MP acusou 11 pessoas por burlas a seguradoras em mais de dois milhões de euros
Segundo informação disponibilizada na página na internet da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), os arguidos, “em data não concretamente apurada do ano de 2007, decidiram constituir-se num grupo organizado, de modo a celebrarem contratos de seguros de vida, ou de acidentes pessoais, em seu nome e em nome de identidades fictícias por eles criadas”.
A PGDL adianta que o objetivo dos arguidos era o “de participarem sinistros simulados e, com recurso a documentação falsa, acionarem as apólices de seguro e receberem as respetivas indemnizações”.
De acordo com a mesma informação, os suspeitos “forjaram documentos que permitissem a terceiros atestar acidentes simulados, visando que as companhias de seguros pagassem as indemnizações correspondentes, beneficiando de parte dela”.
O MP sustenta que “os arguidos obtinham, assim, rendimentos com o qual provinham à sua subsistência, ao seu sustento e aos proventos necessários para a sua vida, fazendo destas práticas modo de vida”.
“No âmbito da atividade desenvolvida, os arguidos participaram mais de 20 sinistros simulados a pelo menos 13 companhias de seguros, logrando obter pagamentos indevidos (indemnizações), subjacentes às apólices contratadas previamente com esse objetivo, em valor superior a 2.150.550,00 euros”, sustenta a acusação.
O MP requereu o julgamento por tribunal coletivo.
Segundo a nota da PGDL, um dos arguidos viu a medida de coação de prisão preventiva ser alterada para prisão domiciliária.
Em 05 de outubro, a Polícia Judiciária (PJ) anunciou que, além do arguido sujeito a prisão domiciliária, outros dois estavam obrigados a apresentar-se periodicamente às autoridades.
Os três são considerados os “principais mentores e executantes do plano”, segundo a PJ.
O processo, declarado de excecional complexidade, foi dirigido pelo MP na 1.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal de Oeiras/Comarca de Lisboa Oeste com a coadjuvação da PJ.