Cientista da Universidade de Camberra - Austrália
Dado a fragilidade do cromossoma Y - gene que determina o sexo masculino - um estudo da investigadora australiana Jennifer...

A cientista da Universidade de Camberra explicou a sua investigação durante uma palestra na Academia Australiana de Ciência afirmando que a questão do desaparecimento do cromossoma Y é "um acidente evolutivo".

Na palestra "O Declínio e a Queda do Cromossoma Y e o Futuro do Homem", Jennifer discutiu o desaparecimento do cromossoma e as implicações para o ser humano. A cientista ainda não sabe o que vai acontecer quando o cromossoma Y desaparecer totalmente, mas faz o paralelo com uma espécie de roedor que vive no Japão que consegue reproduzir-se sem o cromossoma Y.

Recordando que os homens têm cromossomas XY e as mulheres XX, Jennifer Graves disse que a estrutura do Y apresentar-se hoje mais frágil em relação ao X. Sendo que há três milhões de anos, o cromossoma Y tinha cerca de 1400 genes, agora tem menos de 100 e a tendência é diminuir, essa fragilidade pode significar o seu desaparecimento no futuro.

Apesar da descoberta, Jennifer Graves não acredita no fim da humanidade porque a desintegração do cromossoma Y pode levar a que outro cromossoma - que ainda não sabe qual - desempenhe o seu papel originando assim uma nova espécie.

Descoberto primeiro factor genético para prognóstico
Investigadores espanhóis e britânicos descobriram o primeiro factor genético para o prognóstico do cancro da próstata e...

À procura de indicadores genéticos que dessem pistas sobre a evolução da doença, os investigadores examinaram 61 doentes com cancro da próstata e portadores de mutações no gene BRCA2 – gene ligado à supressão de tumores que protege o ADN – e 18 com mutações no gene BRCA1 – com função semelhante ao anterior, revela o Portal de Oncologia Português.

Foram igualmente examinados 1.940 doentes sem mutações naqueles dois genes, informou num comunicado o Centro Nacional de Investigações Oncológicas (CNIO), adiantando que o estudo é o maior realizado até hoje com doentes de cancro da próstata e mutações nos referidos genes.

A investigação mostrou que os portadores de mutações num ou noutro gene tinham mais probabilidades de apresentar um cancro da próstata avançado no momento do diagnóstico, assim como de desenvolver metástases.

Elena Castro, uma das autoras do artigo científico, constatou que os dados indicam que o gene BRCA2 é o primeiro factor genético para o prognóstico do cancro da próstata.

Em relação ao gene BRCA1 o número de pacientes da amostra foi considerado insuficiente para tirar conclusões.

A descoberta do papel da mutação no BCRA2 permite fazer um prognóstico mais adequado, disse Elena Castro à EFE.

O estudo foi publicado na edição digital da revista Journal of Clinical Oncology.

Resultados de estudo:
Um simples exame ao hálito poderá diagnosticar cancro do estômago e detectar a doença em fases iniciais, permitindo salvar mais...

Num estudo com 130 pacientes, descrito na British Journal of Cancer, os cientistas concluíram que o exame teve 90% de precisão na detecção de cancros em fases iniciais e em fases avançadas, noticia o JN Online.

Esta doença pode libertar odores que não são perceptíveis ao olfacto humano. O exame detecta o perfil químico do cancro no hálito dos pacientes, distinguindo o cancro de outras doenças do estômago.

Actualmente, o diagnóstico só é possível através de uma endoscopia, um tubo flexível que é inserido pela boca do paciente até ao sistema digestivo, portanto um processo desagradável. Com este exame poderá ser possível acelerar o diagnóstico do cancro.

Hossam Haick, investigador e professor do Instituto de Tecnologia de Israel, trabalhou com 130 pacientes em diferentes situações. 37 doentes tinham cancro de estômago, 32 tinham úlceras e os restantes 61 outros problemas de estômago.

O exame assegurou, com uma precisão de 90%, a diferença entre os problemas dos 130 pacientes. Também identificou a fase em que os cancros estavam.

"Qualquer exame que ajude a diagnosticar cancros do estômago mais cedo vai fazer diferença na sobrevivência de longo prazo do paciente", acrescentou ainda.

Esta técnica, no entanto, não é nova. Muitos cientistas têm trabalhado para a possibilidade de detectar vários tipos de cancro, como o do pulmão, através de um exame de hálito.

Apesar deste avanço, os investigadores ainda precisam de mais pesquisa e estudos para corroborar as conclusões iniciais.

Estudo francês mostra:
Um estudo francês mostrou que 14 doentes com VIH se mantiveram saudáveis anos depois de pararem os tratamentos, o que aponta...

A investigação, publicada na quinta-feira na revista norte-americana PLos Pathogenes, segue-se à revelação de que um bebé no Mississípi parece estar curado da infecção por VIH depois de um tratamento com antirretrovirais que se iniciou às 30 horas de vida. O estudo envolveu 14 adultos, tratados com uma série de antirretrovirais após 10 semanas de infecção, em média, que pararam depois o tratamento três anos mais tarde.

O grupo tem sido capaz de manter as cargas virais controladas por uma média de sete anos e meio sem tratamento com medicamentos, diz o estudo, cujos principais resultados foram publicados no Diário de Notícias Online.

No início deste mês, médicos norte-americanos anunciaram que um bebé infectado com o vírus da sida ficou curado, apresentando o caso como o primeiro de "cura funcional" de uma criança contaminada à nascença com o VIH, transmitido pela mãe seropositiva.

Para os virologistas, não se trata da erradicação do vírus, mas sim do seu enfraquecimento, de tal maneira que o sistema imunitário da criança pôde controlá-lo sem antirretrovirais.

Universidade de Coimbra estuda:
A Universidade de Coimbra anunciou que um grupo de investigadores prevê apresentar em Outubro um sistema legal menos agressivo,...

O professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (UC) Guilherme de Oliveira, coordenador do estudo "Para um quadro legal de responsabilidade médica menos agressivo, mais eficaz e mais favorável à redução do erro médico” explica que o "ambiente litigioso entre médicos, advogados e doentes lesados é muito agressivo”, tornando-se, por isso, "imperioso delinear um sistema mais equilibrado e mais tranquilo entre as partes”.

"Verificámos que a lei actual é ineficaz e muito violenta. Admitimos que valha a pena apresentar sugestões de alteração à legislação, no sentido de viabilizar um sistema que simultaneamente seja menos agressivo para os médicos, que os arrasta anos para os tribunais, e mais célere para os doentes, nomeadamente ao nível das indemnizações”, sublinha o também presidente do Centro de Direito Biomédico da UC.

Para este investigador, "é necessário viabilizar um sistema que promova a tranquilidade e o civismo no momento da reparação dos danos”.

O professor da Universidade de Coimbra considera ser "difícil provar os factos que sustentam as acções (judiciais) e o figurino processual não é satisfatório para estabelecer a verdade do que se passou”.

"Tudo isto contribui para o clima de desconfiança que se instalou. O trabalho consiste em saber se vale a pena mudar o paradigma da responsabilidade civil médica porque a relação médico-doente sofreu grandes alterações nos últimos anos. O acesso aos cuidados de saúde universalizou-se, a Medicina evoluiu e os utentes tornaram-se mais exigentes e cientes dos seus direitos”, avança.

O estudo é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e a pesquisa decorre há dois anos, com uma equipa de 10 investigadores da área do Direito e os resultados finais deste projecto são apresentados de 9 a 11 de Outubro, em Coimbra, durante uma conferência internacional sobre Direito Biomédico, promovida pela Associação Europeia de Direito da Saúde.

Estudo do Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho:
Duas em cada dez portuguesas contraem vaginose bacteriana, uma doença que, se ocorrer na gravidez, pode mesmo levar a um aborto...

Numa amostra de 300 mulheres em idade fértil, 20% já contraíram vaginose bacteriana pelo menos uma vez e que 37% estão colonizadas com a respectiva bactéria (Gardnerella vaginalis), revela um estudo do Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho, noticiado pela Netfarma.Segundo os responsáveis pelo estudo, os dados de Portugal aproximam-se dos máximos registados em estudos internacionais, mas, ao contrário destes, não se notaram variações significativas entre as etnias e as zonas rurais/urbanas analisadas.

O investigador coordenador, Nuno Cerca, explica que a vaginose bacteriana é uma desordem da flora vaginal que atinge as mulheres em idade fértil (em geral, dos 20 aos 45 anos) e que gera um mal-estar generalizado. "Porque não se sabe bem como surge, nem como se trata e como nem é mortal as pessoas deixam andar”, diz, sublinhando que a percentagem de mulheres portadoras da bactéria que se julga estar envolvida na infecção "é das mais elevadas reportadas a nível mundial, o que implica outros estudos e, certamente, mais educação sexual, cuidados de higiene e sensibilização das autoridades”.

O professor da Universidade do Minho acrescenta que há mulheres que tiveram um aborto ou parto prematuro e desconhecem o motivo, não o associando à vaginose bacteriana.

"Muitas mulheres também comentam entre si que a infecção já lhes sucedeu e que o médico receitou um antibiótico, mas, após meio ano ou mais, a infecção regressou, tornando-se quase uma doença crónica”, realça.

Nuno Cerca sustenta, a propósito, que os ginecologistas em geral utilizam as terapêuticas mais antigas, apesar das novas terapias em vigor nos EUA, originando "taxas de recaída alarmantes”.

Os dados mundiais apontam para 10 a 40% de incidência da vaginose bacteriana, com maior prevalência entre a etnia negra e nas áreas rurais com fraca educação sexual.
Depois da questão epidemiológica (saber o seu alcance no país), a equipa do Centro de Engenharia Biológica quer agora compreender o fenómeno em si e apostar numa teoria.

"Sabe-se que esta condição está relacionada com os hábitos sexuais, mas não há consenso se é sexualmente transmissível”, admite Nuno Cerca.

O tema "é pouco estudado” a nível mundial, ao contrário de doenças fatais como cancro e malária.

"Certamente é porque na vaginose bacteriana não está em causa a vida da pessoa. No entanto, esta é cada vez mais falada face à quantidade de pessoas que envolve”, vinca Nuno Cerca.

Este assunto é investigado na Universidade do Minho há três anos, com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia. O estudo da Universidade do Minho é o primeiro a nível nacional sobre a prevalência da vaginose bacteriana.

Estudo conclui:
As mulheres portuguesas preocupam-se cada vez mais com o envelhecimento, a saúde e o bem-estar. Uma grande parte tem cuidados...

A preocupação com o corpo e o bem-estar não são características apenas das mulheres mais jovens. À medida que a idade avança, surge também uma maior consciência de que a saúde – a par com a necessidade crescente de cuidar de si – são mais-valias para uma vida mais saudável, activa e um bem-estar generalizado, seja aos quarenta, aos 50 ou aos 60.

Esta é uma das conclusões de um estudo realizado pela GfK e por uma empresa de produtos dermatológicos, que revela que 96 por cento das mulheres portuguesas, com idades compreendidas entre os 45 e os 64 anos, se preocupam cada vez mais com a sua saúde e aspecto físico.

O estudo mostrou que as portuguesas são consumidoras atentas, com preocupações estéticas e de saúde, procurando melhorar o seu aspecto físico, o seu bem-estar e que querem sentir-se bem na sua pele. Fazem exercício para se manterem activas e combater o sedentarismo, têm cuidados com o corpo e a alimentação, tratam de si e sentem-se bem com isso.

Das inquiridas, 79 por cento demonstram uma preocupação com o seu corpo, 44 por cento praticam exercício regularmente e 88 por cento têm cuidados com a alimentação, sendo que 27 por cento levam esta questão muito a sério por motivos de saúde. O tempo dedicado a si mesma também entra em linha de conta, já que 65 por cento das inquiridas sentem que possuem tempo suficiente para tratar de si e 20 por cento demonstram estar satisfeitas com o seu corpo, ao contrário de 12 por cento que gostariam de perder peso.

O maior órgão do corpo humano – a pele - também mereceu especial atenção no estudo realizado, focando-se nos cuidados com a hidratação e na ligação e utilização periódica que as inquiridas revelaram ter nos seus cuidados diários.

82 por cento das mulheres afirmaram que é importante cuidar e tratar da pele com um creme hidratante de forma regular, sendo que 43 por cento são fiéis a uma marca, procurando combater sintomas associados à idade como a falta de brilho da pele, flacidez e a secura. 57 por cento costumam variar de marca, sendo receptivas a promoções, novidades e ao preço. Como factor principal na escolha de um produto, destacam a sua capacidade de hidratação, suavidade, conforto, eficácia e fragrância.

Manter uma boa figura e sentir-se bem na sua pele, independentemente da idade, são algumas das conclusões que se retiram deste estudo. Mulheres activas, dinâmicas, atentas e preocupadas com o seu corpo, que procuram estar informadas sobre os produtos que utilizam e que esperam resultados que vão ao encontro das suas necessidades físicas dominam a amostra que serviu de base e que na hora de cuidar de si, a idade é um factor que, apesar de ser levado em conta, acaba por ser cada vez menos importante quando o objectivo é sentir-se bem.

O estudo foi realizado entre os dias 5 e 7 de Fevereiro de 2013, através da realização de 100 entrevistas telefónicas, num universo constituído por mulheres portuguesas com idades compreendidas entre os 45 e os 64 anos, residentes na Grande Lisboa e Grande Porto.

Estudo publicado na revista Science Translational Medicine
Uma terapia experimental que altera geneticamente as células imunes de um paciente para destruir as células cancerígenas teve...

Segundo o estudo, dos cinco pacientes que sofriam de leucemia severa e que tinham registado recaídas após a quimioterapia, três deles mostraram sinais de remissão da doença entre cinco e 24 meses e puderam submeter-se a transplantes de medula óssea.

Num dos pacientes, todos os traços da leucemia desapareceram totalmente em oito dias.

"Tínhamos esperança, mas não podíamos prever que a resposta poderia ser tão profunda e rápida", explicou o médico Renier J. Brentjens, co-autor do estudo e especialista em leucemia no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center de Manhattan, em declarações ao diário New York Times.

Os investigadores assinalaram que o prognóstico dos pacientes sobreviventes é "positivo", apesar de existirem possibilidades de recaída.

Os pacientes deste tipo de leucemia severa que sofrem recaídas após a quimioterapia habitualmente só sobrevivem uns meses.

O tratamento, ainda em fase muito experimental, extrai as células T, um tipo de glóbulos brancos que normalmente combatem os vírus e o cancro, e modifica-as geneticamente para que sejam reprogramadas de modo a que ataquem e eliminem qualquer célula B que tenha um determinado tipo de proteína, a CD19, vinculada a este tipo de leucemia.

Outro dos co-autores do estudo, o médico Michel Sadelain, afirmou ser "uma estimulante história que está apenas a começar" e que se baseia na "criação de drogas vivas".

A leucemia severa é muito mais mortal em adultos do que em crianças, dado que a percentagem de cura em adultos é de 40 % e em crianças entre 80 e 90%.

Estudo do IPO Porto revela:
Cerca de 31,5% das doentes operadas ao cancro da mama sofrem de dor neuropática. Esta é a principal conclusão dos resultados...

Os resultados preliminares de um estudo prospectivo sobre as complicações neurológicas do cancro da mama, realizado no Instituto Português de Oncologia do Porto, apontam para que 31,5% das doentes operadas ao cancro da mama sofrem de dor neuropática.
"Este estudo vem demonstrar que a dor neuropática parece ser uma consequência frequente do tratamento do cancro da mama. Os determinantes desta dor estão a ser avaliados”, refere Susana Pereira, neurologista do IPO Porto, responsável pelo estudo.

A investigação, que conta com o financiamento da Cátedra de Medicina da Dor, teve início em Janeiro de 2012 e as últimas avaliações estão previstas para 2014.

"Pretendemos este ano continuar a apoiar a excelente investigação no domínio da dor que já se realiza no nosso país”, comenta José Castro Lopes, investigador responsável pela Cátedra e professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).

No âmbito da investigação clínica, a Cátedra está também a desenvolver um estudo observacional sobre a etiologia e características da dor em doentes tratados nas Unidades de Dor Crónica do Grande Porto, sob a responsabilidade de Luis Azevedo, da FMUP.

Estudo publicado na Lancet
Estudo publicado na Lancet dá pistas para novos tratamentos dos sintomas da anorexia através da colocação de eléctrodos no...

A solução para os casos mais graves de anorexia pode passar pela estimulação de áreas específicas do cérebro com a ajuda de eléctrodos, indica uma investigação de cientistas norte-americanos e canadianos com "resultados promissores” e que acaba de ser publicada na revista científica Lancet.

O grupo de investigadores do Krembil Neuroscience Centre da University Health Network, em Toronto, conseguiu demonstrar que a técnica de estimulação cerebral profunda pode ser uma solução para o tratamento de doentes com anorexia nervosa que têm resistido a outros tratamentos. O ensaio piloto para este distúrbio alimentar, que se traduz numa redução limite da quantidade de alimentos ingeridos, ainda está na fase 1, mas os cientistas estão entusiasmados com os resultados, escreve o Público Online.

A técnica está em fase experimental e só algumas das doentes mostraram melhorias. Depois de nove meses de tratamento, três das seis mulheres que estão no ensaio tinham engordado e mostravam estar psicologicamente melhor. Duas delas conseguiram mesmo integrar um programa específico para pessoas com distúrbios alimentares.

Para estas três doentes, "este foi o período mais longo de aumento sustentado do Índice de Massa Corporal (IMC)” – que avalia a relação entre peso e altura – desde o início da doença. Uma das participantes tinha um IMC de 11, quando o normal para o seu caso era entre 18,5 e 24,9, e conseguiu chegar aos 21.

A técnica, conhecida como estimulação cerebral profunda, esteve associada a melhorias no humor, ansiedade e depressão sendo que os investigadores perceberam que há diferenças estruturais e funcionais no cérebro das pessoas com e sem anorexia, que influenciam sintomas como a ansiedade ou a percepção do próprio corpo. Contudo, três das seis mulheres não mostraram qualquer ganho de peso e os cientistas justificam este facto com "vários eventos adversos associados”, incluindo o caso de uma doente que sofreu uma convulsão. Outros efeitos adversos incluem dor, náuseas ou ataques de pânico.

Vírus alterado geneticamente
Doentes de cancro de fígado em fase terminal tiveram um prolongamento médio de vida entre os seis e os 14 meses quando...
Um vírus alterado geneticamente foi testado em 30 pacientes com cancro de fígado terminal e prolongou significativamente o tempo de vidas destes doentes, reduzindo o tamanho dos tumores e inibindo o crescimento de novas massas tumorais, indica um estudo publicado na revista Nature Medicine e divulgado pelo Publico Online.
 
O vírus, chamado JX-594 ou Pexa-Vec, foi administrado a 30 pacientes em doses diferentes durante um mês. Dezasseis receberam uma dose alta e sobreviveram em média mais 14,1 meses, os outros 14 pacientes, que receberam uma dose baixa, viveram mais 6,7 meses, em média.
 
“Pela primeira vez na história da medicina, mostrámos que um vírus alterado geneticamente pode aumentar o tempo de sobrevivência dos doentes de cancro”, diz à AFP David Kirn, co-autor do estudo.

“Apesar dos avanços no tratamento do cancro nos últimos 30 anos com a quimioterapia e as terapias biológicas, a maioria dos tumores sólidos permanece incurável quando desenvolve metástases”, escreveram os autores no artigo, referindo-se ao momento em que as células cancerígenas de um tumor se espalham pelo corpo, fazendo crescer tumores noutros locais. Os resultados do ensaio da vacina Pexa-Vec podem ser uma boa notícia para estas situações extremas.

Vários especialistas já anunciaram que “este ensaio clínico é um entusiasmante passo em frente para ajudar a encontrar novas formas de tratar os cancros”. Os autores do estudo já anunciaram a continuação dos ensaios, desta vez em 120 pacientes, sendo que o vírus Pexa-Vec também está a ser testado em pacientes com outros cancros. Este vírus já tinha sido utilizado na vacina contra a varíola.

Em neurónios granulares:
Estudo mostra que é possível reverter danos em neurónios granulares associados à doença de Alzheimer.

Os danos nos neurónios granulares, associados à doença de Alzheimer, são reversíveis, indica um estudo sobre ratos com a doença, realizado em Espanha e publicado na revista Molecular Psychiatry, avança o RCM pharma.

O estudo mostra que a combinação de exercício físico, estimulação cognitiva e interacção social pode reverter a deterioração nos neurónios, voltando estes à sua estrutura original, informou numa nota o Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), o maior organismo público de investigação em Espanha.
 
Embora se desconheça se é uma causa ou uma consequência do Alzheimer, a doença está associada, entre outros factores, à alteração dos neurónios granulares do hipocampo, relacionados com a aquisição de novas memórias.
 
A investigação utilizou ratos transgénicos, que recuperaram a estrutura e conectividade dos seus neurónios granulares, depois de terem sido submetidos aos referidos estímulos.

O estudo demonstrou “a reversibilidade das alterações celulares associadas à doença de Alzheimer naqueles neurónios”, segundo Maria Llorens-Martín, do Centro de Biologia Molecular (centro misto do CSIC e da Universidade Autónoma de Madrid), citada pela agência noticiosa EFE.

Investigação apresenta explicação:
Uma investigação de uma equipa do Instituto de Biologia Molecular e Celular e da Faculdade de Medicina do Porto apresenta uma...

O trabalho, a que a Lusa teve acesso e noticiado pelo JN Online, revela que "a dor persistente altera o fluxo de informação entre duas regiões do cérebro que são fundamentais para a retenção de memórias temporárias".

Os investigadores referem que "as pessoas que sofrem de dores crónicas queixam-se frequentemente de situações de défice em memória de curto prazo. No entanto, os mecanismos nervosos que poderiam justificar estas ocorrências não são ainda conhecidos".

"Estudos recentes em animais têm demonstrado que a dor induz distúrbios em diversos processos cognitivos, para além das alterações plásticas das vias sensoriais, ou seja, o cérebro remodela as vias pelas quais sentimos e pensamos", explicam os autores do trabalho, já publicado no "Journal of Neuroscience".

Dos muitos distúrbios cognitivos que têm sido observados, os mais importantes são alterações na memória espacial, memória de reconhecimento, défice de atenção ou até mesmo a tomada de decisões emotivas e não emotivas.

Para o autor, "este trabalho contribui para a demonstração de que a dor crónica induz alterações no funcionamento cerebral em circuitos que não estão directamente ligados ao processamento táctil ou doloroso".

Fica provado que em resultado da dor crónica "são, também, afectados circuitos neuronais relacionados com processamento de memórias e emoções, o que pode levar a um repensar de estratégias mais abrangentes para o tratamento de patologias dolorosas", acrescenta o investigador.

Estudo garante:
Um estudo britânico atesta que ir de férias é benéfico porque contribui para a redução da pressão arterial, alivia o stress,...
Um grupo de investigadores do The Holiday Health Experiment levou a cabo uma investigação que comparou a saúde das pessoas que fizeram férias em locais como a Tailândia, o Peru ou as Maldivas com a daqueles que ficaram em casa e continuaram a trabalhar.
 
O projecto, financiado pela associação solidária de cuidados de saúde Nuffield Health e pela agência de viagens Kuoni, concluiu que os benefícios de umas férias fazem-se sentir durante largos meses.
 
A investigação, que envolveu uma amostra de 12 pessoas, incluiu como métodos de avaliação um inquérito sobre a sua saúde, mas medição dos seus padrões de sono e resistência ao stress. Os participantes foram ainda submetidos a testes psicoterapêuticos.
 
Depois, metade dos participantes passou férias no estrangeiro durante duas semanas, ao passo que a outra metade deu continuidade à sua actividade profissional. No final das férias, os investigadores conduziram uma segunda série de testes clínicos e psicológicos.
 
Em média, a pressão arterial daqueles que foram de férias diminuiu 6 por cento, e a dos trabalhadores que se mantiveram nos seus escritórios subiu 2 por cento durante o mesmo período. Por outro lado, a qualidade do sono das pessoas que descansaram num país estrangeiro melhorou 17 por cento, ao contrário do que aconteceu com a outra metade do grupo, na qual se observou uma diminuição na ordem dos 14 por cento.
A capacidade de recuperar do stress aumentou 29 por cento naqueles que foram de férias, pelo que os que não foram registaram uma quebra de 71 por cento.

 

As férias contribuíram ainda para que o grupo que viajou assinalasse uma diminuição significativa nos níveis de glicose no sangue, o que contribui para a redução do risco de diabetes e obesidade e melhora o humor e os níveis de energia.

Estudo revela:
Quanto mais tempo um homem passa a ver televisão, pior a qualidade do seu esperma, concluíram investigadores norte-americanos.
Os especialistas da Harvard School of Public Health, em Boston, analisaram amostras de esperma de 189 jovens entre os 18 e os 22 anos e concluíram que os que passam mais de 20 horas por semana em frente à televisão têm esperma de qualidade inferior, com uma concentração de espermatozóides 44 por cento inferior à dos que passam menos tempo a ver televisão, noticia o DN na sua edição online.
 
Um outro factor importante na qualidade do esperma é o exercício físico, indicam os investigadores no estudo a publicar no boletim especializado British Journal of Sports Medicine. Ou seja, os homens que fazem exercício durante 15 horas ou mais por semana têm uma concentração de espermatozóides 73 por cento mais elevada do que os que fazem menos de cinco horas.
 
Em todos os casos analisados, a concentração de espermatozóides foi considerada suficiente para conceber, sublinham os investigadores.
 
Em vários países ocidentais, a qualidade do esperma está em declínio há décadas mas as razões não são cabalmente conhecidas, embora os cientistas sugiram que a vida sedentária e falta de exercício possam ser factores.
 
Para os autores do estudo, "é preciso avaliar o impacto dos diferentes tipos de actividade física sobre a qualidade do esperma porque estudos anteriores sugeriam efeitos contraditórios do exercício nas características do esperma".
Investigação abre caminho:
Uma investigação do Hospital Clínic de Barcelona abriu caminho ao desenvolvimento de um tratamento farmacológico eficaz para o...

O colangiocarcinoma é o tipo de cancro do fígado mais agressivo e que só pode ser operado em 30 por cento dos casos. Agora, uma equipa de cientistas liderada por Josep Maria Llovet, catedrático de medicina no Hospital Mount Sinai de Nova Iorque, está a desenvolver um estudo que permitiu identificar duas variantes do colangiocarcinoma.

Esta investigação abre caminho à possibilidade de, no período de oito anos, serem desenvolvidos medicamentos específicos para cada classe do tumor, informou a agência noticiosa espanhola EFE e noticiou a TSF online.

A investigação servirá para desenvolver um tratamento para uma doença cuja incidência duplicou nos últimos 10 anos.

O aumento deste tipo de cancro deve-se ao crescimento da ocorrência dos factores que o provocam, como a cirrose, que multiplica por 20 as possibilidades de ter um colangiocarcinoma, a hepatite B e C, que aumenta a probabilidade cinco vezes, e o alcoolismo, que a multiplica por dois.
O colangiocarcinoma afecta duas em cada 100 mil pessoas, sendo mais prevalente no sexo masculino - por cada 100 mulheres existem 150 homens com este tipo de cancro.

Estudo revela:
Um estudo publicado na Revista Europeia de Cardiologia Preventiva revela que as pessoas casadas têm um menor risco de ataque...

As pessoas casadas têm menor risco de ataque cardíaco, qualquer que seja a sua idade ou género, revela um estudo realizado na Finlândia e publicado na Revista Europeia de Cardiologia Preventiva.

Baseado no registo finlandês dos casos de enfarte do miocárdio entre 1993 e 2002, o estudo revela ainda que, após incidentes coronários, as pessoas casadas têm melhores prognósticos do que as que vivem sozinhas.

A base de dados registava 15330 casos de síndromes cardíacos agudos (SCA) naquele período, com pouco mais de metade (7703) a resultar na morte em 28 dias.

Estes eventos ocorreram quase tanto nos homens como nas mulheres, mas os investigadores constataram que a incidência de SCA era aproximadamente 58-66 por cento mais elevada entre os homens solteiros do que nos casados e 60-65 por cento mais alta nas mulheres não casadas do que nas casadas, e isto em todos os grupos etários.

As diferenças eram ainda maiores quando se considerava a taxa de mortalidade nos 28 dias a seguir ao ataque cardíaco, com um aumento de 60-168 por cento nos homens solteiros e de 71-175 por cento nas mulheres.

Por exemplo, a taxa de mortalidade a 28 dias em homens casados de entre 65 e 74 anos era de 866 em 100 mil pessoas por ano, mas nos não casados subia para 1792 em 100 mil por ano.

Entre as mulheres da mesma faixa etária, a diferença era entre 247/100 mil nas casadas e 493/100 mil nas não casadas.

Segundo os autores, é sabido que não ser casado ou viver sozinho aumenta a incidência de doença cardíaca e mortalidade cardiovascular, mas muitos destes estudos só consideravam os homens, faltando muitas vezes dados sobre as mulheres e as faixas etárias mais elevadas.

Os investigadores admitem que a maior vulnerabilidade cardiovascular dos solteiros possa estar ligada a diferenças na prevalência dos tradicionais factores de risco cardiovascular: "Não podemos excluir a possibilidade de as pessoas com saúde mais frágil terem maior probabilidade de ficarem solteiras ou de se divorciarem".

Sugerem também que as pessoas casadas tenham melhor qualidade de vida, hábitos mais saudáveis e níveis mais elevados de apoio social, o que corresponde a uma saúde melhor.

Outra possibilidade tem a ver com a rapidez da intervenção pré-hospitalar, assumindo que as operações de socorro começam mais cedo e com mais frequência nas pessoas que não vivem sozinhas.

Há também, acrescentam os investigadores, sinais de melhor assistência médica, tanto no hospital como após a alta: "Descobrimos que uma maior percentagem de homens casados e a coabitar receberam terapia de reperfusão na fase aguda, o que pode contribuir para melhores taxas de sobrevivência após a hospitalização. Menor adesão a medicação preventiva secundária entre os não casados pode ter um efeito adverso no prognóstico de longo prazo".

No entanto, a cientista que dirigiu o estudo, Aino Lammintausta, do hospital da Universidade Turku, na Finlândia, acredita que as diferenças não podem ser explicadas apenas pelas diferenças na rapidez da resposta ou no acesso a terapias eficazes, pelo que defende mais investigação para perceber as diferenças sociodemográficas reflectidas nos resultados do estudo.

Emagrecimento
As pessoas que almoçam mais cedo perdem cerca de mais quatro quilos que aquelas que almoçam depois das 15 horas. Este é o...

Entre mais de 400 voluntários, todos a tentar emagrecer, todos a comer os mesmos alimentos, a dormir as mesmas horas e a fazer os mesmos exercícios, uns perderam cerca de mais quatro quilos que os outros: Os que almoçavam mais cedo, revela uma notícia na visão online.
Um estudo de uma equipa da Universidade Espanhola de Murcia, em colaboração com investigadores norte-americanos de Harvard vem reforçar a teoria de que para emagrecer não basta olhar ao que se come, mas também (ou sobretudo?) quando se come.

Um grupo de 420 pessoas (metade homens, metade mulheres), a tentar perder peso, foi submetido à mesma dieta e ao mesmo tipo de exercício físico, descansando também por igual período de tempo. Aqueles que tomavam a principal refeição do dia antes das 15h00 conseguiram reduzir 12 por cento do seu peso, face aos 8 por cento alcançados pelos que almoçavam depois dessa hora. Traduzindo, são cerca de quatro quilos de diferença, em média.

Ao jornal espanhol El Mundo, uma das investigadoras envolvida neste estudo, Marta Garaulet, considera que este "é um dado importante, que temos de continuar a estudar".
O trabalho, que acaba de ser publicado na revista International Journal of Obesity, do grupo da prestigiada Nature, analisou também alguns dos genes que a comunidade científica relaciona com a obesidade e o funcionamento do "relógio" interno, tendo observado que os voluntários que comiam mais tarde tinham também a variante genética que tem sido ligada, em estudos anteriores, a indivíduos mais "vespertinos": "deitam-se mais tarde, dormem pior, têm mais tendência para a obesidade", conforme explica Garaulet.

Estudo revela:
É a prova dos nove: o melanoma, a forma de cancro da pele mais agressiva e letal, está associado à exposição solar. Há muito...

Publicado na edição desta quinta-feira da revista Nature, o artigo, da equipa de Levi Garraway, do Instituto Broad e da Faculdade de Medicina de Harvard, em Boston (EUA), o estudo permite ter a primeira observação pormenorizada da "paisagem” genética do melanoma. Nessa paisagem, os cientistas viram que a taxa de mutações genéticas que conduziram até ao melanoma era mais elevada entre os doentes com uma história de exposição crónica ao sol.

"Ao olhar para todo o genoma, pudemos descrever de forma rigorosa o padrão de mutações induzidas pela radiação ultravioleta no melanoma”, sublinha um dos autores do trabalho, Michael Berger, citado num comunicado do Instituto Broad.

Mas mais do que a confirmação de que a exposição excessiva à radiação ultravioleta pode redundar num melanoma, a sequenciação do genoma deste cancro revelou a presença de alterações genéticas até agora desconhecidas. Em concreto, descobriu-se um gene chamado PREX2, também envolvido no cancro da mama.

No melanoma, este gene estava alterado em 44 por cento dos 25 doentes estudados, refere o comunicado. Quando funciona normalmente, o PREX2 comanda o fabrico de uma proteína que impede o aparecimento de tumores, ao controlar o crescimento das células normais.

No cancro dá-se precisamente a proliferação descontrolada das células.Experiências em ratinhos, feitas pela equipa, confirmaram o envolvimento deste gene no melanoma, embora os cientistas digam que não sabem exactamente que papel ele desempenha nesta doença. "O PREX2 pode ser uma nova categoria de genes do cancro mutados que nos indicam alvos terapêuticos para o melanoma”, diz Garraway.

Nas fases iniciais, as taxas de cura deste cancro são elevadas. Em Portugal, há por ano seis a oito novos casos por cada cem mil habitantes, o que é semelhante aos outros países do Sul da Europa.

Lancet Oncology publica:
Um em cada seis casos de cancro são causados por infecções de bactérias ou vírus que, na sua maioria, poderiam ser evitadas. O...

A nível mundial, em 2008 houve 12,7 milhões de casos novos de cancro, dos quais 2 milhões foram causados por infecções, ou seja, 16,1 por cento. Em números brutos, 1,6 milhões de casos, o equivalente a 80 por cento, ocorreram em países em desenvolvimento.

Nos países desenvolvidos – na Europa, América do Norte, Japão, Austrália e Nova Zelândia –, cerca de 7,4 por cento dos casos de cancro são devidos a infecções. No resto do mundo, os países em desenvolvimento, o número sobe para 22,9 por cento. Os extremos são a Austrália e a Oceânia com 3,3 por cento de casos e a África subsariana com 32,7 por cento. Na Europa, 7 por centodos casos de cancro foram causados por agentes patogénicos.

"Apesar de o cancro ser considerado uma doença não contagiosa, uma proporção significativa das suas causas são as infecções. Os paradigmas das doenças não contagiosas não são suficientes [para combater este problema]”, dizem Catherine de Martel e Martyn Plummer, da Agência Internacional de Investigação do Cancro, em França, autores do estudo.

O último trabalho que trazia uma análise do género foi publicado em 2002. Entre 2002 e 2008, a percentagem de cancros causados por infecções baixou de 17,8 para 16,1 por cento.

Os investigadores analisaram a incidência de 27 tipos de cancros em 184 países com base em estatísticas da GLOBOCAN 2008, um projecto da Organização Mundial de Saúde que analisou a percentagem de incidência, mortalidade e prevalência dos principais tipos de cancro. A partir destes dados, a equipa estimou a proporção dos casos que nas várias regiões mundiais podem ser provocados por infecções.

"Muitas das infecções relacionadas com o cancro podem ser prevenidas, particularmente aquelas que estão associadas ao vírus do papiloma humano (HPV), à bactéria Helicobacter pylori e os vírus da hepatite B e C (HBV e HCV)”, dizem os autores em comunicado. Estas quatro doenças são responsáveis por 1,9 milhões dos casos, que na sua maioria causam cancro do colo do útero, cancro gástrico do fígado, refere a equipa.

Num comentário escrito ao estudo, Goodarz Danaei, da Escola de Medicina Pública de Harvard, Estados Unidos, diz que a investigação mostra o potencial existente nos programas de vacinação e de terapias para evitar esta epidemia nos países em desenvolvimento. "Uma vez que existe uma vacinação eficaz e relativamente barata para o HPV e para o HBV, deve dar-se prioridade ao aumento da sua cobertura pelos sistemas de saúde dos países mais afectados.”

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