecimento geral que a grande maioria dos avós “estraga” os netos com mimos. Guloseimas, chocolates, pastilhas…quase...

Um estudo sueco, publicado na revista Journal of Human Genetics, vai ainda mais longe e acaba de revelar que os maus hábitos alimentares dos idosos durante a sua adolescência têm uma influência muito grande na saúde dos seus netos, escreve o Diário Digital. O dado mais surpreendente deste estudo revela que os netos de homens que tiveram uma alimentação “farta” durante a juventude apresentam quatro vezes mais hipóteses de vir a morrer de diabetes.

“Este estudo vem reforçar algo que já tinha sido constatado: os maus hábitos alimentares na infância podem ser um fator potenciador do aparecimento da diabetes ao longo da vida. Hoje em dia, fala-se muito da promoção de um estilo de vida saudável mas, até há poucos anos atrás, não havia tanta sensibilização para a prática de exercício físico e para a redução do consumo de açúcar, fatores que hoje sabemos prevenirem o aparecimento de doenças como a diabetes”, segundo Isabel Manita, endocrinologista do Hospital Garcia da Horta.

“Por não estarem tão sensibilizados e considerarem que ‘se saíram bem’, a população mais velha atual acaba por transmitir os seus hábitos menos saudáveis para os netos. Quantas vezes ouvimos os avós a insistir para as crianças comerem mais, e a comentar que estão muito magrinhas? Isto acontece porque, para os mais velhos, as crianças gordinhas são as mais ‘rijas’, e porque consideram que as restrições alimentares impostas pelos pais às crianças são exageradas. A realidade é que, apesar da esperança média de vida ter aumentado, cerca de 20% da população portuguesa com diabetes tem idade superior a 65 anos, o que demonstra que os hábitos alimentares ao longo da vida não foram os mais adequados”, acrescenta a endocrinologista.

As conclusões deste estudo vêm também fortalecer a sondagem divulgada pela Marktest este ano - “O que sabem os portugueses sobre a diabetes”, na qual apenas 6,4% dos inquiridos afirmou ter conhecimento da importância do controlo do peso, e apenas 1,6% dos 800 inquiridos admitiu que ter um estilo de vida saudável era uma forma de prevenção da doença.

No Brasil
Investigadores da Universidade de São Paulo desenvolveram um filme plástico com efeito bactericida que aumenta a vida útil dos...

Segundo o Diário Digital, isso foi possível porque os investigadores do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) desenvolveram o produto com nanopartículas de prata que demonstraram serem eficazes na eliminação de bactérias causadoras de infeções em seres humanos, sem serem tóxicas.

A pesquisa utilizou o polipropileno, um tipo de plástico de valor relativamente baixo, o que favorece a sua utilização no produto. A colocação das nanopartículas foi feita numa máquina específica para isso.

As nanopartículas interagem com componentes celulares vitais, como o ADN, impedindo a divisão celular e consequente morte da bactéria. Já a ação bactericida das nanopartículas de prata acontece no contato direto com os microorganismos, afirma o cientista Washington Oliani, que realizou o estudo no Laboratório de Polímeros do Centro de Química e Meio Ambiente do Ipen.

“O polipropileno, a prata e outros componentes, no formato de grãos, são inseridos numa máquina extrusora, aparelho que faz a fusão dessas substâncias através de aquecimento. A partir desse processo é obtido um material em forma de fios finos”, relata Oliani.

O efeito bactericida dos filmes com nanopartículas de prata foi comprovado em testes realizados no Instituto de Ciências Biomédicas da USP. Inicialmente, o material foi colocado em contacto direto com culturas das bactérias Escherichia coli, que pode causar diarreia, e Staphylococcus aureus, que pode causar diversos tipos de complicações infecciosas, como uma infeção urinária.

“Após ajustes na formulação, foi possível eliminar quase 100% de Staphylococcus”, diz Oliani. Experiências posteriores com a bactéria Pseudomonas aeruginosa, que afecta os aparelhos respiratórios e urinário, também tiveram uma eficiência próxima de 100%.

“Com o efeito bactericida das nanopartículas seria possível aumentar a vida útil dos produtos embalados, especialmente os de origem orgânica”, afirma Oliani.

Outro possível emprego do material está na área hospitalar. “Futuramente, a película poderá ser colocada em divisórias e janelas de hospitais, além de ser utilizada em materiais cirúrgicos, como cateteres”, diz Duclerc Fernandes Parra, orientadora do projeto. 

Especialistas esclarecem
Há inúmeros mitos em torno do assunto sexo e gravidez: um deles é a suposta existência de posições que favorecem ou reduzem as...

A BBC Mundo consultou dois especialistas e a resposta foi que não há dados científicos sobre a influência da postura sexual nas probabilidades de engravidar.

“Mais do que as posições, o mais eficaz é o homem manter quatro a cinco dias de abstinência para que a concentração de espermatozoides seja maior e que a relação ocorra nos dias de maior fertilidade da mulher”, explica Mariano Rosselló Gayá, especialista em saúde do homem do Instituto de Medicina Sexual, de Madrid.

No entanto, refere o Diário Digital, alguns especialistas aconselham as mulheres que desejam engravidar a permanecer deitadas de barriga para cima durante 10 a 15 minutos após o ato sexual.

Porém, não há provas do aumento das probabilidades de gravidez se a mulher permanecer deitada após o ato sexual.

O objetivo desse repouso seria permitir que a gravidade ajudasse os espermatozoides no caminho até às trompas de Falópio, onde devem encontrar-se com o óvulo para que a conceção aconteça.

Marian Chávez Guardado, diretora médica da clínica de reprodução assistida Amnios, de Madrid, discorda.

“Até ao momento não há nenhum estudo científico que comprove que mulheres que ficam deitadas ou com as pernas para cima após o sexo tenham maior probabilidade de ficar grávidas do que as que não fazem isso”, afirma.

Já Rosselló Gayá diz considerar que “apesar de não haver comprovação científica do benefício dessas medidas, estar deitada propicia repouso e calma após o ato”.

Se seguirmos a mesma lógica de raciocínio, manter relações de pé e depois continuar nessa posição reduziria as possibilidades de que os espermatozoides alcancem a região das trompas, e daí as hipóteses de gravidez seriam menores.

Guardado nega essa possibilidade com veemência: “Os espermatozoides possuem mobilidade própria, independentemente da gravidade.”

“O que importa de facto é a concentração de espermatozoides com mobilidade progressiva no esperma, não a força da gravidade.”

Os espermatozoides devem percorrer um caminho difícil de cerca de 20 centímetros até chegar ao final do trajeto pela trompa de Falópio.

Dentre os 39 a 300 milhões de espermatozoides que integram uma ejaculação normal, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), menos de 10 mil chegam ao entorno do óvulo, para que um deles possa fecundá-lo.

A idade da mulher e a qualidade dos espermatozoides também são uma chave na hora da conceção.

Segundo estudiosos, existem outros hábitos e fatores que influenciam muito mais a capacidade reprodutiva de um casal, como excesso de peso, uso simultâneo de medicamentos e certas doenças, afirma Guardado.

“Mas hoje o fator que mais dificulta uma gravidez é a idade da mulher, porque a quantidade e a qualidade dos óvulos vai diminuindo ao longo do tempo.”

Para Rosselló Gayá, o importante é levar em conta a qualidade dos espermatozoides do homem.

“A sua morfologia e mobilidade também são importantes. Aconselha-se fazer um estudo andrológico para descartar problemas nesse sentido se houver dificuldades para produzir a gravidez.”

Estudo alerta
Um estudo norte-americano mostra que um número elevado de mulheres jovens tem adquirido o hábito de fumar até cinco cigarros...

A pesquisa foi feita com dados de 9.800 jovens com idades entre os 18 e 25 anos e publicada pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês) na revista Preventing Chronic Disease.

Para o principal autor, o investigador Xiaoyin Li, a indústria do tabaco tem investido em publicidade para atrair esse público. E, segundo ele, escreve o Diário Digital, há poucos estudos sobre os efeitos que o cigarro, nessas quantidades, pode ter para jovens prestes a alcançar a idade adulta.

O trabalho mostrou que essas fumadoras ocasionais têm algumas características em comum com quem fuma muitos cigarros por dia, como tendência maior para sofrer se stress psicológico e de abusar ocasionalmente de outras substâncias, como o álcool. Apesar disso, elas têm menos sintomas de dependência de nicotina, e nem sempre fumam diariamente.

Do total de participantes, cerca de 41% não fumavam, 28% fumavam mais de 5 cigarros ao dia e, o restante, ou seja, cerca de 3.000 jovens, eram fumadoras ocasionais. Os resultados reforçam os achados de outras pesquisas, de que as mulheres são mais propensas a apresentarem esse tipo de comportamento, que também traz riscos para a saúde.

Reino Unido
Ray Flynn tem 80 anos e tinha perdido a sua visão central. Olho biónico vai permitir que distinga formas como portas e janelas.

Ray Flynn sofre de uma despigmentação degenerativa relacionada com a idade que o fez perder a totalidade da sua visão central, diz o Diário de Notícias. Fazendo uso apenas da sua visão periférica, este problema condiciona-lhe bastante a vida, uma vez que não consegue usar caixas multibanco, por exemplo. Foi operado no Hospital Oftalmológico Manchester Royal para que lhe fosse colocado um implante.

O implante, Argus II, já tinha sido colocado em pessoas invisuais devido a uma retinose pigmentar para assim ajudar a restituir alguma visão, mas nunca em alguém com o problema de Ray Flynn. "Não consigo colocar os números do meu cartão quando pago algo nas loja ou no banco, eu era um bom jardineiro, mas agora já não consigo distinguir as flores das ervas." disse à BBC, Ray Flynn.

O implante recebe a informação através de uma câmara miniatura montada nuns óculos especiais, as imagens são convertidas em impulsos elétricos e transmitidos via wireless até uns elétrodos agarrados à retina. Os elétrodos estimulam as restantes células na retina que transmitem a informação para o cérebro.

Durante o teste, duas semanas após a operação, Ray Flynn foi capaz de distinguir riscas horizontais, verticais e diagonais mantendo sempre os olhos fechados, para assim os médicos se certificarem que a informação visual estava a ser transmitida pela câmara. O implante não oferece uma visão detalhada, mas pode ajudar quem o utiliza a distinguir formas como portas e janelas. Paulo Stanga cordenou a operação de Ray e afirma que com o tempo este vai começar a interpretar facilmente as informações dadas pelo implante.

Em fase de aprovação
Os doentes com cancros avançados como o do pulmão, o melanoma ou até a leucemia têm novas alternativas para o seu tratamento,...

A imunoterapia, escreve o Diário de Notícias, é uma alternativa aos químicos tradicionais e ajuda o corpo a combater o cancro, seja reabilitando a sua capacidade de lutar seja reforçando-o com "um exército ativado". Um exemplo é do pembrolizumab, que irá ser aprovado na sexta-feira em toda a Europa pela Agência Europeia do Medicamento.

Os novos medicamentos, que podem atingir valores próximos de cem mil euros, são uma solução sobretudo para cancros avançados e para os quais já não há alternativas.

O primeiro desta nova linha de tratamentos é o ipilimumab, que já está em Portugal desde 2011, altura em que se reconheceu "que havia valor terapêutico acrescentado pela eficácia", segundo refere o relatório do Infarmed, que também dá conta de um custo aceitável para os resultados.

Especialista afirma
O diretor do Serviço de Doenças Infecciosas do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra defendeu "ser inevitável"...

"Até agora, tínhamos uma atitude mais expectante, o diagnóstico não era sinónimo de tratamento imediato. Íamos vigiando os doentes, e só quando chegavam a determinada fase da doença é que iniciávamos a terapêutica", afirmou Saraiva da Cunha.

Saraiva da Cunha é um dos especialistas portugueses que participam, em Vancouver, no Canadá, numa conferência internacional sobre sida, que termina hoje, e da qual sairá, segundo o médico, a ideia marcante de que "o diagnóstico deve ser seguido imediatamente pelo tratamento".

Da VIII Conferência da Sociedade Internacional da Sida sobre Patogénese, Tratamento e Prevenção do VIH, que começou no domingo, emanou uma declaração subscrita por vários organismos e agências, incluindo o Programa das Nações Unidas sobre o VIH/sida, que apela a governos e reguladores da saúde o acesso imediato de todos os infetados a antirretrovirais.

O diretor do Serviço de Doenças Infecciosas do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra crê que "a alteração das regras" do tratamento da infeção do vírus da sida, pedida na Declaração de Vancouver, "vai ser inevitável" em Portugal.

"Vamos ter que, ainda este ano, discutir seriamente as nossas normas e revê-las", sustentou, assinalando que "há prova científica suficiente para passar a indicar que os doentes devem ser todos tratados", tendo esta metodologia "um impacto enorme na prevenção".

Saraiva da Cunha lembrou que se um doente for tratado, controlado, a ponto de a sua carga viral se tornar negativa, deixará de transmitir a infeção.

Sobre os custos do "tratamento para todos" com antirretrovirais, o docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra disse que 'o prato da balança' irá cair "nos enormes benefícios que se recolhem em termos de saúde pública".

O médico estima que, em Portugal, haja "15 a 20% de doentes que são seguidos e não são tratados".

Um ensaio clínico à escala internacional revelou em maio, segundo as agências de notícias estrangeiras, que as pessoas com VIH tratadas imediatamente tinham menos 53% de riscos de morrer ou desenvolver doenças associadas à infeção.

Treatment of HIV-1 Infection in Adults
Bristol-Myers Squibb Company (NYSE:BMY) announced today that the European Commission has approved Evotaz (atazanavir 300 mg and...

Coformulated to be one pill, once-daily, Evotazcombines the protease inhibitor atazanavir, which is marketed as Reyataz (atazanavir) capsules, and cobicistat, a pharmacokinetic enhancer marketed as Tybost® by Gilead Sciences, Inc. Today’s approval allows for the marketing ofEvotaz in all 28 Member States of the European Union (EU) and offers patients living with HIV an innovative treatment option that delivers proven suppression through 144 weeks. The marketing authorization follows a positive opinion by the Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP) in May 2015. The U.S. Food and Drug Administration (FDA) approvedEvotaz in the United States in January 2015.

Evotaz is contraindicated in patients with previously demonstrated clinically significant hypersensitivity to the active substances or to any of the excipients of Evotaz, in combination with certain drugs, and in patients with moderate to severe hepatic impairment. Evotaz and Reyataz do not cure HIV-1 infection or AIDS.

There are 2.2 million people living with HIV in the European region, according to recent estimates from UNAIDS and WHO, and between 2004 and 2013, more than 300,000 people were newly infected. Only one-third of diagnosed patients (35%) in the eastern European region were receiving antiretroviral therapy in 2012, a number that is significantly below the 80% coverage goal set by WHO for 2015. Virologic suppression, or the reduction of HIV viral load to undetectable amounts in the blood, is the goal of antiretroviral treatment in all patients.

“HIV remains a significant public health concern throughout the world, and the increase in new infections in recent years in Europe means that it is more important than ever to continue to deliver new treatment options to help patients achieve virologic suppression,” said Murdo Gordon, Head of Worldwide Markets, Bristol-Myers Squibb. “By combining reduced pill burden with a low rate of virologic failure and no protease inhibitor mutations, Evotaz increases the possibility of suppressing HIV, and we are pleased to bring it to physicians and patients in the EU.”

Study Design

Evotaz is the first and only fixed-dose combination (FDC) of a protease inhibitor pharmacoenhanced by cobicistat that is supported by comparative Phase III trial data. The European Commission’s approval is based on data from Gilead’s Study 114, a randomized, double-blind clinical trial (N=692) evaluating the safety and efficacy ofReyataz 300 mg with cobicistat 150 mg (the components of Evotaz) (n=344) versusReyataz 300 mg with ritonavir 100 mg (Reyataz/ritonavir) (n=348), another pharmacokinetic enhancing agent, in combination with emtricitabine/tenofovir disoproxil fumarate in treatment-naive adults. At 48 weeks, 85% of patients in theReyataz/cobicistat arm achieved virologic success (HIV-1 RNA levels of <50 copies/mL) compared to 87% of patients in the Reyataz/ritonavir arm. Low rates of virologic failure (HIV-1 RNA ≥50 copies/mL: 6% Reyataz/cobicistat arm; 4% Reyataz/ritonavir arm) were also observed at 48 weeks. The long-term data at week 144 also confirmed these results, with virologic success and failure rates of 72% and 8%, respectively, in theReyataz/cobicistat arm, and 74% and 5%, respectively, in the Reyataz/ritonavir arm. Virologic failure, which occurs when therapies are unable to completely suppress HIV, may be caused in part by drug resistance. Limited data are available on the development of resistance to Reyataz/cobicistat. However, in the clinical trial, no patients takingReyataz/cobicistat who had virologic failure developed protease inhibitor resistance through 48 weeks. Specifically, zero patients developed tenofovir-associated resistance K65R, and two patients developed emtricitabine resistance M184V. In theReyataz/ritonavir arm, zero resistance was observed.

“The clinical efficacy demonstrated by Reyataz/cobicistat – in one pill rather than two as with ritonavir-boosted Reyataz – is significant for protecting against drug resistance and helping to increase the potential for virologic suppression,” said Douglas Manion, M.D., Head of Specialty Development, Bristol-Myers Squibb. “Preventing resistance is a paramount consideration for management of HIV, and a critical success factor in suppressing the disease.”

Reyataz/cobicistat also demonstrated a safety profile comparable to Reyataz/ritonavir. The most common moderate to severe adverse events (AEs) in both treatment arms were jaundice, ocular iterus, and nausea. There were similar low rates of discontinuation due to AEs with Reyataz/cobicistat as compared to Reyataz/ritonavir at 48 weeks (6% and 7%, respectively). The Summary of Product Characteristics will be available at www.ema.europa.eu.

In October 2011, Bristol-Myers Squibb announced a licensing agreement with Gilead for the development and commercialization of a once-daily, fixed-dose combination product of atazanavir and cobicistat, now named Evotaz. Under the terms of the agreement, Bristol-Myers Squibb and its affiliates are responsible for the formulation, manufacturing, registration, distribution and commercialization of the Evotaz fixed-dose combination product worldwide. Gilead retains sole rights for the manufacture, development and commercialization of cobicistat as a stand-alone product and for use in combination with other agents.

Maior estudo europeu revela
O maior estudo europeu de prevalência da infeção hospitalar pela bactéria Clostridium difficile (CDI), o estudo EUCLID, contou...

O subdiagnóstico representa um problema por várias razões: doentes não diagnosticados representam risco de transmissão; doentes não diagnosticados estão sujeitos a muitos procedimentos desnecessários de procura da causa dos sintomas; um diagnóstico incorreto distorce os dados epidemiológicos.

As principais razões para o subdiagnóstico apontadas pelo estudo referem: pouca sensibilidade dos métodos de diagnóstico da infeção e ausência de suspeita clínica da presença da infeção.

Em relação a estas duas razões, os investigadores apontam como soluções a harmonização e estandardização dos métodos de diagnóstico, bem como um maior investimento em conhecimento dos profissionais de saúde relativamente à infeção e uma maior abertura em relação às políticas restritivas de pedido de análises laboratoriais.

Na Europa, 23% dos casos não foram diagnosticados pelos hospitais, representando quase 80 casos de infeção não detetados por dia.

Para a especialista Mónica Oleastro, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, coordenadora do estudo a nível nacional, “o subdiagnóstico representa um sério problema pois o doente infetado não recebe o tratamento adequado, e por outro lado não são aplicadas as devidas medidas de isolamento, potenciando a ocorrência de surtos da infeção. O subdiagnóstico leva também a que não se tenha uma noção exata da incidência desta grave infeção hospitalar, o que resulta num menor controlo da mesma.”

“A taxa de subdiagnóstico identificada no EUCLID é muito preocupante, especialmente quando pensamos que não foram diagnosticados 40.000 casos na amostra de 482 hospitais, dos 8.000 existentes no total, o que poderá aumentar exponencialmente este número”, continua a coordenadora nacional do estudo.

A CDI trata-se de uma grave infeção hospitalar, potencialmente fatal, sendo presentemente uma das infeções hospitalares mais comuns na Europa, representando um grande impacto económico negativo para os sistemas de saúde.

Com base nos dados reportados pelos hospitais participantes, verificou-se um aumento da incidência em vários países da Europa, sendo a média de 6,6 casos por cada 10.000 dias de internamento, contra uma taxa de 4,1 observada num estudo multicêntrico realizado em 2008. Estes dados contrastam marcadamente com os dados medidos no estudo EUCLID, que mostram uma incidência média na Europa de 19,0 casos por 10.000 dias de internamento, e uma incidência de 19,3 para Portugal, muito acima do valor médio nacional reportado de 2,9.

Para Mónica Oleastro “o estudo EUCLID é um importante contributo para o conhecimento da epidemiologia da infeção. Torna-se, contudo, essencial a realização de um estudo mais aprofundado em Portugal.”

Mais sobre o EUCLID (“European, multi-centre, prospective bi-annual point prevalency study of CLostridium difficile Infection in hospitalised patients with Diarrhoea”):

É um estudo multicêntrico europeu, coordenado pela Universidade de Leeds no Reino Unido, sob o auspício do grupo de estudos europeu de Clostridium difficile. Contou com a participação de 20 países europeus, incluindo Portugal, e tem como principal objetivo traçar a fotografia clara da verdadeira prevalência da infeção por Clostridium difficile e estudar a epidemiologia das estirpes circulantes na Europa.

O Estudo foi realizado entre dezembro de 2012 e agosto de 2013. Participaram 482 hospitais de 20 países europeus e foram recolhidas e analisadas 7297 amostras.

Mais sobre esta grave infeção hospitalar:

·         A CDI aumenta o período de hospitalização e estima-se que represente um custo para os sistemas de saúde europeus que ascendem a € 3 mil milhões anuais.

·         Os doentes em especial risco de desenvolver CDI são os idosos hospitalizados ou em estruturas de cuidados continuados.

·         Os doentes hospitalizados com CDI têm até três vezes mais probabilidades de morrer no hospital do que aqueles sem a infeção.

·         Cerca de 25% dos doentes com esta infeção sofrem recorrência no espaço de um mês e os doentes que já tiveram uma recorrência têm um risco de 40% sofrer um novo episódio de CDI.

·         A CDI é a principal causa de diarreia associada aos cuidados de saúde. Normalmente, a CDI resulta do uso de antibióticos que desregulam o normal funcionamento das bactérias intestinais permitindo que Clostridium difficile prolifere.

·         Os sintomas de CDI podem ir desde diarreia a complicações graves que podem ameaçar a vida.

·         O maior problema associado ao tratamento de CDI é a elevada probabilidade de recorrência da infeção, facto que causa maior sofrimento ao doente e aumenta substancialmente os custos associados ao sistema de saúde.

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