Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viseu

Novo projecto tenta salvar vítimas de hemorragias

A Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viseu está a participar num estudo sobre a melhor abordagem cirúrgica para salvar vítimas de hemorragia profusa, anunciou a instituição.

“Uma das causas de mortalidade mais frequentes no nosso país é a morte por hemorragia, na sequência de acidentes de viação”, refere a docente da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viseu (IPV) Helena Vala.

Neste âmbito, está a ser desenvolvido “um projecto de investigação que recriou num modelo de estudo (porco) condições idênticas, com o objectivo de analisar qual o melhor método de reperfusão que possa permitir salvar mais pacientes”, explica.

O projecto intitula-se “Melhoramentos na perfusão sanguínea cerebral e órgãos corporais durante procedimentos anestésicos”.

O Laboratório de Anatomia Patológica Veterinária da Escola Superior Agrária do IPV é uma das entidades que nele colabora, efectuando “o estudo das lesões celulares microscópicas”, refere Helena Vala.

Segundo a docente, o financiamento concedido pela Fundação da Ciência e Tecnologia ao projecto “permitiu a aquisição de tecnologia de ponta, nomeadamente no que respeita à aquisição e análise de imagens microscópicas, bem como à implementação de métodos inovadores de determinação da apoptose celular”.

A apoptose celular consiste num “mecanismo de morte celular programado”, que é “comum a muitas patologias, incluindo as doenças oncológicas”, acrescenta.

O Laboratório de Anatomia Patológica Veterinária da Escola Superior Agrária é uma das valências do IPV que presta serviço à comunidade exterior, nomeadamente a realização de autópsias para apurar a causa da morte dos animais, a análise de peças cirúrgicas para determinar a patologia ou se um tumor é benigno ou maligno.

De acordo com Helena Vala, o trabalho desenvolvido nos últimos anos pelos seus investigadores motivou o convite para este projecto, que envolve também investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, da Fundação Ensino e Cultura Fernando Pessoa e da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

Fonte: 
RCM Pharma
Nota: 
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