Cascais
A Câmara de Cascais, o Grupo Luz Saúde, a Universidade Católica Portuguesa e a Universidade de Maastricht vão assinar hoje um...

O Campus de Cascais da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa será um “projeto internacional de Medicina, único em Portugal”, refere a autarquia.

Baseado no modelo de ensino (assente em Problem Based Learning) que a Universidade de Maastricht tem vindo a desenvolver há 50 anos o curso será totalmente lecionado em inglês.

“Com a instalação de mais um campus universitário no concelho, Cascais afirma-se, uma vez mais, como polo agregador de ensino, conhecimento e inovação”, lê-se numa nota divulgada pela Câmara de Cascais.

A cerimónia, marcada para as 11:00, no Centro Cultural de Cascais, conta com a presença do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, do presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, da reitora da Universidade Católica Portuguesa, Isabel Capeloa Gil, do diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Maastricht, Albert J. J. A. Scherpbier, e da CEO do Grupo Luz Saúde, Isabel Vaz.

Estudo
Quatro em cada dez mulheres com cancro na mama 'Her2' poderiam evitar a quimioterapia e realizar terapias biológicas...

O teste analisa 50 genes e determina se o perfil genético da paciente é mais adequado para um tratamento ou outro.

Esta é a conclusão do estudo “Pamela”, um ensaio clínico em que participaram 19 hospitais espanhóis e foi publicado hoje na revista “The Lancet Oncology”.

Segundo uma explicação técnica dada no sítio na Internet da Roche, farmacêutica suíça, o cancro na mama 'Her2' é a abreviatura de “Human Epidermal growth factor Receptor-type 2”, ou seja, “recetor tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano”.

“Em quantidades normais, esta proteína tem um papel importante no crescimento e desenvolvimento de uma vasta categoria de células”, mas um erro aleatório no gene pode levar ao desenvolvimento de cancro.

No estudo, liderado pelo grupo internacional de investigação clínica de cancro na mama SOLTI – participaram 151 mulheres com cancro na mama de 19 hospitais espanhóis.

O cancro da mama divide-se em três importantes grupos clínicos: dois do tipo ER, que expressam recetores de hormonas, e um terceiro que expressa recetores de 'Her2'.

Os dois primeiros afetam 70% das mulheres e o terceiro (her2) cerca de 20% das doentes com cancro na mama.

O ensaio pretendia analisar se as pacientes com cancro da mama 'Her2', com um perfil genómico determinado (chamado Her2-enriquecido), respondiam bem ao tratamento biológico e poderiam evitar a quimioterapia.

O teste chamado PAM50 analisa simultaneamente a expressão de meia centena de genes do tumor, o que permite identificar “até quatro subgrupos de cancro da mama 'Her2': Luminal A, Luminal B, Basal-like e 'Her2'-enriquecido”, explicou Aleix Prat, chefe do Serviço de Oncologia Médica do Hospital Clínico de Barcelona.

O estudo demonstra que o fenótipo 'Her2'-enriquecido, que representa 60% das pacientes, identifica as mulheres com mais possibilidade de êxito no tratamento sem quimioterapia.

Depois de serem submetidas ao teste, 151 doentes com cancro 'Her2' recém-diagnosticadas receberam tratamento biológico baseado em dois fármacos, o lapatinib e trastuzumab, e depois foram operadas.

Dezoito semanas depois, o tumor tinha desaparecido por completo em 40% dos casos com um perfil genético Her2-enriquecido, em relação a 6% das pacientes com outros perfis.

“No estudo era obrigatório realizar uma biópsia duas semanas depois do tratamento e vimos que em 54% das pacientes com o perfil Her2-enriquecido não havia tumor ou só restavam algumas células tumorais”, sublinhou Aleix Prat.

OMS
A depressão atingia 322 milhões de pessoas no mundo em 2015, um crescimento de 18,4% numa década segundo dados da Organização...

De acordo com um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a depressão e outros distúrbios mentais, como a ansiedade, a depressão é o fator que mais contribui para o suicídio, que em 2015 foi a causa de morte de 788 mil pessoas em todo o mundo, representando 1,5% das mortes nesse ano a nível global, e colocando o suicídio entre as 20 principais causas de morte.

O suicídio foi, em 2015, a segunda principal causa de morte na faixa etária entre os 15 e os 29 anos.

De 2005 a 2015 a prevalência da doença em termos globais cresceu 18,4%, adiantou a OMS, explicando que o aumento reflete o crescimento da população e também o seu envelhecimento, uma vez que a depressão é mais comum entre as pessoas mais velhas.

A nível global, a depressão tem maior prevalência entre as mulheres (4,4%) do que entre os homens (3,6%), e é mais comum entre as mulheres mais velhas, afetando 7,5% das mulheres entre os 55 e os 74 anos.

Em termos geográficos, segundo a OMS metade dos casos de depressão registam-se nas regiões do sudeste asiático e oeste do Pacífico, refletindo a grande densidade populacional concentrada nessa região do globo, que inclui países como a China e a Índia.

No que diz respeito à ansiedade a prevalência a nível mundial é de 3,6% - 4,6% entre as mulheres e 2,6% entre os homens.

A maior taxa de incidência é entre as mulheres do continente americano, com um registo de 7,7%.

Os 264 milhões de pessoas afetados pela depressão em 2015 representam um crescimento de 14,9% face a 2015.

Segundo a OMS muitas pessoas sofrem de quadros de depressão e ansiedade em simultâneo, não sendo, por isso, possível chegar a um total de doentes apenas pelo somatório de ambos os casos.

Os distúrbios ligados à depressão são classificados a nível mundial como o maior responsável deterioração do estado de saúde para condições não letais, com um peso de 7,5%, refere o documento da OMS, que coloca a ansiedade em 6.º lugar nesta lista.

28 Fevereiro - Dia Mundial das Doenças Raras
Aliança Portuguesa de Associações das Doenças Raras pede aos portugueses para se juntarem a petição internacional #RAREvolution...

Maior investimento na investigação científica para reforçar o apoio aos doentes raros. Este é o mote para o Dia Mundial das Doenças Raras que tem na petição #RAREvolution, lançada a nível mundial pela da Fundação BLACKSWAN, um importante instrumento de divulgação e de captação de apoios. Em Portugal, o repto está a ser feito pela Aliança Portuguesa de Associações das Doenças Raras. A petição, na versão em português, está disponível aqui.

O objetivo desta petição é reunir assinaturas de todos os pontos do mundo e lembrar que cada doença rara afeta no máximo uma pessoa em cada 2000, mas há mais de 6 mil doenças raras identificadas. Estima-se que na União Europeia cerca de 30 milhões de pessoas tenham uma doença rara e, só em Portugal, mais de 600 mil pessoas com doenças raras.

O aumento dos recursos alocados, a promoção de uma abordagem multidisciplinar e coordenada, a adoção de políticas de incentivo específicas, a otimização de sistemas de classificação das doenças raras adequados e reconhecidos internacionalmente, o investimento em métodos de diagnóstico das doenças raras inovadores, para permitir uma intervenção precoce, são alguns dos pontos dispostos na petição como orientadores para o estabelecimento de políticas de apoio à investigação das doenças raras.

Os termos da petição incluem pontos estratégicos que necessitam do apoio de instituições e organizações internacionais e apresentam orientações para a implementação de políticas de investigação e desenvolvimento no âmbito das doenças raras. Os principais investigadores europeus que desenvolvem o seu trabalho no âmbito das doenças raras já assinaram a petição.

Após a recolha de assinaturas, a petição será entregue a entidades que regulam, apoiam e financiam a investigação e inovação científica, como o diretor-geral da OMS, a direção-geral dos Sistemas de Saúde e Inovação OMS, o secretário-geral e estados membros da ONU, o chefe da divisão de saúde da OCDE, direção-geral da Investigação e da Inovação da União Europeia e da Comissão Europeia, entre outros.

Para assinalar o Dia Internacional das Doenças Raras 2017, a Aliança Portuguesa de Associações das Doenças Raras está também a promover um vídeo de sensibilização que mostra a realidade de muitas pessoas com doenças raras, que muitas vezes vivem anos angustiadas, sem conhecer ou compreender a sua doença, devido à falta de conhecimento sobre estas patologias. A versão portuguesa conta com a voz do ator André Gago.

A Associação vai ainda promover o evento “Ser raro”, em parceria com o i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, da Universidade do Porto (R. Alfredo Allen 208, 4200-135 Porto), na sede desse Instituto, no dia 1 de março, a partir das 15 horas. Em discussão estará a investigação e a inovação, com relatos positivos de vidas mudadas pela investigação, tanto de doentes como dos próprios profissionais.

A Aliança Portuguesa de Associações de Doenças Raras, fundada em 2008, tem como objetivo defender as necessidades de quem vive com doença rara, sensibilizar a opinião pública e representar as associações e as doenças raras de forma transversal junto das entidades decisoras. 

Administração Regional de Saúde
As consultas na área dos cuidados de saúde primários na região Centro aumentaram 2,8% em 2016, atingindo um total de mais de 5...

O crescimento global das consultas realizadas pelas unidades de saúde da região Centro resulta dos aumentos registados a nível das consultas presenciais e não presenciais e dos domicílios médicos, com acréscimos de 1,2%, de 7,3% e de 9,4%, respetivamente, explica a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro.

Ainda a nível dos cuidados de saúde primários, a região Centro atingiu, o ano passado, as 63 unidades, com a entrada em funcionamento de seis novas unidades de saúde familiar, em Coimbra (Norton de Matos), Aveiro (Esgueira e Oliveirinha), Pombal (São Martinho), Viseu (Cidade Jardim) e Mangualde, salienta a ARS do Centro.

O número de profissionais envolvidos em unidades de saúde familiar da região era, no final de 2016, de 1.078 profissionais (385 médicos, 391 enfermeiros e 302 secretários clínicos).

“A nível de unidades de cuidados na comunidade a funcionar na área de influência” da ARS do Centro foi atingida em 2016 “uma cobertura populacional de 88,4%”, destaca ainda a mesma nota, adiantando que “70% dos concelhos da região Centro têm uma, ou mais”, unidades de cuidados na comunidade.

Os resultados relativos ao ano passado “confirmam uma melhoria significativa a nível de cuidados de saúde primários na região Centro”, sublinha a ARS, assegurando que em 2017 essa tendência “continuará a ser reforçada”, com “o aumento do número de profissionais e investimentos em instalações e equipamentos”.

A ARS do Centro abrange mais de 1,7 milhões de pessoas (cerca de 17% da população do país), distribuídas por 78 concelhos (dos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu.

28 Fevereiro 2017 - Dia Mundial das Doenças Raras
No âmbito do Dia Mundial das Doenças Raras, que este ano se assinala a 28 de Fevereiro, a comunidade internacional da Colangite...

A EURORDIS, aliança europeia não-governamental centrada nos doentes, constituída por associações de doentes e por indivíduos com atividade no campo das doenças raras, desenvolveu uma campanha internacional para marcar os 10 anos das doenças raras com o mote “Com a investigação, as possibilidades não têm limites” com a qual se pretende chamar a atenção para a importância da investigação nas doenças raras. Alinhadas com este tema, várias associações que fazem parte da EURORDIS e se juntam num movimento dirigido para a Colangite Biliar Primária (CBP), pretendem dar um especial enfoque à importância da investigação nesta doença ainda muito desconhecida por parte da população.

A Raríssimas é a associação nacional que representa esta comunidade e está a implementar um projeto pioneiro em Portugal, o (In)Forma Rara. “Na Raríssimas acreditamos que existe ainda um caminho a percorrer no sentido de aumentar o conhecimento das pessoas, mas também de alertar os profissionais de saúde para a necessidade de se encontrarem alternativas, através do conhecimento e da investigação, que despoletem melhorias significativas na qualidade de vida dos doentes com Colangite Biliar Primária”, refere Joana Neves, Psicóloga Clínica e da Saúde e Coordenadora da Linha Rara.

O objetivo do (In)Forma Rara, distinguido com o prémio internacional Practice to Policy, é aumentar o envolvimento da comunidade e o conhecimento sobre esta doença, sendo que um dos pilares será o envolvimento da Medicina Geral e Familiar, especialidade com um papel fundamental na identificação dos doentes e na referenciação para o diagnóstico da doença. 

A Colangite Biliar Primária é uma doença rara do fígado que é causada por uma reação autoimune que mantém uma inflamação constante nos pequenos canais biliares do fígado. Na CBP, os canais biliares de médio calibre, essenciais para o transporte dos ácidos biliares do fígado para o intestino, apresentam uma inflamação crónica e danos nas suas paredes. Os ácidos biliares ficam, assim, retidos no fígado, podendo tornar-se tóxicos quando estão em elevada concentração. A deterioração da função hepática começa antes de surgirem os sintomas, pelo que é essencial que o diagnóstico se faça o mais atempadamente possível. A CBP se não for diagnosticada e tratada precocemente, pode evoluir para fibrose hepática, cirrose, insuficiência hepática, cancro do fígado e, potencialmente, levar à morte do doente.

Estudo
Os portugueses pouco sabem sobre as instituições nacionais e estrangeiras e pouco confiam nelas, sobretudo em entidades como o...

Entidades como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco de Portugal ou o Banco Mundial aparecem mesmo no fim da tabela de confiança dos portugueses, que mostram desconfiar da autonomia destas instituições “em relação a grupos económicos, governos e forças políticas”.

“Esta desconfiança é particularmente notória na forma como os portugueses olham para o Banco de Portugal e para o Banco Mundial. As duas entidades bancárias que estão nos últimos lugares do ranking da confiança causam descrença praticamente a todos os níveis: independência, competência para supervisionar o sistema ou capacidade de promover o crescimento económico”, refere o documento.

Segundo o estudo da Deco, que é hoje apresentado em Lisboa num encontro sobre “A qualidade da democracia e a confiança nas instituições”, no topo do ranking da confiança os inquiridos colocaram as forças armadas e a polícia, com uma apreciação que, numa escala de 0 a 10, não vai além dos 5,9.

Os inquiridos revelam também níveis mais elevados de confiança na escola pública, na igreja católica, na RTP e nas câmaras municipais.

Confiar pouco é um sentimento que se estende as todas as entidades avaliadas, mesmo as que se podem considerar “teoricamente insuspeitas”, como a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Metade dos inquiridos não acredita que esta agência das Nações Unidas seja imune a interesses de governos e da indústria farmacêutica”, sublinha o estudo.

A falta de conhecimento sobre as instituições é a outra marca destes resultados. Os participantes foram desafiados a classificar como “verdadeiro”, “falso” e “não sei” várias afirmações relativas às organizações analisadas.

A cruz no “não sei” foi frequente nas questões sobre o Parlamento Europeu, a OMS, a NATO, a Autoridade da Concorrência e, muito frequentemente, nas perguntas sobre o FMI e o Banco Mundial.

“Metade dos inquiridos não sabe se os bancos privados podem pedir dinheiro emprestado ao Banco Mundial e se uma das tarefas desta entidade é supervisionar as agências de rating. Perto de metade (47%) não sabe se a OMS é financiada pela indústria farmacêutica (não é) e 45% desconhecem se o FMI só inclui países do mundo ocidental (não, também inclui nações como a China e a Arábia Saudita)”, exemplificam os autores.

A grande maioria dos inquiridos diz-se pouco conhecedora da estrutura, da missão e das atividades das instituições analisadas. Apenas 23% estão informados dos seus direitos enquanto utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e perto de metade não saberia queixar-se de um erro médico.

O estudo teve como base um questionário enviado a uma amostra da população entre os 30 e os 74 anos, proporcional aos residentes de Portugal Continental no que diz respeito ao género, idade e região. Na ponderação dos dados, manteve-se a proporcionalidade para estas variáveis e para o nível educacional. Foram recebidas 1.598 respostas válidas.

Estudo
Um medicamento para moderar o apetite conseguiu evitar o aparecimento de diabetes tipo 2 em 80% dos pacientes testados num...

A substância, que aumenta a produção de hormonas supressoras do apetite no intestino, foi testada em pessoas com excesso de peso que estavam em situação pré-diabética, caracterizada por níveis altos de açúcar no sangue, que pode evoluir para diabete tipo 2, ou seja, uma doença do metabolismo marcada por excesso de açúcar no sangue.

A condição pré-diabética, que se cura com exercício e uma dieta saudável, é muito difícil de tratar quando evolui para diabetes, levando muitas vezes à cegueira, danos no sistema nervoso e à morte.

Especialistas em obesidade do Imperial College de Londres usaram a droga já conhecida e utilizada para combater a obesidade e a diabetes e conseguiram travar o avanço da doença, em conjunto com um regime de exercício.

A investigação envolveu 2.254 adultos obesos com pré-diabetes em 27 países, que foram divididos em dois grupos, um dos quais com injeções diárias de liraglutida. Ambos os grupos foram colocados numa dieta especial e a fazer exercício.

Após três anos da experiência, o resultado foi que as pessoas que tomaram liraglutida tinham menos 80% de probabilidade de evoluir para diabetes tipo 2.

O médico Carel Le Roux, co-autor do estudo, afirmou que "estes resultados revolucionários podem abrir caminho para um medicamento seguro e eficaz para reverter a pré-diabetes e evitar a diabetes em 80% das pessoas em situação de risco".

Acrescentou que o medicamento testado tem um efeito semelhante a uma hormona produzida naturalmente que reduz o apetite, e que existe menos em pessoas obesas, o que as leva a comer mais.

Estudo
Comer grandes quantidades de fruta e legumes aumenta a longevidade, conclui um estudo do Imperial College London, que também...

É daquelas pessoas que se contenta com uma peça de fruta por dia ou com uma pequena porção de legumes a acompanhar um grande bife? Então está em alerta vermelho e tem de mudar os hábitos. Segundo um estudo do Imperial College London, a melhor forma de ter uma vida longa é comer, no mínimo, 10 porções de fruta e vegetais por dia. Criar esta rotina alimentar poderia ajudar a contribuir para evitar 7.8 milhões de mortes prematuras por ano, refere o site da BBC, citando o estudo.

A equipa de investigadores também identificou as espécies de fruta e vegetais que reduzem o risco de cancro e doença cardíaca, escreve o Diário de Notícias. A recolha de dados foi feita em 95 estudos separados envolvendo os hábitos alimentares de dois milhões de pessoas.

Os riscos de cancro reduzem se comer vegetais verdes, como espinafres; pimentos amarelos ou couve-flor. Já a redução de riscos de doença cardíaca e enfartes está associada ao consumo de maçãs, peras, laranjas e limões, alfaces, couve-flor ou brócolos.

Os resultados, publicados no Jornal Internacional de Epidemiologia, também avaliaram o risco de morrer antes do tempo consoante o consumo de "verdes" que se faz. Assim: 200 gramas de fruta ou vegetais reduzem o risco cardiovascular em 13%, enquanto 800 gramas o reduzem em 28%; 200 gramas baixam o risco de cancro em 4% enquanto 800 gramas provocam uma redução do risco de 13%; 200 gramas de fruta e legumes reduzem o risco de morte prematura em 15% enquanto que com 800 gramas de consumo o risco baixa 31%.

Estudo
As mulheres que contraem herpes genital nos primeiros meses de gravidez têm o dobro das hipóteses de dar à luz um bebé autista,...

Um estudo publicado na revista mSphere é o primeiro a demonstrar que a resposta imunitária de uma mulher pode ter efeitos nocivos no cérebro do feto em desenvolvimento e influenciar a probabilidade de a criança desenvolver autismo.

"Acreditamos que a resposta imunitária da mãe ao vírus da herpes HSV-2 pode afetar o desenvolvimento do sistema nervoso central do feto, aumentando o risco de autismo", explicou Milada Mahic, cientista do Centro de Infeção e Imunidade da Universidade de Columbia em Nova Iorique, autora principal deste estudo.

As causas do Transtorno do Espectro Autista permanecem mal compreendidas, escreve o Sapo, e os cientistas acreditam que a condição tem origem numa combinação de influências genéticas e ambientais.

Os investigadores acreditam que o risco de autismo nas crianças não está diretamente ligado à infeção do feto, porque neste caso poderia ser fatal.

De acordo com os cientistas, esse risco está associado a uma reação do organismo da mãe ou a uma reativação da infeção somada a uma inflamação perto do útero.

Em 2016
A Associação Telefone da Amizade atendeu em 2016 um total de 693 chamadas e respondeu a 409 'e-mails' no âmbito do...

Em declarações, José Paulo Leal explicou que a missão envolve 23 voluntários, "sendo que apenas 13 são regulares", e sublinhou que o atendimento se faz "respeitando sempre o anonimato" de quem procura ajuda.

A funcionar desde 1982 no Porto, numa sala propriedade da associação, "o que limita as despesas ao mínimo", a Associação Telefone da Amizade (ATA) vive de apoios de parceiras como a Fundação PT e da Fundação Alberto Canedo, disse o responsável e membro da direção desta instituição particular de solidariedade social.

"Ativo, diariamente, entre as 16:00 e as 23:00, o Telefone da Amizade alargou há uma década a sua disponibilidade com a associação de um endereço de correio eletrónico que permitiu, por exemplo, o alargamento do espaço geográfico de intervenção", acrescentou.

O também voluntário, escreve o Sapo, acrescentou que com a criação do 'e-mail' e da página na Internet passou a haver contactos de todo o território português, de meios migratórios e de cidadãos brasileiros.

"Em Portugal, por ano, morrem cerca de 1.200 pessoas vítimas de suicídio, sendo a principal causa de morte na adolescência e ocorre, na maior parte dos casos, em pessoas que nos três meses anteriores tiveram consultas médicas", alertou o também docente no Departamento de Ciências de Computadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

Com uma parte dos voluntários da ATA formados em Psicologia, Economia e Direito, é a "capacidade de saber escutar o fator mais importante no momento em que é feita a formação para um trabalho exigente a nível emocional", explicou. "A introdução do 'e-mail' permitiu também às pessoas poderem expressar-se melhor, pois nota-se que ficam mais soltas quando escrevem por comparação da conversa pelo telefone, em que a sensação de distância e anonimato diminui", argumentou o responsável da associação.

José Paulo Leal contou que quem procura ajuda via correio eletrónico "começa os seus textos quase sempre por dizer que está a pensar no suicídio" e acrescentou que quando o contacto se faz por telefone, isso já "não é tão óbvio", e que "só mais tarde começa a descortinar-se".

Para o voluntário, a missão da ATA "passa também por evitar que o apoio se torne numa relação", explicando "que o importante é apoiar durante a crise, evitando que depois se torne numa dependência do Telefone da Amizade".

Estudo
Cientistas das universidades de York, Leeds e Helsínquia dizem estar mais perto de descodificar o vírus da comum constipação,...

Os resultados da investigação, publicados hoje na revista Nature Communications, revelam o funcionamento de um “código oculto” no genoma do 'parechovirus' humano, da família dos 'picornavírus' (pequenos vírus ARN - propensos a mutações genéticas).

O trabalho baseia-se numa descoberta feita em 2015, quando cientistas das universidades de Leeds e York, no Reino Unido, identificaram um conjunto de sinais "encriptados" no vírus de uma planta similar à estrutura do vírus que nos humanos causa doenças como a meningite nas crianças.

Os cientistas descobriram que os detalhes do mecanismo de descodificação eram idênticos em todas as estirpes de vírus, o que potencialmente permitia que um único fármaco os tratasse a todos, algo que já não era possível com uma vacina.

O que equipa está a fazer agora é procurar potenciais medicamentos antivirais que ataquem o mecanismo de encriptação. Reidun Twarock, biólogo e matemático de York, explicou que até agora os cientistas assumiam que os sinais que regulam a montagem de um vírus estavam localizados numa única área do genoma, e que o que o estudo sugere é que o mecanismo depende de locais dispersos.

“A constipação comum infeta mais de dois mil milhões de pessoas por ano, tornando-a um dos agentes patogénicos com mais sucesso”, disse o responsável.

Descobrindo esse “código escondido” que é responsável pela formação do vírus é possível lutar contra ele, como explica Peter Stockley, da universidade de Leeds: “A codificação funciona como as rodas dentadas de um relógio suíço. Precisamos agora de um medicamento que tenha o mesmo efeito que o de mandar areia para dentro do relógio. Todo o mecanismo viral podia ser desativado”.

1 de março
O médico Paulo Morgado vai ocupar a 01 de março o cargo de presidente da Administração Regional de Saúde do Algarve, na...

Segundo um despacho do ministro da Saúde publicado em Diário da República na quarta-feira, Paulo Morgado e Josélia Gonçalves são designados, em regime de substituição, para exercerem os cargos de presidente e vogal do conselho diretivo daquele organismo a partir da próxima quarta-feira.

A nova equipa de dirigentes assume funções após terem ficado vagos os cargos de presidente e de um vogal do conselho diretivo da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, "na sequência da cessação da comissão de serviço a pedido dos anteriores titulares", João Moura Reis e Nuno Sancho Ramos, lê-se no despacho.

Paulo Morgado, médico de 56 anos, licenciado pela Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, é coordenador da Unidade de Cuidados de Saúde Primários (UCSP) de Lagos desde julho de 2014 e presidente da Assembleia Municipal de Lagos.

Josélia Gonçalves, socióloga de 45 anos, licenciada pela Universidade de Évora, era desde outubro de 2013 a chefe do gabinete da presidência da Câmara de São Brás de Alportel.

O médico João Moura Reis, que agora cessa funções, ocupava o cargo desde outubro de 2013.

Faro e Portimão
O novo regulamento interno do Centro Hospitalar do Algarve já prevê a separação das unidades hospitalares de Faro e Portimão,...

O documento, homologado a 07 de fevereiro, estabelece a criação de dois subdiretores clínicos, designando separadamente os serviços de Faro e de Portimão, decisão que já tinha sido anunciada em dezembro, pelo presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve.

Segundo disse o ainda presidente daquele organismo, João Moura Reis, as diretrizes contidas no novo regulamento constituem já "os primeiros passos" para a desagregação do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), embora a concretização da medida ainda vá "levar algum tempo", estimou.

"Vai ser uma autonomização gradual de forma a que não se cometam os mesmo erros que foram cometidos anteriormente com a junção dos hospitais", referiu aquele responsável, sublinhando que é preciso primeiro criar "uma cultura organizacional que seja consentânea com a separação".

De acordo com João Moura Reis, o objetivo é que os serviços centrais permaneçam na unidade de Faro, que se tornará um "hospital polivalente", concentrando "algumas especialidades diferenciadoras" e que a unidade de Portimão passe a estar mais focada nos serviços médico-cirúrgicos.

Entretanto, na passada semana, foi formalizada a demissão da adjunta do diretor clínico e de três diretores de departamento do Centro Hospitalar do Algarve, que deixaram de assumir responsabilidades na direção no dia 13 de fevereiro.

A Lusa questionou a administração do CHA acerca da substituição destes responsáveis, que esclareceu estar em curso uma "reorganização da estrutura interna" do centro hospitalar.

Segundo o presidente do conselho de administração do CHA, Joaquim Ramalho, a reconstituição da equipa de dirigentes intermédios, designadamente, a substituição dos dirigentes que se demitiram, será efetuada ao abrigo do novo regulamento interno.

A separação do CHA começou a ser discutida em dezembro passado, altura em que a ARS/Algarve iniciou um estudo que apontou no sentido da continuidade do modelo conjunto dos hospitais de Lagos e de Portimão e a cisão entre estes e o Hospital de Faro.

O Centro Hospitalar do Algarve (CHA) entrou formalmente em funcionamento a 01 julho de 2013, ficando com a competência de gestão dos hospitais públicos do Algarve, na sequência da extinção do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio e do Hospital de Faro.

Relatório
A sobrevivência ao cancro do cólon, reto e mama melhorou significativamente entre 2000 e 2011, segundo o relatório sobre a...

Editado pelo Registo Oncológico Regional – Sul, o documento apresenta os resultados de 2010 e 2011 da incidência, sobrevivência e mortalidade por cancro, ocorridos na população nas quatro regiões de saúde: Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve e Região Autónoma da Madeira.

O documento será hoje apresentado em Lisboa, bem como dados sobre a sobrevivência aos tumores no período compreendido entre 2000 e 2011.

Segundo Ana Miranda, diretora do ROR-Sul, a sobrevivência ao cancro é “o indicador global da atuação dos serviços de saúde”.

Na comparação dessa década, e em relação ao tumor do cólon, cuja sobrevivência é baixa (ronda os 50%), foi registada uma melhoria da sobrevivência aos três anos que, nos mais novos, aumentou de 68% para 79%.

Para Ana Miranda, esta melhoria – que se esbate a partir dos 75 anos – deve-se à sua identificação em estadios mais precoces e também à melhoria da terapêutica.

O cancro do cólon passou, em 2010 e 2011, a ser o terceiro com maior incidência na zona sul do país.

No tumor do reto, as melhorias globais foram “substanciais”, passando dos 54% para os 61% aos três anos.

“A diferença ainda é melhor nos grupos mais jovens, passando dos 64% para os 78%”, adiantou.

Também no cancro da mama a sobrevivência melhorou, com Ana Miranda a considerar que será “muito difícil” melhorar estes valores.

“Passámos de 84% para 87% aos três anos”, disse.

Já em relação ao cancro do pulmão, os dados de uma década não apontam para grandes diferenças em relação à sobrevivência, que “é muito pobre”, tendo apenas passado dos 12% para os 14% aos três anos.

Contudo, Ana Miranda está confiante que, “nos próximos anos, com a saída das novas moléculas”, a sobrevivência vá melhorar.

Para tal deverá igualmente contribuir as medidas legislativas contra o tabaco.

Segundo Ana Miranda, existem hoje muito menos fumadores passivos, o que deverá seguramente melhorar a taxa de sobrevivência a este cancro.

Em relação ao relatório, a diretora do ROR-SUL sublinhou a necessidade dos serviços estarem preparados para o aumento do número de tumores.

“Dentro de uma ou duas décadas, os casos de tumores vão ser ainda maiores”.

Os dados do ROR-Sul indicam que, em 2010, e por 100 mil habitantes, o cancro da tranqueia, brônquios e pulmões matou 1.839 pessoas, o do cólon 1.369 e o do estômago 921.

Em 2011, os tumores da traqueia, brônquios e pulmões foram responsáveis por 1.797 mortos por 100 mil habitantes, o do cólon por 1.335 e o do estômago por 1.008.

Relatório
O cancro do cólon passou, em 2010 e 2011, a ser o terceiro com maior incidência na zona sul do país, confirmando os receios dos...

Os dados constam do documento “Incidência, Sobrevivência e Mortalidade de todos os tumores na população portuguesa adulta na região sul de Portugal, no período 2010/2011”, que será hoje apresentado em Lisboa.

Editado pelo Registo Oncológico Regional – Sul, o documento apresenta os resultados da incidência, sobrevivência e mortalidade por cancro, ocorridos na população nas quatro regiões de saúde: Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve e Região Autónoma da Madeira.

A área abrangida pelo ROR-Sul representa cerca de 50% do território português e uma população anual média aproximada de 4,8 milhões de habitantes.

Em 2010, registaram-se 23.603 novos casos de cancro nesta região, sendo o da mama o que teve uma maior incidência (3.247), seguindo-se o da próstata (2.808) e o do cólon (2.430).

Nesse ano, a taxa bruta de tumores malignos foi de 484,25 por 100 mil habitantes e a taxa padronizada europeia era de 353,53 por 100 mil. A taxa padronizada mundial situava-se nos 254,50 por 100 mil habitantes.

O cancro atingiu 12.853 homens, sendo o mais frequente o da próstata (2.808), o do cólon (1.393) e o da traqueia, brônquios e pulmão (1.385).

Nas mulheres, dos 10.750 cancros registados, 3.218 eram da mama, 1.037 do cólon e 564 da pele.

No ano seguinte, registaram-se 24.327 novos casos de cancro. A taxa bruta de tumores malignos foi de 497, 66 por 100 mil habitantes em 2011.

Nesse ano, a taxa padronizada europeia era de 355,99 por 100 mil, enquanto a taxa padronizada mundial situava-se nos 256,69 por 100 mil habitantes.

Os cancros com maior incidência foram, nesse ano, o da mama (3.420), o da próstata (2.828) e o do cólon (2.563).

Por género, os homens registaram 13.194 novos casos de cancro: Próstata (2.818), cólon (1.487) e traqueia, brônquios e pulmão (1.355).

Os dados do ROR-Sul indicam que, em 2010, e por 100 mil habitantes, o cancro da tranqueia, brônquios e pulmões matou 1.839 pessoas, o do cólon 1.369 e o do estômago 921.

Ainda por 100 mil habitantes, e por género, o cancro da traqueia brônquios e pulmões causou a morte de 1.469 pessoas, o da próstata 903 e o do cólon 799.

Nas mulheres, o cancro da mama matou 904 pessoas por 100 mil habitantes, o do cólon 670 e o do estômago 378.

Em 2011, os tumores da traqueia, brônquios e pulmões foram responsáveis por 1.797 mortos por 100 mil habitantes, o do cólon por 1.335 e o do estômago por 1.008.

Por género, 1.411 homens por 100 mil habitantes morreram devido ao cancro da traqueia, brônquios e pulmão, 937 por cancro da próstata e 742 por causa do cancro do colon.

Nas mulheres, em cada 100 mil habitantes morreram 881 devido ao cancro da mama, 593 por cancro do cólon e 386 por causa do cancro da traqueia brônquios e pulmão.

Organização Europeia de Institutos de Cancro
O Instituto Português de Oncologia de Coimbra foi reacreditado como Centro Clínico do Cancro pela Organização Europeia de...

"Este estatuto, atribuído até 2022, coloca o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra no lote dos mais importantes institutos de cancro da Europa e em linha com o que de melhor se faz em matéria de diagnóstico e tratamento em oncologia", congratula-se aquela unidade hospitalar, em comunicado.

A auditoria, realizada em junho de 2016, por uma equipa de auditores externos de vários institutos de cancro europeus, "observou e concluiu, através da verificação das respetivas evidências, estarem cumpridos os critérios de qualidade exigíveis nos vários domínios em que se desdobra a atividade clínica".

Segundo o comunicado, o trabalho desenvolvido ao longo dos anos pelos grupos multidisciplinares por patologia, "a quem se reconhece o conhecimento e experiência no tratamento do cancro, e pelas ações levadas a efeito nos domínios da prevenção, rastreio, ensino e investigação, foram determinantes na obtenção da reacreditação".

"A reacreditação reflete não apenas a qualidade intrínseca dos cuidados de saúde, da investigação clínica e da formação dos seus profissionais, mas também a importância que o reconhecimento da excelência deste centro de referência assume como pilar do sucesso da estratégia da prevenção primária e secundária, do diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde", lê-se no documento.

O IPO de Coimbra, conjuntamente com o do Porto e mais três prestigiados institutos europeus - FIVO de Valência (Espanha), The Christie NHS Foundation Trust de Manchester (Reino Unido) e o NKI-AVL de Amsterdão (Holanda) - foram os primeiros institutos de cancro na Europa a verem reconhecida a qualidade do trabalho que desenvolvem nas diversas áreas e abordagens oncológicas.

O certificado será entregue durante a realização da Assembleia Geral da Organização Europeia de Institutos de Cancro, que vai decorrer em junho em Brno, na República Checa.

Governo
O Governo anunciou que vai começar uma campanha pela segurança da carne picada vendida nos talhos, para o que vai lançar um...

Na proposta de folheto discutido na reunião da Comissão de Segurança Alimentar promovida pelo Ministério da Agricultura, diz-se aos consumidores que têm o direito de saber que ingredientes entram na composição da carne picada que compram, bem como substâncias que provoquem alergias, país de origem e condições de conservação.

Aos donos dos talhos é lembrado que têm que colher amostras para detetar a presença de bactérias nocivas como a 'salmonella' ou a "E.coli".

Depois de a Deco Proteste ter publicado já este ano mais um estudo em que foram descobertas irregularidades e riscos para a saúde na carne picada, o Governo refere agora que no ano passado fiscalizou mais de 600 talhos e peixarias e que encontrou "não-conformidades menores" em 60 por cento das instalações.

Entre as situações descobertas encontram-se faltas genéricas de "higiene geral", como vegetais frescos em contacto com carne, tábuas de corte sujas ou falta de instruções de higiene.

Essas "não-conformidades" foram alvo de "autos de vistoria" em que se deram instruções para as corrigir.

Idosos
A prevalência de desnutrição ou em risco de desnutrição é o dobro nos idosos que estão em lares quando comparada com os que...

Estudos internacionais mostram que nos lares a percentagem de idosos desnutridos é de 21% e 52% estão em risco de desnutrição. Já os que vivem em casa, 4,2% estão desnutridos e 27% em risco de desnutrição. Os resultados portugueses, apresentados ontem, são semelhantes na tendência, mas com percentagens menores: 4,8% dos idosos em lares estão em situação de desnutrição e 38,7% em risco de desnutrição (43,5% no total), valores que descem para os 0,6% e 16,9%, respetivamente quando avaliados os idosos a viver em casa (17,5% somando as duas variáveis). As taxas de depressão também são mais elevadas nos idosos que estão em lares - 47% quando na comunidade são 25% -, tal como as situações de dependência, 87% versus 30% na comunidade.

"A prevalência de malnutrição aumenta com a idade e nos lares em média os idosos são mais velhos dos que estão na comunidade. Também nos lares a prevalência de depressão e dependência - os dois indicadores aumentam de forma significativa a malnutrição, influência válida para lares e para a comunidade - é superior. Isso pode explicar porque nos lares há mais casos de desnutrição e risco de desnutrição", explica ao Diário de Notícias Teresa Madeira, investigadora da Faculdade de Medicina de Lisboa, entidade que liderou o estudo financiado pelo fundo EEA Grants e que contou com uma amostra de 2296 idosos (com e mais de 65 anos), cerca de metade a residir em lares e os restantes em casa, representativa da população idosa em Portugal. Foram excluídos do inquérito idosos acamados e com demência grave.

A investigadora reforça que "não é por estar no lar que o idoso está pior". "Não sabemos como é que estas pessoas estariam se vivessem em casa, mas podemos colocar a hipótese de que estariam piores se não tivessem cuidadores para preparar as refeições, fazer as compras, cozinhar, suporte que o lar oferece".

O estudo testou também um sistema informático que permite detetar idosos em risco de malnutrição, de forma a serem encaminhados para consultas especializadas para avaliação das causas e evitar uma situação grave de doença, que vai ser aperfeiçoado.

A atual lei não prevê a existência de um nutricionista do quadro do pessoal dos lares. "Faz todo o sentido uma colaboração que pode ser uma consultadoria, em vez de ser um elemento nos quadros, para a elaboração de ementas dirigidas às necessidades de cada idoso, que podem ser muito diferentes", diz ao Diário de Notícias João Ferreira de Almeida, presidente da ALI - Associação de Apoio Domiciliário de Lares e Casas de Repouso de Idosos, que refere que os idosos chegam hoje aos lares "com mais idade, com mais doenças e doenças mais graves, com maior dependência e demência" em comparação com o que acontecia há nove anos.

Estudo
Uma investigação conduzida nos Estados Unidos revela que os alimentos sem glúten destinados, sobretudo, aos doentes celíacos...

Liderado por Maria Argos, professora assistente de Epidemiologia na Universidade de Illinois, em Chicago, o estudo analisou dados de milhares de norte-americanos, com idades entre os 6 e os 80 anos, recolhidos na Sondagem de Análise da Saúde e Nutrição dos Estados Unidos. Do total de participantes, foram identificados 73 indivíduos que diziam seguir uma dieta exclusivamente sem glúten.

De acordo com o estudo, escreve o Sapo, os participantes que seguiam este tipo de dieta apresentavam mais de dois terços (cerca de 70%) dos níveis de arsénio na urina e mercúrio no sangue em comparação com os outros participantes.

Segundo a autora principal do estudo, "estes resultados indicam que o consumo de uma dieta sem glúten pode acatar consequências indesejadas" para o organismo humano. Os investigadores adiantam, no entanto, que são necessários mais estudos para concluir que este tipo de dieta apresenta riscos para a saúde.

Os produtos sem glúten contêm frequentemente farinha de arroz que funciona como um substituto do trigo, centeio e cevada. O arroz costuma acumular arsénio e mercúrio oriundos dos fertilizantes, da água e dos solos. Segundo os autores deste estudo, este tipo de metais estão presentes naturalmente no meio-ambiente, mas fazem aumentar o risco de cancro, doença coronária e problemas neurodegenerativos no ser humano.

O que é o glúten?
O glúten é um conjunto de proteínas que se encontra no endosperma de cereais como o trigo, a cevada, o centeio e a aveia. A doença celíaca é uma doença que afeta, na Europa, cerca de 1% da população. Em Portugal, estima-se que 1 a 3% da população portuguesa seja celíaca, mas apenas 10 000 pessoas estarão diagnosticadas.

Segundo a Associação Portuguesa de Celíacos, a doença celíaca é uma patologia auto-imune que ocorre em indivíduos com predisposição genética, sendo causada pela permanente hipersensibilidade ao glúten. A ingestão desta substância provoca um estado de inflamação crónica na mucosa intestinal, o que desencadeia uma série de reações imunológicas contra o próprio intestino que modificam a sua mucosa e provocam consequências, como a diminuição da absorção de nutrientes e o aumento do risco de doenças, como a osteoporose.

 

O tratamento da doença celíaca passa exclusivamente por uma dieta isenta de glúten.

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