Nos centros de saúde
A vacina Prevenar passa a partir de hoje a estar disponível gratuitamente nos centros de saúde, para todas as crianças nascidas...

A vacina Prevenar previne doenças provocadas pela bactéria pneumococo, como a pneumonia, meningite, otite e septicemia, entre outras.

O esquema de vacinação recomendado fica completo com três doses da vacina, devendo ser administrada aos dois meses, quatro meses e 12 meses.

Além das crianças, a Prevenar 13 é igualmente gratuita para “os adultos com doenças crónicas e considerados de alto risco, nomeadamente os portadores do vírus VIH e de certas doenças pulmonares obstrutivas, além do cancro do pulmão”.

Para a restante população, nomeadamente os adultos e as crianças nascidas antes de 1 de janeiro deste ano, o Estado vai comparticipar 15% do custo da vacina.

A partir de hoje
A disponibilização, venda e consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica a todos os menores de 18 anos são proibidos a partir...

A nova lei do álcool termina com a diferenciação entre as bebidas espirituosas, até agora permitidas a partir dos 18 anos, e as restantes (vinho e cerveja), que podiam ser consumidas a partir dos 16 anos.

A alteração constante de um decreto-lei publicado no Diário da República de 16 de junho, que entra hoje em vigor, decorreu da avaliação prevista na legislação em vigor desde 2013.

Segundo o texto do decreto-lei, a evidência científica demonstra a existência de padrões de consumo de alto risco de bebidas alcoólicas, como a embriaguez e o consumo ocasional excessivo, também designado por 'binge drinking', especialmente em adolescentes e jovens adultos.

Da mesma forma, está demonstrado cientificamente que “a experimentação do álcool é cada vez mais precoce em crianças” e que “a precocidade do início de consumo é responsável por uma maior probabilidade de ocorrência de dependência alcoólica”.

Em termos de consequências para o desenvolvimento das crianças e jovens, a precocidade no consumo de álcool tem “consequências diretas a nível do sistema nervoso central, com défices cognitivos e de memória, limitações a nível da aprendizagem e, bem assim, ao nível do desempenho escolar e profissional”.

A exposição prolongada e continuada ao álcool está também associada a uma probabilidade de desenvolvimento de cancro, acrescenta ainda o diploma.

Estes fatores estiveram na base da proibição de vender bebidas espirituosas a menores de 18 anos e outras bebidas alcoólicas a menores de 16, mas “não ocorreram alterações relevantes no padrão de consumo”, após a entrada em vigor da lei (abril de 2013).

Segundo o decreto-lei, verificou-se mesmo a continuação dos “comportamentos de risco e excesso de consumo”, sendo que “foram os jovens de 16 anos, em particular, os que mais mencionaram um aumento da facilidade de acesso a bebidas alcoólicas, com qualquer graduação e álcool”.

O Governo justifica assim a necessidade de “melhores medidas de proteção dos menores no que toca ao acesso a bebidas alcoólicas”, salientando não pretender “sancionar ou penalizar comportamentos”, mas minimizar o consumo por adolescentes de foram progressiva.

Organização Mundial de Saúde
A Organização Mundial de Saúde declarou oficialmente Cuba o primeiro país do mundo a eliminar a transmissão do vírus da sida e...

“Eliminar a transmissão de um vírus é um dos maiores feitos em matéria de saúde pública”, afirmou a diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, num comunicado.

“É uma grande vitória na nossa longa luta contra o vírus de imunodeficiência humana (VIH) e as infeções transmitidas sexualmente, assim como um passo importante para conseguirmos uma geração sem sida”, acrescentou.

O êxito alcançado por Cuba “mostra que um acesso universal a cuidados médicos é possível e é, na verdade, a chave do êxito contra desafios tão grandes como a sida”, destacou por seu lado a diretora da Organização Pan-americana de Saúde (OPS), Carissa Etiènne, em conferência de imprensa.

A eliminação da transmissão do VIH de mãe para filho “prova que é possível pôr fim à pandemia da sida e esperamos que Cuba seja, entre vários outros países, o primeiro a conseguir eliminar esta epidemia entre as crianças”, disse o diretor-geral da ONU sida, Michel Sidibé.

Segundo a OMS, em todo o mundo, cerca de 1,4 milhões de mulheres infetadas com o VIH engravidam a cada ano, na maioria em países em desenvolvimento, especialmente na África subsaariana.

Sem tratamentos antirretrovirais, há um risco de 15% a 45% de transmitirem o vírus ao bebé durante a gravidez, o parto ou a amamentação.

Em contrapartida, esse risco é praticamente eliminado, caindo para um pouco mais de 1%, se a mãe for tratada com antirretrovirais durante a gravidez e o bebé receber o mesmo tipo de tratamento a partir do nascimento.

O número de bebés que nascem seropositivos no mundo baixou para metade entre 2009 e 2013, passando de 400.000 para 240.000 por ano.

Os Estados membros da OMS comprometeram-se em 2010 a eliminar a transmissão do VIH de mãe para filho até 2020.

No caso da sífilis, quase um milhão de mulheres grávidas são infetadas em cada ano, o que pode causar morte fetal, morte perinatal ou infeções neonatais graves.

Para o evitar, basta que a grávida seja diagnosticada e tratada com penicilina.

Para o reconhecimento oficial da OMS, o número de nascimentos de bebés infetados com o VIH tem de ser inferior a 2 por cada 100 bebés nascidos de mães seropositivas e, no caso da sífilis, igual a 1 caso para cada 2.000 nascimentos.

Autoridades de saúde
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo admitiu não haver relação entre os sintomas na pele das crianças...

Em resposta a algumas questões, o gabinete de comunicação da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) esclareceu que, após análises feitas pelas autoridades de Saúde e "face à avaliação da situação, não parece haver relação entre o aparecimentos das queixas e a prática balnear".

A ARSLVT explicou que a Autoridade de Saúde de Cascais foi alertada para "um conjunto de crianças com queixas de prurido e alterações cutâneas", cerca das 12:00 de ontem.

Deslocados ao local, conta a ARS, a Autoridade de Saúde apurou que se tratava de "de 64 crianças, que integravam um grupo de 250, que tinham estado na véspera no Parque Dos Moinhos da Ajuda, tendo algumas delas iniciado queixas semelhantes".

"As queixas atenuavam-se quando as crianças ficavam abrigadas da exposição solar (o que configura que ocorreu reação de exacerbação por fotossensibilização cutânea).Duas crianças que integravam outro grupo de jovens apresentaram queixas de prurido relacionadas com exposição solar e prurido localizado", refere a nota.

A ARSLVT assegurou ainda que as Autoridades de Saúde estão ainda a acompanhar a situação, "não havendo até ao momento motivos de preocupação relacionados com a prática balnear".

Ordem dos Médicos no Norte lamenta
O presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos lamentou a “falência” de informação sobre o Testamento Vital que...

“Praticamente não se ouve falar no testamento vital. Falou-se muito na altura em que ele foi regulamentado há três anos, depois quando se constituiu o registo nacional eletrónico, (Rentev), mas depois foi uma acalmia enorme”, assinalou Miguel Guimarães.

Para o responsável “a baixa inscrição no registo nacional do testamento vital tem a ver com a falta de informação”, assistindo-se no Norte, como em todo o país, a uma “falência muito grande de informação e divulgação, não só da parte do Ministério da Saúde e do Governo, mas também da parte das instituições como hospitais e centros de saúde”.

“E até das próprias associações como a Ordem dos Médicos ou a Ordem dos Enfermeiros que também, depois de uma fase inicial em que se envolveram nesta questão do testamento vital, se afastaram e não tem sido feito o número suficiente de ações que permita chamar a atenção para isto”, criticou.

Miguel Guimarães reagia desta forma aos números divulgados na passada semana por um estudo realizado pela Universidade Católica Portuguesa, em parceria com a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), segundo o qual 78% desconhecem o que é o Testamento Vital e no Norte apenas 16,9% dos inquiridos disseram saber em que consiste o documento.

“Se olharmos para os dados recentemente apresentado pela Universidade Católica Portuguesa, mostram claramente que a grande maioria das pessoas em Portugal, e isto inclui os próprios profissionais de saúde, não estão exatamente informados sobre o que é o Testamento Vital e também não sabem exatamente como se faz”, sustentou o clínico em jeito de balanço do primeiro ano do Rentev.

Foi precisamente para colmatar essa lacuna que a secção do Norte da Ordem dos Médicos organiza quarta-feira, a partir das18:00, um seminário sobre Testamento Vital, em conjunto com a Associação Portuguesa de Bioética e com a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Para além do seminário, Miguel Guimarães adiantou que no Norte a ordem pretende levar a cabo mais medidas para a informação sobre o tema, nomeadamente organizando debates e associando-se a iniciativas conjuntas com outras ordens profissionais e instituições que ajudem na divulgação do que é o testamento vital.

“Estamos a falar de um direito fundamental, de uma conquista civilizacional mas, sobretudo, estamos a falar de as pessoas manterem a dignidade do que é a sua essência em situações em que já não conseguem ter a capacidade intelectual para poderem dar uma resposta se querem ou não querem continuar a vegetar”, salientou.

Um testamento vital, também designado como diretiva antecipada de vontade, tem como objetivo deixar expressa a vontade em relação aos cuidados de saúde que se quer, ou não, receber em fim de vida, caso se esteja impossibilitado de o expressar de forma autónoma.

Na prática, a hipótese de fazer um testamento vital já existia desde 2012, mas cada pessoa tinha que redigir o seu documento e ir a um notário para o documento ser juridicamente válido. Desde o início de julho de 2014, que esse procedimento pode ser feito no Rentev (Registo Nacional do Testamento Vital), disponível no Portal do Utente do Ministério da Saúde.

Especialista alerta
O professor jubilado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Walter Osswald disse que há hoje um risco de se perder...

“É irresponsável pôr em dúvida e querer dizer que estas vacinas têm mais riscos ou têm menos riscos. Não há nada que não tenha riscos, até a água. Mas os benefícios são de tal maneira superiores aos riscos que, como em tudo na vida, se justifica correr um mínimo risco por causa de um grande benefício”, disse Walter Osswald, que na sexta-feira vai participar no encontro sobre vacinação do ciclo “Conversas com Ética” no Instituto de Bioética da Universidade Católica do Porto.

O antigo diretor do Instituto de Farmacologia e Terapêutica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) sublinhou que o facto de haver quem opte por não vacinar os filhos coloca em causa o prolongamento da esperança média de vida, que se deve “aos avanços da medicina, mas fundamentalmente às vacinações, mais do que aos medicamentos”.

“Sabe-se muito bem que a difteria provocava mortes de crianças em idade escolar com sofrimento horrível por sufocação, uma coisa trágica. Isto é totalmente evitável”, afirmou Walter Osswald, referindo-se à doença que levou à morte de uma criança de seis anos não vacinada por escolha dos pais em Espanha, no primeiro caso detetado naquele país desde 1987.

O especialista em bioética recordou que “doenças como a difteria eram doenças muitas vezes fatais, ou doenças que eram provocadas por vírus e que depois davam encefalites, doenças gravíssimas, desapareceram”, sublinhando ainda que “ninguém vê escarlatina, já não há doentes com escarlatina”.

“Em muitos países vai-se assistindo a uma erosão progressiva do conceito da obrigatoriedade das vacinações. Na maior parte dos países há planos nacionais de vacinação, em Portugal há um plano excelente, que funciona bastante bem e que levou a uma enorme adesão e a um ganho em saúde extraordinário”, disse Walter Osswald.

O académico, agraciado com a Grã-Cruz da Ordem de Sant'Iago e Espada, lembrou que se criou, em particular nos Estados Unidos, o “mito” dos riscos da vacinação tríplice (difteria, tétano e tosse convulsa), “o que é um disparate completo” sem base científica.

“O resultado foi que milhares de pais têm recusado a vacinação e isso cria naturalmente um problema muito sério, não só para aquelas crianças, mas depois para toda a comunidade”, alertou o especialista.

Associações de defesa das mulheres
A Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres e a União de Mulheres Alternativa e Resposta pedem que a lei do aborto...

Em comunicado, a Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres (PpDM) defende que se a iniciativa legislativa de cidadãos “Lei de apoio à maternidade e paternidade – do direito a nascer” for aprovada vai introduzir “formas de coação intoleráveis (…) e sofrimentos psicológicos ou económicos às mulheres que optem por interromper a gravidez ao abrigo da atual legislação”.

A PpDM lembra que a atual legislação entrou em vigor depois de um longo debate na sociedade portuguesa e sublinha que o número de Interrupções Voluntárias de Gravidez (IVG) tem vindo a diminuir sistematicamente.

Aponta que “é totalmente falaciosa a associação que se pretende estabelecer entre a diminuição da natalidade e o número de IVG feitas em Portugal” e lamenta que “se tenha perdido uma oportunidade para discutir o que poderia efetivamente contribuir para aumentar a natalidade”.

Para a PdDm, o aumento da natalidade poderia ser conseguido através da erradicação da violência doméstica, da não discriminação no mercado de trabalho, da eliminação da precariedade laboral ou do aumento do rendimento das famílias, entre outras.

No entender da associação, “sem igualdade de género não se resolve eficazmente o problema da natalidade em Portugal” e que, por isso, “esta deveria ser a questão em cima da mesa”.

“Esta iniciativa não promove nenhum destes objetivos, limitando-se a tentar alterar, sem fundamento, uma lei que é um marco na história dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres em Portugal e propondo, de caminho, formas inaceitáveis de coação contra as mulheres”, acusa a PpDM.

Opinião partilhada pela União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), para a qual a iniciativa legislativa cidadão “constitui um atentado ao direito das mulheres interromperem uma gravidez não desejada nos serviços públicos de saúde”.

Do ponto de vista da associação, esta iniciativa cidadã pretende “empurrar de novo as mulheres para o aborto clandestino” e “culpabilizar as mulheres ao estabelecer a obrigatoriedade destas assinarem as ecografias dos fetos”.

Entendem igualmente que é objetivo conseguir retardar a decisão de interrupção de gravidez, com risco de se ultrapassar o prazo legal das 10 semanas, e de por em causa a gratuitidade da saúde sexual e reprodutiva ao querer introduzir taxas moderadoras.

“A UMAR condena veementemente esta proposta que penaliza e pune as mulheres: trata-se de um retrocesso num direito referendado e amplamente debatido na sociedade portuguesa”, lê-se no comunicado.

Nesse sentido, a associação apela a todos os deputados para que não aprovem esta iniciativa legislativa e “não permitam que este retrocesso se transforme em lei”, lembrando que cabe ao Estado garantir condições de saúde e segurança a todas as mulheres.

“A UMAR alerta a sociedade portuguesa para não se deixar enganar com propostas mascaradas de apoio à natalidade e maternidade, mas que colocam em causa o exercício de uma maternidade e paternidade responsáveis”, conclui.

A iniciativa legislativa de cidadãos vai a discussão no Parlamento no dia 03 de julho. O grupo de cidadãos pretende, entre outros, o fim da equiparação entre IVG e maternidade para efeitos de prestações sociais e aplicação de taxas moderadoras, bem como que seja mostrada à mulher a ecografia necessária para confirmação das semanas de gravidez, devendo a grávida assinar essa ecografia.

Infarmed
O Sistema Nacional de Avaliação de Tecnologias da Saúde, que deverá baixar o preço dos medicamentos e incentivar os fármacos...

De acordo com um comunicado da autoridade que regula o setor do medicamento, uma das novidades do Sistema Nacional de Avaliação de Tecnologias da Saúde (SiNATS) é que “os novos medicamentos que tenham uma composição qualitativa idêntica à de outros já existentes no mercado apenas serão comparticipados pelo Estado se propuserem uma redução de preço de, pelo menos, 10% face aos produtos já em comercialização”.

“Além da redução dos preços dos novos comparticipados, o novo sistema conduzirá a descidas de preço da ordem dos 30% nos genéricos hospitalares e de 20% nos biossimilares”, prossegue o comunicado.

Segundo o Infarmed, “estas poupanças permitirão alocar mais recursos do orçamento da Saúde aos medicamentos inovadores, cujos verdadeiros benefícios passam, aliás, a ser identificados de forma rigorosa e transparente através dos mecanismos criados pelo SiNATS”.

O presidente do Infarmed, Eurico Castro Alves, considera que “o SiNATS vem estabelecer um novo paradigma no setor dos medicamentos e dispositivos médicos”.

“Ao abrir a possibilidade de reavaliação, após a entrada no mercado, e ao conferir prioridade ao estabelecimento de contratos de fornecimento focados na obtenção de resultados, o sistema introduz rigor e transparência, daí resultando uma melhor utilização dos dinheiros públicos”.

Para o Presidente do Infarmed, “este novo sistema de avaliação será um instrumento poderoso de promoção da verdadeira inovação em saúde, na medida em que, através da avaliação e reavaliação, conheceremos, com exatidão, qual a real efetividade dos medicamentos, ou seja, quais os resultados obtidos, os benefícios face ao investimento realizado”.

Através do SiNATS serão realizadas “avaliações técnicas, terapêuticas e económicas das tecnologias de saúde (medicamentos e dispositivos médicos, numa primeira fase), as quais disponibilizarão informação para todas as entidades, nomeadamente as que integram o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que pretendam tomar decisões com informação credível sobre os reais custos e benefícios desses produtos”

O SiNATS entra quarta-feira em vigor, mas hoje foram publicadas as respetivas portarias regulamentadoras.

Estudo
Cientistas suecos conseguiram produzir um dispositivo bio eletrónico orgânico que transmite sinais próximos aos de um neurónio.

O estudo de neurocientistas do Instituto Karolinska, da Suécia, em colaboração com colegas da Universidade de Linköping, foi publicado recentemente na revista científica Biosensors and Bioelectronics e pretende tornar possível, no futuro, a utilização do recurso em pacientes que tiveram os nervos danificados, além de ajudar a tratar lesões e enfermidades.

A técnica, refere o Diário Digital, poderá ser utilizada, inclusive, em pessoas que tiveram membros amputados, por permitir a ligação entre próteses e o tecido humano restante.

Os neurónios são células do sistema nervoso capazes de processar e transmitir estímulos e informações a outras células. Libertam substâncias químicas, conhecidas como neurotransmissores, no espaço entre as células, num processo chamado de sinapse. Outras células captam essas substâncias e transformam-nas em sinais elétricos que, por sua vez, passam pelo corpo do neurónio e voltam a ser convertidos num sinal químico, num processo que é cíclico.

Para imitar essa atividade, os cientistas do Instituto Karolinska usaram em laboratório moléculas condutoras de sinais elétricos, os polímeros, em dois ambientes distintos. "Num prato, o componente de deteção do neurónio artificial encontrou uma alteração nos sinais químicos e converteu-os num sinal elétrico. Este sinal elétrico foi de seguida convertido na libertação da acetilcolina, um tipo de neurotransmissor. Isso aconteceu num segundo prato, onde os seus efeitos sobre células humanas vivas puderam ser monitorizadas", explicou a responsável pelo estudo Agneta Richter-Dahlfors, professora de Microbiologia Celular, num comunicado publicado pelo Instituto Karolinska.

Segundo ela, o próximo passo é diminuir as dimensões do dispositivo para permitir que seja testado dentro do corpo humano. “Prevemos que, no futuro, adicionando o conceito de comunicação sem fios, o biossensor possa ser colocado numa parte do corpo, e desencadear a libertação de neurotransmissores em locais distantes. Usando essa deteção autorregulada, podemos prever novas e excitantes oportunidades para futuras pesquisas e tratamento para distúrbios neurológicos”, acrescentou.

Sessenta e quatro têm lesões na pele
Cerca de 250 crianças foram assistidas numa praia de Carcavelos, em Cascais, por apresentarem comichão no corpo e vermelhidão,...

As crianças pertencem a uma escola de Belém e estavam na praia quando os sintomas foram notados, mas, de acordo com informação do comandante da Polícia Marítima Mário Domingues, o problema não está ligado a condições verificadas na praia.

Sessenta e quatro crianças assistidas apresentavam lesões na pele, segundo o balanço feito pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), cerca das 13:45.

De acordo com o INEM, estas crianças tinham “lesões cutâneas urticariformes”.

Uma menina de oito anos e um menino de seis anos foram transportados para o Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, com “pruridos na pele”, enquanto as restantes foram levadas, em autocarros, para a Junta de Freguesia de Belém, a fim de serem entregues aos pais, disse o INEM.

Para o local foram deslocados “todos os meios necessários e disponíveis” para fazer face à situação, incluindo a Unidade de Planeamento e Crise, sublinhou o INEM, acrescentando que o delegado de saúde deverá agora proceder no local à recolha de água para análise.

Segundo o INEM, a Direção-Geral da Saúde e o Instituto Ricardo Jorge também já foram informados da situação.

Segundo a mesma fonte da Polícia Marítima, a causa dos sintomas terá a ver com uma alergia causada pela lagarta do pinheiro.

O alerta foi dado por volta das 11:30 de hoje, tendo sido chamados ao local o INEM, os bombeiros e a Polícia Marítima.

Na União Europeia
A partir de quarta-feira, 1 de julho, todas as farmácias e revendedores “online” a operar legalmente na União Europeia devem...

Esta disposição que entra agora em vigor está prevista num regulamento adotado há cerca de um ano pela Comissão Europeia, no quadro da legislação comunitária contra medicamentos falsificados, recorda o executivo comunitário.

O executivo comunitário explica que um cidadão que pretenda comprar medicamentos na internet deve procurar o logótipo, e, clicando sobre o mesmo, é dirigido à pagina de internet da autoridade nacional de regulação, que fornece uma lista de todas as farmácias e retalhistas legais de medicamentos no Estado-membro em questão.

A Comissão Europeia recorda que geralmente os medicamentos falsificados são não só ineficazes, como podem ser nocivos e até mesmo mortais.

Pelo quarto ano consecutivo
O Conselho Geral da UBI deliberou a manutenção do valor da propina para o próximo ano letivo. Este é o quarto ano consecutivo...

O Conselho Geral da UBI (Universidade da Beira Interior) deliberou a manutenção do valor da propina para o próximo ano letivo. Este é o quarto ano consecutivo que a propina não sofre aumentos na Instituição para licenciaturas, mestrados integrados e mestrados.

Com uma preocupação crescente em relação às dificuldades económicas que as famílias atravessam, “a Reitoria propôs a manutenção dos atuais valores, pelas mesmas razões do ano passado, tendo em conta o período de crise”, explicou no final da reunião António Fidalgo.

Sabendo-se que o maior entrave ao prosseguimento de estudos são as dificuldades financeiras das famílias, a UBI preparou uma página com informação sobre todos os tipos de apoios disponibilizados para alunos que ingressem ou frequentem a UBI. Para além das bolsas da Direção-geral do Ensino Superior, cujo regulamento sofrerá alterações no próximo ano letivo aumentando em três por cento ou mais os bolseiros na instituição, os alunos da UBI podem ainda candidatar-se a cerca de 100 bolsas do programa +Superior, ao FAS – Fundo de Apoio Social e às dezenas de bolsas proporcionadas por autarquias, empresas e outras instituições protocoladas com a UBI. Na página NÃO DESISTAS! é possível encontrar uma listagem com todas as autarquias do país, com bolsas para os seus munícipes que ingressam no Ensino Superior, algumas delas com link para os regulamentos.

Recorde-se que no âmbito do programa + Superior em 2014/2015 receberam bolsa 130 alunos. Este programa destina-se a jovens que habitualmente residam na zona litoral e frequentem instituições de ensino superior no interior do país, como a UBI, por forma a contribuir para a coesão territorial através da fixação de jovens.

No presente ano letivo foram atribuídas na UBI 1837 bolsas DGES (Direção-Geral do Ensino Superior) a alunos carenciados, 130 bolsas + Superior, 83 bolsas FAS e cerca de duas dezenas de bolsas de autarquias protocoladas com a UBI e outros organismos.

Materiais educacionais
Na sequência da revisão de segurança efetuada aos medicamentos contendo adrenalina na forma de seringa pré-cheia (auto...

Estes medicamentos são utilizados em situações urgentes de anafilaxia, por via intramuscular, enquanto se aguarda a assistência da emergência médica.

Depois de analisados os dados disponíveis, o Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) confirmou que a administração intramuscular destes medicamentos é a forma de obter uma resposta mais rápida no tratamento da anafilaxia. Contudo, existem vários fatores que podem afetar a quantidade de adrenalina administrada no músculo, nomeadamente o comprimento da agulha, a espessura do tecido adiposo do doente, o ângulo em que é colocado o auto-injetor e a forma como este funciona (se é acionado por mola ou não) e a força utilizada para ativar o dispositivo.

Pelo exposto, o CHMP concluiu que é de extrema importância que os utilizadores sejam treinados para a correta administração do medicamento.

As empresas que comercializam medicamentos contendo adrenalina na forma de seringa pré-cheia (auto-injetores) devem disponibilizar materiais educacionais mais elucidativos, para assegurar uma utilização mais eficaz. Estes materiais devem incluir dispositivos de treino, material audiovisual detalhado e uma checklist para os prescritores.

O folheto informativo e o resumo das características destes medicamentos devem ser atualizados com avisos e precauções, incluindo as recomendações de que sejam prescritos dois auto-injetores a cada doente, de que os doentes os devem transportar sempre consigo; são também incluídas recomendações dirigidas aos familiares e cuidadores.

A recomendação do CHMP será agora enviada para a Comissão Europeia a quem compete emitir uma decisão vinculativa a toda a união europeia.

Assim, a EMA e o Infarmed informam:
Aos profissionais de saúde:
- Devem ser prescritos dois auto-injetores a cada doente, devido à incerteza da distribuição da adrenalina e consequentemente do início da resposta farmacodinâmica;
- Devem assegurar-se que os doentes ou cuidadores estão habilitados à correta administração do medicamento.

Aos doentes:
- O médico irá recomendar que transporte sempre consigo duas seringas do medicamento, atendendo a que pode ser necessária uma segunda dose enquanto aguarda pela emergência médica;
- A administração correta deste medicamento é fundamental para que a adrenalina atue o mais depressa possível pelo que, em caso de dúvida, deve entrar em contacto com o médico ou farmacêutico.

Astellas European Foundation Grant 2015
Até 31 de Julho, projetos de investigação na área de Uro-Oncologia podem candidatar-se ao prémio da Astellas European...

A bolsa de investigação visa distinguir e apoiar a implementação de projetos com potencial para proporcionarem avanços na compreensão da medicina e da saúde na área de Uro-Oncologia.

Como explica Alberto Aguiar, Diretor-geral da Astellas em Portugal, “com este prémio pretendemos incentivar o desenvolvimento em Uro-Oncologia proporcionando as condições necessárias aos investigadores para manutenção ou materialização da sua investigação que pode gerar grandes avanços científicos nesta área. É com enorme orgulho que anunciamos a abertura das candidaturas em Portugal e esperamos contar com participações nacionais.”

As candidaturas estão abertas a projetos de investigação individuais ou de equipas de instituições ou unidades de investigação.

As candidaturas devem ser enviadas para o endereço [email protected] até 31 de julho, utilizando o formulário de candidatura.

Para mais informações, consulte o  regulamento ou contacte a Astellas Farma Portugal.

Estudo
Um estudo publicado na revista norte-americana Circulation concluiu que os refrigerantes e outras bebidas açucaradas podem...

Segundo o estudo, divulgado na segunda-feira, estima-se que 133 mil pessoas tenham morrido em todo o mundo devido a diabetes, 45 mil a patologias cardiovasculares e 6.450 a cancros associados ao consumo deste tipo de bebidas.

“Muitos países no mundo apresentam um elevado número de mortes causadas por um único fator dietético – os refrigerantes e outras bebidas açucaradas (...), pelo que reduzir significativamente [o seu consumo] ou eliminá-las da dieta deve ser uma prioridade à escala planetária”, defendeu Dariush Mozaffarian, o principal autor do estudo e decano da Faculdade de Ciências da Nutrição da Universidade de Tufts, em Boston (Massachusetts).

As estimativas de consumo foram efetuadas a partir de 62 inquéritos alimentares preenchidos por 611.971 pessoas entre 1980 e 2010 num total de 51 países.

Os investigadores também estimaram as quantidades de açúcar disponíveis, a nível nacional, em 187 países e estabeleceram uma analogia entre a incidência da diabetes, de patologias cardiovasculares e cancro segundo zonas geográficas e as suas populações.

O impacto do consumo de sodas e de outras bebidas açucaradas sobre a mortalidade varia significativamente entre as diferentes populações, oscilando entre uma taxa inferior a 1% entre os japoneses com mais de 65 anos, até 30% entre os mexicanos com menos de 45 anos.

Entre as 20 nações mais populosas, o México teve durante o período do estudo a taxa de mortalidade anual mais elevada, atribuída ao consumo dessas bebidas, com 405 mortes por cada um milhão de adultos, ou seja, 24 mil no cômputo de um ano.

Os Estados Unidos situaram-se em segundo lugar, com 25 mil mortes por ano.

Cerca de 76% das mortes ligadas ao consumo de refrigerantes e de outras bebidas açucaradas ocorreram em países de baixos e médios rendimentos.

No total, a proporção de jovens adultos que sofrem de doenças crónicas como a diabetes, atribuídas ao consumo destas bebidas, mostrou ser maior do que a dos adultos mais velhos.

Investigadora de Coimbra
Uma investigadora da Universidade de Coimbra recebeu um prémio internacional por ter desenvolvido um estudo que demonstra o...

O estudo, anunciado pela Universidade de Coimbra (UC), evidenciou que "o decréscimo dos níveis da hormona estradiol altera o metabolismo das células ósseas, estando associado ao desenvolvimento de osteoporose, e que a reintrodução daquela hormona permite a recuperação do metabolismo normal das células".

Com este trabalho, que avaliou, pela primeira vez, o contributo do metabolismo das células ósseas na osteoporose após menopausa, a investigadora Ana Maria Silva, do Centro de Neurociências e Biologia Celular daquela universidade, foi galardoada com o "Prémio de Jovem Investigadora".

Segundo a investigadora, citada numa nota de imprensa da UC, "durante a menopausa o aparecimento da osteoporose pode estar associado a um declínio metabólico generalizado das células ósseas".

"Neste estudo, a hipótese centra-se na alteração do metabolismo dos osteócitos (células ósseas) em dois cenários: na presença e ausência de estradiol em ratos. A condição de menopausa dos ratos foi mimetizada através da retirada dos seus ovários", explicou.

O estudo, realizado num modelo animal, revelou que o estradiol tem um impacto marcante no metabolismo dos osteócitos.

A investigadora Ana Maria Silva justifica o trabalho com a "relação entre a menopausa e a osteoporose, que afeta 17% das mulheres portuguesas, em comparação com 2,6% dos homens, segundo dados da Sociedade Portuguesa de Reumatologia de 2013".

O trabalho tem vindo a ser realizado no Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC, no grupo de investigação "Mitocôndria, Metabolismo e Doença - Área de Menopausa, Envelhecimento e Metabolismo", sob a orientação da investigadora Vilma Sardão.

A investigação envolve uma equipa interdisciplinar, incluindo investigadores do Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto do Instituto Politécnico de Leiria e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

A distinção de Ana Maria Silva decorreu no quarto encontro conjunto da European Calcified Tissue Society (ECTS) e da International Bone and Mineral Society (IBMS), que decorreu em Roterdão, na Holanda.

Em 2014
As Termas do Luso registaram um aumento de 43% no número de utentes em 2014, valor em contraciclo com o setor que observou uma...

As Termas do Luso, detidas em 51% pela Malo Clinic e o restante pela Sociedade da Água de Luso, no concelho da Mealhada, distrito de Aveiro, registaram um total de 3.732 utentes em 2014 nas componentes de termalismo terapêutico e de spa termal, com o maior incremento a observar-se no spa termal (de 49%), que representa quase 80% do total de termalistas.

Estes resultados permitiram às termas uma subida para a 5ª posição no ranking do setor (estava em 10º lugar em 2013), o que significa que a renovação da estrutura com novos programas e parcerias mostra que esta "está no bom caminho", realçou o administrador Sérgio Franco.

A empresa continua com uma tendência de crescimento em 2015, com os dados de janeiro a maio deste ano a demonstrarem um incremento no número de utentes (27%) e também no volume de negócios, de 26%, informou.

Questionado, Sérgio Franco recusou-se a divulgar o valor do prejuízo registado em 2014, explanando que as termas são um "projeto a médio e longo prazo".

Sublinhando a inversão das Termas do Luso naquilo que é uma tendência nacional de decréscimo "nos últimos 12 anos", o administrador da empresa frisou que será possível alcançar a rentabilidade e que os acionistas têm capacidade para suportar o prejuízo.

Sérgio Franco falava durante uma conferência de imprensa realizada nas termas sobre o conceito "Termalismo e Nutrição", distinguido com o Prémio Especial do Júri na categoria de inovação da Associação Europeia de Spas.

O programa que alia o termalismo à alimentação saudável, lançado em 2014, já contou com a participação de "40 a 50 pessoas", e foi concebido numa altura em que as Termas do Luso procuram "ajustar as ofertas" às necessidades da sociedade atual, de forma a captar mais utentes, aclarou.

Durante a conferência, o presidente da Turismo do Centro, Pedro Machado, salientou a aposta da região no turismo de saúde e bem-estar, considerando ser necessário "valorizar a experiência" tida nesta área.

Núcleo de Estudos da Diabetes
A doença hepática afeta 30% dos diabéticos e, em Portugal, faltam especialistas que saibam avaliar as duas patologias como ...

Profissionais de saúde das áreas da hepatologia e da diabetologia vão refletir sobre estas ligações numa primeira reunião nacional sobre "Diabéticos e Fígado", que vai acontecer no próximo sábado, no Hospital de S. Pedro, em Vila Real.

"Há uma falta de consciência de que se está perante uma doença bipolar: existem doentes com doença de fígado que desenvolvem diabetes - muitas vezes associadas a essa própria doença -, e doentes com diabetes que vão desenvolver uma doença hepática secundária à própria diabetes", explicou Paulo Subtil, coordenador da Unidade Integrada de Diabetes do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro e promotor do Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus (NEDM) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI).

Esta iniciativa, promovida pelo Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus (NEDM) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), vai refletir sobre os "maiores riscos para o doente" e "desafios adicionais no tratamento" associados à combinação das duas patologias, informou a SPMI em comunicado.

Nos países desenvolvidos, a cirrose é responsável por 12% das mortes em pessoas com diabetes, pelo que "é essencial criar abordagens terapêuticas adequadas a estes doentes", uma vez que a coexistência destas patologias representa "uma maior limitação dos fármacos disponíveis e interações medicamentosas mais complexas".

"Nós estamos muito pouco atentos a este pormenor, pelo que consideramos sempre as duas doenças separadamente e não a sua unificação numa só entidade clínica, o que levanta alguns problemas a nível do diagnóstico, da orientação e da terapia", referiu Paulo Subtil, acrescentando que "alguns clínicos sentem receio no tratamento destes doentes".

A SPMI considera que a relação entre a diabetes e a doença hepática se encontra "pouco explorada do ponto de vista da investigação" e, uma vez que "a presença de uma das patologias pressupõe o aparecimento da outra em 30% dos casos", quer promover uma maior partilha de conhecimento.

"É importante que os vários especialistas reconheçam esta relação bidirecional entre as duas patologias, compreendendo que este é um grupo específico de doentes, em que o habitual esquema de referenciação por especialidade pode não ser suficiente", indicou o médico, sublinhando que "é essencial uma integração de conhecimentos para prover a melhor solução possível".

Paulo Subtil confessou, ainda, que "o pouco que se sabe prende-se com curiosidades científicas que se vão apanhando e se vão somando (...) [pela mão de] alguns curiosos que, nos últimos anos, têm refletido um bocado sobre estes assuntos".

Neste contexto, o NEDM organizou esta reunião, inédita em Portugal, que vai discutir uma "visão holística do doente, que permite abordar estes casos como um todo, sendo o elo entre as diferentes especialidades", indicou o médico.

A partir de quarta-feira
Uma nova caneta com adrenalina, usada em casos de reação alérgica grave, estará à venda nas farmácias a partir de quarta-feira,...

Até hoje, estava à venda no mercado o Anapen, uma seringa pré cheia de adrenalina (epinefrina), que está inserida num dispositivo de injeção automática, que é usada no tratamento de emergência de reações alérgicas graves ou de anafilaxia.

O abastecimento deste produto registou nos últimos tempos várias dificuldades.

Um responsável da distribuidora da Anapen (AMDPassos) explicou que as dificuldades no abastecimento se deveram às alterações nas regras europeias, que obrigaram à mudança do Resumo das Características do Medicamento (RCM).

Uma dessas alterações foi a recomendação ao doente para este ter sempre consigo duas canetas, pois a seguir a uma crise e à administração da adrenalina, existe um forte risco de se registar um novo ataque.

As alterações do dossier deste medicamento estão atualmente nas mãos do organismo que regula o setor, o Infarmed, acrescentou a mesma fonte, garantindo que o Anapen nunca deixou de estar no mercado, mas através de uma autorização excecional e importado de França.

Este responsável acredita que, em agosto, o processo estará concluído, altura em que deverão estar no mercado dois medicamentos, uma vez que o Infarmed anunciou hoje que as farmácias vão disponibilizar, a partir de quarta-feira, o Epipen.

Trata-se, tal como o Anapen, de “um novo medicamento de emergência para as reações alérgicas agudas que pode ser administrado pelo próprio doente”.

O Epipen é vendido nas dosagens de 150 e de 300 microgramas, numa solução injetável em seringa pré cheia.

“Este medicamento destina-se a ser usado como dispositivo de emergência para autoadministração de epinefrina (adrenalina), por pessoas sem formação médica nem treino de enfermagem, em situações cujo atendimento médico imediato não esteja disponível, de forma a evitar situações de risco de vida por choque anafilático”, prossegue o comunicado do Infarmed.

Tanto o Anapen como o Epipen são Medicamentos Sujeitos a Receita Médica (MSRM) e comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), custando cerca de 50 euros por seringa para o utente.

Em Portugal são vendidas anualmente menos de 7.000 seringas de Anapen.

Alerta da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
As cirurgias para mudança da cor dos olhos são um procedimento estético que começa a ganhar popularidade um pouco por todo o...

Nestes procedimentos de caráter meramente estético, a aplicação repetida de laser na íris ou a colocação intraocular de um implante entre a íris e a córnea pretendem transformar olhos castanhos em olhos azuis.

A cor castanha dos olhos resulta de uma maior concentração de melanina na íris, um pigmento que se encontra presente também na pele. Com a aplicação de laser sobre uma íris castanha, a camada superficial de melanina é destruída, deixando-a com uma tonalidade azulada, isto é, com menos concentração de melanina. Os implantes de íris alteram a cor dos olhos através da colocação de um objeto estranho dentro do olho. Estes implantes não estão aprovados pelo Infarmed para uso intraocular pelo que a sua utilização é proibida no nosso país.

Maria João Quadrado, presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), explica que estas cirurgias podem levar a consequências graves para a visão inclusive à cegueira.

Apesar de não estarem aprovados no nosso país, a sua realização além-fronteiras tem-se verificado de forma crescente.

A redução irreversível da visão, pressão intraocular aumentada, glaucoma, catarata, lesão corneana, uveítes e inflamação intraocular são alguns dos riscos associados a estas cirurgias. A lesão da córnea pode levar à necessidade da realização dum transplante de córnea.

A presidente da SPO realça ainda que “é fundamental fazer a distinção entre estas cirurgias de outras realizadas através de laser, como é o caso das cirurgias para correção de erros refrativos, procedimentos seguros e amplamente estudados e realizados apenas por médicos oftalmologistas”.

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