4 de fevereiro - Dia Mundial Contra o Cancro
Na opinião da maioria dos jovens (72%), a responsabilidade de informar sobre cancro cabe em primeiro lugar à Escola, e só...

O mesmo estudo revela um outro dado relevante sobre a relação dos jovens portugueses com a doença oncológica. Apenas 12% dos inquiridos têm conhecimento da existência da colonoscopia como rastreio para o Cancro do Cólon e Reto, o tipo de cancro mais frequente em Portugal, com mais de 7 mil novos casos todos os anos, e também o mais mortal.

“É com grande preocupação que constatamos que os jovens desconhecem a existência de rastreios para o cancro, uma vez que estes são fundamentais para um diagnóstico precoce da doença e, consequentemente, para potenciar as hipóteses de sobrevivência”, afirma Gabriela Sousa, presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO).

Todos os anos são diagnosticados 40 a 45 mil novos casos de cancro em Portugal e morrem entre 20 a 25 mil doentes oncológicos. Atualmente existem 50% de possibilidades de se desenvolver um cancro ao longo da vida, mas estima-se que a incidência de cancro aumente exponencialmente: mais 70% de novos casos de cancro nas próximas duas décadas.

“Este ano a SPO pretende ir ao encontro das expectativas dos jovens portugueses e investir mais na educação para a doença oncológica nas escolas. Educar e informar a sociedade sobre a ligação entre estilos de vida e risco de cancro é o primeiro passo para a prevenção efetiva da doença. Atendendo o aumento da incidência e mortalidade por cancro, é essencial atuar ao nível destes dois componentes: deteção precoce e prevenção”, explica a presidente da SPO.

O inquérito foi aplicado a um universo de 254 indivíduos, com idades compreendidas entre os 15 e os 30 anos, residentes em Portugal Continental. Os dados foram recolhidos entre os dias 3 e 6 de novembro de 2016, através de entrevista telefónica.

Estudo
A imunidade da população portuguesa em relação às doenças abrangidas pelo Programa Nacional de Vacinação é “alta”, sendo de 100...

Trata-se de um projeto do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) que visa conhecer a prevalência de anticorpos específicos para as doenças que integram o Programa Nacional de Vacinação (PNV), bem como para outros agentes infeciosos com impacto negativo em saúde pública, através da recolha de uma amostra aleatória da população residente no país, estratificada por região e grupo etário.

Este é um dos 26 projetos que beneficiam de financiamento do Programa Iniciativas em Saúde Pública (PT06), o qual resulta do Memorando de Entendimento celebrado entre o Estado Português e os Estados Doadores do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu 2009-2014 (MFEEE) – Islândia, Liechtenstein e Noruega.

Na sexta-feira, serão apresentados os primeiros resultados de nove destes projetos, como o Projeto Inquérito Serológico Nacional 2015-2016.

Em declarações à agência Lusa, a coordenadora do Laboratório Nacional de Referência das Doenças Evitáveis pela Vacinação, do Departamento de Doenças Infeciosas do INSA, Paula Palminha, disse que os primeiros resultados apontam para uma “alta” imunidade da população portuguesa para as doenças cujas vacinas integram o PNV.

“Uma das doenças em que o PNV foi mais favorável é o tétano em que a seroprevalência é de 100% em vários grupos etários, ou seja, a totalidade dos indivíduos estudados estava inume ao tétano”, revelou.

Em relação à difteria, a investigação concluiu que, comparativamente ao anterior inquérito serológico, se registou um aumento da seroprevalência, o que poderá dever-se à administração desta vacina conjuntamente com a do tétano na idade adulta.

Dos dados conhecidos, não se observaram diferenças relevantes entre as regiões. No entanto, sublinhou Paula Palminha, e no que diz respeito à rubéola, foram identificadas “diferenças a nível de género, em que, no sexo masculino, entre os 15 e os 44 anos, a seroprevalência é menor do que no sexo feminino”.

Este projeto visou conhecer a prevalência de anticorpos específicos para as doenças que integram o PNV, bem como para outros agentes infeciosos com impacto negativo em saúde pública, através da recolha de uma amostra aleatória da população residente no país, estratificada por região e grupo etário.

Dia 4 de Fevereiro
Realiza-se no dia 4 de Fevereiro, sábado, a Reunião Monotemática da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia 2017, sobre a...

Na Reunião Monotemática Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) 2017, vai estar em debate a Doença Inflamatória Intestinal em todas as suas dimensões – clínica, individual, psicológica.

“Vão ser apresentados novos argumentos para diagnóstico e novas soluções terapêuticas, promovendo o debate sobre esta doença ainda desconhecida mas altamente incapacitante, com grande impacto na qualidade de vida e no dia-a-dia de cada vez mais jovens em plena idade produtiva”, afirma o Prof. Guilherme Macedo, vice-Presidente da SPG.

Os maiores especialistas da área de Gastrenterologia mundial vão estar reunidos em Lisboa (representação dos hospitais de Chicago, Boston e São Paulo) para discutir, em conjunto com os reputados gastrenterologistas portugueses, o impacto das doenças do Intestino, que têm consequências graves na qualidade de vida das pessoas que atingem.

Vão estar em destaque temas como o papel do médico especialista na melhoria da qualidade de vida do doente e como a tecnologia pode estar ao serviço do doente, sobretudo numa altura em que se aguarda a introdução em Portugal de novos avanços na endoscopia – principal exame de diagnóstico das doenças do Intestino – que já são uma realidade fora de Portugal.

Por doenças do intestino, falamos essencialmente da Doença de Crohn e da Colite Ulcerosa que são doenças imunológicas, que podem ser incapacitantes nas formas mais graves e que afetam pessoas jovens sobretudo na idade ativa. Estas doenças têm um grande impacto sobre a qualidade de vida, produtividade no trabalho e absentismo.

 

A doença inflamatória Intestinal atinge cerca de 20 mil portugueses, a maioria jovens e no ativo.

Zika
Angola registou esta semana o primeiro caso de um bebé com microcefalia provocado pelo Zika, elevando para três o número de...

"É um caso de um bebé que nasceu com microcefalia. O teste da mãe deu positivo, é a informação que temos até ao momento", explicou Hernando Agudelo, referindo-se ao caso de um mulher, nacionalidade angolana, que deu à luz numa maternidade do Bengo, província vizinha de Luanda.

A confirmação laboratorial, entretanto comunicada à Organização Mundial de Saúde (OMS), foi feita na segunda-feira, elevando para três o número de pessoas que desde dezembro foram infetados pelo Zika em Angola, dois cidadãos nacionais e um estrangeiro.

"Se há já há um caso de microcefalia relacionada com o Zika, quer dizer que vírus está a circular em Angola há nove meses ou mais", apontou o representante em Luanda daquela organização das Nações Unidas.

Há exatamente um ano a OMS decretou que o vírus Zika, ligado a anormalidades cerebrais graves em crianças, representava uma "emergência de saúde pública de alcance global", estado que foi retirado a 18 de novembro, após a "resposta global" à doença.

O Governo angolano aprovou a 24 de janeiro, em reunião da comissão para a política social do Conselho de Ministros, um plano de contingência para a prevenção e controlo do vírus Zika, cujo mosquito é transmissor de outras doenças, como a febre-amarela, epidemia que afetou igualmente o país, com milhares de casos, em 2016.

"Estamos neste momento a fazer estudos e investigações epidemiológicas e laboratoriais para conhecermos a verdadeira magnitude do problema. Pensamos que o vírus do Zika já circula no nosso país e precisamos de conhecer melhor a situação e tomar as medidas de prevenção de imediato", disse na ocasião o ministro da Saúde, Luís Gomes Sambo.

A presente época das chuvas, que se prolonga até maio, propícia à reprodução do mosquito 'Aedes aegypti', transmissor da doença, através da picada, é motivo de preocupação para a OMS.

"É possível que apareçam mais casos agora, sim. O mosquito vetor está no país, é o mesmo mosquito que nos trouxe a febre-amarela no ano passado. E agora está a chover e volta o mosquito, que é o mesmo que transmite o dengue, o chikungunya, etc", observou Hernando Agudelo.

Tal como sucedeu há um ano, com o pico da epidemia de febre-amarela em Luanda, que alastrou depois a todo o país, a OMS volta a apelar aos cuidados redobrados da população com vista a travar a propagação do mosquito, nomeadamente com águas paradas dentro e fora das casas.

 

O vírus Zika afetou principalmente o Brasil e é transmitido também através de relações sexuais.

Estudo
Um em cada cinco portugueses no continente é fumador, com o vício do tabaco a afetar cada vez menos pessoas, 19% em 2016 quando...

De acordo com o estudo de mercado da empresa Marktest, havia em julho de 2016 cerca de 1,5 milhões de pessoas que tinham fumado cigarros nos últimos 12 meses, 18,9% dos residentes no continente com 18 anos ou mais, contra os 19,4% do ano anterior, dos 20,4% em 2014 e dos 21,3% em 2013.

Segundo o documento, o tabaco é mais frequente entre pessoas dos 35 aos 44 anos (perto de um em cada três fuma) e entre homens, com 22,7% de fumadores contra 15,6% entre as mulheres. A chamada classe média é a que inclui mais fumadores.

Os dados indicam que, entre os fumadores, 53% disse fumar até 10 cigarros por dia, 39% disse fumar entre 11 e 20 cigarros, e 08% fuma mais do que 20 cigarros por dia.

Os dados fazem parte de um estudo único que num mesmo momento recolhe informação para 17 setores. Segundo a empresa responsável a recolha de informação é contínua e os dados são disponibilizados em dois momentos do ano, janeiro e julho.

 

São recolhidas por ano 5.000 entrevistas junto de portugueses com 15 e mais anos, residentes em Portugal continental.

Comissão de Segurança Alimentar
A Comissão de Segurança Alimentar decidiu criar um grupo de trabalho para elaborar um plano para acabar com a contaminação da...

De acordo com um comunicado emitido pelo gabinete do secretário de Estado da Agricultura e da Alimentação, a Comissão de Segurança Alimentar (CSA) reuniu-se para analisar os resultados de um estudo da DECO sobre a venda de carne picada pré-preparada e decidiu criar no seu âmbito um sub-grupo de trabalho, que será coordenado pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

O grupo de trabalho terá como missão "elaborar um plano de trabalho no prazo de 15 dias, com vista a eliminar o problema da contaminação da carne picada pré-preparada.

O secretário de Estado da Agricultura e da Alimentação, Luís Vieira, que preside à CSA, defendeu no encontro que "eliminar este problema é fundamental" e admitiu a necessidade de ser feita "uma campanha de informação para que os próprios consumidores se tornem mais exigentes".

Os organismos que integram o subgrupo de trabalho ficaram de apresentar propostas para resolver o problema de contaminação da carne picada, tendo sido proposto na reunião de hoje o reforço da fiscalização por parte da DGAV e da ASAE.

A associação de defesa do consumidor Deco, baseando-se nas conclusões de um estudo publicado na revista Proteste, alertou, há uma semana e meia, para os riscos inerentes ao consumo de carne previamente picada nos talhos, onde foram encontradas bactérias nocivas e aditivos alergénicos usados para fingir que a carne é fresca.

A associação de defesa dos consumidores, na análise feita a carne de 25 talhos de Lisboa e Porto, identificou carne guardada a temperaturas demasiado altas, "milhões de bactérias por grama", entre as quais a 'salmonella' e outras de origem fecal, demasiada gordura e sulfitos usados ilegalmente como conservantes.

A CSA, criada em maio de 2014, por despacho do Governo, tem por missão “aumentar a confiança dos consumidores” nos produtos alimentares, apoiar as autoridades nacionais nomeadamente através de pareceres e estudos no que diz respeito à segurança dos géneros alimentícios, propor, em casos específicos, as medidas necessárias para garantir que não sejam colocados no mercado géneros alimentícios não seguros, e desenvolver “um diálogo transparente” com a população/consumidores e as respetivas associações representativas, no sentido de evitar a perda de confiança perante as crises relacionadas com a segurança alimentar.

A comissão é composta por representantes dos ministérios da Economia e Agricultura, da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, Direção-Geral do Consumidor, Direção-Geral da Saúde, Deco, APED — Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal, entre outros.

Segundo a lei, a CSA reúne trimestralmente ou, a título extraordinário, mediante convocação do representante do Ministério da Agricultura e do Mar.

No dia a seguir à denúncia da Deco, o PSD anunciou a intenção de chamar ao parlamento a Deco, a ASAE e a Comissão de Segurança Alimentar, “com caráter de urgência” para esclarecer se existe “perigo para a saúde pública” no consumo de carne picada vendida nos talhos.

Organização Mundial da Saúde
Dezenas de pesquisas contra o vírus Zika estão a ser desenvolvidas atualmente, mas nenhuma vacina estará disponível para...

"Cerca de 40 vacinas permanecem em estudo. Algumas estão em fase de ensaios clínicos, mas uma vacina considerada segura o suficiente para ser usada por mulheres em idade fértil não poderá ser totalmente licenciada antes de 2020", disse a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Há exatamente um ano a OMS decretou que o vírus Zika, ligado a anormalidades cerebrais graves em crianças, representava uma "emergência de saúde pública de alcance global."

Este estado de emergência foi retirado em 18 de novembro, quando a organização considerou que "um forte mecanismo técnico de longo prazo a havia obrigado a a dar uma resposta global."

"Um ano depois, onde estamos? A propagação internacional do vírus continuou, mesmo com um monitoramento melhor. Cerca de 70 países e territórios nas Américas, África, Ásia e no Pacífico Ocidental têm relatado casos de vírus Zika desde 2015", acrescentou Margareth Chan.

O vírus Zika, que afetou principalmente o Brasil, é transmitido pela picada do mosquito 'Aedes aegypti' e através de relações sexuais.

A doença tem sido apontada como causa de problemas neurológicos em adultos e de defeitos congénitos como a microcefalia, que foi observada em fetos e recém-nascidos de mães infetadas pelo vírus Zika durante a gravidez.

Estudo
Um estudo internacional, publicado na revista Nature, identificou 83 variações genéticas que controlam a altura humana, numa...

"A ideia era que, se pudéssemos compreender a genética da altura humana, poderíamos aplicar este conhecimento para desenvolver ferramentas genéticas para prever outras características ou o risco de desenvolvimento de doenças comuns", assinalou um dos coordenadores do estudo, Guillaume Lettre, professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Montreal, no Canadá.

Para Panos Deloukas, outro coordenador do estudo e professor na Universidade Queen Mary de Londres, no Reino Unido, torna-se agora possível "começar a identificar variações genéticas que podem influenciar o risco de desenvolvimento de doenças comuns como a diabetes, o cancro e a esquizofrenia".

A investigação envolveu mais de 300 cientistas de cinco continentes e 700 mil participantes e algumas das variações genéticas descobertas influenciam a altura de adultos em mais de dois centímetros.

Segundo Guillaume Lettre, os genes afetados por estas variações modulam o desenvolvimento dos ossos e das cartilagens e a produção e ativação da hormona do crescimento.

Para descobrir as 83 variações genéticas, a equipa de investigadores mediu a presença de 250 mil variações no ADN (informação genética) dos 700 mil voluntários.

No caso da altura, os cientistas encontraram vários genes que podem ser bons alvos para tratamentos de problemas de crescimento em crianças e concluíram que as variações genéticas que inativam o gene STC2 aumentam a altura das pessoas que os têm no seu ADN, ao atuarem sobre determinados fatores de crescimento.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde mostrou-se hoje preocupado com a utilização de dados de saúde por entidades públicas e privadas que as...

“Vemos com alguma preocupação a utilização de dados em saúde por entidades privadas e públicas que cedem inapropriadamente essa informação a terceiras entidades, com o fim comercial”, disse Adalberto Campos Fernandes após um almoço promovido pelo International Club of Portugal em que foi orador convidado.

O ministro anunciou que o Governo está a preparar a apresentação à Assembleia da República de uma nova Lei de Dados em Saúde “para arrumar as questões de segurança e, nomeadamente, a utilização inapropriada e indevida de dados”.

Segundo Adalberto Campos Fernandes, “algumas situações estão sinalizadas e estão a ser investigadas, constituindo um perigo”.

“Tal como em relação à fraude financeira, seremos absolutamente implacáveis com a utilização inapropriada e insegura de dados que, felizmente, não são clínicos, mas sobre o receituário”, disse.

Trata-se, segundo o ministro, de “informações sobre o comportamento prescritivo do médico” e a sua passagem “a entidades terceiras, naturalmente partes interessadas no processo”.

Direção-Geral da Saúde
A subdiretora geral da Saúde, Graça Freitas, disse hoje que o risco de infeção para o ser humano por gripe aviária "é...

"O risco para o ser humano é muito pequeno, só muito raramente que os vírus aviários passam a barreira das espécies e conseguem infetar os humanos", disse aquela responsável, na sequência da deteção de um caso de gripe aviária no Algarve.

De acordo com Graça Freitas, o tipo de vírus que foi detetado numa garça-real no concelho de Loulé, o H5N8, "é um dos muitos que vive na natureza" e que se hospeda nas aves, sobretudo nas aquáticas, sendo que existem apenas três tipos de vírus da gripe que infetam habitualmente a espécie humana.

"O que às vezes acontece é que [o vírus] pode passar das aves silvestres para aves domésticas e, nessa passagem, pode provocar doença e epizootias [o equivalente, na veterinária, a epidemias] nas aves domésticas", explicou, sublinhando que em Portugal "nem sequer existe esse surto nas aves domésticas".

A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária confirmou na terça-feira a deteção no Algarve de uma garça-real infetada com o vírus da gripe aviária, o que levou ao aumento do nível de alerta para a doença e ao reforço das medidas de proteção e vigilância na região.

Foi igualmente proibido o comércio de aves em mercados rurais, largadas de pombos, de espécies cinegéticas criadas em cativeiro e caça com negaças vivas.

Segundo o comunicado emitido pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), as freguesias de Almancil, em Loulé, e de Montenegro, em Faro, são consideradas zonas de restrição, sendo ali proibidas as movimentações de aves por um período de 21 dias, sem a autorização daquele organismo.

Nestas freguesias aplica-se ainda "a vigilância clínica a todas as explorações comerciais, de detenção caseira e de aves em cativeiro com eventual colheita de amostras".

Nas zonas de maior risco para a gripe aviária são ainda proibidas "as concentrações de aves de capoeira e de outras aves em mercados, espetáculos, exposições e eventos culturais nos quais se utilizem aves, incluindo soltas de pombos".

Nas explorações avícolas localizadas nestas zonas é proibida a manutenção de aves de capoeira ao ar livre.

Ordem dos Psicólogos
A Ordem dos Psicólogos lança hoje uma campanha para tornar as escolas “mais saudáveis” e vai atribuir anualmente um selo de...

“Os requisitos serão lançados hoje com a campanha e vão ao encontro de uma preocupação que penso que todos os pais têm: será que a escola dos meus filhos é saudável?”, afirmou Francisco Rodrigues.

Para levar a campanha às escolas, foi elaborado um manual de boas práticas destinado a garantir “um maior bem-estar” a toda a comunidade educativa, explicou.

A Ordem insiste que são necessários mais profissionais nas escolas e com maior participação na preparação das atividades escolares.

A última contratação oficial (contrato efetivo) foi feita em 1999, segundo o responsável, sendo que, deste grupo, se mantêm em funções cerca de 300 psicólogos.

O rácio por aluno é de 1/1.700, mas a meta é atingir 1/1000, indicou Francisco Rodrigues, acrescentando que foi neste sentido que foi assinado um protocolo com a Direção Geral de Educação, com contratações a começarem este ano, nomeadamente com “a contratação agora de cerca de 200 psicólogos”.

Francisco Rodrigues estima que faltem cerca de 500 psicólogos para serem alcançados os rácios pretendidos.

“O problema, neste momento, é que mesmo os psicólogos que estão nas escolas não estão a tempo inteiro”, afirmou, referindo que muitas vezes só conseguem dar resposta às solicitações mais urgentes: “O trabalho de prevenção está completamente posto em causa”.

Os psicólogos consideram que uma maior intervenção poderia resultar em menos custos para o Estado, alegando que uma reprovação tem um custo de 4.000 euros/ano para os contribuintes e que um aluno que reprova tem 300% mais de probabilidades de voltar a chumbar e ter outras situações problemáticas no futuro.

“Os psicólogos atualmente terminam os seus contratos quando termina o ano letivo e só voltam a ser contratados lá para o final de setembro”, lamentou, criticando a descontinuidade do trabalho e ausência na preparação do ano letivo.

Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral
O presidente da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral, José Castro Lopes, disse hoje, no Porto, que a incidência e...

“Não vai ser possível a breve trecho, mas vai diminuir muito a sua incidência e a sua mortalidade, como aconteceu nos últimos dez anos. O ‘acabar’ é mais longínquo, mas é uma guerra que não está perdida”, afirmou o neurologista em declarações a propósito da 11.ª edição do Congresso Anual da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), que começa quinta-feira, no Porto.

“Poder acabar com o AVC”, será o tema da conferência inaugural do congresso que decorrerá até sábado, com a presença de “mais de 800 participantes”, segundo a organização.

O presidente da SPAVC e do Congresso salientou a realização da Sessão de Informação à População, agendada para a tarde de sábado.

“A população tem de ajudar, a população é que está a falhar. Não vai assistir às sessões de esclarecimento que programamos como, por exemplo, a que programámos para sábado à tarde, que é uma sessão aberta para aprender como é que se deve proteger do AVC e outras informações. As pessoas não aparecem nestas sessões, temos tido salas com pouca gente”, sustentou.

De acordo com Castro Lopes, “estamos a ter progressos extraordinários na parte aguda do tratamento do AVC, mas a prevenção exige muito da população”.

“É também fundamental reconhecer os sinais do AVC e, ao menor desses sinais, recorrer de imediato ao 112 e exigir - é essa a palavra - ser levado ao hospital que tenha uma unidade de AVC, porque aí já se fazem os tais tratamentos de fase aguda, capazes de desobstruir a artéria que estava a danificar o cérebro, restabelecer a circulação e ficar bem”, acrescentou.

O AVC é uma doença súbita que afeta uma zona limitada do cérebro, causada pelo bloqueio ou rompimento de uma artéria cerebral.

Nas suas ações dirigidas à população, a SPAVC tem reforçado a importância do reconhecimento dos 3F’s: desvio da face, dificuldade em falar e falta de força num braço. Estes sinais devem motivar a ativação imediata dos serviços de emergência Médica (112), porque quanto menor for o período entre a ocorrência destes primeiros sintomas e a chegada ao hospital, maior será a probabilidade de sobrevivência sem sequelas.

De acordo com a SPAVC, em Portugal, as elevadas taxas de AVC têm sido atribuídas a um fator de risco específico, a hipertensão arterial, que, por sua vez, tem como principal causa o consumo excessivo de sal. O sedentarismo, a obesidade e o tabagismo, entre outros, são também fatores de risco.

Castro Lopes destaca alguns temas do congresso que vêm reforçar as mensagens-chave transmitidas pela SPAVC ao longo dos anos: “Estilos de vida na vanguarda do AVC”, “A importância do risco vascular na deterioração cognitiva” e “Os aspetos do tratamento da fase aguda do AVC isquémico”.

O neurologista chamou ainda a atenção para a sessão dedicada à reabilitação, salientando que “a reabilitação pós-AVC é um direito que deve ser mantido enquanto o doente não readquirir as funções perdidas”.

Complementando o congresso, mas de entrada livre a toda a população interessada, a SPAVC volta a promover uma sessão de informação dirigida ao público em geral. A sessão acontece sábado, pelas 15:30, no auditório onde decorrerá o congresso, no Hotel Sheraton, no Porto.

Riscos de uma dieta restritiva
Desenvolvida por dois especialistas em nutrição britânicos, a dieta SIRT promete acelerar o metaboli

“A dieta SIRT é uma dieta da moda que se baseia no consumo de um grupo específico de alimentos, ricos em fitonutrientes (polifenóis), e que segundo os seus autores, ativam as moléculas denominadas sirtuínas – Silent Information Regulators ou SIRTs”, explica Rita Fonseca Silva.

Na realidade, Aidan Goggins e Glen Matten, os dois expecialistas em nutrição que “criaram” este novo plano alimentar, descobriram, durante o estudo que permitiu desenvolver a dieta SIRT, que alguns povos (como os japoneses de Okinawa ou os Índios americanos Kuna) que baseava a sua dieta em alimentos ricos em sirtuínas, se mantinham mais magros e mais saudáveis do que os outros.

“As sirtuínas são proteínas que, de acordo com estudos realizados em animais e ao nível celular, parecem contribuir para regular o metabolismo e o processo de envelhecimento”, adianta a nutricionista.

Esta descoberta levou os dois britânicos a criar uma dieta que defendem ser rica em nutrientes que  são capazes de despertar o “gene” do emagrecimento.

No entanto, Rita Fonseca Silva adverte que, embora nas últimas décadas tenham surgido muitos estudos sobre estas proteínas, “mais estudos serão necessários para aprofundar o conhecimento no tema e sobre a relação entre a ingestão de determinado alimento e estas moléculas”.

A verdade é que, de acordo com esta especialista, o fator que hoje em dia mais condiciona a regulação do peso coporal é essencialmente o nosso estilo de vida. “No geral sedentário e com pouca atividade física diária”, adianta.

No grupo dos alimentos que supostamente ativam o gene magro encontram-se, essencialmente, produtos de origem vegetal como o azeite virgem extra, as cebolas roxas, a salsa, a couve, as nozes, os morangos, a curcuma ou o açafrão, os produtos à base de soja, o cacau,  o chá verde e o café.

“Estes alimentos contêm de facto alguns fitonutrientes, ou seja, substâncias que existem naturalmente nos alimentos e plantas, que apresentam características associadas à proteção contra o envelhecimento  prevenção de doenças crónicas”, refere Rita Fonseca Silva que admite ser inquestionável que os alimentos escolhidos apresentem alto teor nutritivo. São “ricos em fitonutrientes importantes, não só em polifenóis mas também de bioflavonoides, carotenoides, licopeno, isoflavonas, sulforafanos”, entre outros.

Por outro lado, “a parte mais apelativa desta dieta parece ser o consumo de vinho e cacau, mas não existem ainda evidências dos benefícios desta dieta na perda de massa gorda ou no aumento do metabolismo em seres humanos”.

Deste modo, a nutricionista defende que a alimentação deve ser variada sendo “crucial a sinergia existente no consumo diário de uma ampla variedade de alimentos, e não apenas alguns”. É que a dieta SIRT não é mais do que uma dieta restritiva, até em termos calóricos, o que constitui, por si, um risco.

“Estas restrições podem levar a perdas de peso repentinas, que não são consideradas sustentáveis”, afirma a nutricionista acrescentando que, este tipo de dieta, a curto prazo, vai promover “sobretudo a perda de glicogénio e água no organismo” e como não é acompanhada de mudanças no estilo de vida, pode mesmo resultar no aumento de hormonas que estimulam o apetite.

“A perda de gordura corporal deverá sempre ser gradual, à custa de uma reeducação dos hábitos alimentares e com a prática regular de exercício físico”, defende.

Para Rita Fonseca Silva a dieta ideal passa sobretudo por uma alimentação equilibrada. “A dieta ideal inclui, não exclui. Assim, os alimentos propostos nesta dieta (SIRT) podem e devem ser incluídos e consumidos como parte de uma dieta completa (com alimentos dos sete grupos alimentares), variada (com vários tipos de alimentos dentro de cada grupo alimentar) e equilibrada (na proporção diária adequada)”, defende.

“Na perda de massa gorda não existem soluções rápidas, existe trabalho, empenho e um bom acompanhamento (com um profissional da área) para atingir os objetivos pretendidos”, afirma.

Por isso, para aqueles que estão a ponderar perder peso, a especialista aconselha ajuda profissional. “Consulte um profissional da área credenciado (inscrito na ordem dos nutricionistas), para melhor estar informado e para ser acompanhado tendo em conta a sua situação em particular”, conclui.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Proposta de lei
Os profissionais de saúde e responsáveis por laboratórios que não notifiquem as doenças de declaração obrigatória vão passar a...

De acordo com a proposta de Lei de Saúde Pública, que deverá ser aprovada na quinta-feira, cabe ao membro do Governo responsável pela área da Saúde aprovar “o regulamento de notificação de doenças, de quadros sindrómicos e os riscos ou fenómenos”. “Todos os profissionais de saúde que exerçam atividade no Serviço Nacional de Saúde, no sector privado ou social, bem como os responsáveis por laboratórios, ficam sujeitos ao dever de notificação obrigatória”, lê-se no diploma.

O documento refere que “a instrução dos processos de contraordenação, bem como a eventual aplicação de coimas, compete à Direção-Geral da Saúde (DGS), no âmbito das suas atribuições, a quem devem ser enviados os autos levantados pelas autoridades de saúde”.

O incumprimento da notificação obrigatória “constitui contraordenação muito grave, punível, no caso de pessoas singulares, com uma coima que se situa entre os 100 euros e os 10 mil euros. No caso de pessoas coletivas, está prevista uma coima entre os 10 mil e os 25 mil euros.”

A nova Lei de Saúde Pública, que pretende “consolidar num único diploma a mais relevante legislação específica de saúde pública produzida ao longo de várias décadas e dispersa por inúmeros normativos, procedendo-se à sua atualização”, define algumas “medidas de exceção”.

Estas acontecerão sempre “no seguimento de declaração pública a realizar pelo membro do Governo responsável pela área da saúde” e podem incluir “a restrição, a suspensão ou o encerramento de atividades ou a separação de pessoas que tenham sido expostas, ainda que não estejam doentes, de forma a evitar a eventual disseminação da infeção ou contaminação”. Esta “separação” pode também ser determinada para “animais, objetos, meios de transporte ou mercadorias que potencialmente possam representar riscos para a saúde pública”.

A proposta de lei visa ainda “consolidar e atualizar os progressos alcançados na área de intervenção específica da saúde pública, mantendo as suas atribuições e competências, mas reforçando a capacidade dos seus serviços, enriquecendo a participação alargada dos seus profissionais na vida dos mesmos e dotando-os dos necessários instrumentos vitais ao seu funcionamento, incluindo os modernos sistemas de informação e a articulação cooperativa em rede, envolvendo os diversos atores da saúde e das áreas conexas relevantes para a mesma”.

Esta proposta mereceu já críticas por parte da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), escreve o Sapo, para quem se trata de uma “consolidação da legislação existente” e que, por isso, “nada trás de reformador”.

Para a FNAM, a proposta “limita-se a plasmar, no essencial, o que já está definido e, reconheça-se, está bastante desajustado das exigências que uma moderna Saúde Pública reclama no século XXI”. “Quando se constata a importância das novas patologias sociais e a necessidade de intervir nos seus determinantes, a visão que estará em debate cinge-se à abordagem das patologias infeciosas”, prossegue a Federação.

Desenvolvido no Porto
Um aluno do Instituto Superior de Engenharia do Porto desenvolveu um sistema que deteta os modos de transportes utilizados...

De acordo com o criador do projeto SmarTrans, Nuno Cardoso, ao monitorizar esses transportes - autocarro, metro, comboio, carro, caminhar e estar parado - é possível auxiliar o trabalho dos profissionais de saúde, dando-lhes informações sobre os hábitos de atividade física do utilizador.

O sistema permite "perceber se o idoso tem uma vida sedentária, se existem mudanças nos padrões de movimento diário, fornecer indicação sobre a falta de atividades sociais, se é suficientemente independente" no quotidiano ou se faz exercício suficiente, disse o aluno de Engenharia Informática do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).

Com o aumento da esperança média de vida, "é percetível o envelhecimento da população e, consequentemente, uma diminuição das condições sociais e económicas para o cuidado diário de idosos", indicou o coordenador académico do projeto, Nuno Pereira.

Devido a isso, "está a ser dada mais atenção aos sistemas de cuidados remotos para ajudar os pacientes a cuidar de si mesmos, diminuindo a necessidade de cuidados de saúde convencionais", acrescentou.

Segundo o docente do ISEP, escreve o Sapo, a atividade física é uma característica importante de alguns dos novos sistemas de prevenção e monitorização, tendo os parâmetros relacionados com esta temática recebido um interesse crescente por parte dos profissionais de saúde.

O projeto foi desenvolvido sob a coorientação do investigador do centro de investigação Fraunhofer Portugal AICOS João Madureira, em parceria com a Universidade do Porto.

Roxall
O grupo farmacêutico BIAL anunciou hoje que vai vender à empresa alemã Roxall a sua unidade de negócio de imunoterapia alérgica...

A “BIAL chegou a acordo com a empresa alemã Roxall para vender a unidade de negócio de imunoterapia alérgica, conhecida como BIAL Aristegui”, indica a empresa em comunicado.

A venda daquela unidade inclui, segundo o grupo farmacêutico, as “áreas comerciais dedicadas à alergologia em Espanha, Portugal e Itália, que, em 2016, representaram 7% da faturação global da BIAL, bem como a unidade de Inovação e Desenvolvimento e industrial de Bilbau (Espanha), envolvendo cerca de 100 colaboradores que serão integrados na empresa Roxall”.

Esta operação irá permitir à BIAL “concentrar a sua atividade na investigação e desenvolvimento (I&D) de novos medicamentos para o sistema nervoso central e cardiovascular e na sua expansão internacional, em particular na Europa, com o reforço da sua atividade de promoção de medicamentos através das suas filiais em Espanha, Alemanha, Reino Unido e Itália”.

O anúncio surge 15 dias depois da Bial assinar com o Estado Português um contrato de investimento no valor de 37,4 milhões para investigação científica nas áreas dos sistemas nervoso central e cardiovascular.

Este contrato estende-se até 2018 e vem na sequência de o Governo ter aprovado benefícios fiscais para investimentos industriais aprovados em Conselho de Ministros em dezembro passado.

“Este investimento da BIAL é particularmente relevante do modelo que o país tem definitivamente de assumir, que é o desenvolvimento assente da inovação”, afirmou então o primeiro-ministro, António Costa.

Citado no comunicado, António Portela, CEO do grupo BIAL, explica também hoje que “esta operação vai permitir uma maior focalização nos objetivos estratégicos” do grupo que irá centrar os seus investimentos nos “medicamentos na área das neurociências e cardiovascular” e no reforço da sua presença na Europa.

Em Espanha, que continuará a ser o mercado prioritário no programa de internacionalização da empresa, irá manter-se a unidade de negócio de medicamentos que atingiu em 2016 um volume de faturação de 60 milhões de euros.

“Toda a atividade de investigação e industrial de BIAL passará a estar concentrada em Portugal”, realça a empresa em comunicado, segundo o qual está em curso um “forte” programa de inovação e desenvolvimento com um investimento médio anual de 50 milhões de euros.

As operações da BIAL na imunoterapia alérgica remontam a 1998, quando adquiriu em Espanha a empresa Aristegui, com atividades nesta área e com uma pequena atividade na área do medicamento.

 

Em 2011 a BIAL construiu em Bilbau, Espanha, uma Unidade Integrada de Produção e Investigação, dedicada à investigação e produção de vacinas personalizadas.

Estudo
Viver em condições socioeconómicas más provoca a perda de dois anos de vida, quase tanto quanto o sedentarismo, segundo um...

Ao rever 48 estudos efetuados nos EUA, na Austrália e em vários países europeus, os investigadores descobriram que as más condições socioeconómicas – como um trabalho subqualificado ou um fraco nível de instrução – podem reduzir a esperança de vida média em 2,1 anos.

O tabagismo é, por sua parte, associado a uma perda de esperança de vida de 4,8 anos, o diabetes de 3,9 anos e o sedentarismo de 2,4 anos.

O estudo foi realizado no quadro do projeto Lifepath, consagrado ao envelhecimento e financiado pela Comissão Europeia.

“Sabemos que a educação, o rendimento e o trabalho afetam a saúde, mas poucos estudos têm avaliado as suas importâncias”, explicou Mika Kivimaki, da University College de Londres, que participou no estudo.

Os investigadores sublinharam que as condições socioeconómicas podem ser modificadas por políticas locais, nacionais ou internacionais e que o impacto destas mudanças na esperança de vida pode ser mais importante que as ajudas a deixar de fumar ou o aconselhamento dietético.

Estas últimas intervenções aproveitam mais às pessoas privilegiadas.

“O estatuto socioeconómico é importante, porque é o resumo de uma exposição, durante toda a vida, a condições e comportamentos perigosos”, destacou, por seu lado, Paolo Vineis, o chefe do projeto Lifepath.

O objetivo do Lifepath é compreender os mecanismos biológicos através dos quais as desigualdades sociais geram desigualdades no campo da saúde.

Especialista
A presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade, disse no Rio de Janeiro que é praticamente impossível acabar com o '...

Segundo a Agência Brasil, que cita declarações daquela especialista num seminário, "o combate ao 'Aedes [aegypti'] talvez seja o maior desafio da saúde pública [do Brasil], porque existe uma série de fatores que deveriam ser realizados para que ele seja eficiente. Hoje é praticamente impossível acabar com o mosquito".

A proliferação do 'Aedes aegypti' é foco de grande preocupação para o Brasil, que sofre há décadas com o problema do dengue e, nos últimos dois anos, teve que defrontar outras epidemias preocupantes como a do vírus Zika e da Chikungunya.

Em 2017, a febre-amarela, outra doença transmitida por este mosquito vetor, já está a causar problemas.

Segundo um levantamento do Ministério da Saúde do Brasil, divulgado na segunda-feira, diversos Estados do país já notificaram 568 casos suspeitos de febre-amarela.

Deste total, 430 casos permanecem em investigação, 107 foram confirmados e 31 descartados.

Também foram notificadas 113 mortes causadas pela mesma doença, tendo sido confirmados 46 casos, com 64 ainda sob investigação e três mortes foram descartadas.

A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) explicou que o ressurgimento da febre-amarela em áreas urbanas do Brasil não deve causar pânico entre a população.

"O cenário não é de desespero. Temos vacinas suficientes para aplicarmos naqueles que necessitam, e os que não precisam, peço que, por favor, não façam uso da medicação, pois estarão retirando do público-alvo", concluiu.

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
O Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra inaugurou hoje 12 módulos de ciência para crianças e...

"Isto é que é modernidade: aproveitar a capacidade da ciência, trazê-la de encontro às crianças que estão internadas e privadas do seu convívio habitual para, neste contexto, poderem ter uma visão moderna da ciência", sublinhou o presidente do Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), José Martins Nunes.

O presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra disse ainda que os módulos interativos podem ajudar as crianças "a diminuírem o sofrimento e o dos pais, porque estar no hospital tem sempre uma certa carga" negativa.

Com este projeto, acrescentou, o "hospital deixa de ser apenas um local de doença, para poder a ser um espaço de conhecimento".

Martins Nunes frisou ainda que "poucos hospitais do mundo têm esta oportunidade" de proporcionar o contacto com a ciência às crianças e jovens internados, que no caso do Pediátrico de Coimbra rondam os 80, em média.

Para o diretor do Departamento Pediátrico, Jorge Saraiva, a capacidade de experimentar e aprender "sempre foi e será cada vez mais importante para a educação dos jovens", pelo que uma iniciativa deste género é bastante benéfica.

"Quando os jovens, por motivos de saúde, têm de permanecer no hospital, quanto mais próximo estiverem da sua vida diária menores serão os impactos no seu crescimento e desenvolvimento, pelo que esta é oportunidade de interagir e de continuar a desenvolver de uma maneira agradável os seus conhecimentos", salientou.

A iniciativa de colocar 12 módulos de ciência interativa no Hospital Pediátrico resulta do projeto 'A Ciência faz bem' do Exploratório - Ciência Viva Coimbra, que pretende levar a ciência a espaços diferentes, como uma unidade hospitalar.

Segundo o diretor do Exploratório, Paulo Trincão, trata-se de uma experiência inovadora, que não existe em mais nenhuma unidade hospitalar de Portugal, e que se baseia no conhecimento através da experimentação.

"Pretendemos que as crianças experimentem sem medo de falhar e se falharem que voltem a fazer outra vez, situação que às vezes não acontece nas escolas por falta de tempo", disse, salientando que o projeto pretende "criar o bem-estar possível numa situação de stress" das crianças.

4 de fevereiro de 2017
“Nós podemos. Eu posso”. É este o lema que acompanhará todas as atividades da Liga Portuguesa Contra o Cancro, no próximo dia 4...

Anualmente, cerca de 8 milhões de pessoas, em todo mundo, morrem de cancro e estima-se que a doença venha a atingir 21,7 milhões até 2030. A incidência da doença tende a aumentar, principalmente em países desenvolvidos, mas muitas destas mortes podem ser evitadas com maior apoio governamental e financiamento para programas de rastreio, prevenção e tratamento do cancro.

A iniciativa mundial da Union for International Cancer Control (UICC) pretende explorar individual e coletivamente como podemos agir na luta contra o cancro e mostrar que é possível agir para reduzir o impacto desta doença sobre as pessoas, famílias e sociedade em geral. No próximo Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, a UICC e LPCC deixam algumas mensagens para refletir: 

- Inspirar, Motivar e Agir. Podemos trabalhar para melhorar a resposta à doença oncológica, exigindo ações que contribuam para prevenir, diminuir o número de mortes prematuras e melhorar a qualidade de vida dos doentes oncológicos;

- Desafiar perceções. Podemos acabar com os mitos e reduzir o estigma associado à doença oncológica, através de ações que combatam a desinformação da sociedade;

- Melhorar o acesso a cuidados de saúde, através da implementação de medidas de proteção social que assegurem que indivíduos e famílias tenham igual oportunidade de acesso a tratamentos e oportunidades para prevenir e controlar o cancro;

- Aderir aos programas de rastreio, uma vez que o diagnóstico precoce está relacionado com uma maior taxa de sobrevivência. Nem todos os cancros têm sinais de alerta, mas é possível detetar alguns sintomas;

- Falar sobre Cancro. Podemos ser agentes ativos, divulgando informação para influenciar as políticas públicas de prevenção do cancro e acompanhamento da doença oncológica;

- Fazer escolhas saudáveis. Podemos deixar de fumar, ser fisicamente ativos e escolher alimentos saudáveis para reduzir o risco de cancro. A adoção de um estilo de vida saudável pode evitar um terço dos cancros mais comuns; 

- Informar e Impulsionar, educando e informando os doentes no sentido de participarem na decisão terapêutica. Devemos atuar na defesa da autonomia dos doentes, do respeito pelos seus direitos e da proteção contra o erro ou negligência em cuidados de saúde;

- Ajudar os outros. Podemos ajudar o doente oncológico a adaptar-se às alterações na sua vida, contribuindo também para melhorar a qualidade da mesma;


“A LPCC é uma das instituições mais antigas, a nível europeu, que integra esta rede de cooperação internacional e temos como objetivo colaborar ativamente no desenvolvimento e implementação de projetos que reforcem a nossa missão. Voltamos a associar-nos à UICC para sensibilizar a população portuguesa, promover uma maior consciência, individual e coletiva, e fomentar a participação ativa em áreas fundamentais, como a prevenção, rastreios, educação, tratamento e cuidados”, explica Vítor Veloso, Presidente da LPCC. 

Para mais informações, visite www.ligacontracancro.pt

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