Síndrome de Williams

Distúrbio genético torna as crianças muito extrovertidas

Na rua, numa reunião ou numa festa, as crianças com a Síndrome de Williams são as primeiras a meter conversa.

São crianças sociáveis, extrovertidas, empáticas e estão dispostas a agradar. Características que as tornam adoráveis, mas que na vida adulta lhes trazem transtornos sociais graves e que podem determinar o isolamento.

As crianças com síndrome de Williams "têm um perfil psicológico e social muito definido", explica Rosa Gonzalez, presidente da Associação de Síndrome de Williams da Espanha (ASWE), em entrevista à BBC.

O seu filho David, de nove anos, foi diagnosticado aos 21 meses com esse transtorno, descrito globalmente como o inverso do autismo.

Embora os seres humanos tenham cerca de 25.000 genes, basta a ausência de cerca de 25 genes do cromossoma 7 para que a pessoa apresente este distúrbio impercetível em exames de medicina pré-natal, escreve o Sapo. "Não são crianças doentes, mas crianças que apresentam um distúrbio no seu desenvolvimento geral", frisa Rosa Gonzalez.

Segundo a BBC, a Síndrome de Williams atinge menos de 5 em cada 10.000 pessoas. Quem sofre deste transtorno social tende a depositar muita confiança em estranhos, não se apercebendo de situações de perigo. "Como não têm maldade, acreditam que o outro também não tem", explica Rosa. Tal característica deixa estas crianças muito vulneráveis.

Por outro lado, embora consigam ter uma conversa com facilidade, carecem de boas habilidades sociais para manter um relacionamento a longo prazo. Por isso, acabam socialmente isolados. "Para eles, o mundo é um lugar muito amigável e há uma incompatibilidade entre a sua extrema cordialidade e sua incapacidade de compreender as reações das pessoas, o que pode gerar ansiedade, isolamento social e solidão", explica à BBC Phil Reed, psicólogo da Universidade de Swansea, no Reino Unido.

Fonte: 
Sapo
Nota: 
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