No próximo ano

Câmara de Lisboa vai realizar estudo sobre saúde mental nas escolas da capital

A Câmara Municipal de Lisboa vai realizar um estudo epidemiológico sobre saúde mental infantojuvenil, nas escolas da capital, previsto para o próximo ano, anunciou hoje o vereador dos Direitos Sociais, Manuel Grilo.

“Cremos que há muitos problemas entre a população infantojuvenil em relação à saúde mental, mas não temos dados concretos, não temos dados fruto de um estudo rigoroso, científico”, explicou o autarca, em declarações à agência Lusa, no final da cerimónia de abertura do 1.º Fórum de Saúde Mental, a decorrer em Lisboa hoje e quinta-feira.

O vereador do BE (que tem um acordo de governação da cidade com o PS) notou na sessão que Portugal “é o segundo país com a mais elevada prevalência de doenças psiquiátricas na Europa” e garantiu que “a Câmara Municipal de Lisboa dará o seu contributo, sempre em articulação com os parceiros institucionais”.

Além do referido estudo epidemiológico, a autarquia pretende dar maior atenção ao tema da saúde mental através dos projetos ‘Prescrição social’, desenvolvido pela Unidade de Saúde Familiar da Baixa, e ‘Manicómio’, para a inclusão de pessoas com doença mental.

“Do mesmo modo, pretendemos lançar novos projetos com os vários parceiros, como é exemplo a área dos Cuidados Continuados Domiciliários Integrados, no âmbito do Programa ‘Lisboa, Cidade de Todas as Idades’, onde também se inclui a saúde mental”, referiu Manuel Grilo.

O autarca responsável pelos pelouros da Educação e Direitos Sociais acrescentou que “a introdução da dimensão da saúde mental noutros planos de intervenção social da Câmara de Lisboa também já está presente”.

"Em todos os projetos, que a partir de agora estão em curso na Câmara Municipal de Lisboa, e em particular no departamento dos direitos sociais, esta dimensão da saúde mental vai estar sempre presente”, reiterou.

Manuel Grilo vincou ainda que o 1.º Fórum de Saúde Mental "pretende dar visibilidade ao tema da saúde mental numa perspetiva holística, ao longo de todo o ciclo de vida, não se pretendendo apenas fazer um evento de discussão clínica ou académica mas, sobretudo, construir um instrumento de trabalho para novas abordagens e intervenção prática".

O diretor do Plano Nacional de Saúde Mental, Miguel Xavier, sublinhou durante a cerimónia de abertura do Fórum que é necessário "reformar a mentalidade" da população e participar em debates sobre este tema, destacando que "publicar um decreto não resolve o estigma".

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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