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Infecções fúngicas: causas, sintomas e tratamento

Atualizado: 
14/08/2019 - 12:01
Provocadas por fungos, as infecções fúngicas não têm habitualmente gravidade. Podem atingir diferentes partes do organismo provocando sintomas variáveis.
Placa de petri com cultura de fungos

Existem mais de cem mil tipos diferentes de fungos alguns deles muito agressivos e que podem provocar infecções diversas. A maioria dos fungos tem uma "fase de crescimento” e uma "fase de reprodução” e podem encontrar-se no ambiente – está carregado deles – ou mesmo nas pessoas, crescendo sobre o nosso corpo ou dentro dele.

Alguns fungos que vivem nas pessoas utilizam a queratina da nossa pele como nutriente. São os chamados "dermatófitos", o que literalmente significa "crescer na pele". Mas há outros fungos que necessitam de açúcares ou gorduras, as chamadas "leveduras", existindo diferentes tipos. Ou seja, as leveduras que fazem crescer o pão e as massas, e podem ser usadas na produção de cerveja ou ainda, as que vivem no homem. As mais conhecidas são o Candida e o Pityrosporum e estão na base das infecções cutâneas e das mucosas. Dos milhares de fungos existentes no ambiente e que caem sobre a pele ou são inalados para os pulmões, só alguns produzem infecções menores e só raramente se propagam a outras partes do organismo.

Naturalmente, indivíduos com o sistema imunitário deficiente têm maior probabilidade para contrair infecções, embora nem sempre isso ocorra. Por exemplo, os doentes de SIDA ou aqueles que recebem tratamento contra o cancro têm maior tendência a desenvolver infecções micóticas graves. As infecções por Aspergillus ocorrem com bastante frequência nas pessoas com resistência imunitária enfraquecidas.

Sintomas

As infecções fúngicas podem manifestar-se em diferentes locais do corpo e dependendo da área afectada os sintomas variam substancialmente. Ou seja, as infecções fúngicas podem desenvolver-se na pele (cutâneas), na mucosa oral e do esófago e ainda na vagina.

Diagnóstico

Uma vez que as infecções fúngicas são muito típicas no seu aspecto e provocam determinados sintomas específicos são, habitualmente, fáceis de diagnosticar. Para um correcto diagnóstico é efectuado um estudo clínico aprofundado do doente/doença, para excluir outras co-morbilidades.

Por exemplo, no caso de uma infecção vaginal, em que a suspeita de infecção por Chlamydia tem que ser eliminada, deve ser colhida uma amostra de muco vaginal e enviada para o laboratório para respectiva análise. No caso de uma infecção cutânea ou de uma onicomicose, em que o aspecto, respectivamente, da pele e das unhas, é insignificante, procede-se a uma raspagem da área infectada, sendo a pele retirada examinada cuidadosamente ao microscópio ou feita uma cultura laboratorial.

Causas

As infecções fúngicas são, obviamente, causadas por uma contaminação por fungos através dos esporos - a forma de reprodução dos fungos, comparáveis às sementes de uma planta. Os esporos têm uma elevada resistência às influências externas e, por isso, conseguem sobreviver – quase invisíveis – enquanto a sua forma de crescimento desaparece completamente.

Os fungos deste tipo não são contagiosos, embora os esporos possam ser transmitidos de uma pessoa para outra, provocando infecção fúngica nesta última. Por isso, o tratamento deve ter também como objectivo a eliminação total dos esporos, uma vez que a infecção pode voltar a manifestar-se ao fim de algum tempo ou contaminar outras pessoas.

Tratamento

A maioria das infecções fúngicas superficiais é de fácil tratamento, existindo diversos medicamentos anti-fúngicos à venda no mercado, cada um deles adequadamente formulado para o tratamento de uma área específica.

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Fonte: 
Manual Merck
Janssen Cilag
Nota: 
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