OMS diz

Vacinas comercializadas na China precisam de mais regulação

A Organização Mundial da Saúde apelou a regulação mais rígida nas vacinas comercializadas na China, após as autoridades chinesas desmontarem uma rede de venda ilegal, no maior escândalo de saúde pública ocorrido no país desde 2008.

O caso envolve o armazenamento sem condições, transporte e venda ilegal de vacinas - muitas fora de prazo - avaliadas em 570 milhões de yuan (78 milhões de euros), segundo a imprensa estatal.

"As vacinas comercializadas pelo setor privado precisam de ser geridas, armazenadas, manuseadas, distribuídas e usadas de acordo com normas reconhecidas", afirmou um especialista da Organização Mundial da Saúde (OMS) em vacinação, Lance Rodewald, em comunicado.

"Isto é uma situação muito grave e que está a ser levada seriamente (…) Queremos identificar as raízes do problema de forma a encontrar soluções", disse.

Na China, vacinas obrigatórias, como contra a poliomielite, sarampo e hepatite B são fornecidas pelo serviço nacional de saúde, enquanto outras adicionais, incluído contra a meningite, gripe ou rotavírus podem ser adquiridas no setor privado.

O sistema público de vacinação é "fundamentalmente seguro" na China, afirmou Rodewald, acrescentando que as vacinas fora de prazo vendidas no setor privado não constituem uma ameaça para as crianças que as receberam.

"Os pais devem sentir-se melhor ao saber que os seus filhos não terão uma reação tóxica (…), mas algumas crianças talvez precisem de ser revacinadas", afirmou.

Mais de 130 suspeitos foram detidos na sequência do último escândalo relacionado com a saúde e segurança na China, onde 300 mil crianças adoeceram e seis morreram em 2008 com leite em pó contaminado com melamina.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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