Administração Regional de Saúde
Trinta e cinco centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo vão ter horário alargado durante a semana até finais de janeiro e...

O anúncio foi feito hoje pelo presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo que, em declarações aos jornalistas, apresentou o “reforço dos centros de saúde”, tendo em conta o período de inverno e o esperado pico da gripe.

Além dos 35 centros de saúde, que estarão abertos até às 22:00 durante a semana, estarão 47 unidades a funcionar ao sábado e 37 abertas ao domingo.

A ARS de Lisboa e Vale do Tejo estima que este alargamento de horários vigore até 28 de janeiro e indica que irá publicar a listagem dos centos de saúde com horário alargado no seu site da internet.

Raríssimas
A nova presidente da Associação Raríssimas disse hoje que a sua prioridade é esclarecer a situação financeira da instituição,...

Margarida Laygue falava hoje na Casa dos Marcos, na Moita, durante a cerimónia de tomada de posse do cargo para o qual foi eleita na quarta-feira, durante uma Assembleia-Geral Extraordinária da Raríssimas - Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras.

A nova direção foi eleita a partir de uma lista apresentada por pais e funcionários da instituição.

“As nossas prioridades são esclarecer a situação financeira, manter o financiamento e apoios previstos nos próximos meses, fazer o diagnóstico de toda a situação, traçar um plano de ação claro, focado e com metas e transparência”, disse a nova presidente da associação.

“As nossas prioridades são esclarecer a situação financeira, manter o financiamento e apoios previstos nos próximos meses, fazer o diagnóstico de toda a situação, traçar um plano de ação claro, focado e com metas e transparência”, disse a nova presidente da associação, explicando que assumiu o compromisso “pelas continuidade da Raríssimas e por ser mãe de uma menina com uma doença rara”.

Na sua curta intervenção, Margarida Laygue reforçou também que é prioridade da nova direção “retomar a confiança de todos os parceiros” referindo-se em concreto a utentes, famílias, associados, colaboradores, Estado, mecenas e “todos os portugueses”.

Para concretizar estes desígnios “com concentração e serenidade”, a nova presidente da Raríssimas, adiantou que agora é o momento de a instituição ter o seu espaço “para agir e conseguir inverter a situação”.

“A palavra de ordem para a nossa direção será a transparência para que consigamos todos avançar. Teremos todo o gosto de prestar declarações a todos os órgãos de comunicação social mas numa fase mais tarde. Pedimos a compreensão no sentido de nos deixarem reunir toda a informação e traçar todos os planos para que consigamos avançar”, adiantou.

A direção que hoje tomou posse tem ainda como vice-presidente Mafalda Costa e Rui Pedro Ramos como tesoureiro.

A Assembleia-Geral elegeu ainda por voto secreto a nova presidente do Conselho Fiscal, Ana Paula Soares, que é diretora de recursos humanos e mãe de um menino com doença rara.

Esta nova direção visa substituir a que era liderada por Paula Brito da Costa, que se demitiu da presidência da Raríssimas após uma reportagem da TVI em que se levantavam suspeitas sobre a sua gestão..

Paula Brito da Costa foi constituída arguida no âmbito da operação Raríssimas desenvolvida pela Polícia Judiciária e Ministério Público.

A operação está a ser conduzida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

A investigação da TVI mostrou documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, nomeadamente de Paula Brito da Costa, que alegadamente terá usado o dinheiro para diversos gastos pessoais.

O caso provocou a demissão do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que foi consultor da Raríssimas.

Entidade Reguladora da Saúde
A maioria dos 159 hospitais avaliados pela Entidade Reguladora da Saúde em 2017 obteve classificação de excelência clínica,...

O Sistema Nacional de Avaliação em Saúde da Entidade Reguladora (SINAS), cuja segunda avaliação de 2017 foi hoje divulgada, é um sistema que afere a qualidade global dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, neste caso das unidades hospitalares.

Na dimensão de excelência clínica, dos 159 estabelecimentos abrangidos 127 tiveram classificação. Destes, 112 (70%) conseguiram a atribuição da estrela correspondente ao primeiro nível de avaliação.

Das unidades avaliadas, 87 são públicas, 47 privadas e 26 pertencem ao setor social.

Nesta dimensão de excelência Clínica foram avaliadas as unidades com internamento em várias áreas, incluindo Angiologia e Cirurgia Vascular, Cardiologia (Enfarte Agudo do Miocárdio), Cirurgia de Ambulatório, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia do Cólon, Cuidados Intensivos, Cuidados Transversais, Ginecologia, Neurologia (AVC), Obstetrícia (partos e cuidados pré-natais), ortopedia e pediatria.

Segundo a avaliação da ERS, foi verificada uma melhoria dos valores de referência de alguns dos indicadores da pediatra, da neurologia relativa ao acidente vascular cerebral, da cardiologia referente ao enfarte agudo do miocárdio, também da área da obstetrícia, cirurgia de ambulatório, cuidados intensivos e avaliação da dor aguda.

Relativamente à dimensão da qualidade Segurança do Doente – Procedimentos de Segurança, a ERS destaca que dos 159 prestadores, 106 conseguiram a atribuição da estrela correspondente ao primeiro nível de avaliação.

No que se refere à dimensão Adequação e Conforto das Instalações, a percentagem de unidades que cumpriram todos os parâmetros de qualidade exigidos no primeiro nível de avaliação voltou a descer em 2017, o que já tinha acontecido em 2016, depois de ter atingido o máximo em 2015.

Das 159 unidades, 111 conseguiram obter o primeiro nível de avaliação em 2017, o que dá 70% do total, a percentagem mais baixa desde 2013.

Na dimensão da Satisfação do Utente, que apenas averigua se há uma cultura de avaliar a satisfação dos utilizadores, foram 86% os prestadores que afirmaram realizar inquéritos de satisfação.

Investigação
Cientistas sequenciaram o genoma de uma estirpe viral da hepatite B encontrada no corpo mumificado de uma criança que morreu no...

Anteriores análises aos restos da criança, enterrados na basílica de Santo Domenico Maggiore, em Nápoles, Itália, sugeriam que tivesse sido infetado com o vírus da varíola, com a cara apresentando marcas aparentemente deixadas pelas pústulas da doença.

No entanto investigadores da universidade McMaster, no Canadá, analisaram pequenas amostras de pele e de tecido ósseo e conseguiram identificar fragmentos de DNA viral.

A análise do genoma revelou que se tratava do vírus da hepatite B, que afeta o fígado e que pode também causar erupção cutânea, de acordo com a investigação publicada hoje na revista científica norte-americana PLOS Pathogens.

A descoberta vem confirmar que a hepatite B afeta a humanidade há muito tempo e que o vírus pouco se alterou nos últimos 450 anos, disse Hendrik Poinar, geneticista da universidade McMaster e principal autor.

Estes dados “mostram a importância da análise molecular para identificar a presença de agentes patogénicos do passado, o que nos permite determinar melhor há quanto tempo eles infetam os humanos” e como evoluíram ao longo do tempo, acrescentou.

“Quanto mais determinarmos como se desenvolveram as pandemias e os surtos infecciosos no passado, melhor compreendemos como é que esses vírus se propagam hoje, o que nos vai ajudar a controla-los melhor”, disse o investigador.

A hepatite B infeta cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo e provoca quase um milhão de mortes todos os anos.

Ministério da Saúde
O Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO), formado por três unidades hospitalares, foi reforçado com 155 médicos internos...

Os médicos que entraram em funções, 101 internos do Ano Comum e 54 da Formação Específica, foram repartidos pelos hospitais de São Francisco Xavier, Egas Moniz e de Santa Cruz.

Com a admissão dos médicos internos, o Ministério da Saúde adianta, em comunicado, que se confirma a “vocação (do CHLO) como um dos grandes centros para o ensino pré e pós-graduado e um exemplo da boa prática clínica”.

Os internos da Formação Específica foram colocados em várias especialidades, entre as quais anestesiologia, cardiologia, cirurgia geral e plástica, doenças infeciosas, oncologia médica, patologia clínica, psiquiatria e pneumologia.

O reforço do quadro de profissionais de saúde com os 155 médicos internos tem sido uma prática de anos anteriores.

Na última semana do ano
O serviço de urgência do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho registou um acréscimo de 25% no afluxo de utentes na...

Numa nota, o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) aponta que "de todos os doentes, mais de 60% estão a ser atendidos dentro dos tempos-alvo preconizados, com grande esforço dos profissionais" e refere que as infeções respiratórias graves são o principal fator de afluxo.

Em causa estão as infeções de origem bacteriana ou vírica (gripe tipo B), o que leva a que "70% dos casos tratados nas urgências sejam considerados graves ou muito graves".

Neste centro hospitalar, na última semana do ano, o fluxo de doentes muito graves tem conduzido a cerca de 40 internamentos diários, especifica a nota.

Quanto a tempos de espera, de acordo com a prioridade clínica dada a cada utente, este varia ente os 20 minutos e as quatro horas.

"O serviço de urgências do CHVNGE tem ativos, por hora, mais de 200 episódios de urgência", refere o hospital, enumerando que os tempos médios de resposta são 20 minutos para prioridade clínica ‘laranja', 01:54 minutos para prioridade clínica ‘amarela' e 04:13 para prioridade clínica ‘verde'.

"O aumento da oferta em internamento, determinado no plano de contingência, está a ser devidamente acompanhada pela tutela", garante, por fim, o CHVNG/E.

Ontem, em conferência de imprensa, as autoridades de saúde admitiram que tem havido uma maior pressão sobre as urgências nos últimos dias e que até há hospitais a suspender a atividade cirúrgica programada, mas consideram que são ajustamentos pontuais e rejeitam disfunção nos serviços.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, reconheceu que os últimos dias têm sido "uma época de pressão nos serviços", mas salientou que é necessário diferenciar entre "haver pressão e haver disfunção".

Também Ricardo Mestre, responsável da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), apontou para o "aumento da procura dos serviços de urgência", mas considera que os hospitais têm estado a responder de forma adequada.

Aumento de internamentos
O Centro Hospitalar Lisboa Norte acionou o Plano de Contingência e abriu 40 camas para internamento, após um aumento médio de...

A procura do serviço de urgência acentuou-se nas últimas três semanas e cerca de 60% dos utentes atendidos na urgência central são de fora da área de influência direta daquele centro hospitalar.

“Nas últimas 24 horas, registaram-se cerca de 900 episódios de urgência, nos três serviços de urgência do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), uma pressão que tem exigido bastante dos nossos profissionais que têm correspondido em pleno”, afirma em comunicado o centro, adiantando que foi acionado o Plano de Contingência Interno, que criou uma área específica para dar resposta ao aumento de internamentos.

“Nos últimos dois dias a taxa de internamento passou de 10,6% para 12,2%, em linha com o crescimento da complexidade dos doentes e das comorbilidades próprias da sua elevada faixa etária”, lê-se no documento.

Os serviços confirmaram 68 casos de gripe, dos quais 44 ficaram internados: “À data de hoje temos 27”.

O CHLN contratualizou também cerca de 60 camas externas para continuar a assegurar cuidados a doentes, que embora estejam em condições de ter alta hospitalar, aguardam vaga na Rede de Cuidados Continuados Integrados ou constituem casos sociais.

Atualmente, o CHLN tem 120 camas ocupadas por cidadãos nesta situação.

“Além do esforço de gestão de altas e da procura de resposta em tempo útil para os casos sociais e/ou de cuidados continuados, poderá o Conselho de Administração do CHLN acionar a última fase do Plano de Contingência Interno, ou seja, podemos começar a ocupar camas cirúrgicas e a reprogramar cirurgias”, revelou a estrutura de saúde.

DGS
Portugal está já em epidemia de gripe, mas a atividade gripal é leve a moderada e o vírus dominante a circular dá geralmente...

Em conferência de imprensa, Graça Freitas disse que a região norte está com atividade gripal moderada enquanto nas restantes regiões de Portugal Continental a atividade ainda é leve.

Os dados das autoridades de saúde revelam que nesta época gripal foram internados em cuidados intensivos 15 doentes, oito dos quais na última semana, o que indicia o aumento da atividade gripal.

O vírus dominante atualmente em circulação é do tipo B, o que Graça Freitas considera “uma boa noticia”, porque geralmente a intensidade é menor do que nos vírus de tipo A.

A vacina que tem sido administrada em Portugal não contem uma das estirpes do vírus B que está a ser dominante, contudo a DGS garante que a vacina é efetiva e que, mesmo que não impeça a doença, reduz as suas complicações.

A mortalidade está dentro da linha do que é esperado para estes meses, apesar de a DGS não ter adiantado dados concretos nesta conferência de imprensa.

Administração Regional de Saúde
A região Norte vai aumentar a resposta da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados para 12.200 admissões anuais, devido...

Em comunicado, aquela entidade explica que este “alargamento da resposta” vai ser o resultado dos contratos a assinar na sexta-feira com a associação Kastelo, em Matosinhos, o Centro Paroquial de Promoção Social e Cultural de Darque, em Viana do Castelo, DELAPO (Acolhimento, Apoio e Assistência Social de Delães, Ldª), de Braga, bem como com as misericórdias de Bragança, Mirandela, São Miguel de Refojos (Cabeceiras de Basto) e Vale de Cambra.

No total, estas entidades vão ter mais 237 camas para cuidados continuados, devido a um “compromisso financeiro anual da RNCCI para a região de aproximadamente 47 milhões de euros”, descreve a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N).

“Com este investimento, a região Norte aumenta a sua capacidade de resposta para 12.200 admissões na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) por ano”, acrescenta a estrutura desconcentrada do Ministério da Saúde.

A mesma entidade esclarece que esta aposta é possível devido à “publicação do despacho nº 11482-A/2017, de 27 de dezembro”.

De acordo com a ARS-N, com “a formalização dos documentos”, as “entidades subscritoras e a população alvo passam a dispor de uma capacidade instalada mais alargada nas diferentes tipologias da Rede na região Norte”.

A ARS-N diz estarem em causa 32 camas no Centro Paroquial de Promoção Social e Cultural de Darque (Viana do Castelo), 27 camas na DELAPO (Acolhimento, Apoio e Assistência Social de Delães, Lda. (Braga) e 55 na Santa Casa da Misericórdia de Bragança.

A isto somam-se 42 camas na Santa Casa da Misericórdia de Mirandela, 31 na Santa Casa da Misericórdia de São Miguel de Refojos (Cabeceiras de Basto), 30 na Santa Casa da Misericórdia de Vale de Cambra e 20 no Kastelo.

Para dar luz verde a estes processos, o Ministério da Saúde/ARS-N e o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em cerimónia presidida pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, vão assinar novos contratos no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), na sexta-feira, pelas 11:00.

Desenvolvido no Porto
Um investigador do Instituto Superior de Engenharia do Porto desenvolveu um sistema móvel e de baixo custo, que monitoriza e...

"A medicação intravenosa é administrada com frequência pelos profissionais de saúde, sobretudo quando os fármacos não podem ser aplicados por via intramuscular ou subcutânea, ou quando a via oral não é possível", indicou o engenheiro Fábio Borges, recém-mestre em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).

Contudo, continuou, apesar da utilização deste tipo de dispositivos ser constante, esta requer cuidados de monitorização permanentes dos fluxos administrados, dos valores registados e do estado do equipamento, o que implica uma alocação intensiva de profissionais de saúde aos pacientes.

A tecnologia desenvolvida por Fábio Borges funciona como um apoio e um complemento ao equipamento de administração intravenosa manual, visto que através da mesma é possível monitorizar o fluxo administrado ao paciente e comunicá-lo a um servidor, com recurso a um protocolo ‘wireless' (rede sem fios).

Nesse servidor, existe uma base de dados que regista e armazena as amostras retiradas ao longo do tempo, na qual estão também definidos e identificados os valores de fluxo que deve ser administrado a cada paciente e a margem de erro admissível para cada caso, explicou o investigador.

Ao nível do utilizador, existe uma interface gráfica que permite verificar remotamente a ocorrência de valores anómalos, assim como gerir cada dispositivo, adaptando os valores quando necessário, em tempo real, acrescentou.

Além do auxílio prestado aos cuidadores e profissionais de saúde, este produto possibilita a deteção de anomalias, como é o caso de obstruções e da administração de quantidades fora dos valores previstos.

Desta forma, é possível "reduzir a necessidade de uma vigilância intensiva e física por parte dos cuidadores, resultando assim numa melhoria da qualidade dos serviços de saúde prestados", contou o engenheiro.

De acordo com o investigador, a utilização de tecnologias de baixo custo permite atingir um maior número de pacientes que necessitem deste tipo de cuidados, sem comprometer a qualidade e eficiência do produto.

Fábio Borges acredita que este projeto pode dar origem a uma linha de produtos, visto que, para além da monitorização da medicação pela via intravenosa, pode ser adaptado para uma monitorização regular da temperatura corporal ou da oximetria (quantidade de oxigénio transportado na circulação sanguínea), por exemplo, bastando para isso alterar o sensor em causa.

Os resultados deste projeto, desenvolvido no centro de prestação de serviços do ISEP-TID (Tecnologia, Investigação e Desenvolvimento), estão a ser validados junto de unidades de saúde, estando o responsável a desenvolver uma aplicação móvel para consulta dos registos.

Transexuais
A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género apresentou uma queixa no Departamento de Investigação e Ação Penal contra o...

Em causa está um artigo de opinião de José António Saraiva, publicado no dia 01 de janeiro no Sol, com o título “E se um homem se sentir galinha”, em que defende que as cirurgias para mudança de sexo deviam de ser proibidas.

Num comunicado publicado no seu site, a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), organismo tutelado pelo gabinete da Secretária de Estado da Igualdade, manifesta o seu “repúdio pela gravidade das declarações proferidas pelo jornalista José António Saraiva”.

O texto “é profundamente atentatório da dignidade das pessoas transexuais e a sua mensagem é suscetível de favorecer a prática de atos de violência homofóbica e transfóbica”, afirma a CIG, que tem por missão garantir a execução das políticas públicas no âmbito da cidadania e da promoção e defesa da igualdade de género, incluindo em matéria de orientação sexual e identidade de género.

Para a CIG, esta situação é “agravada pela amplificação que decorre da sua divulgação num meio de comunicação de âmbito nacional, podendo o mesmo configurar a prática de crimes de discriminação sexual e de instigação à prática de crimes, designadamente contra a liberdade e a autodeterminação sexual”.

“São crimes públicos e, portanto, de denúncia obrigatória”, sublinha o organismo no comunicado.

Neste contexto, “e sem prejuízo de considerar que a liberdade de expressão é um dos direitos, liberdades e garantias consagrados” na Constituição, a CIG decidiu apresentar queixa no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) contra o Sol, para que “o Ministério Público proceda às diligências que considere necessárias para o apuramento de eventual responsabilidade criminal no que diz respeito à discriminação e incitamento ao ódio e à violência contra pessoas transexuais.

A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género adianta ainda que vai participar os factos à Entidade Reguladora para a Comunicação Social, à Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas e ao Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, para que “atuem em conformidade”.

Associação Inspirar o Futuro
A Associação Inspirar o Futuro inicia no próximo dia 8 de janeiro o roadshow Yorn Inspiring Future, que passará por escolas...

Chegados ao final do ensino secundário, os jovens têm uma decisão a tomar: continuar os estudos ou ingressar no mercado de trabalho. O Projeto Yorn Inspiring Future, pelas mãos da Associação Inspirar o Futuro, surge como resposta social à lacuna identificada: a dificuldade dos jovens em definir, com consciência, o próximo passo.

Esta associação, sem fins lucrativos, foca-se sobretudo numa atuação preventiva e no terreno, trabalhando lado a lado com a comunidade escolar, através de eventos de orientação profissional de apoio direto aos alunos. O Yorn Inspiring Future promove, desta forma, o autoconhecimento dos alunos e a continuidade dos seus estudos para o ensino superior, procurando ser voz ativa contra o desemprego jovem.

A inauguração deste roadshow será no dia 8 de Janeiro de 2018, na Escola Secundária Sá da Bandeira, em Santarém, e contará com a presença de Maria Fernanda Rollo, Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

No total, serão abrangidas 250 escolas secundárias que nos distritos de Leiria, Lisboa, Santarém e Setúbal irão abranger mais de 19 mil jovens; já nos distritos de Aveiro, Braga, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu abrangerão mais de 17 mil jovens. Estas atividades surgem na continuação da presença do Yorn Inspiring Future, durante Outubro e Novembro, nos restantes distritos do país. Neste ano lectivo, o Yorn Inspiring Future terá impacto na vida de mais de 42 mil jovens.

Este projeto, direcionado para os alunos do ensino secundário – mais concretamente 12º ano –, tem revelado a sua eficácia no impacto social gerado através da medição da capacidade de proatividade, motivo pelo qual um grande número de escolas secundárias a nível nacional já adotou a iniciativa.

Dados os resultados alcançados, o Yorn Inspiring Future conseguiu obter um financiamento de 720 mil euros de investidores privados que acreditam no impacto positivo que este projeto tem para a sociedade, e do Portugal 2020, através do instrumento de financiamento Parcerias para o Impacto do Portugal Inovação Social.

Violência sexual
Cinquenta e oito crianças foram violadas entre 20 de dezembro e 02 de janeiro em Moçambique, indica o Ministério da Saúde.

"Na presente quadra festiva destacaram-se as faixas etárias no intervalo de 0-14 anos como sendo as mais acometidas, com um total de 58 casos, correspondente a 50% de todos os casos de violência sexual", refere o documento.

Durante este período, as autoridades moçambicanas registaram 115 casos de violência sexual, contra 154 do mesmo período do ano passado.

Não houve registo de mortes como resultado dos casos de violência sexual.

No geral, de acordo com o documento, o Ministério da Saúde de Moçambique registou, entre 20 de dezembro e 02 de janeiro, 8.707 ocorrências, que resultaram em 46 óbitos.

As causas das mortes são principalmente acidentes de viação e agressões, segundo o documento, que destaca uma redução de 1% no número de casos registados pelas autoridades, quando comparado com o mesmo período do ano passado.

"Os acidentes de viação continuam a ser a maior e a principal causa de óbitos, ocupando 85% de todos casos de trauma em 2017/2018 e 64 2016/2017", refere o documento.

Dados do Instituto Nacional dos Transportes Terrestres indicam que de janeiro a setembro de 2017 foram registados 1.478 acidentes de viação, que mataram 1.057 pessoas em todo país.

Em 2016, por sua vez, o país registou 1.379 óbitos em 1.688 acidentes de viação.

Em média, ainda segundo os dados, cinco pessoas morrerem diariamente vítimas de acidentes de viação nas estradas moçambicanas.

Estudo
Uma equipa internacional de cientistas, incluindo a portuguesa Luísa Figueiredo, concluiu numa experiência com ratinhos que a...

Segundo o estudo, publicado na revista Nature Communications, a Tripanossomíase Humana Africana, vulgarmente conhecida como doença do sono, "resulta de um distúrbio do ritmo circadiano, causado pela aceleração dos relógios biológicos que controlam diversas funções vitais, além do sono", refere um comunicado do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, em Lisboa, instituição na qual Luísa Figueiredo é investigadora e coordenadora do laboratório de Biologia do Parasitismo.

A doença do sono, que "ameaça dezenas de milhões de pessoas nos países da África Subsariana", é transmitida pela picada da mosca tsé-tsé, infetada com o parasita "Trypanosoma brucei".

Para Luísa Figueiredo, citada no comunicado, a doença "não é especificamente um distúrbio do sono".

O trabalho de investigação, que resulta de uma colaboração entre o laboratório da cientista portuguesa e o do investigador Joseph Takahashi, da Universidade de Southwestern, nos Estados Unidos, revela que o relógio biológico dos ratinhos infetados "avança mais rapidamente, o que leva a uma inversão dos ciclos do sono e a uma anormalidade hormonal e na temperatura corporal, semelhante ao que se observa em doentes com a doença do sono".

Face aos resultados obtidos na experiência, será necessário saber em diante, de acordo com Luísa Figueiredo, o que altera o ritmo do relógio biológico na doença do sono.

"Será uma secreção do parasita ou uma molécula produzida pelo hospedeiro em resposta à infeção? Conhecer a fonte irá ajudar-nos a ter um melhor entendimento da doença e potencialmente bloquear os efeitos", afirmou, citada pelo Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes.

Para a equipa científica, a possível descoberta dos genes do relógio biológico afetados pela doença do sono poderá ajudar a desenvolver novos tratamentos, alternativos aos atuais, à base de um composto de arsénico, que são tóxicos e, por vezes, fatais para os doentes.

A investigação agora publicada segue um outro estudo, divulgado em março de 2017, em que a dupla Luísa Figueiredo e Joseph Takahashi mostrou que o parasita da doença do sono tem um relógio biológico, sendo mais vulnerável à medicação durante a tarde.

Após entrar no corpo, o parasita "Trypanosoma brucei" causa sintomas como ciclos de sono invertidos, febre, fraqueza muscular e comichão. O parasita pode atacar o sistema nervoso central e, dependendo dos seus subtipos, "matar o seu hospedeiro em poucos meses ou vários anos", refere a nota do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes.

No novo estudo, os cientistas concluíram que os sintomas da doença podem aparecer logo após a infeção, "mesmo antes de os parasitas se acumularem em grande número no cérebro".

Em 2018
O Centro Hospitalar Cova da Beira abriu as portas no dia 2 de janeiro para acolher os novos médicos internos que vão...

Para o ano de 2018, o CHCB recebe ao todo 45 novos médicos internos, sendo 36 de ano comum e 9 de formação específica, estes últimos para se especializarem nas áreas de Cirurgia Geral, Endocrinologia, Medicina Interna, Ortopedia, Patologia Clínica, Pediatria e Pneumologia.

Na sessão de boas vindas aos jovens médicos, esteve presente o Presidente do Conselho de Administração do CHCB, Dr. João Casteleiro, a Diretora do Internato Médico do CHCB, Dra. Arminda Jorge, o Adjunto do Diretor Clínico, Dr. Carlos Gomes, o Presidente da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI, Prof. Doutor Miguel Castelo Branco e a Diretora do Internato Médico do Aces Cova da Beira, Dra. Marli Loureiro.

A colocação destes médicos no Centro Hospitalar Cova da Beira é reveladora da capacidade formativa desta unidade de saúde e representa um contributo essencial para a melhoria da qualidade dos cuidados assistenciais prestados aos utentes.

Terapêutica
A Austrália decidiu hoje autorizar a exportação de canábis para fins terapêuticos, visando aumentar as oportunidades de...

"É uma etapa muito importante para os nossos doentes e para a produção nacional", declarou o ministro da Saúde australiano, Greg Hunt, à cadeia ABC.

Uma primeira exploração recebeu, em março, autorização para produzir canábis medicinal, seguindo-se várias outras, dado que o Governo considera que esta é uma atividade económica de futuro.

"A existência de um mercado australiano e de um mercado internacional vai melhorar a longevidade desta atividade na Austrália", disse.

Hunt acrescentou que a Austrália quer ser "o primeiro produtor de canábis para fins terapêuticos do mundo", mas uma das condições para obter uma licença de exportação é aceitar que o mercado doméstico deve continuar a ser a prioridade do produtor.

O uso recreativo de canábis é proibido na Austrália, que legalizou a sua utilização para fins medicinais em 2016.

Instituição Particular de Solidariedade Social
O Governo Regional dos Açores lembrou que partiu de si a iniciativa de pedir uma auditoria aos apoios concedidos à Instituição...

"Foi o próprio Governo Regional dos Açores a assumir a realização de uma auditoria aos apoios financeiros concedidos à Arrisca, no âmbito do plano de atividades da Inspeção Regional da Saúde para 2015", começa por recordar o executivo, em nota divulgada ontem à tarde.

Relativamente à remuneração da ex-presidente da Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), Suzete Frias, o relatório "é claro ao confirmar que os valores auferidos não decorrem do exercício das funções de presidente da direção, mas das funções técnicas na área da psicologia e de coordenação de projetos da instituição", adverte ainda o executivo socialista.

"É o próprio relatório da auditoria que (...) afirma que, no caso de funções de chefia ou liderança, essa remuneração pode ser mais elevada do que a base, como acontece no caso vertente", continua o Governo regional, que se reitera "empenhado não só na realização de auditorias ordinárias e extraordinárias a entidades com quem se relaciona, como na melhoria e aperfeiçoamento de todos os aspetos contratuais e de execução relativos a esse relacionamento".

Também ontem à tarde a Arrisca sublinhou que Suzete Frias sempre deu o "melhor de si", não abordando o salário que era auferido pela responsável e criticado pelo PSD.

Em comunicado enviado às redações, o atual presidente da direção da Arrisca, Gil Leopoldo de Sousa, sustenta que os dirigentes da instituição, "os atuais e os do passado", e "designadamente" a anterior presidente Suzete Frias, "sempre deram o melhor de si, com sacrifício muitas das vezes das suas vidas pessoais, a favor dos desconsiderados e excluídos da sociedade" açoriana.

O PSD/Açores tinha pedido hoje a demissão da diretora regional da Prevenção e Combate às Dependências, Suzete Frias, falando os sociais-democratas numa gestão "abusiva" no passado da Arrisca quando a atual diretora regional era presidente da IPSS.

Em causa está uma notícia de ontem do jornal Açoriano Oriental, que adianta que Suzete Frias tinha um vencimento bruto de quatro mil euros enquanto presidente da Arrisca, cargo que abandonou em 2016 para integrar o executivo açoriano, citando o jornal como fonte uma auditoria da Inspeção Regional da Saúde aos apoios financeiros prestados à IPSS.

"Está em causa uma verba que excede largamente os valores praticados, quer na administração pública, quer em IPSS, para idênticas funções de técnico superior na área de psicologia. Quem gere apoios públicos desta forma abusiva e em benefício pessoal, como fez a dra. Suzete Frias enquanto presidente da Arrisca, não pode continuar a merecer confiança política para administrar dinheiros públicos", defende a porta-voz do PSD/Açores para as questões sociais, Mónica Seidi, em nota enviada pelo partido às redações.

Para os sociais-democratas, o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro (PS), "premiou esta utilização abusiva de dinheiros públicos" ao convidar Suzete Frias a integrar o executivo em novembro de 2016, "nove meses após tomar conhecimento das denúncias feitas na referida auditoria", acusa o PSD.

Na referida auditoria, é referido que o vencimento da antiga presidente da Arrisca provinha de três entidades distintas: da Segurança Social, de receitas próprias da associação e da Secretaria Regional da Saúde.

A direção atual da Arrisca defende na auditoria que Suzete Frias foi admitida na associação com uma remuneração base de 1.159 euros, mas "aquando da assinatura deste primeiro contrato ficou, desde logo, acordado rever e aumentar a sua remuneração na medida em que o crescimento das atividades e respetivo financiamento o possibilitasse, o que veio a ocorrer de forma faseada".

Suzete Frias, é também referido, exerceu a "título pró-bono e voluntariamente o cargo de presidente de direção" da IPSS, "não auferindo qualquer compensação financeira pela sua representatividade neste órgão", dizendo o seu vencimento respeito "às funções que a mesma desempenha enquanto trabalhadora da associação".

Também o Bloco de Esquerda (BE) dos Açores pediu ontem explicações ao executivo da região, pretendendo os bloquistas que sejam explicadas "as razões que levaram à nomeação da antiga presidente da Arrisca para o cargo de diretora regional", o que terá sucedido "numa altura em que o executivo já conhecia o relatório da auditoria" hoje noticiada.

Arrisca é o nome pelo qual é conhecida a Associação Regional de Reabilitação e Integração Sócio-Cultural dos Açores.

Estudo
Cientistas produziram pela primeira vez células de bactéria do intestino capazes de dispersar ondas sonoras, com uma técnica...

Os autores do trabalho, a publicar hoje pela revista científica Nature, ressalvam que demorará anos para que a técnica seja usada em humanos.

Na prática, segundo os cientistas do Instituto Tecnológico da Califórnia, nos Estados Unidos, que desenvolveram a técnica de engenharia genética, os médicos poderão vir no futuro a injetar uma bactéria intestinal, produzida em laboratório, no corpo de um doente e usarem dispositivos de ultrassom para a visualizar e localizar.

A bactéria seria uma espécie de submarino equipado com um sonar, aparelho de navegação que funciona como um radar, embora use ultrassons (sons com uma frequência superior à que o ouvido humano pode alcançar) para identificar e localizar objetos submersos.

No estudo, a equipa de cientistas produziu em laboratório a bactéria intestinal "Escherichia coli", utilizada na terapêutica microbiana, que pôde ser visualizada e localizada no intestino de ratos através de ultrassons.

Na experiência, os investigadores demonstraram que vesículas de gás - estruturas de células - podem ser visualizadas com ultrassom no intestino e em outros tecidos de ratos, de acordo com um comunicado do Instituto Tecnológico da Califórnia.

Um dos desafios foi transferir a maquinaria genética envolvida nestas estruturas celulares para a E. coli para que esta pudesse produzir estas vesículas.

Para tal, os cientistas usaram genes isolados de duas outras bactérias, a "Aphanizomenon flos-aquae", que vive em meios aquáticos, e a "Bacillus megaterium", utilizada como inoculante do solo na agricultura e na horticultura.

Os genes das vesículas de gás codificam proteínas que funcionam como tijolos ou guindastes na construção da componente final das vesículas - pequenos 'sacos' no interior das células que podem armazenar substâncias.

Este ano
O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), em Penafiel, anunciou hoje a entrada em funções de 87 novos médicos-internos de...

Segundo o CHTS, o grupo inclui 67 internos do ano comum e 20 nas valências de anestesiologia, cardiologia, cirurgia, ginecologia, medicina interna, ortopedia, patologia clínica e psiquiatria.

Na sessão de boas-vindas, realizada na terça-feira, o presidente do CHTS apelou à capacidade dos novos médicos para corresponder às necessidades dos hospitais de Penafiel e Amarante.

Segundo o CHTS, o número de internos nas duas unidades tem aumentado nos últimos anos. Em 2016 foram 75 e no ano passado 82, de várias especialidades médicas.

O CHTS compreende as unidades hospitalares de Penafiel e de Amarante, servindo uma população superior a meio milhão de pessoas, distribuída por 12 concelhos, de quatro distritos.

Raríssimas
A presidente eleita da associação Raríssimas defendeu hoje a importância de a instituição continuar a existir como "balão...

"Não vai ser simples, vai demorar tempo e vai ser uma luta, mas estamos cá para ela", afirmou aos jornalistas Sónia Margarida Laygue, que quer as contas da instituição auditadas e reunir-se com o Governo para a tutela contribuir para solucionar os problemas da Raríssimas.

Quanto à presidente demitida, Paula Brito da Costa, e aos ex-membros da direção em investigação por suspeitas de irregularidades na gestão, defende que não devem voltar, pelo menos até haver conclusões.

"Enquanto houverem processos na justiça, as pessoas implicadas devem ser afastadas", declarou, considerando que "não seria moral e eticamente aceitável" que voltassem a cargos na instituição.

Sónia Margarida Laygue ressalvou que não tira "de forma alguma o mérito a quem criou" a Raríssimas.

A presidente eleita, que tomará posse na próxima sexta-feira com os outros membros da lista que liderou para preencher os lugares deixados vagos pela demissão dos ex-membros, salientou que "é essencial e determinante para as famílias que a Raríssimas continue".

Mãe de uma menina de três anos que é diariamente assistida na associação, afirmou conhecer bem a resposta dada a pessoas "que de outra forma não teriam qualquer tipo de apoio e assistência para terem meios de se superarem todos os dias".

"Tenho toda a motivação dentro de mim para continuar este projeto", garantiu.

A nova dirigente pretende, como um dos primeiros atos, saber se as contas da instituição foram auditadas para compreender o "estado da nação" que vai assumir com a sua equipa.

Considera ainda importante "falar com o Governo diretamente" para que a tutela colabore na resolução dos problemas.

A lista liderada por Sónia Margarida Laygue foi hoje aprovada pela maioria dos sócios que compareceram na assembleia geral extraordinária da Raríssimas, menos de cinco por cento dos 566 associados ativos.

Preenche cinco lugares efetivos na direção, onde permanecem quatro membros da anterior.

Foram ainda eleitos três novos membros para o Conselho Fiscal da instituição.

Paula Brito da Costa, fundadora da Raríssimas, demitiu-se da presidência após uma reportagem da TVI em que se levantavam suspeitas sobre a sua gestão.

Foi constituída arguida no âmbito da operação Raríssimas desenvolvida pela Polícia Judiciária e Ministério Público, que está a ser conduzida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

A investigação da TVI mostrou documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, nomeadamente de Paula Brito da Costa, que alegadamente terá usado o dinheiro para diversos gastos pessoais.

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