Federação Portuguesa de Agricultura Biológica

Nova federação quer ter voz ativa na agricultura biológica em Portugal e na UE

A Federação Portuguesa de Agricultura Biológica, hoje apresentada formalmente, quer assumir um “papel político determinante” na definição da estratégia nacional para o setor e participar ativamente na discussão da futura Política Agrícola Comunitária 2020-2026.

“Queremos ter voz nesta discussão da futura política agrícola”, o presidente da federação, Jaime Ferreira, salientando que, juntas, as sete organizações que constituem a Federação Portuguesa de Agricultura Biológica (Fpbio) têm “mais força para fazer valer” a política que defendem para a agricultura biológica portuguesa e europeia.

Constituída em janeiro, mas apresentada formalmente hoje, em Lisboa, a federação integra a Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (Agrobio), a Cooperativa de Produtores Biológicos (Bio Azórica - Açores), a Associação Nacional dos Engenheiros de Agricultura Biológica (Bioprotec), a CopadoNordeste-Cooperativa de Produtos Agrícolas (Macedo de Cavaleiros), a Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), a Associação de Consumidores da Madeira (OrganicA) e a Associação Nacional de Conservação da Natureza (Quercus).

Salientando que a porta está aberta à entrada de novos membros, o presidente da Fpbio e da Agrobio, Jaime Ferreira, destacou o facto de, contrariamente ao que é normal no setor agrícola, a federação incluir organizações “além das ditas só de agricultura”, como é o caso da associação ambiental Quercus, a que se deverá juntar no futuro uma outra organização “ligada à saúde".

“Com isto estamos a introduzir nesta organização de cúpula outros lados que consideramos absolutamente importantes”, afirmou, apontando como “missão principal” da nova organização “representar politicamente as organizações federadas junto dos poderes políticos nacionais, instâncias comunitárias e outras organizações”.

É que, explicou, por exemplo no âmbito da revisão em curso da política agrícola europeia, a Agrobio “não tem sido envolvida, nem chamada para nada”, esperando agora as organizações setoriais que, juntas, tenham mais representatividade e peso político.

Neste sentido, a federação pretende apresentar “no imediato” um pedido de reunião ao ministro da Agricultura e ao Governo, assim como um plano de atividades “com ações concretas já para este ano”, entre as quais estará “a questão de estar representada efetivamente em Portugal e internacionalmente”.

“Sentimos que existe um défice em fazermos valer do ponto de vista político os nossos objetivos para a agricultura biológica em Portugal e sentimos que teríamos mais força se nos juntássemos à partida, para nos apresentarmos junto do Governo e de outras instâncias, nomeadamente comunitárias, como uma organização portuguesa para a agricultura biológica”, sustentou Jaime Ferreira, acrescentando: “Era uma falta que sentíamos há vários anos e que vai ao encontro do que o Governo também nos apontava, que não estávamos organizados”.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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