Liga Portuguesa Contra o Cancro
Domingo, dia 4 de março, assinalou-se, pela primeira vez, o Dia Internacional de Consciencialização sobre o HPV, uma iniciativa...

Em Portugal, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), em colaboração com a Associação para o Planeamento da Família (APF), lançou a campanha “Há cancros que podem ser prevenidos” com intuito de alertar para a necessidade de uma maior educação e sensibilização para a prevenção, chamando a atenção dos pais para a importância de vacinar os seus filhos contra o HPV.

Vítor Veloso, Presidente da LPCC afirma que “o Papilomavirus Humano é um vírus que não escolhe géneros ou idades, mas a prevenção é possível e necessária. O Dia Internacional de Consciencialização sobre o HPV é um marco importante porque vem aumentar a consciência sobre o HPV em todo o mundo. A intenção da LPCC é que, um dia, o número de mulheres e homens afetados pelo cancro e doenças associadas ao HPV sejam significativamente reduzidas”.

Através do site www.hpv.pt, jovens e adultos podem aceder a informação completa e detalhada sobre o que é o Papilomavirus Humano, sobre os cancros e doenças provocadas pelo vírus, quais os sintomas, quem está em risco e quais as formas de prevenção.

 

Cerca de cem associados
O movimento de enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia apresentou-se no sábado enquanto associação legalmente...

Segundo o presidente da Associação Movimento Nacional de Enfermeiros Especialistas de Saúde Materna e Obstétrica, Bruno Reis, foi apresentada no sábado publicamente esta nova associação, constituída há cerca de um mês.

A associação nasceu a partir do movimento de enfermeiros especialistas que durante o verão paralisou blocos de parto por todo o país, reivindicando o pagamento do seu trabalho de especialistas pelo qual os profissionais não eram remunerados.

Bruno Reis afirmou que a nova associação se mantém a acompanhar o trabalho de negociação dos sindicatos com o Governo sobre a remuneração dos enfermeiros especialistas, indicando ainda que, caso seja necessário, se tornarão “tão interventivos ou mais” do que foram no verão.

O Governo comprometeu-se entretanto com o pagamento de um subsídio de 150 euros, com retroativos a 01 de janeiro, a todos os enfermeiros especialistas. O ministro da Saúde disse esta semana no parlamento que o diploma que institui este subsídio deveria sair em breve.

Como desígnios principais da Associação, o presidente define a defesa dos direitos dos profissionais da área e da saúde da mulher, aponta ainda a área da formação destes profissionais e também um enfoque sobre as boas práticas na área da saúde materna, através da valorização dos profissionais.

A cerimónia de apresentação público da Associação Movimento Nacional de Enfermeiros Especialistas de Saúde Materna e Obstétrica decorreu no sábado à tarde no Porto.

Europa
O médico e especialista espanhol em medicinais naturais Cristobal Fraga colocou Portugal à frente de muitos países da União...

Em declarações à margem das jornadas de divulgação "Terapias integrativas e complementares: um desafio a concluir", que decorreram na Universidade Católica do Porto, Cristobal Fraga elogiou a recente decisão do Governo de criar a licenciatura de Medicina Tradicional Chinesa nas faculdades nacionais.

Citando o exemplo espanhol, revelou que há cerca de 20 anos "tentou-se regulamentar, mas não tão bem como em Portugal, o lecionar de medicinas naturais, a chinesa, a homeopatia e a naturopatia", num processo que regrediu depois de nos "últimos quatro ou cinco anos começar a haver uma enorme controvérsia a partir de médicos que questionaram a eficácia das terapias complementares, incluindo a medicina chinesa".

"Nisto, Portugal está à frente de muitos países da União Europeia porque há anos implementou a prática de certas técnicas, coisa que no centro da Europa há muito tempo que ocorre", elogiou o investigador espanhol.

Considerando que Portugal tem uma "oportunidade quase única de se colocar à frente de muitos países europeus" depois de "homologar a docência da medicina chinesa", o médico descreveu-o como "um feito histórico".

Fazendo a apologia de que o futuro passa por "aumentar e aplicar estas terapias", Cristobal Fraga elegeu como problema o facto de serem terapias ainda pouco conhecidas, o que faz com "ainda haja quem pense que se trata de bruxaria".

"Argumentar que não está comprovado cientificamente é falso", vincou, lembrando que é médico e que trabalhou na "faculdade de medicina como investigador" e que embora os "milhares de estudos" permaneçam desconhecidos da maioria das pessoas, "quase tudo está publicado sobre homeopatia, medicina chinesa e naturopatia".

Aludindo ao "investimento de milhões de dólares nesta investigação" pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos da América, Cristobal Fraga perguntou "como é possível um estudante de medicina não saber nada de nutrição ou de fitoterapia?" Ou como pode um médico recomendar a acupuntura, "mas não saber nada dela?".

"Acredito que no espaço de uma década este problema estará resolvido", manifestou o médico galego para quem conversas com colegas do centro da Europa e dos Estados Unidos, demonstraram que o que está a "acontecer em Portugal passou-se lá há 20 anos".

"Ou seja, Portugal, Espanha e o sul da Europa somam 15 anos de atraso", acrescentou.

Cristobal Fraga foi durante 25 anos coordenador do mestrado de Medicinas Naturais na Universidade de Compostela, na Galiza.

 

Em outubro
Coimbra recebe, pela primeira vez, o IV Congresso Ibérico de Terapia Familiar, que vai decorrer de 25 a 27 de outubro para...

"Este encontro representa um espaço de divulgação e desenvolvimento do projeto ibérico de desenvolvimento da investigação, práticas e modelos de intervenção e formação de profissionais, com base na abordagem sistémica", disse Joana Sequeira, da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar (SPTF), na apresentação do evento.

Segundo a coordenadora da delegação Centro da SPTF, algumas das abordagens do congresso, que deverá reunir 400 a 500 participantes de várias áreas, focam-se muito no trabalho realizado com as famílias, "numa abordagem multidisciplinar".

O congresso ibérico tem como tema o "Amor em tempos de crise - Desafios ao casal, à família e à sociedade" e vai abordar questões como o amor contemporâneo e as relações de casal, a infertilidade e impactos da reprodução medicamente assistida.

Simultaneamente, serão discutidas as novas realidades familiares e de casal, como a homoparentalidade, a violência, as migrações, adoção, o impacto dos incêndios nas famílias, "abordagens e intervenções em diferentes problemas e populações no sentido de promover a resiliência em contextos de crise".

O objetivo, considera Joana Sequeira, é que se crie um "espaço de reflexão sobre as crises e desafios atuais com que as famílias e comunidades se confrontam, apontando estratégias para os profissionais que atuam nestas áreas".

O IV Congresso Ibérico de Terapia Familiar vai contar com 40 convidados de "impacte mundial" para simpósios, como é o caso de Froma Walsh, da Universidade de Chicago (EUA), que desenvolveu estudos sobre a resiliência familiar em contextos de adversidade.

Trata-se de um encontro científico organizado pela SPFP e Federação Espanhola de Associações de Terapia Familiar dirigido a profissionais das áreas da saúde, sociologia e educação, bem como a investigadores, estudantes e outros profissionais que trabalhem no interface saúde-social e educação.

A organização do congresso conta ainda com o apoio da Associação Portuguesa de Conversas de Psicologia, sediada em Coimbra, que pretende ampliar a dimensão do evento de forma que "ganhe dimensões mundiais".

 

Estudo
Um estudo clínico liderado pelo cardiologista Jorge Polónia demonstrou que além do sódio (presente em elevadas quantidades no...

Contudo, ao contrário da ingestão de sódio, que deve ser reduzida, os níveis de potássio devem ser aumentados, explicou o médico e investigador do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde.

Jorge Polónia estuda a realidade portuguesa no que se refere à hipertensão e saúde cardiovascular dos portugueses há mais de uma década.

Este estudo permitiu verificar que mais do que dos níveis altos de sódio, é da combinação de níveis altos de sódio com níveis baixos de potássio que resulta o aumento do risco de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

Os resultados revelaram que existe uma correlação entre o desequilíbrio na ingestão de sódio e de potássio com a ocorrência de eventos cardiovasculares. O sódio ingerido é reconhecidamente um fator agressor cardiovascular, enquanto o potássio exerce um efeito compensatório de proteção vascular.

“Quanto maior a desproporção entre a ingestão destes dois sais minerais, maior o risco de sofrer um evento cardiovascular”, sublinhou Jorge Polónia.

O atual membro da direção da Sociedade Europeia de Hipertensão e professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) salientou ainda que o corpo humano está adaptado a uma dieta mais natural, pobre em sódio e rica em potássio, tal como a dieta mediterrânica, por exemplo.

“Os padrões alimentares da sociedade atual, que inverteram este equilíbrio, aumentando o sódio e reduzindo o potássio, constitui uma ameaça para a saúde cardiovascular”, disse.

E dá um exemplo: “No Paleolítico, a ingestão de potássio era dez vezes superior à ingestão de sódio. Mas na sociedade atual, os níveis de sódio já superam os níveis de potássio em 2,5 vezes”.

O especialista aponta mesmo a hipótese de poder ser benéfico suplementar a alimentação em potássio nalguns grupos da população, embora afiance que uma alimentação equilibrada, que para além da marcada redução de ingestão de sal inclua alimentos ricos neste nutriente, como feijão, grão, favas, ervilhas, batata, cereais, banana e frutos secos, seja suficiente para a maioria da população reduzir o risco de sofrer problemas cardiovasculares.

O objetivo da equipa de investigação foi avaliar a relação entre a ingestão de sódio e de potássio, com a ocorrência de eventos cerebrovasculares, a nível nacional.

O estudo envolveu mais de duas mil pessoas com menos de 65 anos de idade. Foi analisada a urina de 24 horas de uma amostra representativa da população portuguesa, no que se refere à excreção de sódio e de potássio.

Paralelamente, foram analisados registos hospitalares fornecidos pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), relativos aos eventos cerebrovasculares da população adulta não-idosa.

De acordo com um outro trabalho liderado por Jorge Polónia, a taxa de mortalidade por AVC em Portugal sofreu uma redução de 46% nos últimos dez anos (dados do ‘PHYSA - Prevalence, awareness, treatment and control of hypertension and salt intake in Portugal: changes over a decade’ - o maior e mais completo estudo realizado em Portugal sobre prevalência e controlo de hipertensão, consumo de sal e padrões genéticos relacionados com a hipertensão).

Ainda assim, os resultados demonstraram que os portugueses continuam a consumir demasiado sal: 10,7 gramas por dia, em média, quando as recomendações internacionais estabelecem um limite de 5,8 gramas por dia.

Para além de Jorge Polónia, colaboraram neste trabalho os investigadores Luís Martins, Fernando Pinto, José Nazaré e Simão Abreu.

 

Relatório
O controlo de resíduos de pesticidas em vegetais realizado em 370 amostras detetou apenas quatro infrações aos limites máximos,...

"Foram detetadas quatro infrações aos LMR [limites máximos de resíduos] que correspondem a 1,08% num total de 370" amostras, quando em 2015 era de 2,1% em 680 amostras e em 2014 de 3,8% em 397, refere o relatório do Controlo Nacional de Resíduos de Pesticidas em Produtos de Origem Vegetal em 2016.

O documento elaborado pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) salienta que "este nível de infração é inferior aos encontrados nos anos anteriores".

"Os dados obtidos permitiram concluir que 54,3% das amostras de produtos vegetais apresentavam resíduos inferiores ao LMR (195 amostras) e 44% (158 mostras) não apresentavam resíduos", segundo o relatório.

As quatro infrações foram encontradas em amostras de maçã, couve de folhas, alface e alho francês.

"Foi estimado possível risco para o consumidor proveniente" da amostra de maçã, uma infração que poderá ter como causa a recente mudança do limite de clorpirifos, acrescenta o relatório.

A excedência não é sinónimo de infração porque ao resultado obtido na análise se deve associar o valor da incerteza do método, explicam os técnicos.

O documento também esclarece que os limites máximos são valores seguros para o consumidor "tanto quanto os conhecimentos técnicos e científicos disponíveis no momento o permitem afirmar", sendo igualmente "o valor de resíduos mais baixo possível associado a práticas fitossanitárias autorizadas nas culturas".

"A eventual transgressão de um LMR, se bem que ilegal, e como tal punida por lei, não se traduz necessariamente em risco para o consumidor", específica a DGAV.

Foram encontradas seis excedências dos limites máximos de resíduos, representando 1,67%, as quais ocorreram em produtos vegetais nacionais.

A produção biológica estava também representada no conjunto de produtos analisados com 23 amostras, nas quais foram encontrados resíduos abaixo do limite máximo em quatro amostras - de banana, couve repolho, cebola e alho francês -, "constituindo infração os resíduos detetados na cebola e no alho francês".

Várias amostras analisadas continham mais do que um composto (pesticida) e o relatório destaca duas amostras de morangos de produção nacional com sete pesticidas, uma de tomate nacional com igual número de pesticidas, e uma mostra de tomate vindo de Espanha com cinco compostos.

Os resultados dos controlos nacionais são transmitidos à Autoridade Europeia da Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês) e resultaram do trabalho do Laboratório de Resíduos de Pesticidas do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e dos representantes das regiões da Madeira e dos Açores.

A elaboração do controlo nacional baseou-se no Programa Coordenado Plurianual da UE que definiu como produtos a analisar maça, couves de repolho, alho francês, alface, pêssego, morango, grãos de centeio, tomate e vinho (branco ou tinto), num total de 130 amostras.

A Direção Regional de Agricultura da Madeira juntou pera abacate, anona, banana, batata doce, cebola, cenoura, maracujá, sidra e sumo de cana, totalizando 179 amostras e a Direção Geral de Agricultura dos Açores batata doce, coentros, espinafre, hortelã, salsa, kiwi e manjericão, com 60 amostras.

Investigador
Portugal não tem políticas que permitam enfrentar a escassez de água no futuro, num cenário de alterações climáticas, que tende...

"Não encontro em Portugal uma política de água para o futuro, num cenário de alterações climáticas, ou um discurso político adequado àquilo que se prevê para o futuro", disse Filipe Duarte Santos, durante um congresso dedicado à água, que hoje termina em Albufeira.

Na sua apresentação, o geofísico comparou Portugal a Israel e Espanha, países com problemas semelhantes no que respeita à escassez de água, mas que têm conseguido aumentar a disponibilidade de água, apesar das secas cíclicas, quer através da reutilização de águas residuais urbanas, quer através da dessalinização da água do mar.

Contudo, em declarações, à margem do congresso, observou que em Portugal não se vê, "numa escala significativa, nem uma coisa, nem outra", sendo necessária uma "evolução cultural" para que as pessoas encarem com naturalidade a rega de culturas agrícolas com água reutilizada.

Segundo aquele responsável, em Israel, a percentagem de águas reutilizadas para a agricultura é de 86% e em Espanha de 17%, país onde já se está a produzir água dessalinizada em mais de 50 centrais.

"As pessoas não estão disponíveis para regar as suas culturas com águas reutilizadas dos esgotos", sublinhou, acrescentando que, por outro lado, os consumidores também não querem consumir produtos regados com essas águas.

Filipe Duarte Santos alertou ainda para o aumento da realização de furos artificiais para captar em água - entre junho e setembro de 2017 houve em Portugal 3.600 novos furos - uma vez que os aquíferos também correm o risco de desaparecer.

"Tira-se a água, mas depois, se não chove, de onde é que ela vem para realimentar os aquíferos?", questionou o coordenador do consórcio de investigadores que vai elaborar um plano de adaptação às alterações climáticas para o Algarve.

Filipe Duarte Santos é também membro do centro de investigação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, tendo sido um dos revisores do relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC).

O congresso "Desafios da Água" decorreu entre quinta-feira e hoje em Albufeira, no Algarve, contando com 800 participantes uma exposição sobre a água e quase 100 "stands", profissionais e educativos, por onde passaram cerca de 1.500 crianças.

 

Nutricionistas
A bastonária da Ordem dos Nutricionistas garantiu que a norma de orientação profissional, em consulta pública, não vai afastar...

Alexandra Bento falava a propósito das críticas da nutricionista Filipa Cortez, que coordena uma equipa de 200 nutricionistas que exercem atividade em farmácias comunitárias, e que considera que os requisitos desta norma são demasiado exigentes.

Filipa Cortez acredita que a maioria dos nutricionistas deixará de exercer nas farmácias, onde têm obtido “resultados muito bons”, nomeadamente no combate ao excesso de peso, posição com a qual a Ordem dos Nutricionistas discorda.

Para a bastonária, a exigência da norma é “a necessária”. “Não creio que os profissionais não a cumpram”, disse.

Em relação à crítica de Filipa Cortez à exigência de um estadiómetro, que avalia a estrutura ou altura, alegando que estes “apenas são exigidos para as farmácias”, a bastonária desmentiu, garantindo que “todos os estabelecimentos de saúde o têm”.

“É facílimo ter um equipamento deste género”, adiantou.

A bastonária também refuta a crítica de Filipa Cortez em relação à dimensão do local das consultas.

“São exigidas infraestruturas e equipamentos que as farmácias não têm atualmente, como a dimensão de gabinetes (sete metros quadrados)”, disse Filipa Cortez, recordando que muitas das farmácias já existem há muito tempo e não têm estas dimensões.

Alexandra Bento esclarece: “Só respondemos ao que são as condições mínimas de instalações e equipamentos da Direção Geral da Saúde (DGS)”.

A bastonária acrescenta que a norma leva em conta “o que é preconizado pela Associação Nacional das Farmácias (ANF), a Ordem dos Farmacêuticos e a DGS”.

 

Normas "demasiado exigentes"
Os requisitos para a atuação do nutricionista na farmácia comunitária são de tal forma exigentes que a maioria destes...

Em causa está a Norma de Orientação Profissional da Ordem dos Nutricionistas, que está em consulta pública até segunda-feira, data limite para receber contributos.

Filipa Cortez, nutricionista e coordenadora de uma equipa de 200 nutricionistas que exercem atividade em farmácias comunitárias, considera que os requisitos desta norma são demasiado exigentes e acredita que a maioria dos nutricionistas deixará de exercer nas farmácias, onde têm obtido “resultados muito bons”, nomeadamente no combate ao excesso de peso.

“São exigidas infraestruturas e equipamentos que as farmácias não têm atualmente, como a dimensão de gabinetes (sete metros quadrados)”, disse Filipa Cortez, recordando que muitas das farmácias já existem há muito tempo e não têm estas dimensões.

Também os equipamentos que têm de estar disponíveis, como um estadiómetro, que avalia a estrutura ou altura, apenas são exigidos para as farmácias, o mesmo não acontecendo para os centros de saúde ou hospitais, prosseguiu.

“Parece-nos exagerado. Só as farmácias com instalações recentes e modernas é que conseguirão corresponder às exigências”, afirmou a nutricionista

Por outro lado, a norma não permite o uso de suplementos alimentares nem substitutos de refeição, o que “retira aos nutricionistas a liberdade de escolha dos melhores mecanismos para cada atuação”.

Filipa Cortez acredita que, em virtude da incapacidade de cumprimento desta norma, cerca de 350 nutricionistas (10% dos profissionais em Portugal) que exercem nas farmácias vão ficar sem trabalho.

“É voltar dez anos atrás, apesar dos ótimos resultados que temos obtido, nomeadamente no combate à obesidade”, disse.

Segundo Filipa Cortez, os nutricionistas realizaram mais de 400 mil consultas nas farmácias comunitárias, em 2017.

 

Nobel da Medicina diz
É capaz de haver pouca coisa menos consensual do que as dietas, porém num ponto a maioria parece estar de acordo: comer de três...

São uma espécie de verdades absolutas da nutrição: o corpo é uma máquina que precisa regularmente de combustível para funcionar, deixá-lo sem energia desacelera o metabolismo, logo comer a cada três horas ajuda a emagrecer, muito mais do que qualquer jejum. Certo?

Errado, a avaliar por um estudo do biólogo celular japonês Yoshinori Ohsumi, Nobel de Medicina de 2016 e investigador do Instituto de Tecnologia de Tóquio, galardoado justamente por ter descoberto e esclarecido os mecanismos da autofagia – um processo fundamental para a degradação e reciclagem dos componentes das células.

Segundo o cientista, escreve o Notícias Magazine, o corpo necessita de fazer pausas mais longas entre refeições de modo a permitir a reciclagem das células degradadas. Para chegar a essa conclusão, começou por deixar células de levedura “com fome”, sujeitando-as a uma situação de stress para forçá-las a reagir, tal como sucede no organismo quando passa longos períodos em jejum.

Foi quando percebeu que a degradação das células gerava outra ação: nos reservatórios de reciclagem, após 30 minutos de fome, acumulavam-se muitas pequenas vesículas que, nas células, servem para o transporte celular até ao lisossoma (organelos responsáveis por degradar partes inúteis de células e estruturas potencialmente nocivas).

Para a comitiva de médicos que integrou o Nobel, a autofagia acontece sobretudo quando o corpo está em estado de jejum e “pode rapidamente fornecer combustível para a renovação de componentes celulares, sendo essencial para responder à fome e outros tipos de stress”.

 

Obesidade infantil
A pediatra Margarida Lobo Antunes defende que a aplicação de taxas é a medida mais eficaz para travar a obesidade infantil.

"Esta história dos refrigerantes e de aumentar as taxas nos produtos açucarados teve impacto", afirma Margarida Lobo Antunes, que lamenta as dificuldades no combate à obesidade infantil e o facto de ser necessário aplicar taxas.

A pediatra refere que o combate à obesidade infantil é uma área com uma taxa de sucesso muito reduzida e afirma que é muito difícil sensibilizar as pessoas, escreve a TSF.

"Vamos tem que tomar medidas muito concretas nas escolas, na alimentação nas escolas" defende Margarida Lobo Antunes, que considera que, "para ter um sucesso, provavelmente, vamos de ter de taxar".

A pediatra dá o exemplo de Inglaterra como um país com projetos interessantes para combater a obesidade. "Tinha um sistema de autocarro a pé, os pais iam todos a pé e levavam as pessoas às compras para mostrar o que é que podem comprar", conta Margarida Lobo Antunes que lamenta: "há muitas medidas que têm um impacto a curto prazo, mas a longo prazo as pessoas não mudam. As únicas coisas que têm mostrado eficácia, são de facto taxas".

 

Estudo
Pode ser uma descoberta revolucionária para o tratamento da diabetes. Investigadores suecos e finlandeses acreditam que a...

Até agora, a doença é divida em dois tipos. A diabetes de tipo 1 surge maioritariamente na infância e é também conhecida como Diabetes Insulino-Dependente, enquanto a de tipo 2, mais comum, é diagnosticada normalmente na idade adulta e causada por um desequilíbrio no metabolismo da insulina.

Um grupo de investigadores suecos e finlandeses da Universidade de Lund, na Suécia, desenvolveu uma investigação que mostra que esta classificação é limitativa e considera que há mais tipos de diabetes, escreve a TSF.

O estudo, publicado na revista The Lancet, defende que a diabetes de tipo 2 tem várias formas e propõe uma nova classificação da doença que acreditam que pode ser uma ferramenta útil no tratamento e ajudar a fazer um diagnóstico mais preciso dos doentes.

A investigação propõe cinco tipos de diabetes - as análises mostram diferenças genéticas em cada grupo.

A primeira conclusão do estudo é que a diabetes de tipo 1 e aquela que é autoimune mas tem um início tardio pode ser agrupada no mesmo grupo - Diabetes grave autoimune (Grupo 1).

Quanto à diabetes até agora conhecida como de tipo 2, os investigadores dividiram em quatro grupos:

Grupo 2 - Diabetes deficitária em insulina: os doentes são novos, têm peso saudável, mas têm dificuldades em produzir insulina. No entanto, a doença não é autoimune. A retinopatia diabética é a mais vulgar deste grupo

Grupo 3 - Diabetes resistente à insulina: os doentes têm geralmente excesso de peso e produzem insulina, mas o corpo já não consegue reagir a essa produção. Há uma grande probabilidade destes doentes desenvolverem doenças hepáticas e renais.

Grupo 4 - Diabetes relacionada com a obesidade: observada especialmente em pessoas com excesso de peso, mas com poucas alterações metabólicas.

Grupo 5 - Diabetes relacionada com a idade: doentes que desenvolvem sintomas quando já têm uma idade muito avançada; a doença é menos grave.

Nos dois últimos casos, os investigadores dizem que a doença pode ser controlada com medicamentos (como a metformina) e alterações no estilo de vida.

Os investigadores consideram que este estudo pode ser revolucionário na forma como são definidos os tratamentos para a diabetes, no caminho de uma medicina de precisão.

A investigação analisou 8980 diabéticos diagnosticados na idade adulta e as conclusões foram confirmadas com dados de outros 5795 doentes na Suécia e na Finlândia.

 

Ministério da Saúde brasileiro
O número de mortes por febre-amarela no Brasil chegou a 237 ultrapassando as registadas no mesmo período do ano passado,...

Os dados levam em consideração os casos entre 01 de julho de 2017 e 28 de fevereiro de 2018.

No mesmo período foram registadas 2.867 notificações de casos suspeitos de febre-amarela, dos quais 723 foram confirmados, 1.359 descartados e outros 785 permanecem em investigação.

Entre julho de 2016 e 28 fevereiro de 2017 foram confirmados 576 casos, entre os quais se registaram 184 mortes.

"Embora os casos do atual período de monitoramento tenham sido superiores à sazonalidade passada, o vírus da febre-amarela hoje circula em regiões metropolitanas do país com maior contingente populacional, atingindo 32,3 milhões de pessoas que moram, inclusive, em áreas que nunca tiveram recomendação de vacina", destacou o Ministério da Saúde brasileiro.

O mesmo órgão acrescentou que "na sazonalidade passada [registada em 2016], por exemplo, o surto atingiu uma população de 8 milhões de pessoas, muito menor que a atual".

O Governo brasileiro anunciou ainda que a campanha de vacinação na Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro, os três Estados onde há risco maior de circulação do vírus, atingiu apenas 5,5 milhões de pessoas até 27 de fevereiro.

O número corresponde a 23,2% do público-alvo previsto na campanha do Ministério da Saúde, que prevê atingir 23,8 milhões de pessoas.

 

Mau tempo
A Organização Mundial de Saúde alertou hoje para os riscos do frio que têm assolado toda a Europa, lembrando os perigos...

A responsável da organização para a Europa, Zsuzsanna Jakab, afirmou que o frio, mesmo quando não está no seu pico, “pode ser prejudicial para a saúde das pessoas de muitas formas”.

De acordo com Zsuzsanna Jakab, as temperaturas que se têm feito sentir em muitos países da Europa “podem agravar condições existentes e aumentar o risco de pressão alta, ataques cardíacos e AVC”.

O risco é maior no que respeita às pessoas com menos rendimentos.

“Normalmente, as casas mais pobres são as mais atingidas”, porque as pessoas “têm menos dinheiro para aquecer adequadamente as casas”.

Mas o maior perigo refere-se a “pessoas sem-abrigo, refugiados e migrantes”, disse Zsuzsanna Jakab, sublinhando que estes são os alvos mais vulneráveis ao frio, sobretudo quando não têm “roupa apropriada, comida ou cuidados médicos”.

A vaga de frio proveniente da Sibéria provocou, até final de quarta-feira, a morte de quase 50 pessoas na Europa, muitas delas sem-abrigo, e continua a causar estragos e a semear o caos nos transportes.

Apontada como "A Besta do Oriente" pelos meios de comunicação britânicos, "O Urso Siberiano" pelos media na Holanda ou o "Canhão de Neve" na Suécia, a onda de frio fez pelo menos 47 mortos desde sexta-feira.

De acordo com um balanço feito com informação da agência AFP, registaram-se 18 mortos na Polónia, seis na República Checa, cinco na Lituânia, quatro em França e na Eslováquia, dois em Itália e na Roménia, na Sérvia e na Eslovénia, um na Holanda e pelo menos um em Espanha, no País Basco. Na Estónia, o frio matou sete pessoas em fevereiro.

Na noite de terça para quarta-feira, o mercúrio caiu para -21°C nas regiões montanhosas da Croácia e da Bósnia, -20°C em Lübeck, no norte da Alemanha, -19°C no sul da Polónia, -18°C perto de Liège na Bélgica e -10°C nas proximidades de Londres.

Em toda a Europa, a neve e o gelo causaram estragos nas estradas e muitos voos foram cancelados além de encerrar muitas escolas, incluindo em Portugal.

 

Concurso público
A Unidade Local de Saúde do Nordeste divulgou hoje que tem 21 vagas para especialistas nas áreas hospitalar e de saúde pública...

O organismo responsável pelos hospitais e centros de saúde no distrito de Bragança foi contemplado com 21 vagas por despacho do Governo publicado em Diário da República, na quarta-feira, como informou hoje a Unidade Local de Saúde (ULS) do nordeste.

Esta região tem para preencher dois lugares em Anestesiologia, dois em Cirurgia Geral, um em Ginecologia/Obstetrícia, três em Medicina Interna, dois em Ortopedia, e uma vaga em Nefrologia, Neurologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Patologia Clínica, Pediatria, Pneumologia, Psiquiatria, Radiologia, Urologia e Saúde Pública.

O despacho do Ministério da Saúde que abre estas vagas identifica os serviços e estabelecimentos de saúde com maiores carências de pessoal médico, tendo em vista o recrutamento de especialistas para fazer face a essas necessidades.

“Desta forma, o Ministério da Saúde viabiliza a contratação de clínicos, criando as condições para que todos os médicos que anualmente adquirem o grau de especialista possam manter-se vinculados ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), contribuindo assim para a melhoria da atividade assistencial dos serviços que o integram”, explica a ULS do Nordeste, em comunicado.

A responsável pela Saúde nesta região “congratula-se com a atribuição destas vagas para a contratação de especialistas, na expectativa de que possa vir a reforçar o seu quadro de pessoal médico, tendo em vista a melhoria contínua dos cuidados de saúde de proximidade prestados à população”.

Ao longo dos últimos anos têm sido abertos vários concursos para recrutar médicos especialistas para o distrito de Bragança, mas a maior parte das vagas fica por preencher por falta de candidatos interessados.

 

Conselho de Ministros
Os responsáveis por equipamentos de maior risco para a infeção por ‘legionella’ vão ser obrigados a registo, a ter planos de...

A proposta de lei que estabelece o regime de prevenção e controlo da doença dos legionários, provocada pela bactéria ‘legionella’, propõe à Assembleia da República “um regime próprio que estabelece um conjunto de procedimentos relativos à instalação, ao uso e à manutenção de redes, sistemas e equipamentos nos quais a ‘legionella’ é capaz de proliferar e disseminar”.

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, “os responsáveis por equipamentos de maior risco (torres de arrefecimento, equipamentos industriais de utilização intensiva que usem água, etc.) ficam sujeitos a obrigações de registo, planos de prevenção e auditorias trienais”.

“Para os equipamentos de menor risco (piscinas, termas, fontes, redes prediais de água quente, etc.), há obrigações atenuadas: planos de prevenção ou apenas manutenção/limpeza”, prossegue o comunicado.

Nos últimos meses registaram-se dois surtos de ‘legionella’. O primeiro ocorreu em novembro do ano passado e atingiu o Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, infetando 59 pessoas e causando cinco mortos.

No final de janeiro, um surto desta bactéria foi detetado no hospital CUF Descobertas, infetando 15 pessoas.

A bactéria ‘legionella’ é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

A comunicação social foi convocada hoje para a habitual conferência de imprensa que se realiza no final da reunião do Conselho de Ministros, mas o encontro acabou por ser anulado porque a reunião se prolongou e a ministra da Presidência, por questões de agenda, estava indisponível.

 

Governo
A secretária de Estado da Saúde anunciou hoje que as negociações entre a ADSE e os operadores privados para a nova tabela de...

Rosa Valente de Matos falava aos jornalistas no final da conferência “O estado da saúde em Portugal”, organizada pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), durante a qual o acordo entre o subsistema dos funcionários públicos (ADSE) e os operadores privados foi abordado.

Em causa estão negociações que decorrem há meses, após a ADSE ter apresentado uma tabela de preços a pagar aos operadores privados que os levou a ameaçar deixar a convenção, tendo em conta a diminuição dos valores.

Essa tabela, contestada pelos operadores privados, deveria ter entrado em vigor hoje.

Desde então, a ADSE e os operadores privados, representados pela Associação Portuguesa da Hospitalização Privada (APHP), têm estado em negociações, as quais deverão ser concluídas hoje ou sexta-feira, segundo a secretária de Estado da Saúde.

“Entre hoje e amanhã as negociações entre a ADSE e os privados deverão estar concluídas”, afirmou Rosa Valente de Matos.

A mesma ideia foi transmitida pelo presidente da APHP, Óscar Gaspar, que confirmou uma reunião na quarta-feira com a direção da ADSE.

Segundo Óscar Gaspar, a nova tabela está prestes a ser publicada, com o objetivo de entrar em vigor um mês depois.

 

Pessoas com deficiência
O Município de Leiria anunciou hoje que pretende dar prioridade ao desporto para deficientes, pelo que irá beneficiar os clubes...

"O desporto adaptado é uma das grandes prioridades do Município. Vamos receber no dia 29 de abril o Campeonato Nacional de Ténis de Mesa adaptado, que é uma área onde vamos trabalhar", salientou o vereador do Desporto, Carlos Palheira (PS).

Segundo explicou Carlos Palheira, "quem desenvolver trabalho federado ou não com populações especiais vai ter, por exemplo, acesso preferencial a equipamentos municipais".

"Vai haver uma enorme revolução ao nível do preçário de utilização para estas populações especiais, desde o estádio, a pavilhões e piscinas. Terão condições muito excecionais", reforçou.

O vereador adiantou que está a ser preparada uma alteração aos regulamentos de utilização dos espaços desportivos municipais. Os clubes ou associações que permitam a prática de desporto a pessoas com deficiência terão uma "dupla majoração" no apoio autárquico, "quer em termos de apoio individual por equipa e por atleta", quer "através do acesso preferencial à instalação em condições únicas".

Também haverá majoração para os clubes que aumentarem a prática de desporto feminino federado. "Verificamos que, a nível informal, desporto feminino tem níveis idênticos ao do masculino, mas no aspeto federado há um decréscimo feminino em cerca de um terço. Queremos fazer uma discriminação positiva".

Na apresentação das principais atividades para o primeiro semestre de 2018, Carlos Palheira destacou a realização, já este fim de semana, da Taça de Portugal de Triatlo, onde são esperadas cerca de 450 pessoas na zona da Ervedeira e Pedrógão.

"É uma prova de grande expectativa, porque vai estar sob o olhar das televisões e vai ser uma oportunidade para promover a região de Leiria".

Nos dias 10 e 11, Leiria será palco de um "evento de enorme expressão a nível internacional". A Taça da Europa de lançamentos levará a Leiria "campeões olímpicos e seleções nacionais de mais de 20 países".

Uma das novidades é o acolhimento do torneio de apuramento do Campeonato do Mundo de Andebol de juniores A em femininos, com a presença das seleções de Portugal, Espanha, Áustria e Bulgária.

O desporto informal é também uma das prioridades da autarquia, que irá reforçar a organização da rede de percursos pedestres, em colaboração com o Núcleo de Espeleologia de Leiria, passando de seis para dez.

"Vamos começar a desenvolver atividades do desporto informal em conjunto com os ginásios da cidade, na arena do desporto, que se localizará no centro de Leiria", revelou ainda.

Provas do Campeonato do Mundo de Aeromodelismo e de Drones, etapas nacionais de skate e futebol de formação fazem parte da programação do Município de Leiria, que espera ainda a presença entre 800 a 1.000 pessoas no OCR-Police Challenge, uma "prova de obstáculos, desafios e superação".

"Será uma prova de ‘aferição' para o ano pensar-se numa etapa do campeonato do mundo da modalidade", disse Carlos Palheira.

O vereador informou ainda que está ser feito um investimento em várias infraestruturas do concelho ao nível da eficiência energética, melhoramentos físicos e de equipamentos, nomeadamente no Estádio de Leiria, nas piscinas municipais, nas piscinas da Maceira e Caranguejeira, no Centro Nacional de Lançamentos e em vários pavilhões.

"De referir que o pavilhão das Cortes será o único do país inclusivo, cujas obras deverão arrancar até ao final do ano. Terá características únicas no apoio às pessoas do desporto adaptado", frisou.

Outra das novidades apresentadas será o modelo de apoio aos clubes, que irá ao encontro temporal da sua atividade, já que uns trabalham com a época desportiva e outras com o ano civil.

 

Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge
Perto de um quinto dos portugueses adiciona sal no prato da sua comida e 13,7% das pessoas com hipertensão arterial tem este...

Realizado pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), este inquérito analisou o consumo adicional de sal dos portugueses e concluiu que 1,19 milhões (17,7%) costuma juntar este tempero ao alimento já confecionado.

O INSEF estudou 4.911 pessoas, na sua maioria em idade ativa (84,3% com idade entre os 25 e os 64 anos), cerca de três quintos (63,4%) dos quais “sem escolaridade ou com escolaridade inferior ao ensino secundário” e 11,2% desempregados.

Em relação ao consumo adicional de sal, os homens 8um em cada cinco) consomem mais do que as mulheres (uma em sete).

O grupo etário dos 25 aos 34 anos é aquele que mais adiciona o sal aos alimentos quando estes já estão no prato e o Algarve a região do Algarve onde é mais frequente este hábito: 35,8%.

O consumo adicional de sal foi mais frequente nas pessoas empregadas (19,6%), seguindo-se os desempregados (16,9%) e os reformados, domésticos ou estudantes (13,6%).

De acordo com os dados do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF), 13,7% das pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial referiu adicionar sal no prato da sua comida.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Hipertensão, se cada pessoa consumisse menos duas grãos de sal por dia a taxa de Acidente Vascular Cerebral (AVC) cairia entre 30 e 40% nos cinco anos seguintes e ocorreriam menos 11 mil casos por ano em Portugal.

O consumo excessivo de sal é responsável por 2,3 milhões de mortes por ano, devido a doenças cardiovasculares, em todo o mundo.

 

Relatório
O tratamento de dependência de drogas faz parte do direito fundamental à saúde e como tal os governos devem reforçar esforços...

A recomendação consta no relatório anual do Órgão Internacional de Fiscalização de Estupefacientes (International Narcotics Control Board – INCB, na designação em inglês), um organismo independente que monitoriza a aplicação das convenções internacionais das Nações Unidas para o controlo de drogas.

Atualmente apenas uma em cada seis pessoas que precisam de tratamento tem acesso a programas de reabilitação, segundo os números globais avançados pelo INCB, que lançam um alerta: “Mesmo quando o tratamento está disponível, muitas vezes é de má qualidade e não pode ser realizado de acordo com os padrões internacionais”.

“O acesso ao tratamento de dependência de drogas deve ser encarado como um elemento do direito à saúde”, enfatizou o órgão criado em 1968, lembrando desta forma que os Estados têm a obrigação de prestarem serviços de tratamento a todos aqueles que sofrem de adição de estupefacientes.

No relatório, o organismo, com sede em Viena, insta os governos pelo mundo inteiro a darem um maior relevo às áreas de tratamento, reabilitação e reintegração de pessoas com transtornos relacionados com o uso de drogas, em vez de focarem a maior parte dos esforços na prevenção.

Tal postura deve ter também em conta, segundo o INCB, o facto de os toxicodependentes lutarem contra estigmas e preconceitos sociais.

“Esta estigmatização não só prejudica seriamente as suas oportunidades e o respetivo acesso ao tratamento, mas também afeta as suas perspetivas de reintegração social”, referiu o órgão, que dá uma atenção especial a grupos da população que sentem necessidades também elas classificadas como especiais.

Entre esses grupos de pessoas, e como o relatório frisa, estão as mulheres ou indivíduos socialmente marginalizados, como os migrantes e os refugiados, que “muitas vezes não têm acesso a serviços de tratamento que tenham em conta as suas necessidades especiais”.

“É fundamental que os governos protejam e promovam os direitos de todas as pessoas com transtornos relacionados com o uso de drogas. À luz dos termos das convenções internacionais, todos os Estados são obrigados a tomar todas as medidas possíveis para a prevenção do uso de substâncias, bem como para a identificação precoce, tratamento, educação, pós-atendimento, reabilitação e reintegração social das pessoas afetadas”, defendeu o presidente do INCB, o tailandês Viroj Sumyai, citado no documento.

Entre as várias recomendações inscritas no relatório anual, o organismo faz ainda questão de reafirmar que a legalização da cannabis para fins não medicinais é incompatível com as obrigações dos Estados decorrentes dos tratados internacionais sobre o controlo de drogas.

“O INCB enfatiza uma vez mais que tal uso seria contrário às convenções internacionais de controlo de drogas. Limitar o uso controlado de substâncias para fins médicos e científicos é um princípio fundamental dos tratados internacionais de controlo de drogas para o qual nenhuma exceção é possível”, afirmou o organismo.

Numa análise pelas várias áreas geográficas do mundo, o relatório do INCB, relativo a 2017, destaca, entre outras situações, a grave e mortífera epidemia de opioides (substância, natural ou sintética, que possui propriedades e efeitos semelhantes aos do ópio) que atravessa países como os Estados Unidos ou o Canadá.

Em 2016, só no território norte-americano, as mortes por overdose de opioides ultrapassaram as 64 mil.

O cenário também não é animador no espaço dos ainda 28 países da União Europeia (UE), onde está incluído Portugal. O organismo independente aponta que as mortes por overdose no espaço comunitário aumentaram pelo terceiro ano consecutivo, a maioria relacionadas com o uso de heroína e de outros opiáceos.

Ainda sobre o consumo nos países da UE, o INCB indica que quase um por cento dos adultos residentes no espaço comunitário consume cannabis diariamente ou quase todos os dias. Aliás, o consumo de cannabis na UE é aproximadamente cinco vezes superior ao consumo de outras drogas.

Na segunda posição, em termos de consumo, surge a cocaína, com o organismo a sublinhar que a tendência de decréscimo verificada em anos anteriores foi interrompida.

Em termos globais, o INCB estima que mais de um quarto (25%) da população geral da UE com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos – mais de 93 milhões de pessoas – já terá experimentado drogas ilícitas pelo menos uma vez na vida.

O INCB é um órgão independente composto por 13 membros, eleitos pelo Conselho Económico e Social das Nações Unidas (ECOSOC). Três dos elementos são propostos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e os restantes 10 elementos são selecionados a partir de uma lista de técnicos apresentada pelos Estados-membros.

 

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