Uma semana antes da menstruação

Síndrome pré-menstrual

Atualizado: 
09/05/2019 - 13:11
O período que antecede a menstruação apresenta-se para muitas mulheres como uma semana de irritabilidade acompanhada de alguma tristeza e o abdómen e os seios inchados. É a síndrome pré-menstrual.

A síndrome pré-menstrual (SPM), também designada por tensão pré-menstrual (TPM), é um termo usado para descrever uma vasta série de sintomas que afectam muitas mulheres durante a segunda metade do ciclo menstrual. Evidencia-se pelo surgimento de um conjunto de sinais e sintomas que têm carácter cíclico: precedem a menstruação uma semana (ou alguns dias) e desaparecem espontaneamente, para voltar no ciclo seguinte.

A SPM inclui diversos sintomas e estima-se que até 75 por cento das mulheres sofram um ou mais desses sintomas todos os meses. Esses sintomas podem incluir: peito sensível, estado depressivo, ansiedade, dores de cabeça, cansaço, irritabilidade e agressividade, abdómen inchado e desejo de certos alimentos.

Os sintomas da SPM são mais notados por mulheres entre os 20 e os 30 anos, embora todas as mulheres menstruadas sejam susceptíveis à SPM. Para a maioria das mulheres, os sintomas causam apenas dificuldades ou desconforto suave a moderado, embora a SPM possa ser grave em alguns casos. A esses casos chama-se transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM).

Ainda não são totalmente conhecidos os factores que provocam a SPM, parece, no entanto, haver uma relação desta síndrome com a progesterona resultante da ovulação, embora a sua acção não é isolada. Ou seja, é a resposta do organismo à alteração dos níveis hormonais associada ao ciclo menstrual. Há especialistas que apontam que a SPM pode também ter a ver com alterações químicas no cérebro e que uma dieta pode ter algum impacto (sobretudo alimentos salgados e bebidas com cafeína).

Existe, ainda, o factor predisposição individual, eventualmente ligado à hereditariedade. Há uma susceptibilidade individual que parece decorrer de influência familiar. A obesidade e o sedentarismo podem, também, contribuir para o surgimento da síndrome pré-menstrual, sendo esta mais frequente nas mulheres jovens obesas e que praticam menos exercício físico.

Há várias maneiras de diagnosticar a SPM, mas não há nenhum teste definitivo para tal. Por isso valerá a pena manter um diário durante 3 ou 4 meses onde sejam anotados todos os sintomas físicos e mentais que vá sentindo no dia-a-dia, juntamente com as datas dos períodos menstruais. Decorrido esse tempo, é provável que já consiga reconhecer um padrão de sintomas, ainda que o padrão possa variar de ciclo para ciclo, é um princípio.

Como aliviar os sintomas

Há uma série de opções à sua disposição para aliviar os sintomas, mas pode ter de fazer algumas experiências e enganar-se algumas vezes, até encontrar o método ideal para o seu organismo. Especialistas apontam para os benefícios da conjugação das técnicas de gestão de stress com o aumento da actividade física.

Alguns dos procedimentos mais directos que têm mostrado ser uma boa ajuda, são beber muita água e fazer uma dieta equilibrada. É boa ideia ingerir muita fruta e vegetais frescos e diminuir o consumo de sal, açúcar e alimentos processados. Deve-se, igualmente, evitar a cafeína (que entra na composição de chá, café e cola) e o álcool. Banir da ementa refeições pesadas é fundamental para não agudizar a síndrome pré-menstrual, daí que seja importante dar atenção aos excessos alimentares, que são frequentes nas mulheres com este tipo de sintoma.

Praticar exercício físico regular também pode ajudar, principalmente porque o exercício reduz o stress e a tensão e pode levantar a moral. Se sofre de SPM, verá que andar a pé, nadar e correr reduz os sintomas – experimente fazê-lo durante 30 minutos, 3 vezes por semana.

Se estas simples mudanças de estilo de vida não a ajudarem a gerir a SPM, o seu médico pode receitar-lhe uma pílula contraceptiva que tem dado resultado. O seu médico pode também considerar outras terapêuticas hormonais e, no caso de SPM extremo, prescrever-lhe antidepressivos.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
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