Acções de sensibilização sobre o sono

10% da população mundial sofre de insónia crónica

A empresa farmacêutica BIAL vai realizar hoje e amanhã, em Lisboa e no Porto respetivamente, um conjunto de acções de sensibilização sobre o sono.

Numa altura em que muitos portugueses já regressaram às suas rotinas de trabalho e de atividade escolar, a BIAL recorda a importância de equilibrar o organismo e adaptar o corpo aos horários de sono habituais através de um conjunto de ações de rua, que será realizado dia 29 de Setembro, em Lisboa, e dia 30, no Porto. Durante as ações de sensibilização será distribuída informação sobre os problemas associados à privação do sono e serão dados conselhos para uma rotina de sono tranquila.

Joana Serra, do Centro de Medicina do Sono do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, relembra que “dormir é uma necessidade básica como comer e beber e por isso o nosso bem - estar físico, mental e emocional está diretamente ligado a uma boa noite de sono”. De acordo com Joana Serra “em Portugal o sono é muitas vezes desvalorizado, sendo por isso necessário relembrar que o facto de passarmos cerca de 1/3 das nossas vidas a dormir é um sinal claro de que o sono ocupa um papel preponderante na nossa vida a nível orgânico, mas também para a recuperação cognitiva importante na consolidação da memória e aprendizagem”.

A alteração de rotinas de sono, a adaptação após férias e o regresso às aulas constituem situações passíveis de provocar profundas alterações nos ciclos de sono, fator particularmente sensível nas crianças. O corpo sente dificuldade em regressar à rotina, no que se deve essencialmente a uma questão hormonal, como explica Joana Serra: “o cortisol é uma hormona que começa a ser libertada uma hora antes de o indivíduo acordar e, quando atinge o seu pico, faz com que a pessoa desperte através da libertação de reservas de glicose que produzem energia para começar o dia. A ausência de rotinas de sono desregula este processo, sendo por isso necessário uma readaptação do organismo”.

 

Problemas de sono

A nível mundial estima-se que cerca de 10% da população mundial tenha insónia crónica, fruto de doença, desgosto, stress, entre outros fatores decisivos para a qualidade do sono. De referir ainda que 3% da população mundial apresenta insónia grave, de carácter crónico.

Os problemas de sono afetam de forma dramática a vida pessoal e profissional. Não dormir as horas necessárias pode ter diversas consequências ao nível da capacidade de concentração, memorização e raciocínio dos indivíduos. Como alerta Joana Serra “estudos revelam que quando não dormimos bem ou o suficiente, corremos maiores riscos de desenvolver doença cardiovascular, obesidade, diabetes, hipertensão, além de ficarmos mais propensos às infeções, ao envelhecimento e mortalidade mais precoces. Há também risco aumentado de desenvolvimento de doenças psiquiátricas e doenças neoplásicas”.

As ações de sensibilização terão inicio hoje, no Parque das Nações, em Lisboa, e amanhã, dia 30 de Setembro, no Cais de Gaia, no Porto, das 8h30 às 20h.

 

Fonte: 
Imago
Nota: 
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