Em Lisboa
A Misericórdia de Lisboa iniciou hoje o processo de construção de uma Unidade de Cuidados Continuados Integrados de Média e...

A cerimónia da consignação da obra da Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI), que vai ficar instalada no Parque de Saúde Pulido Valente, decorreu hoje à tarde.

A unidade, um investimento da responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), vai acrescentar 44 camas à Rede Nacional de Cuidados Continuados.

De acordo com a SCML, esta unidade será a primeira de cuidados continuados integrados de média e longa duração em Lisboa, que “tem uma grande necessidade nesta área”, dispondo atualmente de apenas duas pequenas unidades de convalescença.

O tempo previsto para a construção desta empreitada é de cerca de seis meses, esperando-se que “as camas estejam disponíveis no último trimestre deste ano”.

A Santa Casa salientou ainda que, além da obra que arranca hoje, “está previsto para breve o arranque da obra do Hospital da Estrela”.

“Neste caso, estamos a falar de 78 camas, que também farão parte da rede nacional. Além das camas, o Hospital da Estrela irá oferecer um suporte de equipamentos que vão servir a unidade de pediatria e doentes com demência”, acrescentou a SCML.

A UCCI cujas obras agora começam resulta de um protocolo assinado em novembro de 2016 entre a Instituição e o Centro Hospitalar Lisboa Norte - Hospital Pulido Valente.

Centro de Informação Antivenenos
As cápsulas de detergente provocaram no ano passado 68 situações de intoxicação, sobretudo em crianças até aos três anos de...

O INEM lançou recentemente uma campanha de sensibilização na rede social Facebook, depois de ser conhecido um desafio que está a ser lançado na internet por jovens, que consiste na ingestão destas cápsulas de detergente e publicação do respetivo vídeo.

“Comer cápsulas é estúpido! Come bolachas” é o mote da campanha do INEM que circula no Facebook.

No entanto, o Centro de Informação Antivenenos (CIAV) do INEM não tem, até ao momento, conhecimento de casos de intoxicações provocados no decorrer deste desafio.

Também a PSP já publicou um comunicado na mesma rede social, alertando para “um novo desafio viral na Internet que consiste na ingestão destas cápsulas ou na sua colocação na boca, filmando e partilhando nas redes sociais”.

“Estas cápsulas são altamente concentradas e projetadas unicamente para o seu fim. Devem ser armazenadas longe do alcance de crianças, independentemente das circunstâncias”, lê-se no alerta da PSP.

Sem relação com este desafio, o CIAV do INEM atendeu no ano passado 68 casos relacionados com a exposição a detergente em cápsulas. Em 2016, este organismo registou 115 ocorrências e no ano anterior 140.

Dados do INEM a que a Lusa teve acesso revelam que “a maioria das situações ocorrem nos escalões etários mais baixos com particular incidência nas crianças até aos três anos de idade inclusive”.

Em 2017, 14 das situações ocorreram em menores de dois anos, 19 tinham dois anos e 17 eram crianças com três anos.

A via digestiva foi o principal meio de exposição ao detergente em cápsulas (46), seguindo-se a ocular (17) e a cutânea (5).

Segundo o CIAV, “as cápsulas de utilização unitária de detergente para lavagem de roupa ou loiça contêm entre 30 a 50 ml de um detergente concentrado, revestidas por um invólucro solúvel em água”.

“As suas cores brilhantes e chamativas são particularmente atrativas para as crianças que as podem confundir com guloseimas, rebuçados ou doces”, prossegue o organismo.

De acordo com o CIAV, “ainda que a maior parte destas situações seja de gravidade relativa, dependendo de diversos fatores, podem, no entanto, provocar lesões, nomeadamente ao nível ocular, com consequências potencialmente mais graves”.

Estudo
Um novo teste sanguíneo experimental permitiu detetar precocemente os oito cancros mais frequentes em 70 por cento dos casos,...

Mais de mil pacientes diagnosticados com cancro participaram na investigação conduzida na universidade Johns Hopkins, em Baltimore, para se chegar ao CancerSEEK, que procura mutações em 16 genes ligados a diferentes tipos de cancro e identifica determinadas proteínas a circular na corrente sanguínea associadas a cancros.

Com experiências realizadas também em 850 pessoas sãs, o novo método de diagnóstico foi eficaz a detetar os casos de cancros do ovário, fígado, estômago, pâncreas, esófago, colorrectal, pulmão e mama.

Nas 1.005 amostras de sangue recolhidas dos pacientes com cancro, a taxa de deteção variou entre 33 e 98%, dependendo do tipo.

Nos cancros dos ovários, fígado, estômago, pâncreas e esófago, que são os mais difíceis de detetar, o teste funcionou em 69% dos casos.

O objetivo último da equipa é detetar os cancros antes mesmo de haver sintomas.

De acordo com os investigadores, "é muito baixa" a probabilidade de haver falsos positivos com este teste.

A equipa já pediu a patente do teste, que acredita poder ser colocado no mercado por cerca de 400 euros.

Liga Portuguesa Contra o Cancro
A região Centro regista uma redução "significativa" na mortalidade por cancro da mama, disse o presidente do Núcleo...

"O núcleo destaca-se numa área em particular que é o rastreio do cancro da mama, que começámos há 27 anos, em 1990, que tem há vários anos cobertura total na zona Centro, e em que foram precisos 25 anos para se encontrar o seu impacto", disse o académico Carlos Oliveira.

Segundo o presidente do núcleo, na região Centro há uma "diminuição significativa da mortalidade, que é o grande objetivo do rastreio, e isso já foi provado por estudos realizados e publicados, em que há efetivamente uma redução da mortalidade".

A região Centro, sublinha, foi a primeira em Portugal a iniciar o rastreio organizado do cancro da mama, 10 anos antes dos núcleos do norte e sul.

"Infelizmente, até hoje, a zona da grande Lisboa e península de Setúbal não têm rastreio de cancro da mama", disse Carlos Oliveira, considerando esta situação "uma vergonha, porque todos os anos os políticos dizem que o rastreio vai arrancar e não arranca".

Apesar dos resultados positivos, Carlos Oliveira estimou que, em Portugal, até 2030, o cancro da mama cresça 17%, o da próstata entre 35 a 40% e o do intestino (colorretal) mais de 30% em homens e mulheres.

Para o especialista, "há que desenvolver efetivamente rastreio em áreas em que são tecnicamente possíveis".

Carlos Oliveira considera que, no caso do cancro colorretal, é "necessário por a funcionar o rastreio", salientando que, neste momento, desde há três ou quatro anos, existem alguns projetos-piloto nalguns centros de saúde da zona Centro e pouco mais".

Referindo que existe uma cobertura "muito fraca" relativamente ao rastreio do cancro colorretal, o presidente do núcleo regional do Centro frisou que, atualmente, as mulheres morrem mais de cancro do intestino do que do cancro da mama e apelou a uma maior atenção e vigilância deste órgão.

O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro presta acompanhamento aos doentes oncológicos, aos seus familiares e cuidadores, através do voluntariado hospitalar, e dá apoio social diretamente aos doentes, em áreas como os transportes, alojamento, alimentação, medicamentos e outras dificuldades que possam eventualmente surgir no âmbito do ambiente familiar.

Segundo Carlos Oliveira, os apoios sociais atribuídos anualmente pelo núcleo do Centro rondam os 350 mil euros.

O voluntariado, "outra área importantíssima", que faz funcionar a Liga Contra o Cancro, tem aumentado e envolve atualmente 2.000 pessoas, o que faz dele o maior do país, distribuídas por 78 grupos locais, que funcionam em todos os concelhos da região Centro.

São eles os responsáveis pelo peditório anual que rende cerca de 600 mil euros, adiantou o presidente do núcleo, que, o ano passado, face aos incêndios, esperava uma redução de 20% daquele valor, mas que apenas contabilizou um decrescimento de 05%.

Entre a sua atividade, o núcleo regional destaca ainda as ações de educação para a saúde, que "tem sido algo muito importante", as consultas gratuitas de psico-oncologia e o apoio jurídico a doentes, que contabilizou 300 atendimentos em 2017, e o voluntariado ocupacional, que aproveita a arte a favor da recuperação dos doentes.

Criado em 20 de janeiro de 1968, o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro comemora no sábado meio século de existência, com uma homenagem aos médicos fundadores Dário Cruz e Rocha Alves, responsáveis pelo arranque da campanha de rastreio de cancro da mama.

Alimentação saudável
Os portugueses consumiram menos 5.500 toneladas de açúcar em 2017 devido à taxa das bebidas açucaradas e o governo prepara-se...

Em entrevista, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, congratulou-se com o impacto da taxa das bebidas açucaradas que, além de se traduzir num encaixe de 80 milhões de euros para o pagamento das dívidas do Serviço Nacional da Saúde (SNS), levou a indústria a produzir bebidas com menos açúcar.

Segundo Fernando Araújo, os resultados desta medida superaram as melhores expectativas do Governo, levando a uma redução do consumo calculada em 5.500 toneladas de açúcar.

O secretário de Estado sublinhou que o consumo das bebidas mais açucaradas (com mais de oito gramas por 100 mililitros) diminuiu para metade.

Esta redução deveu-se à redução do consumo em si, mas também à “reformulação dos produtos”, adiantou.

No próximo orçamento do Estado, a medida vai ser novamente analisada e poderá levar em conta uma das pretensões da indústria de serem criados escalões mais baixos da taxa.

Outra mudança poderá passar pelo destino da verba resultante desta taxa, superior a 80 milhões de euros no ano passado, que vai ser aplicada no pagamento das dívidas do setor, mas que a tutela veria com bons olhos se pudesse ser usada na área da prevenção.

Esse seria, aliás, o destino da taxa do sal, chumbada na Assembleia da República, e que resultaria em 30 milhões de euros anuais para a área da promoção da saúde.

A propósito deste chumbo, Fernando Araújo disse que esse chumbo lhe mereceu “alguma preocupação”.

“O objetivo não era angariar verbas, mas pressionar [a indústria] para reformular os produtos” e produzi-los com menos sal, explicou.

O objetivo de tornar a alimentação dos portugueses mais saudável vai agora ser retomado através de um acordo que o Ministério da Saúde está a preparar com a indústria agroalimentar, com vista à reformulação de produtos.

"Vamos com eles (indústria) discutir objetivos concretos para determinado conjunto de gamas de produtos, ao longo de vários anos. A nossa proposta é de três anos com metas anuais de redução de sal e de açúcar nos produtos que consideramos mais importantes para ver se conseguimos por esta via melhorar a qualidade da alimentação dos portugueses", afirmou Fernando Araújo.

Na mira do governo estão três áreas: o açúcar, o sal e as gorduras, nomeadamente as ‘trans’ (gorduras artificiais criadas pela indústria de alimentos).

“Vamos colocar objetivos de redução anuais, de modo a que estejam alinhados com as boas práticas europeias”, disse.

Alimentos como cereais, refrigerantes, batatas fritas, sopas prontas a consumir, bolachas, iogurtes, leite com chocolate ou tostas deverão ser reformulados no seguimento deste acordo, explicou Fernando Araújo, adiantando que no acordo ficarão definidas as responsabilidades das partes que, no caso da indústria, será produzir alimentos com menos quantidades de sal e açúcar.

“Vamos propor que seja elaborado um cabaz dos [alimentos] mais representativos. Nos cereais, por exemplo, vamos tentar perceber quais os que 80 % da população consome e depois, anualmente, iremos medir o açúcar (…) de modo a saber se estamos a conseguir reduzir a quantidade de sal e açúcar que ficar definido com acordo com a indústria”, referiu.

A ideia é “chegar a acordo” e não criar mais taxas. Ainda assim, Fernando Araújo garante que se a redução de sal e açúcar não se registar, segundo o acordado entre as partes, “há outros instrumentos”.

“Há condições para que a indústria portuguesa e europeia faça essa alteração de conteúdo”, acrescentou.

Indústria da panificação
As padarias que vendam pão com um grama de sal por 100 gramas de pão antes de 2021 vão ter um selo de qualidade que atesta o...

Segundo Fernando Araújo, a medida está a ser analisada com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a indústria da panificação que tem mostrado “uma grande abertura” para produzir pão com menos sal.

A lei atual impõe como limite máximo de sal no pão 1,4 gramas por cada 100 granas de produto, enquanto “países como Inglaterra já estão em um grama”, disse.

Fernando Araújo recordou que Portugal tem um terço de pessoas hipertensas e as mais elevadas taxas europeias de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC).

“É necessário fazer alguma coisa”, sublinhou.

O acordo firmado com a indústria da panificação estabelece que até 2021 será reduzida a quantidade de sal no pão, até atingir um grama de sal por 100 gramas de produto.

Trata-se de “uma meta a quatro anos, ao fim dos quais será reduzido 30% do sal no pão”, destacou.

O acordo vai agora ser transformado em lei e caberá ao Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) realizar “um plano de amostragem anual às padarias de todo o país” para averiguar se a lei será cumprida.

“A indústria da panificação mostrou uma grande abertura para reformular a forma de produzir os pães, incluindo os tradicionais que estão excluídos da lei atual”, disse.

Segundo Fernando Araújo, as padarias que atinjam antes de 2021 o objetivo definido para essa data – um grama de sal por 100 gramas de pão – terá um selo de qualidade que poderá usar de forma visível no estabelecimento.

Esse selo deverá atestar que essa padaria cumpre “o objetivo ambicioso de 2021”.

Secretário de Estado Adjunto e da Saúde
Os telefonemas dos utentes para os centros de saúde que não sejam atendidos vão passar a ser encaminhados para uma central que...

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde reconheceu que por vezes é muito difícil os utentes contactarem por telefone o seu centro de saúde.

“É uma necessidade básica e não está cumprida (…) Não é adequado alguém ligar e ninguém atender”, disse Fernando Araújo.

O governante considera que a contratação de mais recursos humanos para os centros de saúde para esta situação específica pode não ser o mais adequado e adianta que o centro de contacto SNS 24 está a estudar uma forma de passar a receber estas chamadas não atendidas nas unidades de saúde.

“Está neste momento a ser estudada a forma de desenvolver [esta medida] e espero que ocorra muito em breve, ainda em 2018”, afirmou.

Segundo explicou Fernando Araújo, quando um utente ligar para o seu centro de saúde e não for atendido, a chamada será reencaminhada ao fim de algum tempo para uma operadora, que ficará com os dados e questões colocadas, no sentido de se voltar a contactar o doente se necessário.

Questionado, o governante admitiu ter relatos das dificuldades que muitos utentes têm em ser atendidos por telefone nos centros de saúde e diz que o Ministério da Saúde não esconde a situação.

DGS
O pico da epidemia de gripe já terá sido atingido e a atividade gripal tenderá a decrescer nas próximas semanas, disse a...

“Teremos na maior parte das regiões e na maior parte do país atingido já o pico e estaremos na situação de decrescer a atividade gripal e essa é apesar de tudo uma boa notícia”, disse a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, em conferência de imprensa para fazer um balanço da atividade gripal no país, que ainda se encontra em fase epidémica, ainda que a tendência seja decrescente.

A diretora-geral de Saúde disse que “continua a haver pressão” nos internamentos, na procura de cuidados de saúde, quer urgências, quer cuidados de saúde primários, quer ainda a Linha de Saúde 24, mas que também nestes indicadores a tendência é decrescente e que “tudo está a tender para uma situação mais normal”, destacando ainda a “boa capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde”.

Graça Freitas disse que este ano a atividade gripal “ficou aquém do que se verificou no ano passado, o que não é de estranhar dado as características do vírus predominante em circulação”, do tipo B, menos agressivo do que o de tipo A e que geralmente tem associada uma atividade gripal menos intensa.

Nas primeiras três semanas morreram mil pessoas, “o que é normal para a atividade gripal” registada, e um número mais baixo do que os cinco mil registados no ano passado.

“Também em impacto na mortalidade esta época não foi uma época de grande gravidade”, considerou Graça Freitas.

De acordo com os dados do último boletim de vigilância epidemiológica da gripe, na semana entre 08 e 14 de janeiro houve 10 casos de internamento em cuidados intensivos reportados pelas unidades hospitalares, maioritariamente devido a vírus da gripe de tipo A, mas a diretora-geral de Saúde diz que “há que desmistificar a gravidade da gripe A”, que agora é “uma gripe absolutamente normal”.

“Foi grave em 2009 quando apareceu, agora é um vírus igual aos outros residentes que circulam na natureza”, disse Graça Freitas, explicando que quando surgem em circulação os vírus têm capacidade de gerar uma situação pandémica como a que se viveu em 2009, mas que rapidamente o corpo humano cria defesas e imunidade.

Graça Freitas referiu também que há vários outros vírus em circulação, que provocam “as habituais constipações” e doenças infecciosas respiratórias, os quais também têm levado muitas pessoas a procurar cuidados de saúde.

“Parece que a pior fase do inverno já terá passado. Vamos esperar, de qualquer maneira, pelas próximas semanas. O vírus da gripe é traiçoeiro, pode ainda sofrer alguma alteração, as temperaturas podem ainda descer e pode haver algum fenómeno estranho. Se não houver fenómenos estranhos tenderemos para a normalidade”, concluiu a diretora-geral de Saúde.

Comissão parlamentar de Saúde
A presidente do Infarmed assumiu no parlamento que o anúncio da transferência da sede de Lisboa para o Porto está a perturbar a...

Maria do Céu Machado foi ouvida, a pedido do PSD, numa comissão parlamentar de Saúde extraordinária sobre a transferência da sede do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, anunciada em novembro pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

"É difícil continuarmos o trabalho normal pensando que vamos estar seis meses sem saber o que vai acontecer", afirmou, numa referência ao grupo de trabalho criado pela tutela para avaliar a viabilidade do processo, e que tem que apresentar um relatório até ao fim de junho.

A presidente do Infarmed considerou que o que está em causa não é a localização, mas "mexer numa estrutura pesada, com uma rotina diária com tanta pressão externa, e tão intensa, e à qual se consegue dar resposta".

Uma das consequências do anúncio do governo, contestado pela maioria dos trabalhadores, foi o pedido em janeiro, até à data de hoje, da saída de 20 funcionários da instituição, salientou.

A pediatra frisou que não foram ainda "demonstradas as razões" de que a transferência da sede do Infarmed será "uma mais-valia", e que qualquer mudança na instituição "será muito mais difícil e disruptiva" se o conselho diretivo e os trabalhadores, excluídos do grupo de trabalho, não forem envolvidos no processo.

Segundo Maria do Céu Machado, a transferência da sede tem também "um impacto financeiro que não é pequeno", que não contabilizou.

A presidente da entidade reguladora do medicamento "é a favor da descentralização" de serviços, na ótica de o Infarmed "ter algumas áreas de crescimento" na sua atividade, como ter núcleos de inspeção e farmacovigilância em várias zonas do país.

Nas suas intervenções, PSD, BE, PCP e CDS-PP questionaram a credibilidade do anúncio da transferência da sede do Infarmed, invocando que o plano estratégico da entidade, aprovado em setembro, não prevê esta medida, e criticaram a exclusão do conselho diretivo e da comissão de trabalhadores do grupo de trabalho que vai estudar os impactos da mudança, e que, de acordo com Maria do Céu Machado, integra especialistas que prestam serviço ao próprio Infarmed.

O PS invocou que "não há uma decisão definitiva, mas uma intenção", respondendo a uma "orientação política" do Governo, a da "descentralização dos serviços como forma de alcançar a coesão territorial". O partido assinalou que os interesses dos trabalhadores serão salvaguardados.

Estudo
Certas mutações genéticas no vírus da gripe A podem ajudar a contrariar os "efeitos de enfraquecimento" de outras, o...

Os vírus da gripe sazonal estão continuamente sujeitos a mutações que os ajudam a invadir o sistema imunitário humano. Contudo, algumas destas mutações podem diminuir a potência do vírus.

Num estudo publicado na revista PLOS Pathogens, uma equipa de investigadores do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas de Maryland, nos Estados Unidos, descobriu que certas mutações no genoma (conjunto de informação genética) do vírus da gripe A podem ajudar a contrariar os "efeitos de enfraquecimento" do vírus gerados por outras mutações.

A investigação focou-se nas mutações de hemaglutinina - uma glicoproteína que tem como função ligar um vírus ao recetor da célula hospedeira de um organismo - para compreender melhor os mecanismos pelos quais os vírus da gripe A mantêm a capacidade de se replicar apesar das contínuas variantes genéticas.

Os cientistas centraram-se nas estirpes da gripe A com mutações que lhes permitem 'escapar' aos anticorpos de ratos, porquinhos-da-índia e galinhas.

Estudo
O vírus da gripe espalha-se pelo simples ato de respirar e o contágio é mais fácil do que se pensava, segundo um novo estudo,...

"Descobrimos que os casos de gripe contaminam o ar à sua volta com vírus infecciosos só com a respiração, sem tosse ou espirros", afirmou Donald Milton, professor de saúde ambiental na Escola de Saúde Pública da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.

O investigador indicou que as pessoas engripadas geram "aerossóis infecciosos, pequenas gotículas que ficam suspensas no ar durante muito tempo, mesmo quando não estão a tossir, especialmente nos primeiros dias da doença".

"Quando alguém tem gripe, deve ir para a casa e não ficar no emprego a infetar outras pessoas", defendeu.

A investigadora Sheryl Ehrman, da Universidade Estadual de San Jose, afirmou que os resultados da investigação sugerem que as recomendações habituais, como manter as superfícies limpas, lavar muitas vezes as mãos e evitar pessoas com tosse, "não protegem completamente da gripe".

"Ficar em casa e evitar os espaços públicos pode fazer a diferença na disseminação do vírus da gripe", reforçou.

O estudo foi publicado no boletim da Academia Nacional das Ciências norte-americana.

Como agir
Depois do alerta lançado sobre um novo desafio praticado entre jovens, e que consiste na ingestão de

Os jovens no seu desenvolvimento têm a vontade intrínseca de fazerem experiências, de viverem aventuras, buscarem alguma adrenalina e muito também de se sentirem iguais aos seus pares, ou respeitados por eles.

A combinação deste factores com as diferentes personalidades de alguns dos jovens, ou as inseguranças que vivem, aumentam  a probabilidade de se sujeitarem a fazer coisas, desafios, experiências que colocam a sua vida em risco. Às vezes intencionalmente, pois esse é o desejo, outras vezes na total ignorância dos riscos, por imaturidade ou falta de conhecimento.

Haverá sempre jovens dispostos a fazer algumas destas coisas, que nos parecem disparates e irresponsabilidades que não compreendemos, por isso, temos todos que estar sempre muito atentos ao seu desenvolvimento para perceber se estes são ou estão saudáveis, seguros de si, capazes de tomar decisões e acima de tudo informados sobre muitos dos riscos de se fazerem coisas que não sabem ao certo quais são os impactos.

Os educadores, pais e professores, têm um papel crucial: o do diálogo. Temos todos que ajudar os jovens a discernir o que é saudável, ainda que às vezes possa ser um pouco arriscado (mas que faz parte da experimentação), do que se pode tornar num desafio letal.


Tide Pod Challenge é o novo desafio viral que consiste em comer cápsulas de detergente, filmar e publicar na internet. Em Portugal, não há conhecimento de qualquer caso relacionado com o desafio mas a PSP decidiu lançar em alerta, por prevenção.

Temos todos de ir prestando apoio e atenção ao desenvolvimento infantil para que o jovem não se sinta excessivamente pressionado pelos pares a ponto de aceitar desafios que coloquem a sua saúde e integridade física em risco. E sempre que possível “abrir” a porta da comunicação, de forma a que os jovens se sintam à vontade para falar.
Alertas como estes são muito importantes para que os educadores estejam informados sobre estes desafios e modas, pois nem sempre são óbvios, e porque só assim se consegue actuar junto dos jovens, explicando, desmistificando e acima de tudo, ajudando o jovem a se sentir capaz de dizer não a tais convites ou experimentações.
Como se diz nos Estados Unidos, “Boys will be boys”, os jovens irão ao longo do seu tempo de juventude fazer coisas que são indevidas e possivelmente até perigosas, temos de educar preventivamente e com atenção aos seus comportamentos típicos e a todas as alterações de comportamentos.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Governo
Os médicos em formação só vão poder trabalhar um máximo de 12 horas semanais em serviço de urgência, uma alteração legislativa...

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde anunciou que o Governo está a finalizar um diploma legal sobre a formação médica que limita a um máximo de 12 horas semanais o trabalho dos médicos em formação que fazem urgência, com a possibilidade de fazer um turno extra de 12 horas.

De acordo com Fernando Araújo, a proposta deve ir em breve a Conselho de Ministros e segue-se a quase um ano de debate com vários intervenientes no setor, como sindicatos e ordens profissionais.

Atualmente, os médicos ainda em formação de especialidade não têm limitações de horas que podem trabalhar em urgência e, segundo o secretário de Estado, esta medida visa precisamente “evitar o uso excessivo de internos em horas de urgência”, até porque isso “nem sequer é adequado para a sua formação”.

Esta alteração introduzida vem colocar num patamar de maior igualdade os internos e os médicos especialistas, que atualmente já têm um limite de horas realizadas em urgência.

Em entrevista, o bastonário da Ordem dos Médicos denunciou o que considera ser uma “exploração ignóbil” e ilegal dos médicos internos nalguns hospitais.

Miguel Guimarães diz que há hospitais em que os médicos internos estão a fazer urgência sozinhos, uma situação “completamente ilegal”.

O bastonário avisa que esta situação viola as regras do internato médico, viola o código deontológico e que “pode ter implicações disciplinares”, além de não proteger os doentes.

A Ordem pode suspender o internato médico nas unidades em que isto aconteça e Miguel Guimarães afirma que vai atuar sobre estes casos: “Não podemos aceitar isto. Pode ter implicações disciplinares para quem tiver obrigado os médicos internos a fazê-lo. E aí não vou hesitar”.

O bastonário afirma ter relatos de pelo menos três situações em grandes hospitais, como o São João e o Santa Maria, e adianta que vai verificar se há outras denúncias junto das secções regionais da Ordem dos Médicos, uma vez que nem todas as queixas chegam diretamente ao responsável máximo da Ordem.

Secretário de Estado do Ambiente
A seca e os incêndios tiveram reflexo nas emissões de dióxido de carbono, que terão aumentado, levando a um agravamento da...

"Em 2017, vamos ter um agravamento das emissões, com isso a influenciar algum agravamento da qualidade do ar", avançou Carlos Martins, falando aos jornalistas, em Lisboa, à margem da apresentação do Relatório do Estado do Ambiente 2017 (REA), referente a dados de 2016.

O governante explicou que a qualidade do ar em 2016 "tinha sido a melhor algum dia registada com muito menos dias sem a classificação de bom", ou seja, com menos de bom.

O ano passado "não trará, com certeza, essa trajetória porque, infelizmente, houve ocorrências em algumas zonas do país que habitualmente" apresentam uma boa qualidade do ar, e agora "terão tido períodos ou dias afetados", especificou.

Durante a sessão de apresentação do REA, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Lacasta, referiu que as 69 milhões de toneladas de dióxido de carbono atingidas representaram uma descida relativamente a anos anteriores, mas que "em 2017, devido à seca e aos fogos florestais, os números vão elevar-se para próximo daqueles atingidos em 2005", devendo atingir "cerca de 80 milhões de toneladas".

Os incêndios florestais de 2017, que causaram 116 mortos e uma das maiores áreas ardidas de sempre, exigiram uma mudança do 'mix energético', com alterações no desempenho das renováveis, nomeadamente das barragens.

"Limitamos a partir de maio a produção de energia elétrica a partir das soluções hídricas para garantir, por um lado, a rega e, por outro, o abastecimento público de água às populações, como prioridades máximas", referiu o secretário de Estado do Ambiente.

Os produtores de energia tiveram de encontrar outras fontes alternativas para que a eletricidade não faltasse na casa dos consumidores, nomeadamente o carvão e o gás natural que, sobretudo o primeiro "agrava a qualidade do ar", acrescentou.

Quando estiverem disponíveis os dados sobre 2017, resumiu o responsável, "trarão uma trajetória, um valor que será penalizante".

O REA 2017 reporta "uma fotografia de 31 de dezembro de 2016 e ainda não reflete as implicações da seca e dos incêndios florestais", fez questão de referir o secretário de Estado, recordando que estão a ser feitos esforços para que as estatísticas relacionadas com o Ambiente passem a disponibilizar dados mais atuais.

Aquele documento, disponibilizado no 'site' na internet da APA na semana passada, abrange dados sobre economia e ambiente, energia e clima, transportes, ar e ruído, água, solo e biodiversidade, resíduos e riscos ambientais.

Governo
O Ministério da Saúde reconheceu que a proposta para acabar com os atestados médicos de curta duração é construtiva e que está...

“Esta proposta está a ser estudada pelo Ministério da Saúde em articulação com o Ministério da Segurança Social. Do ponto de vista conceptual não temos oposição à medida. Há países onde já acontece”, afirmou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde.

Fernando Araújo comentava uma proposta do bastonário da Ordem dos Médicos para deixar de tornar obrigatórios os atestados médicos de curta duração, até três dias.

O secretário de Estado lembrou que nos três primeiros dias de atestado ou de certificados de incapacidade temporária os trabalhadores não recebem qualquer retribuição.

Fernando Araújo entende a sugestão da Ordem dos Médicos como construtiva, indicando que “vale a pena avaliar e discutir”.

Alertou, porém, para a necessidade de uma medida deste género ter de ser monitorizada e de se encontrar um mecanismo que limite o seu uso abusivo. A este propósito, lembrou que noutros países que adotaram este sistema há um número limitado de dias por ano em que o trabalhador pode faltar por doença sem ter de entregar atestado médico.

“Em Portugal temos um problema, que é o número de dias excessivo de baixa com incapacidade temporária, que é elevado na área pública. Diria que a proposta é construtiva, que vale a pena avaliar e discutir, há espaço para debate. Desde que se encontre resposta para evitar uso excessivo e abusivo”, declarou Fernando Araújo.

O secretário de Estado entende que esta medida não traria um grande alívio às urgências, mas admite que pudesse retirar peso de doentes nos cuidados de saúde primários, abrindo espaço para quem realmente precisa de consultas.

O bastonário dos Médicos, Miguel Guimarães, entende que os atestados médicos de curta duração “não deviam ser necessários”, bastando ao trabalhador responsabilizar-se pela sua situação.

Para evitar abusos, a legislação laboral podia ser adaptada de forma a impedir a repetição consecutiva de justificações de doença sem atestado médico.

“Nós propusemos que se acabassem com os atestados médicos de curta duração. Isto é de uma importância fenomenal”, afirmou o bastonário em entrevista hoje divulgada pela Lusa, exemplificando com o caso das segundas-feiras, por tradição o dia pior das urgências nos hospitais.

Muitas pessoas sentem-se mal ou doentes durante o fim de semana e precisam de faltar ao trabalho na segunda-feira. Recorrem então ao serviço de urgência ou ao centro de saúde para serem observadas e conseguirem um atestado que lhes permita justificar a ausência no trabalho.

“O que acontece quando se vai ao médico pedir um atestado porque se estava com uma dor de cabeça ou indisposição? O médico vai passar o atestado, não tem grande alternativa. Estamos a falar de uma coisa de curta duração e que nem dá tempo para [o médico] investigar qualquer doença que possa existir”, exemplificou Miguel Guimarães.

"Infarmed Notícias"
A grande maioria das cerca de cem personalidades da saúde que testemunharam sobre o Infarmed, no âmbito do seu 25.º aniversário...

Contactado, o coordenador do "Infarmed Notícias", que é o boletim da Autoridade do Medicamento, disse que, " apesar de o depoimento solicitado não espelhar a incontornável polémica em torno da deslocalização, a maior parte das pessoas ouvidas não escondeu o seu desagrado sobre a decisão do Governo”.

O depoimento pedido era sobre a importância da instituição e não sobre a polémica de transferir a sede do Infarmed de Lisboa para o Porto, mas ainda assim a maioria das personalidades nacionais não escondeu o seu desagrado pela decisão Governo, segundo o coordenador do trabalho.

Entre 23 de dezembro e 14 de janeiro foram recolhidos 115 depoimentos, integrados numa edição especial apresentada no dia em que se assinalou a efeméride, na segunda-feira.

A edição especial do "Infarmed Notícias" inclui vários ex-ministros da Saúde e secretários de Estados que tutelaram o Infarmed, antigos presidentes do organismo, representantes da indústria farmacêutica, atuais e ex-bastonários, bem como farmacêuticos, médicos, investigadores e os representantes de entidades europeias do medicamento, nomeadamente a Agência Europeia do Medicamento.

No próprio boletim, entre as pessoas que questionam, por escrito, a decisão do governo, há ex-presidentes do Infarmed.

"O que é hoje vital para o futuro do Infarmed? O reforço do seu estatuto de entidade reguladora e do seu papel na União Europeia? Primeiro, a estratégia. Deslocalizar para quê? Que ganhos de estratégia e de desempenho traz uma ida para o Porto? Não vislumbro", escreveu o antigo presidente do Infarmed Miguel Andrade, que liderou a instituição entre 2000 e 2002.

Também o primeiro presidente do Infarmed, Aranda da Silva, aludiu à decisão do Governo: “Como se diz no futebol, não se mudam equipas vencedoras. As decisões políticas, para que não sejam encaradas como resultado de pressões obscuras, ignorância ou deficiente informação por parte dos decisores, devem ser tecnicamente fundamentadas e com sentido estratégico”, escreveu Aranda da Silva.

Já José Morais, antigo presidente da Comissão de Avaliação de Medicamentos optou por escrever: “Hoje o Infarmed goza de uma reputação nacional e internacional na proteção da saúde na sociedade, fruto do empenho e competência dos seus atores, que dificilmente é compatível com perturbações externas geradoras de instabilidade”.

Hoje, a comissão de trabalhadores vai entregar aos deputados da comissão parlamentar de Saúde exemplares desta edição especial do "Infarmed Notícias".

Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através do Departamento de Doenças Infeciosas, está a promover o primeiro...

Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Mycoplasma genitalium e Trichomonas vaginalis são os quatro microrganismos alvo do estudo, coordenado pelo Laboratório Nacional de Referência das Infeções Sexualmente Transmissíveis, com o apoio do Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa, bioMérieux e Genomica. O conhecimento da frequência destas quatro infeções sexualmente transmissíveis (IST) em Portugal tem como objetivo implementar futuras ações de prevenção.

O estudo é dirigido a jovens - com idades entre os 18 e os 24 anos – a população que apresenta maior risco de desenvolvimento de complicações clínicas graves decorrentes das referidas IST, como a infertilidade.

Os interessados devem dirigir-se a um laboratório do Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa, entidade responsável pelo recrutamento de participantes, realizar uma colheita de urina e autorizar a que esta seja utilizada para o estudo destes quatro agentes de IST. A participação é voluntária, anónima e gratuita, sendo que os participantes podem ter acesso aos seus resultados.

Em Portugal, os dados sobre os agentes causais e prevalência de IST são escassos ou inexistentes. A maioria das IST não apresenta sintomas, o que significa que, geralmente, os indivíduos desconhecem que estão infetados e transmitem essa infeção a outras pessoas. Na população jovem, estas infeções assumem um carácter mais preocupante dado que, quando não são atempadamente diagnosticadas e tratadas, podem provocar consequências negativas, sobretudo para a saúde reprodutiva, causando infertilidade ou patologias no recém-nascido.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, estas quatro IST curáveis causam mais de 350 milhões de novas infeções por ano, no mundo, sendo as mais frequentes nos jovens sexualmente ativos. As IST não tratadas potenciam também o risco de aquisição e transmissão de IST mortais como a infeção VIH/SIDA.

Estudo
Um ingrediente comum na pasta de dentes poderá ser um novo recurso contra estirpes de malária que se tornaram resistentes aos...

Eve é um robô usado para examinar compostos de medicamentos, testando combinações e hipóteses diferentes até encontrar o certo para combater determinada doenças.

No caso da investigação divulgada hoje na publicação Scientific Reports, descobriu que o triclosan evita a acumulação de placas bacterianas, inibindo a ação de uma enzima presente na formação de ácidos gordos.

Quando um mosquito infetado com o parasita da malária pica uma pessoa, passa o parasita para a corrente sanguínea através da sua saliva. O parasita instala-se e prolifera no fígado, antes de espalhar ao resto do corpo, podendo levar à morte.

Mais de 500 mil pessoas morrem anualmente com malária, especialmente em África e no sudeste da Ásia.

"Estamos a ficar sem tratamentos eficazes", afirmou Steve Oliver, do centro de biologia e do departamento de Bioquímica da Universidade de Cambridge, salientando que é cada vez mais urgente encontrar novas terapias.

Movimento Doentes pela Vacinação
A comparticipação do Estado da vacina que previne as doenças provocadas pela bactéria 'pneumococo' subiu de 15% para...

Esta vacina, que previne doenças como a pneumonia, a meningite, a otite e a septicemia, é gratuita para todas as crianças nascidas desde 01 de janeiro de 2015, no âmbito do Programa Nacional de Vacinação (PNV).

Além destas crianças, recebem gratuitamente a vacina os adultos com doenças crónicas e considerados de alto risco, nomeadamente os portadores do vírus VIH e de certas doenças pulmonares obstrutivas, além do cancro do pulmão.

No caso de crianças e adultos não abrangidos, o Estado comparticipava em 15% a aquisição da vacina nas farmácias, mas desde 09 de janeiro que essa comparticipação subiu para 37%, segundo fonte do organismo que regula o setor do medicamento (Infarmed).

Para o Movimento Doentes pela Vacinação (MDV), este aumento da comparticipação é “um importante contributo para a melhoria da saúde pública” em Portugal, onde “a pneumonia mata, diariamente, uma média de 23 pessoas”.

A fundadora do MDV considera que, “além dos benefícios práticos, como a melhoria do acesso, o aumento da comparticipação da vacina reconhece o seu valor e reforça o seu papel fundamental na promoção da saúde pública”.

“Fazemos da sensibilização da população, das autoridades e dos profissionais de saúde a nossa bandeira. Com o alargamento da comparticipação, aumenta também o número de pessoas que poderão beneficiar desta vacina. E quem mais vai beneficiar serão, sem dúvida, os grupos de risco, para quem já está indicada pela Direção-Geral da Saúde”, adiantou.

A Vacina Pneumocócica Conjugada está indicada para todas as faixas etárias e, para além da pneumonia (forma mais comum na idade adulta), previne doenças graves como a meningite ou a septicemia.

Ordem dos Médicos Dentistas
A Ordem dos Médicos Dentistas pede aos profissionais que ponderem acabar com o acordo com a ADSE caso se mantenha a proposta...

Em declarações, o bastonário Orlando Monteiro da Silva diz que as regras e preços da ADSE para a medicina dentária devem fazer com que os dentistas deixem de ter acordo com o subsistema dos funcionários públicos.

“Esta nova proposta de tabela [da ADSE] é mais do mesmo à custa dos profissionais de saúde, afetando os utentes da ADSE. Há um conjunto de situações que estão a limitar os utentes da ADSE a aceder a tratamentos de qualidade, quer ao nível das incompatibilidades entre tratamentos, quer ao nível dos preços propostos nos atos de medicina dentária”, afirmou.

Orlando Monteiro da Silva afirma que “a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) é frontalmente adversa” a esta proposta da ADSE.

“Há muita gente insatisfeita e a posição da Ordem dos Médicos Dentistas é muito clara. A manterem-se as atuais regras devem os médicos dentistas aderentes à convenção ponderar retirarem-se desta convenção”, insistiu o bastonário.

O bastonário salienta ainda que há dois anos que a OMD está a tratar deste assunto num grupo de trabalho conjunto com a ADSE, tendo chegado até a um acordo, sendo que a sua implementação foi sucessivamente adiada.

“A proposta que vem vai ao arrepio do que tinha sido firmado e faz tábua rasa do que tinha sido decidido”, afirmou.

Para Orlando Monteiro da Silva os preços praticados são incompatíveis com tratamentos de qualidade e dá exemplos: a ADSE paga por uma extração dentária cerca de 11 euros, pelo tratamento de um dente paga 17 e por uma consulta paga pouco mais de 7 euros.

Esta semana também o bastonário da Ordem dos Médicos classificou como “absolutamente escandalosos” os preços que a ADSE paga por alguns atos médicos, que muitas vezes não chegam sequer para as despesas do material usado em exames.

“Os preços que a ADSE [subsistema de saúde dos funcionários públicos] tem praticado são absolutamente escandalosos. Existem alguns atos médicos, como as biopsias da próstata, endoscopias urológicas, entre outros, em que a remuneração paga pela ADSE nem sequer serve para cobrir as despesas do material que é utilizado para os exames”, afirmou o bastonário Miguel Guimarães.

O representante dos médicos afirma que tem recebido, de forma reiterada, queixas sobre os preços pagos pela ADSE, reclamações que chegam sobretudo da medicina privada.

A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada considera que as novas tabelas da ADSE representam "perdas incomportáveis" para os privados e podem pôr em causa o acesso dos beneficiários aos cuidados de saúde.

Segundo os jornais Expresso e Público, a Associação escreveu uma carta aos ministros das Finanças e da Saúde depois de aprovada a nova tabela da ADSE que deve entrar em vigor a 1 de março.

De acordo com a Associação, as tabelas reduzem o valor pago aos prestadores de serviços que têm convenção com o sistema e reforçam o controlo das despesas públicas.

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