Bolsa de Investigação 2017 em Mieloma Múltiplo

Vence o projeto liderado pelo Dr. Rui Bergantim do Hospital São João sobre decisões terapêuticas personalizadas

Da equipa liderada pelo Dr. Rui Bergantim, especialista em Hematologia Clínica, no Hospital de São João, no Porto, fazem ainda parte a Dr.ª Fernanda Trigo, também ela especialista de Hematologia Clínica no mesmo hospital e Profª Dra. Maria Helena Vasconcelos, Professora Assistente na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e líder do Grupo “Cancer Drug Resistance” do IPATIMUP/I3s..

O projeto vencedor, terá a duração de 1 ano, tem como principais objetivos identificar um conjunto de biomarcadores da resistência/ sensibilidade aos inibidores de proteossomas e imunomoduladores, medicamentos para o tratamento do Mieloma Múltiplo; estabelecer padrões de associação entre os biomarcadores identificados, principais alterações citogenéticas relacionadas com esta doença e outras características clínicas; explorar novas metodologias como as biópsias líquidas, de modo a evitar a realização de biópsias ósseas invasivas e dolorosas e, estabelecer correlações entre os resultados obtidos neste projeto com a resposta dos doentes com Mieloma Múltiplo aos medicamentos e o desfecho do tratamento em termos de tempos de sobrevivência sem doença e global, contribuindo deste modo para a estratificação dos pacientes e terapêutica individualizada.

Esta 1ª edição da Bolsa de Investigação em Mieloma Múltiplo é uma iniciativa da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), da Sociedade Portuguesa de Hematologia (SPH) e da Amgen Biofarmacêutica e a cerimónia de entrega do Prémio à equipa vencedora (no valor de 15.000 Euros) decorreu hoje, pelas 18h00, na Fundação Calouste Gulbenkian e contou com a presença do Sr. Ministro da Saúde, Prof. Dr. Adalberto Campos Fernandes.

Nas palavras do Dr. Rui Bergantim, “A introdução de novos fármacos no tratamento de Mieloma Múltiplo (MM), tem proporcionado uma melhoria significativa na sobrevivência global dos doentes, de 2 para 5 anos. No entanto, o MM é uma doença oncológica rara e ainda considerada incurável. Enquanto alguns doentes reagem bem aos tratamentos, outros mostram uma grande resistência à terapêutica. Assim, impõe-se a necessidade de encontrar formas de estratificar os doentes para orientar as decisões terapêuticas. Estamos convictos que receber esta Bolsa muito nos irá ajudar a prosseguir a investigação de forma mais célere.”

Fonte: 
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Nota: 
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