Organização Mundial da Saúde apela

Vacinação intensificada contra sarampo na Europa para “pôr fim aos vários focos”

A Organização Mundial da Saúde apelou os Estados europeus “a intensificarem a vacinação contra o sarampo aos grupos etários em situação de risco”, visando “pôr fim aos vários focos” que actualmente afectam os países e prevenir novos surtos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou que “todos os países precisam manter uma cobertura de vacinação de rotina muito elevada para que surtos semelhantes de sarampo não voltem a acontecer novamente na região europeia e possam ser eliminados de uma vez por todas”.

A agência da ONU para a Saúde estimou em 23 mil o número de casos de sarampo registados na Europa, apontando o Cazaquistão como o país mais atingido, com sete mil casos notificados entre 1 de Janeiro do ano passado e 1 de Março de 2015.

A OMS acrescentou que “um número significativo de casos de sarampo foi também reportado na Bósnia e Herzegovina, Croácia, Geórgia, Itália, Cazaquistão, Rússia, Sérvia e Alemanha”, onde começou o surto, que matou uma criança de 18 meses, em Fevereiro, por não ter sido vacinada.

No mês passado, o ministro de Saúde federal, Hermann Grohe, apelou à população para verificar os registos de vacinas dos respectivos núcleos familiares, denunciando “alguns opositores irresponsáveis das vacinas que semeiam um medo irracional”.

“Aquele que se recusa em vacinar o seu filho não só coloca essa criança em risco, mas também os outros”, disse, na altura, o ministro, num comunicado.

Mas uma porta-voz do Ministério de Saúde federal alemão precisou que não estava previsto tornar a vacinação obrigatória, indicando, no entanto, que a informação aos pais iria ser reforçada e os boletins de vacinas verificados.

Os opositores do processo de vacinação contra o sarampo na Alemanha afirmam que a vacina pode ter efeitos colaterais e que podem ser perigosos para as crianças.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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