Estudo

Consumo de ómega 3 reduz em 10% risco de morte por enfarte

O consumo de ácidos gordos ómega 3, presentes em peixes como salmão, sardinha e anchova, diminui em 10% o risco de morrer por ataque cardíaco, confirma um estudo publicado nos Estados Unidos.

Os investigadores analisaram os níveis de ómega 3 no sangue e nos tecidos de participantes de 19 estudos realizados em 16 países, segundo o artigo publicado na revista médica JAMA Internal Medicine, escreve o Sapo.

Os cientistas descobriram que o ómega 3 "está associado a um risco 10% menor de ataque cardíaco fatal", ainda que essa correlação não tenha sido observada em enfartes não mortais. Isso sugere "um mecanismo mais específico para os benefícios do ómega 3 relacionados com a morte", dizem os investigadores citados pela agência de notícia France Presse.

Os novos resultados "oferecem o quadro mais completo obtido até hoje sobre os efeitos preventivos do ómega 3 contra as doenças cardíacas", comenta a coautora do estudo Liana Del Gobbo, da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, na Califórnia.

Onde podemos encontrar ómega 3?
O ómega 3 está presente tanto em vegetais como em frutos do mar e em alguns peixes, que também são ricos em proteínas específicas, vitamina D, selénio e outros minerais e elementos, dizem os cientistas responsáveis pelo referido estudo.

Nos vegetais, o ómega 3 está presente em nozes, óleo de linhaça, óleo de canola e em algumas outras sementes.

O novo estudo oferece "uma oportunidade sem precedentes para compreender como biomarcadores sanguíneos de diferentes gorduras e ácidos gordos se relacionam com diferentes estados de saúde", afirmou o autor sénior Dariush Mozaffarian, da Escola de Nutrição da Universidade de Tufts.

Os investigadores estudaram mais de 45.630 pacientes. Desses, 7.973 sofreram ataques cardíacos pela primeira vez, com 2.781 óbitos.

"Os resultados de diversos estudos foram similares independentemente de idade, sexo, raça, presença ou ausência de diabetes, uso de aspirina ou de medicamentos para baixar o colesterol", esclarece ainda Del Gobbo.

Fonte: 
Sapo
Nota: 
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