Em Espanha

Morreu com difteria menino não vacinado por decisão dos pais

Uma criança de seis anos, primeiro caso de difteria em Espanha desde 1987, morreu após um mês de luta contra a bactéria e de polémica sobre a vacinação, já que o menino não estava vacinado.

O anúncio foi feito pelo Hospital de Vall d'Hebron de Barcelona, onde a criança estava internada com difteria desde o fim de maio.

O tratamento foi adiado devido à dificuldade de encontrar a antitoxina na Europa, finalmente fornecida pela Rússia.

Nove crianças e um adulto que se relacionaram com a criança foram contagiados, sem no entanto desenvolver a doença, já que todos estavam vacinados, segundo os serviços de saúde da Catalunha.

O contágio da criança que os pais se recusaram a vacinar por receio dos efeitos secundários relançou a polémica sobre os riscos das vacinas e a ausência de vacinação.

“Lançamos um apelo aos pais: que vacinem os seus filhos”, declarou sábado o responsável da saúde da região da Catalunha Boi Ruiz, durante uma conferência de imprensa.

“Não há risco zero. Mas o que não se pode fazer é utilizar o facto de não haver risco zero para criar medo nos pais em relação às vacinas”, acrescentou.

“Acontecer uma coisa destas num país onde o acesso à vacinação é um direito gratuito e universal deve-nos, enquanto sociedade, fazer refletir”, acrescentou, salvaguardando que o nível de vacinação é “muito alto” em Espanha.

Em França, uma nova polémica surgiu com a morte de um bebé de sete meses que tinha recebido a injeção de duas vacinas contra a tosse convulsa, a hepatite B, a poliomielite, o tétano e a difteria.

Uma petição lançada por um especialista em cancro, Henri Joyeux, assinada por mais de 500 mil pessoas e criticada pelas autoridades francesas, denunciou a falta de vacinas diferenciadas e o perigo de uma nova vacina mais cara do que as antigas que protege de uma só vez contra seis doenças, mas que contém – segundo o especialista -“substâncias perigosas”.

A taxa de vacinação de crianças contra as doenças difteria-tétano-tosse convulsa é de 84% a nível mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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