6º episódio do podcast Vidas tem como convidado Daniel de Vicente, Presidente da ASMD Espanha
O novo episódio do podcast Vidas, lançado hoje, é dedicado às doenças raras, em particular à deficiência de esfingomielinase...

“A nível europeu, a Eurordis, Rare Diseases Europe, está a desenvolver um plano de ação europeu que dê atenção integrada às pessoas com doenças raras. (…) Que melhore os cuidados de saúde ao nível do diagnóstico, tratamentos e melhor acesso aos mesmos. (…) Que trabalhe os cuidados de saúde de uma forma transfronteiriça, que, independentemente do país onde o cidadão europeu viva, a sua doença seja encarada e tratada da mesma forma, equitativa e igual", refere Daniel de Vicente,

A ASMD é uma doença rara de origem genética, com atividade enzimática deficitária, que causa sintomas graves e crónicos, em particular no baço, no fígado, nos pulmões, no estômago, e também nos ossos, que vão progredindo ao longo do tempo, levando a uma morte prematura. Em Portugal estima-se que afete 0,4 casos em cada 100 mil recém-nascidos, e no mundo um em cada 200 mil recém-nascidos1. Em Espanha existem cerca de 35 pessoas diagnosticadas com ASMD. Daniel de Vicente foi diagnosticado com ASMD aos 36 anos, mas os primeiros sintomas começaram muito mais cedo, por volta dos 4 ou 5 meses de idade. Os sintomas eram vários e podiam corresponder a outras doenças. Reconhece que um diagnóstico tão tardio não é normal e que o tempo de diagnóstico de ASMD melhorou bastante. Por isso, refere também a importância do rastreio pré-natal, que exista uma uniformização entre os diferentes países europeus, onde ainda existem muitas assimetrias. Na sua opinião, este é um momento de esperança para os doentes com ASMD, suas famílias e cuidadores, mas para tal é fundamental que exista equidade de acesso a nível europeu.

Atualmente, de acordo com a Comissão Europeia, 95% das doenças raras existentes ainda não têm terapêuticas disponíveis. Nestes casos, a carga social da doença é elevada, quer para o doente, quer para o Serviço Nacional de Saúde, e a chegada de um medicamento inovador é muitas vezes a única esperança, especialmente quando a doença é muito grave.

Entre 2018 e 2021, foram aprovados 61 novos medicamentos para doenças raras na Europa. No mesmo período, em Portugal, foram aprovados apenas 28 novos medicamentos, menos de metade. A média europeia é de 24 novos medicamentos aprovados para tratar doenças raras.

A aposta na investigação e desenvolvimento de medicamentos órfãos tem sido uma prioridade de Saúde Pública no quadro atual da União Europeia (UE). Em 2022, havia 146 medicamentos inovadores para tratar doenças raras. Só o ano passado a Agência Europeia do Medicamento (EMA) autorizou mais 24 novos medicamentos para doenças raras (41% do total de novos princípios ativos autorizados durante o ano). Apesar destes avanços, há ainda um longo caminho a percorrer.

Em Portugal, apenas estão disponíveis 46% dos medicamentos órfãos aprovados na Europa, de acordo com os dados mais recentes de acesso a medicamentos inovadores na Europa3.

Para os representantes das Associações de Doentes das pessoas que vivem com doença rara em Portugal é uma prioridade garantir o acesso dos portugueses aos novos tratamentos, que já estão disponíveis nos outros países da Europa.

Em Portugal os doentes com ASMD são acompanhados pela Associação Portuguesa de Doenças do Lisossoma (APL), que procura ajudar e a apoiar os doentes e as suas famílias, em diferentes vertentes, emocional, social, cultural, administrativa, médica, técnica e financeira.

O podcast Vidas, que conta agora com seis episódios, é o primeiro podcast português a focar-se exclusivamente em entrevistas a doentes e aos seus familiares para que estes possam partilhar as suas histórias. Neste último episódio alerta para a importância do envolvimento dos doentes, da partilha de informação e da equidade nas doenças raras.

 
Jornada analítica trouxe melhorias no abastecimento aos serviços
A análise e otimização de dados, desenvolvida pela LTPlabs, permitiu otimizar a gestão de stocks na cadeia de abastecimento da...

Os últimos anos, fortemente marcados pela pandemia, durante 2020 e 2021, conduziram a uma natural política de reforço de stocks, por motivos de segurança clínica e operacional, originando uma concentração de inventário nos hospitais. À medida que a pandemia se foi dissipando, foi aumentando o risco de menor rotação dos stocks de segurança e potencial obsolescência dos materiais. A este cenário juntou-se a criação de um centro de distribuição, que movimenta 20 mil materiais distintos por ano e, nos anos seguintes, a expansão da rede CUF, com a abertura de novos hospitais e clínicas. Proceder a uma intervenção eficaz tornou-se uma necessidade, por forma a não colocar em causa a sustentabilidade ambiental e económica.

Focada em potenciar a redução do desperdício de stocks e melhorar processos, a LTPlabs, empresa portuguesa especialista em análise avançada de dados, apoiou a implementação de uma jornada analítica que, entre outras iniciativas, incluiu um algoritmo para gestão do aprovisionamento, capaz de reduzir em 50% o stock em diversos pontos da cadeia (como armazéns centrais e armazéns hospitalares, por exemplo), com melhorias na disponibilidade do stock e do nível de serviço no abastecimento.

“Em 2021, realizámos um diagnóstico profundo aos processos de toda a cadeia de abastecimento da CUF e, identificados os pontos a melhorar, avançámos com esta jornada analítica, que, entre outros, criou este algoritmo sofisticado, do ponto de vista analítico, que permite uma automatização de processos de aprovisionamento e a melhoria da gestão da cadeia. Estamos muito orgulhosos com o resultado: em dois anos e meio, durante a nossa colaboração com a CUF, o stock reduziu de 16 milhões de euros para 9 milhões de euros”, revela José Queiroga, Manager na LTPlabs.

Na prática, a empresa desenvolveu, até ao momento - em conjunto com a Direcção de Compras e Logística da CUF -, mais de 20 iniciativas - entre as quais um algoritmo de aprovisionamento -, essencialmente relacionadas com a redução de stocks, com a eficiência dos processos operacionais, em particular no centro de distribuição e com enablers, sendo exemplo das ações implementadas a redefinição do modelo organizativo, a construção de um dashboard de monitorização, entre outras medidas.

A eficiência, originada pelo algoritmo e sustentada pelas restantes iniciativas, permitiu também a optimização do espaço necessário para armazenagem e melhoria da gestão do stock existente, garantindo sempre uma resposta adequada (e, em muitos casos, melhor) às necessidades diárias da atividade clínica da rede CUF.

“Foi criada uma dinâmica de promoção da eficiência logística, com o objetivo de alterar o paradigma da tradicional gestão vertical de stocks, unidade a unidade, para uma gestão centralizada que permitiu acelerar o consumo de stock existente, recolocando-o em hospitais com capacidade para o usar, ou efetuando devoluções aos fornecedores, dando assim a possibilidade dos materiais terem outro fim, e ser assim evitado o seu descarte ou abate. Foi, igualmente, possível evoluir da tradicional abordagem de comprar para stock, para uma visão mais eficiente de comprar para consumo, levando a uma redução considerável do empate de fundo de maneio. Acreditamos que em outros hospitais do país, a implementação de um modelo semelhante possa representar uma franca melhoria para a gestão e eficiência de stocks, tal como constatamos na nossa rede”, esclarece Ricardo Bastos, Diretor de Compras e Logística da CUF.

“A jornada analítica implementada na nossa cadeia de abastecimento, promoveu uma cultura de processo e de controlo de indicadores e permitiu-nos, nos últimos 6 meses, continuar este caminho de eficiência de forma autónoma e sustentada, conseguindo reforçar ainda mais a optimização de stock”, acrescenta.

 
 
Cláudia Ferreira é a nova diretora de P&O
A Novartis Portugal tem uma nova liderança de recursos humanos: Cláudia Ferreira assumiu no final de 2023 a função de Diretora...

Com formação em Relações Públicas e uma pós-graduação em Recursos Humanos, Cláudia confessa-se apaixonada por negócio e pessoas, com uma visão notável para descobrir a melhor combinação para ambos. A sua especialização profissional está ligada à transformação organizacional e gestão da mudança, mas também ao coaching, remuneração e benefícios, gestão de talentos e relações laborais. 

“Quero ajudar a criar experiências personalizadas para cada colaborador, de forma a encontrar formas de inspiração para o seu melhor desenvolvimento profissional e pessoal, através da identificação dos pontos fortes de cada um e da forma como se enquadram nas necessidades estratégicas da empresa”, afirma Cláudia Ferreira.

Cláudia Ferreira iniciou a sua carreira na área de Procurement em empresas como a Boehringer Ingelheim, Brandmill e Divulga Comunicação, antes de integrar a área de recursos humanos da Sandoz, há13 anos, tendo depois transitado para o departamento de Pessoas & Organização. Ao longo da sua carreira consolidou as suas competências, contactando com as várias disciplinas na área, tendo tido a igualmente oportunidade de integrar a equipa de P&O da Novartis, na Bélgica.

 
Carla Rodrigues alerta ainda para as desigualdades no acesso aos tratamentos PMA
Carla Rodrigues, Presidente do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA), afirma que o Serviço Nacional de...

"Porque é que as pessoas doam mais nos privados que no SNS? Por questões financeiras. É preciso, desde logo, recursos para a compensação que é dada aos dadores, e esses recursos não existem. É preciso recursos para que o Banco Público de Gâmetas tenha alocados os profissionais, os meios humanos e técnicos necessários para fazer esta colheita. E não tem”, continua. 

“Os nossos Centros de Procriação Medicamente Assistida (PMA) já trabalham no limiar da sua capacidade. E, portanto, ao darmos mais esta competência, têm que lhes alocar mais recursos. E isso não foi feito”, diz. A presidente do CNPMA revela que, em 2021, no privado, houve 1.022 doações de ovócitos; no público, houve 27. No caso dos espermatozoides, no privado, registaram-se 470 doações; no público, houve 22.  

No entanto, os problemas não se fixam apenas na doação de gâmetas, mas também no acesso a tratamentos de procriação medicamente assistida. Carla Rodrigues relembra que, há dois anos, “o Governo anunciou a abertura de um novo centro de PMA no Algarve, mas nunca chegou ao CNPMA um pedido de autorização para essa abertura”. Neste momento, os casais do Algarve e Alentejo são obrigados a deslocar-se a Lisboa para receber tratamento. 

“Isto já são tratamentos rigorosos, difíceis, que exigem muito do casal... Agora imagine ainda as viagens desta magnitude para poder ter acesso a um tratamento a que tem direito por lei. Isto é uma desigualdade, uma injustiça social que nós fazemos com estas pessoas”, diz a presidente daquele órgão. Carla Rodrigues acusa ainda o Governo de “criar falsas expectativas” nos casais ao fazer promessas que não consegue cumprir, como a abertura do centro de PMA no Algarve. 

As listas de espera para tratamento continuam a ser uma dor de cabeça para os casais que procuram na procriação medicamente assistida uma solução para a dificuldade em engravidar. “Sabe que a lista de espera para tratamentos com gâmetas doados em Portugal chega aos três anos? Isto é inadmissível. Há mais algum tratamento médico em Portugal que tenha uma lista de espera de três anos? Eu desconheço”. 

Ao podcast da Onya Health, Carla Rodrigues aborda ainda a questão da gestação de substituição, vetada por Marcelo Rebelo de Sousa no início deste ano, e a importância desta medida para muitos casais que querem prosseguir o seu projeto de vida de constituir família. O episódio completo pode ser ouvido aqui

E alerta para casos graves de autotratamentos, com doentes a perderem dentição
A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) quer ver regulamentada a venda online de alinhadores ortodônticos, principalmente nas redes...

Para a OMD, todo e qualquer tratamento ortodôntico exige um diagnóstico e acompanhamento rigorosos por parte de um médico dentista qualificado. Todas as etapas, reforça a OMD, devem ser presenciais, para uma avaliação permanente da evolução do tratamento, mitigando efeitos colaterais indesejáveis. A telemedicina dentária, acrescenta, não substitui a observação presencial, devendo o médico dentista limitar a tomada de decisões relevantes apenas e só quando a qualidade de informação partilhada pelo doente é considerada suficiente. A ortodontia que não observe as boas práticas da medicina dentária, acrescenta, “deve ser proactivamente contestada, monitorizada e objeto de tomada de medidas tendo em vista uma intervenção eficaz”.

Miguel Pavão, bastonário da OMD, considera que “o autotratamento ortodôntico acarreta riscos graves para o doente”. “Chegam aos consultórios dos médicos dentistas em situações preocupantes, em que já não é possível salvar parte da dentição ou com cáries a necessitarem de intervenções invasivas ou ainda com infeções avançadas”, acrescenta, sublinhando a importância de ser criada a regulamentação necessária para salvaguardar o bem-estar do doente e os cuidados médicos mais apropriados.

A abordagem ‘faça você mesmo’ não implica contacto com um médico dentista qualificado, nem a realização de exames clínicos ou radiológicos – as imagens são obtidas pelo próprio paciente ou numa filial da empresa. Segundo o parecer do CED, muitas destas empresas dizem ter um médico dentista a supervisionar o plano de tratamento, embora o paciente nunca o conheça pessoalmente. Também obrigam à assinatura de contratos de confidencialidade, limitando a liberdade e autonomia do doente na denúncia de problemas decorrentes do tratamento.

Também por isto, a OMD recomenda que o autotratamento ortodôntico e o tratamento remoto de pacientes sejam “rejeitados por serem potencialmente danosos para a saúde do paciente” e acrescenta: “Só o tratamento e o acompanhamento clínico realizados pelo médico dentista garante a assunção perante o doente da respetiva responsabilidade por erro médico”.

O aumento da publicidade online aos alinhadores ortodônticos e consequentes casos malsucedidos preocupam a OMD, tendo esta, inclusive, realizado uma campanha a alertar para os riscos associados ao autotratamento. Uma situação, inclusive, já partilhada à Entidade Reguladora da Saúde em 2022.

Saúde Cardiovascular
Que medidas podemos tomar, para além de ter uma alimentação saudável e praticar exercício físico, pa

A solidão afeta a saúde do coração?

A solidão e o isolamento social têm sido associados a doenças cardíacas, salienta a especialista. 

"Estudos sugerem que as pessoas que sofrem de solidão crónica podem ter um risco mais elevado de desenvolver doenças cardiovasculares", revela adiantando que "as ligações sociais e as relações de apoio contribuem para o bem-estar geral, e a falta destas ligações pode levar a um aumento do stress, da inflamação e de comportamentos de estilo de vida pouco saudáveis, que podem afetar negativamente a saúde do coração."

A socialização é geralmente boa para a saúde do coração, sublinha a médica. 

"As interações sociais positivas podem reduzir o stress, baixar a pressão arterial e melhorar o bem-estar emocional geral", afirma. "Participar em atividades sociais, passar tempo com os entes queridos e criar uma rede de apoio social sólida pode proteger o coração", afirma. 

Como é que o consumo de álcool afeta o coração?

"Embora o consumo moderado de álcool possa gerar alguns benefícios cardiovasculares, o consumo excessivo de álcool pode levar à hipertensão arterial, cardiomiopatia e arritmias", explica Gosia Wamil. "É crucial seguir as diretrizes recomendadas para a ingestão de álcool e consultar um profissional de saúde sobre os seus fatores de risco pessoais", recomenda sobre o tema. 

Como é que se pode distinguir um ataque de pânico de um ataque cardíaco?

"Os sintomas de ataque cardíaco incluem frequentemente dor que irradia para o braço esquerdo, maxilar ou costas. Outros sintomas podem ser náuseas e suores", explica. "Os ataques de pânico podem estar relacionados com uma onda súbita de medo e desconforto intensos, muitas vezes com uma sensação de morte iminente."

No entanto, a cardiologista aconselha, em caso de dúvida,  a "não tentar adivinhar a resposta a esta pergunta".

"Se não tiver a certeza, é crucial procurar assistência médica imediata se tiver sintomas que indiquem um ataque cardíaco, uma vez que esta condição requer avaliação e tratamento imediatos", afirma.

Quais os sinais ou sintomas a que devemos estar atentos no que diz respeito à saúde geral do coração?

Os sinais de potenciais problemas cardíacos incluem "dor ou desconforto no peito, falta de ar, fadiga, tonturas e batimentos cardíacos irregulares". Segundo a especialista, é importante estar atento a estes sintomas e procurar assistência médica se eles ocorrerem, especialmente se forem graves ou persistentes.

Como podemos proteger a saúde cardíaca durante os períodos festivos, quando a comida é abundante e quando não praticamos exercício físico com frequência?

"É tudo uma questão de atenção plena", diz Gosia Wamil.

"Preste atenção ao tamanho das porções e evite o excesso de alimentos com elevado teor calórico e de gordura", explica. "A moderação é vital no que diz respeito ao álcool para evitar potenciais problemas cardíacos. Mantenha o seu corpo ativo, incorporando a atividade física na sua rotina durante os períodos festivos, ajudando a contrariar os efeitos do aumento da ingestão de calorias. Controle o stress com técnicas de atenção plena e respiração profunda, uma vez que o stress pode afetar a saúde do seu coração."

A especialista aconselha ainda a que se evitem alimentos altamente processados "que contenham açúcares adicionados, excesso de sal e gorduras trans", e se limite "as gorduras saturadas nas carnes vermelhas, produtos lácteos integrais e alimentos fritos", acrescenta.

"Estes passos simples podem contribuir para um período festivo mais saudável e mais feliz para o seu coração", diz. 

Quais são os alimentos saudáveis para o coração que as pessoas podem adicionar às suas refeições?

Os alimentos saudáveis para o coração incluem frutas e legumes ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes, salienta a médica especialista. 

"Os cereais integrais também são importantes", acrescenta. "A aveia, a quinoa e o arroz integral fornecem fibras e nutrientes."

Quando às proteínas, "concentre-se em opções magras, como peixe, feijão, legumes e aves sem pele. Considere também adicionar gorduras saudáveis como abacates, nozes, sementes e azeite à sua dieta", recomenda a especialista da Mayo Clinic. 

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Universidade de Coimbra
Patrícia Alves, investigadora do Centro de Engenharia Química e Recursos Renováveis para a Sustentabilidade (CERES), do...

Os processos de cicatrização da maioria das doenças e traumas são muito complexos e compreendem uma série de etapas como angiogénese (termo usado para descrever o mecanismo de crescimento de novos vasos sanguíneos a partir dos já existentes), inflamação e remodelação de tecido.

«Do ponto de vista clínico, o uso de apenas um fator para tratar vários estados patológicos e doenças é insuficiente. Portanto, a necessidade de um biomaterial que possa controlar a libertação de diferentes fármacos ao longo do tempo é clara, sendo esse o foco do projeto “SmartLipoGel”», começa por explicar Patrícia Alves, referindo que a capacidade de um sistema controlar a liberação diferencial de múltiplos fármacos ao longo do tempo acompanharia o mecanismo espácio-temporal natural dos processos biológicos.

Além disso, continua a responsável pelo projeto, «a capacidade de controlar a libertação em tempo real, pode permitir que a dose necessária seja administrada em cada tempo. Os hidrogéis e lipossomas inteligentes abrangem uma ampla gama de aplicações biomédicas como engenharia de tecidos, libertação de fármacos, cicatrização de feridas e bio impressão 3D. Assim, a preocupação deste projeto é o desenvolvimento de hidrogéis injetáveis à base de polissacarídeos contendo lipossomas responsivos ao calor (LipoGel) para auxiliar na regeneração de tecidos», revela.

A investigadora do DEQ conta que, este sistema permitirá libertar passivamente um agente terapêutico incorporado no gel, que pode ser, por exemplo, anti-inflamatório ou antibiótico, e induzir a libertação de um segundo agente terapêutico encapsulado nos lipossomas responsivos a estímulos, como o aumento de temperatura. O facto de ser injetável localmente pode facilitar o processo, uma vez que permite um procedimento muito menos invasivo

«Acredito que esta investigação irá conduzir a novos biomateriais para regeneração de tecidos com melhor desempenho, controlo específico e menos efeitos secundários em comparação com os existentes», termina.

O projeto “SmartLipoGel” é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), no valor de 50 mil euros, tem a duração de 18 meses e conta com a colaboração de Benilde Costa, investigadora do Centro de Física da Universidade de Coimbra (CFisUC), Alexandrina Mendes, investigadora no Centro de Biomedicina e Biotecnologia Inovadoras (CIBB), e José Ventura, consultor da empresa Artur Salgado, SA.

Em articulação com o Serviço de Aconselhamento Psicológico da linha telefónica SNS 24
A criação de uma linha nacional gratuita e a funcionar 24 horas por dia para a prevenção do suicídio e de comportamentos auto...

De acordo com o diploma, a linha deve funcionar em articulação com o Serviço de Aconselhamento Psicológico da linha telefónica SNS 24 e servir todo o país. Deve prestar aconselhamento através de voz e de outras plataformas de comunicação, incluindo por mensagem e funcionar com recurso a intérpretes de língua gestual portuguesa e tradutores de línguas estrangeiras com expressão em território nacional.

A regulamentação será feita em articulação com a Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental, em estreita colaboração interministerial e com representantes das ordens profissionais de profissionais de saúde mental, de sociedades científicas e de entidades da sociedade civil com trabalho na área, refere ainda o diploma.

Opinião
A osteoartrose, mais habitualmente designada por artrose, é uma das condições articulares mais preva

Causas e fatores de risco

Vários fatores contribuem para o desenvolvimento da osteoartrose, incluindo predisposição genética, envelhecimento, obesidade e sobrecarga articular devido à atividade física repetitiva. A etiologia da osteoartrite é multifatorial, resultando da interação complexa entre fatores genéticos, envelhecimento, lesões articulares prévias, obesidade sobrecarga por atividade física repetitiva. Esses elementos desencadeiam a degradação da cartilagem articular, gerando inflamação e progressiva deterioração das articulações.

Sintomas e impacto na qualidade de vida

Os sintomas característicos da osteoartrose incluem dor articular, rigidez, derrame articular (inchaço) e redução da amplitude de movimento. À medida que a doença progride, atividades do quotidiano, como caminhar, subir escadas e até mesmo tarefas simples, tornam-se um desafio. O impacto na qualidade de vida é significativo, pois a dor crónica e a limitação funcional podem levar à incapacidade física e emocional, resultando em isolamento social e depressão.

Opções de tratamento

Embora não exista cura definitiva para a osteoartrose, várias abordagens de tratamento visam aliviar a dor, melhorar a função articular e atrasar a progressão da doença. Isso inclui uma combinação de medicação analgésica e anti-inflamatória, reabilitação fisiátrica (fisioterapia), mudanças no estilo de vida, perda de peso, uso de auxiliares da marcha (canadianas) e, em alguns casos graves, intervenções cirúrgicas, como a osteotomia ou artroplastia. Mais recentemente, os tratamentos biológicos têm ganho protagonismo devido à sua capacidade de modificar os processos biológicos subjacentes à doença. Ao contrário dos tratamentos convencionais, os tratamentos biológicos são direcionados, visando aliviar a dor, atrasar a progressão da doença e, em alguns casos, promover a regeneração da cartilagem danificada.

Uma das abordagens mais comuns é a utilização de infiltrações intra-articulares de plasma rico em plaquetas (PRP) ou fatores de crescimento, que estimulam a reparação e regeneração do tecido cartilagíneo, tendo mostrado resultados promissores na redução da dor e na melhoria da função articular. O ácido hialurónico, que atua como lubrificante e amortecedor nas articulações afetadas, reduzindo o atrito e aliviando a dor, também pode ser utilizado em coadministração com o PRP, com o intuito de potenciar e prolongar os efeitos deste.

Outra opção emergente é o recurso a células estaminais (stem cells), que envolvem a aplicação de células estaminais do próprio doente para promover a regeneração do tecido danificado. Essa abordagem inovadora oferece a perspetiva de restaurar a estrutura e função da cartilagem, potencialmente, revertendo os efeitos degenerativos da osteoartrose.

A compreensão mais aprofundada dos mecanismos envolvidos e a identificação de subgrupos de doentes que possam beneficiar dos tratamentos biológicos são essenciais para otimizar a sua aplicação clínica e garantir que os doentes com osteoartrose possam beneficiar plenamente desses avanços promissores na medicina.

Perspetivas futuras

Atualmente, a investigação está focada na compreensão dos processos biológicos subjacentes à osteoartrose, identificando biomarcadores precoces, desenvolvendo tratamentos mais dirigidos e explorando opções de regeneração da cartilagem. Além disso, avanços na tecnologia médica, como a inteligência artificial e a medicina regenerativa, mostram resultados prometedores no tratamento futuro da osteoartrose.

Em suma, a osteoartrose continua a representar um desafio significativo para a saúde pública em todo o mundo. Com uma abordagem multidisciplinar que inclui investigação inovadora, educação contínua e acesso a opções de tratamento eficazes, é possível melhorar a qualidade de vida dos doentes afetados por essa condição debilitante.

 
Autores:
Dr. Nuno Pais 
Prof. Dr. João Espregueira-Mendes 
Ortopedistas da Clínica Espregueira no Porto
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Nota: 
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Dia 9 de fevereiro
A Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra vai assinalar, no próximo dia 9 de Fevereiro, o Dia Mundial do Doente, com um evento...

Organizado pelo Grupo “Literacia para a Segurança dos Cuidados de Saúde de Enfermagem”  da ULS Coimbra, em parceria com a Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde e com a Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra, o  evento “Literacia em saúde: um modo de olhar a pessoa doente” pretende ser mais um espaço para dar voz a cidadãos que experienciam a doença, "e simultaneamente um momento de reflexão para a importância da literacia em saúde, enquanto determinante de saúde promotora do bem-estar e qualidade de vida da sociedade".

A sessão de abertura tem inicio às 10,30h e vai contar com a participação do Presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, o Presidente e a Enfª Diretora da ULS Coimbra, a Presidente da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde, o Presidente da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla e Berta Augusta, Coordenadora do Grupo da Literacia para a Segurança dos Cuidados de Saúde de Enfermagem.

Durante o período da manhã,  vão ocorrer dois painéis: "Literacia em saúde um modo de olhar a pessoa doente", às 11h, "Um novo olhar sobre a pessoa doente - histórias com rosto", às 12h30. 

A sessão de encerramento está marcada para as 15,30h, com a Vice-Presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, sendo seguida por um momento cultural.

Durante todo o evento vai estar patente uma exposição de arte, sendo os autores pessoas que convivem com a doença.

O evento vai ser transmitido via streaming nas redes sociais da ULS de Coimbra, Facebook e Youtube.

Reforçar o seu posicionamento e liderança em Dermatologia médica e Trombose
A LEO Pharma, laboratório farmacêutico especializado em Dermatologia médica e Trombose, acaba de nomear Juan Fran Cuello de Oro...

“Assumo este desafio à frente da LEO Pharma Ibéria com muito entusiasmo e consciente da importância dos mercados português e espanhol para a estratégia global da companhia. O meu propósito é aportar toda a minha experiência e conhecimento para consolidar o posicionamento da LEO Pharma em Portugal e Espanha e dar seguimento a este crescimento conjunto, disponibilizando soluções inovadoras para os nossos doentes”, explica o novo Diretor Geral.

Becki Morison, Vice-Presidente Executiva de Estratégia Global de Produtos e Operações Internacionais (PSIO) da LEO Pharma, assegura que “estamos muito satisfeitos com o facto de Juan Fran ter aceitado esta nova posição e estou certa de que, para a companhia, será uma figura central para dar continuidade à senda de crescimento dos últimos anos”.

Até aqui, Juan Fran Cuello de Oro mantinha o cargo de VP Global Brand Lead Adtralza®/ AdbryTM (Tralocinumab) e, entre as suas funções, liderava a direção da equipa comercial global de Tralocinumab, o biológico da LEO Pharma para o tratamento da dermatite atópica de moderada a grave. Anteriormente, foi diretor da Unidade de Negócio de BioDermatologia para a Ibéria, tendo liderado o lançamento de Tralocinumab no mercado espanhol.

Juan Fran Cuello de Oro é licenciado em Administração e Direção de Empresas e conta com um MBA na ESADE, e mestrados e pós-graduações nas áreas empresarial, marketing, farmacêutica e ciências. Antes de integrar a LEO Pharma, exerceu diferentes cargos de direção na Novartis e LETI Pharma durante mais de uma década, em posições locais, regionais e globais.

 
Projeto liderado pela empreendedora Ana Gonçalves
A Academia de Negócios de Saúde (ANS), que presta apoio a empreendedores na área da saúde, cresceu 50% em 2023, atingindo um...

A ANS é um projeto criado e liderado por Ana Gonçalves, que também é fundadora da Clínica Fisiotorres, do Espaço Saúde Física Torres Vedras e Silveira, Owner de um estúdio de treino personalizado Upgym Torres Vedras, sendo também autora do podcast “Olho prá coisa!”. Ao todo, estas empresas atingiram, em 2023, um volume de negócios de 2,7 milhões de euros, com o objetivo de atingir os 3 milhões de euros este ano.

Com um percurso de quase quatro anos, a ANS disponibiliza cursos como “Atendimento de Sucesso”, focado na melhoria do atendimento ao público; ou “Clínicas do Zero”, um guia para abrir uma clínica em quatro semanas. Em 2023, a ANS formou mais de 700 pessoas, tendo realizado também um congresso de gestão e empreendedorismo para profissionais de saúde, com a participação de mais de 500 pessoas.

Os cursos são direcionados para profissionais de saúde que pretendem abrir a sua própria clínica ou para empreendedores do setor que já têm o negócio criado, mas que precisam de impulsioná-lo. 

“Desde a criação da Academia de Negócios de Saúde, o nosso propósito passa por ajudar empreendedores e empresas da área da saúde e bem-estar a levarem as suas ideias de negócio para outro patamar”, afirma Ana Gonçalves. “Os resultados atingidos nos últimos anos enchem-nos de entusiasmo para continuar o nosso caminho.”

 
Em causa está a "internalizaçao de grande parte dos serviços"
A Unidade Local de Saúde do Médio Tejo prepara-se para internalizar grande parte dos serviços de análises clínicas, estando já...

"Num setor em que mais de 96% dos pontos de acesso são pontos não públicos, obrigar os utentes a só poderem realizar as suas análises clínicas nos locais da ULS constitui um retrocesso grave na segurança e qualidade dos atos, na liberdade de escolha dos utentes e na concorrência",  lamenta a ANL . Além disso, a ANL alerta que "os laboratórios e os postos de colheitas das ULS não se encontram licenciados, não cumprem regras de qualidade, e os utentes passam a ser impedidos de acederem, como até agora, à rede existente e de proximidade de laboratórios clínicos com que sempre puderam contar".  

Nuno Marques, diretor-geral da ANL, reforça que “todos os utentes têm o direito de escolher o laboratório clínico que melhor atenda às suas necessidades e que garanta uma abordagem personalizada e eficaz. Para encontrar um modelo de organização justo e equilibrado é fundamental a existência de um diálogo aberto e a cooperação entre todas as partes interessadas para que, em conjunto, se encontrem soluções que assegurem a sustentabilidade dos laboratórios clínicos e, acima de tudo, protejam os direitos dos utentes”. 

No que diz respeito às poupanças defendidas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) em relação à internalização, a ANL cita o estudo ‘Quantificação de custos de realização de análises clínicas’ realizado pela Roland Berger, em 2018 e a pedido da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), que demonstra que há uma ausência de racional económico na tomada de decisões de internalização das análises clínicas. "Os laboratórios privados são, e sempre foram, mais eficientes e capazes de realizar as análises clínicas de forma mais próxima, sem listas de espera, com mais qualidade e a um custo inferior do que se realizadas internamente nos hospitais públicos. Estes processos de internalização produzem prejuízos graves para os utentes e colocam em causa a sustentabilidade dos laboratórios de análises clínicas, que empregam mais de 15.000 Colaboradores", revela em comunicado de imprensa. 

 
Tecnologia inovadora e disruptiva
MAKO é um braço robótico, uma tecnologia de ponta que faz a sua estreia em Portugal, hoje, dia 6, no Hospital de Santa Maria –...

Com o crescente envelhecimento da população e o aumento das taxas de obesidade e lesões, a Organização Mundial de Saúde não tem dúvidas que os casos de osteoartrite, um problema que pode afetar qualquer articulação móvel do corpo, vão aumentar. Aliás, tem sido assim ao longo dos anos: em 2019, contavam-se cerca de 528 milhões de pessoas no mundo a viver com este problema, que já tinha sofrido um aumento de 113% desde 1990, sendo o joelho a articulação mais frequentemente afetada, logo seguido da anca. É também expectável o crescimento da necessidade de mais artroplastias, as intervenções cirúrgicas que visam a substituição das articulações afetadas. É para lhes dar uma resposta mais eficaz e uma mais eficiente recuperação, que acaba de chegar a Portugal o MAKO, um braço robótico que permite ao cirurgião uma experiência mais precisa e segura ao realizar esta cirurgia da anca e joelho, com ganhos para os profissionais de saúde, os doentes e as instituições.

A estreia nacional faz-se no Hospital de Santa Maria – Porto, hoje, dia 6 de fevereiro. É aqui que vai ser instalado o primeiro MAKO no nosso país, o que, explica Rui Pinto, Médico Ortopedista e Diretor Clínico deste Hospital, “a adoção deste dispositivo é crucial para melhorar a nossa prática na área das cirurgias de substituição das articulações da anca e do joelho. Temos de aproveitar os benefícios que a tecnologia inovadora proporciona aos doentes, durante e após os procedimentos cirúrgicos. Estamos muito entusiasmados de sermos os primeiros a receber esta tecnologia e de a implementar de forma a proporcionar melhor qualidade de vida e conforto a todos os que dela vão beneficiar.” 

A presença de robôs nos serviços de saúde não é nova. E sistemas com braços robóticos para substituição de articulações também já existem. Mas o MAKO é diferente. Ao contrário da tecnologia já disponível, que recorre a marcadores do doente e a algoritmos que reproduzem o modelo de articulação do doente, o MAKO é o único robot ortopédico que utiliza a TAC do doente para reproduzir o modelo 3D da sua articulação, permitindo pela primeira vez falar de medicina personalizada, no tratamento de substituição da articulação da anca e do joelho.

A tecnologia que utiliza, a Accustop, garante que o braço robótico não ultrapassa as margens de ação definidas previamente pelo cirurgião, protegendo todas as estruturas fundamentais da articulação e evitando a agressividade de exposições de estruturas desnecessárias. Ou seja, com maior precisão e segurança, conduz a uma menor exposição e um menor dano nos tecidos moles, e uma maior conservação do osso, o que, por sua vez, permite reduzir o erro e aumentar a confiança na cirurgia.  

Para os serviços de saúde, isto traduz-se numa redução significativa de recurso a opiáceos e outros analgésicos a utilizar, de custos de esterilização, custos de internamento, uma redução de futuras revisões, de custos da duração da fisioterapia, entre outros. Mas além do impacto na fatura e do facto de ser uma mais-valia para os cirurgiões, isto significa, para o doente, uma recuperação da mobilidade e autonomia mais rápida e eficiente, por implicar menor “agressividade cirúrgica”, com menor traumatismo articular, maior proteção das partes moles, menor risco de luxação articular no caso da anca; uma diminuição da dor no pós-operatório imediato, com consequências na reabilitação, que pode ser mais rápida e melhor tolerada pelo doente; menos tempo de internamento; mais segurança e, sabendo que um número muito significativo das revisões das próteses são originadas por um mau posicionamento dos implantes, a médio prazo, uma redução do número de revisões pela má técnica de implantação da prótese.

Benefícios confirmados pelos doentes de outros países - ao todo, foram realizadas mais de 2(dois) milhões de cirurgias em todo o mundo com a tecnologia MAKO -, que relataram diminuição dos  tempos médios de internamento e, ao mesmo tempo, melhoria dos resultados obtidos.

Salvador Cerqueiro, Iberia Managing Director da Skymedical, a empresa responsável pela introdução do MAKO em Portugal, numa parceria com o fabricante Stryker, confirma o entusiasmo com a chegada desta inovação. “Estamos entusiasmados em unir forças com as instituições de saúde, como o Hospital de Santa Maria - Porto, proporcionando acesso a uma ferramenta com potencial para melhorar as cirurgias de substituição de articulações, com resultados e tempos de recuperação ainda melhores para os doentes.”

 
Recomendações
Os riscos de desenvolver cancro da mama aumentam com a idade, especialmente após a menopausa.

Stephanie Faubion, diretora do Centro de Saúde da Mulher da Mayo Clinic e diretora da Sociedade da Menopausa, afirma que é importante manter a saúde da mama. Isto inclui a realização de mamografias regulares. 

De acordo com a especialista, é, no entanto, comum registarem-se alterações nos seios durante a perimenopausa ou a menopausa. 

"Por vezes, temos aumentos nos níveis de estrogénio, o que pode causar alguma sensibilidade nos seios. No entanto, habitualmente, a mama tende a perder densidade na menopausa devido à perda de estrogénio", explica Faubion.

A médica afirma que algumas alterações dos seios relacionadas com a idade são normais e que os cuidados contínuos são essenciais.

"É importante lembrar-se de continuar a fazer rastreios do cancro da mama quando estiver na menopausa, da mesma forma que fazia antes da menopausa", explica, acrescentando  que é recomendado que os rastreios regulares do cancro da mama comecem aos 40 anos.

"Recomendamos a mamografia todos os anos. Há também mulheres com densidade mamária aumentada, pelo que recomendamos exames complementares para essas mulheres", acresenta a especialista, revelando que, nos Estados Unidos, metade das mulheres têm mamas densas. 

"É importante contactar a equipa médica para analisar as melhores opções de exames complementares se a paciente estiver nesta categoria", explica.

Reduza o risco de desenvolver cancro da mama e otimize a saúde da mama

Alguns fatores de risco para os cancros da mama e dos ovários, como a idade, o historial reprodutivo e a genética, como o historial familiar ou alterações no gene BRCA, não podem ser alterados. No entanto, a adoção de determinadas mudanças no estilo de vida pode ajudar a reduzir este risco.

Como reduzir o risco de desenvolver cancro da mama:

  • Manter um peso saudável.
  • Praticar exercício físico regularmente.
  • Limitar o consumo de álcool.

"Para garantir que a sua saúde mamária é preservada, fale com a sua equipa de saúde e informe-se sobre outras formas de reduzir os seus riscos. Também pode obter mais conselhos sobre a melhor altura para fazer o rastreio do cancro da mama", aconselha a especialista da Mayo Clinic.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Revela estudo publicado no JAMA Network Open
Um estudo que envolveu mais de 25.000 participantes demonstrou que os benefícios da suplementação com Vitamina D dependem do...

A vitamina D ajuda a manter ossos, dentes e músculos saudáveis, contribuindo também para o reforço do sistema imunitário. Muitas pessoas tomam um suplementos de vitamina D, contudo, segundo um novo estudo americano1, nas pessoas com excesso de peso a vitamina D não é tão eficaz.

O estudo publicado no JAMA Network Open, baseia-se nos dados do ensaio VITAL, que envolveu 25.871 americanos, homens e mulheres, de meia-idade e mais velhos. Os cientistas concentraram-se em 16.515 participantes deste estudo. Com base em amostras de sangue, fizeram o doseamento sérico da vitamina D e de biomarcadores da vitamina D que refletem o modo como o organismo metaboliza e utiliza este nutriente.

Pessoas com excesso de peso precisam de doses mais elevadas

Ao comparar o grupo de pessoas com peso normal (IMC inferior a 25) com o grupo que tinha excesso de peso, observaram uma grande diferença. As pessoas com excesso de peso não tiveram os mesmos benefícios para a saúde que as pessoas com peso normal, mesmo tomando uma dose igual de vitamina D.

Com base neste estudo e em investigações anteriores, os cientistas admitem que as pessoas com excesso de peso precisam de uma dose mais elevada de vitamina D para que o nutriente seja benéfico.

1Association of Body Weight With Response to Vitamin D Supplementation and Metabolism
JAMA Netw Open. 2023;6(1):e2250681. doi:10.1001/jamanetworkopen.2022.50681
Novo modelo de avaliação da saúde das populações
A IASIST, empresa do Grupo IQVIA, foi selecionada, através de concurso público, para auxiliar o SNS no desenvolvimento de um...

Esse é o reconhecimento da qualidade e rigor dos modelos de estratificação pelo risco utilizados pela IASIST, fruto da colaboração com a prestigiada Johns Hopkins Medicine, sediada em Baltimore, EUA, para a distribuição exclusiva do sistema Adjusted Clinical Groups (ACG®).

A solução vai ao encontro do desafio levantado pelo Estado português, que iniciou recentemente um processo inovador de reorganização dos serviços de saúde integrados no SNS. O atual modelo, baseado na análise de produção de atos médicos (consultas, cirurgias, doentes internados ou urgências realizadas) dará lugar a um novo modelo, o qual, mais do que o número de atos realizados, visa avaliar os ganhos em saúde obtidos para cada utente, num ciclo temporal de um ou mais anos.

“Com este tipo de abordagem, ficaremos a perceber melhor o estado de saúde das populações, e prever com exatidão as suas necessidades de curto e médio prazo, num contexto em que o envelhecimento, a multipatologia e a doença crónica dominam a procura de cuidados de saúde”, refere Mário Martins, General Manager da IQVIA Portugal. “Isso terá um impacto direto no financiamento das instituições num momento em que se anuncia a passagem para uma resposta integrada a nível nacional, através das ULS (Unidades Locais de Saúde)”.

A IASIST/IQVIA tem já um forte impacto nacional na avaliação e comparação de hospitais, justamente porque associa nas suas análises os atos realizados, os resultados obtidos e a ponderação do risco, mais concretamente, a complexidade e a gravidade, de cada doente. Espera-se, como resposta a este desafio, contribuir para a alteração do paradigma da avaliação dos cuidados de saúde prestados em Portugal, e, dessa forma, corresponder aos avanços científicos entretanto registados, nesta matéria, noutros países europeus e noutros continentes.

 
Ex-Ministra da Saúde da Guiné-Bissau entrevistada pela FMUC
Médica de Saúde Pública e especialista em doenças infeciosas, Magda Robalo tem tido vários cargos de liderança na área da Saúde...

Enquanto ministra da Saúde, Magda Robalo tutelou a preparação da resposta nacional à pandemia de COVID-19 na Guiné-Bissau. De acordo com a ex-ministra, o maior desafio encontrado foi a gestão da desinformação e da bipolarização da sociedade, que levaram a constrangimentos na adesão às medidas de prevenção e na aceitação do confinamento, encerramento de instituições e redução da mobilidade. 

"A maior inimiga que tivemos ao longo da gestão da pandemia foi a desinformação, que fez com que a população tivesse dificuldade em acreditar nas medidas que estavam a ser propostas e desconfiasse que as mesmas não serviam para combater a pandemia, tendo apenas um cunho político", revela Magda Robalo em entrevista. 

Para superar o desafio, foram mobilizados todos os líderes de opinião tradicionais e religiosos, associações de jovens e mulheres e vários grupos profissionais.

Foram ainda estabelecidas colaborações com outros países para colmatar as limitações do Sistema de Saúde da Guiné-Bissau. Ministério da Saúde, Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau, Instituto Camões, Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Instituto Nacional de Saúde, foram algumas das entidades portuguesas que prestaram apoio na formação de técnicos e, em certos casos, no acompanhamento e gestão de doentes à distância.

"Se tivermos a infelicidade de voltar a viver uma situação de crise sanitária, não teremos de recomeçar do zero, mas será necessária uma nova grande campanha de informação e sensibilização", salienta. 

Enquanto presidente e cofundadora do IGHD, Magda Robalo revelou ainda que tem como prioridade a igualdade de género e o acesso a oportunidades. De acordo com a ex-ministra, “as mudanças legislativas nem sempre são seguidas de mudanças comportamentais, mas penso que as mulheres são portadoras da vontade de transformação de comportamento que nos levará a uma sociedade mais justa, na qual mulheres e homens são avaliados pelas suas competências e valorizados de igual forma”.

"Quando um casal tem poucos recursos e quer colocar os filhos na escola, o rapaz é privilegiado. Se conseguirmos mudar os tabus sociais e normas ancestrais de patriarcado que nos impedem de avançar, creio que iremos chegar longe. No caso da Guiné-Bissau, por exemplo, temos de trabalhar com os líderes tradicionais para que o casamento precoce das raparigas possa ser abandonado", afirma. 

Outra prioridade do IGHD é o acesso equitativo a cuidados de saúde de qualidade. A médica de saúde pública refere que “o sistema de saúde na Guiné-Bissau está todo por construir. Temos infraestruturas obsoletas, não temos um hospital moderno, não temos centros de saúde adequados, devidamente equipados, temos carência de recursos humanos… está tudo por construir”. Magda Rebelo faz ainda referência ao que acredita ser um dos maiores desafios do país: “as taxas de mortalidade materna e de mortalidade infantil são extremamente elevadas. Muitas mulheres jovens continuam a perder as suas vidas ou a dos seus recém-nascidos durante a gravidez e no parto”.

Com a construção de um centro de pesquisa, cujo trabalho será desenvolvido em estreita cooperação com o Ministério da Saúde da Guiné-Bissau e o Hospital de Cumura, o IGHD pretende tornar a investigação um elemento central das políticas de saúde do país.

Opinião
O cancro do fígado é uma batalha silenciosa enfrentada por muitas pessoas em todo o mundo, pelo que

Este tipo de cancro pode manifestar-se através de sintomas como perda de peso inexplicável, dor abdominal, inchaço abdominal, icterícia, fadiga extrema e perda de apetite. Reconhecer esses sinais pode ser crucial para um diagnóstico precoce e um melhor prognóstico.

Existem vários fatores de risco associados ao desenvolvimento do cancro do fígado, tais como a cirrose hepática, a infeção crónica por vírus da hepatite B ou C, o consumo excessivo de álcool, a obesidade e a diabetes. Mas esta é uma situação prevenível, evitável, tratável e, por vezes, curável.

A prevenção do cancro do fígado envolve a adoção de hábitos saudáveis, tais como evitar o consumo excessivo de álcool, manter um peso saudável e realizar a vacinação contra a hepatite B. Além disso, é fundamental promover, nos casos em que isso está aconselhado, a realização dos exames de rastreio para deteção precoce do cancro do fígado. Estes estão indicados nas pessoas com cirrose ou fibrose hepática avançada e nas que têm infeção crónica pelo vírus da hepatite B. O rastreio é realizado por ecografia abdominal, realizada por radiologista com experiência a cada 6 meses, o que permite ajudar na deteção precoce e aumentar as probabilidades de tratamento eficaz.

No que diz respeito ao doente, é imperativo não apenas considerar a doença em si, mas também o impacto que a mesma tem na sua vida e na daqueles com quem convive diariamente. O diagnóstico de cancro do fígado traz consigo, além de desafios médicos, implicações emocionais, físicas e sociais. O apoio e a compreensão da sociedade são essenciais para que os doentes enfrentem esta jornada com coragem e dignidade.

O cancro do fígado não é apenas uma estatística, mas sim uma realidade vivida por muitos. Unidos podemos fazer a diferença, proporcionando uma vida mais plena e de qualidade, na qual o doente poderá encontrar compaixão, entendimento e tratamento adequado.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Importância da Saúde Mental na sociedade portuguesa
A depressão, a esquizofrenia, o burnout, o stress pós-traumático, a ansiedade, a dependência alcoólica, anorexia e a depressão...

Desenvolvidas pelas turmas finalistas do curso de Licenciatura em Ciências da Comunicação, no âmbito da Unidade Curricular de Laboratório de Comunicação Digital e Laboratório de Media Sociais, as reportagens abordam as diversas tipologias de transtornos mentais.

“A importância que o tema da saúde mental exerce atualmente na nossa sociedade, uma vez que de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 20% da população portuguesa sofre de algum transtorno mental, isto é, uma a cada cinco pessoas tem alguma doença nessa área, fez com que quiséssemos trazer este tema para que os nossos alunos pudessem descobrir, investigar e saber mais sobre esta realidade”, afirma Élmano Ricarte, professor responsável pela orientação dos grupos na área do Jornalismo.

A prática jornalística exercida em regime laboratorial pelos estudantes tem vários géneros e formatos jornalísticos, como notícia orientada para dados, notícia com verificação de factos (fact-checking), vídeocasts, etc. O principal papel deste modelo académico é fazer com que os estudantes tenham uma vivência prática do mercado de trabalho.

Para a realização destas reportagens, os estudantes contaram ainda com vários parceiros internos e externos como hospitais na Área Metropolitana de Lisboa e os cursos de Mestrado e Doutoramento em Psicologia da Universidade Europeia.

No total, foram inseridos 15 temas na prática de sala de aula, pelo que foram criados 15 websites com os temas em Saúde Mental.

 

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