Conselho de Administração

Consultas de interrupção da gravidez no Santa Maria são retomadas em 01 de fevereiro

As consultas de interrupção voluntária da gravidez no Hospital Santa Maria, em Lisboa, vão ser retomadas dia 01 de fevereiro, depois de terem estado suspensas por carência de enfermeiros especializados, segundo o hospital.

A informação foi dada pelo presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte, a que pertence o Santa Maria, o maior hospital do país.

Contactado, Carlos Martins recordou que a interrupção da consulta esteve ligada com “menor capacidade de resposta aquando do movimento dos enfermeiros especialistas” em saúde materna e obstetrícia, que, alegando não serem pagos para o efeito, se recusaram a exercer funções na área da especialidade.

O hospital Santa Maria está de momento a encaminhar para uma clínica privada as mulheres que precisam de uma interrupção da gravidez, a custo da instituição.

O Diário de Notícias escreveu na sexta-feira que “o Hospital de Santa Maria suspendeu, no início do ano, a consulta de interrupção de gravidez, alegando diminuição no número de enfermeiros especialistas”.

Em comunicado emitido na sexta-feira, a administração o CHLN referiu que, por proposta da direção do departamento de obstetrícia, ginecologia e medicina de reprodução, decidiu “recorrer, sempre que necessário, a unidades privadas, certificadas pelo Ministério da Saúde, para poder dar resposta atempada e com qualidade às grávidas que procuram” os serviços para um aborto.

O CHLN garante que “o principal objetivo desta medida é naturalmente garantir a segurança, assegurar uma resposta em tempo útil e com qualidade e evitar colocar a grávida em situações de risco, não esquecendo também a natural proteção aos profissionais”.

O CHLN assegura que está a promover “o recrutamento de profissionais especialistas nesta área, esperando resolver a situação com a maior brevidade possível, com o apoio da tutela”.

Em 2016, o Hospital Santa Maria realizou 467 interrupções da gravidez, todas por opção da mulher, segundo o Relatório dos Registos das Interrupções da Gravidez, elaborado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

No ano anterior, este hospital tinha realizado 454 abortos, pelo mesmo motivo, de acordo com os dados da DGS.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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