Estudo revela:

Mudança na dieta aumenta sobrevida de homens com cancro na próstata

Homens que adoptam uma dieta baseada na ingestão de mais gorduras saudáveis encontradas em legumes, nozes e azeite têm taxas de sobrevida superiores, após um diagnóstico de cancro na próstata, do que aqueles cujas dietas se mantêm inalteradas.

A descoberta, publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA) Internal Medicine, sugere que mudanças na qualidade da dieta podem ser importantes para reduzir o risco de morte entre os homens cujo cancro da próstata ainda não se disseminou por outros órgãos.

«O consumo de óleos saudáveis e nozes aumenta os antioxidantes no plasma e reduz a insulina e a inflamação, que podem deter o avanço do cancro na próstata», afirmou o principal autor do estudo, Erin Richman, bolseiro de pós-doutoramento do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade da Califórnia em São Francisco.

O estudo incluiu 4.577 homens diagnosticados com cancro de próstata não-metastático entre 1986 e 2010.

Os cientistas descobriram que, os homens que substituíram 10% do total das calorias diárias ingeridas com gorduras vegetais saudáveis em vez de hidratos de carbono tiveram um risco 29% menor de desenvolver um cancro letal na próstata. Também apresentaram um risco 26% inferior de morrer de causas diversas.

Foi possível observar estes efeitos até mesmo com mudanças de hábito pequenas: adicionar uma colher de sopa de molho à base de azeite por dia vinculou-se a um risco 29% menor de desenvolver cancro de próstata letal e 13% menor de morte. Adicionar cerca de 31g de nozes por dia foi relacionado com um risco 18% menor de cancro de próstata letal e 11% menor de risco de morrer.

As gorduras vegetais saudáveis incluem azeite e óleos de canola, nozes, sementes e abacates.

Dois milhões e meio de homens vivem com cancro de próstata nos Estados Unidos e cerca de 30.000 devem morrer vítimas da doença este ano.

Embora estimativas apontem que a um em cada seis homens deva ser diagnosticado cancro de próstata ao longo da vida, a maioria não morre da doença.

No estudo da JAMA, menos de um quarto dos participantes - um total de 1.064 homens - morreu durante o período da pesquisa: 31% de doença cardiovascular, 21% de cancro de próstata e 21% de outros tipos de cancro.

Fonte: 
Diário Digital
Nota: 
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