Comissão do Mercado de Valores Mobiliários
A aquisição de 70% da participação na sociedade Capital Criativo Health Care Investments II, dona da Unidade Hospitalar de...

Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Luz Saúde precisa que “a aquisição da referida participação de 70% no capital social da Capital Criativo Health Care Investments II, S.A. (CCHC2 ) terá por contrapartida o pagamento de 35 mil euros”.

“Para além do valor desta contrapartida, a totalidade do valor investido pela Luz Saúde, a título de capital e de dívida acionista, na aquisição do controlo sobre a CCHC2 e indiretamente sobre as sociedades do Grupo Idealmed ascende ao montante de 19,99 milhões de euros”, acrescenta a Luz Saúde.

A compra permitirá a esta entidade aumentar a participação na sociedade Capital Criativo Health Care Investments II para 80%, uma vez que já detém 10%.

Numa informação ao mercado feita na segunda-feira, a Luz Saúde informou que assinou nesse dia “um contrato de compra e venda para a aquisição de 70% do capital social e direitos de voto da sociedade Capital Criativo Health Care Investments II, S.A.”.

“Com a concretização da transação, a Luz Saúde, que já detém uma posição minoritária no capital social e direitos de voto da Capital Criativo Health Care Investments II (10%), assumirá uma posição de controlo na estrutura societária”, explicou a empresa.

O negócio está, contudo, sujeito à decisão da Autoridade da Concorrência.

Os restantes 20% serão detidos pela Capital Criativo – SCR, S.A., empresa que, apesar de passar a minoritária, “continuará a acompanhar o desenvolvimento do plano de negócios do Grupo Idealmed”, segundo o comunicado ao mercado.

A Capital Criativo Health Care Investments II é dona da totalidade do capital da Idealmed III, Serviços de Saúde, S.A., Imacentro – Clínica de Imagiologia Médica do Centro, S.A., e Idealmed Ponte Galante, S.A., empresas que compõem o grupo Idealmed.

Este grupo, por seu turno, detém a Unidade Hospitalar de Coimbra e quatro clínicas de cuidados em regime de ambulatório no centro de Coimbra, Figueira da Foz, Pombal e Cantanhede, de acordo com a nota à CMVM.

A Luz Saúde destacou ainda que a Unidade Hospitalar de Coimbra, inaugurada em 2012, é atualmente a “unidade hospitalar privada de maior dimensão da zona centro do país, dispondo de cinco salas de bloco cirúrgico, duas salas de parto, 71 gabinetes de consulta e capacidade para 66 camas de internamento”.

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários
A Fosun International concluiu, em meados deste mês, a compra à seguradora Fidelidade de 46.815.704 ações da Luz Saúde,...

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Luz Saúde refere que, “por contrato de compra e venda de ações, celebrado em 26 de outubro de 2017 entre a Fosun International e a Fidelidade, esta vendeu àquela 46.815.704 ações, representativas de 49% do capital social e dos direitos de voto da Luz Saúde”.

“A transação foi concluída no passado dia 15 do corrente mês”, acrescenta a Luz Saúde no comunicado ao mercado.

O negócio já tinha sido divulgado no final de outubro passado, altura na qual a Fidelidade e a Fosun Internacional indicavam, também em informação ao mercado, que pretendiam “ver transmitidas para a Fosun Internacional parte das ações representativas do capital social da Luz Saúde de que a Fidelidade é titular direta”, isto no “quadro de um processo de reorganização intragrupo e mantendo o modelo de ‘governance’ vigente”.

Nessa altura, a seguradora Fidelidade – que detinha 98,788% do capital social e dos direitos de voto da Luz Saúde – e a Fosun Internacional celebraram um contrato de compra e venda de ações, através do qual a Fosun Internacional comprou à Fidelidade 46.815.704 ações da Luz Saúde, representativas de 49% do seu capital social e dos seus direitos de voto.

Em resultado desta operação, a participação qualificada da Fidelidade na Luz Saúde passa a ser de 49,788% do capital social e dos direitos de voto.

A Luz Saúde foi criada em 2000, tem 24 unidades de cuidados de saúde (onde se incluem onze hospitais privados, um hospital do SNS explorado pela Luz Saúde em regime de Parceira Público-Privada (PPP), dez clínicas privadas a operar em regime de ambulatório e duas residências sénior) e está presente nas regiões Norte, Centro, Centro-Sul de Portugal Continental e na Região Autónoma da Madeira.

Em outubro de 2014, a seguradora portuguesa Fidelidade adquiriu o controlo da empresa.

A Fosun detém 85% da seguradora Fidelidade (os restantes 15% do capital são da CGD).

Consultas e exames
O Instituto Português de Oncologia de Coimbra informou que as mensagens sms anónimas que os seus utentes têm recebido sobre a...

Em comunicado, o conselho de administração do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra alerta para a existência de "sms anónimos" enviados aos seus utentes "referindo que as consultas e exames de diagnóstico devem ser realizados noutra entidade prestadora de cuidados de saúde, devido às obras que decorrem na instituição", declarando a "falsidade" das referidas mensagens.

Na nota, o IPO de Coimbra apela aos seus utentes para contactarem a instituição (através do número de telefone 239 400 200) "sempre que persistam dúvidas sobre a autenticidade de um qualquer contacto telefónico ou de outra natureza".

Administradores
O presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares considera que o Serviço Nacional de Saúde tem capacidade...

“Se derem ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) o financiamento que está a ser utilizado para a prestação de bens e serviços no setor privado, naturalmente o SNS teria capacidade de garantir esta prestação de cuidados”, disse Alexandre Lourenço em entrevista.

A propósito da tabela de preços que o subsistema de saúde dos funcionários e pensionistas do Estado (ADSE) apresentou ao setor privado e que deverá entrar em vigor a 01 de março, a qual motivou fortes críticas deste setor, Alexandre Lourenço disse ter dúvidas de que os privados deixem este subsistema.

“Cerca de 55% do financiamento dos hospitais privados é público, maioritariamente via ADSE. Não seria suportável para os hospitais privados viver sem a ADSE”, afirmou.

Questionado sobre as consequências para o SNS de uma eventual recusa dos grupos privados em atender os beneficiários da ADSE, Alexandre Lourenço disse que tal não seria possível “de um dia para o outro”.

“De um dia para o outro não é possível absorver” os beneficiários do SNS e dos atos médicos que estes realizam nos privados que têm acordo com a ADSE.

Contudo, “se dessem autonomia aos hospitais e um reforço financeiro necessário, os hospitais do SNS naturalmente teriam capacidade”, adiantou.

De acordo com o relatório de atividades da ADSE relativo a 2016, no final desse ano estavam inscritos 1.222.809 beneficiários na ADSE.

Deste universo de beneficiários, cerca de 41% são beneficiários titulares no ativo, 32% são beneficiários familiares e 27% são beneficiários titulares aposentados, lê-se no documento.

No mesmo ano, o universo dos prestadores convencionados da ADSE atingiu as 1.613 entidades.

A demonstração de resultados do ano de 2016 indica que os custos com o sistema de financiamento de cuidados de saúde, suportados diretamente pela Direção-Geral, totalizaram 538,8 milhões de euros, o que significa um acréscimo de 19,6% face ao ano anterior.

Alexandre Lourenço defende uma discussão sobre como a ADSE pode prestar melhores cuidados de saúde aos seus beneficiários, o que “passará pela reformulação das formas de pagamento e por garantir critérios de qualidade no setor privado”.

“Quando combinamos a ADSE e o SNS ou o setor privado com o SNS, o escrutínio dos serviços públicos é muito superior ao que existe aos privados”, declarou.

O presidente da APHP recordou que até 2009 as entidades do SNS eram financiadas também pela prestação de cuidados a beneficiários da ADSE.

Por decisão governamental, no Orçamento do Estado de 2010 passou a existiu um pré-pagamento do Ministério das Finanças ao Ministério da Saúde por essa prestação de cuidados, no valor de 500 milhões de euros, o qual deixou de constar no OE para 2011.

“A grande dívida no final de 2011 (os tais famigerados 3.000 milhões de dívidas) ocorreram principalmente por essa quebra de financiamento na prestação de cuidados de saúde aos beneficiários da ADSE. Existiu uma estratégia das Finanças de sanear as contas da ADSE e depois o programa de ajustamento disse que a ADSE devia ser sustentável e viver não com transferências do OE, como até então, mas com pagamento dos beneficiários”, recordou.

Este pagamento [500 milhões de euros] representava 15% do financiamento dos hospitais, o que “não é um valor irrisório”, sublinhou.

Direção-Geral da Saúde
Mais de 500 casos de incidentes de violência contra profissionais de saúde foram registados nos primeiros nove meses do ano...

No terceiro trimestre de 2017, o sistema que regista os incidentes contra profissionais de saúde no local de trabalho tinha 3.130 notificações, quando no final de 2016 as notificações não chegavam às 2.700.

Segundo os dados disponíveis no site da Direção-geral da Saúde (DGS), a grande maioria dos incidentes de violência contra profissionais de saúde é relativo a assédio moral (75%), seguindo-se a violência física (11%) e a violência verbal (8%).

Em mais de metade das situações o agressor é o utente ou doente e o grupo profissional que mais é vítima de violência é o dos enfermeiros, seguido dos médicos e depois dos assistentes técnicos e dos assistentes operacionais.

Há ainda 22% dos incidentes de violência em que o agressor é um outro profissional de saúde e em 21% dos casos é o familiar do doente.

De acordo com os relatórios publicados no site da DGS, no final de 2016 havia 2.625 notificações de incidentes de violência contra os profissionais de saúde, no final do primeiro trimestre de 2017 registavam-se 2.804 e no final do terceiro trimestre do ano passado ultrapassaram-se as 3.100 notificações.

Segundo os dados anuais discriminados que a DGS tem publicado, em 2015 tinham sido registados 582 incidentes relativos a violência contra profissionais de saúde no local de trabalho, em 2014 houve 531 e em 2013 foram notificados 202.

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários
A Luz Saúde quer aumentar de 10% para 80% a sua participação na sociedade Capital Criativo Health Care Investments II, dona da...

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Luz Saúde “informa que assinou hoje um contrato de compra e venda para a aquisição de 70% do capital social e direitos de voto da sociedade Capital Criativo Health Care Investments II, S.A.”.

“Com a concretização da transação, a Luz Saúde, que já detém uma posição minoritária no capital social e direitos de voto da Capital Criativo Health Care Investments II (10%), assumirá uma posição de controlo na estrutura societária”, explica a empresa.

O negócio está, contudo, sujeito à decisão da Autoridade da Concorrência.

Os restantes 20% serão detidos pela Capital Criativo – SCR, S.A., empresa que, apesar de passar a minoritária, “continuará a acompanhar o desenvolvimento do plano de negócios do Grupo Idealmed”, segundo o comunicado ao mercado.

A Capital Criativo Health Care Investments II é dona da totalidade do capital da Idealmed III, Serviços de Saúde, S.A., Imacentro – Clínica de Imagiologia Médica do Centro, S.A., e Idealmed Ponte Galante, S.A., empresas que compõem o grupo Idealmed.

Este grupo, por seu turno, detém a Unidade Hospitalar de Coimbra e quatro clínicas de cuidados em regime de ambulatório no centro de Coimbra, Figueira da Foz, Pombal e Cantanhede, adianta a nota à CMVM.

A Luz Saúde destaca ainda que a Unidade Hospitalar de Coimbra, inaugurada em 2012, é atualmente a “unidade hospitalar privada de maior dimensão da zona centro do país, dispondo de cinco salas de bloco cirúrgico, duas salas de parto, 71 gabinetes de consulta e capacidade para 66 camas de internamento”.

Investigação
Um estudo envolvendo mais de 35 países, incluindo Portugal, descreve as mutações genéticas das estirpes da bactéria da...

O estudo, publicado na revista científica Nature Genetics, partiu da sequenciação do genoma (conjunto de informação genética) completo de 6.465 estirpes resistentes da bactéria "Mycobacterium tuberculosis".

Portugal contribuiu para o trabalho com mais de uma centena de estirpes bacterianas resistentes, grande parte identificadas num diagnóstico feito na Grande Lisboa entre 2000 e 2012.

Fruto desse trabalho, os médicos conseguiram fazer o diagnóstico mais rápido e eficaz da tuberculose multirresistente, adequar a terapêutica e diminuir o número de casos.

"Hoje, temos poucos casos de tuberculose multirresistente, estamos numa situação confortável, mas não estamos totalmente descansados. A qualquer momento, basta distrairmo-nos um bocadinho para que volte a ser transmitida e a aparecer em números alarmantes", afirmou Miguel Viveiros, investigador do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa.

Miguel Viveiros foi um dos coordenadores do 'contributo' português para o estudo hoje divulgado e liderado pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, no Reino Unido, onde a sequenciação genómica é usada para diagnosticar a tuberculose resistente.

A par do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, o trabalho teve a participação nacional dos investigadores Isabel Portugal e João Perdigão, do Instituto de Investigação do Medicamento da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.

Das "milhares de mutações" genéticas assinaladas no estudo, muitas eram conhecidas e outras não. Segundo Miguel Viveiros, foram identificadas "novas mutações" e "novos mecanismos de resistência", tais como "algumas proteínas das paredes da bactéria".

O perfil de resistência das estirpes da bactéria da tuberculose para as quais foi feita a sequência do genoma foi definido para 14 medicamentos diferentes, que, de acordo com Miguel Viveiros, constituem quase "todo o arsenal" usado para tratar a doença infecciosa.

Hospital do Funchal
Uma mulher de 57 anos morreu ontem no Hospital do Funchal, sendo a segunda vítima mortal dos sete utentes que foram internados...

Numa nota ontem divulgada, o Serviço de Saúde da Madeira (SESARAM) confirma que se registaram sete internamentos devido a este vírus, tendo a primeira morte, uma mulher com 59 anos, ocorrido a 13 de janeiro.

Morreu mais uma mulher na “sequência do agravamento do estado clínico”, sendo uma doente com “comorbilidade [presença de duas ou mais doenças] associada, o que dificultou todo o processo de recuperação”, adianta a mesma informação.

Segundo a nota, a mulher esteve internada nos últimos dias na Unidade dos Cuidados Intensivos (UCIP) do Hospital Dr. Nélio Mendonça.

Este serviço acrescenta que dois adultos ainda se ”mantêm internados na UCIP e inspiram cuidados”.

Sobre as restantes situações, menciona que os outros três já recuperaram e tiveram alta hospitalar, sendo um uma criança de sete nos e outros dois adultos.

O SESARAM refere que “foram adotadas as medidas recomendáveis nestas situações para a proteção da saúde e da segurança dos doentes, familiares e profissionais” destes utentes.

Também assegura que “os serviços de saúde estão preparados para prestar os cuidados necessários, caso sejam registados mais casos de gripe nos próximos dias”.

“Existe um plano de contingência da gripe, que será ativado caso se verifique o aumento da atividade gripal”, sublinha.

O serviço realça que, em caso de doença aguda pouco urgente, as pessoas devem “no primeiro momento, recorrer ao centro de saúde da sua área de residência, e solicitar atendimento através das vagas do dia” e nas urgências das unidades que tiverem esta valência.

“A população deve recorrer ao Serviço de Urgência hospitalar apenas em situações graves e/ou urgentes”, recomenda o SESARAM.

Estudo
Investigadores da Universidade de Stanford, Estados Unidos, desenvolveram um novo teste de rastreio de infeção com o vírus HIV,...

O novo teste, desenvolvido em conjunto com o Laboratório de Saúde Pública do condado de Alameda, na Califórnia (o mesmo estado da Universidade), foi hoje apresentado no jornal científico “Procedimentos da Academia Nacional de Ciências” (PNAS, uma publicação da Academia Nacional de Ciências, dos Estados Unidos).

O trabalho da equipa consistiu em descobrir uma maneira de tornar mais fácil a deteção da doença através de uma pequena quantidade de anticorpos presente na saliva de alguém infetado com HIV. E conseguiu faze-lo não procurado os próprios anticorpos, mas a forma como estes reagem em presença do vírus da Sida.

“Quanto mais cedo se puder detetar (a infeção) melhor, porque as pessoas infetadas podem infetar outras pessoas”, afirmou Carolyn Bertozzi, uma das responsáveis pela investigação, acrescentando que cada dia que passa em que uma pessoa infetada não modifica o comportamento é mais um dia “em que pode estar a infetar outras pessoas”.

Os responsáveis notam que a forma mais comum de testar a infeção por HIV é através de uma análise de sangue, verificando a presença de anticorpos, as proteínas que o sistema imunológico cria para atacar o vírus e lutar contra a infeção.

Esta forma é mais conveniente do que uma busca direta do vírus, em parte porque os anticorpos são relativamente abundantes na corrente sanguínea após os estágios iniciais de infeção. Mas é também pouco prática, especialmente se são necessários muitos testes, devido no essencial a uma dificuldade chamada “agulhas”.

Cheng-ting “Jason” Tsai, autor principal do trabalho, salientou que muitas franjas da população não são alcançáveis nos testes de sangue, mas são acessíveis nos testes de saliva.

Os investigadores dizem que são necessários mais estudos para confirmar os resultados, mas as primeiras experiências mostraram o bom funcionamento do teste, que diagnosticou corretamente 22 pessoas infetadas que participaram e nenhuma das que eram comprovadamente negativas.

Estudo
Cientistas identificaram uma proteína que mantém 'adormecidas' as células metastizadas do cancro da mama, uma...

A proteína em causa, a MSK1, funciona como um regulador das metástases 'adormecidas' ou latentes.

Uma equipa de investigadores do Instituto de Investigação Biomédica de Barcelona, em Espanha, analisou o tipo mais frequente de tumor de mama, o estrogénio positivo (ER +), que representa 80 por cento dos cancros mamários e se caracteriza por um longo período de latência ou ausência de sintomas.

O estudo, feito a partir de amostras de tumores de doentes, revelou que as células tumorais do tipo ER + que não expressam a proteína MSK1 estão associadas a um risco de desenvolvimento de metástases mais precoce, enquanto as que expressam a proteína farão metástases mais tarde.

As metástases são tumores que nascem a partir de outros e se disseminam por zonas do corpo mais distantes da localização do tumor primário.

Os investigadores sustentam que a manipulação da proteína MSK1 poderá ajudar, num tratamento contra o cancro da mama, a manter as metástases 'adormecidas' e sem produção de sintomas durante o máximo de tempo possível.

Os resultados do estudo, citado pela agência noticiosa espanhola Efe, foram publicados na revista científica Nature Cell Biology.

Estudo
Investigadores do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, em Lisboa, descobriram que uma proteína que existe na...

A proteína chama-se TERRA e encontra-se nos telómeros, extremidades dos cromossomas que são constituídas por proteínas e ADN (material genético) e cuja função é impedir o desgaste desse material genético e manter a estabilidade estrutural dos cromossomas nas células.

Quando os telómeros deixam de funcionar normalmente, "ocorrem graves instabilidades genómicas muitas vezes observadas em células cancerígenas e células envelhecidas", refere o Instituto de Medicina Molecular (IMM) em comunicado.

A instabilidade genómica define-se como a tendência crescente do genoma (conjunto de informação genética) em adquirir mutações quando vários processos envolvidos na manutenção e replicação do genoma estão disfuncionais.

A equipa de cientistas do IMM, liderada por Claus Azzalin, do laboratório que estuda a estabilidade genómica, descobriu que a molécula TERRA "interage com outras duas proteínas", a TRF1 e a TRF2, localizadas igualmente nas pontas dos cromossomas, prevenindo a instabilidade genómica.

Os resultados revelaram que os telómeros e os seus componentes, como a proteína TERRA, necessitam de "ser constantemente regulados para cumprirem a sua função protetora e evitarem anomalias celulares que podem levar ao desenvolvimento do cancro", abrindo caminho a novos alvos terapêuticos contra a doença e o envelhecimento celular.

O estudo, para o qual foram usadas culturas de células cancerígenas humanas, é publicado na revista científica Nature Structural & Molecular Biology.

Opinião
Numa altura em que muito se fala sobre a utilização da Cannabis para fins terapêuticos, importa sabe

Os primeiros usos da cannabis foram medicinais, nomeadamente na India e China acerca de 6000 anos atrás. A cannabis possui um ingrediente chamado  Delta - 9 Tetrahidrocannabinol (THC) que produz um estado de euforia e prazer estimulando ainda o apetite e melhorando o sono. Nas últimas décadas assistiu-se a um aumento deste ingrediente para fins recreativos. Outros tipos de cannabis não tem concentrações tão elevadas deste ingrediente sendo ricas em cannabidiol (CBD) e cannabinol (CBN), e são estas variedades que tem tido mais utilizadas para uso medico por serem menos psicoactivas.

A Cannabis médica atua de forma semelhante às endorfinas  que temos no nosso Sistema Nervoso, este tem uns receptores que interagem com as substâncias da cannabis produzindo o seu efeito. Esses receptores localizam-se nas regiões cerebrais relacionados com a memória, equilíbrio e aprendizagem.

Quando se fala da aplicação médica um dos pontos essências dessa discussão é a forma de administração. Pode ser oral por via de comprimidos por via inalatória através de dispositivos médicos.

Recentemente foi desenvolvido em Israel um dispositivo que promete revolucionar a administração desta substância, esse dispositivo permite ao médico controlar por via de um software a dose exata de substância que o doente consome por dia, não sendo possível consumir mais do que o estipulado. Isto permitirá melhorar consideravelmente a segurança do doente.

Cada um dos componentes da Cannabis tem propriedades específicas. Assim o THC parece actuar mais como anti epiléptico, o CBD redução das náuseas e vómitos redução da ansiedade, na redução da náusea, dor neuropática, anti convulsivante e como anti psicótico  o CBN como redutor da pressão no olho (glaucoma).

É usada em vários países em que o seu uso é autorizado para:

Casos de caquexia ( falta de apetite) em doenças como o cancro ou sida, como tratamento coadjuvante para a dor neuropática, esclerose múltipla, nauseas e vómitos, Epilepsia e Doença de crohn

O uso desta substância deve ser feito de forma cautelosa e sempre tendo em atenção os efeitos secundários que pode provocar, nomeadamente: tonturas, perdas e memória, vertigens, euforia e nos casos mais graves ansiedade severa e psicoses, deve-se ter em atenção que não existem ainda estudos suficientes que comprovam a segurança da cannabis, por esse motivo deve-se sempre ser cauteloso com a sua administração.

Sabemos também que interfere com o desenvolvimento do sistema nervoso central sendo que este esta em formação até aos vinte e cinco anos, idade de maior consumo desta substância para fins recreativos.

A cannabis interfere também com a produção de testosterona prejudicando a vida sexual, a parte osteo muscular e cardio vascular.

As novas formas de administração permitirão aos médicos e ao legislador maior confiança na prescrição e na legislação desta substância 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Associação Dignitude
O programa de apoio ao acesso a medicamentos da associação Dignitude venceu o prémio António Sérgio, na categoria de Inovação e...

Os prémios da Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES) foram hoje entregues numa cerimónia que decorreu na antiga igreja de São Francisco, em Coimbra, onde esteve presente o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva.

O programa Abem procura dar resposta aos problemas de acesso ao medicamento motivados por condições socioeconómicas, sendo promovido pela associação Dignitude, uma instituição sediada em Coimbra que nasceu de uma parceria entre a Cáritas Portuguesa e Plataforma Saúde em Diálogo com a Associação Nacional das Farmácias e a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica.

Maria de Belém Roseira, que recebeu o prémio em representação da associação, sublinhou que, apesar do esforço do Estado com os medicamentos e de estes terem baixado de preço, continuam a representar "uma pressão e um peso", num país com rendimentos médios baixos.

Em Portugal, "muitas pessoas têm capacidade para assegurar o essencial, mas não para despesas extraordinárias, como as despesas com medicamentos", sublinhou a presidente do Conselho Geral da associação.

O programa foi criado a pensar nas dificuldades dessas pessoas, procurando apoiá-las na compra de medicamentos.

Maria de Belém Roseira sublinhou que o objetivo é atingir os 25 mil beneficiários do programa ainda este ano e 50 mil em 2019.

Na mesma categoria, a Cooperativa Elétrica do Vale d'Este e a Associação Algarvia de Pais e Amigos de Crianças Diminuídas Mentais receberam menções honrosas.

O prémio de Personalidade do Ano da CASES foi para a presidente da Associação Leque, em Alfândega da Fé, Celmira Macedo.

Doutorada em Educação Especial pela Universidade de Salamanca, Celmira Macedo lançou em 2015 a EKUI, metodologia de alfabetização para pessoas com deficiência, utilizando quatro formas de comunicação: gráfica, língua gestual, braille e alfabeto fonético.

"Há hoje uma realidade que marcará o futuro da economia social: a capacidade de incorporar toda a riqueza da inovação que nós vivemos. Celmira Macedo é um exemplo vivo dessa capacidade de inovar, de criar coisas novas", sublinhou o ministro Vieira da Silva, no discurso de encerramento da cerimónia, notando que o setor social tem tido "uma enorme abertura à inovação".

Sérgio Manuel Pratas foi premiado na categoria Estudos e Investigação por um trabalho sobre o associativismo popular e, na secção de Trabalhos de Âmbito Escolar, venceram, em ‘ex aequo' a Escola Frei Caetano Brandão, de Braga, e o Agrupamento de Escolas António Rodrigues Sampaio, de Esposende.

Instituto do Sangue e Transplantação
Todos os hospitais terão, até ao final do ano, normas para aproveitar o potencial de doação de órgãos e melhorar os níveis de...

João Paulo Almeida e Sousa falava aos jornalistas no final da apresentação da atividade de Doação e Transplantação de Órgãos, entre 2012 e 2017, segundo a qual se registou no ano passado o maior número de sempre de dadores falecidos (351), de dadores vivos (79) e de órgãos colhidos (1.011).

Apesar destes resultados, o presidente do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST) considera que “ainda há caminho para percorrer”.

“Há um potencial de doação nos nossos hospitais que importa aproveitar”, afirmou, sublinhando a importância da norma que veio determinar a obrigatoriedade de os hospitais terem normas de doação.

Segundo um despacho de junho do ano passado, “todos os hospitais com atividade de doação e colheita de órgãos e tecidos devem elaborar e implementar normas hospitalares de doação, de acordo com a matriz normativa definida” pelo IPST, “tendo em vista a identificação eficaz de possíveis e potenciais dadores”.

João Paulo Almeida e Sousa recordou a escassez de órgãos que existe não só em Portugal, mas a nível global e que resulta de “situações muito positivas”.

Menos mortalidade, nomeadamente por Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), em virtude da prevenção, e uma diminuição da sinistralidade rodoviária foram algumas das situações que contribuem para a escassez de órgãos, apontadas pelo presidente do IPST.

“Queremos é que os hospitais tenham todas as ferramentas” que facilitem a logística e permitam “identificar todos os possíveis dadores”, adiantou.

Estas normas estão agora a ser validadas pelo IPST e terão de estar a ser aplicadas até ao final do ano.

João Paulo Almeida e Sousa enalteceu ainda o alargamento dos programas de doação em paragem cardiocirculatória, que começou no Hospital de São João, no Porto, mas que atualmente também é aplicado em dois hospitais em Lisboa: Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) e Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC).

Na apresentação dos dados da doação e Transplantação o ministro da Saúde sublinhou o sucesso dos mesmos e considerou-os um exemplo de como “o Serviço Nacional de Saúde está bem e recomenda-se. Aliás, nunca esteve tão bem”, disse.

No final da sessão, Adalberto Campos Fernandes disse aos jornalistas que esta é uma “área estratégica” para o governo e que serão dados “todos os meios” para a prossecução do trabalho.

De acordo com o relatório da Coordenação Nacional da Transplantação sobre a atividade de doação e transplantação de órgãos entre 2012 e 2017, no ano passado foram colhidos 1.011 órgãos e realizados 895 transplantes.

Ao nível dos transplantes realizados em 2017, assinalou-se um aumento de 3,5% em relação ao ano anterior (864).

Também os dadores aumentaram, atingindo os 351 em 2017, mais 14 do que no ano anterior.

A maioria dos dadores estava em morte cerebral (330), 79 eram dadores vivos, 21 encontravam-se em paragem cardiocirculatória e dez eram dadores sequenciais.

A principal causa de morte dos dadores foi clínica (80%), seguindo-se a traumática (20%).

O maior número de dadores é oriundo do sul (137), seguido do norte (110) e do centro (104).

Em relação aos órgãos, o aumento foi de 8% em relação ao ano anterior, registando-se a colheita de 1.011 em 2017. A idade média do dador foi de 53,8% (55,1% em 2016).

Em dador vivo, registaram-se 77 doações de rins e dois de fígado.

Programa Abem
A Associação Nacional de Municípios Portugueses e a Associação Dignitude vão cooperar na execução do programa Abem: Rede...

No âmbito de um protocolo entre as duas entidades, hoje formalizado, em Coimbra, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) vai, designadamente, colaborar na “implementação de estratégias de mobilização da sociedade civil para os objetivos de filantropia e de solidariedade subjacentes” ao Abem, e na promoção e divulgação deste programa junto dos municípios.

Desenvolvido pela Associação Dignitude, o programa Abem tem o objetivo de “garantir que as pessoas não deixem de ter acesso aos medicamentos que lhes são indispensáveis, por razões de insuficiência de rendimentos”, foi sublinhado hoje, durante a sessão de formalização do acordo de cooperação, subscrito pelos presidentes da Dignitude, Paulo Cleto Duarte, e da ANMP, Manuel Machado.

“A identificação dos municípios com o intuito de os sensibilizar para a missão do programa Abem: Rede Solidária do Medicamento, com o objetivo de dinamizar parcerias de base local”, é outras das preocupações da Associação de Municípios, no âmbito do mesmo acordo.

Reafirmando a disponibilidade da ANMP para desenvolver a “cooperação ativa” do poder local com “outras entidades que promovam o bem comum”, Manuel Machado disse que a Associação a que preside não deixará de informar e sensibilizar “todos e cada um dos municípios” para o programa, cuja aplicação deve ser feita em função das “características específicas” de cada concelho.

A ANMP “assume um papel preponderante de representação dos municípios portugueses” perante “organizações nacionais e internacionais, desenvolvendo estreitos laços de cooperação em matérias de relevante interesse para o poder local e para as populações que este representa”, destacou Paulo Cleto Duarte.

Com esta “parceria de colaboração é atingido o objetivo de promoção, divulgação e comunicação do programa Abem: Rede Solidária do Medicamento junto dos municípios”, sublinhou.

Um em cada quatro portugueses não tem acesso aos medicamentos que lhe são prescritos por “razões económicas”, recordou Paulo Cleto Duarte, em declarações aos jornalistas, à margem da sessão, que decorreu na sede da ANMP, em Coimbra.

O programa Abem já está implantado nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira e em 16 dos 18 distritos do território do continente, não tendo chegado a Braga e a Faro, onde deverá estar em breve, acrescentou.

No final de dezembro de 2017, a rede Abem integrava “41 entidades referenciadoras”, entre as quais 17 câmaras municipais, cinco juntas de freguesia e 3.238 farmácias, além de “doadores que têm contribuído para o fundo social” do programa, “100% dedicado à compra de medicamentos”.

O Abem já apoia 1.493 famílias”, equivalentes a mais de três mil beneficiários (cerca de 25% dos quais são crianças), aos quais foram dispensadas mais de 50 mil embalagens de medicamentos.

O programa Abem: Rede Solidária do Medicamento é o primeiro programa dinamizado pela Associação Dignitude, com sede em Coimbra, que ambiciona atingir 25 mil beneficiários até ao final deste ano e 50 mil até final de 2019.

A criação da Associação Dignitude, em novembro de 2015, foi promovida pela Associação Nacional de Farmácias, Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, Cáritas e Plataforma Saúde em Diálogo e resulta de várias parcerias instituídas com entidades a nível local, autarquias, instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e outras instituições da área social.

Além de Ramalho Eanes, António Arnaut e Maria de Belém Roseira, são embaixadores da associação os farmacêuticos Odette Ferreira, Francisco Carvalho Guerra, João Gonçalves da Silveira e João Cordeiro.

Relatório revela
O maior número de sempre de órgãos colhidos e de transplantes realizados foi registado no ano passado em Portugal, segundo...

De acordo com o relatório da Coordenação Nacional da Transplantação sobre a atividade de doação e transplantação de órgãos entre 2012 e 2017, no ano passado foram colhidos 1.011 órgãos e realizados 895 transplantes.

Ao nível dos transplantes realizados em 2017, assinalou-se um aumento de 3,5% em relação ao ano anterior (864).

Também os dadores aumentaram, atingindo os 351 em 2017, mais 14 do que no ano anterior.

A maioria dos dadores estava em morte cerebral (330), 79 eram dadores vivos, 21 encontravam-se em paragem cardiocirculatória e dez eram dadores sequenciais.

A principal causa de morte dos dadores foi clínica (80%), seguindo-se a traumática (20%).

O maior número de dadores é oriundo do sul (137), seguido do norte (110) e do centro (104).

Em relação aos órgãos, o aumento foi de 8% em relação ao ano anterior, registando-se a colheita de 1.011 em 2017. A idade média do dador foi de 53,8% (55,1% em 2016).

Em dador vivo, registaram-se 77 doações de rins e dois de fígado.

Fundação Guy's & St Thomas Charity
Um grupo de médicos e organizações sem fins lucrativos para a área da educação, cultura ou apoio social que trabalha com a...

O financiamento, para os próximos dois anos, foi concedido pela Fundação Guy's & St Thomas Charity, associada aos hospitais públicos de Guy's e St. Thomas, que servem a comunidade portuguesa residente no sul da capital britânica, sobretudo no município de Lambeth.

A Lambeth Portuguese Community Wellbeing Society Partnership (LPCWSP) [Associação para o Bem Estar da Comunidade Portuguesa de Lambeth] foi formada na sequência de um projeto iniciado pelo médico britânico Vikesh Sharma após abrir atividade num centro de saúde perto de Stockwell, o bairro chamado "Little Portugal".

Na área vivem mais de 30 mil portugueses, a maioria imigrantes que chegaram nos anos 1970 e 1980 do continente e da ilha da Madeira sem muitas qualificações e que mantêm dificuldade em comunicar em inglês.

As barreiras linguística e cultural acabam por desencorajar o uso dos serviços de saúde britânicos, agravando problemas como diabetes e doenças cardiovasculares.

Depois de, juntamente com o português Cristiano Figueiredo, ter iniciado em 2015 a tradução de folhetos e iniciado uma aproximação à comunidade portuguesa, Vikesh Sharma continuou a desenvolver o projeto.

O objetivo é informar os portugueses sobre os diferentes serviços de saúde britânicos e o seu funcionamento e ajudar a resolver problemas como alcoolismo, saúde mental, isolamento ou violência doméstica.

No passado mês de novembro, a LPCWSP organizou em Stockwell um magusto onde estavam presentes profissionais de saúde, associações culturais e representantes de organizações oficiais e não-governamentais para promover boas práticas de saúde.

Entre estas estavam as organizações Respeito, Native Scientist, Luso Academy, o consulado-geral de Portugal em Londres, o Centro Desportivo e Cultural Português e a Polícia Metropolitana.

O evento aberto ao público que celebrou o Dia de São Martinho mobilizou 360 pessoas e mais de uma centena de outros participantes, a maioria voluntários e empresas, que ofereceram conselhos e realizaram atividades, em paralelo à animação cultural e gastronómica.

Para o médico Vikesh Sharma, o dinheiro disponibilizado pela Fundação Guys & St Thomas Charity vai permitir aprofundar o "trabalho e visão" desenvolvidos nos últimos dois anos.

"Acreditamos que, para realmente capacitar os indivíduos, para melhorar o seu bem-estar, para evitar que se fiquem mal, temos que criar uma nova maneira de proporcionar cuidados holísticos. Uma forma que envolve especialistas de todas as áreas - saúde, educação, habitação, organizações voluntárias, etc", explicou.

O importante, vincou, é que a comunidade portuguesa esteja envolvida, pelo que pretende mais parcerias com outras organizações lusófonas.

"Esperamos providenciar um novo espaço sustentável na comunidade onde as pessoas possam encontrar o bem-estar", declarou Sharma.

A Fundação Guy's e St Thomas Charity, que tem como principal objetivo melhorar a saúde dos residentes das áreas de Lambeth e Southwark, este apoio insere-se numa estratégia lançada recentemente para compreender melhor as causas de problemas de saúde como, por exemplo, a obesidade infantil, e procurar identificar possíveis soluções.

"Estamos focados em abordar alguns dos problemas de saúde mais complexos que afetam pessoas que vivem em comunidades urbanas, diversificadas e desfavorecidas", disse o diretor de Programa, Michael Wright.

O apoio à LPCWSP poderá ajudar a conhecer melhor a comunidade portuguesa, as suas necessidades específicas e perceber as melhores formas de a ajudar.

"Com o tempo, esperamos que, trabalhando em parceria com a comunidade, possamos começar a melhorar a saúde das pessoas que vivem com várias doenças crónicas e depois partilhar o que aprendemos com outros", concluiu.

Estudo
Investigadores canadianos concluíram que aumentar o dinheiro investido em apoio social faz mais pela saúde da população do que...

"Gastar mais em saúde sugere que haveria melhorias na saúde, mas o nosso estudo sugere que não se passa assim e que gastar no apoio social pode trazer benefícios a toda a gente", afirmou Daniel Dutton, da universidade de Calgary.

"Se os governos gastarem um cêntimo a mais nas despesas sociais por cada dólar gasto na saúde, movendo dinheiro entre os dois setores, a esperança de vida poderia ter aumentado 05 por cento e a mortalidade que pode ser evitada ter-se-ia reduzido 03% num ano", referiu Dutton.

A lógica é que tratar dos fatores sociais como rendimento, educação ou condições de vida pode ajudar a reduzir as causas de doenças e problemas de saúde.

O investigador da faculdade de Política Pública indicou que na realidade canadiana, se gasta "pouco em serviços sociais por pessoa, portanto, redirigir dinheiro dos cuidados de saúde para os serviços sociais teria pouco impacto".

No estudo examinaram-se dados de nove das dez províncias canadianas desde 1981 até 2011 para perceber se as despesas estatais sociais e de saúde estão ligadas ao estado de saúde das populações.

Estudo
As infeções sexualmente transmissíveis e as dúvidas sobre a seriedade das relações estão entre as principais preocupações dos...

O estudo, coordenado por Margarida Gaspar de Matos, da Faculdade de Motricidade Humana, consistiu em entrevistas a 1.166 jovens com idades entre os 18 e os 24 anos.

Dos jovens inquiridos, 89,6 por cento já tiveram relações, com 16 anos como idade média de início, segundo as respostas obtidas, em que se referem as infeções sexualmente transmissíveis, as gravidezes indesejadas e a "insegurança em relação à 'lealdade' nas relações afetivas" estão entre as principais preocupações relatadas.

O preservativo é o método contracetivo mais usado no início da atividade sexual - 78,8% na primeira relação - mas vai baixando - apenas 48,95% declaram tê-lo usado na relação mais recente -, o que assinala "a diferença entre uma escolha informada e uma desmotivação".

"Quando a relação se prolonga no tempo, deixam de utilizar o preservativo e passam a utilizar a pílula contracetiva", mas no início das relações e em situações pontuais, é o método mais prevalente, refere o estudo.

A decisão de ter relações sexuais é tomada "em geral num quadro de partilha afetiva" mas "há ainda situações de coação a exigir ação educativa e sociojurídica urgente", uma vez que "a violência e a coação associadas à sexualidade são ainda uma realidade".

Entre as razões apontadas pelos jovens para a violência no namoro estão "baixa autoestima e medo de solidão que algumas raparigas (especialmente) têm", enquanto nos casos em que são os rapazes os agredidos, "é menos falada por vergonha".

A maioria dos inquiridos afirmou ter "conhecimentos básicos" em relação a infeções como a Sida, com 61,8% expostos a programas de educação para a prevenção do VIH/Sida, mas a esmagadora maioria (92,2%) a admitir que não se lembra da última mensagem preventiva que ouviu.

Os investigadores recomendam à tutela, nomeadamente os ministérios da Educação e da Saúde, que promovam o uso do preservativo, combatendo o "estigma associado" com acesso facilitado e barato a este meio contracetivo, "vacinas, testes de despiste e outro aconselhamento em saúde sexual e reprodutiva".

Recomendam ainda que se foque "o lado emocional da sexualidade" e se aponte o abuso nas relações como "um risco para a saúde física e mental".

No estudo, promovido pela multinacional biofarmacêutica Gilese, participaram outras instituições de ensino superior, como a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e o ISPA - Instituto Universitário.

Escassez de medicamentos
O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, apresentou um “plano de medicina tradicional” para encorajar a população a tratar-se...

O "Plano medicina 100% natural" pretende reavivar a saúde tradicional, as receitas da avó, anunciou Nicolas Maduro numa conferência de imprensa no Palácio Presidencial de Miraflores, adiantando na ocasião que se estava a curar de uma “gripe terrível” graças à camomila, aloe vera, limão e um pouco de mel.

“É uma receita tradicional da minha família (…). A medicina cientifica e a medicina tradicional devem andar juntas”, defendeu o chefe de Estado.

Desde o ano passado que manifestações contra a falta de medicamentos e outros produtos para colmatar necessidades básicas agitam o país.

A organização não governamental Coligação das Organizações pelo Direito à Saúde e à Vida denunciou uma “falta total e prolongada” de medicamentos essenciais para tratar doenças como a insuficiência renal, o cancro ou a esclerose múltipla.

A escassez atinge igualmente os antibióticos ou os medicamentos para a tensão arterial.

Em novembro último, doentes e respetivas famílias manifestaram-se junto às embaixadas do Canadá, Costa Rica, Holanda e Peru para pedir a estes países que façam pressão sobre Caracas no sentido de ser criado um corredor humanitário que permita a entrada de medicamentos no país.

Um mês antes, o Governo de Maduro relançou um plano de distribuição de medicamentos através de uma linha direta.

Para poderem beneficiar deste sistema os cidadãos devem possuir um Cartão da Pátria que permite aceder a programas de ajudas sociais que a oposição classifica como um “instrumento de controlo social”.

O Governo venezuelano nega a existência de uma crise humanitária e denuncia que as sanções financeiras impostas pelos Estados Unidos dificultam a importação de alimentos e medicamentos.

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