Iniciativa é financiada pelo BPI Fundação “la Caixa”, Instituto Nacional para a Reabilitação e Caixa Social
A Alzheimer Portugal preconiza a necessidade de uma mudança urgente no paradigma de cuidados para as Pessoas com Demência em...

A Campanha Nacional que aborda os temas “Sem Contenções” e “Solidão Não Desejada”, visa sensibilizar e informar sobre o que são as Contenções, quais as consequências da sua utilização diária para a Pessoa com Demência e alertar para o facto desta prática generalizada colocar em causa a dignidade, os Direitos e as necessidades destas pessoas. Paralelamente, pretende ainda sensibilizar e capacitar a população em geral e os profissionais da área social e da saúde para o fenómeno da “Solidão Não Desejada”.

Esta iniciativa é financiada pelo BPI Fundação “la Caixa”, Instituto Nacional para a Reabilitação e Caixa Social, contando com a colaboração de vários parceiros, nomeadamente os Centros Distritais da Segurança Social, os Municípios da Guarda, Setúbal e Castelo Branco, o Hospital de Braga (ULS de Braga), as Ordens Profissionais dos Psicólogos, Assistentes Sociais, Fisioterapeutas e Enfermeiros, as Associações Profissionais Nacionais dos Terapeutas Ocupacionais e dos Gerontólogos e a Universidade de Aveiro.

A campanha consiste na realização de ações de sensibilização/informação e terá início no próximo dia 10 de Abril pelas 10h, no Centro Distrital da Segurança Social de Santarém (Largo do Milagre, 49/51), percorrendo durante os próximos meses todos os distritos de Portugal, terminando em outubro, em Lisboa.

De acordo com Filipa Gomes, Coordenadora Nacional do projeto,“esta campanha nacional de capacitação junto das organizações de saúde, sociais, famílias e comunidade, pretende promover um paradigma de cuidados sem contenções das Pessoas com Demência, baseado na prevenção em saúde, fomentando a inclusão e a saúde mental/física destas e a saúde mental dos cuidadores. Visa, ainda, através de uma abordagem preventiva e de capacitação, com a participação ativa das Pessoas com Demência e dos seus cuidadores e ex cuidadores, contribuir para uma sociedade mais consciente sobre o fenómeno da Solidão e, consequentemente, ter menos pessoas com risco de Solidão Não Desejada, em especial pessoas idosas com ou sem demência”. 

 
Novo estudo
Um novo estudo internacional multicêntrico sugere que as pessoas com cancro da mama triplo-negativo em fase inicial, com níveis...

O subtipo de cancro da mama triplo-negativo não responde aos medicamentos que visam o recetor de estrogénio ou a proteína HER2. Cresce rapidamente, tem maior probabilidade de se espalhar para além da mama antes do diagnóstico e tem maior probabilidade de recorrência em comparação com outros cancros da mama. O cancro da mama triplo-negativo representa cerca de 15% de todos os cancros da mama e é mais comum em jovens e em mulheres de ascendência africana, hispânica e indiana. As células imunitárias, também conhecidas como linfócitos infiltradores de tumores ou TILS, são células do sistema imunitário que ocorrem naturalmente e que podem deslocar-se da corrente sanguínea para o tumor, onde podem reconhecer e destruir as células cancerígenas.

"Esta é uma descoberta importante porque revela que a abundância de linfócitos infiltrantes de tumores no tecido mamário é um biomarcador de prognóstico em pessoas com cancro da mama triplo-negativo em fase inicial, mesmo quando não é administrada quimioterapia", explica Roberto Leon-Ferre, oncologista médico no Mayo Clinic Cancer Centre e primeiro autor do estudo. "Os resultados do estudo podem inspirar futuros ensaios clínicos para explorar a possibilidade de as doentes com um prognóstico favorável (níveis elevados de linfócitos infiltrados no tumor) poderem evitar regimes de quimioterapia intensiva."

"A meta-análise confirma solidamente a importância prognóstica dos linfócitos infiltrantes de tumores, anteriormente observada em doentes submetidos a quimioterapia, e esta observação é também validada em doentes tratados sem este tipo de intervenção", explica Sarah Flora Jonas, estatística do Gustave Roussy e primeira coautora do estudo. "Estudos futuros permitirão utilizar este biomarcador em conjunto com fatores clinicopatológicos padrão para fornecer informações que informarão as decisões de tratamento em doentes com cancro da mama triplo-negativo."

"É notável que o primeiro relatório que sugere que o aumento das células imunitárias está associado a um melhor prognóstico em doentes com cancro da mama tenha sido descrito por médicos da Mayo CLinic há mais de 100 anos", explica Roberto Salgado, copresidente do Grupo de Trabalho Internacional de Biomarcadores de Imuno-Oncologia e co-líder do estudo. "Houve um esforço global e foi necessário um século para reexaminar este biomarcador e aplicá-lo aos cuidados dos doentes."

"Os linfócitos infiltrantes de tumores não são atualmente medidos ou comunicados em exames de rotina de amostras de tecido de cancro da mama", explica o coautor Matthew Goetz, oncologista médico no Mayo Clinic Cancer Centre e Erivan K. Haub Family Professor of Cancer Research em honra do Dr. Richard F. Emslander. "Embora os estudos anteriores se tenham centrado na medição dos linfócitos infiltrantes do tumor em pessoas tratadas com quimioterapia, este é o maior estudo a demonstrar de forma abrangente a presença de influências no comportamento natural dos linfócitos infiltrantes do tumor no cancro da mama em pessoas que foram operadas e/ou receberam radiação sem qualquer tratamento médico adicional."

Para este estudo, investigadores da Mayo Clinic e do Gustave Roussy, em colaboração com o International Immuno-Oncology Biomarkers Working Group, conduziram a recolha de dados em 11 grupos adicionais com 1.966 participantes com cancro da mama triplo-negativo em fase inicial que foram submetidas apenas a cirurgia, com ou sem radioterapia, mas sem quimioterapia. As participantes foram seguidas durante uma média de 18 anos. Os resultados mostraram que níveis elevados de linfócitos infiltrantes do tumor no tecido do cancro da mama estavam associados a baixas taxas de recorrência entre as participantes com cancro da mama triplo-negativo em fase inicial.

"Cinco anos após o estudo, 95% dos participantes com tumores pequenos, cancro da mama triplo-negativo em estádio 1 e doentes cujos tumores apresentavam níveis elevados de linfócitos infiltrantes de tumores estavam vivos, em comparação com 82% dos doentes cujos tumores apresentavam níveis baixos de linfócitos infiltrantes de tumores. Mais importante ainda, a taxa de recorrência do cancro da mama foi significativamente mais baixa nas doentes cujos tumores tinham níveis elevados de linfócitos infiltrantes do tumor", explica o coautor sénior Stefan Michiels, chefe da equipa Oncostat, Gustave Roussy, Inserm U1018, Universidade Paris-Saclay. "Com aproximadamente 2000 participantes envolvidos no estudo, reunimos a maior coorte internacional de pessoas com cancro da mama triplo-negativo, em três continentes, em que o tratamento primário foi a cirurgia sem quimioterapia."

"Os resultados do estudo poderão levar a uma recomendação para incluir os linfócitos infiltrantes do tumor nos relatórios patológicos do cancro da mama triplo-negativo em fase inicial em todo o mundo, uma vez que têm o potencial de informar os médicos e os doentes sobre o momento adequado para escolher as opções de tratamento", explica Salgado.

Além disso, o biomarcador requer apenas uma avaliação visual efetuada por um patologista sob observação microscópica, o que não implica custos adicionais associados à identificação de células imunitárias. Este facto pode ser particularmente benéfico para regiões com recursos limitados, acrescenta Leon-Ferre.

A maioria das pessoas com cancro da mama triplo-negativo em fase inicial recebe quimioterapia antes ou depois da cirurgia, incluindo as pessoas com cancro da mama em fase 1. Além disso, a maioria das pessoas recebe uma combinação de medicamentos de quimioterapia, o que pode resultar em efeitos secundários consideráveis. Atualmente, os principais critérios considerados para decidir o protocolo de tratamento de quimioterapia para cada indivíduo incluem o tamanho do tumor e a presença de metástases nos gânglios linfáticos. No entanto, os autores observaram que o número de linfócitos que se infiltram no tumor tem uma influência adicional no risco de recorrência futura.

Os cientistas planeiam analisar os linfócitos infiltrados no tumor como biomarcadores em estudos clínicos prospectivos que investigam a escolha da quimioterapia com base nos níveis destes linfócitos. Atualmente, estão a ser desenvolvidos esforços para realizar investigação adicional com outros potenciais biomarcadores.

De 11 a 13 de abril
O Centro de Congressos - Porto Palácio Hotel acolhe, entre os dias 11 e 13 de abril, o XXIX Curso Pós-Graduado de...

Estes cursos contam com a organização da Associação dos Amigos do Serviço de Endocrinologia do Hospital de São João e com a colaboração do Serviço de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo do Centro Hospitalar Universitário de São João e da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. 

A iniciativa inclui espaço para conferências, estando a primeira marcada para dia 11, sob o tema "O Mundo dos tipos de Diabetes em revista". Com moderação de João Sérgio Neves e Marta Borges-Canha, Juliana Gonçalves e Helena Ferreira serão as palestrantes. 

Neste mesmo dia, a conferência "AI – vamos continuar a precisar do Curso Pós-graduado", será apresentada por Inês Sousa, Head of Intelligent Systems Fraunhofer Portugal AICOS.

No dia 12 irá proceder-se à entrega do Prémio Dra. Lídia Pereira Monteiro, atribuído ao melhor trabalho na área de Medicina Geral e Familiar, e do Prémio Dr. Baldaque Faria, atribuído ao melhor trabalho na área de Enfermagem.

Por fim, no dia 13 arranca o XII Advancer Course of Endocrinology, que contará com a participação de um palestrante internacional,  Partha Kar. O dia termina com atribuição de mais três prémios.

Pode consultar-se o programa aqui.  

Profissionais estão há mais de 20 anos sem qualquer avaliação de desempenho ou progressão profissional
Os Administradores hospitalares (AH) endereçaram um pedido de reunião à Ministra da Saúde, com o objetivo de discutir a revisão...

"A situação em que se encontram os Administradores Hospitalares Portugueses é inaceitável e claramente lesiva da boa gestão do Serviço Nacional de Saúde. Mais: fere o cumprimento da Lei, porquanto não se cumpre nem o Dec. Lei 101/80 (que regulamenta o trabalho dos AH em contrato de trabalho em funções públicas), nem tão pouco se implementa o Acordo Coletivo de 2019 publicitado em BTE nº 42 (respeitante aos AH em Contrato Individual de Trabalho)", escrevem os admnistradore hospitalares em comunicado. 

Segundo os AH, "a empresarialização da gestão hospitalar obrigou a rever o enquadramento das diferentes profissões da saúde, criando condições para que as carreiras mantivessem o seu desenvolvimento no seio dos novos Hospitais empresa. Todas as carreiras foram revistas, todas foram reenquadradas, com exceção da Administração Hospitalar". 

Em 2016,  sublinham "o Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho para revisão da carreira, com o objetivo concreto de produzir uma proposta de diploma legal. Infelizmente, essa proposta, entregue e validada pela tutela em 2017, nunca se publicou". 

Esta omissão legislativa, cria de acordo os adminstradores hositalares, "situações absolutamente inaceitáveis". "Persiste a falta de harmonização salarial, existindo Administradores Hospitalares a desempenhar funções semelhantes e a auferir salários completamente diferentes. Continuam a existir casos em que o Profissional exerce a função, mas não está contratado como Administrador Hospitalar e, mais grave ainda, continuam a existir Administradores Hospitalares que não exercem as funções nas quais se diferenciaram, criando um claro desperdício do potencial valor que poderiam acrescentar ao Serviço Nacional de Saúde", salientam. 

Estes profissionais são da opinião de que "não é aceitável que os Administradores Hospitalares continuem a trabalhar sem objetivos definidos, sem avaliação do seu desempenho e sem qualquer progressão ou desenvolvimento profissional".

"Os Administradores Hospitalares não podem aceitar a desconsideração a que têm sido sujeitos", afirmam recordando que, no final do ano de 2023, apresentaram "uma queixa formal junto da Provedoria de Justiça, no sentido de evidenciar a responsabilidade do Estado na revisão da nossa carreira".

"De qualquer modo, e sabendo que o Programa eleitoral da Aliança Democrática, apresentado a sufrágio no passado dia 10 de março, previa a revisão da carreira dos Administradores Hospitalares, acrescido do facto de ter sido já adiantado que a revisão das carreiras da administração pública pendentes será uma prioridade para o próximo governo, os Administradores Hospitalares Portugueses esperam um compromisso claro do Governo", exigem. 

Para além do pedido de reunião para discussão deste tema, a APAH procurará ainda apresentar em detalhe, à Ministra da Saúde, "o seu plano de prioridades para a gestão do SNS, oportunamente apresentado à Aliança Democrática em janeiro de 2024, esperando que este documento possa contribuir para as políticas de saúde no âmbito do programa do XXIV Governo constitucional". 

 
Sessões pretendem capacitar os cuidadores informais, numa iniciativa do projeto CaregIVR
Cuidar de quem cuida, ao dotar os cuidadores informais de ferramentas, conhecimentos e metodologias que melhorem a sua...

O primeiro momento do ciclo terá como tópico orientador “Ginásio para a mente, estratégias de autoestimulação cognitiva” e pretende sensibilizar os cuidadores informais para a importância de se manterem ativos e mentalmente saudáveis. A importância de manter o equilíbrio emocional dos cuidadores será explorada no dia 16 de abril, naquela que é a segunda sessão do ciclo, apresentando como tema “Regulação Emocional, um olhar para cuidar de quem cuida”. Finalmente, e porque é de extraordinária importância garantir também o bem-estar físico destas pessoas, de forma a assegurar não só a sua saúde, mas também a prestação com qualidade dos cuidados, a última sessão (no dia 23 de abril) tem como mote “Cuidar de Quem Cuida: Promover o bem-estar físico e prevenção de lesões”.

Um projeto de investigação dedicado aos que cuidam

Durante este ciclo de sessões, a ESSATLA vai também apresentar o projeto CaregIVR, que teve início em novembro de 2023 e que, ao longo de 36 meses, tem como objetivo perceber quais as principais dificuldades dos cuidadores informais de doentes pós AVC (Acidente Vascular Cerebral), assim como prestar apoio e promover a literacia acerca das doenças cardiovasculares. A realidade virtual é uma aliada do projeto, permitindo criar simulações dos desafios experienciados por aqueles que necessitam de cuidado, melhorando assim a preparação dos cuidadores.

O projeto pretende ainda investigar e analisar a incidência de AVC em Portugal, Itália, Polónia, Espanha e Ucrânia, países parceiros do projeto, nos quais esta é uma das principais causas de morte e incapacidade. Em Portugal, estima-se que existam cerca de 1,4 milhões de cuidadores informais, que desempenham um papel fundamental no apoio a pessoas que o necessitam devido a diversas causas, entre elas as doenças cerebrovasculares. O acesso a serviços de reabilitação e serviços de saúde é também potenciado com a presença de prestadores de cuidados, pelo que a capacitação e apoio deste grupo de cuidadores permitirá uma melhoria nos cuidados do doente, assim como um melhor estilo de vida para ambas as partes. 

As três sessões que vão ser ministradas em abril não têm nenhum custo associado, tendo uma capacidade máxima de 30 participantes. As inscrições são obrigatórias e podem ser realizadas por e-mail ([email protected]) ou através de contacto telefónico (214 177 186). Sublinhe-se que os interessados podem participar apenas numa das sessões disponíveis, pelo que devem escolher a que mais se adequa às suas necessidades ou interesses. 

 
Saúde Mental
Para grande maioria das pessoas, a primavera está associada a boa disposição, no entanto, muitas fic

Os sintomas geralmente iniciam-se entre março e abril. A intensidade varia consoante a pessoa, e podem englobar fadiga ou cansaço inexplicável por outra causa; fraqueza; tristeza; desmotivação; dificuldade de concentração e da memória; apatia; alergias alteração do padrão de sono; diminuição da líbido; diminuição da energia; falta de apetite; irritabilidade, nervosismo e ansiedade; e dor de cabeça ou dores musculares. Importa salientar que a astenia da primavera parece ser mais prevalente nas crianças, seniores e em mulheres, sobretudo entre os 35 e os 50 anos de idade.

Causas do aparecimento da astenia de primavera:

O cérebro produz vários neurotransmissores (e.g., serotonina, melatonina ou cortisol), que interferem na regulação do humor, das emoções, do estado de espírito ou no ritmo circadiano (sono), sendo a produção regulada, entre outros fatores, pela exposição solar. Na origem da astenia da primavera podem estar diversas alterações fisiológicas que o organismo promove de forma a adaptar-se a mudanças climatéricas como a mudança de luminosidade, humidade, temperatura, e pressão atmosférica trazidas pela nova estação.

Fatores que podem agravar os sintomas da astenia da primavera: 

O facto de os dias serem maiores pode levar-nos a ficar ativos até mais tarde; quem escolhe ir ao ginásio mais tarde, onde a atividade de alta intensidade perto da hora de deitar pode interferir com o tempo que levamos a adormecer; a mudança da hora na primavera no último fim de semana de março e o aumento do número de horas de luz e exposição solar, pois existem pessoas que têm maiores dificuldades em fazer a adaptação e podem levar mais tempo; uma alimentação pouco equilibrada, o stresse e a ausência de atividade física regular (sedentarismo); e as alergias ao pólen que acabam por interferir com o sono.

O que fazer?

Uma vez que não existe um tratamento específico para a astenia da primavera, há que prevenir/atenuar os sintomas. Para isso, seguem-se algumas recomendações: fazer uma alimentação equilibrada e variada, rica em fruta e vegetais; não consumir cafeína em excesso; fracionar as refeições, não fazer jejum mais de 3 horas; levantar cedo de manhã e praticar exercício físico regularmente, de preferência de manhã ou ao final da tarde, pelo menos 40-50 minutos, 3-4 vezes por semana ( exercício aumenta a produção de endorfinas que promovem a sensação de bem-estar); dormir 7-8 horas por noite, mantendo as horas de deitar e acordar regulares; beber entre 1,5L a 2L de água diariamente (manter hidratação); aprender a gerir o stress: planeie bem o dia, estabeleça prioridades e partilhar tarefas.

Quando consultar o médico:

Em alguns casos, a consulta de um médico pode ser importante, no sentido de ajudar a pessoa a controlar os sintomas e a recuperar os níveis de energia habituais. A boa notícia é que estes sintomas da astenia da primavera são temporários e não duram mais do que 2 a 3 semanas (caso se prolonguem mais no tempo, deve-se recorrer a apoio médico).

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estima-se que, até 2080, quase 5% da população seja atingida
“A demência é um desafio global de saúde pública e o seu impacto em Portugal ainda não é claro, mas o número de pessoas...

“Trata-se de um estudo pioneiro das tendências da prevalência de demência em Portugal, que estima o impacto que este grupo de doenças poderá ter no país até 2080”. Os resultados indicam que o número de pessoas que vive com demência deverá escalar nas próximas décadas, sobretudo devido ao envelhecimento acentuado da população Portuguesa. A idade é um dos principais fatores associados ao aparecimento deste tipo de doenças, que inclui, por exemplo, a doença de Alzheimer e demência frontotemporal. Em 2080, num cenário de projeção central, prevê-se que quase 40% da população portuguesa tenha 65 ou mais anos, e destes, metade tenha 80 ou mais anos. Este crescimento dos grupos mais envelhecidos da população, fará aumentar o número de casos de demência. Estima-se que o número de pessoas com esta doença aumente de 222 mil em 2020 para 450 mil em 2080, no cenário de projeção mais elevado. Este número representará quase 5% do total da população portuguesa em 2080, quando terá sido cerca de 2% em 2020.

Para chegarem a esta conclusão, as investigadoras utilizaram taxas de prevalência de demência por idade e sexo, com base em dois critérios de diagnóstico, encontradas noutros estudos realizados em Portugal. Essas taxas foram aplicadas às projeções da população portuguesa até 2080, para diferentes cenários de crescimento populacional. Segundo destacam, “os dados apontam para o peso expressivo nos grupos com idade mais avançada: prevemos que 3 em cada 4 pessoas com demência em 2080 tenha 80 ou mais anos”. O estudo reforça, ainda, que a doença continuará a ser mais frequente nas mulheres.

Note-se que a demência, é a sétima causa de morte e a quarta causa de sofrimento grave relacionado com a saúde a nível mundial. As autoras consideram urgente a concretização dos planos nacional e regionais da saúde para as demências. Sublinham a importância de medidas concertadas para o diagnóstico precoce, bem como para os cuidados a prestar desde o diagnóstico até ao luto, envolvendo doentes e também cuidadores, que incluem familiares e profissionais. “Há muito a fazer em termos de prevenção de fatores de risco modificáveis (sedentarismo, diabetes, hipertensão), aumento da capacidade de diagnóstico, criação de serviços especializados na comunidade, incluindo cuidados de longa duração e cuidados paliativos, capacitação e formação de profissionais e cuidadores para responder aos desafios da doença, aumento de campanhas de sensibilização, e um maior investimento para a investigação nesta área”, afirma Sara Alves. A autora destaca os projetos inovadores do CIDIFAD desenvolvidos no apoio às demências, nomeadamente, na estimulação multissensorial e na capacidade de condução, financiados pela Fundação “la Caixa”, BPI. Destaca ainda a colaboração com centros de investigação da Universidade do Porto, nomeadamente com o centro Porto4Ageing na criação de um Living Lab no CIDIFAD para testar soluções digitais na área da demência, projeto apoiado pelo Interreg España-Portugal.

O artigo científico, disponível para consulta aqui, contou com o apoio do Programa do Centro Operacional Regional Norte de Portugal, integrado no Acordo de Parceria PORTUGAL 2020, que apoia a Santa Casa da Misericórdia de Riba D’Ave; e por fundos nacionais da Fundação para a Ciência e Tecnologia que apoia o CINTESIS@RISE da Universidade do Porto. 

 
Sessão online e gratuita
A Mamãs Sem Dúvidas apresenta mais um Curso Flash, um evento imperdível para as futuras mamãs, que irá decorrer em formato...

Durante este curso, irão ser abordados temas fundamentais relacionados com o sono, tanto para a grávida como para o bebé, visto que os recém-nascidos apresentam ciclos de sono diferentes, que no pós-parto são de apenas de uma a quatro horas de dormida, seguidas de uma a duas horas acordado.

Fazendo as contas, no primeiro mês de vida, o bebé chega a dormir uma média de 16 horas por dia, o que vai contribuir para a privação de sono dos pais, que está associada a problemas de humor, frustração e impactos na vida familiar e laboral.

Por este motivo, Ana Maria Pereira, Terapeuta do Sono, compartilhará alguns dos seus conhecimentos sobre o sono da grávida e ainda irá oferecer dicas valiosas para garantir um descanso tranquilo.

Esta sessão conta ainda com a participação de Diana Santos, Formadora BebéVida, sobre a importância do momento do parto para a recolha das células estaminais, incidindo nas potencialidades das células estaminais para o tratamento de múltiplas doenças.

 
Temas discutem-se nas Jornadas de Psicologia IUCS-CESPU
Seja hoje ou em cinco anos, metade dos jovens portugueses apontam o acesso a um emprego e à saúde como as suas principais...

Estas serão temáticas a abordar durante as Jornadas de Psicologia do Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS) da CESPU, que se realizam a 9 de abril, no Hotel Porto Palácio.

Sob o mote "Ser Jovem – Desafios do Presente. Um Olhar sobre o Futuro”, durante estas jornadas serão traçados os perfis da população jovem portuguesa no âmbito económico, laboral, habitacional, participação ativa na sociedade e, sobretudo, o impacto no autocuidado e na saúde mental. Na atualidade, os jovens portugueses auferem em média 1007 euros – sendo o salário deles 26% mais alto que o das jovens mulheres. Acima dos 25 anos, dois terços trabalham em média entre 40 e 50 horas semanais.

Em termos habitacionais, entre aqueles que já não dependem da família, 20,18% tem já habitação própria, mas 34,86% arrenda casa – com valores médios de renda de 428 euros, mas 11,76% pagam mais de 700 euros mensais. Registam-se aqui também diferenças entre regiões: o valor médio despendido no acesso a habitação por jovens do litoral é 47% superior àquele que se verifica no interior do país (430€ vs. 292€).

Estes são alguns dos dados que estarão no centro do debate nas XXIV Jornadas de Psicologia. Vão ser apresentados pelo SINCLab – Social Inclusion Laboratory, grupo de investigação responsável pelo estudo RETRATO DA POPULAÇÃO JOVEM PORTUGUESA Quem São, o Que as/os Move “Agora” e Quais as Suas Expectativas realizado em 2023. Com coordenação científica de Alexandra Serra, professora no Departamento de Ciências Sociais e do Comportamento do Instituto Universitário de Ciências da Saúde da CESPU, e Rui Serôdio, professor na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, este diagnóstico nacional contempla 5137 respostas de jovens entre os 12 e os 30 anos e foi elaborado a pedido da Movijovem.

Programa: Certezas e erros na autonomização dos jovens

O encontro científico da CESPU, já na sua 24.ª edição, terá conferência inaugural proferida pelo conhecido psicólogo Eduardo Sá.

Durante todo o dia serão debatidos os problemas, perceções e políticas presentes (ou ausentes) no processo de autonomização e desenvolvimento dos jovens adultos, e que contarão com a intervenção de investigadores das áreas da psicologia e da economia, e também ao mais alto nível pela Ordem dos Psicólogos Portugueses, pelo Conselho Nacional da Juventude, pela Movijovem, pela Federação Académica do Porto e pela Social Business School. De destacar ainda a apresentação de um conjunto de medidas, programas e projetos focadas na população juvenil com evidência demonstrada de impacto, como a Pista Mágica e o Movimento Transformers. Todo o programa disponível aqui.

Este evento integra ainda um Mural Coletivo construído com as partilhas individuais dos participantes de todas as Jornadas Científicas do IUCS-CESPU que decorrem esta semana, alargando a reflexão sobre o tema.

As Jornadas de Psicologia do IUCS são realizadas pelo Departamento de Ciências Sociais e do Comportamento do IUCS-CESPU, em conjunto com o Núcleo de Psicologia da Associação de Estudantes. E inclui também três workshops disponíveis apenas para os alunos da CESPU, no dia anterior às jornadas. Em foco estarão temas como empregabilidade, educação financeira e o autocuidado – neste último caso, com o título Não aguento mais! O que se passa?!?, a psicóloga Ana Lage Ferreira abordará os desafios e dificuldades da vida universitária.  

 
Dia 12 de abril
A NOVA Medical School abre as suas portas no dia 12 de abril, às 14h30, no Campo Mártires da Pátria, para todos aqueles que...

Durante este dia, os participantes vão poder contactar diretamente com docentes, investigadores e estudantes, conhecer as instalações da Faculdade e esclarecer dúvidas e questões sobre os Mestrados em Investigação Biomédica, Nutrição Humana e Metabolismo, Epidemiologia, Bioestatística e investigação em Saúde, Gestão da Investigação Clínica e Uma Saúde: Saúde Pública Humana e Animal.

A oferta de formação pós-graduada conferente de grau da NOVA Medical School é ampla e diversificada ao nível dos cursos de Mestrado e tem como objetivo potenciar o conhecimento e formar profissionais com competências para desenvolver de forma autónoma projetos de investigação científica nos domínios académico e de investigação, bem como na prática clínica e em ambiente empresarial.

A participação no Open Day Mestrados da NMS é gratuita, estando apenas sujeita ao preenchimento do formulário disponibilizado neste link.

 
António Raminhos e dupla musical ‘Anjos’ são os embaixadores
No próximo dia 10 de abril, às 17h30, no Auditório da Fundação Champalimaud será lançada a Associação Portuguesa OCD Foundation...

A associação POCDF procura criar um centro de apoio para os doentes e famílias que permita a integração dos diversos tipos de tratamentos reconhecidos como válidos para melhorar a vida dos doentes com POC. Para isso conta com um conselho científico composto por alguns dos principais especialistas nacionais ligados à área da saúde mental em Portugal. Albino Maia é o presidente do conselho científico e também médico psiquiatra na Fundação Champalimaud; Pedro Morgado, Coordenador Regional de Saúde Mental da Região Norte e chefe da Unidade de Perturbações do Especto Obsessivo-Compulsivo do Hospital de Braga; Sónia Dias, Diretora da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP-NOVA) e Coordenadora do Centro de Investigação em Saúde Pública e Carla Branco, Psicóloga clínica com especialidade avançada em psicoterapia, são os membros que completam este comité científico.

Como embaixadores e rostos da associação juntam-se o humorista e ator António Raminhos, uma personalidade nacional que tem abordado diversas temáticas do foro mental, e os músicos Nelson e Sérgio Rosado, conhecidos como ‘Anjos’.

O lançamento da associação será feito no Auditório da Fundação Champalimaud, no âmbito da realização da ‘1ª Conferência Portuguesa sobre Estimulação Cerebral em Saúde Mental’, e contará com a presença de António Raminhos para realizar ao vivo a próxima edição do seu podcast ‘Somos todos Malucos’, contando com a presença de dois convidados que vivem com POC.

Paulo Sousa Marques, presidente da associação POCDF, afirma “Criei esta associação porque convivo diariamente com a POC, através do meu filho Miguel diagnosticado desde os seis anos com esta perturbação, e sinto que ainda existe um grande desconhecimento sobre esta doença, muitas vezes uma descredibilização, e é necessário estarmos todos atentos enquanto sociedade aos sinais da POC nomeadamente através dos conhecidos ‘rituais’ para conseguirmos apoiar de forma eficaz quem vive e convive com esta doença”.

Para mais informações consulte: https://www.pocdf.pt/.

 
12 de abril
“Segurança dos medicamentos: tod@s podemos contribuir!” é o mote da próxima sessão informativa do Projeto Saúde Mental 360º...

A segurança dos medicamentos é um pilar fundamental da saúde pública. É necessário consciencializar a população para a importância do uso seguro dos medicamentos, assim como para o papel do cidadão na sua promoção, nomeadamente através da notificação de suspeitas de reações adversas a medicamentos.

Margarida Espírito Santo, farmacêutica, professora na Universidade do Algarve e presidente do Conselho Científico da Unidade de Farmacovigilância do Algarve e Baixo Alentejo, conduzirá a sessão, que visa sensibilizar os participantes para o uso responsável da medicação, contribuindo ainda para a segurança do medicamento.

Investir na literacia em saúde e na capacitação das pessoas para navegarem no sistema de saúde e tomarem as suas decisões de forma responsável é cada vez mais importante. “Tudo isto contribui para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e a sustentabilidade do sistema de saúde”, explica Ricardo Valente Santos, psicólogo e gestor do projeto Saúde Mental 360º Algarve.

As sessões informativas “Saúde em Dia” pretendem esclarecer a população algarvia sobre importantes temas relacionados com a área da saúde e prevenção e gestão da doença, através de uma comunicação simples e objetiva que desmitifica alguns conceitos. Para isso, contam com o apoio de profissionais de saúde e de associações de doentes associadas à Plataforma Saúde em Diálogo, que se juntam nesta missão de promover a qualidade de vida e o bem-estar da comunidade idosa do Algarve.

A iniciativa é gratuita e aberta ao público em geral.

 
 
 
“Por Falar em Segurança”
Foi lançado no Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, o podcast "Por Falar em Segurança”, uma iniciativa da B. Braun que visa...

“A segurança do doente e dos profissionais de saúde é uma prioridade absoluta para nós. Acreditamos que, ao reunir diversos pontos de vista e experiências, podemos impulsionar melhores práticas e promover um ambiente mais seguro para todos. Este projeto oferece uma oportunidade valiosa para os profissionais de saúde aprimorarem as práticas clínicas e fortalecerem o compromisso com a segurança do doente”, explica Isabel Dias, Medical & Scientific Affairs Manager da B. Braun. 

Além de ser uma ferramenta importante para os profissionais de saúde, a B. Braun espera que este podcast possa ser uma plataforma educativa para o público em geral. Ao fornecer informações confiáveis e de fácil acesso, a empresa pretende capacitar os ouvintes para que se tornem mais informados e conscientes sobre os cuidados com a saúde. 

"Queremos não só aumentar a literacia em saúde, mas também criar uma plataforma que promova uma compreensão mais profunda dos desafios enfrentados na segurança do doente", acrescenta Mafalda Fateixa, Project Manager Communication & Marketing da B. Braun. "Acreditamos que ao capacitar as pessoas com conhecimento, podemos ajudá-las a tomar decisões mais informadas sobre a sua própria saúde e bem-estar". 

O primeiro episódio do podcast “Por Falar em Segurança”, será sobre a hidrocefalia de pressão normal — uma doença que se caracteriza pela acumulação de líquido no cérebro, mas que neste caso particular pode ser revertida. Para desmitificar o tema, o episódio conta com a presença do neurocirurgião Miguel Carvalho para falar sobre os principais sintomas, diagnóstico diferencial e tratamento.  

O podcast está também disponível em formato de videocast, permitindo que os espectadores tenham acesso à imagem.  

Os episódios podem ser vistos no website da B. Braun, em www.bbraun.pt/porfalaremseguranca, ou diretamente no Spotify.  

 
Candidaturas abertas até 31 de maio
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) acaba de lançar a mais recente edição do Prémio de Jornalismo, cujas candidaturas vão...

Com o apoio da AstraZeneca, o Prémio de Jornalismo 2023 vai atribuir um montante global de 10 mil euros aos melhores trabalhos a concurso. O valor será distribuído pelas categorias audiovisual (televisão e rádio) e Imprensa (imprensa e internet), cujos vencedores recebem cinco mil euros cada.

Podem concorrer ao Prémio de Jornalismo 2023 todos os jornalistas habilitados com carteira profissional e que tenham publicado trabalhos na área de oncologia, em língua portuguesa, num meio de comunicação nacional, entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2023. O Prémio só aceita candidaturas de um máximo de três trabalhos por jornalista e, no caso das candidaturas coletivas, as equipas a concurso não podem ultrapassar os três elementos. 

Francisco Cavaleiro de Ferreira, Presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, sublinha a importância da iniciativa da LPCC que pretende valorizar o trabalho dos jornalistas e dos meios de comunicação social na área da oncologia. “Trata-se de uma distinção cada vez mais relevante quando se assiste ao crescimento dos números da doença oncológica, em Portugal e em todo o mundo”, afirma o Presidente da LPCC.  Francisco Cavaleiro de Ferreira acrescenta ainda “é com muito orgulho que voltamos a abrir as candidaturas para o Prémio de Jornalismo. Aproveito para agradecer à AstraZeneca pelo apoio, sem o qual não seria possível continuarmos este trabalho pelo fortalecimento de uma informação plural e rigorosa sobre o cancro”.

Tal como nas edições anteriores, o painel de jurados do Prémio de Jornalismo 2023 é  presidido pelo antigo Ministro da Educação Marçal Grilo e conta com a contribuição de Maria do Céu Machado, Professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e Presidente da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa, Pedro Pita Barros, Professor de Economia da Nova School of Business and Economics da Universidade Nova de Lisboa, António Granado, jornalista e co-coordenador do mestrado em Comunicação de Ciência na Universidade Nova de Lisboa e Dulce Neto, Editora Executiva do Observador.

Para mais informação sobre o regulamento e o processo de candidatura aqui

 
5.ª edição do Inclusive Community Forum (ICF)
A Nova SBE recebe, no próximo dia 11 de abril, entre as 18h00 e as 20h00, a 5.ª edição do evento anual do Inclusive Community...

Trata-se do Inclusive Talks 2024, um evento que junta a comunidade de empresas, organizações sociais, instituições de ensino, pessoas com deficiência e respetivas famílias para partilhar as iniciativas promovidas no âmbito dos diferentes projetos do ICF. Para além do balanço da atividade desenvolvida nos primeiros seis anos, serão revelados os resultados do impacto das iniciativas desenvolvidas pelo ICF nas áreas de empregabilidade e educação de pessoas com deficiência e ainda apresentadas as perspetivas para o futuro.

O evento, sujeito a inscrição prévia, é gratuito e aberto a todos os que se interessam pelos temas de inclusão e deficiência.

No âmbito da empregabilidade, o Inclusive Community Forum foi responsável, entre outros, pela criação da Jornada para a Inclusão (conjunto de iniciativas que promovem o compromisso com a inclusão, a sensibilização e a capacitação das empresas com o recrutamento de pessoas com deficiência e que, desde a sua génese já envolveu 61 empresas) e pelo programa Peer2Peer (dedicado à preparação para o mercado de trabalho que, através de um caminho feito em pares, capacita  pessoas com deficiência e alunos do ensino superior para o mercado laboral).

Desde que foi criado em 2018, o programa já contou com a participação de mais de 260 pessoas (126 pessoas com deficiência e 136 alunos universitários). Este ano, estará presente  em  cinco  Instituições de Ensino Superior – a Nova SBE, a Nova School of Law, a Nova Medical School, a Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa e a Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa.

No que se refere ao tema da educação, o ICF co-criou, em conjunto com a sua comunidade, a Jornada para Capacitação (um conjunto de projetos de capacitação de pessoas com deficiência e de docentes que juntam instituições de ensino, organizações sociais e empresas como cocriadores e dinamizadores das soluções para uma maior inclusão de pessoas com deficiência no seu percurso de educação e consequente preparação para o mercado de trabalho).

Nos dias 11 e 12 de abril
O evento organizado pela European Society of Brain Stimulation e a Fundação Champalimaud está agendada para os dias 11 e 12 de...

O evento contará com a presença de oradores de renome mundial, como Paul B. Fitzgerald, da Universidade Nacional Australiana, Austrália; Helen S. Mayberg, da Escola de Medicina Icahn de Mount Sinai, Nova Iorque, EUA; Michael D. Fox, da Escola de Medicina de Harvard, Boston, EUA; Ana Maiques, da Neuroelectrics, Barcelona, Espanha e Walter Paulus, da LMU Klinikum, Munique, Alemanha

Para além da distinta lista de oradores principais, a conferência incluirá simpósios e apresentações orais que mostrarão a investigação de ponta em neuroestimulação por especialistas como Andrea Antal, Axel Thielscher, Chris Baeken, Debby Klooster, Giordano d'Urso, Joan Camprodon, Jonathan Downar, Robin Cash, Shan Siddiqi, Tracy Barbour e Vera Moliadze.

Um dos pontos altos da conferência será uma mesa redonda dedicada ao tema EU Regulation of Non-invasive Brain Stimulation Medical Devices (Regulamentação na UE dos Dispositivos Médicos de Estimulação Cerebral Não-Invasiva). Moderada por Walter Paulus, da Universidade Ludwig Maximilians, esta sessão contará com a presença de convidados que representam várias perspectivas, incluindo organismos reguladores europeus e nacionais, investigadores, clínicos, profissionais da indústria, utilizadores e especialistas em ética.

A Fundação Champalimaud vai também acolher a 1st Portuguese Conference on Brain Stimulation, no dia 10 de abril, na qual participarão médicos, outros clínicos e investigadores portugueses de renome nesta área. Esta será a primeira iniciativa pública do recém-criado núcleo de Neuromodulação da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental. Adicionalmente, em parceria com o Museu Egas Moniz, será assinalado o 75º aniversário do Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina de Egas Moniz (1949).

O evento terminará com um episódio em direto do podcast "Somos Todos Malucos" de António Raminhos, aberto a todos os participantes. Dois convidados partilharão os seus percursos pessoais de tratamento e recuperação em saúde mental, enquanto Joana Andrade, psiquiatra especializada em ECP (Estimulação Cerebral profunda) e EMT (Estimulação Magnética Transcraniana), partilhará a sua visão, do ponto de vista médico.

8.ª edição do Prémio Jornalismo em Saúde – 2023
Dos 63 trabalhos que concorreram à 8ª edição do Prémio Jornalismo em Saúde, o júri do prémio composto pelos jornalistas Cesário...

A jornalista Raquel Albuquerque foi a vencedora da Categoria Grande Prémio, com o trabalho “Lições para a próxima pandemia”, publicado no jornal Expresso. 

Na Categoria Imprensa, Ana Tulha e Leonel de Castro foram premiados pelo trabalho “O cancro tem latitude e longitude”, publicado na revista Notícias Magazine. 

Ana Luísa Galvão e equipa - Luís Bernardino, Rogério Esteves, José Eduardo Zuzarte, Ana Rita Sena, Fernando Ferreira e Nuno Gonçalves foram destinguidos na Categoria Televisão pelo trabalho “Falta de médicos no SNS”, transmitido na SIC pelo trabalho “Falta de médicos no SNS”, transmitido na SIC; 

Na Categoria Rádio, Rita Fernandes venceu com o trabalho “Fintar o destino”, emitido na Antena 1. 

Na Categoria Digital, Joana Gonçalves, Sofia Neves, Daniel Rocha, Paulo Pimenta, Rui Gaudêncio e Rui Barros, foram premiados pelo trabalho “Enxaquecas, viver com uma bomba relógio na cabeça”, divulgado no jornal Público. 

O Prémio Temático | Saúde Mental foi atribuído à jornalista Ana Cristina Pereira, pelo trabalho “Ao fim de 40 anos Vicente não queria sair da prisão”, publicado no jornal Público.

Por decisão do Júri, o Prémio Carreira não foi atribuído nesta edição, bem como o Prémio Universitário Revelação, uma vez que não foram recebidos trabalhos para esta categoria. 

O “Prémio APIFARMA/Clube de Jornalistas – Jornalismo em Saúde” tem um valor total de 23.500 euros a distribuir pelas diferentes categorias e resulta de um protocolo assinado entre as duas entidades, em 2016, com objetivo de aprofundar o papel da APIFARMA enquanto parceiro ativo da Sociedade Civil e contribuir para a vitalidade do projeto Clube de Jornalistas.

 
Revela estudo Pulse Report: ECPR 2024
Segundo o estudo Pulse Report: ECPR 2024, cujos dados foram divulgado no âmbito do Dia Mundial da Saúde, 42% dos inquiridos...

Neste Estudo, a Intrum procurou analisar qual a relevância atribuída aos gastos com a Saúde, pelos consumidores portugueses.

Segundo o “Pulse Report: ECPR 2024”, a maioria dos consumidores espera conseguir passar por 2024 sem deixar de pagar as suas contas. No entanto, uma minoria reduzida, mas significativa, está preocupada que algumas das suas contas tenham que ficar por pagar: 6% dos portugueses esperam ter que saltar um ou mais pagamentos este ano. Já na Dinamarca e Suíça, quase um quinto dos consumidores (18%) encontram-se nesta posição, demonstrando que países ricos também enfrentam dificuldades com o aumento do custo de vida. A média europeia situa-se nos 11%.

Perante a situação de o dinheiro não chegar para pagar todas as contas, e existindo a necessidade de escolher aquelas que serão pagas, a conta pessoal de Internet ou Banda Larga (55%) e os Seguros de Saúde ou de Vida (42%) são consideradas despesas com potencial a serem cortadas.

Luís Salvaterra, Diretor-Geral da Intrum Portugal, alerta que “A deterioração contínua do ambiente económico está a afetar os consumidores, tanto material quanto mentalmente. O nosso estudo mostra uma deterioração significativa nas finanças do consumidor, com um número cada vez maior de pessoas a lutar por pagar as suas contas, sendo forçadas a tomar decisões sobre quais vão incumprir. Sem dúvida, veremos mudanças marcantes nos gastos e no comportamento do consumidor como resultado destas pressões. A inflação generalizada e o aumento das taxas de juros nos últimos anos, continuam a ser uma grande preocupação.”

O estudo Pulse Report: ECPR 2024 analisou, ainda, a forma como os consumidores priorizam certos compromissos em relação a outros. Os pagamentos de Ginásios tendem a ser os primeiros a sofrer cortes, com 80% dos consumidores portugueses a afirmarem que deixariam de fazê-lo para aliviar a pressão financeira. Os serviços de subscrição também parecem vulneráveis, com 79% dos inquiridos a considerá-los gastos que potencialmente escolheriam sacrificar.

Um número significativo de consumidores também admite poder deixar de pagar algumas contas, onde as consequências poderiam ser mais graves. Quase metade dos inquiridos portugueses (49%) afirmam que o pagamento de prestações de um artigo de alto valor, como um carro ou eletrodomésticos, estaria entre as principais contas que deixariam de pagar se necessário. Esta situação será problemática para quem concedeu o crédito para financiar estas compras.

O estudo da Intrum, Pulse Report: ECPR 2024 revelou ainda que 37% dos inquiridos considera que, nos últimos 12 meses, a sua saúde mental foi afetada devido a preocupações com finanças pessoais e respetiva capacidade de pagar as contas. Valor em linha com a média europeia de 38%. Curiosamente, a Irlanda e a Noruega são os países que ocupam o topo da classificação com 52% e 48%, respetivamente

Quase 40% referiu ainda que a falta de dinheiro levou a que os consumidores diminuíssem a importância que davam à sua saúde física (por exemplo, devido à necessidade de comprar comida barata, ao custo da inscrição no ginásio, etc.). Aqui também a Irlanda e a Noruega surpreendem ao liderarem a tabela com 55%.  A média europeia é de 42%. 

 
Crianças desenham sobre o que é ser saudável
Celebra-se este domingo (dia 7 de abril) o Dia Mundial da Saúde, a data em que há 76 anos foi fundada a Organização Mundial da...

"Partilhamos convosco vários  desses olhares, através  de desenhos feitos por crianças e jovens dos 3 aos 14 anos, sobre a temática deste dia. As suas perspetivas ajudam a resgatar a Saúde como património  humano e a destacar a importância  e necessidade de garantir acesso universal aos recursos de saúde e a um ambiente saudável", destaca o presidente da SRCOM.

Explica ainda: "Através  dos seus desenhos, estas crianças e jovens comunicam-nos a importância de crescer saudavelmente, interpretam e dizem o que é ter saúde, e o que podemos fazer para a ter". Os desenhos serão publicados no site e nas redes sociais da SRCOM.

Recorde-se que a OMS ressaltou para esta data o tema " a minha saúde, o meu direito", sublinhando a Saúde como direito humano fundamental,  não  um luxo, num mundo onde milhões  de pessoas a veem limitada ou ameaçada por doenças, desastres, conflitos, crise climática.

"Porque  as crianças  são  o futuro, e nos mostram a importância de crescer com saúde, o que é ser saudável e o que devemos fazer para ter saúde, queremos perceber e dar a conhecer as suas perspetivas para esta missão à qual a SRCOM se associa", conclui Manuel Teixeira Veríssimo.

 

  
Cancro de pele
Não, não é verdade que apenas as pessoas de pele clara podem ter melanoma maligno ou que o bronzeame

Em Portugal, estima-se que sejam diagnosticados, anualmente, cerca mil novos casos de melanoma. Um tipo de cancro de pele que, embora não seja o mais frequente, é o mais agressivo. 

Segundo Maria Goreti Catorze, médica dermatologista e Secretária-geral da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPD),  "o melanoma é temido devido à sua capacidade de se espalhar para outras partes do corpo, tornando-o potencialmente letal se não for diagnosticado e tratado atempadamente". Por isso, torna-se imperioso estar atento a toda e qualquer alteração na sua pele: "Há uma regra básica do A, B, C, D, E (assimetria, bordo irregular, coloração heterogénea, diâmetro superior a 6 mm e evolução/elevação). Mas, o mais seguro é consultar um dermatologista em caso de dúvida porque estas regras podem falhar". A dermatologista alerta ainda que, além de estarmos atentos aos sinais que já existem, devemos ter atenção "ao aparecimento de novos sinais".

De acordo com a especialista, o diagnóstico do melanoma maligno "é feito através de exame clínico da pele por vezes com recurso a exames complementares de diagnóstico como a dermatoscopia. A confirmação diagnóstica resulta sempre do exame histopatológico (vulgarmente designado por biópsia)". 

E quanto mais cedo este diagnóstico for feito, melhor. Já que o tratamento atempado e adequado ajuda a  "melhorar os resultados e a sobrevida dos pacientes com melanoma". "O diagnóstico precoce é crucial para um tratamento eficaz", reforça. 

Outro aspeto a salientar é que os melanomas não são todos iguais. "Os melanomas malignos podem ter comportamentos biológicos diferentes e gaus de invasão distintos", afirma a dermatologista. "No diz respeito ao grau de invasão e à evolução podem ser classificados em melanoma maligno in situ, localizado na camada mais superficial da pele que se denomina epiderme, melanoma maligno invasivo, que penetra nas camadas mais profundas da pele abaixo da epiderme e melanoma melanoma metastático, que se estendeu a outras partes do corpo tais como os gânglios linfáticos ou os órgãos profundos", explica a médica dermatologista.

Todos estes aspetos são essenciais para a definição do seu tratamento. "As opções terapêuticas para o tratamento do melanoma maligno são em primeiro lugar a excisão cirúrgica do tumor; em seguida a excisão duma margem de pele sã à volta da cicatriz a que chamamos margem de segurança; a largura desta margem depende da espessura do melanoma; por fim tratamentos sistémicos como imunoterapia e a terapia alvo". Segundo Maria Goreti Catorze, "tem-se assitido nos últimos anos a um avanço considerável nesta área". 

A par do melanoma, a médica dermatologista destaca ainda a importância de reconhecer que há outros tipos de cancro de pele que devemos conhecer. "Além do melanoma, há outros tipos de cancro da pele nos quais se incluem o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e outros de menos frequentes". 

"Os dois que destaquei têm em comum com o melanoma maligno o facto de terem como factor de risco a exposição solar. Além disso são mais prevalentes que o melanoma maligno. Mas, clinicamente são bastante diferentes. Não se parecem com sinais da pele. Podem aparecer sobre escamas ou crostas nas áreas fotoexpostas, podem abir pequenas feridas na pele, que ora cicatrizam ora re-abrem", esclarece. 

Em matéria de prevenção, a especialista recorda algumas regras essenciais para prevenir ou reduzir o risco de aparecimento destes tipos de cancro:

  • Evitar exposição solar nas horas de maior intensidade de RUV.
  • Usar chapéu, óculos escuros…
  • Usar proteçao solar FPS > 30.
  • Aplicar protetor 15-30 minutos antes de exposição solar, reaplicar de 2 em 2 horas.
  • Evitar solários.
  • Recomendar uso de auto-bronzeadores com dihidroxiacetona em pessoas que insistem em ter pele bronzeada.
  • Ter particular cuidado com as crianças.

"Além disso, uma dieta saudável e variada rica em antioxidantes e vitaminas pode ajudar na fotoproteção interna e consequentemente na diminuição do dano actínico", acrescenta. 

No que diz respeito aos principais mitos associados e já enumerados, a médica dermatologista e Secretária-geral da SPDV refere que "é importante esclarecer que pessoas com todos os tons de pele podem ter melanoma maligno embora obviamente numa probabilidade diferente, com subtipos clínicos diferentes. O bronzeamento artificial aumenta o risco de contrair cancro da pele porque as cabines emitem radiação ultravioleta numa quantidade que é impossível de contabilizar. Quanto à vitamina D, esta pode ser obtida através de outras fontes, como a dieta e suplementos". 

 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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