Não transmissíveis

Doenças respiratórias crónicas são as mais frequentes nas crianças

Segundo as conclusões do Conselho da União Europeia sobre "Prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das doenças respiratórias crónicas das crianças" as doenças respiratórias crónicas são as doenças não transmissíveis mais frequentes nas crianças.

A Sociedade Portuguesa de Pneumologia e a Sociedade Portuguesa de Pediatria estabelecem parceria em prol de um trabalho integrado na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das doenças respiratórias na infância. O protocolo de cooperação, assinado durante o XXX Congresso de Pneumologia, procura ainda lançar as bases para a promoção do ensino, formação e divulgação de estudos nas áreas comuns da patologia respiratória.

Segundo as conclusões do Conselho da União Europeia sobre "Prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das doenças respiratórias crónicas das crianças" as doenças respiratórias crónicas são as doenças não transmissíveis mais frequentes nas crianças. Asma e rinite alérgica encontram-se no topo das mais frequentes, sendo a asma motivo mais frequente das consultas de urgência e internamento hospitalar.

Segundo o Programa Nacional para as Doenças Respiratórias a prevalência da asma é mais elevada na população infantil e juvenil. Em Portugal a prevalência média da asma atinge mais de 11% da população no grupo etário dos 6-7 anos, 11,8% no dos 13-14 anos e 5,2% no dos 20-44 anos, estimando-se que o número total de doentes com asma activa possa ultrapassar os 600 mil.

Segundo Carlos Robalo Cordeiro, Presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia “as doenças respiratórias crónicas têm um impacto negativo no desenvolvimento e qualidade de vida das crianças. É importante desenvolver novas ferramentas para melhorar a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento das doenças respiratórias crónicas em idades precoces. Á semelhança de outros protocolos que a SPP já assinou, como seja o protocolo de cooperação com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, também este, na área da Pediatria, procura entender o doente como um todo através de uma visão e intervenção multidisciplinar”.

O acordo assinado entre as duas Sociedades vai ao encontro das directrizes do Conselho da União Europeia que recomenda aos estados membros, um trabalho integrado na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento, mediante a cooperação entre organizações de doentes e de profissionais de saúde. Para o profissional de saúde da área de pediatria, este é um protocolo que irá permitir a todos os associados usufruir do intercâmbio de conhecimento e formação existentes entre a SPP e a ERS (European Respiratory Society).

 

Fonte: 
Multicom
Nota: 
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