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Objectivos de saúde nas crianças

Atualizado: 
31/07/2019 - 10:54
As crianças, entendidas, de acordo com a Convenção sobre os Direitos da Criança, como "todo o ser humano menor de 18 anos", constituem um grupo prioritário. Confira os principais objectivos de saúde nesta fase da vida.
Criança com óculos de aviador a brincar aos aviões

 

1. Deve ser avaliado o crescimento e desenvolvimento e registar, nos suportes próprios, nomeadamente no Boletim de Saúde Infantil e Juvenil, os dados do desenvolvimento físico, bem como parâmetros do desenvolvimento psicomotor, escolaridade e desenvolvimento psicossocial.

 

2. Estimular a opção por comportamentos saudáveis, entre os quais os relacionados com:
- A nutrição, adequada às diferentes idades e às necessidades individuais, prevenindo práticas alimentares desequilibradas;
- A prática regular de exercício físico, a vida ao ar livre e em ambientes despoluídos e a gestão do stress;
- A prevenção de consumos nocivos e a adopção de medidas de segurança, reduzindo assim o risco de acidentes.

3. Promover:
- O cumprimento do Programa Nacional de Vacinação;
- A suplementação vitamínica e mineral, nas idades e situações indicadas;
- A saúde oral;
- A prevenção de acidentes e intoxicações;
- A prevenção dos riscos decorrentes da exposição solar;
- A prevenção das perturbações da esfera psicoafectiva.
 
4. Os pais, educadores e profissionais de saúde devem estar atentos para a detecção precoce de situações que possam afectar negativamente a vida ou a qualidade de vida da criança e do adolescente, como:
- Malformações congénitas (doença luxante da anca, cardiopatias congénitas, testículo não descido);
- Perturbações da visão, audição e linguagem;
- Perturbações do desenvolvimento estaturoponderal e psicomotor;
- Alterações neurológicas, alterações de comportamento e do foro psicoafectivo.
 
Aos profissionais de saúde cabe:
 
a) Prevenir, identificar e saber como abordar as doenças comuns nas várias idades, nomeadamente reforçando o papel dos pais e alertando para os sinais e sintomas que justificam o recurso aos diversos serviços de saúde;
b) Sinalizar e proporcionar apoio continuado às crianças com doença crónica/deficiência e às suas famílias, bem como promover a eficaz articulação com os vários intervenientes nos cuidados a estas crianças;
c) Assegurar a realização do aconselhamento genético, sempre que tal esteja indicado;
d) Identificar, apoiar e orientar as crianças e famílias vítimas de violência ou negligência, qualquer que seja o seu tipo;
e) Promover a auto-estima do adolescente e a sua progressiva responsabilização pelas escolhas relativas à saúde;
f) Prevenir situações disruptivas ou de risco acrescido;
g) Apoiar e estimular a função parental e promover o bem-estar familiar.

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Fonte: 
Manual de Urgências em Pediatria
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
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