Tratamento de preservação do ovário

Ter cancro não significa renunciar ao sonho de ter um bebé

Resultados de um estudo revelaram que as mulheres que preservam a fertilidade por terem cancro apresentam um menor grau de preocupação com a doença.

O pensamento inicial e imediato ao receber um diagnóstico de cancro é, irei curar-me?, poderei continuar a trabalhar?, Terei uma vida normal?... e também, e cada vez mais, poderei ter um bebé depois do tratamento de quimio e radioterapia? Para responder a todas estas dúvidas e medos é importante que o doente receba a melhor, mais completa, clara e acessível informação sobre a doença, a terapia e as suas consequências.

“É necessário fazer um esforço informativo grande para que se conheçam todas as opções que existem para não renunciar ao sonho de ter um bebé depois de superar o cancro. Lamentavelmente, encontramos pessoas jovens que não preservaram os seus gâmetas (células reprodutivas - óvulos nas mulheres e espermatozóides nos homens) por falta de informação”, afirma o director do IVI Lisboa, Sérgio Soares.

“Dar o passo de preservar os gâmetas numa clínica de fertilidade para uma pessoa jovem que nunca tinha estado doente e de repente, lhe comunicam algo tão duro como a detecção de um tumor, ajuda a ver a doença como algo transitório e com um final feliz”, comenta a psicóloga do IVI Lisboa, Filipa Santos.

O estudo psicológico - Infertility and cancer in young woman. Psychological features - realizado pelo IVI a 40 mulheres a quem foi diagnosticado um cancro, em idade reprodutiva e no momento prévio ao tratamento de quimio e radioterapia, revelou que o grau de preocupação das pacientes com a doença decresceu no momento em que são submetidas ao procedimento de preservação de fertilidade. “O que só por si já constitui um bom motivo para o fazer”, comenta a psicóloga.

No estudo podemos ainda observar que 75% das mulheres que se submeteram à preservação do ovário fizeram-no com a finalidade de serem mães no futuro. Ainda que, também se tenha detectado a necessidade de muitas delas recuperarem a sua função hormonal.

“Nem sempre é fácil pensar no futuro quando é diagnosticado o cancro, mas no IVI Lisboa relembramos que 7 em cada 10 doentes superam a doença, e que é importante solicitar informação ao médico oncologista sobre a possibilidade de preservar a fertilidade, e se estiver indicado o procedimento, consultar os tratamentos disponíveis junto dos especialistas do IVI Lisboa”, reforça o director da clínica IVI, em Lisboa.

 

O que se deve fazer para preservar a fertilidade?

No caso dos homens, a opção mais adequada para terem a possibilidade de serem pais depois do cancro é congelar amostras de sémen antes de iniciar o tratamento oncológico.

 

Em que consiste a vitrificação de óvulos ou embriões?

Às mulheres que desejem preservar a fertilidade recomenda-se a crio preservação de óvulos, embriões ou tecido ovárico. Nos dois primeiros casos, inicialmente procede-se à estimulação ovárica, extraem-se os óvulos maduros que serão guardados por vitrificação ou inseminados para que se guardem os embriões. Quando superado o cancro, se não há fertilidade espontânea, pode-se tentar engravidar através de um tratamento de procriação medicamente assistida.

Reforçamos a necessidade de sensibilização e informação dos médicos oncologistas para a possibilidade de preservar a fertilidade dos seus doentes, apesar de não ser uma garantia de uma gravidez no futuro, é certamente um recurso a utilizar se os pacientes ficarem inférteis depois dos tratamentos oncológicos, comenta Sérgio Soares em jeito de conclusão.

 

Clínica IVI Lisboa

O IVI Lisboa, especializado em procriação medicamente assistida, integrada no Grupo IVI, está em Portugal desde 2006. O IVI Lisboa conta com uma equipa de 41 colaboradores entre os quais diversos profissionais de saúde (ginecologia, embriologia, andrologia, endocrinologia).

O IVI nasceu em 1990, em Espanha, como a primeira clínica médica especializada integralmente na Reprodução Humana. Actualmente, conta com 23 clínicas em 7 países, sendo considerada a instituição líder em medicina reprodutiva.

Fonte: 
IVI
Nota: 
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