Em 2017
Os 85 elementos da Liga dos Amigos do hospital de Viana do Castelo realizaram, em 2017, mais de 10 mil horas de trabalho...

A Liga dos Amigos do Hospital de Viana do Castelo, fundada há 36 anos, refere que "no trabalho de apoio direto aos doentes foram realizados em média 125 turnos individuais de voluntariado por semana, totalizando 9.082 horas, a que acrescem 1.502 horas ocupadas na promoção da dádiva de sangue, secretariado e coordenação das atividades diárias" da instituição.

Com um corpo de voluntariado composto por 85 membros - 74 mulheres e 11 homens - aquela liga, dirigida pelo ex-presidente da Câmara de Viana do Castelo, Defensor Moura, serviu, em 2017, "5.516 pequenos-almoços gratuitos a doentes mais carenciados ou de localidades mais afastadas que chegam em jejum ao hospital para fazer análises ou outros exames"

Os dados, que constam do relatório de atividades e contas de 2017, aprovados, por unanimidade, em assembleia-geral realizada na segunda-feira, referem que os voluntários da Liga, "ainda em número insuficiente para as necessidades dos serviços, já apoiam nove unidades de internamento (três de medicina, duas de cirurgia e uma de especialidades cirúrgicas, duas de ortopedia e uma de pediatria), acompanhando os doentes que não têm visitas e apoiando nas tarefas quotidianas os doentes mais dependentes, especialmente ajudando-os nas refeições".

"No internamento, as duas voluntárias que fazem serviço de cabeleireira satisfizeram todos os pedidos que foram enviados à Liga pelos responsáveis dos serviços, tendo efetuado 109 lavagens, cortes de cabelo e penteados a doentes internados", especificou a instituição.

Em 2017, para assinalar o 36.º aniversário, a Liga "ofereceu 17 televisores LCD, cinco cadeirões articulados, banheira rodada e cadeira de transporte de crianças e outros, a diversos serviços hospitalares, adquiridos com as verbas doadas por 114 amigos beneméritos" da instituição.

Câmara Municipal
A Câmara Municipal de Seia anunciou hoje que está a decorrer o período de auscultação pública do Regulamento de Incentivo à...

A autarquia presidida por Carlos Filipe Camelo (PS) refere, que a consulta pública decorre até ao dia 22 de fevereiro e que o documento pode ser consultado em www.cm-seia.pt.

Durante o período de consulta pública, os interessados podem apresentar contributos sobre o projeto de regulamento junto da Câmara Municipal de Seia, utilizando o endereço de correio eletrónico cm-seia@cm-seia.pt.

Segundo a autarquia de Seia, na continuidade das políticas de incentivo à natalidade, fixação e melhoria das condições de vida das famílias residentes no município, decidiu-se "ampliar" o apoio estipulado no Regulamento de Incentivo à Natalidade e Adoção, "adequando os apoios às necessidades presentes, por forma a abranger um maior número de visados".

"De entre as principais alterações, o novo regulamento prevê a ampliação do apoio social à área de saúde infantil, subsidiando vacinas, e a sua atribuição aos beneficiários do 4.º Escalão do Abono de Família da Segurança Social", adianta a nota.

O Município de Seia esclarece que o referido programa de apoio "aplica-se a todas as crianças que tenham nascido a partir de 01 de janeiro de 2017 e contempla efeitos retroativos nos casos do apoio à natalidade e adoção que já tenham sido abrangidos no âmbito do anterior regulamento, se reunidas as condições para a sua atribuição".

"Os critérios para atribuição dos incentivos mantém-se inalteráveis", assegura, explicando que são beneficiários os indivíduos residentes, há pelo menos um ano, e recenseados no Município de Seia, nos seis meses anteriores à data de nascimento da criança, que não aufiram rendimentos mensais ilíquidos superiores a 1.750 euros ou 3.000 euros, respetivamente, a título singular ou por casal.

O incentivo à natalidade efetua-se através da atribuição de um subsídio mensal que será pago a partir do nascimento da criança e a terminar no mês em que complete 36 meses de idade e, nos casos de adoção, no mês da concretização da mesma e durante o período de 36 meses.

"Este apoio concretiza-se sob a forma de reembolso de despesas efetuadas na área do concelho de Seia, com a aquisição de bens e/ou serviços, sendo o valor do incentivo mensal e variável de acordo com a idade da criança: 50 euros no primeiro ano de vida, 30 euros dos 13 aos 24 meses e 20 euros até completar 36 meses", lê-se na nota.

Em relação à vacinação infantil, o subsídio é apenas aplicável no primeiro ano de vida e o valor global corresponde ao reembolso de vacinas não comparticipadas pelo Plano Nacional de Vacinação, até ao montante máximo de 120 euros.

Triénio 2018-2020
No passado dia 27 de janeiro os membros da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos reuniram-se em assembleia geral, na...

A nova direção da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) anunciou a continuidade da missão e objetivos que caracterizam a Associação e a criação de novos projetos para a divulgação e promoção dos cuidados paliativos em Portugal.

“Comprometemo-nos a honrar os Profissionais, valorizar os Investigadores e sobretudo defender os Doentes, Cuidadores e respetivas Famílias. Ambicionamos criar consensos, estabelecer pontes de entendimento, defender os princípios fundamentais dos Cuidados Paliativos no nosso país e, acima de tudo, agregar todos os que, de forma construtiva, queiram participar no futuro de todos nós”, explica o Presidente Dr. Duarte Soares.

A Direção recém-empossada terá quatro vetores estratégicos de orientação para o triénio 2018-2020:

1.       A CAPACITAÇÃO dos profissionais de Cuidados Paliativos, reiterando a necessidade de maiores e melhores condições de trabalho a todos os que, diariamente, se dedicam aos Doentes, Cuidadores e respetivas Famílias, sendo a primeira prioridade sensibilizar os decisores para o urgente reforço de recursos humanos;

2.       O reforço do CONHECIMENTO e INVESTIGAÇÃO em torno dos Cuidados Paliativos. Será este o veículo que promoverá igualmente a capacitação dos profissionais e a melhoria dos cuidados prestados, criando pontes de diálogo, participação e entreajuda, revigorando o papel da APCP como plataforma de trabalho aberta e comum;

3.       A SENSIBILIZAÇÃO da população, alertando os diversos públicos para a necessidade de reconhecer os Cuidados Paliativos como desígnio nacional urgente de saúde pública, prioritário na estratégia de cuidados de saúde e apoio social, tanto na esfera pública como privada, agregando todos e quaisquer parceiros que dele queiram e devam fazer parte;

4.       Acima de tudo, a DEFESA dos interesses dos nossos Doentes, Cuidadores e Famílias, reforçando o papel da APCP como instituição chave na advocacia dos direitos de todos e cada um dos nossos concidadãos.

“Olhando para o percurso realizado até hoje, trabalharemos para que o próximo triénio seja ainda de maior diálogo e sucesso para todos os que fazem dos Cuidados Paliativos a sua arte, o seu saber e a sua missão, agora e no futuro”, concluiu o Presidente Dr. Duarte Soares.

Os novos dirigentes eleitos são:

Direção
Presidente: Duarte da Silva Soares, sócio nº 725
Vice-Presidente: Ana Maria Domingues A. Forjaz Lacerda, sócia nº 685
Secretária-Geral: Ana Isabel Rodrigues Gonçalves, sócia nº 787
Vogal 1: Ana Paula Gonçalves Antunes Sapeta, sócia nº 67
Vogal 2: Cândida Sofia Fernandes Cancelinha, sócia nº 843
Vogal 3: Maria Manuel Mateus Marques Claro Lopes, sócia nº 515
Tesoureira: Cristina Maria Fernandes Pereira, sócia nº 52
Suplente 1: Teresa Tomé Ribeiro Malheiro Sarmento, sócia nº 597
Suplente 2: Vítor Manuel Rodrigues Rua Costa, sócio nº 643
Suplente 3: Susana Gomes Corte Real, sócia nº 672

Assembleia Geral
Presidente: Jacinta de Jesus Borreicho Raposo Fernandes, sócia nº 198
Vogal 1: Maria Catarina Esteves Pazes, sócia nº 308
Vogal 2: Lídia Maria Henriques Rego, sócia nº 413
Suplente 1: Alice Aurora Machado Teixeira Rodrigues Flores, sócia nº 958
Suplente 2: Ana Maria Celeste dos Santos Bernardo, sócia nº 83

Conselho Fiscal
Presidente: Sandra Cristina Mendes Batista, sócia nº734
Vogal 1: Ana Catarina Fernandes Pires, sócia nº 874
Vogal 2: Sílvia da Encarnação Barros Ramos, sócia nº 564
Suplente: Maria Cristina Milheiro de Mira Galvão, sócia nº 20

Estudo
Investigadores de Coimbra vão utilizar células estaminais para recuperar doentes que sofreram acidentes vasculares cerebrais...

O estudo observacional em pessoas, iniciado há quatro anos, envolvendo a unidade de acidentes vasculares cerebrais (AVC) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra, Hospital Rovisco Pais (Tocha) e os laboratórios Crioestaminal, conclui que as células progenitoras endoteliais, que são um tipo de células estaminais, contribuem para reconstituir os vasos lesados.

"O que fizemos [no estudo] foi demonstrar que existem células estaminais que estão associadas ao desenvolvimento de novos vasos, que nós todos temos no sangue, em concentrações muito pequenas, produzidas pela medula óssea, que nos permitem fazer novos vasos sempre que precisamos", explicou o coordenador João Sargento Freitas, da unidade de AVC do CHUC.

Segundo o neurologista, "vai-se retirar células do doente diretamente da medula óssea, separar-se as células que fazem vasos e injetá-las por cateter diretamente na zona do AVC".

Para o médico e investigador, pretende-se com esta nova hipótese de tratamento, alternativa às atuais, "recriar novos vasos para voltar a dar sangue à zona que foi lesada".

Na prática, acrescenta, o método passa por "otimizar os recursos de cada um, colocando o maior número de células que se conseguir no sítio onde elas são precisas (local do AVC)".

Trata-se de uma técnica inovadora em Portugal e a nível internacional, que vai ser testada em 30 doentes, durante um ano, a partir do segundo semestre, e que tem financiamento garantido de cerca de um milhão de euros, através do programa comunitário Compete 2020.

"Os dados preliminares são promissores e realmente indicam que têm potencial e um impacto clínico importante em doentes, mas agora queremos, como em qualquer passo de investigação, validar e demonstrar a sua eficácia no ensaio clínico", frisou o coordenador do estudo.

O médico João Sargento Freitas, que será o investigador principal do ensaio clínico, tem esperança "nesta avenida de investigação diferente do tratamento habitual, que se centrava sempre no vaso e que agora se centra na lesão do AVC isquémico em si e a tentar fazer novos vasos diretamente lá".

Salientando que foram os "resultados do estudo que alavancaram o ensaio clínico", o neurologista do CHUC considera que o objetivo final é demonstrar a investigação clínica para que depois o tratamento a doentes de AVC seja disseminado por outros centros, "confirmando-se a eficácia que estamos à espera".

Estudo
A taxa de sobrevivência ao cancro está a aumentar no mundo, segundo um estudo publicado na revista Lancet, em que se assinala...

No cancro do cérebro, a taxa de sobrevivência em países como a Dinamarca ou a Suécia atinge os 80 por cento, enquanto no México e Brasil menos de 40% das crianças afetadas consegue sobreviver pelo menos cinco anos depois de diagnosticada a doença, o que reflete "a disponibilidade e a qualidade dos diagnósticos e dos tratamentos".

Para Portugal, a taxa de sobrevivência no cancro do cólon situa-se perto dos 60%, enquanto a taxa de sobrevivência para o cancro da mama e a leucemia é cerca de 90%, números em linha com o que se passa nos Estados Unidos e em outros países europeus.

Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia são os países com maiores taxas de sobrevivência, refere-se no estudo Concord 3, em que foram analisados os registos de 37,5 milhões de pacientes diagnosticados com cancro entre 2000 e 2014 em 71 países.

Os investigadores estimam que o "custo global do tratamento do cancro em 2017 deve ser substancialmente superior a 300 mil milhões de dólares", um custo crescente que "ameaça a viabilidade de sistemas de saúde e economias nacionais".

Nos países onde não há cuidados universais de saúde, os doentes e as famílias sofrem "catástrofes financeiras" para conseguir tratamento.

Para ilustrar o fosso entre as condições de saúde das populações, destaca-se que a taxa de sobrevivência ao cancro da mama na Índia é de 66%.

As diferenças entre países refletem-se também nos números da leucemia infantil, em que países como a China, México e Equador estão abaixo dos 60%, evidenciando "grandes deficiências no diagnóstico e tratamento de uma doença que é geralmente considerada como curável".

"O cancro mata mais de 100.000 crianças todos os anos, principalmente em países de rendimentos baixos ou médios, onde o acesso aos serviços de saúde é muitas vezes deficiente e o abandono dos tratamentos é um grande problema", consideram os investigadores.

O cancro do pâncreas continua a ser um dos mais letais, com a taxa de sobrevivência global entre 2010 e 2014 situada entre os 5% e os 15% e Portugal a registar sobrevivência entre 10% e 15%.

Quanto ao cancro do pulmão, registou-se uma taxa de sobrevivência média entre 10% e 20%, um intervalo em que Portugal também está.

No estudo destaca-se também que o cancro do fígado, que tem uma taxa de sobrevivência entre os 5% e os 30%, com Portugal entre os 10% e os 19%.

Num comentário ao estudo, Richard Sullivan, do King's College de Londres, defendeu a importância de se conhecerem "números reais de pacientes reais", uma vez que "demasiadas políticas e planeamento se baseiam em modelos, que podem não beneficiar ninguém e transmitir uma falsa sensação de que a comunidade científica e os decisores sabem o que se está a passar".

Mas faltam apoios para se conhecerem os números reais, o que é sinal de "miopia política e prioridades distorcidas", criticou.

A principal autora do estudo, Claudia Allemani, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, afirmou que dados "desadequados ou errados" impedem os governos de "compreender a verdadeira natureza e dimensão dos problemas de saúde pública" criados pelo cancro.

Para não andarem "às cegas", os governos devem reconhecer que "os registos do cancro são instrumentos eficazes de saúde pública" que fornecem informação valiosa para definir as estratégias de combate à doença, defendeu.

A investigadora salientou que "na Europa, registar um caso é mais barato do que um raio X ao tórax".

Direção
Dois novos casos de infeção por “legionella” no hospital Cuf Descobertas, em Lisboa, são duas mulheres com 53 e 68 anos e estão...

Um surto de “legionella” com provável origem no hospital já infetou 11 pessoas, mais cinco do que as contabilizadas na segunda-feira, conforme números divulgados ontem pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

A direção do hospital diz ter diagnosticado e internado oito pessoas, mais duas do que as seis comunicadas até segunda-feira, e diz que existem mais três doentes notificados ontem à DGS e que estão internados em outras unidades hospitalares.

Os seis doentes que já tinham sido diagnosticados até segunda feira “continuam a evoluir favoravelmente” estando uma das doentes, “por precaução, na Unidade de Cuidados Intensivos”, diz-se no comunicado.

“O Hospital está a funcionar regularmente e em segurança, tendo implementado, em articulação com as autoridades de saúde, todas as medidas protocoladas, nomeadamente choques térmicos e químicos, em toda a instalação, para eliminar a origem de um eventual foco de transmissão”, afirma também a direção da instituição no documento.

O surto de “legionella” surgiu no passado fim de semana e poderá estar ligado à rede de águas do hospital, que está a contactar todas as pessoas que ali estiveram internadas entre os dias 06 e 25.

Na segunda-feira, quando havia seis doentes notificados, o diretor clínico adjunto do hospital, Paulo Gomes, admitia que pudessem surgir mais casos mas garantia a segurança do hospital para doentes e trabalhadores.

Saúde pública
Médicos de saúde pública queixam-se de que está suspensa a avaliação do Programa Nacional de Vacinação e que é impossível saber...

Segundo o presidente da comissão de saúde pública do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), “um problema ou buraco informático” dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) está a tornar impossível saber exatamente quantas pessoas estão vacinadas e com que vacinas.

Em declarações, Nuno Rodrigues explicou que o programa que desmaterializou os boletins de vacinas tem “um problema grave” que faz com que duas pesquisas sobre o estado vacinal da mesma pessoa deem resultados diferentes.

Contactada, fonte oficial dos SPMS "nega qualquer falha informática no processo de registo de vacinas em 2017", indicando que o registo foi "fortemente ampliado com registos integrados de vacinas administradas em farmácias e vacinas do viajante".

"Estamos a trabalhar, como habitualmente, com a Direção-Geral da Saúde com vista ao relatório anual, que é realizado durante o primeiro trimestre de cada ano", acrescenta a resposta escrita enviada pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

Mas a questão levou o Sindicato Independente dos Médicos a emitir uma nota no seu site na internet.

“Não conseguimos perceber qual a informação verdadeira [dada pelo sistema informático]. Só no agrupamento de centros de saúde em que trabalho são cerca de 36 mil crianças e jovens dos quais não conseguimos apurar o estado vacinal”, afirmou o médico e dirigente do SIM Nuno Rodrigues à Lusa.

O responsável explicou ainda que os médicos fazem uma avaliação regular dos doentes vacinados, que fica assim posta em causa com este problema informático.

Direção-Geral da Saúde
Onze casos de infeção por ‘legionella’ foram já diagnosticados com ligação ao surto no hospital CUF Descobertas, em Lisboa,...

O anterior balanço, feito ontem de manhã, dava conta de sete casos.

São agora 11 os doentes, oito mulheres e três homens, sendo que dois deles se encontram internados em cuidados intensivos.

Em comunicado, a Direção-Geral da Saúde (DGS) reitera que as autoridades de saúde, em articulação com o Conselho de Administração do hospital CUF Descobertas e em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, mantêm a “necessária intervenção junto do hospital” para assegurar o diagnóstico e tratamento dos doentes, o reforço da vigilância epidemiológica e ambiental e a aplicação das medidas necessárias para interromper a transmissão.

O hospital CUF Descobertas, em Lisboa, está já a contactar todos os doentes que estiveram internados entre os dias 06 e 26 deste mês para despistar eventuais casos.

A bactéria “Legionella pneumophila” é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias.

Governo
O Governo dos Açores quer aumentar de 16 para 18 anos a idade mínima permitida por lei para o consumo de álcool, uma forma de...

O anúncio foi feito hoje pelo secretário regional da Saúde, Rui Luís, em Angra do Heroísmo, durante a apresentação de um plano de ação para a redução dos problemas ligados ao consumo de álcool, que define metas a atingir na região até 2020.

"Estamos perante uma estratégia regional que, pela primeira vez, intervém em dois circuitos essenciais, o da venda e o da compra de bebidas alcoólicas e, por isso, estamos confiantes nos resultados", adiantou o governante, em conferência de imprensa.

Segundo explicou, além da alteração da idade mínima para a venda e consumo de álcool, o plano prevê ainda mudanças ao nível do licenciamento de bares e em festivais, no sentido de serem introduzidas "boas práticas de comercialização" de bebidas alcoólicas a crianças e jovens.

A par destas medidas, que incluem também ações de formação para profissionais e ações de sensibilização para a população, está também prevista a realização de um Fórum Regional do Álcool e Saúde, que abrange as áreas da prevenção, dissuasão e minimização do consumo, tratamento e reinserção.

A diretora regional de Prevenção e Combate às Dependências, Suzete Frias, que também esteve presente na conferência de imprensa, anunciou que outro dos objetivos do plano é diminuir o número de mortes nas estradas açorianas, devido o consumo excessivo de álcool.

"Pretendemos, em três anos, reduzir as prevalências de consumo nas crianças e jovens, diminuir o número de condutores mortos em acidentes de viação por via do consumo e reduzir a taxa de potenciais anos de vida perdidos devido ao álcool", apontou Suzete Frias.

As medidas agora anunciadas surgem na sequência de um relatório do Serviço de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências, relativo a 2015, que indica que existem "heterogeneidades regionais" entre o continente e as regiões autónomas, em matéria de consumo de álcool e das suas consequências na saúde.

Oncologia
O parlamento fez cinco recomendações ao Governo para que adote medidas de apoio e proteção aos menores com cancro e suas...

As cinco recomendações, publicadas hoje em Diário da República, propõem várias iniciativas para garantir uma maior proteção e às crianças e jovens com cancro e respetivos familiares e cuidadores, entre as quais a criação do estatuto do cuidador informal já recomendada pelo parlamento.

Na área da saúde, a Assembleia da República defende, entre outras medidas, a “garantia de transporte gratuito para as consultas e tratamentos, durante a doença, o seguimento e a vigilância” e a comparticipação pelo escalão A de medicamentos e suplementos alimentares, quando prescritos por médico oncologista assistente.

Recomenda também que seja assegurado, em ambiente hospitalar ou domiciliário, a prestação de cuidados paliativos a todos os menores que se encontrem em fim de vida, bem como apoio estruturado aos cuidadores.

Propõe ainda apoio psicológico dos menores e dos seus cuidadores, logo que seja diagnosticado o cancro, bem como acompanhamento psicológico regular, e o reforço do apoio nos cuidados domiciliários e nos cuidados de saúde primários aos cuidadores informais, criando grupos de ajuda e informando.

A nível da educação, as propostas passam pelo aumento do número de docentes a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde, garantindo o acompanhamento escolar destes menores e o reforço do apoio docente ao domicílio.

Defendem também a “garantia dos recursos necessários para que as escolas e os hospitais implementem o ensino à distância, sempre que necessário”.

O parlamento defende, na área do trabalho e da segurança social, a prorrogação do período de baixa por assistência a filho menor com cancro e a contagem do período de baixa para assistência ao filho para o cálculo do tempo de serviço para a aposentação.

Propõe também a atribuição aos cuidadores informais do direito a horário flexível e ou redução de horário de trabalho, sem redução da remuneração.

Rever as condições do Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio (SAPA), no sentido de prever a possibilidade do alargamento da disponibilização destes produtos a todos os menores portadores de doença oncológica e incapacidade declarada, mesmo que a sua incapacidade seja inferior a 60%, é outra das medidas propostas.

No 11º aniversário
No âmbito do seu 11º aniversário, a RESPIRA - Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Crónicas irá...

"Nesta data tão especial para a RESPIRA aproveitamos para partilhar com os nossos sócios e amigos um livro fundamental para compreender a DPOC, de uma forma clara, simples e objetiva, que poderá facilmente ser transportado para todo o lado. Ao mesmo tempo pretendemos chamar a atenção para o número elevado de pessoas que ainda não conhece esta doença, o que, na maior parte dos casos, poderá dificultar o diagnóstico precoce da DPOC e consequentemente o seu tratamento”, sublinha Isabel Saraiva, vice-presidente da RESPIRA.

Este livro, editado e traduzido com o apoio da Novartis, destina-se a pessoas que vivem com DPOC e aos respetivos médicos/pneumologistas. Foi elaborado com a ajuda de doentes e médicos de referência de toda a Europa, que proporcionaram uma ajuda fundamental na linguagem que habitualmente utilizam para falar sobre os sintomas mais frequentes.

“O livro “Dicionário para doentes com DPOC” é composto por várias ilustrações que pretendem demonstrar as experiências e os sentimentos que as pessoas portadoras de DPOC apresentam relativamente a cada um dos sintomas. Será uma importante ajuda até para os cuidadores”, conclui Isabel Saraiva.

Sociedade Portuguesa de Coloproctologia
Sábado, dia 27 de janeiro, a Sociedade Portuguesa de Coloproctologia e o Centro Hospitalar Cova da Beira realizaram a 1ª edição...

“Doença de Crohn: da clínica à terapêutica” foi o tema central da reunião que contou com as palestras de Cirurgiões e Gastrenterologistas provenientes de vários hospitais do país, e com a presença do Presidente da Sociedade Portuguesa de Coloproctologia, o cirurgião Dr. Pedro Correia da Silva e do Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB), o cirurgião Dr. João Casteleiro.

A Doença de Crohn é uma doença inflamatória crónica do intestino, que pode afetar as pessoas desde criança até à fase adulta, com grande impacto sobre a qualidade de vida. Em Portugal, esta doença imunológica tem vindo a aumentar a prevalência, estimada em 73 por cada 100 000 habitantes.

Com o propósito de atualizar conhecimentos, a Reunião Clínica promoveu a troca de experiências e ideias, a análise e discussão de casos concretos, bem como foram apresentados novos procedimentos de diagnóstico, que permitem a identificação precoce da doença e recentes recursos terapêuticos, que poderão assegurar ao doente o melhor tratamento possível, dependendo da fase da sua doença.

Nesta reunião científica foram abordados, entre outros temas, os “Critérios de diagnóstico”, “Quando suspeitar de uma diarreia”, “Quando suspeitar de uma fístula ou fissura”, “Tratamento médico”, “Doença na gravidez, as vacinas e efeitos secundários da medicação” e “O papel do cirurgião na doença de Crohn”.

O auditório do CHCB contou com uma numerosa e atenta plateia composta por médicos especialistas, enfermeiros, internos do ano comum e da especialidade, técnicos superiores de saúde e alunos, que no final das apresentações participaram de forma ativa no debate gerado pelo tema em análise.

Comissão Europeia
A Shire, maior companhia mundial de biotecnologia em doenças raras, anunciou que a Comissão Europeia concedeu a autorização de...

PEGylated é desenvolvido com base no Fator Anti hemofílico (Recombinante), um tratamento utilizado à escala global por pessoas com hemofilia A há cerca de 15 anos. Este medicamento possui a propriedade tecnológica PEGylation, licença exclusiva da Nektar Therapeutics que prolonga o tempo entre as perfusões, reduzindo assim o número de administrações semanais.

“A aprovação europeia desta nova terapêutica é um marco importante no compromisso contínuo da Shire em disponibilizar novas opções de tratamento para pessoas que vivem com hemofilia A” refere Peter Foertig, diretor global de Medical Affairs em Hematologia da Shire. “Acreditamos que a administração de fator duas vezes por semana em profilaxia, bem como o controlo das hemorragias, com PEGylated, vai ajudar-nos a alcançar o nosso objetivo de apoiar as pessoas com hemofilia A a melhorar e personalizar a gestão da doença”.

Na mesma semana, a Shire recebeu também aprovação pela entidade reguladora americana, FDA, para a sua aplicação myPKFiT – uma aplicação de apoio ao tratamento. Esta app, que já está disponível para os profissionais de saúde e para as pessoas com hemofilia na Europa desde 2014, permite calcular perfis farmacocinéticos de pessoas com hemofilia, possibilitando o tratamento personalizado adequado às necessidades de cada doente.

O que precisa saber
Embora a maioria das mulheres recorra à cirurgia de aumento mamário, há muitas mulheres que reduzem

Quais os motivos que levam a mulher a reduzir a mama?

A mulher procura reduzir o tamanho mamário por razões de ordem física, estética e psicológica. Mama penduladas, de grande volume são um contributo importante para a sintomas diversos, do foro osteoarticular, cutâneo e neurológico: cervicalgias e dorsalgias (dor na coluna), intertrigo da região submamária (pele avermelhada, macerada e por vezes infeção fúngica associada), prega do sutiã muito vincada e uma incidência aumentada de síndrome do canal cárpico. A limitação na prática de exercício físico, constrangimento social e dificuldade na escolha de indumentárias são outros aspetos de relevo, descritos por estas doentes.

Nem todas as reduções mamárias têm as mesmas cicatrizes. Como são as cicatrizes?

O tamanho e a forma da mama, bem como a magnitude da redução que a paciente deseja são fatores essenciais, que ajudam a Cirurgiã Plástica a determinar qual a técnica que melhor se adequa a cada paciente.  Em alguns casos é possível evitar a cicatriz que habitualmente se situa no sulco inframamário. Raramente, em casos de volumes extremos, os mamilos e as areolas podem ser verdadeiramente “transplantados” para uma posição superior. Outra opção menos comum, e que é apropriada para um grupo restrito de pacientes, é a lipoaspiração por si. Mas todos estes aspetos são muito individuais e cada caso é detalhadamente discutido entre a paciente e a médica.

Como é a cicatrização? Como impedir que as cicatrizes se tornem “feias”?

O processo cicatricial ocorre segundo etapas bem definidas e conhecidas. Contudo, existe um conjunto de fatores e características que podem interferir na cicatrização. Assim, é importante que não fume pois o tabaco interfere com a cicatrização. Se for fumador(a), deve parar no mínimo seis semanas antes da intervenção, até no mínimo, quatro a seis semanas após a mesma. Outros cuidados importantes são o tratamento das cicatrizes, depois de totalmente epitelizadas, com silicone (em gel e/ou em placa) associado a massagem compressiva sobre a cicatriz. A utilização de vestuário compressivo (soutien especifico para o pós-operatório da Mamoplastia de Redução) e a realização de drenagens linfáticas manuais, por profissionais experientes e vocacionados para o acompanhamento pós operatório deste tipo de intervenção, são outros aspetos essenciais para um melhor resultado

Quais os cuidados a ter no pós-operatório?

Alguma hipersensibilidade e incómodo são perfeitamente normais e expectáveis também nas primeiras horas e dias. A analgesia, nos primeiros 3-4 dias é sobretudo preventiva, por isso deve seguir rigorosamente a terapêutica prescrita. Repouso/movimento: é perfeitamente normal que a mobilidade esteja condicionada nos membros superiores, mas forma nenhuma esta impedida de andar. Estar em permanente repouso no leito não é de todo aconselhado. O mais importante é o cuidado na mobilização dos braços: o cotovelo não pode ultrapassar a altura do ombro. Os pensos: as incisões são cobertas por tiras adesivas e protegidas com pensos ligeiramente mais largos para manter a zona limpa e seca. O soutien compressivo, referido anteriormente, é vestido sobre os pensos e deve ser usado durante 24h/dia no primeiro mês e meio a dois meses de pós-operatório. Exercício físico: só deve retornar à atividade física habitual aos dois meses de pós-operatório.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Emissões poluentes
A direção da Volkswagen prometeu "consequências" internas para os responsáveis que permitiram testar emissões...

O patrão do grupo automóvel, Matthias Muller, afirmou na segunda-feira à noite em Bruxelas, segundo a revista Spiegel, que os testes em macacos em 2014, revelados agora pelo New York Times, não eram "éticos e eram repulsivos".

"Simplesmente há coisas que não se fazem (...) todas as consequências necessárias (deverão ser) tiradas", adiantou.

No jornal alemão Bild, Thomas Steg, responsável do grupo alemão para as relações públicas e com as autoridades, admitiu ter sido informado de ensaios destinados a estudar os efeitos da poluição dos motores diesel Volkswagen, falsificados na época para parecerem menos poluentes.

Mas Steg insistiu que impediu que estes testes fossem realizados em humanos, através do EUGT, um organismo de investigação financiado pela Volkswagen e os concorrentes Daimler e BMW e a Bosch. "Os investigadores norte-americanos queriam fazer os ensaios em voluntários humanos", explicou Steg, explicando que respondeu na altura que "isso não poderia autorizar" e que então foi decidido "levar a cabo o estudo em macacos".

"Em retrospetiva, este estudo nunca deveria ter acontecido, fossem humanos ou macacos, o que aconteceu nunca deveria ter acontecido, eu realmente arrependo-me", disse Steg, que foi porta-voz do chanceler Gerhard Schroder.

Em relação ao estudo científico levado a cabo pelo instituto hospitalar em Aix-la-Chapelle e pelo qual 25 pessoas de boa saúde inalaram em 2013 e 2014 dióxido de azoto (NO2), Thomas Steg quis justificar a lógica, assegurando que os voluntários tinham sido expostos a "níveis bem mais fracos que os constatados em numerosos locais de trabalho".

Nenhum dos voluntários teve qualquer problema devido aos ensaios, assegurou.

No final de 2015 o grupo Volkswagen reconheceu que equipou 11 milhões dos seus veículos diesel com 'software' que falsificava os resultados dos testes de poluição e ocultava as emissões de óxidos de nitrogénio superiores a 40 vezes os padrões permitidos.

Direção-Geral da Saúde
Sete casos de Doença dos Legionários com ligação ao Hospital CUF Descobertas, em Lisboa, foram diagnosticados até hoje de manhã...

De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), a bactéria 'legionella', detetada naquela unidade de saúde privada, infetou seis mulheres e um homem, que se encontram estáveis.

Em comunicado, a DGS diz ainda que as autoridades de saúde, em articulação com o Conselho de Administração do Hospital CUF Descobertas e em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, mantêm a necessária intervenção junto do hospital para assegurar o diagnóstico e tratamento dos doentes, o reforço da vigilância epidemiológica e ambiental e a aplicação das medidas necessárias para interromper a transmissão.

“As entidades envolvidas continuam a acompanhar a evolução da situação e a Direção-Geral da Saúde atualizará a informação sempre que necessário”, acrescenta a DGS.

O hospital CUF Descobertas, em Lisboa, está já a contactar todos os doentes que estiveram internados entre os dias 06 e 26 deste mês para despistar eventuais casos.

Na segunda-feira, já tinham sido contactadas 160 das 800 pessoas que estiveram internadas naquela unidade de saúde no referido período.

A bactéria “Legionella pneumophila” é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias.

'Vacinómetro'
Cerca de 1,2 milhões de portugueses com 65 ou mais anos já foram vacinados contra a gripe, segundo os dados do '...

Desde 01 de outubro foram vacinadas contra a gripe sazonal 61,2% das pessoas com 65 ou mais anos e precisamente metade dos indivíduos portadores de doença crónica.

O Vacinómetro, que monitoriza em tempo real a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários recomendados pela Direção-Geral da Saúde (DGS), registou ainda a vacinação de 54,8% dos profissionais de saúde com contacto direto com doentes.

Entre os portugueses com idades compreendidas entre os 60 e os 64 anos, 31,8% optaram por esta medida profilática.

Em relação aos motivos que levaram à vacinação, a maioria (50,8%) fê-lo por recomendação do médico, um quarto (25,6%) por iniciativa própria e 17,1% no contexto de uma iniciativa laboral.

Por saberem que fazem parte de um grupo de risco para a gripe vacinaram-se 5,2% dos vacinados e 0,8% por recomendação do farmacêutico.

A esmagadora maioria dos vacinados (91,6%) já tinha recebido a vacina em outras épocas gripais.

A vacinação contra a gripe é fortemente recomendada para pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos com seis ou mais meses de idade, grávidas e profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados (como lares de idosos).

Esta vacina é igualmente aconselhada a pessoas com idades entre os 60 e os 64 anos.

Vigilância recomendada
A Organização Mundial de Saúde alertou para o alto nível de resistência aos antibióticos, que afeta países independentemente da...

Na apresentação dos primeiros resultados de um sistema de acompanhamento global, que analisou 500.000 pessoas em 22 países, a organização afirmou ter encontrado uma resistência alargada aos fármacos.

Entre as infeções mais resistentes encontradas são a 'salmonella' ou a 'E.coli", entre outras "mais comuns e potencialmente mais perigosas" apontadas no relatório que prova a "situação séria" de resistência aos antibióticos.

O diretor do departamento da OMS que trata desta área, Marc Sprenger, afirmou em comunicado que este fenómeno não respeita fronteiras e apelou à criação de sistemas de vigilância para detetar resistência aos antibióticos.

Estudo
Cientistas anunciaram que sequenciaram o genoma humano em tempo real com um aparelho do tamanho de um telemóvel.

O trabalho, publicado na revista científica Nature Biotechnology, foi realizado por investigadores de nove universidades do Reino Unido, dos Estados Unidos e do Canadá, que utilizaram um dispositivo que já é comercializado há vários anos e que se chama MinION.

O aparelho, do tamanho de um telemóvel, permite sequenciar em tempo real o material genético graças à tecnologia dos nanoporos, buracos microscópicos pelos quais passam os segmentos de moléculas de ADN. As variações elétricas produzidas por esta passagem permitem identificar os componentes do ADN.

"É a primeira vez que sequenciamos um genoma [conjunto de informação genética] humano através do uso da tecnologia dos nanoporos", vincou, citado pela agência noticiosa AFP, um dos autores do trabalho, Matt Loose, da Universidade de Nottingham, no Reino Unido.

A tecnologia permite ler sequências de ADN milhares de vezes mais compridas do que as que serviram de base para mapear o primeiro genoma humano completo, em 2003.

Para Matt Loose, os resultados fazem antever "o momento em que a sequenciação do genoma se tornará uma parte rotineira de um exame médico", permitindo detetar no futuro, de forma rápida e precisa, tumores numa fase muito precoce.

Legionella
O hospital CUF Descobertas, em Lisboa, está a contactar todos os doentes que estiveram internados entre os dias 06 e 26, para...

Depois de terem sido detetados seis casos da doença dos legionários no hospital já foram contactadas 160 das 800 pessoas que estiveram no internamento no referido período, tendo duas dessas pessoas sido aconselhadas a ir ao hospital, por poderem ter “alguns sintomas”, disse ontem o diretor clínico adjunto da instituição, Paulo Gomes.

Em conferência de imprensa o responsável deu conta que continuam internadas seis pessoas, as quatro detetadas no sábado, que “estão a evoluir bem” e as duas detetadas já no domingo, que têm “um quadro de pneumonia, mas sem sinal de gravidade” e que estão “estáveis”.

Paulo Gomes disse que os novos dois casos não surpreendem as autoridades do hospital, “bem como outros casos que possam vir a aparecer”, mas disse que o hospital, porque está a passar por um período de “hipervigilância”, com ajustes na desinfeção, é agora muito seguro para doentes e trabalhadores.

Na tarde de ontem o delegado de Saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Mário Durval, também tinha dito aos jornalistas que depois dos choques térmicos e químicos no hospital o “risco está imensamente diminuído” e que a situação é “muito mais segura”.

Depois de se ter reunido com a direção do hospital, Mário Durval disse não haver nenhuma evolução em relação ao que já tinha sido divulgado e que se mantém a ideia de que a origem do surto de “legionella” é supostamente no hospital e supostamente na rede de água.

“Estivemos reunidos para analisar toda a situação da rede e ver situações que puderam permitir esta falha”, saber que medidas estavam a ser tomadas e se eram necessárias mais, disse o responsável, explicando que é difícil manter um plano de manutenção de temperatura e de cloro de forma permanente (por haver vários fatores que o influenciam).

Mário Durval lembrou que foram interditados os duches, algo a que Paulo Gomes também se referiu, acrescentando que a medida é para continuar mais alguns dias.

Dos seis doentes um está internado nos cuidados intensivos, por precaução, disse também Paulo Gomes, explicando que ainda não foi possível estabelecer uma ligação entre os vários infetados (por exemplo terem estado todos no mesmo local) pelo que se está a “tratar o hospital como um todo”. E referiu que não há zonas circunscritas.

Paulo Gomes garantiu também que os protocolos de atuação em termos de desinfeção “são muito apertados” e que até agora não foi encontrada qualquer falha. E disse que o grande período de referência (de 06 a 26 de janeiro) tem a ver com a data de internamento do primeiro doente e a deteção dos primeiros casos.

No domingo Paulo Gomes já tinha admitido que as águas quentes sanitárias podiam estar na origem dos casos, já que não há torres de refrigeração no hospital.

A bactéria “Legionella pneumophila” é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias.

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