Estudo
Os fatores socioeconómicos são os que mais influenciam a longevidade dos idosos, sendo as zonas mais desfavorecidas aquelas que...

De acordo com um desses estudos, desenvolvidos pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), tendo por base a população sénior do Porto, nas zonas mais desfavorecidas, localizadas nas zonas centro e leste da cidade, os idosos do sexo masculino registaram uma taxa de sobrevivência acima dos 90 anos de 22% enquanto os do sexo feminino de 26%.

Já nas zonas mais favorecidas, localizadas na metade oeste da cidade, 54% dos idosos do sexo masculino e 62% do sexo feminino chegam aos 90 anos, indicou Ana Isabel Ribeiro, investigadora da Unidade de Investigação em Epidemiologia do ISPUP responsável pelo projeto.

"Se queremos aumentar a sobrevivência da população idosa e reduzir assimetrias regionais, temos que melhorar a sua situação socioeconómica e priorizar as áreas mais pobres do país", frisou a responsável.

Para a investigadora, os resultados dos estudos mostram que é cada vez mais é importante criar políticas sociais e de saúde orientadas para a população sénior, "que está mais desprotegida e mais sofre com as questões sociais e económicas".

Segundo Ana Isabel Ribeiro, que falava a propósito do Dia Mundial da Terceira Idade, celebrado no sábado, o objetivo destes estudos era verificar a quantidade de idosos com idades compreendidas entre os 75 e os 84 anos que chegavam aos 90 anos, na Europa, em Portugal no Porto, relacionando a taxa de sobrevivência com fatores socioeconómicos, ambientais e o acesso aos serviços de saúde.

De acordo com a investigadora, os resultados a nível nacional seguem a tendência registada a nível local.

As zonas mais favorecidas, no litoral norte e centro, apresentaram taxas de sobrevivência até aos 90 anos de 40% para os homens e de 67% para as mulheres, enquanto nas zonas mais desfavorecidas, no Alentejo e no interior norte, essa taxa situava-se nos 28% para os homens e nos 35% para as mulheres.

Já a nível europeu, a equipa identificou maiores níveis de sobrevivência no norte de Espanha e na França e níveis mais baixos no Reino Unido e em alguns países pouco industrializados, como é o caso dos escandinavos.

De acordo com a investigadora, os fatores socioeconómicos explicam grande parte das desigualdades geográficas verificadas na distribuição da taxa de sobrevivência dessa população, enquanto o ambiente físico e o acesso aos serviços de saúde parecem "não ter uma influência tão decisiva na sua longevidade".

"Estas desigualdades geográficas explicam-se pelas diferenças na forma como a pobreza e a riqueza se distribuem no país", indicou Ana Isabel Ribeiro.

Atualmente, a esperança média de vida à nascença em Portugal “ronda os 82 anos”, indicou Ana Isabel Ribeiro, acrescentando que, à medida que esta aumenta, devido à queda da mortalidade precoce, as desigualdades em saúde e na sobrevida começam a manifestar-se mais tarde.

Associação
A coordenadora do conselho científico da Associação de Doentes de Dor Crónica dos Açores estima que a prevalência de dor...

“Estamos cientes que devido ao clima, às patologias ósseas, ao reumatismo, às doenças oncológicas, aos idosos, nós realmente temos uma prevalência bastante acentuada (de dor crónica), possivelmente superior à média europeia e à nacional”, admitiu Maria Flor de Lima.

Segundo a médica, a prevalência de dor crónica nos Açores deverá ser superior à estimada na Europa, que é de “um quarto da população”, devido a “particularidades” da Região.

“Temos determinadas patologias que são muito específicas da nossa Região, por exemplo as doenças oncológicas, onde parece que temos uma incidência maior, também se acompanham de dor, quase 100%. Temos algumas particularidades no caso da doença de Machado Joseph. Fizemos um pequeno estudo onde mais de 50% destes doentes apresentam dor crónica”, exemplificou.

Maria Flor de Lima lembra que os últimos estudos revelam que “um em cada cinco europeus sofre de dor crónica”, sendo que o último estudo feito a nível nacional apontou para “30% de incidência” e salienta a importância de se fazer “um estudo mais atualizado” que possa confirmar essa maior prevalência nos Açores.

Para responder a essa problemática, a Associação de Doentes de Dor Crónica dos Açores (ADDCA) já reuniu com o Governo Regional dos Açores no sentido de apresentar “projetos regionais inovadores” que aguardam “autorização”.

“Deslocar os profissionais aos centros de saúde em vez de deslocar os doentes aos hospitais onde têm listas de espera de seis meses, temos uma proposta onde queremos aplicar determinadas técnicas de psicologia, fisioterapia e de nutrição para melhorar a qualidade de vida destes doentes, um projeto ambicioso para dois anos e que terá uma fase de avaliação e de replicação a nível regional”, disse.

A ADDCA está, segundo a responsável, “com um pé no Parlamento Europeu” tendo em conta que foi admitida este ano como membro da Pain Alliance Europe, sendo que a partir de agora todas as "ações feitas pela Associação podem ser replicadas noutros sítios”.

“Estamos representados na Pain Alliance e ao mesmo tempo temos voz, porque somos um membro. Os nossos eventos são todos divulgados a nível europeu, participamos em grupos diversos, alguns ao nível do Parlamento Europeu, como por exemplo o grupo dos direitos europeus que é fundamental e onde nós encontramos algum acolhimento para promovermos o nosso trabalho”, disse.

A ADDCA comemorou na tarde de sábado o 12.º aniversário com o colóquio “Na rota da dor – Ponta Delgada” na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada.

O colóquio direcionado ao público contou com as participações da eurodeputada Sofia Ribeiro, da diretora regional da saúde Tânia Cortez e com representantes da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor.

A Associação de Doentes de Dor Crónica dos Açores foi a primeira a surgir em Portugal e a segunda na Península Ibérica.

A partir de janeiro
Os beneficiários da ADSE podem passar a pagar mais 1,51 euros nas consultas de clínica geral no privado e mais 1,01 euros nas...

A proposta do conselho diretivo da ADSE, que foi enviada ao conselho geral e de supervisão para apreciação, prevê que, a partir de janeiro, os beneficiários do sistema de saúde da função pública que recorram aos privados com acordo com a ADSE passem a pagar 5 euros por consulta em ambos os casos.

Se a proposta for adiante, também os encargos suportados pela ADSE com as clínicas privadas poderão subir 4,03 euros nas consultas de clínica geral e 0,53 euros nas de especialidade, para 20 euros.

Já a tabela de medicina dentária “foi totalmente reformulada”, apresentando novos atos médicos, e as simulações efetuadas apontam para acréscimos de encargos para a ADSE e para os beneficiários “em média acima dos 25%”, lê-se na proposta.

Segundo o documento assinado pelo presidente da ADSE, Carlos Baptista, a proposta “procura introduzir mecanismos de combate à fraude” no caso dos transportes, nas cirurgias de preços globais, na faturação de medicamentos durante o internamento e tratamentos do foro oncológico.

Além disso, “permite criar limites à faturação” apresentada pelas entidades convencionadas, acrescenta o responsável pela ADSE.

Já nas consultas de medicina dentária, o acréscimo é justificado pelo facto de existir um “tratamento discriminatório” devido ao preço “pouco atrativo” que é praticado, já que o mesmo não é atualizado há, pelo menos, 18 anos, lê-se no documento.

“Com esta atualização de valor estamos a procurar ajustar o preço praticado pela ADSE ao limite inferior do mercado, mas tal objetivo apenas se vai conseguir num prazo de três anos”, explica Carlos Baptista.

Para o dirigente sindical José Abraão, que tem assento no conselho geral e de supervisão da ADSE, a subida do preço das consultas para os beneficiários “é inaceitável”, uma vez que todos os meses estes descontam 3,5% do seu rendimento para aquele sistema de saúde.

Por outro lado, Abraão admite "eventuais acréscimos" nos pagamentos da ADSE aos convencionados, por forma a potenciar o número de prestadores de serviços de saúde aos beneficiários.

Acidente Vascular Cerebral
O Acidente Vascular Cerebral continua a ser a principal causa de morte e incapacidade em Portugal.

O termo acidente vascular cerebral (AVC) engloba diferentes fenómenos que em última instância afetam a circulação cerebral, seja por obstrução do fluxo sanguíneo (AVC isquémico) ou por ruptura de uma artéria intracraniana (AVC hemorrágico), provocando alterações transitórias ou definitivas do funcionamento cerebral.

Cerca de 85% dos casos são AVC isquémicos, podendo a obstrução ser secundária a um processo de ateromatose local (processo inflamatório que promove a deposição de colesterol nas paredes arteriais), ou por trombo que migra do coração secundariamente a arritmia ou outra alteração cardíaca. Menos frequentemente, os acidentes vasculares cerebrais resultam de uma hemorragia, sendo na sua maioria provocadas por rutura de aneurisma ou pela rutura de pequenas artérias perfurantes por hipertensão arterial.

O AVC continua a ser a principal causa de morte e incapacidade em Portugal. Segundo um relatório da DGS só o AVC isquémico representou cerca de 20 mil episódios e 250 mil dias de internamento. Este mesmo relatório reportou 11 571 mortes por AVC em Portugal continental no ano de 2013, o que fazendo uma analogia, equivale à queda de 52 aviões. O AVC é tão frequente que há estimativas de que por cada hora que passa 3 portugueses sofrem um AVC, e por cada 2 segundos 1 pessoa no mundo sofre um AVC. Este fenómeno apesar de ser mais frequente com o avançar da idade, pode afetar homens e mulheres de qualquer faixa etária.

Existem fatores de risco modificáveis, nomeadamente, hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, obesidade e alterações do perfil lipídico (como aumento do colesterol LDL e redução do HDL). A tensão arterial elevada é muitas vezes desvalorizada pela população por ser “silenciosa”, mas atualmente sabe-se que cerca de metade dos acidentes vasculares cerebrais poderiam ser evitados simplesmente com o controlo da tensão arterial.  Os fumadores apresentam mais do dobro do risco vir a ter um AVC, mas ao deixar de fumar o risco volta ao valor normal após 10 anos. Está demonstrado que a obesidade é um fator de risco estabelecido para AVC isquémico e estudos epidemiológicos reportam que a partir do IMC de 20Kg/m2, por cada aumento de 1 unidade no IMC o risco de ter um AVC aumenta em 5%. Por outro lado, sabe-se que a prática de exercício físico está associada a uma redução do risco de AVC em 25-30%, e que a dieta mediterrânea (ingestão alta de frutos e vegetais, frutos secos, leguminosas e azeite; ingestão moderada de peixe; baixa ingestão de carne vermelha e doces) diminui o risco de enfarte do miocárdio, AVC ou morte de causa cardiovascular.

Relativamente aos sintomas, podem ser variados e é fundamental que a sua identificação seja rápida para acionar os meios de urgência, pois no caso do AVC isquémico existem actualmente tratamentos quepoderão ser aplicados na fase aguda, estando assim a sua aplicação dependente do tempo de evolução dos sintomas. Existe uma regra amplamente difundida nos programas de alerta às populações chamada a “regra dos 3 F´s: FACE, FORÇA, FALA”, a qual facilita a identificação de alguns sinais cuja presença poderá corresponder a um AVC em curso. A forma de identificar a presença destes sinais é a seguinte:

FACE: Peça à pessoa para sorrir e verifique se algum lado está diferente.

FORÇA: Peça à pessoa para levantar os braços e verifique se um deles descai.

FALA: Peça à pessoa para repetir uma frase simples. Verifique se as palavras soam “enroladas” e se a pessoa compreende o seu pedido.

Importa reforçar a importância do tempo no tratamento agudo do AVC (daí a máxima “Tempo é cérebro”) e como tal, quanto mais cedo forem acionados os meios, maior é a probabilidade da aplicação atempada das terapêuticas existentes e, consequentemente, potenciar uma maior recuperação e limitar os défices incapacitantes. Sempre que sejam identificadas pessoais com algum destes sintomas, é imperativo ligar para o 112.

Bibiografia:

Das RR, Seshadri S, Beiser AS, Kelly-Hayes M, Au R, Himali JJ, Kase CS, Benjamin EJ, Polak JF, O'Donnell CJ, Yoshita M, D'Agostino RB, DeCarli C, Wolf PA. Prevalance and correlates of silent cerebral infarcts in the Framingham Offspring Study. Stroke. 2008;39: In press. Epub ahead of print June 26, 2008. DOI: 10.1161/STROKEAHA.108.516575.

Vermeer SE, Longstreth WT Jr, Koudstaal PJ. Silent brain infarcts: a systematic review. Lancet Neurol. 2007; 6: 611–619.[CrossRef][Medline] [Order article via Infotrieve]

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Açores
O médico Eduardo Henrique Coutinho da Cunha Vaz é o novo delegado de saúde do concelho de Ponta Delgada, nos Açores,...

Numa nota de imprensa divulgada na semana passada, o secretário regional da Saúde, Rui Luís, nomeou o médico de saúde pública Eduardo Henrique Coutinho da Cunha Vaz para o cargo de Delegado de Saúde do Concelho de Ponta Delgada.

O médico Paulo Margato foi exonerado do cargo no dia 13 de outubro, depois de ter sido indiciado por "um crime de tráfico de influência" e "um crime de associação criminosa", na sequência de uma investigação de alegada corrupção em organismos do Serviço Regional de Saúde, que tem ainda mais três arguidos.

A nota do executivo açoriano adianta que o secretário regional da Saúde, Rui Luís, nomeou ainda o médico de saúde pública Eduardo Henrique Coutinho da Cunha Vaz para o cargo de Delegado de Saúde do Concelho de Ponta Delgada.

Para o cargo de Delegado de Saúde do Concelho da Ribeira Grande, funções até agora desempenhadas por Eduardo Cunha Vaz, o secretário regional nomeou o assistente graduado sénior de Medicina Geral e Familiar José Carvalho de Oliveira Santos, acrescenta a nota.

Ordem dos Médicos
A Ordem dos Médicos vai criar um gabinete para apoiar os doentes no acesso à inovação terapêutica e tecnológica, anunciou o...

O anúncio foi feito durante a sessão de abertura do 14.º Congresso Nacional de Oncologia, promovido pela Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO), que terminou no dia 29, em Aveiro.

Em declarações, o bastonário da Ordem dos Médicos (OM) afirmou que continua a haver doentes em Portugal que não têm acesso, em tempo útil, aos medicamentos que precisam, dando como exemplo a medicação para tratar a hepatite C.

"Não há semana em que não receba uma queixa, um apelo de um médico, de um doente, ou de uma associação de doentes, porque o doente A, B ou C está a ter dificuldade em ter acesso a um tratamento que tem indicação e que é importante para o doente", disse Miguel Guimarães.

Para "agilizar este processo internamente e centralizar esta questão", o bastonário anunciou a criação de um gabinete na própria estrutura da OM, que vai funcionar como "provedor direto dos doentes".

Segundo Miguel Guimarães, o gabinete, que vai ser criado formalmente no plenário do conselho nacional da Ordem dos Médicos, deverá ser implementado até ao final deste ano.

O bastonário referiu ainda que já apelou ao ministro da Saúde para que seja criado um "Simplex" para facilitar o acesso dos doentes à inovação terapêutica e tecnológica, considerando que existem "várias falhas" que têm a ver com "burocracia e barreiras que não fazem sentido".

"Temos em Portugal um exagero muito grande naquilo que são as estruturas primárias, intermédias e superiores no acesso às terapêuticas", disse Miguel Guimarães, adiantando que esta situação tem levado, em muitos casos, a tratar os doentes "mais tarde do que aquilo que deviam ser tratados".

"Em alguns doentes, isso pode significar perder a oportunidade daquela janela terapêutica e resultar em prejuízo sério para os doentes", afirmou o bastonário.

Na mesma ocasião, a presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO), Gabriela Sousa, congratulou-se com o anúncio da criação deste gabinete, como garante de que "o tratamento seja dado ao doente, no tempo e na altura em que precisa dele".

"Com o programa de ajustamento financeiro a que Portugal foi sujeito, temos assistido a uma dificuldade crescente no acesso dos doentes à inovação terapêutica", disse Gabriela Sousa.

O 14.º Congresso Nacional de Oncologia, que teve como tema "A Oncologia na Era da Medicina de Precisão", reuniu os diversos grupos de estudos, entidades e profissionais dedicados às diferentes patologias e matérias oncológicas.

Doença inflamatória
A psoríase é uma doença que, apesar de não ser maligna nem contagiosa, pode ter um profundo impacto

A psoríase é uma doença inflamatória crónica que ocorre em cerca de 2% da população. Pode surgir em qualquer idade e afeta de igual forma homens e mulheres.

A apresentação clínica, extensão, gravidade e evolução da psoríase são muito variáveis. A forma mais frequente (psoríase em placas ou vulgar) caracteriza-se pelo aparecimento de lesões avermelhadas na pele, com relevo, cobertas por escamas de cor branco-prateado, habitualmente assintomáticas ou com prurido (comichão) associado. As lesões localizam-se preferencialmente nos cotovelos, joelhos, região lombo-sagrada e couro cabeludo, embora possam surgir em qualquer área do corpo. As unhas são frequentemente afetadas, podendo observar-se picotado, alterações da coloração, espessamento ou descolamento de uma ou mais unhas.

Para além da forma mais frequente (psoríase em placas), outros tipos de psoríase incluem:

- Psoríase inversa: caracteriza-se por lesões avermelhadas, brilhantes, com pouca descamação, localizadas nas pregas (axilas, virilhas, região infra-mamária).

- Psoríase gutata: afeta sobretudo crianças e jovens, sendo frequentemente precedida por uma infeção respiratória superior. Aparece geralmente de forma súbita, com lesões de menores dimensões, em forma de gota.

- Psoríase pustulosa: caracteriza-se pelo aparecimento de pústulas (pequenas acumulações de pus).

- Psoríase eritrodérmica: forma generalizada na qual mais de 90% da superfície corporal adquire um aspeto avermelhado e descamativo. É uma forma muito grave devido ao risco de complicações.

- Artrite psoriática: ocorre em 5-30% dos doentes com psoríase, caracterizando-se por dor e deformidade das articulações afetadas. Numa minoria dos casos (10-15%), os sintomas articulares precedem o aparecimento das lesões cutâneas.

Qual o prognóstico?

A psoríase é uma doença que, apesar de não ser maligna nem contagiosa, pode ter um profundo impacto na autoestima e diminuir significativamente a qualidade de vida.

Adicionalmente, a psoríase é atualmente considerada uma doença sistémica, afetando múltiplos sistemas para além da pele. As comorbilidades associadas à psoríase incluem: obesidade, diabetes, hipertensão arterial, doença cardiovascular, depressão e ansiedade.

Qual a causa da psoríase?

Na psoríase ocorre uma desregulação do sistema imunitário, provocando um estado inflamatório e aumento da velocidade de renovação das células da epiderme (camada mais superficial da pele).

A causa da psoríase não está totalmente esclarecida, embora se saiba que resulta da interação entre fatores genéticos, imunológicos e ambientais. Não é uma doença contagiosa, não sendo possível a sua transmissão de uma pessoa para a outra.

A psoríase apresenta uma forte propensão hereditária (um terço dos doentes tem familiares afetados pela doença). No entanto, pode surgir em pessoas sem quaisquer casos na família.

Em pessoas geneticamente predispostas, a exposição a certos fatores ambientais (ex: bactérias, certos medicamentos, stress, entre outros) promove o desenvolvimento de psoríase.

Como é feito o diagnóstico da psoríase?

O diagnóstico de psoríase deve ser sempre efetuado pela observação clínica por um dermatologista, uma vez que existem diversas doenças da pele com características semelhantes, mas terapêuticas muito diferentes.

Em alguns casos, poderá ser necessária a confirmação com exame da pele (biópsia).

Como se trata a psoríase?

Apesar de não existir uma cura para a psoríase, é possível tratá-la de forma eficaz, conseguindo-se controlar os sinais e sintomas e melhorar a qualidade de vida na grande maioria dos doentes.

Os tratamentos mais frequentemente utilizados incluem:

- Terapêuticas tópicas (aplicadas na pele): cremes hidratantes, medicamentos tópicos (incluindo corticosteróides, análogos da vitamina D).

- Exposição à luz solar: deverá ser feita com moderação, uma vez que as queimaduras solares agravam a psoríase.

- Fototerapia (fontes artificiais de radiação ultravioleta): não deve ser confundida nem substituída por solários. São tratamentos realizados sob controlo médico, com doses de radiação adequadas a cada doente e durante períodos predeterminados.

- Medicamentos sistémicos (via oral ou injetável): usados nos casos mais graves ou resistentes ao tratamento.

O tratamento da psoríase só deve ser interrompido por indicação médica. A interrupção abrupta da medicação pode provocar a mudança para uma forma mais grave de psoríase e ter consequências graves.

Devido às comorbilidades frequentemente associadas, a abordagem do doente com psoríase deve ser global, tratando não só a pele mas também as doenças associadas (muitas vezes com o apoio de outras especialidades médicas, como a cardiologia, endocrinologia e reumatologia).

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Oncologia
A Assembleia da República aprovou hoje recomendações ao Governo do CDS, PSD, BE, PCP e PAN para um maior apoio e proteção dos...

Além da aprovação das diversas recomendações, baixou à comissão de Trabalho e Segurança Social sem votação um projeto de lei do PAN (Pessoas-Animais-Natureza) para reforçar a "proteção social e laboral dos pais num quadro de assistência do filho com doença oncológica".

O PAN propõe que a concessão de subsídio para assistência ao filho com doença crónica possa também ser prorrogada para além dos quatro anos, desde que a mesma persista ou apresente reincidência que justifique a prorrogação.

O projeto de resolução do CDS, que agendou o debate que decorreu na quinta-feira, continha mais de 30 recomendações ao Governo, como acompanhamento psicológico regular aos menores e seus familiares e assegurar a existência em todos os Institutos Portugueses de Oncologia de consultas de acompanhamento clínico destinada às crianças e jovens sobreviventes de doença oncológica.

A prestação de cuidados paliativos pediátricos no hospital ou casa deve ser assegurada pelo Serviço Nacional de Saúde a todos os menores que se encontrem em fim de vida, recomenda também o CDS, que defende que a Direção-Geral da Saúde divulgue normas de orientação clínica relativas à terapia da dor, destinadas particularmente a crianças e jovens.

A inclusão dos centros de referência em oncologia pediátrica nos ensaios clínicos multicêntricos promovidos pela Sociedade Europeia de Oncologia Pediátrica é outra das recomendações, bem um "maior apoio às atividades de investigação clínica e à divulgação científica" daqueles centros.

Sobre prevenção
A mamografia mantém-se a técnica de eleição na deteção precoce do cancro da mama na população em ger

Na Europa, a maioria dos programas de rastreio de base populacional são dirigidos aos grupos etários dos 50 aos 70 anos, nos quais a incidência é mais alta, consistindo na realização de mamografia de 2 em 2 anos e demonstraram benefício na redução da mortalidade pela doença. Estes programas de rastreio de base populacional, como o que a Liga Portuguesa Contra o Cancro leva a cabo em Portugal, obedecem a um rigoroso programa de controlo de qualidade e um dos aspetos mais importantes é que todos os exames são vistos por 2 médicos com treino em mamografia e de forma independente de modo a obter uma elevada taxa de deteção de cancro da mama.

Quanto mais precoce for a sua deteção, mais conservadores são os tratamentos, proporcionando maior qualidade de vida e maiores probabilidades de cura.

Na população em geral, as recomendações vão no sentido de se iniciar a realização de mamografia a partir dos 40 anos, idade a partir da qual aumenta significativamente a incidência da doença. A periodicidade recomendada para a realização de mamografia entre os 40 e os 50 anos é anual, podendo ajustar-se a cada caso em função de determinados fatores de risco que resultam da história familiar e pessoal, do padrão de densidade mamária e da presença ou não, de alterações nos respetivos exames.

Perante uma alteração duvidosa ou suspeita identificada na mamografia, o primeiro exame para confirmar a presença dessa alteração e que pode fornecer informação adicional é a ecografia. A ecografia é uma técnica complementar da mamografia e a primeira escolha em jovens e em mulheres sintomáticas, que permite confirmar ou excluir a presença de uma alteração suspeita em mamografia e orientar a realização de um procedimento de intervenção, como uma biopsia para diagnóstico histológico.

A qualidade da mamografia e sua reprodutibilidade são essenciais, sendo por isso que é fundamental que a mamografia seja realizada em equipamento totalmente digital e não com mamografia digitalizada, de modo a contribuir com maior deteção e com menor dose de radiação.

A dose de radiação de uma mamografia é mínima e claramente superada pelo benefício potencial na sua realização. A mamografia deve ser realizada e interpretada por médicos radiologistas com dedicação à patologia mamária e os relatórios estruturados de acordo com o Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS) do American College of Radiology e universalmente aceite.  
A introdução de novas tecnologias como a tomossíntese [Digital Breast Tomosynthesis (DBT)], é um avanço importante da mamografia, contribuindo para identificar lesões ainda mais pequenas, sendo cada vez mais introduzida na prática clínica e em programas de deteção precoce. O aumento na deteção de cancro da mama e a redução de situações duvidosas, que se consegue com a tomossíntese, fazem desta técnica a mamografia do futuro.

Quando houver uma história familiar carregada, com vários casos de cancro da mama, especialmente se em familiares de 1º grau, devem ser referenciadas pelo médico assistente a uma consulta específica de risco familiar. Existem critérios concretos para referenciação a este tipo de consulta, na qual além de se determinar se existe ou não indicação para estudo genético, pode recomendar-se um programa de rastreio individualizado. Nestes grupos de mulheres de alto risco, como as portadoras de mutação genética ou com risco familiar muito alto embora sem mutação comprovada, por se tratarem de mulheres que pertencem a grupos etários ainda mais jovens e com padrões mamários densos, o exame de eleição para o rastreio e deteção precoce é a ressonância magnética (RM), uma vez que não utiliza radiação e é independente da densidade mamária. As recomendações atuais para este grupo específico incluem a realização anual de RM e mamografia entre os 30 e os 75 anos, de acordo com as guidelines da National Comprehensive Cancer Network.

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Especialista
O professor da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto Victor Freitas defendeu que para haver sustentabilidade numa...

Embora note que a proximidade entre as universidades e a indústria tenha aumentado ao longo do tempo, o docente admitiu que "o investimento financeiro do tecido empresarial no desenvolvimento científico está muito aquém daquilo que se pode desejar".

Victor Freitas falava a propósito do posicionamento da Universidade do Porto (UP) no ranking de Shangai, que ficou em 4.º lugar a nível europeu e em 11.º a nível mundial, na área da ‘Food Sciences and Technology' (Ciência Alimentar e Tecnológica).

Estes resultados, divulgados em outubro, são o "reflexo do trabalho desenvolvido pela UP nesta área nos últimos anos em que, apesar do parco financiamento por parte dos organismos públicos, devido às fortes restrições orçamentais e das indústrias, ficou classificada ao nível dos centros internacionais de referência neste domínio, como é o caso das universidades de Wageningen [Holanda], de Ghent [Bélgica] e de Copenhaga [Dinamarca]", indicou.

"É um resultado extraordinário e em que poucos acreditariam", revelou o professor.

Segundo Victor Freitas, que lidera e colabora em projetos nesta área, a colocação neste ranking resulta do trabalho desenvolvido pelos vários grupos de investigação da UP em projetos relacionados sobretudo com a valorização de produtos e subprodutos alimentares, dentro de setores como a vinha e o vinho, a oliveira e a azeitona, as frutas, os legumes.

Essas investigações e as suas conclusões "estimulam um melhoramento da cadeia de valores destes produtos, tendo em vista uma produção mais sustentável, e contribuem para o desenvolvimento económico regional e nacional", afirmou.

Muitos desses projetos, continuou, levaram igualmente a um maior conhecimento dos componentes dos alimentos e a um melhoramento das suas propriedades nutricionais, de forma a tornar os alimentos saudáveis mais apetecíveis para o consumo humano.

Para além disso, a transferência do conhecimento para outras áreas tem permitido a utilização de subprodutos alimentares no desenvolvimento de novos produtos na área cosmética e farmacêutica, acrescentou.

De acordo com o professor, a investigação nesta área tem também um impacto direto na vida das pessoas, atuando ao nível da segurança alimentar e da nutrição, bem como nas questões laborais.

"Vivemos numa zona do país [Norte] em que existem muitas explorações agrícolas e empresas de transformação de pequenas dimensões - familiares - e esta aposta na investigação e no desenvolvimento tecnológico em setores que podem ser estratégicos, ajudam na sustentabilidade de algumas destas empresas, apoiando na inovação, e propiciam a criação de outras, por jovens qualificados", referiu.

Para Victor Freitas, a visibilidade decorrente deste ranking pode ajudar a UP a atrair estudantes e investimento nacional e estrangeiro e promover as colaborações internacionais com instituições de excelência que reconhecem na UP competências para participar em projetos europeus conjuntos.

"Apesar do elevado crescimento da produção científica em Portugal verificado nos últimos dez anos, o crescimento tecnológico não acompanha essa produção, apresentando ainda um elevado potencial de crescimento", indicou.

Os critérios para o ranking de Shangai, que o professor considera como o "mais conceituados e credíveis", passam pelo número de publicações científicas criadas pelas universidades, pela qualidade dos artigos científicos publicados nas revistas de impacto e pelas colaborações internacionais.

"Já sabíamos que a UP tem muitas competências nesta área e que desempenha um papel importante mas ainda não tínhamos ainda dados objetivos", disse ainda.

No ranking de Shangai, também na área da Ciência Alimentar e Tecnologia, ficou colocado o Instituto Politécnico de Bragança, no 50.º lugar.

A UP distingue-se ainda na área da Engenharia Química, ficando em 29.º lugar.

Já a Universidade de Lisboa ficou em 3.º lugar na área da Engenharia Oceânica e Marítima, em 8.º na área dos Sensores Remotos, em 18.º na área dos Recursos da Água e em 43.º na área da Engenharia Civil.

IPO/Porto
O IPO/Porto considerou hoje que o estudo genético (teste genómico) do cancro da mama iniciado em julho naquele instituto já deu...

Segundo o coordenador da Clínica de Mama do IPO-Porto, Joaquim Abreu de Sousa, “dos 23 casos de risco intermédio que efetuaram o referido teste até agora, num terço (39%) foi possível evitar a necessidade de efetuar quimioterapia adjuvante”.

“Estes casos ficaram apenas propostos para hormonoterapia adjuvante”, sublinhou o oncologista.

O Instituto Português de Oncologia do Porto realiza desde julho testes aos genes dos tumores extraídos da mama, para verificar a agressividade, a probabilidade de desenvolver metástases e a necessidade de quimioterapia, permitindo um tratamento personalizado.

O teste genómico estuda 50 genes associados ao cancro da mama, determinando, para além do grau de agressividade do tumor, a forma como este se vai comportar.

Para Joaquim Abreu de Sousa, a mais-valia da assinatura genética é enorme, visto que representa um ponto de viragem no entendimento da doença, permitindo tratar os doentes de forma altamente especializada e individualizada, sendo os diagnósticos e as terapêuticas desenhadas em função das características individuais de cada um.

Joaquim Abreu falava a propósito do Dia Nacional Prevenção Cancro da Mama, 30 de outubro, data em que o IPO-Porto celebra também o 10º aniversário da Clínica da Mama.

Segundo o IPO, “a Clínica da Mama foi a primeira clínica com modelo de cuidados centrados no doente a ser construída, recebendo cerca de 1.200 novos doentes por ano e realizando mais de 30 mil consultas anuais”.

De acordo com os dados disponibilizados à Lusa, “de 2007 até agora tem registado um aumento anual de cerca de 20% de novos doentes”.

Ao longo destes 10 anos, a Clínica de Mama do IPO-Porto tratou “mais de 10 mil novos doentes com cancro da mama, tendo atualmente em seguimento cerca de 50 mil doentes”.

“A investigação levada a cabo na Clínica de Mama, que ao participar de forma contínua em inúmeros ensaios clínicos internacionais, permite que os seus doentes tenham acesso a tratamentos inovadores, muito antes de estes estarem disponíveis para uso na prática clínica diária”, salienta o IPO.

Os resultados alcançados nos últimos anos ditam “um aumento progressivo das taxas de sobrevivência, que hoje se aproximam dos 90% aos 5 anos”, acrescenta.

O Dia Nacional Prevenção Cancro da Mama e o 10º aniversário da Clínica da Mama são assinalados hoje pelo IPO-Porto com um concerto de sensibilização da comunidade para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, a realizar na Casa da Música.

Feira do Cuidador lembra
Portugal tem a maior taxa da Europa de cuidados domiciliários informais prestados por familiares, segundo dados oficiais...

A Rede Social de Lisboa, que integra mais de 400 instituições e empresas, lembra esta realidade, numa altura em que organiza a Feira do Cuidador, que decorre sábado em Lisboa.

Segundo Pedro Almeida, diretor técnico da instituição Entre Idades, a Feira do Cuidador tem como objetivo reconhecer, dignificar e apoiar o papel do cuidador.

"Este evento surgiu da necessidade que temos sentido de dar apoio aos cuidadores informais, que têm uma elevada sobrecarga e têm muitas vezes dúvidas sobre como fazer determinada coisa ou sobre se estão a fazê-lo bem", explicou Pedro Almeida.

Na Feira do Cuidador haverá ‘workshops’ sobre atividades básicas do quotidiano, como banhos, e sobre alimentação ou questões de saúde, como a diabetes, as demências ou a doença renal crónica.

Haverá também espaços mais dedicados ao bem-estar, com atividades como yoga ou tai chi.

A assistente social e terapeuta familiar Marta Olim, que trabalha sobretudo no contexto da doença renal crónica, lembra que a doença "acontece também na vida dos cuidadores".

"Também eles foram completamente atropelados pela doença e por um tratamento que condicionam de forma severa o seu próprio projeto de vida individual", referiu à agência Lusa.

Os cuidadores manifestam "necessidades e preocupações muitas vezes diferentes das pessoas de que cuidam" e sentem-se "impotentes face às exigências da doença e do tratamento", bem como "esgotados com a multiplicidade de cuidados", sublinha a terapeuta familiar e assistente social.

Para Marta Olim, os cuidadores vivem "bastante isolados" e têm "pouco reconhecimento pessoal e social".

Segundo dados de um estudo da Entidade Reguladora da Saúde, citada pela Rede Social de Lisboa, Portugal tem a maior taxa da Europa de cuidados domiciliários informais e a menor taxa de prestação de cuidados não domiciliários.

O estatuto do cuidador informal deve ser discutido no parlamento ainda este ano, segundo uma proposta do Bloco de Esquerda que foi aprovada na comissão de Trabalho e Segurança Social.

Os cuidadores têm reclamado a criação deste estatuto para conseguirem apoios concretos para quem cuida dos seus familiares doentes.

Pedro Almeida, um dos organizadores da Feira do Cuidador, referiu que começa novamente a regressar a tendência de haver mais familiares a cuidar em casa dos seus doentes e idosos, depois de um período em que muitas pessoas optavam por colocar os familiares em instituições residenciais, como lares.

"O objetivo da Feira do Cuidador é apoiar os cuidadores. Mas, naturalmente, é sempre bom sensibilizarmos todos para uma mudança política de forma a haver um apoio mais formal ao cuidador", considerou.

A organização da Feira é da responsabilidade de um grupo de organizações, membros do Grupo de Trabalho Intervenção em Públicos-Alvo – Pessoas Idosas, que integra a Associação para o Desenvolvimento de Novas Iniciativas para a Vida, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, Associação Alzheimer Portugal, Associação Vencer, Câmara Municipal de Lisboa, Diaverum, Entre Idades, Fundação Aga Khan, Junta de Freguesia de Alcântara, Projecto Alkantara e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Introdução em Portugal está a ser preparada
Composição inovadora destinada a apoiar programas de take-home naloxona (programa terapêutico que consiste na toma de naloxona...

A Mundipharma recebeu parecer positivo por parte do Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMA) para o spray nasal de dose única de naloxona no tratamento de crises por overdose de opiáceos. Quando aprovada, será a primeira opção terapêutica nasal de naloxona a receber uma aprovação pan-Europeia e, portanto, a primeira no mercado Português. A Comissão Europeia está a rever o parecer do CHMP e aguarda-se decisão final durante as próximas semanas.

A morte induzida por opioides representa um grave problema de Saúde Pública responsável por 82% das mortes por overdose na União Europeia, cuja maioria está associada á heroína.1 A naloxona tem sido utilizada na prática clínica há mais de 40 anos para reverter os efeitos da overdose por opiáceos, fazendo parte da lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS)2 e, em Portugal, a naloxona injetada está disponível em meio hospitalar. A Mundipharma traz uma formulação nasal inovadora, de fácil utilização, de dose única, sem recurso a seringas, para fornecer a possibilidade de “primeira intervenção” em casos de overdose, que é adequada para utilização num contexto não hospitalar. A introdução no mercado do spray nasal de dose única de naloxona ajudará a implementação prática dos programas de take-home naloxona recomendados pela União Europeia no Plano de ação da UE de luta contra a droga (2017-2020), que tem o potencial de reduzir o número de mortes por overdose relacionadas com opioides na Europa.

1Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT), Relatório 2017 http://www.emcdda.europa.eu/system/files/publications/4541/TDAT17001ENN.pdf
2lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde

Região Norte
Uma nova unidade de queimados pediátricos vai ser criada na região Norte, tendo em conta que a única existente em Portugal, no...

A medida consta de um despacho assinado pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, a publicar hoje em Diário da República, e levou em conta o “impacto nos serviços de saúde” dos incêndios “com consequências trágicas”, ocorridos a 17 de junho e 15 de outubro.

O diploma recorda que existem cinco centros nacionais para referenciação de doentes queimados graves, após avaliação e estabilização: Centro Hospitalar de São João (Porto), Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Centro Hospitalar de Lisboa Norte, Centro Hospitalar Lisboa Central e o Hospital da Prelada.

Nestas cinco unidades de queimados existem 35 camas, ou seja, uma cama por 285.390 habitantes, “ligeiramente inferior à média dos países europeus em que existe uma cama por 225.700 habitantes”.

Para o tratamento das crianças queimadas existe atualmente uma única Unidade de Queimados Pediátricos, situada no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, o que “é insuficiente, pelo que se considera necessário um aumento da capacidade de resposta, a nível nacional, com a criação de uma unidade no Norte do país”.

O despacho determina ainda a instalação de “um sistema de informação de gestão de vagas nas unidades de queimados e nas unidades de cuidados intensivos”, no qual deverão participar os sistemas de informação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), em articulação com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), com as Administrações Regionais de Saúde (ARS) e a Comissão Nacional de Trauma.

O INEM deverá “proceder à análise das melhores condições para o transporte do doente queimado em estado grave, conforme o estado da arte, por via terrestre e aérea, sistematizando os investimentos necessários num plano de implementação específico, seja em meios materiais, seja na formação profissional das suas equipas, muito especialmente as equipas médicas”, lê-se no despacho.

Os planos de implementação destas medidas têm agora até quatro meses para serem elaborados.

Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais
A Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais celebra hoje os 100 anos da profissão, mas relembra que em Portugal ainda há...

No mesmo dia em que se assinala o dia mundial da terapia ocupacional, a presidente da associação, Elisabete Roldão, elogia a evolução de uma área que, apesar de tudo, ainda é muitas vezes “mal interpretada e mal utilizada”.

A profissão que completa agora 100 anos só chegou a Portugal na década de 1960, altura em que foi criada a Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais (APTO), conta a terapeuta, lembrando que no início não existia sequer um curso superior de terapia ocupacional.

“Mudou muita coisa num século, seja a nível do ensino, dos equipamentos ou da integração”, explica Elisabete Roldão, que elogia também o facto de estes profissionais estarem hoje presentes em quase todas as instituições de saúde.

A presidente da associação ressalva, porém, que os terapeutas, que trabalham para ultrapassar as dificuldades dos pacientes, têm algumas eles próprios, nomeadamente no que diz respeito à revisão da carreira e à regulamentação da profissão.

Para Elisabete Roldão, não existir uma ordem profissional representa um obstáculo importante à representação dos terapeutas junto do executivo, que os impede de contribuir para a evolução da profissão e para a criação de melhores condições de trabalho que, em última análise, se traduzem na “melhoria da qualidade de vida dos portugueses”.

A criação de uma ordem de terapeutas ocupacionais é, segundo a presidente da associação, o próximo grande objetivo, que ganhou ímpeto com a aprovação em Assembleia da República da Ordem dos Fisioterapeutas.

Os terapeutas ocupacionais são profissionais de saúde que atuam ao nível do desempenho ocupacional, ajudando as pessoas a ultrapassar quaisquer dificuldades na realização das atividades do dia-a-dia.

Para celebrar os 100 anos e o dia mundial da terapia ocupacional, a APTO organiza hoje, em Lisboa, uma gala que pretende relembrar a evolução da profissão e sensibilizar para a importância desta área da saúde.

Após experiências positivas
Os ministros da Saúde e representantes dos Governos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa decidiram ontem, numa reunião...

"Considerando que os avanços alcançados nos países que implementaram Bancos de Leite Humano conferem legitimidade para propor a Rede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no âmbito dos compromissos dispostos na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável do setor da Saúde", informaram os membros da CPLP, numa resolução divulgada após o encontro.

Os ministros e representantes de Governo da CPLP destacaram "as experiências positivas da iniciativa de Bancos de Leite Humano nos países da CPLP, como Brasil, Cabo Verde e Portugal".

O plano prevê que todos os países da CPLP possam atuar de forma integrada na criação de um Banco de Leite que atenda às necessidades da população local.

O projeto é uma das ações promovidas no grupo para atingir as metas da agenda 2030, que defende o desenvolvimento sustentável, da Organização das Nações Unidas (ONU).

Numa outra declaração assinada no mesmo evento, os representantes da CPLP informaram que também decidiram "estabelecer o Grupo de Trabalho sobre Saúde, no Contexto da Agenda 2030, composto por representantes dos Estados-membros e especialistas na matéria".

O texto frisa que o grupo irá, num prazo de 120 dias, apresentar à consideração dos ministros uma proposta de cooperação técnica visando à implementação dos objetivos do desenvolvimento sustentável e a contribuição intersetorial da Saúde.

Outra decisão tomada no encontro diz respeito ao plano estratégico de cooperação em Saúde dentro da própria CPLP, que será revisto pela fundação Oswaldo Cruz e pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical, que, em colaboração com o Secretariado Executido da CPLP, será apresentado ao Grupo Técnico em Saúde no prazo de 90 dias.

Estiveram no encontro os ministros da Saúde do BRasil, Ricardo Barros, de Cabo Verde, Arlindo Nascimento do Rosário, de São Tomé e Princípe, Maria de Jesus Trovoada dos Santos, e o vice-ministro da Saúde de Angola, Valentim Altino Chantal Matias.

Portugal foi representando por Fernando José Ramos Lopes de Almeida, presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

O diplomata Jorge Luis Mendes representou a Guiné-Bissau e os embaixadores Manoel Tomás Lubisse, de Moçambique, e Gregório de Sousa, do Timor-Leste, também participaram do encontro.

O Brasil ocupa a presidência rotativa da CPLP desde a XI cimeira, realizada em Brasília nos dias 31 de outubro e 01 de novembro de 2016, sob o tema "A CPLP e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável".

O Brasil passará em 2018 a presidência da organização para Cabo Verde.

27 de outubro: Dia Mundial da Terapia Ocupacional
A terapia ocupacional é uma profissão da área da saúde que tem como principal objetivo promover o be
Terapia ocupacional

Para isso, tem em conta o desempenho e o envolvimento ocupacional de cada pessoa, nas ocupações que considere mais significativas, avaliando e intervindo ao nível de três dimensões: a pessoa, a ocupação e o ambiente. Estas ocupações poderão estar relacionadas com os autocuidados (tomar banho, vestir/despir, alimentação, entre outros), com o lazer (atividades de entretenimento) ou com a produtividade (emprego, voluntariado, atividades que contribuam para a comunidade/sociedade).

Este profissional atua com utentes desde recém-nascidos até idosos, em áreas tão diversas como a saúde mental, a reabilitação física, a neurologia, entre outras. Esta diversidade deve-se ao foco primordial da intervenção ser a ocupação, um aspeto transversal a todas as faixas etárias, uma vez que nos envolvemos constantemente em diferentes ocupações ao longo da vida.

No NeuroSer, a neurologia é área de intervenção da terapia ocupacional, com uma abordagem em patologias como a demência, a doença de parkinson e os parkinsonismos atípicos e o acidente vascular cerebral. As intervenções são realizadas tanto individualmente, como em grupo, dependendo de cada caso.

No que diz respeito às demências, o terapeuta ocupacional priveligia a intervenção em pequenos grupos, com o objetivo de promover o envolvimento em atividades prazerosas que se relacionem com a identidade ocupacional individual de cada um dos utentes e que respeitem as suas competências remanescentes, diminuindo a sua frustração sentida no dia-a-dia e promovendo a sua socialização e o bem-estar.

Ao nível da doença de parkinson e parkinsonismos atípicos, a intervenção pode ser individual, focando o desempenho nas atividades de vida diária, a manutenção de um envolvimento satisfatório das atividades lúdicas, a análise de possíveis adaptações ocupacionais e ambientais, entre outros. Ou poderá ser uma intervenção realizada em grupo, promovendo um momento de estimulação motora e cognitiva, enquanto é facilitada a identificação com os pares.

Por fim, no acidente vascular cerebral, no NeuroSer o terapeuta ocupacional atua apenas em regime individual, sendo que são estabelecidos objetivos pessoais com o utente e/ou cuidador/familiar, no sentido de promover a autonomia nas atividades de vida diária, no lazer e na produtividade, capacitando a pessoa para um desempenho satisfatório nas ocupações que a própria identifica como significativas.

É importante realçar que, embora a terapia ocupacional seja uma área de grande importância na intervenção com as patologias acima mencionadas, será essencial que exista a articulação com uma equipa multidisciplinar, como por exemplo médicos, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas da fala, entre outros.

No dia 27 de Outubro é celebrado o Dia Mundial da Terapia Ocupacional, com o intuito de promover esta profissão e os seus profissionais a atuar nas mais variadas áreas e permitir informar a população acerca desta área de atuação. O dia foi celebrado pela primeira vez em 2010, sendo que desde esse ano são dinamizados eventos quer pela Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais (APTO), quer pela World Federation of Occupational Therapy (WFTO).

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“Lisbon Addictions”
A chegada à Europa do problema dos opióides sintéticos e os desafios colocados pela progressiva legalização da canábis foram...

No encerramento do segundo encontro “Lisbon Addictions”, o diretor científico do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, sedeado em Lisboa, destacou como uma "chamada de alerta" a conclusão de que chegou à Europa o problema dos opióides sintéticos de alta potência, que nos Estados Unidos é "uma enorme crise de saúde pública".

Paul Griffiths destacou ainda o interesse de vários países pela legalização da canábis, uma realidade que os leva a olhar para Portugal e para a sua “política sobre o uso de substâncias equilibrada e orientada para a saúde pública”.

O subdiretor-geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências, Manuel Cardoso, declarou à agência Lusa que os delegados de mais de 70 países juntaram no debate global dependências de drogas, álcool, tabaco e comportamentais, como a do jogo.

O responsável afirmou que o “’boom’ da legalização [da canábis] tem sempre por trás a descriminalização dos consumos”, área em que Portugal tem sido “visto como modelo de sucesso”.

Mas a legalização total traz “problemas que começam a surgir”, como por exemplo, modelos de consumo que podem constituir “riscos para terceiros”.

“Por exemplo, ouvimos falar de pizzas ou bolos de canábis. E se ficam numa mesa e uma criança os consome? Há coisas para as quais ainda não estamos suficientemente preparados”, alertou.

Falta ainda estudar melhor “o que é isso de as pessoas poderem consumir [canábis] de qualquer modo, de uma forma mais fácil”, num cenário de legalização.

Manuel Cardoso defendeu que, seja qual for a dependência, o foco científico e político deve estar “na pessoa” e “não na substância”.

“São pessoas que precisam de ajuda, é preciso encontrar uma forma de ajudar aquela pessoa que precisa, ou por ser dependente ou por a dependência lhe criar problemas de inserção, sociais ou de outro tipo”, afirmou.

Afirmou ainda que é “importante descriminalizar” os consumos. “Para resolver os problemas, tem que se ir muitíssimo mais longe, numa intervenção integrada”.

“Não é porque é heroinómano ou um jogador compulsivo que uma pessoa vai ser abandonada, até porque todos os comportamentos aditivos têm uma raiz comum, em termos biopsicológicos”, indicou.

A riqueza do encontro que decorreu desde segunda-feira foi juntar cientistas, representantes de instituições governamentais e técnicos que estudam e atuam em todas as áreas das dependências.

Manuel Cardoso anunciou ainda que o terceiro “Lisbon Addictions” decorrerá de 23 a 25 de outubro de 2019.

Lisboa
O presidente eleito da Câmara de Lisboa anunciou ontem, no seu discurso de posse, a aquisição de novos elétricos, a construção...

Falando em "medidas emblemáticas" num discurso onde deixou cinco compromissos para a governação da cidade, Fernando Medina (eleito pelo PS) anunciou que irá apresentar ao executivo "no primeiro trimestre de 2018" um concurso para a "aquisição de 30 novos elétricos".

Esta medida tem como objetivo "a extensão do 15 a Santa Apolónia, a recuperação do 24 entre o Cais do Sodré e Campolide e o início de uma nova fase de expansão da rede na cidade", explicou.

No discurso, Fernando Medina apontou também para "o primeiro semestre de 2018" o concurso para a "construção dos primeiros seis centros de saúde de nova geração", que deverão ser "modernos, com meios de diagnóstico e terapia, capazes de assegurar cuidados de qualidade a todos".

Para o primeiro trimestre do próximo ano, a Câmara de Lisboa deverá aprovar "a unidade de projeto para a rápida ampliação das zonas de escritórios, bem como as principais zonas de desenvolvimento" da cidade.

Para o mesmo período está prevista também uma parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no sentido de criar "unidades de creches e para idosos", acrescentou.

Escola Superior Agrária de Santarém
A Escola Superior Agrária de Santarém reuniu hoje especialistas em proteção das plantas contra pragas e doenças empenhados em...

Maria do Céu Godinho, docente de Proteção das Plantas na Escola Superior Agrária de Santarém (ESAS) e da comissão organizadora do encontro que hoje reuniu duas sociedades científicas - a de Ciências Agrárias de Portugal e a de Fitopatologia, e também a organização do Encontro Nacional de Proteção Integrada -, disse à Lusa que atualmente “já é muita a informação e o conhecimento científico que dá conta de que é urgente alterar as práticas” ainda muito associadas ao uso de pesticidas, com impactos na saúde mas também no ambiente.

Com a participação de 270 pessoas, o encontro começou por abordar a questão das alterações climáticas, que têm impactos na agricultura mas que também têm na sua origem, entre uma multiplicidade de outros fatores, as más práticas agrícolas, em particular o uso de fatores de produção de origem sintética.

“Quando usamos muitos pesticidas estamos a usar muitos produtos que obrigaram a uma produção de síntese e que têm a montante um conjunto de energia gasta”, disse a investigadora à Lusa.

Maria do Céu Godinho afirmou que os estudos hoje apresentados apontam para a necessidade de se “mudar o paradigma da abordagem destas problemáticas, que tem de ser cada vez mais ao nível do ecossistema”, através da agroecologia.

“Falta-nos agora passar para a prática, para os terrenos”, declarou, afirmando que a realização do encontro em Santarém visou precisamente conseguir chegar junto dos produtores do Vale do Tejo, do Ribatejo e Oeste, e da zona Sul do país.

O objetivo é “ter cada vez mais produtos de qualidade, mas também cada vez mais garantia de que as águas estão preservadas, que o ambiente é preservado, que as abelhas são preservadas”, disse, salientando que o desaparecimento dos polinizadores é hoje uma realidade.

Céu Godinho afirmou que os estudos científicos apontam para alternativas, biológicas e mecânicas, com recuperação de técnicas usadas por gerações anteriores, mas apuradas, com recurso à agricultura de precisão.

“Não significa que vamos passar todos a fazer agricultura no quintal como faziam os nossos avós, mas recuperar muitas das técnicas que davam bons resultados, que foram abandonadas pela nova panaceia dos pesticidas e que agora se percebe que por si só não são suficientes e que temos que integrar outros meios de luta”, frisou.

Céu Godinho sublinhou que as práticas alternativas não permitem abdicar totalmente do recurso a pesticidas, área que tem sido amplamente legislada a nível comunitário, sendo objetivo dos cientistas levar a que as fitofarmacêuticas “ofereçam produtos eficazes, cada vez mais inofensivos para o ambiente”.

Afirmando que o encontro teve financiamento de algumas destas empresas, a docente apontou o interesse destas também no papel das escolas superiores agrárias na preparação dos utilizadores para o “bom uso” dos pesticidas, reduzindo as quantidades e usando-os apenas nos momentos mais adequados.

Um dos casos hoje abordados foi o do míldio da videira, salientando Céu Godinho que se o agricultor souber “exatamente quando tem que o tratar” irá “diminuir o número de intervenções, o que poupa dinheiro e impacto ecológico”.

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