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O que são as varizes?

Atualizado: 
02/07/2019 - 15:53
A Doença Venosa Crónica, conhecida como varizes, engloba todo um conjunto de sinais e sintomas que resultam da alteração estrutural e disfunção das veias dos membros inferiores. Saiba mais.
Varizes

O que é a Doença Venosa Crónica?

Comummente apelidadas de varizes, a doença venosa crónica são veias dilatadas com volume aumentado, tornando-se tortuosas e alongadas com o decorrer do tempo. No seu percurso pelo corpo, o sangue é transportado para as extremidades através das artérias. Dentro das veias existem pequenas válvulas que impedem o retorno venoso para os pés e quanto estas válvulas se tornam insuficientes, não fecham adequadamente e o sangue não progride, a quantidade de sangue aumenta, fica estagnado e faz com que as veias se dilatem e deformem tornando-se visíveis e com aspecto sinuoso.

Existem vários tipos de varizes?

Sim, existem dois tipos de varizes, as essenciais e as secundárias. O caso das varizes essenciais, responsáveis pela maior parte dos casos clínicos, trata-se de um problema de origem hereditária. Todavia, a predisposição genética de antecedentes familiares não significa que irá, forçosamente, ter varizes.

Por sua vez, as varizes secundárias são provocadas por tromboflebites e, mais raramente, podem surgir por fístulas arteriovenosas na consequência de hábitos prejudiciais ou, por exemplo, depois de acidentes que obrigam a pessoa a ficar muito tempo acamada sem tomar as devidas precauções profilácticas.

Quais as causas das varizes?

Na origem da doença venosa há sempre um ou mais factores determinantes, que podem ser de origem genética ou secundária a um factor circunstancial. O factor genético é responsável pela doença venosa primária, de início insidioso e com evolução mais ou menos lenta.

Os factores circunstanciais são vários, entre os quais se destacam, a trombose venosa profunda, os traumatismos, as terapêuticas hormonais femininas, a gravidez e um número considerável de factores causais como a obesidade, o ortostatismo prolongado, a toma excessiva de calor, o tabaco, a ingestão exagerada de bebidas alcoólicas, o excesso de peso, a permanência prolongada na posição de pé ou sentada e actividades em que é necessário realizar grandes esforços, tal como sucede em muitas profissões.

A doença venosa pode ser agravada pelo calor? Porquê?

Obviamente que sim, sobretudo se o calor for intenso e tomado por longos períodos. A circulação venosa é muito sensível à temperatura e o calor provoca uma vasodilatação das veias e capilares que origina uma maior acumulação de sangue estagnado, com o consequente agravamento da doença.

Quem sofre de doença venosa deve ter cuidados redobrados com a exposição aos raios solares?

É recomendável o uso de protectores solares de elevado índice de protecção; os banhos de sol devem ser tomados o mais perto possível da água; Nos primeiros dias de praia deve ter as pernas à sombra, expondo-se gradualmente ao sol. Os próprios que estejam já bronzeados devem ter o cuidado de, por cada 30 minutos de exposição solar fazer um banho de pelo menos 10 minutos. O sol em doses moderadas, o ar marítimo e a areia converte-se numa das melhores terapias que a Natureza, tão generosamente, põe ao nosso alcance. A água salgada contem cloreto de sódio, tem grande eficácia na redução dos edemas e a sua fresca temperatura é vasoconstritora sendo muito benéfica para quem sofre de varizes.

Quais as consequências de uma exposição solar sem cuidados?

A exposição prolongada e desregrada ao sol, sem a protecção adequada, tem como resultado imediato o eritema solar que consiste numa queimadura cutânea com vasodilatação intensa com descamação da pele. Associado ao calor intenso, a vasodilatação dos capilares, mesmo nas pessoas que não sofram da doença, pode originar o aparecimento dos «derrames». Quem já sofre de Doença venosa nomeadamente de varizes, o seu agravamento é inevitável.

Não tratar as varizes pode ter consequências?

Sim. As úlceras varicosas, provocadas por varizes não tratadas causam um aumento de pressão exercida pelo sangue sobre a pele. Esta, ao estalar, provoca uma chaga que é difícil de tratar, porque só é possível curar a ferida na pele atacando a causa, que é o mau funcionamento do sistema venoso.

O caso de maior gravidade decorre das flebotromboses: Quando um trombo de sangue que está preso numa veia se solta pode subir até aos pulmões e poder resultar numa embolia pulmonar e na morte.

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Nota: 
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