Estudo faz ranking de cuidados paliativos no mundo

Qual o país onde a morte é mais confortável?

Veja como ficou classificado Portugal na lista dos melhores países para se morrer.

Existem muitas listas que mostram os lugares com melhor qualidade de vida, escreve o Diário de Notícias, mas o estudo do instituto Economist Intelligence Unit é um dos poucos que mostra os lugares com melhor "qualidade de morte". O Quality of Death Index avalia os países onde se morre com mais conforto e atenção médica. Na versão mais recente, o Reino Unido surge em primeiro lugar. Portugal aparece em 24º.

O relatório, que é o segundo sobre o tema, atualizando e completando a primeira edição publicada em 2010, mostra que o Reino Unido é o melhor país onde morrer, proporcionando mais conforto nos últimos dias de vida. Seguem-se-lhe a Austrália, a Nova Zelândia, a Irlanda e a Bélgica. Os países mais bem colocados na lista são os mais ricos, mas o Economist Intelligente Unit fez rankings separados para permitir comparar também entre si os países de rendimento médio e de rendimento inferior.

Portugal surge em 24º lugar no ranking de "qualidade de morte" organizado pelos investigadores, entre Espanha e Israel. No perfil que fizeram aos cuidados paliativos em Portugal, os investigadores destacam que o seu desenvolvimento se encontra num estado "adequado", com transparência crescente no que toca a divulgar as informações aos doentes. Apesar do número insuficiente de profissionais de cuidados de saúde dedicados ao final de vida, os investigadores sublinharam, porém, que existem mais oportunidades de formação para quem queira trabalhar nessa área. Elogiaram ainda a gratuitidade do sistema de saúde e do apoio psicológico aos doentes terminais.

Entre os países de médio rendimento, destacam-se a Costa Rica, o Panamá e a Argentina. E uma das grandes surpresas da lista, destaca a Quartz, é a Mongólia, o país mais bem colocado entre os de baixo rendimento, que apesar disso é um país com melhores condições na morte do que a maioria dos países de rendimento médio, incluindo o Brasil, a África do Sul e a Hungria. A qualidade dos cuidados paliativos na Mongólia, que surge em 28º na lista, deve-se principalmente ao trabalho da pediatra Odontuya Davaasuren, que fundou a Sociedade de Cuidados Paliativos da Mongólia, mesmo antes de existir terminologia no país para descrever os cuidados paliativos.

Para criar o ranking, os investigadores basearam-se em vários critérios: o ambiente dos cuidados paliativos em particular e dos cuidados de saúde em geral; os recursos humanos; o preço e a qualidade dos cuidados paliativos; e o envolvimento na comunidade em geral. Para tirarem as suas conclusões, estudaram os dados oficiais de cada estado, e realizaram entrevistas com peritos em cuidados paliativos.

Fonte: 
Diário de Notícias Online
Nota: 
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