Eurobarómetro divulga:

Um em quatro jovens portugueses acha fácil arranjar heroína

Portugal é o segundo país europeu onde mais jovens consideram fácil arranjar heroína em 24 horas.

Os jovens portugueses estão a consumir menos drogas que em 2011 mas estão entre os que consideram mais fácil arranjar algumas substâncias como heroína e as chamadas drogas legais, que até ao ano passado eram vendidas sem controlo nas smart-shops. Um eurobarómetro revela que Portugal é o segundo país onde mais jovens consideram ser fácil arranjar heroína no espaço de 24 horas, escreve a versão digital do jornal i. Apesar de a maioria achar que é difícil, quatro em cada dez são desta opinião (24%) e só na Alemanha existe um maior sentido de que é fácil obter esta droga em tão curto espaço de tempo, com 30% dos inquiridos a dizerem que o fariam sem dificuldade.

No campo das drogas legais, Portugal surge como o país em que menos jovens consideram ser impossível obtê-las num prazo tão curto: apenas 8% consideram isso pouco provável contra uma média de 20% a nível europeu. Quatro em cada dez acham fácil arranjar estas drogas contra uma média de 25%.

O eurobarómetro procurou avaliar a percepção dos jovens entre 25 e 34 anos em relação ao consumo de drogas. Em comparação com o mesmo inquérito feito em 2011, os respondentes parecem mais sensibilizados em relação aos perigos e mais receptivos a medidas que proíbam ou restrinjam os consumos, mesmo no que toca ao tabaco e ao álcool.

O inquérito da Comissão Europeia destaca que Portugal surge em contracorrente, com diminuição nos consumos de cannabis. A tendência verifica-se também no Reino Unido, na Bélgica, na República Checa e na Holanda, com uma diminuição de 5 pontos percentuais da declaração de consumos nos últimos 30 dias. Em Portugal, 84% dos jovens dizem nunca ter experimentado cannabis, acima da média europeia de 69%, e o país surge entre aqueles onde há mais jovens favoráveis à sua proibição (66%). Já 7% admitiram ter experimentado as chamadas “drogas legais” e só 38% entendem que deviam ser proibidas, o que em Portugal já acontece.

 

Fonte: 
iOnline
Nota: 
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