Estudo:

Depressão é a segunda maior causa global de invalidez

A depressão é a segunda causa mais comum de invalidez em todo o mundo, atrás somente de dores nas costas, segundo um estudo recém-publicado.

O estudo, publicado na revista científica PLOS Medicine, comparou a depressão clínica com mais de outras 200 doenças e lesões apontadas como causas de invalidez. Segundo os autores da pesquisa, a doença deve ser tratada como uma prioridade de saúde pública global.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), globalmente apenas uma pequena proporção dos doentes com depressão tem acesso a tratamento. Apesar de ser globalmente classificada como segunda principal causa de invalidez, a depressão tem um impacto variado dependendo do país e da região.

A incidência de depressão é maior em países como o Afeganistão, Rússia e Turquia e menor em locais como Austrália, China, México, Japão e Grã-Bretanha. Os países da América do Sul são classificados como nações de incidência média de depressão, assim como países como os Estados Unidos, Índia, a maior parte da Europa e de África.

“A depressão é um grande problema e definitivamente precisamos de prestar mais atenção a isso do que estamos a prestar agora”, disse a coordenadora do estudo, Alize Ferrari, da Escola de Saúde Populacional da Universidade de Queensland, na Austrália.

“Ainda há muito trabalho a fazer em termos de consciencialização sobre a doença e também em descobrir formas de tratá-la com sucesso”, disse. “O peso da doença é diferente entre os países. Ele costuma ser maior em países de rendimentos médios ou baixas e menor em países de elevados rendimentos”, observou.

Segundo a mesma responsável, as autoridades já fizeram um grande esforço para consciencializar sobre a doença, mas “ainda há muito estigma associado à saúde mental”. “O que uma pessoa reconhece como causa de invalidez pode ser diferente de outra pessoa e pode ser diferente entre os países também. Há muitas implicações culturais e interpretações envolvidas, o que torna mais importante aumentar a sensibilização sobre o tamanho do problema e também os sinais de como detectar isso”, diz. Os dados - do ano 2010 - seguem os padrões de outros estudos semelhantes realizados em 1990 e em 2000 sobre depressão em todo o mundo.

Fonte: 
Diário Digital
Nota: 
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