Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Quatro regiões da Madeira e do continente apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta enquanto o...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as regiões do Porto Santo (Madeira), Vila Real, Bragança e Guarda estão em risco ‘Muito Elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

As regiões de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Viseu, Coimbra, Leiria, Castelo Branco, Santarém, Lisboa, Portalegre, Setúbal, Évora, Beja, Faro, Funchal (Madeira), Horta (ilha do Faial, Açores) apresentam risco ‘elevado’.

A exceção vai para Ponta Delgada (ilha de S. Miguel), Angra do Heroísmo (ilha Terceira) e Santa Cruz das Flores (ilha das Flores), nos Açores com risco ‘moderado’.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu geralmente pouco nublado, apresentando períodos de maior nebulosidade na faixa costeira a sul do Cabo Espichel até meio da tarde.

Está também previsto vento em geral fraco do quadrante leste, temporariamente de noroeste na faixa costeira ocidental durante a tarde, soprando moderado a forte nas terras altas das regiões Centro e Sul, em especial até ao final da manhã, e no Algarve.

A previsão aponta ainda para uma pequena subida da temperatura.

Para a Madeira prevê-se céu geralmente muito nublado, períodos de chuva ou aguaceiros a partir do início da manhã e vento fraco a moderado predominando de sudoeste, soprando temporariamente moderado a forte nas terras altas.

O IPMA prevê para hoje no grupo ocidental (Flores e corvo) períodos de céu muito nublado, aguaceiros e vento norte muito fresco a forte com rajadas até 80 quilómetros por hora, tornando-se fresco.

No grupo central (Pico, Faial, Terceira, São Jorge e Graciosa) prevê-se períodos de céu muito nublado com abertas, tornando-se encoberto, chuva e aguaceiros, possibilidade de trovoadas e vento norte forte a muito forte com rajadas da ordem 110 quilómetros por hora durante a madrugada, rodando para nordeste e tornando-se moderado.

Para o grupo oriental (São Miguel e Santa Maria) prevê-se céu muito nublado, com abertas a partir da manhã, chuva durante a madrugada, passando a aguaceiros, possibilidade de trovoadas e vento noroeste moderado a fresco com rajadas até 50 quilómetros por hora rodando para nordeste e tornando-se bonançoso.

Quanto às temperaturas, em Lisboa as temperaturas vão oscilar entre 13 e 27 graus Celsius, no Porto entre 15 e 26, em Braga entre 08 e 30, em Viana do Castelo entre 11 e 29, em Viseu entre 14 e 27, em Vila Real entre 11 e 28, em Bragança entre 09 e 27, na Guarda entre 12 e 22, em Coimbra entre 12 e 29, em Castelo Branco entre 12 e 27, em Leiria entre 11 e 29, em Portalegre entre 15 e 26, em Évora entre 10 e 28, em Beja entre 11 e 27, em Santarém entre 12 e 31 e em Faro entre 14 e 24.

Desde 2002
Várias centenas de doentes de Parkinson recuperaram autonomia e mobilidade através da cirurgia de estimulação cerebral profunda...

A terapêutica consiste no implante de um dispositivo colocado a poucos centímetros do cérebro, numa intervenção em que o doente apenas recebe anestesia local para poder colaborar no procedimento e assegurar a eficácia do tratamento.

"Tinha muitas dificuldades de locomoção e cheguei a deslocar-me de cadeira de rodas, mas depois da cirurgia tive uma melhoria muito significativa e um aumento de qualidade de vida substancial", disse o médico obstetra João Wadhoomall, de 75 anos, operado em outubro de 2012 no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

O especialista, que exercia funções no Hospital de Castelo Branco, onde foi diretor de serviço, tinha pouco mais de 50 anos quando lhe foi diagnosticada a doença, que é caracterizada por movimentos involuntários, músculos rígidos e elevadas dosagens de medicação.

Já com o diagnóstico confirmado, ainda participou em cirurgias de cesariana, mas as limitações físicas levaram-no a aposentar-se antes dos 60 anos, quando estava no topo da carreira médica.

"É preciso aceitar a doença e lutar contra ela, não nos podemos isolar, porque o isolamento é a pior arma", sublinha João Wadhoomall, que faz fisioterapia uma vez por semana e aproveita para sair de casa e caminhar.

O médico, natural de Timor-Leste, de onde saiu aos 17 anos para estudar em Coimbra, onde se licenciou, considera a socialização do doente e o envolvimento com a família muito importante e lamentou que muitos pacientes "não saiam de casa com vergonha de se mostrar".

Manuel Felizardo, engenheiro civil, de Pombal, recebeu o diagnóstico aos 41 anos, numa consulta de medicina do trabalho, que confirmou a causa dos tremores que registava nos membros superiores.

Foi reformado por invalidez em 2010 e, em 2013, com 54 anos, foi submetido à cirurgia, no CHUC, que lhe devolveu a autonomia e a possibilidade de voltar à sua atividade, como voluntário, no município de Pombal.

"Depois da intervenção, a minha qualidade de vida alterou-se significativamente. Quase que não me conseguia mexer e depois fiquei muito melhor", relata Manuel Felizardo, atualmente com 58 anos.

O doente considera que a "intervenção foi de tal maneira eficaz” que voltou a trabalhar na sua área.

"Nesta doença, é fundamental estar ativo", frisou.

Manuel Felizardo explicou ainda que tem uma grande margem de progressão na estimulação cerebral, uma vez que a voltagem elétrica do dispositivo ainda se encontra distante do máximo permitido.

Segundo o neurologista Fradique Moreira, da consulta de estimulação cerebral profunda nos CHUC, "a eficácia desta intervenção depende muito da seleção dos doentes, porque nem todos podem ser sujeitos à cirurgia e nem todos têm eficácia com esse tratamento".

A cirurgia é normalmente feita a doentes com estádios avançados da doença, mas que tenham uma boa resposta à levodopa, fármaco que substitui o défice de dopamina, um neurotransmissor que deixa de ser fabricado na doença de Parkinson.

O objetivo é restabelecer o funcionamento normal de um circuito cerebral anómalo, através da aplicação de um estímulo elétrico num núcleo específico que faz parte desse circuito, que servirá de marca-passo para o funcionamento celular", explicou Fradique Moreira, salientando que é necessário ajustar e regular o aumento da estimulação e o decréscimo da medicação.

"Conseguimos dar uma boa qualidade de vida e melhorar os sintomas que já não estavam a ser controlados pela medicação. O doente fica com uma boa capacidade motora, mas a doença continua a progredir, pois é degenerativa e ainda não conseguimos travar o seu curso", observou a neurologista Cristina Januário, da consulta do movimento no CHUC.

Especialista
A doença de Parkinson, a patologia neurodegenerativa mais prevalente a seguir à de Alzheimer e que já afeta quase 20 mil...

"A prevalência da doença é grande e temos dificuldade em ter estudos epidemiológicos em Portugal, mas fizemos um com o apoio da Associação de Doentes de Parkinson e a prevalência estimada é de 180 por 100 mil habitantes", adiantou a especialista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Na terça-feira, 11 de abril, assinala-se o Dia Mundial da doença, que atinge mais de uma em cada mil pessoas na Europa. É a data de nascimento do médico James Parkinson, o primeiro a descrever a doença faz precisamente 200 anos.

Salientando que a doença de Parkinson é "também uma patologia do envelhecimento", a médica Cristina Januário alerta que a população portuguesa está a envelhecer, o que aumenta a sua prevalência.

Apesar de a doença ser progressiva e de ainda não se poder travar o seu curso, alguns doentes conseguem reunir os requisitos para se submeterem a uma terapêutica disponível desde 2002 em Portugal, que consiste no implante de um dispositivo que estimula núcleos específicos no cérebro.

Nos últimos anos, várias centenas de doentes em Portugal recuperaram autonomia e mobilidade através daquela cirurgia inovadora, que trouxe melhorias significativas na qualidade de vida dos pacientes ao baixar as dosagens de medicação e ao reduzir os sintomas motores.

"A eficácia desta intervenção depende muito da seleção dos doentes, porque nem todos podem ser submetidos à cirurgia, nem todos têm eficácia com esse tratamento. E depois há um acompanhamento no pós-operatório que é fundamental", considerou o neurologista Fradique Moreira, da consulta de estimulação cerebral profunda nos CHUC.

A cirurgia é normalmente feita a doentes com estádios mais avançados da doença, mas que tenham uma boa resposta à levodopa, fármaco que substitui o défice de dopamina, um neurotransmissor que deixa de ser fabricado com a doença de Parkinson.

De acordo com o especialista, existem três etapas fundamentais para o sucesso da cirurgia.

"A seleção criteriosa, saber o doente que temos à frente e gerir as suas expectativas, e o acompanhamento pós-operatório".

Para Cristina Januário, o grande objetivo da intervenção passa por baixar a dose de medicamentos que o doente toma, porque tem efeitos secundários, e reduzir os sintomas motores.

"Conseguimos dar uma boa qualidade de vida e melhorar os sintomas que já não estavam a ser controlados pela medicação. O doente fica com uma boa capacidade motora, mas a doença continua a progredir, pois é degenerativa e ainda não conseguimos travar o seu curso", observou.

Segundo Fradique Moreira, no acompanhamento pós-operatório é feita uma gestão entre a estimulação que é fornecida ao doente e a gestão também da medicação.

"Não se opera o doente e o processo está terminado. O objetivo é restabelecer o funcionamento normal de um circuito cerebral anómalo, através da aplicação de um estímulo elétrico num núcleo específico que faz parte desse circuito, que servirá de marca-passo para o funcionamento celular", explicou o neurologista, salientando que é necessário ajustar e regular o aumento da estimulação e o decréscimo da medicação.

No CHUC, unidade que realiza esta intervenção desde final de 2012, já foram operadas cerca de 40 doentes, numa média de cerca de um por mês, mas o objetivo é continuar a crescer.

Anualmente, a especialidade de doenças do movimento naquela unidade hospitalar realiza cerca de 2.600 consultas, sendo maioritariamente referentes à doença de Parkinson.

O grande desafio da doença, que afeta quase 20 mil portugueses, é descobrir o mecanismo que leva um grupo de neurónios a deixar de produzir a substância dopamina, considerou a neurologista Cristina Januário.

"O grande desafio passa, sobretudo, por entender qual o mecanismo que leva a que aqueles neurónios deixem de produzir a substância que deviam produzir, aí é que será a forma mais interessante de atuar", frisou a especialista do CHUC.

Vila Nova de Gaia
Paula Leite e António Oliveira deram um exemplo de superação após terem sido amputados e criaram uma associação em Vila Nova de...

A Associação Nacional de Amputados (ANAMP) nasceu em dezembro de 2014, sete anos depois de um acidente de viação ter levado meia perna esquerda a Paula Leite, presidente e principal dinamizadora da instituição.

Amputada em janeiro de 2007, Paula Leite viveu os seis anos seguintes em reabilitação, período em que se deparou "com muitas falhas ao nível de apoio à pessoa amputada".

Ao mesmo tempo, apercebeu-se que manter a perna amputada ao nível do joelho retirava-lhe "qualidade de vida", obrigando-a a "deslocar-se exclusivamente com o apoio de canadianas".

"Decidi fazer uma segunda amputação, compatível com o uso de uma prótese, e hoje não só sou autónoma como vivo sem dor. Estou novamente dentro da vida", explicou Paula Leite.

Nesse tempo conheceu o que seria o seu marido e atual vice-presidente da ANAMP, António Oliveira, também ele amputado da mão direita. E, desde então, na casa de família transformada em sede exercem "uma atividade ininterrupta de apoio a centenas de pessoas".

Com quase dois anos e meio de existência, a associação sofre ainda de um problema estrutural, faltando-lhe uma sede, carência que a Câmara Municipal de Gaia "prometeu resolver até agosto", revelou o dirigente.

Reclamando uma "forma diferente de pensar", Paula Leite e António Oliveira apostam na inclusão dos amputados "através da prática desportiva". E, da sua intervenção, nasceram projetos de escalada adaptada, voleibol e ciclismo para amputados.

"Queremos que as pessoas vivam, que não fiquem confinadas à sua deficiência", frisou António Oliveira, exemplificando com o exemplo de uma amiga de Braga, também ela amputada, e que "há 15 anos não saía de casa para conviver".

A inscrição de nove deles no 1.º Campeonato Nacional de Escalada Adaptada, em Braga, revelou que a aposta "foi ganha" e ela "foi a primeira dos participantes pela ANAMP a completar os 15 metros da escalada", congratulou-se Paula Leite.

"A limitação está na nossa cabeça, essa é a nossa única amputação", salientou a presidente da ANAMP, para quem "só a falta de ferramentas é limitadora para os amputados".

Prestando apoio em várias áreas, é na "falta de informação sobre os seus direitos" de quem sai de um hospital amputado que os próprios encontram as maiores barreiras para continuarem a viver.

Ainda a aguardar pelo estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), a ANAMP ocupa uma "parte substancial do seu tempo a auxiliar em termos jurídicos e técnicos as pessoas", disse Paula Leite.

"Não temos recursos, mas temos conhecimentos e já conseguimos arranjar próteses para amputados, quer a preços mais vantajosos, quer recolhendo-as de familiares dos anteriores proprietários, entretanto falecidos", acrescentou.

Com a chegada da sede, os dois responsáveis esperam conseguir "redimensionar o papel da associação e, por exemplo, começar a trabalhar nos hospitais, ajudando as pessoas amputadas em termos jurídicos e técnicos enquanto estas ainda estiverem internadas".

"Em Portugal, entre o pedido de uma prótese e sua chegada passa, em média 1,5 anos, pelo que se pudermos começar esse processo ainda no hospital, será um tempo que essas pessoas vão ganhar para recuperarem as suas vidas", frisou a presidente.

Direção-Geral da Saúde
O número de casos de hepatite A notificados desde o início do ano, em Portugal, subiu para 160, revelou o diretor-geral da Saúde.

Em declarações aos jornalistas, Francisco George adiantou ainda que a vacinação para a hepatite A vai ser alargada, deixando de ser exclusivamente feita num único centro em Lisboa.

Haverá cinco pontos de vacinação, abrangendo as várias regiões de Portugal continental, e um ponto na Região Autónoma dos Açores e outro na Região Autónoma da Madeira.

O diretor-geral da Saúde lembrou que a vacinação é feita mediante prescrição médica e através de critérios que estão definidos pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

As autoridades estão a finalizar uma nova norma sobre o surto de hepatite A, que definirá nomeadamente os locais de vacinação e a quem deve ser administrada a vacina.

Sobre os casos de sarampo que têm sido recentemente detetados em Portugal, Francisco George confirmou que há seis casos da doença confirmados e que está a ser ainda investigado de que forma estas seis pessoas apanharam a doença.

O sarampo é uma das doenças infeciosas mais contagiosas, podendo provocar doença grave ou mesmo a morte. É evitável pela vacinação e está, há vários anos, controlada em Portugal.

O diretor-geral da Saúde recordou que as autoridades receberam recentemente informação da Organização Mundial da Saúde sobre surtos de sarampo na Europa, muito devido a “bolsas de pais e de mães” que decidem não vacinar os seus filhos.

Os seis casos para já existentes em Portugal ainda estão sob investigação, no sentido de se perceber se o vírus foi adquirido no estrangeiro ou por contactos com estrangeiros. A maioria dos casos é em crianças não vacinadas que ainda não tinham idade para ser vacinadas ou já teriam mas não tinham ainda levado a vacina.

A vacina do sarampo é, de acordo com o Programa Nacional de Vacinação, administrada pela primeira vez aos 12 meses.

Francisco George considera que os portugueses não têm motivo para se preocupar com o sarampo, uma vez que existe uma grande cobertura vacinal na população.

Consideram-se já protegidas contra o sarampo as pessoas que tiveram a doença ou que têm duas doses da vacina, no caso dos menores de 18, e uma dose quando se trata de adultos.

A DGS tem aconselhado a vacina a todas as pessoas que vão viajar ou participar em eventos internacionais. As vacinas são dadas gratuitamente no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 500 casos de sarampo foram reportados só este ano na Europa, afetando pelo menos sete países.

Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde, distinguiu, hoje, a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra com a Medalha de Serviços Distintos Grau ...

A entrega do galardão decorreu no Teatro Thalia, em Lisboa, no âmbito da celebração do Dia Mundial da Saúde, cujas comemorações, em 2017, se subordinaram ao tema “Depressão. Vamos falar!” (Depression: Let’s talk).

Para receber a medalha, das mãos do ministro Adalberto Campos Fernandes, que se fez acompanhar pelos secretários de Estado Fernando Araújo e Manuel Delgado, esteve a vice-presidente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), professora doutora Aida Cruz Mendes.

Na fundamentação apresentada pela Administração Regional de Saúde do Centro para a proposta de atribuição da medalha de ouro à ESEnfC, é referido que a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, cuja tradição formativa remonta a 1881 (ano da criação da Escola de Enfermeiros de Coimbra, primeira escola para enfermeiros em Portugal), “realiza a formação em parceria com instituições de saúde e de ensino superior nacionais e internacionais de referência”, estando “orientada para as novas necessidades sociodemográficas, as exigências do mercado global de trabalho e a formação ao longo da vida”.

Instituto Nacional de Estatística
A oferta de carne de aves ultrapassou pela primeira vez a dos suínos, segundo a Balança Alimentar Portuguesa, hoje divulgada...

Neste período, verificou-se “um aumento sustentado das disponibilidades de carne de animais de capoeira (16,1%), assim como das disponibilidades de carne de bovino (8,6%)”, refere o documento do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em 2016, a oferta de carne de aves fixou-se em 85,2 gramas diárias por habitante (31,1 quilogramas por pessoa por ano), o que se traduziu em mais 11,8 gramas por dia face a 2012, equivalente a mais 4,3 quilogramas por ano.

O consumo de carne de bovino para o mesmo ano foi 47,9 gramas diários por habitante, mais 3,8 gramas face a 2012.

Já a quantidade disponível de carne de suíno em 2016 foi a menor desde 1998, abaixo do valor registado em 2012, salienta o INE.

A Balança Alimentar Portuguesa (BAP) comparou o período 2012-2016 com o período 2008-2011, tendo verificado que a “carne de animais de capoeira” passou “da segunda mais importante”, com 32,6% das disponibilidades médias em 2008-2011, para primeiro lugar no quinquénio seguinte, com 36,7% (mais 4,1 pontos percentuais).

A oferta desta carne ultrapassou a de suíno que, no período 2012-2016, representou 31,5% das disponibilidades médias totais - menos 1,4 pontos percentuais (pp) face ao período anterior.

A perda de importância face ao total das disponibilidades médias entre estes períodos estendeu-se às restantes espécies, tendo a carne de bovino, que manteve a terceira posição, perdido 1,2 pp.

Quanto à oferta de pescado, os dados indicam que recuperou, entre 2014 e 2016, tendo aumentado 11,8% neste período.

Relativamente ao consumo de bebidas em Portugal, o INE refere que, em 2016, cada residente tinha disponível 580,3 mililitros (ml) por dia de bebidas não alcoólicas (em média, 547,7 ml/hab/dia no período 2012-2016).

Já as quantidades diárias disponíveis de bebidas alcoólicas por habitante situaram-se, no ano passado, em 276,1 mililitros.

O estudo verificou uma redução das disponibilidades de todas as bebidas alcoólicas entre 2012 e 2016 relativamente à média das disponibilidades do período 2008-2011.

A cerveja continuou a ser a bebida alcoólica com maior quantidade disponível para consumo, correspondendo a 50,5% das quantidades totais disponíveis para consumo das bebidas alcoólicas em 2016 (139,5 ml/hab/dia).

A BAP destaca ainda que o Índice Adesão à Dieta Mediterrânica decresceu 4% entre 2012 e 2014.

A partir de 2014 e até 2016, o índice aumentou 2,8%, revelando uma recuperação face ao padrão desta dieta.

Entrevista
À margem do Congresso Português de Hepatologia, organizado pela Associação Portuguesa para o Estudo

Atlas da Saúde – O que é a Colangite Biliar Primária e qual a sua incidência?

Prof. Albert Parés – A Colangite Biliar Primária é uma doença do fígado que afeta geralmente mulheres de meia idade e que produz uma inflamação das vias biliares microscópicas.

Quando a doença progride pode dar origem a uma cirrose, se bem que esta situação é, atualmente, pouco frequente. Este foi, aliás, o motivo pelo qual se trocou o nome da doença substituindo cirrose por colangite.

Não há dados exatos sobre a sua incidência mas sabe-se que é pouco frequente, sendo considerada como uma doença rara. Em Espanha, estimava-se que a prevalência seria de 30 casos em 1 milhão de habitantes mas, provavelmente, esta seria uma estimativa baixa, uma vez que atualmente se conhece melhor a doença e se diagnosticam mais casos.

A.S – Sabe-se que a doença afeta principalmente o sexo feminino? Existe alguma explicação?

Prof. Albert Parés - Este é um dado muito curioso e desconhecemos a razão. Em todos os países a doença é predominante no sexo feminino, rondando 90% dos casos. Tem-se especulado que este aspecto se deve a diferenças hormonais entre homens e mulheres, no entanto não foi possível estabeler nenhuma associação. Na verdade, os doentes do sexo masculino não apresentam nenhum transtorno hormonal.

A.S. – Quais são os principais sintomas da Colangite Biliar Primária?

Prof. Albert Parés - Hoje em dia, mais de 60% dos casos são assintomáticos. A doença é diagnosticada mediante alterações em análises laboratoriais que são realizadas por outras razões, incluindo em check-up de rotina.

Quando há sintomas, o mais frequente é o prurido, uma sensação de pele a picar. No entanto, também se tem considerado o cansaço como um sintoma próprio da doença. Se a Colangite Biliar Primária for diagnosticada numa fase mais avançada, o doente pode apresentar sintomas como icterícia ou urina escura.

A.S – A partir de que idade pode surgir?

Prof. Albert Parés - É frequente surgir entre os 40 e os 60 anos dia idade, no entanto, pode aparecer em pessoas mais novas ou diagnosticar-se em idosos. Um aspeto curioso é que a Colangite Biliar Primária nunca surge na infância.

A.S – Quais são as causas desta doença?

Prof. Albert Parés - As causas não são conhecidas. A Colangite Biliar Primária está incluída no grupo de doenças autoimunes. Ou seja, supõe-se que exista algum fator que modifique o sistema imunitário do doente afetando as células dos pequenos ductos biliares.

Entre os fatores desencadeantes pensa-se que estarão alguns agentes bacterianos ou víricos, no entanto, ainda não foi possível estabelecer esta relação.

Por outro lado, há uma teoria que supõe a ação de algum agente químico ambiental. Esta hipótese tem-se baseado em estudos epidemológicos que têm relacionado o verniz das unhas ou a coloração para cabelo com a doença.

De qualquer forma, o que sabemos é que desconhecemos a verdadeira causa da Colangite Biliar Primária, tal como acontece com a maioria das doenças de origem autoimune.

A.S. – Como é feito o seu diagnóstico? São necessários exames laboratoriais específicos?

Prof. Albert Parés - O diagnóstico é feito mediante a presença de uma alteração analítica que revela  dificuldade na eliminação da bilis, desde que se tenha confirmado, por meio de ecografia, que não existem anomalias nos grandes ductos, e pela presença de anticorpos antimitocondriais.

Quando estes dois elementos estão presentes, é possível confirmar-se o diagnóstico. No entanto, se faltar algum destes indicadores é necessário recorrer a uma biópsia hepática que mostre as lesões próprias da doença.

A.S. – Tendo em conta que nem sempre é fácil chegar a este diagnóstico, a que sintomas devemos estar atentos?

Prof. Albert Parés - O diagnóstico não é difícil se o médico estiver atento à possibilidade do doente poder sofrer de Colangite Biliar Primária, e, como referi anteriormente, a maioria dos doentes não apresenta sintomas.

Nos pacientes sintomáticos, a presença de prurido, sobretudo nos braços e pernas, mas também de modo generalizado e intenso, ao ponto de impedir o doente de dormir, é um aspeto a ter em atenção.

É muito comum o doente consultar primeiro um dermatologista por achar que a causa do prurido será uma doença de pele.

A.S. – Qual o prognóstico da doença?

Prof. Albert Parés - Hoje em dia, a maioria dos doentes apresenta um bom prognóstico uma vez que raramente a doença evolui para cirrose. Este foi, aliás, o motivo que levou a mudar o nome da patologia.

No entanto, existe um número considerável de doentes para o quem o tratamento standard não é suficiente e estes são os casos que apresentam pior prognóstico uma vez que a doença é progressiva.

A.S. – Qual é o tratamento mais utilizado? Que opções terapêuticas existem?

Prof. Albert Parés - Há mais de 30 anos que se utiliza o ácido ursodeoxicólico. Este tratamento é muito eficaz e deve ser prescrito em todos os casos, já que é expectável que seja eficaz em 60% dos doentes.

Quando o doente responde ao tratamento tem grande probabilidade de viver com se não tivesse a doença.

O que problema é que há doentes que não respondem adequadamente ao ácido ursodeoxicólico.

Para estes casos estão a ser testados diferentes medicamentos, alguns com eficácia demonstrada como é o caso do ácido obeticólico que está indicado a pacientes com resposta insuficiente ao tratamento standard.

O ácido obeticólico é administrado em associação ao ácido ursodeoxicólico, embora tenha demonstrado eficácia quando tomado isoladamente.

A.S. – O tratamento promove a cura ou é utilizado para impedir a progressão da doença?

Prof. Albert Parés – Os fármacos impedem que a doença progrida. Não proporcionam a cura uma vez que não atuam sobre a causa da doença que desconhecemos.

De qualquer forma, se o doente responde ao tratamento deve fazê-lo de forma continuada. Caso contrário, voltará  a apresentar alterações analíticas próprias da doença e, como consequência, ela irá progredir.

A.S – Quais são as principais complicações da doença?

Prof. Albert Parés – Se a doença estiver controlada, com o tratamento habitual ou com os novos fármacos, não devem existir complicações secundárias. No entanto, quando a dificuldade em eliminar a bílis é muito intensa e persistente pode ocorrer um défice vitamínico ou desenvolvimento de osteoporose, que é uma doença que se caracteriza por debilidade dos ossos e que favorece o aparecimento de fraturas.

Secura nos olhos, diminuição da produção de saliva e mau funcionamento da glândula tiroideia são alguns dos efeitos frequentes.

A.S. – Nas últimas décadas não têm existido qualquer inovação no tratamento farmacológico desta doença. O que representa a introdução do ácido obeticólico e quais as suas vantagens em relação a outros fármacos?

Prof. Albert Parés – Este novo fármaco representa a possibilidade de melhorar e impedir a progressão da Colangite Biliar Primária no doente que apresenta uma resposta inadequada ao tratamento convencional.

No que respeita às suas vantagens, apenas posso dizer não temos evidências suficientemente claras sobre a eficácia e segurança em relação a outros farmácos que estão a ser desenvolvidos. 

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Instituto Nacional de Estatística
A quantidade de alimentos disponíveis para cada adulto em Portugal é quase duas vezes o consumo recomendado, uma oferta...

“As disponibilidades alimentares para consumo no período 2012-2016, continuam a evidenciar uma oferta alimentar excessiva e desequilibrada que tem vindo a afastar-se progressivamente do padrão alimentar mediterrânico, ainda que na última década se tenham observado algumas melhorias”, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Neste período, que “ficou marcado pelo último ciclo recessivo, com epicentro em 2012”, o que levou a que a generalidade dos grupos alimentares apresentasse disponibilidades inferiores às do período 2008-2011, estavam disponíveis para consumo 8,6 milhões de toneladas de alimentos brutos, exceto bebidas.

“A sua conversão em calorias revela um aporte calórico médio de 3.834 kcal (3.938 kcal no período 2008-2011), com um mínimo de 3.811 Kcal em 2012 (o nível mais baixo desde 2005) e um máximo de 3.895 kcal em 2016”, refere a Balança Alimentar Portuguesa (BAP).

O valor recomendado por cada adulto é de cerca de duas mil calorias diárias.

Em média, cada português tinha disponível diariamente para consumo 213,3 gramas de carne, 54,3 gramas de pescado, meio ovo, 332,7 gramas de leite e produtos lácteos, 338,7 gramas de cereais, 217,1 gramas de batata, 288,2 gramas de hortícolas, 222,2 gramas de frutos, 8,0 gramas de leguminosas secas, 102,9 gramas de óleos e gorduras, 73,6 gramas de açúcar, 23,7 gramas de produtos estimulantes, 547,7 mililitros de bebidas não alcoólicas e 266,7 mililitros de bebidas alcoólicas.

Quando comparada com o padrão alimentar recomendado pela Roda dos Alimentos, há “excesso de oferta de produtos alimentares dos grupos da “carne, pescado e ovos”, com 11,5 p.p. acima do consumo recomendado, e dos “óleos e Gorduras”, resultados que já se verificavam em edições anteriores da BAP.

Já a oferta disponível para os grupos de hortícolas, frutos e leguminosas secas é deficitária, com disponibilidades de -7,3 pontos percentuais e -6,8 pontos percentuais, respetivamente, adianta a BAP, que analisa a oferta de alimentos, enquadrando as disponibilidades alimentares e a respetiva evolução em Portugal, em termos de produtos, nutrientes e calorias.

O INE destaca ainda o “desvio negativo” do grupo leite e produtos lácteos de menos 0,7 pontos percentuais, quando em 2012 apresentava um desvio positivo de mais 1,6 p.p. face à Roda dos Alimentos.

Tendo em conta os valores de referência diários de vitaminas e minerais para um adulto, verificou-se que “as disponibilidades diárias ‘per capita’ destes microconstituintes estão acima destes limiares”.

Analisando o quinquénio 2012-2016, o INE refere que foram “várias as ocorrências com impacto nas disponibilidades alimentares”, nomeadamente o período recessivo da economia (2011-2013), a extinção do regime de quotas leiteiras, o embargo da Rússia à carne europeia, a aplicação da Diretiva Bem-Estar Animal, as ações de sensibilização para hábitos de alimentação mais saudável.

“A alteração de hábitos alimentares e a extinção do regime de quotas leiteiras agravaram a redução do consumo aparente de leite, a situação de seca em 2012 reduziu ainda mais as disponibilidades de carne e os limites à captura de sardinha impostos no quadro das medidas de gestão adotadas para este recurso tiveram forte impacto na evolução das capturas de pescado”, sublinha a BAP.

Governo Regional
A deslocação de doentes e acompanhantes das seis ilhas sem hospital nos Açores para as três unidades hospitalares do Serviço...

“O custo registado no ano de 2016, com a deslocação de doentes e acompanhantes (…) totalizou 4,334.600,00 euros”, refere o Governo Regional em resposta ao requerimento do Bloco de Esquerda, apresentado em março, que pretendia saber quais os custos anuais relativos às deslocações de utentes do Serviço Regional de Saúde para consultas de especialidade em ilhas sem hospital.

No arquipélago apenas as ilhas de São Miguel, Terceira e Faial têm hospital.

Nas restantes seis ilhas, os utentes, quando não têm resposta pública na medicina de especialidade e na realização de exames, são encaminhados pelos respetivos médicos de família para as ilhas com hospital.

De acordo com o executivo regional socialista, o valor mencionado são “dados estimados, uma vez que ainda decorre o fecho definitivo das contas de gerência das Unidades de Saúde de Ilha” e incluem a realização de consultas, mas também meios complementares de diagnóstico.

Quanto à despesa com a deslocação de acompanhantes no último ano, o Governo Regional explica na resposta que esta “não é individualizada contabilisticamente, atendendo a que se tratam de processos de deslocação referenciados ao doente, onde a existência de acompanhantes depende de critérios clínicos ou decorre da legislação aplicável”.

Em março o secretário regional da Saúde, Rui Luís, anunciou a criação nos Açores da figura do gestor da deslocação do doente, para centralizar as marcações dos atos clínicos, e fazer o levantamento dos equipamentos do sistema de saúde, com vista à sua otimização.

Na mesma altura, o governante afirmou que “já foi efetuado o levantamento das necessidades de consultas e exames em cada uma dessas ilhas e com objetivos devidamente quantificados”.

António Costa
O primeiro-ministro afirmou hoje que o Governo vai criar num ano mais 300 vagas em unidades de cuidados integrados continuados...

António Costa falava após ter inaugurado uma unidade de cuidados continuados integrados de saúde mental numa residência do Restelo, em Lisboa, numa cerimónia em que também discursaram os ministros da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e da Solidariedade Social, Vieira da Silva.

Tendo a escutá-lo os diretores gerais de Saúde, Francisco George, e do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependência, João Goulão, o primeiro-ministro defendeu o modelo de cuidados continuados integrados, particularmente em termos de trabalho em rede e de parceria entre os ministérios da Saúde e da Solidariedade Social como fator de "gestão mais eficiente" ao nível do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Neste ponto, porém, António Costa citou uma frase atribuída a Jorge Sampaio, segundo a qual "há mais vida para além do défice", para sustentar que o mais importante é a qualidade do tratamento e, no caso da saúde mental, da integração e da progressiva autonomia dos doentes.

"Mais importante do que a eficiência na alocação de recursos é que esta forma de abordagem de enquadramento das pessoas que continuadamente sofrem de saúde mental permite melhores resultados no tratamento, na reinserção e autonomização dos doentes. Por isso, nos próximos 12 meses, o objetivo do Governo é criar 300 novas camas para cuidados continuados integrados na área da saúde mental", disse.

Antes, o ministro da Saúde tinha elogiado as vantagens do "casamento" entre os ministérios da Saúde e da Solidariedade Social ao nível dos cuidados continuados integrados.

No fim da cerimónia, António Costa dirigiu-se a Vieira da Silva e Adalberto Campos Fernandes e, numa nota de humor, disse-lhes: "Felicidades no vosso casamento".

Estudo
O consumo de cafeína é eficaz tanto na prevenção como no tratamento da depressão, revela um estudo internacional que contou com...

Ao longo de seis anos, uma equipa de 14 investigadores da Alemanha, Brasil, Estados Unidos da América e Portugal, coordenados por Rodrigo Cunha, do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), efetuou um conjunto de estudos e experiências em modelos animais (ratinhos) para avaliar em que medida a cafeína interfere na Depressão, a doença com maiores custos socioeconómicos do mundo ocidental.

A equipa começou por sujeitar dois grupos de ratinhos a situações de Stress Crónico Imprevisível, isto é, a sucessivas situações negativas e por vezes extremas (privação de água, exposição a baixas temperaturas, etc.), durante três semanas. A um dos grupos foi administrada cafeína diariamente, escreve o Sapo.

No final da experiência observou-se que os animais que consumiam cafeína, em doses equivalentes a quatro / cinco chávenas de café por dia em humanos, "apesar de todas as situações negativas a que foram sujeitos, apresentavam menos sintomas em relação ao outro grupo, que registou as cinco alterações comportamentais típicas da depressão: imobilidade (os ratinhos deixaram de reagir), ansiedade, anedonia (perda de prazer), menos interações sociais e deterioração da memória", explica o coordenador do estudo.

A segunda fase da pesquisa consistiu em identificar o alvo molecular responsável pelas modificações observadas, tendo os investigadores concluído que os recetores A2A para a adenosina (que detetam a presença de adenosina, uma molécula que sinaliza perigo no cérebro) são os protagonistas de todo o processo.

Considerando um estudo anterior realizado nos EUA, no qual Rodrigo Cunha havia participado como consultor científico, em que doentes de Parkinson tratados com istradefilina – um novo fármaco da família da cafeína antagonista dos recetores A2A (fármaco que inibe a atuação dos A2A) - mostraram melhorias significativas, a equipa decidiu aplicar este medicamento nos ratinhos deprimidos.

Estudo
Um vírus comum na infância pode provocar intolerância permanente ao glúten e desencadear doença celíaca, um transtorno...

A doença celíaca ocorre quando o corpo tem uma resposta imune inadequada - muito parecida com uma alergia - ao glúten, uma proteína presente no trigo, no centeio e na cevada.

A doença danifica o revestimento do intestino delgado e não tem cura - os sintomas só podem ser evitados com a eliminação do glúten da dieta, escreve o Sapo.

Se o estudo publicado na revista Science, baseado em experiências em ratos, for confirmado em investigações com humanos, uma vacina poderá prevenir a doença celíaca, dizem os investigadores citados pela agência de notícias France Presse.

"O estudo mostra claramente que um vírus que ainda é clinicamente assintomático pode afetar o sistema imunitário e preparar o cenário para um transtorno autoimune, e para a doença celíaca em particular", disse Bana Jabri, autora principal do estudo e diretora no Centro de Doença Celíaca da Universidade de Chicago.

O estudo descobriu que vírus intestinais chamados reovírus podem fazer o sistema imunitário reagir exageradamente ao glúten, uma proteína que já é difícil de digerir.

Segundo o estudo, o vírus provoca um aumento de anticorpos que podem deixar uma "marca permanente no sistema imunitário que gera uma resposta autoimune ao glúten".

A maioria das crianças começa a comer cereais com glúten por volta dos seis meses.

EUA
Afirma um grupo de pesquisa que a solução para um problema que afeta a maioria dos adolescentes parece ter sido descoberta e...

Uma equipa de cientistas da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, desenvolveu uma vacina que promete erradicar o acne. E vai estar disponível dentro de apenas alguns anos.

Eric C. Huang, líder do projeto de pesquisa, revelou à revista Allure que próximo passo antes da comercialização é testar a vacina em humanos. O grupo já elaborou testes em peles com acne, recolhidas em biópsias, escreve o Observador.

Porém, os cientistas depararam-se com algumas dificuldades. É que eliminar a bactéria que causa o acne não poderia ser a solução. “O acne é causado, em parte, pela bactéria P. acnes que está nas pessoas durante a toda a vida e nós não poderíamos criar uma vacina para a bactéria porque, em algumas formas, a P. acnes é boa para as pessoas.”, revela Eric C. Huang, líder do projeto de pesquisa. Daí que o objetivo da vacina seja controlar e reduzir os sintomas da bactéria do acne na pele.

A futura vacina, explica o mesmo artigo, conseguirá bloquear os efeitos negativos da bactéria do acne sem a eliminar. “Descobrimos um anticorpo contra uma proteína tóxica que as bactérias P. acnes segregam na pele. A proteína está associada à inflamação que leva ao acne”, explica Eric C. Huang.

Esta descoberta poderá alterar a vida de milhões de pessoas e pode representar um negócio mundial. Segundo a Academia Americana de Dermatologia, mais de 50 milhões de americanos sofrem de acne.

Direção-Geral da Saúde
A demora média de internamento hospitalar para as doenças mentais é o dobro das restantes patologias e fixou-se em 16,7 dias em...

Os dados divulgados hoje, quando se assinala o Dia Mundial da Saúde, que tem como tema a depressão, indicam que a demora média de internamento para as doenças do foro mental baixou 0,2 dias em Portugal entre 2005 e 2014.

Segundo o boletim informativo semanal do Plano Nacional de Saúde, no sentido oposto variou a demora média de internamento por todas as patologias nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que no mesmo período cresceu 0,4 dias.

No documento, a DGS sublinha que “a demora média é duplicada (2X) para doenças do foro mental em relação à média para todas as patologias [7,8 dias em 2014]”.

A demora média de internamento por diagnóstico é calculada dividindo o número total de dias de internamento hospitalar, em todos os hospitais, contados a partir da data de admissão até a data de alta, pelo número total de altas (incluindo óbitos) num determinado ano.

Em Portugal, especialistas têm estimado que a depressão possa afetar anualmente cerca de 400 mil pessoas.

“A depressão afeta pessoas de todas as idades, de todas as esferas da vida, em todos os países. Provoca angústia e tem impacto na capacidade de as pessoas realizarem até mesmo tarefas diárias mais simples, com consequências às vezes devastadoras para o relacionamento com a família e amigos e a capacidade de ganhar a vida”, referem as autoridades de saúde portuguesas num texto colocado no portal do Serviço Nacional de Saúde a assinalar o Dia Mundial da Saúde.

Em Portugal, as perturbações mentais e do comportamento mantêm um peso significativo no total de anos de vida saudável perdidos e representam 20,55% do total de anos vividos com incapacidade (mais do que as doenças respiratórias ou a diabetes).

Num documento da DGS a propósito do Dia Mundial da Saúde, os especialistas recordam que as perturbações depressivas são condições de saúde diagnosticáveis e distintas dos sentimentos de tristeza, tensão ou medo que qualquer pessoa pode experienciar ao longo da vida.

Um dos dados que preocupa os especialistas é o intervalo que medeia entre o início de sintomas da depressão e o tratamento médico, que, em 2014, era em média de cinco anos. Só 35% das pessoas com depressão acedeu a cuidados médicos no primeiro ano de surgimento dos sintomas.

Portugal mantém-se há anos como o país da Europa com maior consumo de benzodiazepinas, o grupo dos ansiolíticos e tranquilizantes mais prescritos no SNS, apesar de serem medicamentos que frequentemente induzem dependência e tolerância (necessidade de aumento progressivo da dose para obter resultados).

Organização Mundial da Saúde
Mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de depressão, doença que segundo a Organização Mundial da Saúde mais...

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelados este mês, estima-se que em 2015 a depressão tenha atingido mais de 300 milhões de pessoas, 4,4% da população mundial, registando-se número quase igual de pessoas que sofrem de alguma perturbação de ansiedade (havendo pessoas que acumulam as duas condições).

Em Portugal, especialistas têm estimado que a depressão possa afetar anualmente cerca de 400 mil pessoas.

“A depressão afeta pessoas de todas as idades, de todas as esferas da vida, em todos os países. Provoca angústia e tem impacto na capacidade de as pessoas realizarem até mesmo tarefas diárias mais simples, com consequências às vezes devastadoras para o relacionamento com a família e amigos e a capacidade de ganhar a vida”, referem as autoridades de saúde portuguesas num texto colocado no portal do Serviço Nacional de Saúde a assinalar o Dia Mundial da Saúde, que hoje se assinala e que tem como tema a depressão.

A depressão é ainda a causa que mais contribui para as mortes por suicídio, que chegam a 800 mil por ano em todo o mundo. Em termos mundiais, o suicídio é mesmo já a segunda principal causa de morte entre os 15 e os 29 anos.

Mas, em Portugal, o suicídio é mais comum entre pessoas mais idosas, nomeadamente que tenham doenças crónicas incapacitantes e que vivam sós.

Em Portugal, as perturbações mentais e do comportamento mantêm um peso significativo no total de anos de vida saudável perdidos e representam 20,55% do total de anos vividos com incapacidade (mais do que as doenças respiratórias ou a diabetes).

Num documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) a propósito do Dia Mundial da Saúde, os especialistas recordam que as perturbações depressivas são condições de saúde diagnosticáveis e distintas dos sentimentos de tristeza, tensão ou medo que qualquer pessoa pode experienciar ao longo da vida.

Mas a depressão pode ser prevenida e deve tratada, sendo esta uma das mensagens chave da OMS para o Dia Mundial da Saúde:

“Uma melhor compreensão do que a depressão é e como pode ser prevenida e tratada ajudará a reduzir o estigma (ou carga negativa, comum a toda a doença mental) associado e levar a que mais pessoas procurem ajuda”.

Em Portugal, um dos dados que preocupa os especialistas é o intervalo que medeia entre o início de sintomas da depressão e o tratamento médico, que, em 2014, era em média de cinco anos. Só 35% das pessoas com depressão acedeu a cuidados médicos no primeiro ano de surgimento dos sintomas.

Em termos de tratamento, as normas de orientação clínica recomendam, em primeira linha, a psicoterapia para pessoas com perturbações mentais comuns.

Mas a própria DGS reconhece que esta orientação com vista à psicoterapia é inviabilizada pela escassez de psicólogos clínicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), bem como pelo facto de nem todos os que existem terem formação específica para essas intervenções.

Também por isso, Portugal mantém-se há anos como o país da Europa com maior consumo de benzodiazepinas, o grupo dos ansiolíticos e tranquilizantes mais prescritos no SNS, apesar de serem medicamentos que frequentemente induzem dependência e tolerância (necessidade de aumento progressivo da dose para obter resultados).

A evidência científica tem mostrado efeitos preocupantes na toma prolongada desta espécie de ansiolíticos.

Ao contrário, a toxicidade que era comum nos antidepressivos praticamente desapareceu na geração mais recente deste tipo de medicamentos.

No documento elaborado pela DGS, alerta-se que as perturbações depressivas necessitam de uma “adequada avaliação psicológica”, com encaminhado para eventual psicoterapia complementada com medicação antidepressiva quando é necessário.

No Dia Mundial da Saúde, o primeiro-ministro marca presença na inauguração da primeira Unidade de Cuidados Continuados em Saúde Mental, no Restelo, em Lisboa.

As comemorações do Dia Mundial da Saúde decorrem este ano no Teatro Thalia, em Lisboa, com uma sessão dedicada à depressão, que incluirá uma mesa-redonda sobre a doença e a atribuição do Grande Colar do Prémio Nacional de Saúde ao médico Gentil Martins.

A sessão prossegue com a atribuição de Medalhas de Distinção do Ministério da Saúde.

À tarde, será inaugurado pelo Presidente da República o futuro espaço-sede do Museu da Saúde, no Hospital de Santo António dos Capuchos.

Portugal
O diretor-geral da Saúde, Francisco George, disse que existe "uma grande preocupação" com os cinco casos de sarampo...

“Estamos realmente preocupados, porque o sarampo estava eliminado e tínhamos sido, até aqui, um país livre da doença, devido ao programa de vacinação, sobretudo das crianças, com uma vacina que deve ser administrada aos 12 meses de idade”, disse Francisco George, em Albufeira, no Algarve, onde participava num encontro promovido pelo Rotary local.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) revelou ontem que Portugal regista desde o início do ano cinco casos de sarampo, um no norte e quatro no Algarve, estes últimos detetados no mês de março.

De acordo com o diretor-geral de Saúde, os casos estão a ser investigados, porque é preciso perceber como é que as crianças, que não estavam vacinadas, adquiriram a doença.

Francisco George referiu que Portugal estava avisado para o surgimento de eventuais casos de sarampo, “depois de a Organização Mundial da Saúde ter comunicado que havia esse risco, quando identificou bolsas importantes da população que não vacinavam os seus filhos”.

“Apesar da pouca expressão de crianças não vacinadas em Portugal, estávamos avisados e numa posição muito atenta, com o reforço da vigilância”, sublinhou.

Segundo o diretor-geral da Saúde, a vacina é para ser administrada aos doze meses de idade, com um reforço aos cinco anos, sendo muito eficaz na proteção do sarampo.

“O nosso apelo é para que todas as crianças destas idades tenham a vacina em dia e que os pais e mães não deixem de vacinar as crianças, porque não podem dispor do destino da saúde dos seus filhos, as crianças não podem ter a sua saúde exposta a riscos, porque não têm poder de decisão”, destacou.

Francisco George alertou ainda para o perigo que o sarampo representa, “sendo uma infeções virais mais contagiosas, cuja transmissão é feita à distância, por via aérea através de gotículas ou aerossóis”.

“Uma criança que tenha sarampo, antes mesmo de surgir a expressão cutânea, uma vermelhidão [as manchas vermelhas] que designamos por exantema, são manchas que acompanham um quadro respiratório catarral, o muco nasal, expetoração e outros sintomas como os olhos pegados”, indicou.

Na opinião do diretor-geral da Saúde, “são poucos os médicos, principalmente os mais novos, que não conhecem a doença”.

“A vacinação do sarampo começou há cerca de 35 anos e, portanto, são poucos os médicos que conhecem o sarampo. É, por isso, que estamos preocupados. Estamos a falar de uma doença que tinha um diagnóstico fácil quando era frequente”, concluiu.

ARS do Norte e Centro
O ministro da Saúde anunciou a contratação de 31 novos psicólogos para o Serviço Nacional de Saúde, aos quais podem ainda vir a...

“Até ao final do corrente mês serão contratados mais 31 psicólogos para as ARS do Norte e Centro, e que adicionalmente continuamos a trabalhar com o Ministério das Finanças para poder viabilizar ainda durante o ano de 2017 a contratação adicional de 55 novos psicólogos para reforçar a oferta ao nível dos cuidados de saúde primários”, disse o ministro Adalberto Campos Fernandes.

O ministro da Saúde falava numa conferência promovida pela comissão parlamentar de saúde e pela Ordem dos Psicólogos, dedicada à depressão, tema do Dia Mundial da Saúde que se assinala na sexta-feira, e no âmbito da qual a ordem profissional apresentou a sua proposta para um Plano Nacional de Prevenção da Depressão.

“São pequenos passos num quadro de dificuldades orçamentais que vamos tendo, mas representam um sinal”, disse o ministro.

Segundo o bastonário da Ordem dos Psicólogos, Francisco Miranda Rodrigues, faltam ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) cerca de 500 psicólogos para dar resposta e encaminhamento aos casos que chegam aos serviços, que nem sempre precisam de ser medicados ou internados.

“Se temos hoje uma situação em que recorremos em primeira linha aos psicofármacos como resposta às queixas dos utentes que se apresentam com sinais de um quadro depressivo e não temos forma de fazer uma avaliação que permita um diagnóstico precoce e uma correta avaliação e encaminhamento para o tipo de apoio que aquele utente realmente precisa, logo aqui nós estamos a começar muito mal”, disse o bastonário.

Francisco Miranda Rodrigues referiu o “peso excessivo” que o consumo de medicamentos para tratar a depressão representa nos custos do SNS, e a causar “uma dependência sem resolução das questões de base que levam à depressão”.

A existência de psicólogos “numa primeira linha” de atendimento aos pacientes permitiria, em muitos casos, segundo o bastonário, orientar os doentes para situações de autoajuda, que não precisa de medicação e que pode ser “resolvida de uma forma muito rápida, com uma pequena intervenção”.

O plano pretende que o atendimento e tratamento destes casos obedeça a uma intervenção faseada, em que só em último caso se faz a referenciação dos doentes para os serviços de saúde mental nos hospitais.

Em traços genéricos, a Ordem dos Psicólogos pretende que o plano nacional represente “uma estratégia e um conjunto de ações planeadas e calendarizadas” sobre o que fazer, quando fazer e com que recursos, “com objetivos que vão desde o aumento da literacia em saúde dos portugueses até às situações que têm que ver com a intervenção nos momentos certos, e com a intervenção certa”.

Durante a sua intervenção na sessão de abertura da conferência, o ministro da Saúde referiu-se à depressão como “a mais subtil e injusta das epidemias silenciosas”, e afirmou que “se tivesse um poder mágico” para uma medida de combate à depressão seria “trabalhar muito nas políticas de felicidade”.

Adalberto Campos Fernandes atribuiu ao desemprego, às dificuldades em assegurar uma educação aos filhos e outros fatores sociais e económicos decorrentes da conjuntura de crise a responsabilidade por muitos casos de depressão, dizendo ser necessário criar “condições de contexto para que as pessoas possam ver afastadas essas limitações”.

José Matos Rosa, deputado do PSD, que preside à comissão parlamentar de saúde, referiu a depressão como “uma condição do nosso tempo” para a qual têm que ser encontradas “respostas políticas”, lembrando que Portugal é dos países onde os pacientes mais tempo demoram a procurar ajuda médica.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas sofrem de depressão em todo o mundo, e que leva ao suicídio de cerca de 800 mil pessoas todos os anos.

Em Portugal a depressão é a terceira causa mais comum para recorrer a uma consulta ao nível dos cuidados de saúde primários.

Direção-Geral da Saúde
Portugal regista desde o início do ano cinco casos de sarampo, estando a sua origem a ser investigada, disse fonte da Direção...

De acordo com Teresa Fernandes, da Direção de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde da Direção-Geral da Saúde (DGS), um dos casos situa-se no norte e quatro no Algarve, estes últimos detetados no mês de março.

A mesma fonte adiantou que um dos casos teve origem na Venezuela, estando a origem dos outros ainda a ser investigada.

A evolução dos doentes, maioritariamente crianças que ainda não tinham sido vacinadas contra o sarampo, está a ser positiva.

Teresa Fernandes reiterou a necessidade das crianças e adultos serem vacinados nos prazos previstos do Plano Nacional de Vacinação.

“Não deve haver atrasos na vacinação. A primeira dose é aos 12 meses e tem de ser administrada aos 12 meses. A segunda dose é aos cinco anos e é aos cinco anos que deve ser administrada”, afirmou.

Gilead Génese 2016
A criação de um gel que previna a transmissão do vírus da sida pelo reto foi um dos 12 projetos distinguidos pelo programa...

Os projetos contemplados com estes apoios financeiros - seis científicos e seis de iniciativa comunitária - foram divulgados numa cerimónia em Lisboa.

O Instituto Nacional de Engenharia Biomédica da Universidade do Porto propõe-se criar um produto capaz de proteger homens e mulheres contra a transmissão do VIH por via retal e evitar a sua disseminação pelo corpo.

Uma equipa de investigadores, liderada por José das Neves, irá usar partículas com um diâmetro dez mil vezes inferior a um milímetro para direcionar um medicamento contra o VIH para as células suscetíveis de serem infetadas pelo vírus.

As nanopartículas, que funcionarão como um invólucro do fármaco, ajudam o medicamento a "atravessar a camada de muco que cobre os tecidos" e a aumentar a permanência da substância ativa nas células, explicou o coordenador da equipa, José das Neves.

O microbicida (substância que destrói bactérias e vírus) a desenvolver, em gel, é para ser administrado, antes e após um ato de sexo anal.

Na lista de projetos selecionados pelo programa Gilead Génese incluem-se a prevenção de infeções sexualmente transmissíveis em jovens e o rastreio e promoção da qualidade de vida de idosos seropositivos da região de Coimbra, estes de iniciativa comunitária.

Criado em 2013, o programa Gilead Génese destina-se a financiar a investigação e as boas práticas de acompanhamento de doentes, no cancro e linfomas, no VIH/sida e nas hepatites B e C.

À edição de 2016, que voltou a contar com o patrocínio do Presidente da República, candidataram-se cerca de 30 projetos nacionais, apresentados por entidades científicas, académicas e da sociedade civil.

A farmacêutica, presente em Portugal desde 2001, produz medicamentos de uso hospitalar para o tratamento da infeção pelo vírus da sida, das hepatites B e C, de infeções fúngicas, da fibrose quística, da leucemia linfocítica crónica e do linfoma folicular.

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