Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo anunciou a contratação de 154 médicos, o que vai permitir atribuir...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) indicou que os médicos vão iniciar funções nos Agrupamentos de Centros de Saúde até novembro, tendo a contratação ocorrido no âmbito do concurso nacional de recrutamento de médicos recém-especialistas de Medicina Geral e Familiar para as diversas unidades do Serviço Nacional de Saúde.

De acordo com a ARSLVT, em 2014 foram contratados 53 médicos, número que aumentou para 120 em 2015 e para 140 em 2016.

“Nesta 1.ª época de 2017, foram preenchidas 154 vagas e a expetativa é que seja possível aumentar ainda mais este número na 2.ª época de 2017”, reforçou em comunicado.

Segundo a entidade gestora das unidades de saúde da região, a contratação dos novos clínicos continua a melhorar a “resposta assistencial de proximidade aos utentes, proporcionando cuidados de qualidade nos centros de saúde”.

O concurso a nível nacional contava com cerca de 290 vagas para 317 candidatos e a ARSLVT tinha cerca de 218 vagas previstas, tendo sido preenchidas 154.

SNS
A Associação das Termas de Portugal, que representa 42 balneários do país, tem a decorrer uma petição que reúne já mais de 6...

Em declarações, a presidente da associação recorda que os reembolsos diretos do Estado relativos a despesas com tratamentos de medicina hidrológica foram suspensos em 2011, deixando assim "mais de 30.000 utentes" sem acesso a cuidados termais particularmente recomendados para problemas do foro respiratório, músculo-esquelético e dermatológico.

"O fim da comparticipação resultou de imposições da ‘troika’, mas, como as termas e outros especialistas já alertaram na altura, não teve o efeito de poupança pretendido, porque a maioria dos tratamentos termais são para doenças crónicas e o que se verificou foi apenas que a despesa nos balneários foi deslocalizada para outras terapias - porque, se um doente crónico não pode tratar-se nas termas, continuará sempre a ter que tratar-se noutro sítio", explica Teresa Vieira.

"Isso significa também que os utentes do SNS se viram forçados a trocar um tratamento com águas 100% naturais por terapêuticas que na maioria das vezes envolvem fármacos, com tudo o que isso implica de prejuízo para o nível da qualidade da sua saúde", acrescenta a mesma responsável.

A situação será mais grave no caso dos termalistas infantis, que Teresa Vieira diz "cada vez mais sujeitos a alergias e problemas das vias respiratórias", e se veem agora com acesso limitado a tratamentos termais "cujos efeitos na sua saúde já foram comprovados em toda a linha".

O regresso das comparticipações do Estado para tratamentos hidrológicos visa também "repor a justiça" para com as estâncias termais que em 2004, após nova legislação sobre a matéria, "fizeram investimentos avultados nos seus estabelecimentos, na expectativa de os recuperarem com um fluxo de utentes a que o SNS veio depois impor um corte significativo".

Para a presidente da Associação das Termas de Portugal, repor os referidos reembolsos será também uma garantia de "coerência" por parte do Estado, cuja estratégia económica passa por captar consumidores estrangeiros para o Turismo de Saúde e por promover internacionalmente os balneários termais do país como providos de águas terapêuticas de "riqueza excecional".

"Como as termas só podem funcionar onde esta água fantástica estiver e os balneários empregam recursos muito qualificados, também ajudam a fixar população", realça Teresa Vieira. "Valorizar os equipamentos termais é, portanto, não apenas uma questão de saúde pública, mas também uma forma de assegurar a sustentabilidade de um produto turístico que é de exceção", reclama.

A petição para "Levantamento da suspensão dos reembolsos diretos das despesas com os tratamentos termais dos utentes do SNS" está a ser disponibilizada presencialmente aos aquistas dos 42 balneários afiliados na Associação das Termas de Portugal e também no ‘site’ "Petição Pública".

O documento que serve de base à recolha de assinaturas refere que a suspensão das comparticipações do Estado em tratamentos termais afetou sobretudo a população de mais baixos rendimentos e, entre essa, aquela com residência nas regiões mais interiores do país.

No conjunto de "impactes imediatos e irrecuperáveis" daí resultante inclui-se também "a desvalorização dos tratamentos termais junto dos subsistemas de saúde, da classe médica prescritora e dos consumidores nacionais e estrangeiros".

Licenciadas pela Direção-Geral de Saúde como entidades prestadoras de atos clínicos e terapêuticos conduzidos por especialistas em Hidrologia Médica com inscrição na Ordem dos Médicos, as 42 estâncias termais que promovem a petição propõem-se entregar as respetivas assinaturas à Assembleia da República em meados de outubro.

Administração Regional de Saúde
A Administração Regional de Saúde do Algarve anunciou hoje a contratação de 24 médicos para reforçar os cuidados de saúde...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde (ARS) indicou que os médicos vão iniciar funções em 01 de outubro nos agrupamentos de centros de saúde do Algarve, tendo a contratação ocorrido no âmbito do concurso nacional de recrutamento de médicos recém-especialistas de Medicina Geral e Familiar para as diversas unidades do Serviço Nacional de Saúde.

De acordo com a ARS/Algarve, os 24 novos médicos vão iniciar funções em 01 de outubro, ficando treze distribuídos pelos concelhos de Lagoa, Lagos e Portimão, e onze nos concelhos de Albufeira, Faro e Loulé, ficando por ocupar as vagas em Aljezur, Silves, Vila do Bispo e Tavira.

Segundo a entidade gestora das unidades de saúde da região, a contratação dos novos clínicos “permitirá alargar a cobertura assistencial dos cuidados de saúde primários e atribuir médico de família a mais de 45.600 utentes do Algarve”.

A ARS/Algarve adiantou que o concurso permitiu preencher 238 das 290 vagas postas a concurso a nível nacional, verificando-se no Algarve o preenchimento de 24 das 33 vagas, o que corresponde à taxa mais elevada de ocupação dos últimos concursos, cerca de 72%.

Em Setúbal
A primeira licenciatura em acupuntura, certificada pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, começou esta...

À margem do fórum de cooperação de Medicina Tradicional Chinesa, em Macau, a subdiretora da Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches, Mónica Teixeira, explicou hoje que as áreas de osteopatia, acupuntura, fitoterapia, naturopatia e quiropraxia estão "totalmente regulamentadas em Portugal" com portarias respetivas aos conteúdos funcionais para os profissionais nestas áreas.

O curso de licenciatura em acupuntura no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), primeira instituição pública de ensino superior a disponibilizar oferta nesta área de conhecimento, é de quatro anos.

"Só um licenciado pode requerer cédula profissional à Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS)" do Ministério da Saúde, sublinhou Mónica Teixeira, acrescentando que só depois de publicadas as portarias que regulamentam os ciclos de estudo foi possível apresentar uma candidatura para lecionar este curso.

O IPS deu o pontapé de saída após a publicação da portaria 71-2013 sobre o acesso às profissões no âmbito das terapêuticas não convencionais, afirmou.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o uso da acupuntura e da moxabustão (terapia que se aplica aos mesmos pontos da acupuntura, mas consiste na aplicação de calor) está implementado e aprovado oficialmente em 103 países, sendo que em 18 países as mesmas técnicas são cobertas por seguros de saúde.

No Porto
O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde – i3S anunciou hoje que na segunda-feira abrirá as suas portas à comunidade...

O "i3S Scientific Platforms Open Day" será também “uma oportunidade para se conhecerem as tecnologias de ponta disponíveis, algumas delas únicas no país”, salienta, em comunicado enviado à Lusa.

Marta Teixeira Pinto, uma das organizadoras do Dia Aberto, sublinha que “uma das principais mais-valias do i3S é agregar diversas plataformas científicas, equipadas com tecnologias de ponta e coordenadas por especialistas com extensa experiência acumulada. Estas plataformas científicas desempenham um papel crucial no dia-a-dia do trabalho conducente à investigação de excelência que se faz no instituto”.

Nas plataformas do i3S, refere a organização do Open Day, “encontram-se valências únicas no país que permitem abordagens desde a escala do átomo até à do organismo, permitindo assim a realização de estudos completos que possibilitam um conhecimento aprofundado e alargado dos processos em estudo nas áreas da Biologia Estrutural, Bioquímica, Biologia Celular, Imunologia, Oncobiologia, Neurociências, Medicina Regenerativa, Bioengenharia, Modelos Pré-clínicos e Análise de Imagem”.

Esclarece que, em termos mais concretos, as plataformas científicas do i3S integram “variadíssimas tecnologias, desde a determinação da estrutura molecular com resolução atómica por difração de raio-X, passando pela genómica, proteómica, microscopia ótica avançada, microscopia eletrónica de transmissão e histologia, até à experimentação em diversos modelos animais como o rato, o ratinho ou o embrião de galinha”.

De acordo com o programa deste Dia Aberto, durante a manhã (no auditório Mariano Gago) decorrerão sessões constituídas por breves apresentações e perguntas e respostas, e, durante a tarde, os participantes poderão visitar as plataformas que mais os interessem, tendo a oportunidade de debater questões mais específicas com os respetivos coordenadores.

A participação no "i3S Scientific Platforms Open Day" é livre e gratuita, mas sujeita a inscrição.

O i3S resultou da união de três dos mais conceituados centros científicos da Universidade do Porto: o Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), o Instituto Nacional de Engenharia Biomédica (INEB) e o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular (Ipatimup).

Assumindo-se como o maior instituto de investigação português na área das Ciências da Saúde, o i3S agrega mais de mil colaboradores, 800 dos quais cientistas dedicados ao desenvolvimento de respostas aos maiores desafios da saúde da atualidade: Cancro, Neurobiologia e Doenças Neurológicas e Interação e Resposta do Hospedeiro.

Para albergar este novo "superlaboratório", a Universidade do Porto construiu de raiz, no polo universitário da Asprela, um novo edifício de 18 mil metros quadrados, uma empreitada orçada em 21,5 milhões de euros, financiada em 18 milhões por fundos comunitários no âmbito do Programa Operacional Regional do Norte, o "ON.2 - O Novo Norte".

Apifarma
O presidente da associação da indústria farmacêutica (Apifarma) considerou hoje que o subfinanciamento na área da saúde está a...

"O subfinanciamento tem-se agravado de maneira muito dramática, as dívidas acumulam-se. Há que dar um passo decisivo e espero que esse passo venha no orçamento de 2018", referiu Almeida Lopes, à margem de uma conferência sobre medicamentos oncológicos que decorreu em Lisboa.

De acordo com o presidente da Apifarma, a dívida do Serviço Nacional de Saúde (SNS) à indústria farmacêutica está situada perto dos mil milhões de euros, segundo dados de agosto.

Almeida Lopes espera que 2018 seja um "virar de página" no que respeita à dotação orçamental da área da saúde.

Sobre o acesso aos medicamentos oncológicos, o tema da conferência promovida pela associação, o presidente da Apifarma sublinhou que Portugal é um dos países que menos investe, gastando cerca de metade do que os parceiros europeus.

Instituto Nacional de Estatística
A esperança de vida à nascença melhorou em todas as regiões do país nos últimos seis anos, sendo estimada em 80,62 anos para o...

Segundo as Tábuas de Mortalidade relativas ao triénio 2014-2016, por comparação com o triénio 2008-2010, a esperança de vida à nascença em Portugal foi estimada em 77,61 anos para os homens e de 83,33 anos para as mulheres.

“Estes valores representam um ganho de 1,44 anos para os homens e de 1,14 para as mulheres” em 2014-2016, comparativamente com os valores estimados para 2008-2010, sublinha o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Apesar da esperança de vida continuar a ser superior para as mulheres, a diferença para os homens tem vindo a diminuir, sendo agora de 5,72 anos (face a 6,02 em 2008-2010).

A esperança de vida aos 65 anos atingiu 19,31 anos para ambos os sexos, no triénio 2014-2016, com os homens a poderem viver, em média, mais 17,44 anos e as mulheres mais 20,73 anos, o que representa um ganho de 0,70 anos, para ambos, face a 2008-2010.

“A diferença entre a longevidade aos 65 anos de homens e mulheres em 2014-2016 foi de 3,29 anos, retomando aos valores de 2008-2010, após um período em que se verificaram ligeiros acréscimos”, adiantam os dados

De acordo com o INE, observaram-se nos últimos seis anos “melhorias na esperança de vida à nascença em todas as regiões”.

O maior aumento registou-se na Madeira, onde a esperança de vida à nascença passou de 76,13 para 78,02 anos.

As maiores diferenças de longevidade entre homens e mulheres registaram-se na Madeira e nos Açores, onde as mulheres podem viver em média, respetivamente, mais 7,45 anos e 7,03 anos do que os homens.

Já as menores diferenças de longevidade foram encontradas nas regiões norte e centro, com 5,57 e 5,61 anos, respetivamente.

No Algarve observaram-se os valores mais elevados de esperança de vida aos 65 anos para o total da população e para as mulheres, 19,66 anos e 21,04 anos, respetivamente em 2014-2016.

A maior longevidade aos 65 anos para os homens registou-se na região norte (17,70 anos). Contudo, foi na Madeira que se verificou o maior aumento deste indicador, nos últimos seis anos, quer para homens quer para mulheres: de 13,86 para 14,99 anos e de 18,05 para 19,35 anos, respetivamente. “

“As maiores diferenças de longevidade aos 65 anos entre homens e mulheres registaram-se nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, onde as mulheres podem esperar viver em média, respetivamente, mais 4,36 anos e mais 3,71 anos do que os homens”, adianta o INE.

Na região norte verificaram-se as menores diferenças entre os dois sexos (3,13 anos), para a longevidade aos 65 anos.

As estimativas relativas à esperança de vida à nascença mostram que em nove das 25 sub-regiões NUTS III foi superado o valor nacional (80,62 anos).

As maiores esperanças de vida à nascença foram registadas no Cávado (81,45 anos), na região de Coimbra (81,25 anos) e na região de Leiria (81,24 anos), e as menores nas regiões autónomas e no baixo Alentejo, com valores abaixo de 79 anos.

Nos últimos seis anos, os ganhos mais elevados de longevidade à nascença verificaram-se na região de Leiria (2,08 anos) enquanto os menores registaram-se na região Terras de Trás-os-Montes (0,35 anos).

IPO-Porto
O médico oncologista do IPO-Porto, Joaquim Abreu de Sousa considera que as medicinas alternativas, como a homeopatia, são &quot...

O especialista falava a propósito da primeira edição da conferência internacional "Woman XXI", que decorre entre sexta-feira e sábado, na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no Porto, na qual participa numa sessão dedicada à mulher e à saúde, com o tema "Cancro no século XXI: Mitos e factos".

Segundo o médico, a homeopatia, o eletrobiomagnetismo e as dietas alcalinas são exemplos de medicinas alternativas, que se assumem como terapêuticas substitutas da medicina convencional, mas que se podem revelar "problemáticas", chegando, em alguns casos, a atrasar o tratamento do doente.

"Nos Estados Unidos, estima-se que 50% dos doentes em tratamento por cancro recorrem a algum tipo de medicina alternativa, muitas delas benéficas mas outras prejudiciais", revelou.

As terapias alternativas, continuou o oncologista, devem ser diferenciadas das terapias complementares, com a hipnoterapia, a meditação e o ioga, que têm como objetivo reduzir o efeito da ansiedade, do medo e da depressão e promover sentimentos de bem-estar emocional nos doentes, "assumindo claramente que não pretendem tratar o corpo".

De acordo com Joaquim Abreu de Sousa, outro dos mitos associados ao cancro prende-se com a própria definição da doença.

"O cancro não é uma doença única mas sim um conjunto de doenças, muito diversas entre si, cujo único mecanismo comum é a proliferação anormal de células que adquirem alterações genéticas e moleculares, bem como a capacidade de se dividir de forma constante, invadindo e interferindo com a função de outros órgãos", explicou.

Durante a sessão de debate, o especialista pretende esclarecer igualmente questões relacionadas com o sobretratamento e o sobrediagnóstico, que considera os "verdadeiros problemas" associados aos rastreios de cancro.

“Eu só preciso de tratar a doença que poderá progredir para um cancro invasivo, no entanto, quando afundo muito num rastreio, vou uma detetar doença que, provavelmente, nunca chegará a progredir”, explicou.

No entanto, "sem rastreio, não há diagnóstico precoce", considerou o médico, para quem esta é "a grande vitória no combate ao cancro, que nos permite estar a ganhar a batalha".

"O sobrediagnóstico é um problema do rastreio mas os benefícios são muito superiores ao prejuízo", asseverou.

A apresentação servirá também para o médico relacionar a incidência dos quatro tipos de cancro mais prevalecentes na mulher - mama, colo do útero, colorretal e pulmão - com o estilo de vida ocidental.

Joaquim Abreu de Sousa tenciona ainda explorar as medidas preconizadas pela Comissão Europeia para redução do risco de cancro, que passam pelo combate ao tabagismo (ativo e passivo), a procura por um peso saudável e uma dieta equilibrada, a realização de atividade física diária e a vacinação, que, atualmente, pode "prevenir muitos cancros".

Evitar o álcool, o sol em excesso, os poluentes ambientais e químicos e as fontes naturais de radiação, são outras das medidas preventivas.

Por fim, o especialista falará sobre a carga do cancro nas sociedades modernas, os custos que este representa na vida das pessoas, o estigma associado à patologia, a necessidade de se falar abertamente sobre a doença e a influência dos motores de busca ‘online'.

O objetivo da conferência internacional Woman XXI é promover o diálogo sobre questões relevantes relacionadas com a mulher, em diferentes áreas científicas, como a Sociologia, a Psicologia, a Nutrição, a Medicina, o Desporto, as Artes, a Economia, a História e o Direito.

Nesta edição, será abordada a relação com o corpo e a sexualidade, as migrações, os mitos e factos associados à depressão, a gestão entre a família e o trabalho, a violência de género e no namoro e o lugar da mulher na Ciência e nas Artes.

Estudo
Cientistas da Universidade de Oxford, em Inglaterra, desenvolveram uma substância injetável. Uma cura funcional que está a ser...

A substância injetável desenvolvida por investigadores da Universidade de Oxford, em Inglaterra, tem mostrado resultados bastante satisfatórios em pessoas infetadas com VIH. Segundo um estudo realizado por cientistas do Instituto de Investigación del Sida IrsiCaixa, esta cura funcional parece dar um impulso ao sistema imunológico, fazendo com que os níveis de VIH desçam sem que seja necessária a toma de comprimidos, escreve o Sapo.

Numa amostra de 13 doentes que foram vacinados, num estudo ainda a decorrer, cinco continuam a conseguir controlar o vírus sem medicação. Até então, nunca se tinha conseguido fazer com que os sistemas imunológicos de um número significativo de participantes num ensaio conseguissem controlar naturalmente a quantidade de vírus no sangue.

Os primeiros resultados, promissores, foram alcançados «depois de uma intervenção terapêutica, seja uma vacina ou outra qualquer imunoterapia», referiu a investigadora Beatriz Mothe, durante a apresentação do estudo em Seattle, nos Estados Unidos  da América. Segundo dados da UNAIDS Data 2017, atualmente vivem no mundo 36,7 milhões de pessoas com HIV. Dessas 30%, não sabe que tem o vírus.

Opção de tratamento
Afetando ambos os sexos, calcula-se que a acne seja a doença de pele mais frequente, atingindo prati
pilula acne

A acne vulgar é, provavelmente, a doença de pele mais comum, definindo-se como uma doença multifactorial, que envolve o pêlo e a sua glândula sebácea adjacente, e que resulta do excesso de produção de gordura e da acumulação de células cutâneas mortas. Fatores como o stress, alimentação ou alterações hormonais são apontados como as causas mais frequentes.

Apesar de comuns na adolescência, nas raparigas e mulheres 2 a 7 dias antes do período menstrual, estas alterações hormonais podem surgir em qualquer idade e estar associadas a problemas de saúde mais complexos.

“A acne afeta mais frequentemente adolescentes e adultos jovens entre os 12 e os 25 anos de idade (mulheres e homens). Contudo, pode surgir na infância – 1 a 7 anos -, o que deve alertar a algum problema subjacente. Também a mulher adulta pode ter acne (depois dos 25 anos, mantendo-se até aos 40 ou mais anos), na maioria dos casos persistindo desde a adolescência ou então surgindo de novo nessa fase da vida”, começa por explicar Marta Almeida Pereira, dermatologista do Hospital Pedro Hispano.

Os androgénos são aqui apontados como os principais responsáveis pelo aparecimento deste problema de pele. Estas hormonas “atuam, aumentando a produção de sebo na pele e contribuindo para a condição de «hiperseborreia” que, associada a outros fatores, como a proliferação de bactérias, inflamação ou alteraçoes no processo de queratinização da pele, conduzem ao aparecimento das iniciais lesões da pele: os comedões - vulgarmente designados por “pontos negros” ou “pontos brancos”.

“Quanto maior a inflamação que se observe, poderemos ter pápulas, pústulas, nódulos ou quistos como manifestações de acne cada vez mais grave”, explica a especialista.

O diagnóstico de um distúrbio hormonal associado à acne é feito em função da apresentação clínica da doença. “Na presença de acne, excesso de pêlo corporal (hirsutismo), queda de cabelo (alopécia androgenética) poderá ser levantada a suspeita de alterações hormonais e realizadas análises sanguíneas específicas”, descreve.

Contudo, de acordo com esta dermatologista, apenas um terço das mulheres com achados clínicos sofre de uma verdadeira alteração hormonal, habitualmente associada à Sindrome do ovário poliquístico. “As restantes causas, menos frequentes, relacionam-se com alterações adrenais ou hipofisárias”, acrescenta Marta Almeida Pereira.

Quanto ao seu tratamento, este baseia-se na redução na produção de gordura, na aceleração da renovação das células da pele, no controlo da infeção e na redução da infeção.

Loções, antibióticos, tratamentos laser ou fototerapia e contracetivos orais são alguns do tratamentos  que devem ser prescritos, caso a caso,  pelo médico dermatologista.

 
Na acne ligeira a moderada a pílula é recomendada em associação a tratamentos tópicos, enquanto que na acne severa é um tratamento adjuvante de tratamentos sistémicos mais agressivos

“As pílulas recomendadas no tratamento da acne são pílulas anti-androgénicas”, explica a especialista acrescentando que estas são apenas recomendadas após a primeira menstruação e sempre que os benefícios ultrapassem o riscos, uma vez que se apresentam como “um aliado em todos os tratamentos de acne na mulher, impedindo a ligação dos androgénos circulçantes à glândula sebácea da pele, melhorando a seborreia (oleosidade)”.

No entanto, fica a advertência: “as pílulas não podem ser tomadas por qualquer mulher nem em qualquer idade. Fatores como a hipertensão, o excesso de peso, o tabagismo, antecedentes de tromboembolismo ou de doenças pró-trombóticas podem limitar ou mesmo contra-indicar a prescrição da pílula. Essa avaliação deverá ser sempre feita pelo médico”, reforça Marta Almeida Pereira.

De acordo com a especialista do Hospital Pedro Hispano, em Portugal, as pílulas recomendadas para o tratamento da acne  “são as pílulas orais combinadas de etinilestradiol + acetato de ciproterona”. No entanto, recentemente surgiu uma nova opção de tratamento de segunda linha contra a acne moderada em mulheres: uma pílula combinada à base de dienogest e etinilestradiol. “Este ano, a Agência Europeia do Medicamento (EMA) anunciou esta indicação para a pílula que contém dienogest 2 mg e etinilestradiol 0,03 mg alargando o leque de opções de tratamentos disponíveis”, revela a especialista que adianta que esta foi uma das novidades discutidas na Reunião da Sociedade Portuguesa de Contraceção com um momento de debate entre vários especialistas nacionais.

A melhoria da acne com este novo tratamento demora “pelo menos três meses, com melhoria evidente ao final de seis meses e completa ao final de 12 meses”.

Aconselhada para o tratamento da acne moderada, após o insucesso de terapêuticas tópicas ou do tratamento com um antibiótico oral, a nova pílula deve, no entanto, ser utilizada apenas por mulheres elegíveis para o efeito.

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Acne solar

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Europa
O executivo comunitário está a investigar a venda de peixe adulterado para parecer vermelho e fresco e que terá provocado...

A União Europeia (UE) pediu a Espanha, país fornecedor do atum que provocou vários casos de intoxição em vários estados-membros, que tome medidas urgentes contra a fraude alimentar com atum adulterado.

A origem da crise está em lombos de atum descongelados vendidos como frescos em Espanha e que não foram preservados em conformidade com as exigências da lei europeia sobre preservação de alimentos, escreve o Sapo.

Segundo o jornal espanhol El País, nesse peixe é injetado nitratos, extrato de beterraba e partículas de outros vegetais para que a comida pareça mais fresca. Esses aditivos contêm químicos que alteram a cor do peixe, fazendo-o parecer mais vermelho e fresco.

O caso está a ser tratado pela Guarda Civil espanhola, que tem para já sete pessoas na mira, embora pelo menos 13 empresas tenham sido já investigadas por suspeita de manipulação de produto.

A fraude atinge sobretudo a venda de atum, um peixe cada vez mais procurado para fazer sushi vendido em peixarias, restaurantes e supermercados a preços mais baratos, escreve o referido jornal espanhol.

O caso terá sido detetado pelas autoridades europeias em outubro, tendo afetado mais de 25 mil toneladas de atum e gerado lucros de 200 milhões de euros, segundo cálculos da União Europeia.

Ainda segundo dados da Comissão Europeia, os primeiros dois casos de intoxicação alimentar foram detetados em França e Itália e terão sido causados por peixe vendido por uma empresa espanhola. Entretanto, já há pelo menos 171 casos confirmados de intoxicação por atum adulterado na Europa.

Entretanto o executivo comunitário anunciou esta semana uma nova investigação independente ao caso.

Países lusófonos
A falta de legislação e de formação na área da medicina tradicional chinesa são obstáculos apontados por quatro países de...

Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe realçaram a necessidade de regulamentação da prática de medicina tradicional e formação, destacando a experiência da China e de Macau, enquanto plataforma para a promoção da medicina tradicional chinesa nos países de língua portuguesa, para desenvolver a área em cada um daqueles países.

Se Angola está já na fase de criação da lei de base para a medicina tradicional, como afirmou o chefe do departamento de Medicina Tradicional do Instituto de Saúde Pública de Angola, Zinga João David, em Cabo Verde o exercício desta prática tradicional não é reconhecido pelas autoridades sanitárias, disse Enaly Claúdia Fernandes, representante do Ministério da Saúde cabo-verdiano.

Os dois responsáveis destacaram que a experiência da China e de Macau pode ter um papel importante no reconhecimento e na regulamentação da atividade.

Também São Tomé e Príncipe destacou que, apesar de integrada no sistema de saúde, a medicina tradicional carece de regulamentação, indicou Brigite de Almeida, do Ministério da Saúde.

O representante do Ministério da Saúde da Guiné-Bissau, Pedro Vaz, sublinhou a vontade de "avançar na modernização da área" da medicina tradicional, onde é ainda necessário um trabalho de base na legislação reguladora da atividade.

Já em Moçambique, a medicina tradicional está integrada no sistema de saúde do país e é fundamental para "aumentar a qualidade e o acesso aos cuidados de saúde" do sistema, que garante apenas 40% dos cuidados primários à população, afirmou o diretor do Hospital Central de Maputo, Mouzinho Saíde.

Esta realidade e o reconhecimento de que a maioria da população recorre à medicina tradicional levaram o Ministério da Saúde de Moçambique a criar o Instituto de Medicina Tradicional, encarregado da legislação, pesquisa e regulação da prática desta atividade, destacou Saíde, na intervenção na sessão de abertura do fórum.

Em 2016, o Governo moçambicano assinou um memorando de entendimento com o Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação Guangdong-Macau para aumentar a cooperação entre os dois países nas áreas da formação, investigação, promoção da medicina tradicional chinesa e intercâmbio de experiências.

Mais de 100 profissionais das áreas de fisioterapia e de clínica geral receberam formação em medicina tradicional chinesa através de especialistas da China e de Portugal.

Para Mouzinho Saíde, a integração da medicina tradicional chinesa no sistema de saúde moçambicano reforçou a aceitação de outras medicinas alternativas e promoveu reformas no sentido de garantir uma cobertura universal.

Atualmente, os médicos convencionais encaminham cada vez mais doentes para a medicina tradicional chinesa, sobretudo em casos de doenças crónicas, dor crónica e 'stress'.

O fórum de cooperação internacional de Medicina Tradicional foi organizado pelo governo de Macau e pela administração da China de Medicina Tradicional Chinesa, e tem a coordenação do Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação Guangdong-Macau, que, além de formação, promove a cooperação na área com os países lusófonos.

A presidente do parque, Yuki Lu Hong, destacou a crescente cooperação com os países de língua portuguesa nos últimos anos, não só em termos de formação de especialistas, como no comércio de produtos de Macau e da China, com grandes resultados em Moçambique.

A responsável sublinhou o trabalho com peritos portugueses e holandeses na seleção de algumas marcas dirigidas ao mercado da União Europeia, acrescentando esperar "mais progressos" nos próximos dois anos.

"No parque estão a entrar presentes instituições de investigação, departamentos governamentais e universidades de países lusófonos para criar a plataforma de ligação", no âmbito da iniciativa "Uma Faixa, Uma Rota", afirmou.

O Presidente chinês, Xi Jinping, lançou a iniciativa de investimentos "Uma Faixa, Uma Rota" em 2013.

ActiveAdvice
Investigadores do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde – Cintesis, Porto, integram uma equipa europeia num...

Os investigadores portugueses, sob a coordenação de Constança Paúl, defenderam hoje, em comunicado, que a utilização das “tecnologias pode ter um propósito preventivo (ajudando, por exemplo, a evitar quedas), ou de compensação e assistência em casos de perda de funcionalidade (por exemplo, softwares para reabilitação física ou cognitiva)”.

“Sabemos que a maioria das pessoas mais velhas prefere permanecer na sua casa, na sua comunidade – desde que seja capaz de manter um nível desejado de autonomia e de bem-estar”, sustenta Constança Paúl, que acredita que “o uso dos dispositivos de comunicação e as tecnologias podem contribuir em larga medida para aumentar o bem-estar dos idosos”.

De acordo com os censos de 2011, a população idosa portuguesa aumentou 19% na última década, o que, no entender dos investigadores, “aumenta a necessidade perceber, explicar e intervir no processo de envelhecimento, que se traduz na necessidade de se prestar cuidados a um número crescente de pessoas com idade avançada, que apresentam maior probabilidade de sofrerem problemas de saúde, perda de funcionalidade e, consequentemente de passarem pela experiência de institucionalização e/ou institucionalização”.

A investigadora Soraia Teles, também envolvida no projeto, refere que embora a utilização das tecnologias seja menor entre pessoas mais velhas, “dados Europeus de 2016 demonstram que 57% das pessoas com idades entre os 55 e os 74 anos utilizavam a Internet pelo menos uma vez por semana, o que representa um aumento significativo face a 2004, ano em que apenas 7% das pessoas deste grupo etário utilizavam a Internet”.

Também em Portugal o Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias de 2016 (INE) reporta uma taxa de utilização da Internet de 47% para a faixa etária dos 55 aos 64 anos e de 28% para a faixa etária dos 65 aos 74 anos.

Atividades como consultar notícias ou pesquisar por informação relacionada com a saúde são as mais desempenhadas online por este grupo etário, “falta agora que esse potencial seja usado para responder de forma mais eficiente aos problemas específicos da população mais idosa”, sustentam os investigadores.

“Uma maior adesão a estas tecnologias depende da sua adequação às necessidades e requisitos das pessoas mais velhas e dos seus cuidadores. É fundamental que se consciencialize o público em geral para a existência destas soluções e para os seus potenciais efeitos positivos”, acrescentam.

Constança Paúl, investigadora do Cintesis e professora no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), considera que “o que falta é que essas soluções sejam do conhecimento público e passem a ser usadas pelo grupo da população que precisa delas e pode beneficiar com o seu uso”.

As informações para idosos e cuidadores do projeto ActiveAdvice (http://activeadvice.eu/) estão em fase de desenvolvimento, encontrando-se, neste momento, disponíveis em inglês, mas segundo o Contesis, em breve, estarão acessíveis mais conteúdos, em diferentes línguas europeias, incluindo o português.

Estudo
Portugal está entre os países europeus com mais novos casos de VIH entre pessoas com mais de 50 anos, segundo um estudo...

"Nos 12 anos mais recentes, houve um aumento contínuo de novos casos de VIH em pessoas mais velhas, o que significa que é precisa mais informação e mais testes específicos para a geração mais idosa", lê-se nas conclusões do estudo do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças publicado pela revista especializada em medicina.

Em 2015, 17% dos novos casos foram diagnosticados em pessoas com mais de 50 anos. Portugal, com seis casos por cada 100.000 cidadãos com mais de 50 anos, foi o país com a quarta maior taxa de novos casos nesta idade, embora tenha diminuído o número global de pessoas mais velhas infetadas.

Estónia, com 7,5 casos, Letónia com 7,17 e Malta, com 7,15 casos por 100.000, foram os países com taxas maiores.

De 2004 a 2015, o ritmo de aumento de novos casos aumentou em 16 países, assinala-se no estudo.

"Os resultados indicam uma clara necessidade de criar programas de prevenção completos, incluindo educação, acesso a preservativos, facilidade nos testes e tratamentos virados para adultos mais velhos em toda a Europa", afirmou a principal autora do estudo, Lara Tavoschi.

Acrescentou que é preciso reduzir estigmas e dizer às pessoas como se podem defender da doença, a par de um reforço dos testes, que devem ser mais acessíveis para o diagnóstico e o começo dos tratamentos ser mais rápido.

Nos países analisados - os 28 da União Europeia mais a Islândia, Noruega e Liechtenstein - a média de novos casos acima dos 50 anos aumentou de 2,1 casos por 100.000 em 2004 para 2,5 em 2015.

Isto representa 54.102 pessoas com mais de 50 anos diagnosticadas com VIH, a maior parte dos casos com a infeção em estado avançado.

Lara Tavoschi afirmou que a epidemia de VIH está a evoluir num sentido diferente do que se pensava, "potencialmente devido à pouca consciência da doença entre os mais velhos, as formas de transmissão, o que leva a equívocos e pouca noção dos riscos que correm".

"O nosso estudo mostra a necessidade de garantir que todas as idades são abrangidas pelos serviços de saúde competentes", salientou.

No caso das pessoas com mais de 50 anos, doenças características da idade, como complicações cardíacas, de fígado e rins, podem acelerar a progressão do VIH, aumentando a mortalidade.

Quanto a pessoas mais novas, no estudo indica-se que as taxas de infeção com o VIH diminuíram em seis países: Áustria, França, Holanda, Noruega, Portugal e Reino Unido.

Estudo
Cientistas portugueses descobriram, num estudo com ratinhos, que a suscetibilidade à malária depende do metabolismo do...

No estudo, publicado na revista Nature Microbiology, a equipa do Instituto de Medicina Molecular (iMM), coordenada por Maria Mota, concluiu que uma dieta rica em gorduras altera o estado metabólico, aumentando o chamado stresse oxidativo, que trava a progressão da infeção.

A descoberta, segundo a primeira autora do artigo, Vanessa Zuzarte Luís, poderá ajudar a perceber por que pessoas com anemia falciforme, uma doença genética do sangue caracterizada por níveis elevados de stresse oxidativo das células e com forte prevalência em África, onde a malária é endémica, estão protegidas contra a infeção.

A investigadora adiantou à Lusa que as conclusões podem vir a explicar também por que a tribo nómada africana 'fulani', que tem uma alimentação rica em gorduras saturadas, que inclui leite, banha e óleo de palma, é resistente à malária.

"Achamos, [neste caso], que parte da proteção destas pessoas poderá estar relacionada com o mecanismo do stresse oxidativo que os lípidos provocam no fígado", afirmou.

Segundo Vanessa Zuzarte Luís, se se compreender por que é estes dois grupos populacionais - um com uma doença genética do sangue e outro com uma dieta alimentar rica em gorduras que, em ambos os casos, provocam alterações metabólicas que barram a infeção pelo parasita da malária - "talvez se consiga usar esse mecanismo para proteger todas as outras" pessoas da doença, antes de o parasita se multiplicar, contaminar o sangue e surgirem sintomas, isto é, quando ainda está alojado no fígado.

Uma vacina ou um suplemento alimentar que ativem o stresse oxidativo das células hepáticas pode ser uma potencial ferramenta de prevenção da malária. "Mas ainda estamos longe disso", admitiu a cientista.

No estudo, a alteração metabólica produzida nos ratinhos foi "muito rápida e transitória".

Quando os roedores regressaram aos hábitos alimentares antigos, menos ricos em gorduras, passaram "a ser suscetíveis à infeção da malária".

Para Vanessa Zuzarte Luís, a alteração metabólica, quando gerada, "não é um dano permanente" no hospedeiro, mas causa um "dano colateral" no parasita.

Na experiência, a equipa constatou que, ao fim de quatro dias, os ratinhos infetados com o parasita 'Plasmodium berghei' (o parasita da malária dos roedores), e sujeitos a uma dieta rica em gorduras, tinham uma carga parasitária menor no fígado, quando comparados com outros roedores de um grupo de controlo.

"Cerca de 90% dos parasitas foram eliminados no fígado" ao fim desse tempo, assinalou Vanessa Zuzarte Luís.

A investigadora adiantou que 30% dos animais "não desenvolveram infeção sanguínea" e os restantes, apesar de a infeção atingir os glóbulos vermelhos, "não sofreram da doença na forma mais severa" porque "têm menos carga parasitária no sangue", dado que possuem "menos carga parasitária no fígado".

Num passo seguinte, a equipa científica mimetizou a dieta alimentar rica em gorduras, e o mecanismo metabólico, numa droga injetada em culturas de células de fígado humano infetadas com o parasita da malária dos roedores. No final, o parasita não sobreviveu.

29 de setembro - Dia Mundial do Coração
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular alertou para a necessidade de os portugueses reconhecerem os sintomas de...

A propósito do Dia Mundial do Coração, que se assinala sexta-feira, a Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) recordou que a maioria (60%) dos portugueses não reconhece os sintomas do enfarte.

“Os sintomas mais comuns, para os quais as pessoas devem estar despertas, são a dor no peito, por vezes com irradiação para o braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade”, explicou o presidente da APIC, João Brum Silveira.

Na presença destes sintomas, prosseguiu, “é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica (112) e esperar pela ambulância que estará equipada com aparelhos que registam e monitorizam a atividade do coração e permitem diagnosticar o enfarte”.

“A pessoa não deve tentar chegar a um hospital pelos seus próprios meios. Cerca de metade dos doentes recorrem a um centro sem capacidade para realizar o tratamento, o que conduz a um atraso significativo no início da terapêutica mais adequada. Esta situação não acontece quando se liga para o 112”, sublinhou.

O enfarte agudo do miocárdio ou ataque cardíaco ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes.

Esta obstrução é habitualmente causada pela formação de um coágulo devido à rutura de uma placa de colesterol, esclarece a APIC.

Sociedade Portuguesa de Oncologia
A Sociedade Portuguesa de Oncologia está a apelar a todos os doentes e sobreviventes de doença oncológica que preencham o...

Ao longo dos últimos anos a Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) tem apostado em conhecer melhor a sua área de atuação, as preocupações e perceções profissionais de saúde, bem como da população portuguesa. Em ano de celebração dos 35 anos de atividade considerou essencial aprofundar o conhecimento sobre as perceções de doentes e pessoas com antecedentes de doença oncológica. São estes os principais atores no panorama da doença, vivenciando e experienciando em primeira mão tudo o que envolve a patologia oncológica. São os doentes e sobreviventes que podem dar a conhecer o impacto que o cancro teve/tem na sua vida e nos que lhes são próximos.

“Com este inquérito pretende-se ficar a conhecer a valorização que fazem dos cuidados de saúde, os aspetos positivos e os pontos que podem melhorar nos cuidados de saúde, através das suas experiências e opiniões. Assim, será possível compreender de forma mais integrada, a realidade dos doentes oncológicos”, afirma Gabriela Sousa, presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia.

Em primeiro lugar, procura-se alcançar o impacto do cancro na vida do doente e identificar as suas principais preocupações. É ainda importante compreender o que mais valoriza o doente ao longo de todo o processo de tratamento, as suas visões sobre a realidade oncológica em Portugal e apontar quais as áreas a serem melhoradas nos cuidados de saúde a serem prestados aos doentes oncológicos.

O inquérito “Cuidados de saúde em Oncologia: a visão dos doentes” destina-se a todos os doentes e pessoas com antecedentes de doença oncológica existentes em Portugal. Podem ter acesso ao seu preenchimento através do site www.inqueritooncologia.pt. O apelo ao preenchimento do inquérito está a ser divulgado através das associações de doentes e de informação presente nos espaços hospitalares.

O desenvolvimento deste inquérito conta com o apoio da Novartis. Já em 2015, a SPO e a Novartis uniram-se para promover um inquérito que procurou perceber quais são as perceções e preocupações dos profissionais que lidam com a Oncologia diariamente. O inquérito mostrou que 74% dos profissionais de saúde que lidam com a Oncologia defendem que em Portugal existem demasiadas assimetrias regionais no que diz respeito à prevenção, diagnóstico e tratamento do cancro. 82% concordaram ainda que o Governo não faz o investimento necessário para que os doentes oncológicos tenham acesso às terapêuticas mais avançadas e eficazes.

Dia Europeu do Ex-Fumador
O Dia Europeu do Ex-fumador que se celebra hoje, 26 de setembro, foi criado em 2013 pela Comissão Eu

Em Portugal, o embaixador do dia Europeu do Ex-Fumador é o músico Zé Pedro, conhecido guitarrista dos Xutos & Pontapés, que tem sido um bom exemplo de como é possível deixar de fumar e com isso ganhar anos de vida e ganhar anos com mais qualidade de vida.

A maioria dos fumadores é dependente da nicotina, uma substância cuja capacidade de provocar dependência é, segundo vários estudos publicados, apenas comparável à heroína, à cocaína e ao álcool. Por isso, conseguir deixar de fumar é uma vitória que nunca é demais festejar e parabenizar pelos amigos, familiares e profissionais de saúde.

Todos os fumadores que lutam contra o tabaco devem ser encorajados e apoiados no caminho árduo e penoso que é deixar de fumar.

Um aspeto importante a salientar no sentido de promover uma vida sem tabaco é o ganho em termos de saúde que se obtém logo após deixar de fumar e que se mantém até mais de uma década depois.

De facto, cerca de 20 minutos sem fumar o ritmo cardíaco abranda, 12 horas depois o nível de monóxido de carbono no sangue regressa aos valores normais, 2 a 12 semanas depois o risco de sofrer um enfarte do miocárdio diminui e a função pulmonar melhora, 10 anos depois o risco de cancro do pulmão é cerca de metade do de um fumador (o risco de outros cancros como o da boca, faringe e esófago também diminui) e mesmo após 15 anos há benefícios, uma vez que o risco de doença coronária passa a ser semelhante ao dos indivíduos que nunca fumaram.

Se por um lado é muito difícil quebrar o hábito de fumar, por outro, e ao contrário do que muitos fumadores, sobretudo os que fumam há décadas, possam pensar, nunca é tarde demais para deixar de fumar.

Embora os benefícios sejam maiores quando se deixa de fumar antes dos 30 anos de idade, mesmo ao deixar de fumar aos 50 anos de idade, o risco de morte diminui e a qualidade de vida aumenta.

Todos os fumadores motivados para deixar de fumar devem falar com o seu médico de família para ser avaliada a necessidade de uma consulta de cessação tabágica. O apoio médico e a eventual utilização de medicação podem ser essenciais para se ser bem sucedido na luta contra a dependência da nicotina.

No dia de hoje que se celebra, deixo as minhas felicitações a todos os que venceram esta luta e se encontram hoje mais saudáveis e livre do fumo do tabaco!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Mundial da Contraceção
A Saúde Sexual e Reprodutiva é um elemento central da Saúde Pública: dos Indivíduos, das Famílias, das Comunidades e das...

Em Portugal, a acessibilidade às consultas de Planeamento Familiar, aos métodos contracetivos, à contraceção de emergência, à interrupção voluntária de gravidez, à vigilância da gravidez e ao parto em condições de segurança, está devidamente fundamentada na legislação e no quadro normativo que rege o Serviço Nacional de Saúde.

Todo este progresso, que nos colocada entre os países mais desenvolvidos da Europa foi trabalho de muitos e ao longo de muitos anos… não se pode perder o património adquirido, muito menos recuar, e ainda…devemos melhorar.

Onde chegámos:

·         O acesso a cuidados de saúde reprodutiva é universal, em condições de igualdade para todos os residentes em Portugal (portugueses e estrangeiros, legais e ilegais, homens e mulheres)1;

·         O aborto passou a ser reconhecido como tema da Saúde Sexual e Reprodutiva1;

·         94% das mulheres portuguesas com vida sexual ativa usam contraceção; A maioria das utilizadoras de contraceção usa um método moderno; progressivamente, tem-se verificado um aumento do uso de métodos mais efetivos; O preservativo é utilizado como contracetivo mas em 80% dos utilizadores como contracetivo e preventivo das doenças sexualmente transmissíveis;2

·         O número de interrupções de gravidez por opção da mulher tem diminuído progressivamente (no último ano 1,9% e entre 2008 e 2015, 10%) sendo inferior à média Europeia3;

·         A despenalização do aborto é sinonimo de aborto seguro: quase não existiu mortalidade materna relacionada com o aborto4.

O que nos preocupa:

·         O acesso e a prestação de cuidados de saúde reprodutivos tem muitas assimetrias no País, não sendo assegurados em condições igualitárias a todos os cidadãos;

·         A informação sobre as condições assistências que o Estado oferece não é universalmente conhecida;

·         40% das mulheres com vida sexual ativa e a usar contraceção, não frequentou, no último ano, consulta de Planeamento Familiar (90% adolescentes; 50% entre os 20 e 29 anos)2;

·         O uso de contraceção nos extremos da vida reprodutiva é menor, não usando contraceção 6% das adolescentes e 8% das mulheres com mais de 40 anos2;

·         A Interrupção de gravidez em mulheres de nacionalidade estrangeira voltou a aumentar em 2015 (16% em 2013, 17,2% em 2014 e 18,5% em 2015)3;

·         Em 2009 a educação sexual foi considerada obrigatória no plano curricular dos jovens. Em 2015 apenas 67,4% refere ter acesso a educação sexual/informação sobre contraceção e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis3;

A SPDC e a APF reafirmam que esta é, de facto, uma questão de Saúde pública fundamental: técnica e também política naquilo que de mais nobre existe no sentido profundo da Política - a promoção do bem-estar e segurança cidadãos, através de uma justa oferta e distribuição dos recursos em Saúde necessários e disponíveis. O acesso à saúde sexual e reprodutiva é um direito fundamental do indivíduo e uma garantia para a autonomia e desenvolvimento social.

Notas:

1Diário da República, 1.ª série — N.º 99 — 21 de maio de 2010
2Estudo das Práticas contracetivas, 2015. Sociedade Portuguesa da Contraceção, Sociedade Portuguesa de Ginecologia
3Relatório dos registos das interrupções da gravidez dados de 2015, Direção de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde, Divisão de Saúde Sexual Reprodutiva Infantil e Juvenil. DGS.
4Relatório de análise das complicações relacionadas com a interrupção da gravidez 2013 - 2014 Direção de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde, Divisão de Saúde Sexual Reprodutiva Infantil e Juvenil. DGS.

Estudo
Esta patologia tem um impacto psicológico e social, podendo impedir o progresso na aprendizagem e promover comportamentos de...

Um estudo conduzido pela International Hyperhidrosis Society concluiu que 17% dos adolescentes são afetados pela transpiração excessiva e incontrolável, uma conclusão que aponta para um valor sete vezes superior às estimativas anteriores, que reportavam prevalências na ordem dos 1,6% e 2,1%. O estudo desvendou ainda que, entre os adolescentes afetados pelo suor excessivo, 75% indicam sentirem-se diariamente incomodados por esta doença.

A hiperidrose é uma patologia que atinge cerca de 5% da população mundial. No caso dos mais jovens, os primeiros sintomas surgem aproximadamente aos 11 anos, ainda que 25% das crianças apresentam manifestações desta doença entre os dois e os 10 anos.

Com o regresso às aulas, é importante avaliar o impacto psicológico e social que a hiperidrose, assume no quotidiano dos jovens portugueses. Suar em excesso pode representar uma situação de tensão e stress, chegando a impedir o progresso na aprendizagem. Segundo dados empíricos, quem sofre de hiperidrose tem habitualmente mais dificuldade em estabelecer relacionamentos sociais, ao evitar contactos mais próximos com os outros.

Estes resultados demonstram a necessidade de diagnosticar corretamente e tratar a hiperidrose em crianças e adolescentes. As idades formativas são muito importantes no desenvolvimento da autoconsciência da criança e do adolescente e devem ser acompanhadas com uma correta avaliação das condições de saúde ao nível físico e psicológico.

Segundo Dr. João Lima Gabriel, Médico especialista na Clinica Liberty, “a hiperidrose é uma doença cuja repercussão na saúde mental pode chegar a ser incapacitante, mas que também, uma vez tratada, pode melhorar drasticamente a qualidade de vida dos pacientes. Quando a hiperidrose é diagnosticada em fase precoce, a vida do paciente pode mudar literalmente”. Acrescenta que “milhares de estudantes em todo o mundo lutam contra o suor, que diariamente afeta a sua autoestima, promovendo comportamentos de isolamento social. Algo que não faz sentido já que se trata de uma patologia que, quando identificada, facilmente se pode solucionar com o tratamento adequado”.

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